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Análise de Opções de Transações e Investimentos - Estudo de caso - Ok

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS
Fichamento de Estudo de Caso
Trabalho da disciplina: Análise de Opções de Transações e Investimentos,
 Tutor: Prof. James Dantas de Souza 
São Gonçalo - RJ 
2018
Estudo de Caso de Harvard: Santander Consumer Finance – 712-P04
Referência: TRUMBUL, Gunnar; CORSI, Elena; BARRON, Andrew. Santander Consumer Finance. Harvard, 2010.
Texto do Fichamento:	
INTRODUÇÃO
Dia 25 de março de 2008. Magda Salarich Fernández de Valderrama, a Chief Executive Officer (CEO) da Santander Consumer Finance (SCF), uma divisão do grupo Santander, apreciava o novo campus do banco, o Ciudad Financiera, logo ao sul de Madri. Salarich tinha sido nomeada CEO em janeiro, depois de trabalhar 28 anos para a fabricante de carros francesa Citroën, onde ela subira na hierarquia até o cargo de gerente de vendas e marketing internacional para a Europa e CEO para a Espanha. A SCF havia crescido rapidamente nos últimos cinco anos, sob a gestão de seu antigo CEO, Juan Rodríguez Inciarte. O papel de Salarich seria planejar o caminho a seguir nos dez anos seguintes.
HISTÓRIA DO GRUPO SANTANDER
O grupo Santander foi fundado em 1857, quando, por um decreto real, a rainha da Espanha autorizou a criação de um banco na cidade de Santander, em Cantábria, norte da Espanha. Setenta e dois empresários locais se subscreveram ao capital do banco. Ao longo dos anos, o banco aumentou seus negócios na Espanha e, na década de 1950, abriu escritório em alguns países latino-americanos e em Londres. Sob a liderança de Emilio Botín, que sucedeu seu pai como Presidente e CEO do grupo em 1986, o banco reforçou sua posição na Espanha lançando produtos como a Supercuenta, que dobrou a participação de mercado do banco em depósitos, e com a aquisição do Banco Español de Crédito (Banesto) em 1994 e a fusão com o Banco Central Hispano (BCH) em 1999. Botín também expandiu os negócios a mercados externos, adquirindo bancos e abrindo novos escritórios na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos.
HISTÓRIA DA SANTANDER CONSUMER FINANCE
A Santander Consumer Finance tem suas raízes em 1987, quando o Banco Santander comprou o Bankhaus Centrale Credit AG (CC Bank), um banco alemão em operação desde a década de 1950, com 51 filiais, especializado em financiamento de veículos. Um ano depois, o grupo Santander fez uma parceria com o Royal Bank of Scotland para controlar, fortalecer e expandir conjuntamente o CC Bank. Novas filiais foram abertas e, em 1994, o CC Bank lançou também o Direkt Bank, um banco sem agências (branchless), com atendimento por telefone, que também oferecia serviços de cartão de crédito. O acordo de propriedade compartilhada com o Royal Bank of Scotland vigorou até 1996, quando o Santander comprou a participação de seu parceiro e assumiu o controle total do CC Bank. 
Expansão da SCF
Inciarte primeiro expandiu o negócio para os grandes mercados da Europa. Entre 2003 e 2006, houve outras aquisições, em outros países europeus. Em 2006, a SCF começou a investir fora da União Europeia (UE); primeiramente, nos Estados Unidos, com a aquisição da Drive U.S., e depois, em 2007, no México e na Rússia. Ainda em 2007, Inciarte também investiu em novas instalações para operações no Chile, que começaram a funcionar em 2008. Em junho de 2008, a SCF já operava em 20 países. Dentro do Santander, correspondia a 5% do total de mão de obra do grupo e gerava quase 8% dos lucros totais do banco. O maior mercado continuava sendo a Alemanha. 
O MERCADO EUROPEU DE FINANCIAMENTO AO CONSUMIDOR
Financiamento ao consumidor incluía qualquer tipo de empréstimo para financiar compras do consumidor, com exceção de hipoteca para compra de imóveis. Essa certamente não era uma invenção do século XX. No século XIX, lojas ofereciam crédito para vendas a seus clientes regulares e lojas de penhores funcionavam na Europa desde a Idade Média. Mas foi o crescimento do setor de manufatura de bens duráveis na era entre guerras e pós-Segunda Guerra que transformou o crédito ao consumidor em uma característica aceitável da sociedade moderna. Inovações em avaliação de risco, processamento de dados e financiamento; todos esses fatores contribuíam para um boom nos empréstimos, começando no final da década de 1980. No final de 2007, empréstimo a varejo aos consumidores – exceto hipotecas – correspondiam a US$ 6 trilhões em saldos devedores, dos quais 51,5% estavam nas Américas, 30% na Europa e 18,6% na Ásia. Os Estados Unidos eram, havia tempo, e continuavam sendo, o maior mercado, com US$ 2,5 trilhões em empréstimos em aberto. 
As características institucionais dos mercados de crédito europeus também limitavam as possibilidades de gerir produtos de risco. Bureaus de crédito trabalhavam em nível nacional, e cada país impunha diferentes padrões para coleta, processamento e distribuição de dados. Nenhum dos bureaus nacionais oferecia pontuações de crédito. Alguns países como a França, haviam centralizado bancos de dados de classificação de crédito que registravam apenas episódios negativos. Novos empréstimos eram avaliados por meio dessa “lista negra”, mas não havia dados positivos centralizados, incluindo volume total de empréstimos em aberto. A Alemanha dava algumas informações a mais, mas não o suficiente para avaliação do risco de novos clientes. Um gerente de área afirmou: “A agência diz se o cliente está em atraso ou se não terminou de pagar seus empréstimos anteriores”. Ela não nos dá informação atual e positiva.
O MODELO DE NEGÓCIOS DA SANTANDER CONSUMER FINANCE
A maior atividade de empréstimos da Santander Consumer Finance era o financiamento de veículos: o fornecimento de empréstimo para clientes de revendedores de automóveis comprarem carros (i.e., empréstimo para a compra de carros no varejo), às vezes associado a empréstimo para os revendedores financiarem seus estoques. Em alguns mercados, a SCF também atendia varejistas, ao financiar crédito para seus clientes (i.e., empréstimos duráveis), e às vezes para seu próprio estoque. Além desses produtos principais e dependendo do mercado, a SCF fornecia serviços financeiros relacionados: seguro de proteção ao pagamento, cartões de crédito e débito, cartões de crédito de marca compartilhada (co-branded), atendimento bancário online, empréstimos pessoais, depósitos, serviços de consolidação de dívidas e hipotecas.
A abordagem da SCF para o mercado variava de acordo com o produto. Para empréstimos para bens de consumo duráveis e veículos a varejo, a SCF usava uma abordagem indireta e dependia de revendedores de automóveis e varejistas – inclusive supermercados, lojas de eletrônicos e joalherias – para atrair novos clientes e comercializar seu crédito. Essa estratégia de ponto de venda (PDV) mantinha a SCF distante de consumidores individuais, mas também dava muita ênfase a seus clientes de PDV. “É muito importante que façamos boas parcerias com revendedores de carros e varejistas. Em primeiro lugar, é através deles que oferecemos nossos empréstimos de veículos e bens duráveis. É o revendedor ou varejista que oferece ao cliente nosso empréstimo, não nossa equipe de vendas. Os clientes de PDV nem sabem que estamos por trás de seus empréstimos”.
A SCF tinha desenvolvido um sistema de aprovação de crédito que podia ser acessado online por revendedores de automóveis e varejistas. Após os revendedores preencherem os formulários de empréstimo de seus clientes, os dados eram enviados à SCF para processamento. Tipicamente, uma solicitação de empréstimo individual poderia ser aprovada ou rejeitada pela SCF em pouco mais de três minutos. Francisco J. Gimeno Jiménez, ex-Chief Information Officer da SCF, explicou: “A velocidade é crucial no negócio de financiamento de veículos. Se os revendedores não conseguirem processar suas solicitações rapidamente, os clientes sairão de sua loja para fazer negócios em outro lugar”.ESTRUTURA DA SCF
A SCF estava organizada em quatro áreas geográficas, cada uma liderada por um gerente: Espanha, Portugal, Chile e Itália; Europa Oriental e os países escandinavos, Reino Unido e México; Alemanha e Áustria; e América do Norte. Ainda assim, as filias locais gozavam de autonomia considerável.
Cada filial local tinha uma pessoa responsável pelas questões jurídicas para monitorar regulamentos locais e centros de coleta de dados. Recentemente, a SCF tinha introduzido na maioria de suas filiais locais um gerente responsável por promover o negócio de seguros. As filiais locais também eram responsáveis pelo desenvolvimento de produtos. Se um novo produto implicasse novos riscos, precisaria da aprovação do comitê central. As cobranças eram tratadas diferentemente, dependendo do cenário: cobranças “leves” eram terceirizadas na Espanha, mas realizadas internamente na Alemanha e na Rússia; cobranças “pesadas”, para as quais os padrões jurídicos nacionais diferiam consideravelmente, eram sempre terceirizadas.
	
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