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Princípios constitucionais do processo civil Devido processo legal Resulta do art 5º da CF “ ninguém será privado da liberdade de seus bens sem o DPL” É um supra princípio. O judiciário deve observar garantias inerentes ao Estado bem como deve respeitar a lei, assegurando a cada um o que é seu. Pleno acesso a justiça. Limita o poder do estado. Ele se manifesta de duas formas: Substancial: diz respeito a auto limitação do poder estatal que não podem editar normas que ofendam a razoabilidade e afrontem as bases do regime democrático. Formal: diz respeito à tutela processual. Isto é, ao processo, às garantias que ele deve respeitar e ao regramento legal que deve obedecer. Ou seja, é um principio tratado como elemento essencial para estruturação de todo processo judicial, uma vez que sem ele não existe processo democrático, porque ele que ira garantir a participação das partes a partir da garantia de todos os outros princípios fundamentais. Isonomia Garantirá as parte o direito igual de participação. Dirige o legislador, administrador e juiz. Tal principio, vem estabelecido no art, 5º da CF, “ todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. Sob o aspecto processual, a isonomia revela-se pela necessidade de dar as partes tratamento igualitário em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais ( art7o CPC). O principio deve, primeiramente, orientar o legislador na edição de leis que devem dar tratamento igualitário aos litigantes; depois, devem nortear os julgamentos. O que foi dito faz alusão a uma isonomia extremamente formal. - Isonomia formal: tratamento igualitário, sem levar em consideração eventuais diferenças. No entanto, as pessoas não são iguais: há homens e mulheres, há os mais fracos e mais fortes... Se isso não for levado em consideração a lei, ainda que formalmente justa, criara situações reais profundamente injustas. Então houve a necessidade da evolução para uma ideia de isonomia material ou real. - isonomia material: o legislador na criação de normas, e o juiz, na sua aplicação, devem levar em conta as peculiaridades de cada sujeito. Imparcialidade do juiz Assegura a tramitação do processo perante os juízos. Art 5º da CF “ ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente e não haverá juízo ou tribunal de exceção”. Competência constitucional pré-estabelecida. Proibida a construção de tribunais de exceção. Juiz investido de jurisdição. Ou seja, juiz deve adotar uma postura totalmente neutra, julgando com base apenas nas provas defendidas no processo e defendendo o equilíbrio processual através do contraditório. Juiz Natural – “Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. Assegura a imparcialidade do Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal. O juiz natural é aquele que está previamente encarregado como competente para o julgamento de determinadas causas abstratamente previstas. Assim, deve-se exigir-se respeito absoluto às regras objetivas de determinação de competência, para que não seja afetada a independência e a imparcialidade do órgão julgador, além de ser proibido a criação de Tribunais e Juízos de exceção. Dessa forma, ninguém pode ser processado ou condenado senão pelos membros do Poder Judiciário enumerados na Constituição Federal. Princípio do Contraditório e o Princípio da Ampla Defesa Binômio Proc. Civil: defesa facultativa. Proc. Penal: defesa obrigatória. “LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e os recursos a eles inerentes;” É importante destacar que apesar desses princípios serem tratados juntos no mesmo inciso constitucional é preciso deixar claro que existe uma grande distinção entre eles. Podemos fundamentar o Princípio do Contraditório (ouça-se a parte contrária), expressão essa que visa garantir a ciência bilateral de todos os atos e termos processuais de tal sorte que tem como objetivo garantir a efetivação do binômio INFORMAÇÃO e REAÇÃO. O Juiz coloca-se entre as partes de forma equidistantes, em razão de sua imparcialidade, sendo assim se ouvir uma parte deverá ouvir a outra. Dessa forma, uma parte apresentando a sua tese enquanto que a outra apresenta a sua antítese, é que o magistrado poderá fazer a síntese. Por sua vez o Princípio da Ampla Defesa tem como fundamento o direito de alegar fatos relevantes juridicamente e a possibilidade de comprová-los por quaisquer meios de prova em direito permitido. Podemos assim concluir que, para que a parte possa usufruir desses dois princípios em tela é preciso que se tenha ciência dos atos praticados pela outra parte e ainda pelo juiz da causa. Situação pratica: B era réu e não foi intimidado pra verificar as provas. B foi inocentado. O processo poderá ser anulado? Não, visto que B não foi prejudicado, apesar de não ter havido efetividade na ampla defesa. Inafastabilidade da jurisdição ou acesso à justiça Art. 5º, XXXV CF Direito de ação amplo e incondicionado Não pode sofrer restrições Não pode estar condicionado ao esgotamento prévio das vias administrativas (exceto a justiça desportista) A lei não pode excluir da apreciação do judiciário nenhuma lesão ou ameaça de lesão a direito. E o judiciário deve responder a todos os requerimentos a ele dirigidos (ação em sentido amplo). Princípios do processo Duração razoável do processo Art. 5º, LXXVIII CF A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo. Visa a rápida solução de conflitos Dirigido ao legislador, ao administrador e ao juiz Devem ser buscados os melhores resultados com a maior economia possível de esforços Ao juiz com o fim de que conduza o processo com a maior presteza possível. Duplo grau de jurisdição Sem previsão legal Decorre do sistema Natureza politica, nenhum ato pode ficar sem controle Maior responsabilidade do juiz Nas causas de competências originarias do STF (não cabe recurso) não há duplo grau de jurisdição Para entendermos esse princípio faz-se necessário compreendermos o que vem a ser jurisdição. Sendo assim, conceituaremos jurisdição como sendo uma função do Estado, desde o momento em que chamou para si o dever-poder de dizer o direito, ou seja, passou a ser responsável para dirimir os litígios existentes. O Princípio do Duplo Grau de Jurisdição nos revela a possibilidade de revisão, mediante o recurso cabível, das causas já julgadas pelo juiz de primeiro grau (ou primeira instância). Dessa forma, esse princípio nos garante a possibilidade de revisão por uma instância superior. Publicidade Art. 5º, LX CF e 11º do CPC Controle das decisões judiciais O atos processuais são públicos exceto os que tramitam em segredo de justiça (intimidade, interesse social ou publico, direito da família e arbitragem art. 189 CPC) Esse princípio também é corolário do princípio do devido processo legal e da ampla defesa. Esse princípio apresenta duas nuances: a primeira e dar conhecimento dos atos processuais aos litigantes. Já o segundo aspecto refere-se a dar o conhecimento à sociedade da atuação do Judiciário e aqueles que, por ventura, tenham interesse na causa em litígio possam se manifestar. Motivação e fundamentação das decisões judiciais Art. 96, IX CF Exteriorização das razoes das decisões Necessidade de controle pelas partes e órgãos superiores Assegura a transparência Sentença: relatório, fundamentação e dispositivos/conciliação da sentença. Todas as decisões devem ser fundamentadas Juiz possui livre concorrência a partir das provas Se a sentença não for completa ela será nula O juiz tem liberdade de escolher como irá interpretar, quais das técnicas de interpretação é a mais cabível naquele caso em sub judicie, porém, essa liberdade fica limitada no sentido que é necessário informar no processo qual foi o raciocínio utilizado. Esse princípio nos resguarda dos arbítrios e desmandos que poderiamvir a ocorrer nas decisões judiciais, caso não houvesse essa garantia da necessidade da motivação das decisões judiciais e ainda já determinando que caso esse princípio seja ferido essa decisão será considerada nula. Demanda da ação Inicio do processo é provocado pela parte Inercia de jurisdição Sistema acusatório Juiz decide Interessados fazem a acusação Impossível oficial/depois de iniciado o processo, o poder publico do andamento. “o juiz não age de oficio” No direito civil só a parte pode dar inicio ao processo Princípios infraconstitucionais Oralidade Valor histórico Oral: exigência de que os atos e termos sejam documentados É importante para celeridade do processo Reduzidos a termo. Ex: direito do trabalho, juizados especiais. Lei 9099/95: procedimento misto ( oralidade, informalidade, celeridade) Cooperação Art 6º do CPC Impões as partes esclarecer o magistrado os atos processuais O juiz também deve ser claro O processo deve ter evolução adequada Todas as partes devem colaborar para celeridade do processo Tal princípio desdobra-se em: Lealdade e Boa-fé Boa-fé- art. 5º é- art. 5º do CPC Conteúdo do processo ético Colaboração com o juízo Comportamento sério Art. 77 a 81 CPC- há possibilidade de punição de 20% do valor da causa a quem tentar agir de má-fé e retardar o processo. Identidade física do juiz Art. 139, 370 e 456 CPC Contato do juiz direto com as partes e testemunhas Colheita de provas Avaliações pessoais O juiz acompanha o processo sem intermediação O juiz que colheu a prova oral em audiência fica vinculado ao processo, desvinculando apenas nas hipóteses do art. 132 CPC de 1973 “ O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor”. Imediação Art. 456 do CPC O juiz pode apreciar diretamente as partes. No brasil não existe valoração nas provas, isso significa que todas possuem o mesmo valor Juiz colhe provas sem intermediários Identidade física do juiz Juiz aprecia livremente as provas (persuasão racional) O juiz é livre para formar ideias, mas tem que fundamenta-las. Ou seja, nas sentenças e decisões interlocutórias que tem potencial para prejudicar cabe recurso. Persuasão racional do juiz Aprecia livremente as provas Identidade física do juiz Livre convencimento Logica jurídica: silogismo (aplicação da lei no caso concreto)- premissa maior (lei- norma geral) e premissa menor ( caso concreto) Cabe ao juiz apreciar livremente as provas, devendo indicar, na sentença, os motivos de sua decisão que devem estar amparados nos elementos constantes nos autos. Principio da economia processual Pode ser: Sistemática: quanto menos demanda mais qualidade das decisões Processo mais barato possível, menos gastos possíveis (beneficio da assistência judiciaria gratuita) Juizados especiais (celeridade, informalidade). Principio da eventualidade OBS: ligado a preclusão consumativa (quando o direito à prática daquele ato já houver sido exercido anteriormente). Para as partes, a preclusão pode se dar quando o ato não for praticado dentro do prazo estipulado (preclusão temporal); quando houver incompatibilidade com um ato anteriormente praticado (preclusão lógica); ou quando o direito à prática daquele ato já houver sido exercido anteriormente (preclusão consumativa). Ou seja, perda da possibilidade de praticar um ato processual pela parte. Ofertada a contestação, consuma- se o direito de defesa O réu não poderá deduzir novas alegações Apresentação da contestação opera a preclusão consumativa art. 223 do CPC
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