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Habilidades - Morfofuncional do Coração

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MORFOLOGIA CARDIOVASCULAR
	MEDIASTINO
O mediastino, ocupado pela massa de tecido entre as duas cavidades pulmonares, é o compartimento central da cavidade torácica. É coberto de cada lado pela parte mediastinal da pleura parietal e contém todas as vísceras e estruturas torácicas, exceto os pulmões. O mediastino estende-se da abertura superior do tórax até o diafragma anteriormente e do esterno e cartilagens costais anteriormente até os corpos das vértebras torácicas posteriormente. 
	O mediastino superior estende-se inferiormente da abertura superior do tórax até o plano horizontal, que inclui o ângulo do esterno anteriormente e atravessa aproximadamente a junção (disco IV) das vértebras T IV e T V posteriormente, em geral denominado plano transverso do tórax. O mediastino inferior — situado entre o plano transverso do tórax e o diafragma — é subdividido, ainda, pelo pericárdio em partes anterior, média e posterior. O pericárdio e seu conteúdo (o coração e as raízes de seus grandes vasos) constituem o mediastino médio. Algumas estruturas, como o esôfago, seguem verticalmente através do mediastino e, portanto, ocupam mais de um compartimento mediastinal. 
	PERICÁRDIO
	O mediastino médio inclui o pericárdio, o coração e as raízes de seus grandes vasos — parte ascendente da aorta, tronco pulmonar e VCS — que entram e saem do coração.
Pericárdio: Membrana serosa que envolve o coração. O epicárdio, camada de tecido conjutivo, corresponde a camada ao folheto visceral do coração do pericárdio. Uma fina camada de epitélio pavimentoso simples (mesotélio) se apoia no epicárdio. O tecido adiposo se acumula no epicárdio. Entre o folheto visceral (epicárdio) e o folheto parietal existe uma quantidade de fluido que facilita os movimentos do coração.
O pericárdio fibroso é:
Contínuo superiormente com a túnica adventícia (tecido conectivo perivascular) dos grandes vasos que entram e saem do coração e com a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical;
Fixado anteriormente à face posterior do esterno pelos ligamentos esternopericárdicos, cujo desenvolvimento varia muito.
 Unido posteriormente por tecido conectivo frouxo às estruturas no mediastino posterior 
Contínuo inferiormente com o centro tendíneo do diafragma .
 O coração está relativamente bem preso no lugar dentro desse saco fibroso. O pericárdio é influenciado por movimentos do coração e dos grandes vasos, do esterno e do diafragma. 
O coração e as raízes dos grandes vasos no interior do saco pericárdico apresentam relação anterior com o esterno, as cartilagens costais e as extremidades anteriores das costelas III a V no lado esquerdo. O coração e o saco pericárdico estão situados obliquamente, cerca de dois terços à esquerda e um terço à direita do plano mediano.
	Seio Venoso	
Irrigação
A irrigação arterial do pericárdio provém principalmente de um ramo fino da artéria torácica interna, a artéria pericardicofrênica, que não raro acompanha o nervo frênico, ou pelo menos segue paralelamente a ele, até o diafragma. Contribuições menores de sangue provêm da(s): 
Artéria musculofrênica, um ramo terminal da artéria torácica interna;
Artérias bronquial, esofágica e frênica superior, ramos da parte torácica da aorta
Artérias coronárias (apenas a lâmina visceral do pericárdio seroso), os primeiros ramos da aorta. 
A drenagem venosa do pericárdio é feita por: 
Veias pericardicofrênicas, tributárias das veias braquiocefálicas (ou torácicas internas) 
Tributárias variáveis do sistema venoso ázigo;
A inervação do pericárdio provém dos:
Nervos frênicos (C3–C5), origem primária das fibras sensitivas; as sensações álgicas conduzidas por esses nervos são comumente referidas na pele (dermátomos C3–C5) da região supraclavicular ipsolateral (parte superior do ombro do mesmo lado) 
Nervos vagos, função incerta 
Troncos simpáticos, vasomotores. 
ANATOMIA DO CORAÇÃO
O coração e o saco pericárdico estão situados obliquamente cerca de dois terços a esquerda e um terço a direita do plano mediano.
O coração, que é um pouco maior do que uma mão fechada, é uma bomba dupla, autoajustável, de sucção e pressão, cujas partes trabalham em conjunto para impulsionar o sangue para todos os locais do corpo.
O lado direito do coração (coração direito) recebe sangue pouco oxigenado (venoso) do corpo pelas VCS e VCI e o bombeia através do tronco e das artérias pulmonares para ser oxigenado nos pulmões. O lado esquerdo do coração (coração esquerdo) recebe sangue bem oxigenado (arterial) dos pulmões através das veias pulmonares e o bombeia para a aorta, de onde é distribuído para o corpo. 	
O coração tem quatro câmaras: átrios direito e esquerdo e ventrículos direito e esquerdo. Os átrios são câmaras de recepção que bombeiam sangue para os ventrículos (as câmaras de ejeção). As ações sincrônicas das duas bombas atrioventriculares (AV) cardíacas (câmaras direita e esquerda) constituem o ciclo cardíaco .. O ciclo começa com um período de alongamento e enchimento ventricular (diástole) e termina com um período de encurtamento e esvaziamento ventricular (sístole). 
Dois sons cardíacos (bulhas cardíacas) são auscultados com um estetoscópio: um som tum (1o) quando o sangue é transferido dos átrios para os ventrículos e um som tá (2o) quando os ventrículos ejetam o sangue do coração. Os sons do coração são produzidos pelo estalido de fechamento das valvas unidirecionais que normalmente impedem o refluxo do sangue durante as contrações do coração. (PARA QUE SERVE ESTUDAR)
A câmara cardíaca tem 3 camadas, da superficial para a profunda:
Endocárdio;
Miocárdio;
Epicárdio;
As paredes do coração são formadas principalmente por miocárdio espesso, sobretudo nos ventrículos. A contração dos ventrículos produz um movimento de torção devido à orientação helicoidal dupla das fibras musculares cardíacas.
As fibras musculares cardíacas estão fixadas ao esqueleto fibroso do coração. Essa é uma estrutura complexa de colágeno denso que forma quatro anéis fibrosos que circundam os óstios das valvas, um trígono fibroso direito e outro esquerdo (formados por conexões entre os anéis), e as partes membranáceas dos septos interatrial e interventricular. 
O esqueleto fibroso do coração:
Mantém os óstios das valvas AV e arteriais permeáveis e impede que sejam excessivamente distendidos;
Oferece fixação para as válvulas das valvas;
Oferece fixação para o miocárdio;
 Forma um “isolante” elétrico, separando os impulsos conduzidos mioentericamente dos átrios e ventrículos;
Na parte externa, os átrios são demarcados dos ventrículos pelo sulco coronário e os ventrículos direito e esquerdo são separados pelos sulcos interventriculares (IV) anterior e posterior.
O coração parece trapezoide em uma vista anterior ou posterior (Figura 1.52A), mas seu formato tridimensional é semelhante ao de uma pirâmide tombada com o ápice (voltado anteriormente e para a esquerda), uma base (oposta ao ápice, na maioria das vezes voltada posteriormente) e quatro faces. 
Ápice: É formado pela parte inferolateral do ventrículo esquerdo; Situa-se posteriormente ao 5º espaço intercostal esquerdo em adultos, em geral a aproximadamente 9 cm (a largura de uma mão) do plano mediano. OBS: O ápice está situado sob o local onde os batimentos cardíacos podem ser auscultados na parede torácica.
Base: Face posterior do coração (oposta ao ápice); É formada principalmente pelo átrio esquerdo, com menor contribuição do átrio direito. Estende-se superiormente até a bifurcação do tronco pulmonar e inferiormente até o sulco coronário; 
Faces do coração:
Face esternocostal (anterior): formada principalmente pelo ventrículo direito
Face diafragmática (inferior): formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e em parte pelo ventrículo direito; está relacionada principalmente ao centro tendíneo do diafragma
Face pulmonar direita: formada principalmente pelo átrio direito
Face pulmonar esquerda, formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; forma a impressão cardíaca do pulmão esquerdo
MARGENS
Direita: átriodireito + VCI e VCS
Inferior; ventrículo direito e pequena parte do esquerdo;
Esquerda: ventrículo esquerdo e pequena parte da aurícula esquerda.
Superior: formado pelos átrios e aurículas direita e esquerda
O tronco pulmonar, com aproximadamente 5 cm de comprimento e 3 cm de largura, é a continuação arterial do ventrículo direito e divide-se em artérias pulmonares direita e esquerda. O tronco e as artérias pulmonares conduzem o sangue pouco oxigenado para oxigenação nos pulmões 
Átrio direito
O átrio direito forma a margem direita do coração e recebe sangue venoso da VCS, VCI e seio coronário. A aurícula direita, semelhante a uma orelha, é uma bolsa muscular cônica que se projeta do átrio direito como uma câmara adicional, aumenta a capacidade do átrio e se superpõe à parte ascendente da aorta. 
Em seu interior: 
parede anterior muscular rugosa (músculos pectíneos);
 uma parte posterior lisa, de paredes finas (o seio das veias cavas); 
óstio AV direito através do qual o átrio direito transfere para o ventrículo direito o sangue pouco oxigenado que recebeu.
Outras estrturas: fossa oval (remanescente do forame oval); óstio do seio conorário (tronco venoso tronco que recebe veias);
Ventrículo direito
Superiormente, afila-se e forma um cone arterial (infundíbulo), que conduz ao tronco pulmonar; No ventrículo direito existem elevações musculares irregulares (trabéculas cárneas) em sua face interna. A parte de entrada do ventrículo recebe sangue do átrio direito através do óstio AV direito (tricúspide).
A valva atrioventricular direita (tricúspide): protege o óstio AV direito. As bases das válvulas estão fixadas ao anel fibroso ao redor do óstio. Há 3 válvulas: Válvula direita, esquerda e anterior.
As cordas tendíneas fixam-se às margens livres e às superfícies ventriculares das válvulas anterior, posterior e septal, de forma semelhante à fixação das cordas em um paraquedas. As cordas tendíneas originam-se dos ápices dos músculos papilares (anterior, posterior e septal), que são projeções musculares cônicas com bases fixadas à parede ventricular. 
O septo interventricular (SIV), composto pelas partes muscular e membranácea, é uma divisória oblíqua forte entre os ventrículos direito e esquerdo.
Átrio esquerdo
O átrio esquerdo forma a maior parte da base do coração. Os pares de veias pulmonares direita e esquerda, avalvulares, entram no átrio de paredes finas. A aurícula esquerda muscular, tubular, sua parede trabeculada com músculos pectíneos, forma a parte superior da margem esquerda do coração e cavalga a raiz do tronco pulmonar. Uma depressão semilunar no septo interatrial indica o assoalho da fossa oval ; a crista adjacente é a valva do forame oval.
Ventrículo esquerdo
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração, quase toda sua face esquerda (pulmonar) e margem esquerda e a maior parte da face diafragmática. Como a pressão arterial é muito maior na circulação sistêmica do que na circulação pulmonar, o ventrículo esquerdo trabalha mais do que o ventrículo direito. 
Seu interior apresenta:
Paredes duas a três vezes mais espessas do que as paredes do ventrículo direito;
Paredes cobertas principalmente por uma tela de trabéculas cárneas que são mais finas e mais numerosas do que as do ventrículo direito;
Músculos papilares anteriores e posteriores maiores do que os do ventrículo direito;
Um óstio da aorta;
A valva atrioventricular esquerda (mitral) tem duas válvulas, anterior e posterior. O adjetivo mitral deriva da semelhança da valva com a mitra usada pelos bispos.
Válvulas do tronco pulmonar e da aorta
As 3 válvulas semilunares da valva do tronco pulmonar e as válvulas semilunares da valva da aorta são côncavas quando vistas de cima, além de não têm cordas tendíneas para sustentá-las.
VASCULATURA DO CORAÇÃO
Os vasos sanguíneos do coração compreendem as artérias coronárias e veias cardíacas, que conduzem o sangue que entra e sai da maior parte do miocárdio. O endocárdio e parte do tecido subendocárdico imediatamente externo ao endocárdio recebem oxigênio e nutrientes por difusão ou por microvascularização diretamente das câmaras do coração. Os vasos sanguíneos do coração, normalmente integrados ao tecido adiposo, atravessam a superfície do coração logo abaixo do epicárdio. Os vasos sanguíneos do coração são afetados pela inervação simpática e parassimpática.
	Irrigação arterial do coração. 
As artérias coronárias, os primeiros ramos da aorta, irrigam o miocárdio e o epicárdio. As artérias coronárias direita e esquerda originam-se dos seios da aorta correspondentes na região proximal da parte ascendente da aorta, imediatamente superior à valva da aorta, e seguem por lados opostos do tronco pulmonar. As artérias coronárias suprem os átrios e os ventrículos. 
 
Drenagem venosa do coração.
 O coração é drenado principalmente por veias que se abrem no seio coronário e em parte por pequenas veias que drenam para o átrio direito. O seio coronário, a principal veia do coração, é um canal venoso largo que segue da esquerda para a direita na parte posterior do sulco coronário. O seio coronário recebe a veia cardíaca magna em sua extremidade esquerda e a veia interventricular posterior e veia cardíaca parva em sua extremidade direita. A veia posterior do ventrículo esquerdo e a veia marginal esquerda também se abrem no seio coronário. 
COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
SISTEMA CIRCULATÓRIO
O coração é suprido por fibras nervosas autônomas do plexo cardíaco, que costuma ser dividido artificialmente em partes superficial e profunda. A maioria das descrições apresenta essa rede nervosa na face anterior da bifurcação da traqueia, pois é observada com maior frequência na dissecção após a retirada da parte ascendente da aorta e da bifurcação do tronco pulmonar. Entretanto, sua relação primária é com a face posterior das duas últimas estruturas, sobretudo a parte ascendente da aorta. O plexo cardíaco é formado por fibras simpáticas e parassimpáticas que seguem em direção ao coração e também por fibras aferentes viscerais que conduzem fibras reflexas e nociceptivas provenientes do coração. As fibras partem do plexo e são distribuídas ao longo dos vasos coronários para estes vasos e para componentes do complexo estimulante, sobretudo o nó SA.
A inervação simpática provém das fibras pré-ganglionares, com corpos celulares nas colunas celulares intermediolaterais (IML) dos cinco ou seis segmentos torácicos superiores da medula espinal, e das fibras simpáticas pós-ganglionares, com corpos celulares nos gânglios paravertebrais cervicais e torácicos superiores dos troncos simpáticos. As fibras pós-ganglionares atravessam os nervos esplâncnicos cardiopulmonares e o plexo cardíaco, terminando nos nós SA e AV e em relação às interrupções das fibras parassimpáticas nas artérias coronárias. A inervação parassimpática provém das fibras pré-ganglionares dos nervos vagos. Os corpos das células parassimpáticas pós-ganglionares (gânglios intrínsecos) estão localizados na parede atrial e no septo interatrial próximo dos nós SA e AV e ao longo das artérias coronárias. 
ANATOMIA
	O coração consiste em duas bombas musculares que, embora adjacentes, atuam em série, dividindo a circulação em dois componentes: os circuitos ou circulações pulmonar e sistêmica . O ventrículo direito impulsiona o sangue pobre em oxigênio que retorna da circulação sistêmica para os pulmões por meio das artérias pulmonares. O dióxido de carbono é trocado por oxigênio nos capilares pulmonares e, então, o sangue rico em oxigênio é reconduzido pelas veias pulmonares ao átrio esquerdo do coração. Esse circuito, que tem início no ventrículo direito, passa pelos pulmões e chega ao átrio esquerdo, é a circulação pulmonar. O ventrículo esquerdo impulsiona o sangue rico em oxigênio que chega ao coração, proveniente da circulação pulmonar, por meio das artérias sistêmicas (aorta e seus ramos), e há troca de oxigênio e nutrientes por dióxido de carbono no restante dos capilaresdo corpo. O sangue pobre em oxigênio retorna ao átrio direito através das veias sistêmicas (tributárias das veias cavas superior e inferior). Esse circuito, do ventrículo esquerdo ao átrio esquerdo, é a circulação sistêmica. 
	Artérias
Grandes Artérias
Aorta;
Artérias que se originam no arco da aorta (tronco braquiocefálico, artéria subclávia e artéria carótida)
 Além do tronco e das artérias pulmonares.
Artérias Médias
Artérias nominadas (braquial ou femoral como exemplo).
Pequenas arteríolas
Só podem serem vistas microscopicamente e não temo nome.
Anastomose: São as comunicações entre múltiplos ramos de uma artéria oferecem vários desvios para o fluxo em caso de obstrução de trajeto habitual. Quando um canal principal é ocluído, os canais opcionais menores costumam aumentar de tamanho em um período relativamente curto, proporcionando uma circulação colateral que garante o suprimento sanguíneo para estruturas distais à obstrução. 
Veias
Vênulas
As pequenas veias são tributárias de veias maiores que se unem para formar plexos venosos, como o arco venoso dorsal do pé. As pequenas veias não recebem nome. 
Veias Médias
Nos membros e em alguns outros locais onde a força da gravidade se opõe ao fluxo sanguíneo as veias médias têm válvulas venosas, válvulas passivas que permitem o fluxo sanguíneo em direção ao coração, mas não no sentido inverso. 
Exemplo: 
Veia cefálica e basílica do membro superior e;
as veias safenas magnas e parva do membro inferior.
C. Grandes Veias
		As grandes veias são caracterizadas por largos feixes de músculo liso longitudinal e uma túnica externa bem desenvolvida. 
Exemplo:
veia cava superior 
O número de veias é maior que o de artérias. Embora suas paredes sejam mais finas, seu diâmetro costuma ser maior que o diâmetro da artéria correspondente. Em razão do maior diâmetro e à capacidade de expansão das veias, em geral apenas 20% do sangue estão nas artérias, enquanto 80% encontram-se nas veias. Embora, para simplificar, frequentemente sejam representadas isoladas nas ilustrações, as veias tendem a ser duplas ou múltiplas. Aquelas que acompanham as artérias profundas — veias acompanhantes— circundam-nas em uma rede com ramificações irregulares. Essa organização serve como trocador de calor em contracorrente, no qual o sangue arterial morno aquece o sangue venoso mais frio em seu retorno de uma extremidade fria para o coração. As veias acompanhantes ocupam uma bainha vascular fascial relativamente rígida junto com a artéria que acompanham. Consequentemente, quando a artéria se expande durante a contração do coração, as veias são distendidas e achatadas, o que ajuda a conduzir o sangue venoso para o coração — uma bomba arteriovenosa. 
Bomba musculovenosa
Capilares
Os capilares são tubos endoteliais simples que unem os lados arterial e venoso da circulação e permitem a troca de materiais com o líquido extracelular (LEC) ou intersticial. Os capilares geralmente são organizados em leitos capilares, redes que unem as arteríolas e as vênulas. 
Anastomoses arteriovenulares: (permitem que o sangue passe diretamente do lado arterial para o lado venoso da circulação sem atravessar os capilares);
Sistema venoso porta: sangue atravessa dois leitos capilares antes de voltar ao coração; um sistema venoso que une dois leitos capilares (ex. fígado).
CITOLOGIA e HISTOLOGIA
O coração é um órgão muscular que se contrai ritmicamente enquanto bombeia o sangue pelo sistema circulatório. Suas paredes são constituídas de 3 túnicas: interna, ou endocárdio; a média ou miocárdio; e a externa, ou pericárdio.
O endocárdio é o homólogo da íntima dos vasos sanguíneos e é constituído sobre uma camada subendotelial delgada de tecido conjutivo frouxo que contém fibras elásticas e colágenas, bem como algumas células musculares lisas.
Camada subendocardial: Conecta o miocárdio a camada subendotelial. É uma camada de tecido conjuntivo que contem veias, nervos e ramos do sistema de condução do impulso do coração.
Miocárdio: É a mais espessa das túnicas do coração e consiste em células musculares cardíacas organizadas em camadas que envolvem as câmaras do coração como uma espiral complexa. Grande parte dessas camadas se insere no esqueleto cardíaco fibroso.
Pericárdio: Membrana serosa que envolve o coração. O epicárdio, camada de tecido conjutivo, corresponde a camada ao folheto visceral do coração do pericárdio. Uma fina camada de epitélio pavimentoso simples (mesotélio) se apoia no epicárdio. O tecido adiposo se acumula no epicárdio. Entre o folheto visceral (epicárdio) e o folheto parietal existe uma quantidade de fluido que facilita os movimentos do coração.
O esqueleto cardíaco é composto de tecido conjuntivo denso. Seus principais componentes são o septo membranoso, o trígono fibroso, e o ânulo fibroso. Essas fibras possuem fibras de colágenos grossas orientadas em várias direções.
As válvulas cardíacas consistem em um arcabouço central de tecido conjuntivo denso (contendo colágenos e fibras elásticas), revestido em ambos lados por uma camada de endotélio. As bases das válvulas são presas aos anéis fibrosos do esqueleto cardíaco.
Sistema gerador e condutor do impulso do coração
	O coração apresenta um sistema próprio para gerar um estímulo rítmico que é espalhado por todo o miocárdio. Esse sistema é constituído por dois nodos localizados no átrio: nodo sinoatrial e o nodo atrioventricular, e pelo feixe atrioventricular.
O feixe atrioventricular se ramifica para ambos os ventrículos. O nodo sinoatrial é uma massa de células musculares cardíacas especializadas. São células fusiformes menores que as células musculares do átrio e apresentam menor quantidade de miofibrilas. O nodo atrioventricular é semelhante ao nodo sinoatrial porém se ramifica e emite projeções citoplasmáticas em várias direções formando uma rede.
O feixe atrioventricular é formado por células semelhantes às do nodo. Contudo, mais distalmente, essas células tornam-se maiores e adquirem uma forma característica. Elas são chamadas de células de Purkinje e contêm um ou dois núcleos centrais e citoplasma rico em mitocôndrias e glicogênio. As miofibrilas são escassas e restritas à periferia do citoplasma. Após certo trajeto no tecido subendocárdico, os ramos do feixe atrioventricular se subdividem e penetram na espessura do ventrículo, tornando-se intramiocárdicos. Este arranjo é importante porque torna possível que o estímulo penetre as camadas mais internas da musculatura do ventrículo. 
Tecido muscular cardíaco
O músculo do coração é constituído por células alongadas e ramificadas, com aproximadamente 15 mm de diâmetro por 85 a 100 μm de comprimento, que se prendem por meio de junções intercelulares complexas. Essas células apresentam estriações transversais semelhantes às do músculo esquelético, mas, ao contrário das fibras esqueléticas que são multinucleadas, as fibras cardíacas contêm apenas um ou dois núcleos localizados centralmente. As fibras cardíacas são circundadas por uma delicada bainha de tecido conjuntivo, equivalente ao endomísio do músculo esquelético, que contém abundante rede de capilares sanguíneos. 
Possui contração forte rápida, continua e involuntária.
Uma característica exclusiva do músculo cardíaco são as linhas transversais fortemente coráveis que aparecem em intervalos irregulares ao longo da célula (discos intercalares) . Esses discos intercalares são complexos juncionais encontrados na interface de células musculares adjacentes. 
Essas junções aparecem como linhas retas ou exibem um aspecto em escada. Nas partes em escada, distinguem-se duas regiões: a parte transversal, que cruza a fibra em ângulo reto, e a parte lateral, que caminha paralelamente aos miofilamentos. Nos discos intercalares encontram-se três especializações juncionais principais: zônula de adesão, desmossomos e junções comunicantes. As zônulas de adesão representam a principal especialização da membrana da parte transversal do disco, são encontradas tambémnas partes laterais e servem para ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais. Os desmossomos unem as células 
musculares cardíacas, impossibilitando que elas se separem durante a atividade contrátil. Nas partes laterais dos discos encontram-se junções comunicantes responsáveis pela continuidade iônica entre células musculares adjacentes. Do ponto de vista funcional, a passagem de íons permite que cadeias de células musculares se comportem como se fossem um sincício, pois o sinal para a contração passa como uma onda de uma célula para a outra.
A estrutura e a função das proteínas contráteis das células musculares cardíacas são praticamente as mesmas descritas para o músculo esquelético. Todavia, no músculo cardíaco o sistema T e o retículo sarcoplasmático não são tão bem organizados como no músculo esquelético. Na musculatura dos ventrículos os túbulos T são maiores do que no músculo esquelético. Os túbulos T cardíacos se localizam na altura da banda Z e não na junção das bandas A e I, como acontece no músculo esquelético. Por isso, no músculo cardíaco existe apenas uma expansão de túbulo T por sarcômero (um sarcômero separa 2 linhas z consecutivas, responsável por contração muscular) e não duas, como ocorre no músculo esquelético. O retículo sarcoplasmático não é tão desenvolvido e distribui-se irregularmente entre os miofilamentos. As tríades não são frequentes nas células cardíacas, pois os túbulos T geralmente se associam apenas a uma expansão lateral do retículo sarcoplasmático. Por isso, ao microscópio eletrônico, uma das características do músculo cardíaco são os achados de díades, constituídas por um túbulo T e uma cisterna do retículo sarcoplasmático. As tríades do músculo esquelético são constituídas por um túbulo T e duas cisternas do retículo sarcoplasmático. 
O músculo cardíaco contém numerosas mitocôndrias, que ocupam aproximadamente 40% do volume citoplasmático, o que reflete o intenso metabolismo aeróbio desse tecido. O músculo cardíaco armazena ácidos graxos sob a forma de triglicerídios encontrados nas gotículas lipídicas do citoplasma de suas células. Existe pequena quantidade de glicogênio, que fornece glicose quando há necessidade.
As fibras cardíacas apresentam grânulos secretores recobertos por membrana, medindo 0,2 a 0,3 μ.m e localizados próximo aos núcleos celulares, na região do aparelho de Golgi. São grânulos que contêm a molécula precursora do hormônio ou peptídio atrial natriurético (ANP, atrial natriuretic peptide). Este hormônio atua nos rins, aumentando a eliminação de sódio (natriurese) e água (diurese) pela urina. Esse hormônio baixa a pressão arterial.

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