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Recife, 2019 HIDRÁULICA AULA 07- AV2 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ▪ Prof.ª. Micaella Moura BOMBAS E SISTEMAS DE RECALQUE 1 TIPOS DE BOMBAS * O princípio básico de transferência da energia recebida pela bomba, de uma fonte externa, ao fluído é a existência, no corpo ou caixa da máquina, de uma roda ou rotor que, ao girar comunica ao fluido aceleração centrífuga e consequente aumento de pressão. As normas estabelecem quatro classes de bombas: •Centrífugas •Rotativas •De êmbolo (ou de pistão) •Poço profundo (tipo turbina) ◼ Bombas centrífugas ou radiais: Bombas destinadas a vencer grandes cargas com vazões relativamente baixas, em que o acréscimo de pressão é causado principalmente pela ação da força centrígufa. ◼ São as mais utilizadas atualmente, dotadas de uma parte móvel (rotor) que se movimenta dentro de uma carcaça. ◼ Número de rotores: simples estágio ou múltiplos estágios. ◼ Sucção simples ou sucção dupla (rotor de dupla admissão) ◼ Posição do eixo: horizontal ou vertical ◼ Trajetória do fluxo: radiais, mistas e axiais 2 CURVAS CARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS Os resultados de ensaio de uma bomba centrífuga funcionando com velocidade constante (número de rotações por minuto), podem ser representados em um diagrama traçando-se as curvas características de carga, rendimento e potência absorvida, em relação à vazão. Denomina-se curva característica de uma máquina hidráulica- bomba ou turbina- a representação gráfica ou em forma de tabela das funções que relacionam os diversos parâmetros envolvidos em seu funcionamento. 3 CURVA CARACTERÍSTICA DA TUBULAÇÃO Representação gráfica da relação biunívoca entre a perda de carga total ∆H e a vazão Q que existe em uma tubulação transportando um determinado líquido. Esta representação é chamada de Curva característica da tubulação, e obedece à Lei da perda de carga, que no regime turbulento é parabólica ∆H= K. Q² ➢ Escoamento por gravidade entre dois reservatórios: Como foi visto, a diferença de nível ∆Z é responsável pela manutenção da vazão, de modo que, no equilíbrio, tem-se: E=∆Z= Hg= ∆H= K. Q² ➢ Sistemas Elevatórios: Deve-se providenciar uma fonte externa de energia: conjunto motor-bomba. A energia necessária será aquela correspondente ao conjunto de perdas de carga que o sistema impõe para veicular a vazão Q, acrescida da energia equivalente ao trabalho realizado para vencer o desnível topográfico (altura geométrica) entre os dois reservatórios. Portanto, no equilíbrio, tem-se: E= Hg + ∆H.:. E= Hg + K.Q² Quando uma bomba opera em conjunção com um sistema de tubulações, a energia fornecida pela bomba é igual à energia requerida pelo sistema, para a Vazão bombeada. Portanto, na condição de equilíbrio, a solução fornece o Ponto de valores H e Q para que H= E; O Ponto de Cruzamento das duas curvas que é chamado de Ponto de operação ou Ponto de funcionamento, é a solução do problema. O ponto de operação deve, na medida do possível, corresponder ao ponto de ótimo rendimento da bomba (rendimento máximo) e, no que diz respeito a tubulação, ao seu custo mínimo. Ponto no qual a Energia fornecida pela bomba é igual à energia requerida pelo sistema. 4 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS: EM SÉRIE E EM PARALELO a) Bombas em série A entrada da segunda bomba é conectada à saída da primeira bomba, de modo que a mesma vazão passa através de cada bomba, mas as alturas de elevação de cada bomba são somadas para produzir a altura total de elevação do sistema. •Caso de uma bomba isolada não atender à vazão ou à altura manométrica •Caso de crescimento da demanda no tempo * a curva característica do sistema é dada pela soma das ordenadas das curvas H= f(Q) correspondentes, para cada bomba, em uma mesma vazão. b) Bombas em paralelo Cada bomba recalca a mesma parte da vazão total do sistema, mas a altura total de elevação do sistema é a mesma de cada uma das bombas. * a curva característica do conjunto é obtida somando-se as abscissas das curvas características H= f(Q) correspondentes, para cada bomba, em uma mesma altura total de elevação. Mesma HM; Q = QB1+ QB2 Mesma Q; HM = HM1+ HM2 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS: ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS: CURVA CARACTERÍSTICA DA ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS EM SÉRIE ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS: CURVA CARACTERÍSTICA DA ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS EM PARALELO Curva característica da tubulação Curva característica da tubulação Ponto de funcionamento de Cada bomba operando conjuntamente na associação Ponto de funcionamento do sistema (em série ou paralelo) QA< 2 QC Cada bomba da ass. Em paralelo funcionará no ponto B; QB= 0,5 QA Ponto de funcionamento de Uma única bomba operando Isoladamente no sistema. Operação de Duas Bombas IGUAIS em série e em paralelo 5 NPSH- NET POSITIVE SUCTION HEAD É a Disponibilidade de energia que faz com que o líquido consiga alcançar as pás do rotor. Há dois valores a considerar: 1)NPSH requerido, que é uma característica hidráulica da bomba, fornecida pelo fabricante. Definida como a energia requerida pelo líquido para chegar, a partir do flange de sucção vencendo as perdas de carga dentro da bomba, ao ponto onde ganhará energia e será recalcado. Depende dos elementos de projeto da bomba, diâmetro do rotor, rotação. 2) NPSH disponível, que é uma característica das instalações de sucção, que se pode calcular pela seguinte expressão: ∆Hs= Perda de carga total na sucção. 6 CAVITAÇÃO Quando um líquido em escoamento, em uma determinada temperatura, passa por uma região de baixa pressão, chegando a atingir o nível correspondente a sua pressão de vapor, naquela temperatura, formam-se bolhas de vapor que provocam de imediato uma diminuição da massa específica do líquido. Essas bolhas ou cavidades sendo arrastadas no escoamento atingem regiões em que a pressão reinante é maior que a pressão existente na região onde elas se formaram. Esta brusca variação de pressão provoca o colapso das bolhas por um processo de implosão. Este processo de criação e colapso das bolhas é chamado de cavitação, sendo extremamente rápido. - O desaparecimento dessas bolhas ocorrendo junto a uma fronteira sólida, como paredes de tubulações, rotores, etc, provoca um processo destrutivo de erosão do material. - A cavitação uma vez estabelecida em uma instalação de recalque, acarreta queda do rendimento da bomba, ruídos, vibrações e erosão, o que pode levar a um colapso do equipamento - A queda de pressão, desde a superfície livre do poço de sucção até a entrada do flange de sucção, depende da vazão, do diâmetro, do comprimento total da tubulação, do material e principalmente da altura estática de sucção. Estes são os elementos suscetíveis de mudanças por parte do projetista para sanar os danosos efeitos da cavitação. Recomendação prática: hs<7m Vídeo Exercícios 01. A bomba mostrada na figura deverá recalcar uma vazão de 30 m³/h. Para esta vazão, o NPSH requerido é de 2,50 m. A instalação está numa cota de 834,5 m e a temperatura média da água é de 20ºC. Determinar o valor do comprimento x para que a folga entre o NPSH disponível e o requerido seja de 3,80 m. Dados: Diâmetro da tubulação 3”. Coeficiente de rugosidade C= 150; Patm na altura do eixo da bomba= 9,42 mH2O. Na sucção existe uma válvula de pé com crivo e um joelho de 90º. (R:J= 0,0426; x= 3,54 m) Exercícios 02. Foram adquiridas duas bombas iguais com capacidade de 60 L/s e 45 m de altura manométrica. Comente sobre as condições para funcionamento em conjunto: as duas bombas em série e em paralelo.
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