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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UnC
INDIANARA FABÍOLA WEBER
ANDRESSA PAULA ANGONESE
CAMILA ALFLEN
JAQUELINE APARECIDA CARNIEL
Lippia alba
CONCÓRDIA, 2018
RESUMO
O Brasil possui a mais rica diversidade de plantas medicinais do mundo. Dentre elas se destaca a Lippia alba. O seu uso está relacionado ao fácil acesso e seu rico potencial farmacológico, que incluem ação calmante, desordens gastrointestinais, doenças respiratórias, problemas hepáticos, dentre outros. Levando-se em consideração a ampla variedade fitoquímica sugerem-se estudos a cerca das espécies, comprovando sua eficácia e segurança na medicina popular. Este estudo teve como objetivo analisar através da literatura os efeitos medicinais atribuídos a Lippia alba e usos populares. A Lippia alba se mostrou uma importante ferramenta para o desenvolvimento de novos fitoterápicos.
Palavras - chave: Lippia alba, plantas medicinais e chás.
Lippia alba
O uso de plantas medicinais constitui a forma mais antiga de cuidar da saúde empregada pela humanidade (SOARES, 2001). Até o começo do século XIX, os recursos terapêuticos predominantes eram as plantas e os extratos vegetais. O conhecimento envolvido era de cunho empírico e o uso de plantas medicinais era restrito às formas de pós, extratos simples, ou tinturas.
As plantas medicinais são utilizadas pelo homem desde o início da história e atualmente empregadas como recursos na medicina alternativa por grande parte da população mundial. Esse uso deve-se à facilidade de acesso às plantas em relação aos medicamentos alopáticos (CARNEIRO, et al, 2018). De acordo com a Organização Mundial de Saúde 80% da população mundial faz uso de algum tipo de erva medicinal (OMS, 1979).
Mesmo com o grande desenvolvimento da indústria farmacêutica, ainda há um grande número de doenças nas quais a terapia medicamentosa convencional apresenta efeitos iatrogênicos importantes (SOARES, 2001). O uso caseiro de plantas medicinais sem a informação das mesmas perante a população impossibilita uma utilização segura e adequada.
O Brasil é detentor da maior diversidade genética do mundo, com cerca de 55 mil espécies catalogadas e conta com ampla tradição do uso das plantas medicinais vinculada ao conhecimento popular transmitido entre gerações (FONSECA, 2012). Apesar da riqueza da flora brasileira, nos últimos 20 anos, o número de informações sobre plantas medicinais tem crescido apenas 8% anualmente (FONSECA, 2012).
Medicamentos fitoterápicos, de acordo com a legislação sanitária brasileira, são medicamentos obtidos exclusivamente de matérias-primas vegetais. Os fitoterápicos sempre se destacaram por representarem uma parcela significativa no mercado de medicamentos. Globalmente, o setor movimenta US$ 21,7 bilhões por ano (CARNEIRO, et al, 2018).
A Lippia alba é uma espécie originária da América do Sul, sendo conhecida por diversos nomes populares, como erva cidreira. É utilizada em substituição à Melissa officinalis na forma de chás, macerados, compressas, banhos e extratos alcoólicos (BIASI, et al, 2003). As suas folhas são utilizadas na forma de infuso pela ação antiespasmódica, moluscicida, calmante e digestiva. 
As espécies de plantas do gênero Lippia Linn, pertencentes à família Verbenaceae, possuem grande distribuição geográfica, sendo facilmente encontradas em países tropicais. No Brasil, encontram-se principalmente a Lippia alba, Lippia gracilis Schauer, Lippia grandis Schau, Lippia organoides Kunth, Lippia sidoides Cham. e Lippia triplinervis Gardner. O gênero Lippia Linn. Inclui aproximadamente 200 espécies de ervas, estando localizadas principalmente nos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás (SOARES, et al 2013), sendo nativa da Mata Atlântica (CAMILO, 2016).
A Lippia alba (Mill.) N.E. Brown (Figura 1) é uma das plantas medicinais mais utilizadas pelos brasileiros de acordo com a CEME. Popularmente é chamada de alecrim, alecrim do mato, alecrim do campo, camará, capitão do mato, cidrão, cidreira, cidreira brava, capim cidreira, cidreira crespa, cidreira falsa, cidreira melissa, erva cidreira, erva cidreira do campo, erva cidreira brasileira, falsa melissa, salva do Brasil, salva limão, chá-de-tabuleiro, cidrila, alecrim selvagem, dentre outros.
Segundo Soares (2001), a espécie L. Alba é descrita como um arbusto aromático rizomatoso, de 1 – 1,5 m de altura, ramoso, flexível de entrenós largos. As folhas são opostas ou alternadas, ovadas ou ovado-oblongas, regularmente serreadas e rugosas. As flores são violáceas, com face amarela e branca. O cálice é bipartido, de 1,5 a 1,7 mm de comprimento, pubescentes. A corola marcadamente zigomorfa, de lábio inferior notavelmente desenvolvido, com o lóbulo médio maior e tubo ensanchado na metade superior, pubescente exteriormente. O ovário é globoso, estilete curto (1,8 mm de comprimento), estigma lateral.
Suas propriedades medicinais incluem ação calmante, desordens gastrointestinais, doenças respiratórias e problemas hepáticos (CAMILO, 2016), analgésico, antifúngico, antimicrobiano (SOARES, 2001), sedativo, relaxante muscular, espasmódica e antioxidante, sendo sua utilização na terapêutica popular bastante diversificada (SOARES, 2001). 
Mesmo sendo uma planta bastante difundida em todo o território nascional, a Lippia Alba necessita de muitos estudos fundamentais para o desenvolvimento de fitoterápicos, justificado por suas variações fitoquímicas (SOARES, 2001), podendo ocorrer entre amostras de diferentes localidades, sem que ocorram mudanças morfológicas entre espécies. A sua diversidade é atribuída, na maioria das vezes, à sua variabilidade de espécie e as influências de clima e solo. Segundo Soares, a Espécie L. Alba possui características semelhantes a da Mellisa officinalis L, possuindo ação antiespasmódica, estomáquica e emenagoga, sendo facilmente substituída. 
Figura 1 – Detalhes botânicos da espécie Lippia alba (SOARES, 2001).
As folhas são empregadas na medicina popular na forma de chás como infusão, compressas macerados, banhos, inalação, xarope, tintura, solução oleosa, extrato alcoólico e decocto. As raízes são usadas no nordeste como aperitivo em afecções hepáticas. O florescimento da Lippia alba ocorre o ano todo (CORRÊA, 1992).
A L. alba possui rico potencial farmacológico, no qual está relacionado à ampla variação na composição química do seu óleo essencial (SANTOS, et al, 2018). Não há indicativos minuciosos acerca da ação hipotensora da L. alba na literatura, entretanto se supõe que a redução da pressão arterial se da pela ação calmante (SANTOS, et al, 2018). 
No Brasil, diversas espécies do gênero Lippia são utilizadas na medicina popular, dentre elas as espécies L. alba, L. sidoides e L. gracilis, nas quais constam na ista CEME de plantas medicinais a serem investigadas quanto a efeitos farmacológicos, toxicológicos e composição química (SOARES, 2001)
O chá das folhas de erva-cidreira possuem relevantes indicações terapêuticas para gripe ou resfriados (SANTOS, et al, 2018), ações comprovadas como antiespasmódica, sedativa, calmante, tratamento de bronquite e sífilis (SANTOS, et al, 2018) (Figura 2). A secagem bem conduzida da matéria-prima vegetal, levando em consideração a termoestabilidade dos constituintes, é fundamental tanto para o armazenamento quanto para a extração. Já a moagem tem íntima relação com o processo extrativo, pois a granulometria vai determinar o rendimento da extração, que é dependente do tipo de droga e da área de contato droga/solvente (SOARES, 2001) (Figura 3).
 
Figura 2 - Melissa officinalis in natura.
Figura 3 - Melissa officinalis que passou pelo processo de retirada de umidade.
A composição do óleo essencial de cidreira vária de tal forma, que é conveniente o agrupamento dos genótipos em quimiotipos, separados por seus componentes majoritários. O componente majoritário da erva-cidreira é o citral (FIGURA 4). Os monoterpenos linalol, nerol, geraniol e acetato de geranila (TAVARES et al., 2011). Devido à variedade fitoquímica da espécie, elas são classificadas a partirdo quimiotipo, segundo a composição do óleo volátil. Entretanto, ainda não foi possível estabelecer uma classificação segura e amplamente aceita dos tipos adequados (SOARES, 2001).
Figura 4 – Fórmula estrutural do princípio ativo citral, sendo aldeído.
O óleo essencial é uma mistura complexa de substâncias voláteis lipofílicas (metabólitos secundários), geralmente odoríferas e líquidas. Na erva-cidreira, o óleo essencial é armazenado nas folhas, mais precisamente nos tricomas secretores e nos parênquimas paliçádico e lacunoso (TAVARES et al., 2011). Os óleos essenciais são produzidos nas três vias do metabolismo secundário chiquimato (compostos aromáticos), mevalonato (derivados dos terpenóides) e malonato (ácidos graxos saturados e insaturados, os polifenóis e os poliacetilenos).
Segundo SOARES (2001), em estudos de triagem fitoquímica foram detectados presença de esteróides, flavonóides, taninos, saponinas, ácidos fixos, compostos aminados, terpênicos fenólicos e heterosídeos antociânicos em Lippia alba.
Estudando dois tipos de erva–cidreira procedente do Horto de Plantas Medicinais da Universidade Federal do Ceará, identificaram-se três tipos de quimiotipos: o Tipo I: mircino e citral formado por neral e geranial; o Tipo II: limoneno e citral e Tipo III: limonemo e carvona (JANNUZZI, 2006) (FIGURA 5). 
Figura 5 - Estrutura química dos principais constituintes do óleo essencial de L. alba (JANNUZZI, 2006).
REFERÊNCIAS
ALFAIATE, M. B. Crescimento e produção de óleos essenciais de lippia alba em resposta a diferentes intensidades luminosas e competição de plantas daninhas. Dissertação de Mestrado. 2017
BIASI, L. A., COSTA, G. Propagação vegetativa de Lippia alba. Ciência Rural, Santa Maria. V.33. P. 455-459. 2003.
CARNEIRO, F. M., SILVA, M. J. P., BORGES, L. L., ALBERNAZ, L. C., COSTA, J. D. P. Tendências dos estudos com plantas medicinais no Brasil. Revista Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais – UEG. Câmpus de Iporá. V. 3. P. 44-75. 2014.
CAMILLO, F. C. Lippia alba (Mill.) N.E. Br. ex Britton & P. Wilson uma espécie nativa promissora para a introdução em programas nacionais de plantas medicinais e fitoterápicos. Revista Fitos. Rio de Janeiro. 2016.
CORRÊA, C. B. V. Contribuição ao estudo de Lippia alba (Mill.) N. E. Br. ex Britt.; Wilson–erva–cidreira. Rev. Bras. Farm. Rio de Janeiro, V. 73. P. 57–64. 1992.
FONSECA, M.C.M. Comercialização de plantas medicinais no contexto da cadeia produtiva em Minas Gerais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais Botucavu. V. 14. P. 242-245. 2012.
JANNUZZI, H. Caracterização de dezesseis acessos de Lippia alba (Mill) N. E. Brown, no Distrito Federal. Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. 2006.
MAROCHIO, M. R., OLGUIN, C. F. A. Plantas medicinais e o estudo das funções orgânicas. Secretária de educação do estado do Paraná. V. 1. 2013.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Alma-Ata, 1978. Cuidados Primários de Saúde. p. 64. Brasília. 1979.
SANTOS, A. P. G., OLIVEIRA, A. S., OLIVEIRA, V. J. S. Uso e eficácia da erva cidreira, um comparativo entre conhecimento científico e senso comum: metassíntese. Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management. V. 14. 2018
SILVA, T. L. S.; ROSAL, L. F.; TOKUMITSU, L. M. Valorização dos conhecimentos sobre plantas medicinais de pescadores artesanais do bairro do mangueirão em Viseu (PA). Agroecol. 2016.
SOARES, L. Estudo tecnológico, fitoquimico e biológico de Lippia alba (Miller) N. E. Brown Ex Britt e Wils (Falsa–Melissa) Verbenaceae. Dissertação de pós graduação. Florianópolis 2001.
SOARES, B. V., DIAS, M. T. Espécies de Lippia (Verbenaceae), seu potencial bioativo e importância na medicina veterinária e aquicultura. Biota Amazônia. V. 3. P. 109-123. 2013.
TAVARES, I. B; MOMENTÉ, V. G.; NASCIMENTO, I. R. Lippia alba: Estudos químicos, etnofarmacológicos e agronômicos. Revista Brasileira de Tecnologia Aplicada nas Ciências Agrárias. Guarapuava-PR. V. 4. P 204-220.2011.

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