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TCC- investigação criminal realizada diretamente pelo MP e sua constitucionalidade

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A INVESTIGAÇÃO CRIMINAL REALIZADA DIRETAMENTE PELO 
MINISTÉRIO PÚBLICO E SUA CONSTITUCIONALIDADE 
A CRIMINAL INVESTIGATIONS DIRECTLY BY THE PROSECUTOR 
AND THEIR CONSTITUTIONALITY 
 
 
 
 
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Bolival Oliveira de Souza 
 RA 2211204424 
 
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Claudio Mikio Suzuki 
 
 
Sumário: 1. Introdução, 2. Desenvolvimento; 2.1 da investigação criminal no Brasil; 2.2. das 
teorias favoráveis a investigação direta do Ministério Público; 2.3. da corrente contrária à 
investigação criminal realizada diretamente pelo Ministério Público; 2.4 da PEC 37/2011; 2.5 
 
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 Aluno do curso de graduação do curso de direito da Universidade Nove de Julho, Campus Santo Amaro, 
atualmente cursando o nono semestre. 
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 Orientador deste trabalho científico. Doutorando em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
. Graduado em Direito em . Pós Graduação Lato Sensu em Direito Penal pelo Centro Universitário das 
Faculdades Metropolitanas Unidas UniFMU (2001) e especialização em Pós-graduação Lato Sensu em Direito 
Processual Penal pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas UniFMU (2002). Mestre 
Stricto Sensu em Direito da Sociedade da Informação pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas 
Unidas UniFMU (2008/2010). Foi aluno regular do curso de Doutorado em Direito Penal pela Universidade de 
Buenos Aires UBA (2010/2014). Foi discente no ano de 1999 do Curso de Extensão em Comércio Exterior com 
ênfase em Importação e Exportação da Travel and Trade Career Institute (TTCI) na cidade de Long Beach, 
Estado da Califórnia (Estados Unidos da América). Personal & Professional Coaching e Certified Leader as 
Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching - SBCoaching (2014). Membro e Examinador da Comissão 
Permanente de Estágio e Exame de Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil Seção de São Paulo. Membro 
associado da AASP (Associação dos Advogados de São Paulo) e do IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências 
Criminais) desde 2000. 
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a atribuição da investigação criminal no direito comparado; 2.5.1. Portugal; 2.5.2. EUA; 2.5.3 
Alemanha 
 
 
 
RESUMO 
Este trabalho traz em seu bojo o tema investigação criminal realizada diretamente pelo 
Ministério Público, verificando se existe a possibilidade de ser realizada sem ferir as regras de 
direito interno, buscaremos apresentar entendimentos favoráveis e contrários ao tema, 
utilizando para tanto o método de pesquisa bibliográfico na doutrina, jurisprudência e no 
direito comparado, por fim, apresentaremos nossa conclusão com base nos argumentos 
apresentados no decorrer do trabalho. 
 
1. INTRODUÇÂO. 
 
Este artigo tem por finalidade analisar o tema da investigação criminal realizada 
diretamente pelo Ministério Público a luz do ordenamento jurídico brasileiro. O principal 
ponto deste trabalho científico é analisar se o Ministério Público tem legitimidade para apurar 
diretamente as infrações penais, isso porque tal atribuição é conferida, pela Constituição 
Federal de 1988, à Polícia Judiciária, que tem como missão constitucional, principalmente, 
apurar as infrações penais e praticar atos de polícia judiciária. Essa questão se mostra de 
extrema relevância para a ação penal, já que seus efeitos podem resultar diversas 
consequências no curso da persecução penal. 
O Ministério Público é o titular da ação penal, com isso pode requisitar a 
instauração de inquéritos policiais, requisitar diligências para que sejam colhidas provas e 
assim formar seu convencimento para o oferecimento da denúncia, portanto há entendimentos 
que se deve aplicar a analogia do “quem pode mais, pode menos”, conforme a Teoria dos 
Poderes Implícitos, ou seja, o órgão ministerial como autor da ação penal, nada impediria que 
ele mesmo realizasse a investigação penal. 
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Por outro lado, a Constituição Federal trouxe a atribuição da investigação criminal 
a Polícia Judiciária, assim sendo, caso esta investigação criminal for realizada diretamente 
pelo Ministério Público estaria violando o Princípio do Devido Processo Legal, pois haveria 
uma aglutinação de funções que seria intolerável no sistema acusatório. Argumenta-se, ainda, 
a falta de regulamentação federal da matéria; e o comprometimento subjetivo da autoridade 
investigante, não sendo razoável na fase processual. 
O método utilizado neste trabalho científico será a análise bibliográfica, buscando 
analisar entendimentos favoráveis e contrários referentes ao tema, buscaremos no âmbito do 
direito interno e no direito comparado uma alternativa para resolução deste conflito e por fim 
concluiremos, de maneira indutiva, se a investigação criminal realizada diretamente pelo 
Ministério Público é compatível com nosso sistema jurídico. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Da Investigação Criminal no Brasil 
 
A Constituição Federal de 1988 atribuiu à policia judiciária no art 144 parágrafo 
4°, a apuração das infrações penais com exclusividade, exceto as militares. 
“§ 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, 
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a 
apuração de infrações penais, exceto as militares.” 
A apuração das infrações penais no Brasil se dá, em regra, através do inquérito 
policial, no qual a autoridade policial, através de diligências, conduz as investigações, 
objetivando levar ao inquérito a prova da existência do crime, indícios suficientes sobre sua 
autoria, bem as circunstâncias as quais o crime foi cometido. Sua finalidade é colaborar na 
formação da “opinio delicti” do titular da ação penal, que decidirá sobre a deflagração ou não 
da ação penal. 
O inquérito policial tem previsão no Código de Processo Penal, criado em 1941 
tem inspiração no Código de Rocco de 1930 da Itália fascista de Benito Mussolini, possuindo 
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resquícios ditatoriais em seu bojo, isso porque o governo brasileiro a época era simpatizante 
ao sistema fascista italiano. 
“Inspirado na legislac ão processual penal italiana 
produzida na d cada de , em pleno regime fascista, o digo de rocesso enal 
 rasileiro foi ela orado em ases notoriamente autorit rias, por razões vias 
e de origem. E nem poderia ser de outro modo, a julgar pelo paradigma escolhido e 
justificado, por escrito e expressamente, pelo respons vel pelo anteprojeto de lei, 
 in. rancisco ampos, conforme se o serva em sua xposição de otivos.” 
(Pacceli, Pag. 5, 2013) 
A principal característica do inquérito policial é ser um procedimento 
administrativo inquisitivo, ou seja, podemos concluir que a concentração dos atos do inquérito 
policial estão reunidos em uma única autoridade, que por consequência não se admite a ampla 
defesa e o contraditório. 
Cabe a Polícia Judiciária apurar as infrações penais, através do inquérito policial, 
seu principal instrumento para a realização da investigação criminal que tem o objetivo de 
levar ao titular da ação penal prova da materialidade do crime, indícios suficientes de autoria, 
bem como as circunstância em que o crime ocorreu. Aury Lopes Junior ensina que: 
“O sistema de investigac ão preliminar policial 
caracteriza-se por encarregar ol cia udici ria o poder de mando so re os atos 
destinados a investigar os fatos e a suposta autoria, apontados na notitia criminis ou 
atrav s de qualquer outra fonte de informac ão. Todas as informac ões so re os 
delitos p licos são canalizadas para a pol cia, que decidir e esta elecer qualser 
a linha de investigac ão a ser seguida, isto , que atos e de que forma” (Aury, pag. 
127, 2012) 
O Ministério Público não tem legitimidade para presidir o inquérito policial, sua 
função em fase de inquérito resume-se a requisitar diligências que forem convenientes para a 
formação de seu convencimento para a deflagração ou não da ação penal, já que cabe ao MP o 
controle externo da atividade policial, não podendo interferir diretamente sobre a maneira em 
que o presidente do inquérito policial, ou seja, o delegado de polícia, conduz suas diligências. 
Aury Lopes unior diz so re o caso que: “o mais importante – a chamada depende ncia 
funcional – não foi regulado, e o inist rio lico continua sem poder, efetivamente, 
controlar a atividade policial no curso do inqu rito policial”. ag. 4 
A dúvida que surge é se o Ministério Público poderia instaurar um procedimento 
investigativo diverso do inquérito policial visando apuração das infrações penais. Não há em 
nosso sistema dispositivo que legitime, de forma incontroversa, a atuação do Ministério 
Público nas investigações criminais. O texto Constitucional em seu artigo 129 relaciona as 
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func ões institucionais do inist rio lico e, entre elas: “exercer outras func ões que lhe 
forem conferidas, desde que compat veis com sua finalidade ...]”. 
No Brasil, ainda, existem 
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inquéritos não policiais ou extrapoliciais que são 
aqueles presididos por autoridade distinta da autoridade de polícia judiciária e que conviverá 
harmonicamente com o inquérito policial. Por sua vez esses não serão nosso objeto de estudo, 
porém entendemos importante citá-los, são eles: 
I – Inquérito Parlamentar: aquele conduzido pela CPI. Havendo indícios da ocorrência de 
delitos cometidos por parlamentar, este inquérito será encaminhado para o MP sendo 
analisado em caráter de urgência ( lei 10001/00); 
II – Inquérito Militar: Tem por objeto as infrações militares e serão presididos por um oficial 
da respectiva instituição; 
III – Suspeito Membro do MP: havendo indícios que o membro do MP contribuiu para a 
pratica de um delito o delegado deverá representar os autos para o Procurador Geral; 
IV – Suspeito magistrado: havendo indícios de que o magistrado contribuiu para o delito os 
autos da investigação ou a notícia do fato serão remetidos ao Tribunal que o magistrado está 
vinculado ( art 33 parágrafo único da LC 35/79); 
V – Demais autoridades que possuem foro por prerrogativa de função: Segundo o STF no 
inquérito 2411 o indiciamento da autoridade pressupõe autorização do Tribunal em que ela 
usufrui da prerrogativa. 
 
2.2 Das Teorias Favoráveis a Investigação Direita Pelo Ministério Público 
 
Alguns autores apontam a figura do Magiaí do Egito antigo (4.000 a.c) como o 
embrião do Ministério Público que hoje conhecemos, sua função era castigar os rebeldes, 
reprimir os violentos, protegia os cidadãos pacíficos, acolhia os pedidos do homem justo, 
fazia ouvir as palavras de acusação, indicando as disposições legais aplicáveis a cada caso, e 
 
3
 Inquéritos não policiais citados na obra: TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de direito 
processual penal. 6. ed. rev. e atual. – Salvador: Juspodivm, 2011. 
 
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tomava parte nas instruções para descobrir a verdade. O MP desde sua origem tem o papel da 
persecução penal. 
... “no Egito (cerca de 4 mil a. . , o magia , funcion rio do rei, exercia função 
equivalente ao de custos legis, denunciando os infratores da lei, castigando os 
re eldes e reprimindo os violentos protegendo os cidadãos pac ficos, colhendo os 
pedidos do homem justo e verdadeiro e perseguindo o mal intencionado e 
mentiroso. articipava o magia dos atos de instrução, ouvindo as palavras da 
acusação e indicando as disposições legais que se aplicavam ao caso al m disso, 
exercia o papel de marido da vi va e pai do rfão.” (Vasconcelos, p.3, 2013). 
 
A criação do Ministério Público no Brasil se deu com a influência do direito 
português, sob o regimento das Ordenações do Reino ( Afonsinas, Manuelinas e Filipinas), as 
quais eram aplicadas no Brasil, pois reinava aqui a legislação da Metrópole. 
“ o rasil, a criação do inist rio lico foi inspirada no direito portugue s, que 
se aplicou desde o per odo colonial at o in cio da ep lica. As Ordenac ões 
Manuelinas de 1521 mencionavam o Promotor de Justic a, que atuava como fiscal da 
lei e de sua aplicac ão. as Ordenac ões ilipinas, de , são definidas as 
atribuic ões do romotor de ustic a junto s asas de uplicac ão, confirmando o seu 
papel de fiscal da lei e de autor da ac ão criminal.” (Vasconcelos, Pag. 4, 2013). 
O Ministério Público, de acordo com a CF, tem a titularidade da ação penal, não 
ficando vinculado ao inquérito policial, tendo em vista este procedimento ser dispensável, 
conforme ensina Levy Magno: 
“ otadamente, de acordo com a , no art. , I, foi outorgada ao inist rio 
 lico a titularidade da ac ão penal de forma privativa. essa linha de pensamento, 
se rece eu o rgão a titularidade da ac ão, implicitamente, com muito mais razão, 
recebeu os meios necess rios para via ilizar a formac ão de sua convicc ão.” (Magno, 
Pag.107, 2012) 
Apesar da Constituição Federal, em seu artigo 144, conceder à Polícia Judiciária a 
atribuição de apurar as infrações penais comuns, o Código de Processo Penal, em seu art 4°, 
não exclui as investigações realizadas por outras autoridades administrativas. 
 emelhante tarefa, por m, não exclusiva ou privativa da pol cia. Ali s, mesmo o 
 digo de rocesso enal, instrumento normativo de perfil reco- nhecidamente 
autorit rio, j ressaltava a atri uição investigat ria a outras autoridades, conforme se 
v do disposto no art. 4o. procedimentos administrativos no m ito do exerc cio 
de regulares poderes de pol cia que são tam m investigativos, podendo chegar-se 
tam m ilicitude penal. (Pacceli, p.53, 2013) 
Portanto, conclui-se que o Ministério Público tem o poder-dever de processar 
criminalmente, aquele que comete crime de ação penal pública. Partindo dessa ideia surge a 
primeira fundamentação para que o Ministério Público possa investigar diretamente as 
infrações penais, tendo como fundamento a teoria dos poderes implícitos, partindo do 
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pressuposto que o titular da ação penal tem o poder-dever de processar, poderia, também 
investigar, já que pode o mais que é promover a ação penal, pode, consequentemente, o 
menos que é investigar. Esse é o entendimento que prevalece no STF, conforme HC 
91661PE, relatora Ellen Gracie: 
“...Ora, princ pio asilar da hermen utica constitucional o dos "poderes 
implícitos", segundo o qual, quando a Constituição Federal concede os fins, dá os 
meios. Se a atividade fim - promoção da ação penal pública - foi outorgada ao 
parquet em foro de privatividade, não se concebe como não lhe oportunizar a 
colheita de prova para tanto, já que o CPP autoriza que "peças de informação" 
em asem a den ncia.” 
A Teoria do Poderes Implícitos tem origem na Corte Americana no caso que ficou 
conhecido como caso 
4 c ulloch vs. aryland 8 , tam m conhecida como a “teoria do 
quem pode mais, pode menos”. e o inist rio lico tem legitimidade para propor a ação 
penal, teria, implicitamente, também para investigar, Hugo Nigri Mazilli diz: 
“...Lem rando a teoria dos poderes impl citos, ca e dizer que, se a onstituição 
cometeu tarefas finais ao Ministério Público (a promoção da ação penal pública, e, 
ainda mais, sob forma privativa), bem como concedeu autonomia funcional à 
instituição, devemos, então, concluir que os meios necessários para exercer essas 
funções são pressupostos necessários paraque a instituição possa adimplir suas 
finalidades constitucionais.” ( Mazilli, Pag. 5, 2012) 
Hugo Nigri Mazilli entende ainda que : 
“ ntende-se que, na afirmac ão do art. , inc. VI, da , de que func ão do 
 inist rio lico expedir notificac ões e requisitar informac ões e documentos para 
instruir procedimentos administrativos de sua compete ncia, a rangem-se tam m 
procedimentos de investigac ão criminal”. (Mazzili, Pag 239, 2012) 
Segundo entendimento jurisprudencial do STF e STJ é que a investigação 
criminal realizada pelo Ministério Público conviverá harmonicamente com o Inquérito 
policial, podemos verificar tal entendimento no HC 91661, Ministra relatora Ellen Gracie: 
“...Tal conclusão não significa retirar da Polícia Judiciária as atribuições previstas 
constitucionalmente, mas apenas harmonizar as normas constitucionais (arts. 129 e 
144) de modo a compatibilizá-las para permitir não apenas a correta e regular 
apuração dos fatos supostamente delituosos, mas também a formação da opinio 
delicti”. 
Adeptos dessa corrente defendem que a investigação presidida pelo Ministério 
Público denotará imparcialidade, já que a polícia judiciária é um órgão politizado, pertencente 
ao Poder Executivo, onde interesses políticos são preservados. Por outro lado o MP como 
 
4
 "Supremacy clause": estudo histórico sobre a supremacia da Constituição e das leis federais nos Estados 
Unidos, disponível em http://jus.com.br/artigos/17784/supremacy-clause-estudo-historico-sobre-a-supremacia-
da-constituicao-e-das-leis-federais-nos-estados-unidos. Acessado em 25/05/2015. 
 
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órgão independente traria mais imparcialidade às investigações. A participação direta do 
promotor na investigação criminal também trará maior legitimidade para a prova colhida em 
fase pré-processual, de modo que a imparcialidade, traz a ideia que o promotor agirá com o 
intuito de esclarecer a noticia crime, resolvendo de forma justa e dentro da legalidade a 
respeito da propositura da ação. 
 Este argumento é considerado frágil por uma parte da doutrina, como Luiz Flávio 
Gomes D‟Urso e Aury Lopes unior, pois o parquet o respons vel pela deflagração da ação 
penal, podendo assim ser contaminado de subjetividade, não sendo condizente com o 
argumento de imparcialidade do promotor. A súmula 234 do STJ não considera impedido o 
promotor que participa da investigação criminal e oferece a denúncia. mula 4 T “A 
Participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o 
seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da den ncia”. 
Aury Lopes Junior entende que: 
 em d vida que, para os defensores da imparcialidade do , a figura do promotor 
investigador leva – o rigatoriamente – conclusão de que essa mesma pessoa que 
investigou não poder acusar no processo, pois sua imparcialidade est 
comprometida por toda uma s rie de atos e prejulgamentos que realizou no curso da 
investigac ão preliminar. Das duas uma: ou se repensa a imparcialidade do ou se 
pro e que o mesmo agente investigue e acuse, porque isso a soluta- mente 
incompat vel com a defendida imparcialidade so re a qual est atualmente 
estruturada a participac ão processual do arquet. m s ntese, um promotor investiga 
e outro acusa. 
O Ministério Público buscando regulamentar essa questão criou inquérito 
ministerial previsto na RESOLUÇÃO CONJUNTA PGJ CGMP Nº 2, DE 20 DE AGOSTO DE 2009, 
prevê o Procedimento Investigativo Criminal (PIC) regulamentando em seu texto os procedimentos do 
parquet na investigação preliminar. O STF e o STJ se manifestou positivamente ao PIC, entendendo 
que tal procedimento pode conviver harmonicamente com o inquérito policial, não sendo considerado 
impedido o promotor que participa das investigações e oferece a denúncia, conforme súmula 234 STJ. 
 
2.3 da corrente contrária à investigação criminal realizada diretamente pelo Ministério 
Público 
 
Em 2003 foi julgado no STF, 2a Turma, ROHC 81.326-7/DF, Rel. Min. Nelson 
Jobim, o referido Ministro julgou pela falta de legitimidade do MP em realizar diretamente a 
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investigação criminal, argumentando em sua tese que a investigação criminal é atribuição 
exclusiva da polícia judiciária. Não permitindo o deslocamento de função do MP, já que o 
inqu rito policial tem como finalidade su sidiar o parquet na formação de sua “opinio 
delicti”, resta claro que promotor pode requisitar por dilig ncias que ache necess rias, que 
serão cumpridas pela autoridade policial. 
Luiz Flávio D‟Urso defende que o não tem poder para investigar, com o 
mesmo argumento utilizado pelo Ministro Nelson Jobim já que a atribuição exclusiva para a 
investigação das infrações penais é da polícia judiciária. Quando em meios às manifestações 
sociais em 2012 surgiu a questão da PEC 37 em que supostamente seria tirado do MP o poder 
de investigar infrações penais, D‟Urso completou: 
“ ntão, a premissa essa. O não tem poder para investigar. Tudo o que vem 
depois é distorção. A PEC vai retirar poderes do MP. Ninguém retira o que o outro 
não tem. Isto está errado. O MP não tem poderes, portanto não se pode retirar dele o 
que ele não tem. A PEC vai limitar os poderes de investigação do MP. Não se pode 
limitar o que algu m não tem”. 
Guilherme de Souza Nucci também vê como inviável a investigação criminal ser 
dirigida apenas pelo MP, sustentado que a constituição atribuiu tal função a polícia judiciária 
deixando a cargo do Promotor de Justiça a titularidade da ação penal, podendo, inclusive, no 
curso do inquérito requisitar diligências, mas jamais presidir diretamente o inquérito policial. 
“Ao inist rio lico foi reservada a titularidade da ação penal, ou seja, a 
exclusividade no seu ajuizamento, salvo o excepcional caso reservado à 
vítima, quando a ação penal não for intentada no prazo legal (art. 5.°, LIX, CF). 
Note-se, ainda, que o art. 129, inciso III, da Constituição Federal, prevê a 
possi ilidade de o promotor ela orar inqu rito civil, mas jamais inqu rito policial”. 
(Nucci, Pag 153, 2014) 
Aury Lopes Junior defende que o promotor presidindo a fase pré processual, 
deixaria essa fase de constituir uma peça informativa que serviria tanto para a defesa, 
acusação e juiz e passaria a ser uma via de mão única, constituiria mais uma arma para 
acusação, dificultando mais ainda o acusado se defender. 
“Atri uir ao a direc ão da investigac ão preliminar significa dizer que a fase pr -
processual não servir para preparar o processo, informando acusac ão, defesa e 
tam m ao juiz, mas que ser uma via de mão nica: serve somente para a 
acusac ão”. (Aury, Pag. 167, 2012). 
A nossa Constituição Federal atribuiu à Polícia Judiciária o papel de investigar, O 
Ministério Público o papel de promover a ação penal e ao juiz de julgar, as infrações penais. 
Se a Constituição quisesse atribuir a investigação ao MP faria isso de modo expresso e não de 
maneira implícita, veja que estamos diante de uma criação de uma exceção implícita dando 
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mais poder ao promotor. Não seria viável o promotor agir na fase de investigação, pois 
estaríamos diante de uma parcialidade do órgão acusador, já que ele mesmo colherá a prova 
que será utilizada em juízo. 
O ordenamento jurídico pátrio optou pelo sistema de persecução criminal acusatório, 
que se caracteriza pela clara distinção entre as figuras do profissional que investiga 
(delegado de polícia), que promove a defesa (advogado), que acusa (membro do 
Ministério Público) e do que julga (juiz) o crime. Em consonância com o aludido 
sistema, tais papéis não podem ser invertidos, sob pena de provocar grave e 
irreparável desequilíbriona relação processual criminal. (YAROCHEWSKY, pag 
15, 2013) 
Não se coloca em xeque a integridade moral do parquet, mas o que se analisa é 
que seria uma grande atribuição de poder para um único órgão, o que não está amparado em 
nosso sistema jurídico. Luciana Boiteux em seu artigo diz que: 
“ ois se o romotor de ustiça atuar tam m como policial, colhendo diretamente a 
prova, estar-se-ia diante de uma situação inusitada, como se tem visto em vários 
casos divulgado pela imprensa, pois o mesmo órgão que realiza a investigação seria 
aquele que se utilizaria posteriormente daquela prova produzida para postular uma 
ação uma acusação em Juízo. Isso poderia acarretar, inclusive, sérias dúvidas acerca 
da parcialidade dos depoimentos produzidos, visto que poderiam ser facilmente 
manipulados e parciais. Além disso, eventuais provas favoráveis à defesa poderiam 
ser simplesmente ignoradas.” (Boiteux, p. 7, 2013) 
Na mesma linha Aury Lopes Junior conclui; 
” oncluindo, argumenta-se que a instruc ão preliminar a cargo do MP significa a 
adoc ão de um modelo destinado exclusivamente a recolher ind cios favor veis para 
a acusac ão. Al m de minimalista, o modelo aca a com qualquer esperanc a de 
estabelecer uma igualdade de armas no processo pe- nal, pois vulnera a igualdade 
dos sujeitos e dos cidadãos” (Aury, 2012, p. 169) 
No Brasil o sistema adotado é o sistema acusatório, sendo que o MP não está 
ligado a nenhum dos três poderes, devendo a eles respeito e agir em harmonicamente com os 
poderes, cabe ao Ministério Público como uma de suas funções nesse sistema o controle 
externo das policias; no âmbito do inquérito policial cabe ao promotor zelar para que o juiz 
não interfira na colheita das provas. Paulo Rangel delineia bem esse papel: 
“ a fase inquisitorial A regra constitucional do controle externo da atividade 
policial é um reforço ao sistema acusatório, pois deixa nítido e claro que ao 
Ministério Público é endereçada a persecutio criminis, afastando o juiz de qualquer 
ingerência na colheita de provas”. (Rangel, Pag 110, 2011). 
 ara Luiz lavio orges D‟Urso o não poder presidir investigação criminal 
em razão da ofensa ao sistema acusatório, pois haverá uma aglutinação de função intolerável; 
também é contrário por não haver Lei Federal disciplinando a matéria; por fim argumenta que 
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há um comprometimento subjetivo da autoridade investigante, não sendo razoável na fase 
processual. 
 
2.4 Da PEC 37/2011 
 
O projeto de Emenda a Constituição número 37 de 2011 foi proposta pelo 
Deputado Federal Lourival Mendes, seu teor propunha a inclusão do § 10° no art. 144 da 
Constituição Federal que tinha como texto proposto: 
“§ . A apuração das infrações penais de que tratam os §§ º e 4º deste artigo 
incumbem privativamente às policias federal e civis dos Estados e do Distrito 
 ederal, respectivamente.” 
Durante as manifestações do ano de 2012 esse tema chamou a atenção, o povo foi 
 s ruas e reivindicava a não aprovação da , denominada naquela poca como a “ 
da impunidade”. uitos levantaram essa andeira sem saber ao certo do que realmente o 
projeto de emenda se tratava. 
5
A pressão popular ajudou na decisão dos deputados que em 25 de junho de 2013 
rejeitaram a matéria com 430 votos contra a PEC, 9 a favor e 2 abstenções. A matéria foi à 
arquivo na mesma data. 
O projeto apresentava como justificativa a violação do Devido Processo Legal das 
investigações realizadas por outros órgãos, já que muitas vezes esses procedimentos não 
possuem forma definida, sem controle, sem prazos definidos em condições totalmente 
contrárias ao estado de direito vigente. O projeto defende que o inquérito policial e o termo 
circunstanciado são os únicos meios para se apurar as infrações penais e são regulados pelo 
Código de Processo Penal e a Lei 9099/95 respectivamente, ambos são presididos pela 
autoridade policial, que dispõe de profissionais devidamente habilitados pela condução das 
investigações, cabendo ao juiz e ao MP, o controle da atividades produzidas no inquérito. 
Houve uma mobilização por parte dos membros do ministério Público, pois apesar 
de não atribuir a investigação criminal ao MP expressamente, não há nenhuma vedação para 
 
5
 Câmara dos Deputados. Ficha de tramitação e proposição. Disponível em 
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=507965 acessado no dia 27 de 
maio de 2015. 
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tanto, como é possível além do inquérito policial, outros meios de provas para a propositura 
da ação penal, nada impediria que o próprio parquet buscasse as provas necessárias para a 
propositura da ação penal. A PEC 37/11 iria vedar por completo a atuação direta do MP na 
fase preliminar do processo. 
 Em vários países a atuação do MP na investigação criminal é uma de suas 
atribuições. 
2.5 A atribuição da investigação criminal no direito comparado 
 
2.5.1 Portugal: 
 
Como no Brasil o instrumento utilizado na investigação criminal se denomina 
inquérito, o artigo 263 do Código de Processo Penal português atribui a direção do inquérito 
ao Ministério Público, que será assistido pela Polícia Criminal. O CPPp deixa clara que a 
Polícia Criminal atuará sob direta orientação do MP e na sua dependência. 
O Ministério Público Português é um órgão pertencente ao Poder Judiciário tem 
como uma de suas atribuições levar a cabo a fase pré-processual, contando com a assistência 
da Polícia Judiciária. O MP é o protagonista da investigação preliminar. No sistema 
acusatório português também existe a figura do juiz instrutor, que atua na fase de inquérito, 
participando de alguns atos e tomando certas decisões interlocutórias, o art 268 do 
6
CPPp 
relaciona uma series de atos praticados pelo juiz instrutor 
 ara designar a investigação preliminar, o legislador portugu s utilizou o termo 
inqu rito, definido no art. do p como o conjunto de dilig ncias que visam a 
investigar a exist ncia de um crime, determinar seus agentes e a responsa ilidade 
deles em desco rir e recolher as provas, em ordem decisão so re a acusação. Al m 
de averiguar o fato e seus autores, a investigação pre- liminar portuguesa tem o fim 
– especificamente previsto – de possi ilitar a decisão acerca da a ertura ou não do 
processo penal. (Aury, pag. 389, 2012). 
 
2.5.2 EUA 
 
Já nos EUA a investigação é quase que exclusiva da polícia, não estando a polícia 
subordinada ao promotor, mas sim ao chefe do Executivo. No modelo de investigação 
adotado pelos EUA não há uma formalidade como há em nosso inquérito o papel da polícia 
 
6
 Código de Processo Penal Português comentado, disponível 
http://www.estig.ipbeja.pt/~ac_direito/Codigo_de_Processo_Penal_-_Anotado.pdf acessado em 28/05/2015. 
13 
 
juntar provas para sustentar a ação penal que será apresentada pelo promotor, não é vedado o 
promotor buscar elementos de convicção de prova, porém culturalmente entende-se a colheita 
de provas na fase pré-processual é tarefa da polícia, apesar de ser notório uma grande 
integração entre a polícia e o promotor. 
Vejamos, então os seus principais aspectos: 
O procedimento de investigação criminal nos UA começa a partir da not cia da 
pr tica de um crime, rece ida pela ol cia. Assim que a ol cia rece e informação, 
pra- tica alguns atos de averiguação preliminar e d in cio ao procedimento de 
preparação para a prisão do suspeito (Medroni; Batlouni, p. 222, 2013) 
 
2.5.3. Alemanha 
O digo de rocesso enal alemão t O – trafproze ordnung , em vig ncia 
desde , destina o ap tulo do Livro “preparação da acusação plica”, atribui a 
investigação criminal ao promotor que deve averiguar as circunstancias de fato contidas na 
not cia-crime, a fim de tomar uma decisão so re exercer ou não a ação penal p lica. essa 
atividade, o promotor dever verificar não s as circunst ncias que sirvam para demonstrar a 
responsa ilidade penal, mas, tam m, aquelas que exculpem ao sujeito passivo. a e ao 
dirigir e controlar a Polícia Judiciária por isso é órgão supremo da acusação e da investigação, 
tendo o MP total controle na investigação criminal, sendo a Polícia Judiciária um órgão 
auxiliar. 
O § 160 estabelece que: 
“Tão pronto a romotoria de ustiça tenha conhecimento, por meio de „notitia 
criminis‟ ou por qualquer outra via, da suspeita de um fato delituoso, dever 
investigar as suas cir- cunst ncias com a finalidade de decidir a respeito da 
propositura da ação penal p lica. egue dizendo que a romotoria dever averiguar 
não s as circunst ncias que sirvam para inocentar o investigado, e cuidar de coletar 
as provas cuja perda seja temerosa. Tais averiguações deverão estender-se s 
circunst ncias que sejam de import ncia para a de- terminação das consequ ncias 
jur dicas do fato. ara tanto poder valer-se da ajuda do oder udici rio.” 
E o § 161 estabelece o seguinte: 
“ ara a finalidade descrita no par grafo precedente, poder a romotoria de ustiça 
exigir informações de todas as autoridades p licas e realizar averiguações de 
qualquer esp cie, por si mesma ou em das autoridades e funcion rios da ol cia. As 
autoridades e funcio- n rios da ol cia estarão o rigados a atender a exig ncia ou 
solicitação da romotoria de ustiça. (Medroni; Batlouni, p. 102, 2013) 
 
Pode-se notar que o StPO/74 entregou o poder de investigar ao promotor. Antes 
de 74 existia o juiz de instrução, o qual era responsável pela investigação criminal, após a 
14 
 
reforma do código alemão se entendeu que para manter um sistema acusatório verdadeiro não 
se pode entregar o poder de investigar e julgar a um mesmo órgão, passou-se, então, o poder 
da investigação ao promotor. 
 
3. CONCLUSÃO 
 
O presente trabalho nos trouxe as principais teses apresentadas da parte da 
doutrina que entende ser plenamente possível a adoção de uma investigação realizada de 
forma direta pelo parquet, bem como, as principais teses apresentadas pela doutrina contrária, 
ou seja, aquela que entende não ser possível a realização da investigação direta pelo membro 
do Ministério Público. 
A principal tese que defende a possibilidade da investigação ser realizada 
diretamente é a adoção da teoria dos poderes implícitos no texto constitucional, que explana 
que a Constituição Federal ao atribuir ao Ministério Público o poder-dever de processar, 
estaria implicitamente autorizando o parquet a realizar investigações para sustentar a ação 
penal. Defende também que a investigação criminal, sendo realizada por um membro do 
Ministério Público teria ela mais legitimidade, tendo em vista o MP em tese ser um órgão 
independente não sendo vinculado a nenhum dos três poderes, já que a imparcialidade do 
promotor geraria mais segurança jurídica no âmbito do inquérito. 
Já a parte oposta da doutrina entende não ser possível a investigação direta por 
parte do Ministério Público, isso porque a Constituição de forma expressa atribuiu o poder de 
investigar a polícia judiciária não sendo possível a condução das investigações serem 
realizadas pelo parquet, pois tal conduta estaria ferindo o Princípio do Devido Processo Legal 
que reservou ao MP o papel de processar e não investigar. Defende, ainda, que a condução 
direta das investigações pelo promotor o afetaria de forma subjetiva no processo, além de 
propiciar maior desvantagem a defesa. 
Concluímos que a adoção da investigação direta realizada diretamente pelo MP 
não é viável no atual sistema jurídico brasileiro, apesar de haver uma tendência mundial para 
que o MP participe ativamente na fase de investigação, isso porque conforme as teses 
apresentadas esse tipo de investigação violaria o Princípio do Devido Processo Legal, já que a 
15 
 
pessoa acusada de um crime tem o direito de saber, desde o início, quais órgãos irá lhe 
investigar, acusar e julgar. A Constituição Federal delineou a atribuição de cada órgão no 
sistema acusatório, cabendo à polícia judiciária o papel de apurar as infrações penais e ao MP 
o papel de processar. Resta claro que a investigação policial nos dias de hoje não se mostra 
eficiente por diversos motivos, porém entendemos que isso não se dá pela ineficiência de 
quem preside o inquérito policial e sim por diversas questões politicas. 
Por fim, entendemos que esse tema só se resolverá com uma reforma no sistema jurídico, na 
qual esteja redimensionada a fase investigativa, em primeiro momento uma reforma 
constitucional concedendo ao Ministério Público o poder de conduzir as investigações e não 
só ser um mero espectador nessa etapa. Delinear a integração entre a Polícia Judiciária e o 
Ministério Público, no âmbito da investigação criminal, dando ao Ministério Público o poder 
de interferir nas investigações. 
 
4. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 
 
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