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FUNDAÇÕES Marco Antonio Albano Moreira Capacidade de Carga de Estacas Método Aoki-Velloso Capacidade de Cargas de Estacas Capacidade de carga de uma fundação: é definida como a tensão transmitida pelo elemento de fundação capaz de provocar a ruptura do solo ou a sua deformação excessiva. A capacidade de carga das fundações: depende de algumas variáveis, como, dimensões do elemento de fundação, profundidade de assentamento, características dos solos, etc. Capacidade de Cargas de Estacas Segundo a NBR 6122/2010, a capacidade de carga dos solos pode ser calculada por vários métodos, destacando-se: Provas de carga sobre placas: cujos resultados devem ser interpretados considerando-se as relações de comportamento entre a placa e a fundação real. Métodos semi-empíricos: aqueles em que as propriedades dos materiais são estimadas por meio de correlações e são usadas em Teorias da Mecânica dos Solos. Capacidade de Cargas de Estacas Os métodos teóricos e experimentais e os ensaios laboratoriais são fundamentais para estabelecer a influência relativa de todos os parâmetros envolvidos nos cálculos de capacidade de carga. Sua utilização na prática da engenharia de fundações, é todavia, muitíssimo restrita, pois a maioria dos parâmetros do solo necessários a essas análises são de difícil obtenção. Capacidade de Cargas de Estacas Por outro lado, correlações entre as tensões correspondentes nos estados-limite de ruptura e dados de resistência à penetração de ensaios “in situ” são simples de serem estabelecidas. Correlações com boas probilidades de acerto são aquelas obtidas de forma semi-empírica, que estabelecem através de ajustes estatísticos, equações de correlação entre os princípios teóricos e experimentais. Capacidade de Cargas de Estacas No Brasil, os dois métodos mais utilizados para o dimensionamento de fundações em estacas são os conhecidos como Aoki-Veloso (1975) e Décourt-Quaresma (1978), existindo ainda outros. Método Aoki-Velloso (1975) Considerando que o fuste da estaca atravessa n camadas distintas de solo, as parcelas de resistência de ponta (Rp) e de resistência lateral (Rl) que compõem a capacidade de carga (R) são dadas por: Onde: rp = capacidade de carga do solo na cota de apoio do elemento estrutural Ap= área da seção transversal da ponta Rl = tensão média de adesão ou atrito lateral na camada de espessura ∆l U= perímetro da seção transversal do fuste Os valores de rp e rl podem ser calculados a partir da resistência de ponta (qc) e do atrito lateral unitário (fc) medidos em ensaio de penetração estática CPT: Em que F1 e F2 são coeficientes de transformação que englobam o tipo de estaca e o efeito entre a estaca (protótipo) e cone do CPT (modelo). Método Aoki-Velloso (1975) Para estacas pré-moldadas de pequeno diâmetro, o valor F1 = 1,75 mostrou-se muito conservador. Por isso Aoki (1985) propôs um novo coeficiente empírico F1 para estacas pré- moldadas de concreto: Método Aoki-Velloso (1975) Onde D é o diâmetro ou lado (em metros) do fuste da estaca, mantendo a relação F2 = 2 F1 Tabela de Coeficiente F1 e F2 Método Aoki-Velloso (1975) Assim, a Tabela de Coeficiente F1 e F2 Quando não se mede o valor de fc, pode-se correlacioná-lo com a resistência de ponta qc: Método Aoki-Velloso (1975) Em que α é função do tipo de solo. Além disso, quando não se dispõe de ensaios de CPT, o valor da resistência de ponta (qc) pode ser estimado por uma correlação com o índice de resistência à penetração (N) nos ensaios de SPT: Em que K é função do tipo de solo. Método Aoki-Velloso (1975) Tabela de Coeficientes K e α Pode-se então rescrever as expressões para rp e rl: Método Aoki-Velloso (1975) Em que: Np é o índice de resistência à penetração na cota de apoio do elemento estrutural de fundação Nl é o índice de resistência à penetração médio na camada de espessura ∆l, obtidos através da sondagem mais próxima. (média ponderada do SPT). Portanto, a capacidade de carga (R) de um elemento isolado de fundação pode ser estimado pela fórmula semi-empírica: Método Aoki-Velloso (1975) Assim, o valor médio da capacidade de carga, a carga admissível deve ser: Observações Intemperismo químico – poder de desagregação da rocha superior ao Intemperismo físico; Regiões onde predomina Intemperismo QUÍMICO, ocorrem solos mais profundos e com textura mais fina Onde predomina Intemperismo FÍSICO, ocorrem solos com elevada semelhança com a rocha mãe regiões com altos índices de pluviosidade e altos valores de umidade relativa do ar tendem a apresentar uma predominância de intemperismo do tipo químico, o contrário ocorrendo em regiões de clima seco