Buscar

Metodologia 1 2 3 4

Prévia do material em texto

Ministério da Educação
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Campus Londrina
	
ENGENHARIA QUÍMICA
METODOLOGIA DE PESQUISA – CE62B – TURMA ME21
2º SEMESTRE DE 2018
Projeto de Pesquisa:
CREATINA E A POTENCIALIZAÇÃO NO GANHO DE FORÇA
DISCENTES
Gustavo Zamboni Batista RA:1934511
Hugo Zavanelli Manzano RA:1934520
DOCENTE
Profa. Alessandra Dutra
Londrina, de 2018.
1 INTRODUÇÃO
Como todo esporte de alta performance apresenta alto nível entre os competidores, com pequenas diferenças de desempenho, a suplementação nutricional é extremamente importante, algo consensual entre os especialistas. O suporte nutricional, aliado à alimentação e à uma boa instrução é o que garante a vitória. Porém, a facilidade ao acesso no mercado desse tipo de substância, associado à compulsão ao padrão corporal e à obsessão de obter resultados rápidos, alguns jovens acabam por cair na tentação do uso de suplementação sem a necessidade, observando casos podem ser comprovados até perda de desempenho, portanto, qualquer suplementação deve ser prescrita por um médico nutricionista.
Dos problemas, podemos citar o elevado custo desse tipo de recurso ergogênico, dificultando o acesso ao público que deseja aprimorar sua performance no esporte. Além disso, a má qualidade dos produtos de determinadas marcas, havendo grande quantidade de impurezas, coligado a alterações nas tabelas nutricionais, também é uma adversidade. E também, principalmente, o uso desenfreado, acarretado pela falta de informação e auxilio de especialistas esportivos, contribui para uma resistência quanto ao seu uso.
Através de uma pesquisa bibliográfica, será limitado o assunto em questões práticas de como o uso de suplementação de creatina, apesar de alguns efeitos colaterais, é, de uma forma geral, benéfico e contribui para uma melhor performance do atleta em questão. Os meios de obtenção de creatina sem a suplementação da mesma serão abordados também.
	A abordagem deste tema é de suma relevância devido à falta de informações e conhecimentos do mesmo. O prejulgamento em relação à creatina se dá por casos isolados em que o consumidor introduz o suplemento de forma errônea, por ausência de referencias e dados, ou mesmo pela obsessão de obter resultados mais rápidos, como anteriormente ditos. 
	Partindo da hipótese de que a creatina é descreditada porque a ANVISA proibia sua venda durante um certo tempo, apesar de nenhuma justificativa cientifica cabível ser apresentada na época [1], ela sempre foi motivo de desprezo por profissionais da área. Contudo, de acordo com estudos recentes, foi mostrado que este suplemento possui mais vantagens que prejuízos, e, portanto, não deve ser desvalorização no mercado esportivo.
Por meio de um vasto estudo bibliográfico, uma gama de referências online e livros consultados, confirma-se informações que estão reunidas neste trabalho. O objetivo da pesquisa é apresentar informações sobre o papel da suplementação de creatina em treinos intensos, indicar seus benefícios e desmistificar o estigma de que ela é prejudicial ao organismo do atleta.
2 CREATINA E A POTENCIALIZAÇÃO NO GANHO DE FORÇA
A creatina monoidratada (Crm) é um aminoácido, que é utilizado como fonte primária de energia na contração muscular. É amplamente utilizada por atletas e indivíduos fisicamente ativos, devido aos seus possíveis efeitos ergogênicos sobre a massa muscular e o desempenho físico anaeróbio (MENDES, 1999; MESA et al., 2002; BRANCH, 2003; VOLEK, 2004. p. 237). 
“A creatina é um composto nitrogenado não essencial à dieta. Sua necessidade diária é atingida por absorção intestinal de dieta creatina (via exógena), especialmente encontrada nas carnes ou por biossíntese de creatina (via endógena), sintetizada em duas etapas: a transferência de um grupo amino da arginina para a glicina numa reação de transaminação, formando o guanidinoacetato e ornitina” (GREENHAFF, 1997).
Nas células musculares, a creatina combina-se com o fósforo e dá origem à fosfocreatina – um composto energético responsável pelo fornecimento de energia às células musculares. 
“A creatina é a principal molécula de ressíntese de trifosfato de adenosina (ATP) nos primeiros 10 segundos de atividades máximas, o que significa que, quando sua concentração é elevada pela suplementação, a ressíntese de ATP é mais eficiente e a recuperação é mais rápida; assim como no caso da glutamina, o seu efeito osmótico tem sido relacionado a uma maior síntese proteica. A creatina desempenha um papel essencial em um dos três sistemas produtores da energia utilizada na contração muscular. Pode existir em duas formas distintas na fibra muscular: a creatina livre (não-ligada) e a fosfocreatina - esta última representando dois terços do estoque de creatina do corpo” (FEBBRAIO et al., 1995).
A suplementação com creatina possibilita um aumento da concentração de fosfocreatina no músculo. Isto ajuda o organismo a produzir maior quantidade de energia e evita que se recorra à glicólise (degradação das reservas de glicose) como forma de obtenção de energia. Ao minimizar o a glicólise, a creatina ajuda a prevenir a acumulação de ácido lático no tecido muscular - responsável pela ocorrência de fadiga e dor, o que dificulta a recuperação muscular. 
Deste modo, a suplementação com creatina parece permitir prolongar o tempo de esforço físico e potenciar o aumento da força muscular e a capacidade de execução dos exercícios. A concentração de fosfocreatina provoca um maior afluxo de água para o interior das células. O aumento do volume celular estimula a atividade da célula e induz, assim, um aumento da síntese proteica e da massa muscular. Por sua vez, o aumento de massa muscular contribui para o desenvolvimento da força muscular e para a otimização do desempenho desportivo (COOKE et al. 1999. p. 240)
Estudos realizados por Cooke et al. (1999. p. 241) que envolveram um grupo de oito estudantes e investigou inicialmente o efeito da ingestão aguda de Crm (25 g/dia por quatro dias) e, posteriormente, período de manutenção de oito semanas (5 g/dia) sobre o desempenho em exercício intermitente anaeróbio (três testes de Wingate separados por intervalos de 6 minutos) demonstraram aumento significativo (8%) no TTR após a ingestão aguda de Crm. Em adição, o TTR se manteve significativamente elevado (6%) ao final da oitava semana de suplementação comparada ao grupo placebo. Vale ressaltar que a melhora no desempenho ao final das series consecutivas do TW após as oito semanas de suplementação foi acompanhada por aumentos significativos nos estoques musculares de Cr, PCr e CrT em 20%, 20% e 21%, respectivamente, comparados aos valores iniciais. 
A suplementação de creatina melhora o rendimento em exercícios de força e potência muscular (principalmente em múltiplas séries de exercícios anaeróbios intermitentes), além de auxiliar na hipertrofia e ganho de massa muscular (HOFFMAN et al., 2006). Aumenta também a concentração total de creatina intramuscular, que é responsável pelos efeitos ergogênicos dessa substância, uma vez que se torna apta a acelerar a ressíntese de fosfocreatina no intervalo da prática esportiva. Como resultado, a taxa de refosforilação de ADP consequente pode ser mantida durante o exercício aumentando a capacidade de contração muscular (BEMBEN, 2005). A creatina pode diminuir os níveis de homocisteína no soro, níveis elevados de homocisteína no soro estão ligados a várias doenças neurológicas e psiquiátricas, incluindo a depressão, demência e doença de Alzheimer. Recentemente, também foi descoberto que é muito eficaz como um antioxidante. 
Porém, a ingestão da substância pode causar uma série de malefícios aos esportistas tais como náuseas, vômitos, desconfortos intestinais, diarréia e, em longo prazo, fatores negativos associados à função renal hepática. Em ênfase os rins.
“Este composto é sintetizado nos rins e transportado para o fígado, no qual o grupo metil proveniente da metionina forma o S–adenosilmetionina, que é transferido para o guanidinoacetato,formando a creatina. A creatina e a fosfocreatina sofrem reações irreversíveis de ciclização e desidratação, tendo como metabólico a creatinina. Esta, em função de seu caráter não-iônico, se difunde constantemente para o meio extracelular e para a corrente sanguínea até ser excretada pelos rins” (BALSON et al., 1995).
Para atletas iniciantes ou aqueles que apenas desejam melhorar aspectos estéticos do corpo, de maneira natural e sem utilização de substancias ergogênicas, é necessário manter uma dieta balanceada com ênfase em alguns alimentos que contenham creatina. Arenque (um tipo de peixe muito encontrado nos mares do Pacífico Norte e mar Báltico, grande fonte de creatina 750mg), carne de porco (apesar do alto teor de gordura é possível encontrar 5g de creatina/kg), Salmão (4,5g de creatina/kg), Fígado (4,5g/kg), Frango (400mg/kg), Atum (4,5g em 453g de atum fresco e em lata 4g por kilo ), Carne Vermelha (4 a 4,5 g por kg), Ovo e leite (apenas 0,1 g /kg ) e outros peixes como Linguado e Bacalhau.
“A creatina é um desses auxílios nutricionais, a qual é utilizada por atletas profissionais e até mesmo, por indivíduos que visam somente a estética. A creatina é bastante utilizada como recurso ergogênico auxiliar por atletas, independentemente de praticarem esportes como uma forma de recreação ou de modo profissional. A creatina é uma substância produzida pelo próprio organismo, sendo sintetizada no fígado, rins e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina, e pode ser encontrada no organismo nas formas livres e fosforilada. A creatina também pode ser encontrada em diversos alimentos como carnes, aves e peixes, contendo de 4 a 5 gramas de creatina por kg de alimento.” (WILMORE.; COSTILL.; KENNEY, 2010).
Já para aqueles que desejam uma suplementação de creatina, é necessário conhecer os principais tipos encontrados no mercado, de acordo com a plataforma de vendas online (mercado livre):
Creatina Monohidratada – A mais popular do mercado, muito usada por praticantes iniciantes de musculação, é composta por 88% de creatina e 12% de água. Além de possuir um ótimo custo benefício.
Creatina Micronizada – Esta versão de creatina é mais pura que as demais, sendo quebrada em micro partículas até 50 vezes menor que as demais creatinas existentes. Esta é a que retém menos liquido, totalmente recomendada para pessoas que não querem “inchar”, com o uso da creatina. Dissolve-se facilmente e seu preço normalmente é um pouco mais caro que a monohidratada.
Creatina Alcalina – Mais popularmente conhecida como creatina Krealkalyn, esta fórmula é uma creatina “bloqueada”, ou seja, ela não se transforma em creatinina antes de atingir o tecido muscular. Esta é processada em um nível de PH menos acido. Comparada às outras creatinas, esta fica somente atrás da Creatina AKG.
Creatina AKG – É uma fórmula especial de creatina com moléculas de L-Glutamina, sendo fonte de Glutamina e melhor absorvida pelo corpo humano. A Creatina AKG é absorvida de forma mais rápida pelo intestino, com isso as chances de ter problemas gastrointestinais são raras. 
As principais marcas aprovadas pela ANVISA e mais vendidas no Brasil encontram-se: 
Creatina Universal
Creatina Optimum
Creatina Max Titanium
Creatina Integral Medica
Creatina Atlhetica
	
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	Os tipos de pesquisa selecionados para este estudo são: descritiva, bibliográfica e analítica. Segundo Gil, a pesquisa descritiva é aquela que identifica a existência de relações entre variáveis e permite determinar a natureza dessa relação (2002, p. 42). Gil (2002, p.60) afirma que a pesquisa bibliográfica é aquela que provém de um material já publicado. De acordo com Thomas e Nelson (1996, p. 135), a pesquisa analítica envolve o estudo e avaliação de informações disponíveis na tentativa de explicar o contexto de um fenômeno. 
	Para a pesquisa descritiva, serão utilizados estudos sobre a creatina, sua estrutura e a forma pela qual seu uso beneficia treinos longos e intensivos. Já para a pesquisa bibliográfica, resumos de uma revisão de estudo sobre a creatina para um treino demasiado. A pesquisa analítica ocorre por meio dos resultados obtidos de uma pesquisa sobre a potencialização da força a partir do uso de creatina.
4 CRONOGRAMA
	2018
	Atividades
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro
	Dezembro
	Definição do tema
	 X
	
	
	
	
	Revisão da literatura
	X
	x
	x
	x
	x
	Solução dos objetivos
	
	
	x
	
	
	Análise dos dados
	
	
	x
	x
	
	Redação do TCC
	X
	x
	x
	x
	x
	Apresentação do TCC banca examinadora
	
	
	
	
	
x
5 RESULTADOS ESPERADOS
	A partir das principais informações encontradas em referências bibliográficas e revisões literárias, espera-se criar um guia informativo para auxílio dos praticantes de atividade física esportiva intensa, seja em nível armador, seja em profissional, com intuito de ser distribuído nas academias e demais instituições esportivas existentes, o guia servirá como meio de suporte ao consumo, atentando-se aos benefícios e malefícios da suplementação de creatina.
 REFERÊNCIAS
[1] BARROS, T., Creatina e retenção líquida: entenda o mito relacionado ao nutriente. EU ATLETA. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2014/07/creatina-e-retencao-liquida-entenda-o-mito-relacionado-ao-nutriente.html Acesso em: 4 nov. 2018.
LINCK, L; RODRIGUES, G; MASCARENHAS, M. Creatina, da biossíntese à aplicação: um estudo de revisão. EFDeportes, n. 159, ago. 2011. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd159/creatina-da-biossintese-a-aplicacao.htm Acesso em: 24 set. 2018.
ALTIMARI, L. R. et al. Efeito de oito semanas de suplementação com creatina monoidratada sobre o trabalho total relativo em esforços intermitentes máximos no ciclo ergômetro de homens treinados. RBCF, v. 42, n. 2, abr. 2006. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v42n2/a08v42n2.pdf> Acesso em: 24 set. 2018.
BATISTA, J. M. A. et al. Suplementação de creatina e treinamento de força: alterações antropométricas e na resultante força máxima. RESC, n. 8, out. 2004. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Raphael_Cunha/publication/235113485_Suplementacao_de_creatina_e_treinamento_de_forca_alteracoes_antropometricas_e_na_resultante_forca_maxima/links/56610b6e08ae418a78669eb3.pdf Acesso em: 19 out. 2018.

Continue navegando