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MARX-O-materialismo-histórico-e-dialético

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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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Karl Marx e 
Friedrich Engels
 O Materialismo Histórico
e Dialético
Rilma Suely de Souza Melo
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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Questões sobre o capitalismo moderno à luz do materialismo histórico e dialético:
=> Apesar de sua elevada produtividade e sofisticação tecnológica, em que medida é possível afirmar que o capitalismo é, segundo Marx, um sistema econômico baseado em antagonismos e gerador de desigualdades sociais, uma vez que ele se constitui a partir dos ideais de liberdade (liberdade econômica) e igualdade típicos da modernidade? Em que medida estão em xeque, no capitalismo, as relações contratuais entre sujeitos livres e iguais (empresários e trabalhadores), o livre mercado?
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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Questões sobre o capitalismo moderno à luz do materialismo histórico e dialético:
=> Como Marx analisa, a partir de seu ponto de vista materialista, a formação do capitalismo moderno? Trata-se de analisar a formação da “mentalidade capitalista” ou seu caminho é distinto daquele proposto por Weber?
(Marx está especialmente preocupado em mostrar as bases materiais dos conflitos, desigualdades e antagonismos da sociedade moderna, a despeito dos valores e ideologias libertários, igualitários e que vêem no Estado a encarnação do bem comum).
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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O materialismo histórico e dialético como método de investigação (I)
=> O materialismo dialético parte de uma crítica à filosofia idealista de Hegel (com a apropriação do método dialético) e dos neo-hegelianos e ao materialismo vulgar e mecanicista (materialistas franceses). 
=> Na relação entre “consciência” e “existência”, estabelece-se o primado da existência, do conjunto de condições materiais de existência (condições objetivas) sobre as formas de consciência (condições subjetivas) = PREMISSA MATERIALISTA.
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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O materialismo histórico e dialético como método de investigação (II)
=> Na relação entre “pensamento” ou conhecimento (consciência) e “ação” ou “praxis” (existência), o materialismo dialético supõe o primado da ação, da transformação. A “ação” é “produto” e “produtora” das condições de existência do mundo.
=> A consciência, portanto, não é um simples reflexo da existência, das condições objetivas (materialismo vulgar), mas um momento da ação, da prática consciente sobre o mundo (relação dialética entre consciência e existência) que transforma esse mundo. => Conhecimento como momento da atividade humana sobre o mundo.
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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O materialismo histórico e dialético como método de investigação (III)
=> O método dialético de interpretação da realidade histórica supõe apreendê-la:
Em permanente mudança (em oposição ao essencialismo)
Em suas contradições e antagonismos (a luta dos contrários, a luta de classes)
Em sua totalidade (tudo se relaciona, relações recíprocas entre os elementos constitutivos da realidade, suas condições objetivas e subjetivas mediadas pela ação).
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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Trabalho e produção como categorias centrais (I)
O “TRABALHO” e a “PRODUÇÃO” como categorias teóricas centrais e pontos de partida na análise histórica e não as formas de consciência:
=> O trabalho como categoria ontológica expressa, segundo Marx, a relação metabólica dos seres humanos com a natureza, tendo em vista a necessidade de garantir a reprodução material dos indivíduos e da sociedade em seu conjunto. 
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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Trabalho e produção como categorias centrais (II)
A PRODUÇÃO, como reprodução da vida, é o primeiro ato histórico dos seres humanos.
A produção e os MEIOS DE PRODUÇÃO (instrumentos e objetos de trabalho) como resultado da ação humana sobre a natureza:
	MODOS DE PRODUÇÃO:
	=> FORÇAS PRODUTIVAS (relação com a natureza)
	=> RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (relações sociais, divisão social do trabalho)
	
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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Trabalho e produção como categorias centrais (III)
=> O desenvolvimento das forças produtivas e a formação dos EXCEDENTES ECONÔMICOS, na passagem de ECONOMIAS DE SUBSISTÊNCIA a ECONOMIAS DE TROCAS (mercantis), surgem as CLASSES SOCIAIS como grupos que ocupam diferentes posições na apropriação dos MEIOS DE PRODUÇÃO e dos produtos do trabalho.
=> Com a formação das classes, as RELAÇÕES DE PRODUÇÃO tornam-se RELAÇÕES SOCIAIS DE CLASSE, supondo desigualdade e uma maior divisão social do trabalho.
	
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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Trabalho e produção como categorias centrais (IV)
O MODO DE PRODUÇÃO capitalista moderno supõe o prévio desenvolvimento das relações mercantis, o investimento de recursos na produção, supõe uma produção de mercadorias para a troca, visando o lucro:
	=> FORÇAS PRODUTIVAS (divisão técnica do trabalho, produção industrial, incorporação da ciência e desenvolvimento tecnológico)
	=> RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (relações entre empresários capitalistas e trabalhadores assalariados)
QUESTÃO: Quais são as bases do antagonismo nessa relação social de assalariamento?)
	
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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A mercadoria e suas propriedades
O capitalismo e a mercantilização universal das relações sociais.
O valor de uso e o valor de troca das mercadorias: os fundamentos das trocas mercantis.
Valor de uso: a utilidade de uma mercadoria segundo suas propriedades intrínsecas. 
Valor de troca: o valor adquirido pela mercadoria no mercado, expressa no seu preço. 
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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Trabalho, Força de Trabalho e
 Processo de Trabalho: 
 A teoria do valor (I)
O trabalho como fonte de valor, como produtor de riquezas. Toda riqueza e todo capital é trabalho humano objetivado. O trabalho vivo transforma-se em trabalho morto. Este último, é trabalho acumulado, cristalizado, é trabalho passado.
É o trabalho vivo que é responsável pela valorização constante do capital.
O capital é o produto da extração do sobre-trabalho (mais-valia) no processo de produção capitalista.
Como isso ocorre?
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Trabalho, Força de Trabalho e
 Processo de Trabalho: 
 A teoria do valor (II)
Segundo Marx, no capitalismo, é preciso distinguir “trabalho” e “força de trabalho”.
A relação salarial, de compra e venda entre o capitalista e o trabalhador, é uma relação de compra e venda de uma mercadoria especial: a FORÇA DE TRABALHO.
No processo de trabalho, o capitalista precisa converter essa capacidade de trabalho em trabalho efetivo, em valores. A força de trabalho produz mais valor que seu próprio valor de troca no mercado de trabalho.
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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Processo de Trabalho e Processo de valorização: a produção da mais-valia
A jornada de trabalho é formada pelo tempo de trabalho necessário e pelo tempo de trabalho excedente ou sobre-trabalho: 
	____________________ _____
			 6 h 2 h
	É no tempo de trabalho excedente que o trabalhador produz a mais-valia. No tempo de trabalho necessário ele produz o equivalente ao seu salário.
	A mais-valia (ou mais-valor) é o fundamento objetivo das relações de antagonismo e exploração entre capital e trabalho.
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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As modalidades de extração da mais-valia:
A mais-valia absoluta ou a extensão da jornada de trabalho.
A mais-valia relativa ou a intensificação da jornada de trabalho e a inovação tecnológica e/ou organizacional
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As fases da divisão do trabalho no capitalismo
A subsunção formal do trabalho ao capital e a divisão manufatureira do trabalho (o trabalhadorainda exerce um trabalho qualificado).
A subsunção real do trabalho ao capital e a divisão do trabalho na fábrica e na grande indústria (o trabalhador torna-se apêndice das máquinas).
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Disciplina: Sociologia do Trabalho - ISP/UFPel
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A composição orgânica do capital
O Capital total (C) é formado por duas partes fundamentais:
	 - O Capital constante (cc) e
	 - O Capital variável (cv);
	Fórmula do capital: C = cc + cv
 A crescente acumulação capitalista leva a uma elevação da composição orgânica do capital, elevando-se a participação da parte constante em detrimento da parte variável. Ou seja, acumula-se o “trabalho morto” e reduz-se o “trabalho vivo”.
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A acumulação primitiva e a formação do capitalismo moderno
A formação da classe operária como um processo de expropriação dos meios de produção de camponeses e artesãos.
A formação dos capitalistas industriais e a aplicação de excedentes de capital na produção manufatureira e industrial. Papel decisivo do Estado.
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Uma análise em termos de classes sociais: importância e limites
O risco de reducionismo de uma análise em termos de classes e a construção de outras formas de ação e identidade (gênero, cor, etnia, geração, nacionalidade, religião).
A importância de uma análise de classe em sociedades capitalistas marcadas por fortes conflitos distributivos. A importância de incorporar, na análise, o papel do Estado nesses conflitos distributivos.
O marxismo como um paradigma do conflito em torno das desigualdades sociais na produção e apropriação de recursos materiais e simbólicos.
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