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Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Fundamentos da Gestão de Projetos Fundamentos de Gerenciamento de Projetos Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Artur Ubaldo Marques Júnior Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Conceito de Projeto; • Objetivos do Gerenciamento de Projetos; • Princípios do Gerenciamento de Projetos; • Áreas do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos; • Ciclo de Vida em Gerenciamento de Projetos; • Processos de Gerenciamento de Projetos; • Diferenças Entre Processos X Projetos; • Diferenças Entre Projetos, Programas e Portfólios. Fonte: Getty Im ages Objetivo • Apresentar os fundamentos da Gestão de Projetos e alinhar os conhecimentos e os con- ceitos fundamentais. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl- timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Fundamentos de Gerenciamento de Projetos UNIDADE Fundamentos de Gerenciamento de Projetos Contextualização Você vai aprender, se já não souber, que um Projeto pode ser definido como uma atividade não repetitiva que é orientada por objetivos, tem um conjunto particular de restrições em torno do tempo e dos recursos, tem uma saída mensurável e muda alguma coisa dentro da Organização. De certa forma, os Projetos são úteis para que as Empresas racionalizem seus re- cursos e os utilize de forma eficiente e eficaz para gerar resultados que os coloque em vantagem competitiva frente à concorrência. Interessante notarmos a importância empresarial disso, pois esse esforço, utilizando melhores práticas e metodologias consagradas pelo mundo, permite, de forma integrada nas Áreas de Conhecimento, uma possibilidade de unir as capacidades individuais das pessoas que colaboram na Organização empregadas de maneira coletiva para gerar valor para os clientes e melhorar cada vez mais o Mercado com ciclos mais integrados e mais profissionais. Isso é produzido exatamente pelo ator principal desse drama empresarial. Sim, esta- mos escrevendo sobre o Gerente de Projetos que, nos dias atuais, está ganhando mais peso, responsabilidades, e consequentemente, melhores salários. Harold Kerzner, uma das maiores autoridades mundiais em Gerenciamento de Pro- jeto, escreveu em vários artigos o que está ocorrendo nas Corporações em geral, nas quais um GP – Gerente de Projetos está adquirindo maiores poderes que os Gerentes funcionais com uma vantagem absoluta a respeito desses últimos. Os GPs são pagos para fazerem as coisas acontecerem e nunca estarem ou deixarem alguém numa zona de conforto. Com o tempo, a tendência é que esses gerentes funcio- nais desapareçam em nível mundial e a era dos GPs chegue, finalmente. Mas para chegarmos lá, é necessário experiência e convívio com as melhores práti- cas e o estudo constante e incessante sobre habilidades de gestão, de liderança, técnica e outras que se adquirem também com o tempo. Vejamos, em nossa viagem pela nossa introdução ao Gerenciamento de Projetos, a forma para que você se torne cada vez mais competente na área que você escolheu, ou seja, Gerenciamento de Projeto e seu objetivo final: ser um Gerente de Projetos. 6 7 Conceito de Projeto Uma definição de Projeto válida seria uma atividade não repetitiva, que é orientada por objetivos, tem um conjunto particular de restrições em torno do tempo e dos recursos, tem uma saída mensurável, muda quase sempre e muda algo dentro de uma Organização. O Instituto de Gerenciamento de Projetos, PMBOK (2018, p. 4), por outro lado, define Projeto como sendo: “Um empreendimento temporário realizado para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo”. Objetivos do Gerenciamento de Projetos Projetos são feitos e cumprem seus objetivos nas Organizações por meio de entregas que são medidas e controladas mediante emprego de indicadores, possuem uma defini- ção de trabalho realizado e padrões verificáveis pelos clientes que podem ser internos ou externos. O PMBOK – Corpo de conhecimento em gerenciamento de Projetos inclui, ainda, como sendo fundamentais alguns produtos do cumprimento desses objetivos por meio das entregas, que podem ser tangíveis ou intangíveis. Vejamos quais seriam essas entregas: Um produto único que pode ser um componente de outro item, um aprimoramento ou correção de um item ou um novo item final (por exemplo, a correção de um defeito em um item final); Um serviço único ou uma capacidade de realizar um serviço (por exem- plo, uma função de negócios que dá suporte à produção ou distribuição); Um resultado único, como um produto ou documento (por exemplo, um Projeto de pesquisa que desenvolve o conhecimento que pode ser usado para determinar se uma tendência existe ou se um novo proces- so beneficiará a sociedade); e Uma combinação única de um ou mais produtos, serviços ou resultados (por exemplo, um aplicativo de software, a documentação associada e serviços de centrais de atendimento). (PMBOK, 2018, p. 4) Como vimos anteriormente, os Projetos são esforços temporários e esperamos nesse interlúdio de tempo garantir a produção e a entrega de um bem ou de um serviço, se lo- grarmos êxito; porém, pode ocorrer de não lograrmos êxito. Todavia, teremos chegado ao seu final da mesma forma. E isso pode acontecer por diversos fatores, tais como: • O que foi inicialmente planejado não pode ser feito; • As pessoas, materiais ou tecnologias se esgotaram ou simplesmente saíram do Projeto por abandono ou substituição e, dessa forma, ele não pode ser entregue; 7 UNIDADE Fundamentos de Gerenciamento de Projetos • Pense que durante o desenvolvimento de um Projeto, ele demore muito ou simples- mente não seja o suficiente para que cumpra seu papel ou atinja seu propósito e isso pode ocorrer também porque, simplesmente, o motivo de seu desenvolvimen- to já não faz mais sentido, a necessidade foi substituída ou não se apresenta mais como premente; • Pode ser, também, que não haja mais colaboradores para você alocar em seu Pro- jeto porque eles estão todos trabalhando em outras Áreas ou Projetos e você não pode contratar terceiros; • Pode, também, ocorrer que a Empresa simplesmente mande encerrar o Projeto na situação em que ele se encontrar porque mudaram a estratégia no comando execu- tivo e esse Projeto não será mais útil ou, até mesmo, tenha mudado uma Legislação governamental e esse Projeto tenha perdido seu sentido. Uma coisa é certa: Projetos servem para mudar, para tirar as pessoas da zona de con- forto, para mexer no queijo de todo mundo, para incomodar, para desafiar, para puxar a equipe e a Empresa para um novo limite. Dessa forma, esse esforço não gera somente um produto ou serviço, mas uma mu- dança de comportamento, uma elevação no nível de maturidade gerencial e claro, a criação de valor ao negócio. Princípios do Gerenciamento de Projetos Gerenciamento de Projetos é uma Disciplina,um conjunto de métodos, teorias e técni- cas que evoluíram para gerenciar as complexidades do trabalho, que é único e temporário. Se olharmos sob o ponto de vista funcional, seriam os processos de planejar, orga- nizar, dirigir e controlar as atividades, além de monitorar o que é, geralmente, o recurso mais caro do Projeto, responsável pelos riscos e por sua realização. Sim, estamos falando das pessoas. Sem dúvida, com isso vemos que há a necessidade de incorporar sistematicamente a voz das partes interessadas, que chamamos de stakeholders, criando uma maneira disciplinada de priorizar esforços, trabalhar simultaneamente em todos os aspectos do Projeto em equipes multifuncionais. O Gerenciamento de Projetos evoluiu para planejar, coordenar e controlar as atividades complexas e diversificadas dos modernos Projetos de mudança. Numa só palavra, intro- duziu a agilidade como forma de se atualizar aos dias presentes e gerar ainda mais valor. Claro que, com toda essa incorporação de novas técnicas em seus arsenais corpora- tivos, as Organizações estão usando cada vez mais o Gerenciamento de Projetos para aumentar a produtividade. Esse estudo também mostrou que empregar uma abordagem de Gerenciamento de Projetos ajudou a eliminar o desperdício de tempo e esforços que seriam direcionados a tarefas irrelevantes. 8 9 De forma geral, se refletirmos sobre isso, veremos um significado importante no mo- tivo de as Empresas terem ampliado, grandemente, a utilização de Gerenciamento de Projetos e suas ferramentas atualmente. Se há algo de importante nessa caminhada no Gerenciamento de Projetos em nível mundial que dá significado relevante foi que, da década de 60 do século XX para cá, portanto 2019, podemos declarar com absoluta certeza que a mudança na ênfase na forma que se gerencia Projetos, de uma orientação de Engenharia técnica para uma que abrange uma perspectiva organizacional mais ampla e contextualizada na adição de valor, atenção ao cliente e criar vantagem competitiva sustentável. Sim, isso significa que quando gerimos um Projeto seu resultado final, ou seja, quan- do atingimos seus objetivos de produção, levamos também em consideração durante todas as fases de execução alguns pontos, como: • Questões ambientais; • Planejamento estratégico; • Gerentes de Projetos; • Gestão do conhecimento; • Negócios e inovação; • Questões técnicas e específicas do setor; • Ênfase nos aspectos interpessoais; • Papel do campo. Interessante notarmos que houve uma preocupação grande sobre a educação em Gerenciamento de Projetos até meados da primeira década do século XXI. Claro que podemos atribuir esse crescimento às associações profissionais de Gerenciamento de Projetos e à instalação de vários capítulos ao redor do mundo, diminuindo o isolacio- nismo dos EUA, e da Europa, particularmente, já que grande parte de suas Empresas estavam criando filiais ou até mesmo transferindo seus parques fabris para a África e a Ásia, mormente a China. Claro que com isso surgiu, nas áreas de RH da Empresa, por exemplo, no Brasil, a importância das certificações como um caminho para o emprego e o aumento genera- lizado do Ensino Universitário focado no desenvolvimento das pessoas. Claro, ainda, que isso foi também visto como uma “faca de dois gumes”, por que muitos oportunistas aproveitaram as baixas barreiras para falsificação de documentos de comprovação de experiência na área. Em alguns casos, 7500 horas para alguns Institutos e os Cursinhos aceleram a cria- ção de uma indústria focada em fazer as pessoas “marcarem o X na alternativa correta” e, com isso, conseguirem a certificação de forma vazia e sem mérito. Isso criou um estoque de “Gerentes de Projeto fakes”, que causou danos e deixou fora do Mercado de trabalho gente com muita competência e experiência, porque não possuíam a “certificação”. 9 UNIDADE Fundamentos de Gerenciamento de Projetos Óbvio que as Áreas de RH tiveram participação notória na captação desses falsos talentos, pois seu interesse estava focado em headcount e não em gente capaz. Com o tempo, isso acabou sendo melhorado e outros aspectos, como os de experi- ência e domínio técnico e de soft skills se incorporaram às habilidades necessárias para recrutamento. Também a figura genérica do recrutado foi substituída aos poucos pelo recrutamento técnico mais participativo das Áreas que sabiam o que esperar de um candidato a Gerente de Projetos. Atualmente, devido ao foco em melhoria e otimização dos itens do mundo organi- zacional, o Gerente de Projetos deve, necessariamente, conhecer e controlar custos, contratos e investimentos. Isso significa que o Gerenciamento de Projetos agora, é visto como uma maneira po- tencial de gerar ou gerenciar mudanças e inovações dentro das organizações. Mais que tudo, devemos perceber que a tomada de decisão é, e tem sido, central para a função de gerente de Projeto. Áreas do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos Segundo o PMBOK (2018, p. 23), as áreas são 10, a saber: • Gerenciamento integração do Projeto: Inclui planos fundamentais, como o de- senvolvimento de um termo de abertura do Projeto criado durante a fase inicial. Este é o documento que configura o Projeto e atribui o gerente de Projeto. Criamos o Plano do Projeto nessa área do conhecimento que é aprovado pelas partes inte- ressadas e patrocinadores e, em seguida, é monitorado e rastreado por meio de um log de alterações à medida que o Projeto avança. É responsabilidade dessa área do conhecimento o nascimento e o encerramento dos Projetos; • Gerenciamento do escopo do Projeto: Está relacionado ao trabalho do Projeto. Isso inclui o gerenciamento do escopo do plano, que faz parte do plano de geren- ciamento do Projeto. Também é quando um requisito detalhado para o produto ou serviço final é coletado. A declaração do escopo provavelmente mudará ao longo do Projeto para controlar o escopo, como se um Projeto estivesse atrasado; • Gerenciamento de cronograma do Projeto: O Projeto é dividido em tarefas, que são agendadas com datas de início e prazos, bem como orçamentos para cada tarefa. Como isso tudo muda constantemente ao longo das fases de qualquer Projeto, significa que, constantemente, revisamos o cronograma e as próprias atividades do Projeto. Isso envol- ve o gerenciamento do agendamento de atividades do plano, que envolve a criação de um cronograma para o Projeto e a determinação de quem é responsável pelo quê; • Gerenciamento de custos do Projeto: Envolve o orçamento do Projeto, o que significa ter boas ferramentas de estimativa para garantir que os fundos cubram a duração de todo o Projeto e estejam sendo monitorados regularmente para manter os interessados e os patrocinadores informados. Cada tarefa terá de ser estimada 10 11 para o custo, o que significa incluir todos os recursos, como mão de obra, materiais, equipamentos e qualquer outra coisa necessária para concluir a tarefa; • Gestão da Qualidade do Projeto: Faz parte do plano geral de Gerenciamento do Projeto, embora possa ser um documento autônomo se contiver as especificações de qualidade do produto ou serviço. O processo precisa incluir garantia de quali- dade, que é apenas uma maneira de garantir que os padrões de qualidade estejam sendo cumpridos. Portanto, para controlar a qualidade, os produtos devem ser inspecionados para garantir que os padrões descritos no Plano de Gerenciamento da Qualidade estejam sendo cumpridos; • Gerenciamento de recursos do Projeto: A Equipe do Projeto é o recurso mais importante; por isso, é crucial montar a melhor equipe e ter certeza de que ela está motivada. Mas você também precisa acompanhar seu desempenho para garantir que o Projeto esteja progredindo conforme o planejado. Um Plano de Gerencia- mento de Recursos Humanos identificará as funçõesde cada colaborador, bem como seus requisitos para o preenchimento desses cargos, bem como eles se encai- xam na estrutura geral do Projeto, cada um fazendo o que se espera deles; • Gerenciamento de Comunicações do Projeto: Comunicações num Projeto são primordiais, pois informam todos os aspectos do Projeto, principalmente, a equipe do Projeto e as partes interessadas. Assim, a necessidade de planejar o Gerencia- mento de Comunicações é uma etapa essencial em qualquer Projeto. Sem ela, pense bem, cada um poderia achar o que quisesse e isso seria um caos, porque para uns o Projeto estaria andando muito bem, mas para outros muito mau e isso poderia gerar disputas em pessoas com objetivos tão diferentes que teríamos con- formado um clima de guerra e não de um Projeto; • Gerenciamento de risco do Projeto: Irão identificar como os riscos serão dis- criminados, categorizados e priorizados. Envolve identificar os riscos que podem ocorrer durante a execução do Projeto, fazendo um registro de riscos, e obviamente isso vai requerer a elaboração de um Plano de Resposta aos riscos. Realizar análise de risco qualitativa após os maiores riscos terem sido identificados e classificados por probabilidade e impacto. Então, você deverá priorizar esses riscos e em segui- da, realizar uma análise quantitativa de acordo com o impacto no Projeto, como orçamento, e cronograma. Portanto, isso envolve a revisão periódica do registro de riscos e a eliminação dos riscos que não afetarão o Projeto; • Gerenciamento de aquisições do Projeto: Estamos falando aqui das compras, que fazem parte da maioria dos Projetos, como a contratação de terceiros, por exemplo. Isso trará impacto no orçamento e no cronograma e começa com a identificação das necessidades externas do Projeto e como esses empreiteiros estarão envolvidos; • Gerenciamento de partes interessadas do Projeto: Os stakeholders, ou partes interessadas, devem estar motivados com o Projeto e contentes em fazer parte, pois o Projeto foi criado para suas necessidades. Portanto, eles devem ser gerenciados ativamente como qualquer outra parte do Projeto. É importantíssimo identificar as partes interessadas, sendo que nem sempre é fácil, mas é uma parte crucial de iniciar qualquer Projeto; então, devemos descobrir quem são e quais são suas preo- cupações, se complementares ou antagônicas. 11 UNIDADE Fundamentos de Gerenciamento de Projetos Ciclo de Vida em Gerenciamento de Projetos O ciclo de vida do Gerenciamento de Projetos é, geralmente, dividido em fases como iniciação, planejamento, execução e fechamento e abarca o caminho que leva seu Pro- jeto do princípio até seu fim, sendo que há uma fase especial que transpassa todas as outras, conhecida como Controle ou Monitoramento, fortemente associada à qualidade. No Gráfico a seguir, você poderá percebê-las: PROJETO PROJETOPROJETOPROJETOPROJETO Concepção & Iniciação Projeto Fechado Desempenho & Controle Lançamento ou Execução Definição & Planejamento Carta do Projeto Iniciação do Projeto Escopo & Orçamento Horário de Divisão de Trabalho Gráfico de Gantt Plano de Comunicação Gerenciamento de Riscos Monitoramento do Status Indicador-Chave de Desempenho Qualidade Previsões Objetivos Qualidade de Entrega Esforço e Rastreamento de Custos Desempenho Post Mortem Lista de Perfurações de Projetos Relatórios Figura 1 – Ciclo de vida do Gerenciamento de Projetos e seus principais elementos • Iniciação: eles ajudam você a definir um novo trabalho, seja um novo Projeto com- pleto ou a fase que você está prestes a começar. Além disso, eles garantem que você tenha autoridade para prosseguir; • Planejamento: processos que auxiliam a definir objetivos e a definir o trabalho a ser feito. Servem também para abarcar todo o trabalho em torno do planejamento e do agendamento de tarefas. Mais uma vez, eles podem cobrir um Projeto com- pleto ou apenas a fase em que você está trabalhando agora, ou você pode estar fechando uma fase e planejando, em paralelo, a próxima fase do Projeto. S TRAM Specific TimelyRealisticAttainableMeasurable Específico OportunoRealistaAtingívelMensurável Figura 2 – Objetivos SMART 12 13 Trata-se de uma técnica usada para estabelecer objetivos durante a fase de planejamento. Esse método ajuda a garantir que as metas tenham sido cuidadosa- mente avaliadas. Ele também fornece uma maneira de entender cla- ramente as implicações do processo de definição de metas. Seu sig- nificado é: S específico: para definir metas específicas, responda às seguintes perguntas: quem, o quê, onde, quando, o que e por quê. M mensurável: criar critérios que você pode usar para medir o sucesso de um objetivo. A alcançável: identifica os objetivos mais importantes e o que será necessário para alcançá-los. R realístico: você deve estar disposto e capaz de trabalhar em direção a um objetivo particular. T temporal: criar um calendário para atingir a meta. Fonte: https://goo.gl/TCn6c5 Outra maneira de chegarmos às definições de metas para o Projeto é o método CLEAR, que leva em consideração o ambiente das Empresas aceleradas de hoje. A definição desse acrônimo é a seguinte: • Collaborative: o objetivo deve encorajar os funcionários a trabalhar juntos; • Limited: devem ser limitados em escopo e tempo para mantê-lo gerenciável; • Emocional: devem aproveitar a paixão dos funcionários e ser algo com o qual pos- sam formar uma conexão emocional. Isso pode otimizar a qualidade do trabalho; • Appreciable: fracione o objetivo maior em tarefas menores que podem ser rapida- mente alcançadas; • Refinable: conforme surgem novas situações, ser flexível e refinar as metas con- forme necessário; • Execução: serve, para que você execute suas tarefas de Projeto. É a parte de en- tregas do Gerenciamento de Projetos, em que a atividade principal acontece e você cria os produtos do Projeto; • Monitoramento e Controle: permitem acompanhar o trabalho que está sendo feito, revisões e relatórios. Eles também cobrem o que acontece quando você desco- bre que o Projeto não está seguindo o plano acordado, portanto, o Gerenciamento de Mudanças se enquadra nesse grupo de processos. Executaremos esses proces- sos junto com os do Grupo de Execução, principalmente, e que devemos monitorar o andamento; • Fechamento: esses processos permitem que você finalize todas as tarefas dos ou- tros grupos quando chegar o ponto de fechar o Projeto ou a fase. Percebemos com isso que os grupos de Processos não são a mesma coisa que um ciclo de vida do Projeto. Um ciclo de vida mostra como o Projeto se move do início ao fim, em diferentes fa- ses. Dentro de uma fase, você pode passar por todos os grupos de processos, ou apenas alguns deles; então, não confunda os dois. 13 UNIDADE Fundamentos de Gerenciamento de Projetos Processos de Gerenciamento de Projetos O Processo de Gerenciamento de Projetos é um processo de administração para o planejamento e o controle dos serviços ou a implementação de um Projeto. Os resul- tados desses processos são: entrega do produto do Projeto, realização dos objetivos do Projeto e a documentação dos processos de aprendizagem. Atualmente, são 49 processos distribuídos pelas 10 áreas de conhecimento que você já conheceu um pouco mais acima, nesse mesmo texto. Aqui, deixo uma contribuição importante de Ricardo Viana Vargas sobre esse tema, que é extenso demais para deixar apenas os fluxos, que seriam, nesse momento, pouco ininteligíveis para você que está no começo dessa caminhada. Assista a um vídeo curto sobre isso: Fluxo de Processos do PMBOK® Disponível em: https://goo.gl/WMhwug Agora que você já sabe os processos, veja-os a seguir, para poder memorizá-los: Quadro com os 49 processos nas 10 Áreas de Conhecimento do PMBOK 6ª edição,disponível em: https://goo.gl/5YUiU5 Diferenças Entre Processos X Projetos Uma maneira de olhar é que Projetos são coisas que você nunca fez antes, enquanto Processos são coisas que fazemos repetidamente. Um Projeto é sobre a criação de algo novo ou a implementação de uma mudança, en- quanto um Processo tem a intenção de criar valor executando repetidamente uma tarefa. Em um Projeto, os objetivos e os planos podem ser alterados pelas partes interessadas que dão a um Projeto seu comando e recursos, juntamente com o acordo da equipe do Projeto. Os Processos são procedimentos estabelecidos para o trabalho em andamento e só podem ser alterados com planejamento e investimento. De fato, com qualquer Processo que tenha um impacto significativo em um negócio, um Projeto é idealmente necessário para alterar esse Processo. Um Projeto é temporário, pois tem início e fim definidos no tempo e, portanto, define o escopo e os recursos, e é único, pois não é uma operação de rotina, mas um conjunto específico de operações projetado para atingir um objetivo único. 14 15 Como linha de fundo, os Projetos são destinados a criar mudanças. Em contraste, os processos são projetados para resistir à mudança porque estabelecem um fluxo de trabalho repetível que sempre deve ser seguido. Não há diferença de importância entre um Projeto e um Processo. Cada um desem- penha um papel importante na conquista de objetivos importantes dentro de um negó- cio, e você deve se certificar de usá-los conforme apropriado. Processos são os procedimentos contínuos e repetidos que ajudam a atingir suas me- tas de negócios, enquanto os Projetos são maneiras de alterar processos, lançar novos produtos ou, de outra forma, fazer alterações em sua Organização, que promovam seus objetivos de novas maneiras. A seguir, vemos alguns exemplos: Tabela 1 PROCESSO PROJETO Um “processo” tem um objetivo que é tipicamente definido em torno da operação contínua do processo. Por exemplo, “fornecer manutenção contínua para veículos GM”. Um “projeto” tem um objetivo ou resultado a ser realizado e o projeto termina quando esse objetivo é alcançado. Esse objetivo pode ser amplamente definido e pode mudar ou ser mais elaborado conforme o Projeto está em andamento. Por exemplo, “encontre um interruptor de ignição substituto que resolva o problema com veículos GM”. Um “processo” geralmente está em andamento e normalmente não tem fim. Um “projeto” tem um começo e um fim (embora o começo e o fim possam não estar bem definidos quando o Projeto começa e o final pode demorar muito tempo no futuro). Um “processo” é uma sequência repetitiva de tarefas e as tarefas são conhecidas desde o início, pois são repetitivas. A sequência de tarefas em um “Projeto” normalmente não é repetitiva e pode não ser conhecida no início do Projeto. Fonte: https://goo.gl/mVQmCP A seguir, está uma distinção semelhante entre “Gerenciamento de Processos” e “Gerenciamento de Projetos”: Tabela 2 – Distinção de Gerenciamento de Processo e de Gerenciamento de Projetos GERENCIAMENTO DE PROCESSOS GERENCIAMENTO DE PROJETOS O gerenciamento de processos é focado no gerenciamento de um processo, como um processo de desenvolvimento de software. Esse processo pode ser usado em diversos Projetos. O gerenciamento de processos pode envolver algum gerencia- mento de Projetos para definir e melhorar o processo. O gerenciamento de projetos é focado no gerenciamento de um Projeto tipicamente usando algum processo para alcançar algum tipo de resultado final desejado. Todo Projeto segue algum tipo de processo, mesmo que não seja formalmente definido. O gerenciamento de processos tem ênfase em aumentar a “repetibilidade” das tarefas, melhorando a eficiência (diminuindo o tempo necessário, reduzindo custos) e melhorando a qualidade do produto de trabalho produzido pelo processo (incluindo a consistência na qualidade). O gerenciamento de projetos tem ênfase em alcançar o resulta- do final que o projeto pretende realizar. Maior eficiência é mais difícil de alcançar, pois pode exigir ferra- mentas e métodos personalizados que só podem ser desenvol- vidos se o Projeto for transformado em um processo repetitivo. Fonte: https://goo.gl/mVQmCP 15 UNIDADE Fundamentos de Gerenciamento de Projetos Diferenças Entre Projetos, Programas e Portfólios Enquanto um Programa é uma coleção de Projetos relacionados, um Projeto pode existir sem qualquer Programa. Existe uma camada superior chamada Carteiras. Portfólio é uma estratégia ou pensamento organizacional para atingir objetivos estra- tégicos. Metas ou ir em frente para um novo Projeto vem da decisão do portfólio: Portfólio Programas Projetos Coleção Relacionamento Temporário, Único Figura 3 – Triângulo da hierarquia de Projetos x Programas X Portfólio Primeiramente, aprendemos que um Projeto é um empreendimento temporário, com data de início e término e fornece uma saída única. As razões para a existência de um Projeto diferem muito, mas estão focadas em atender a uma necessidade de Mercado, de um requisito do cliente, de uma condição re- gulatória de um ambiente ou de um Governo e por fim, de um caso de negócios voltado para alcançar eficiência de custos, por exemplo. Por outro lado, um Programa é uma coleção de Projetos que são gerenciados como um grupo para obter eficiências de escala. Assim como o Gerenciamento de Projetos envolve a coordenação de tarefas individuais, o Gerenciamento de Programas é a coor- denação de Projetos relacionados, que são agrupados. Isso ocorre porque os benefícios de gerenciar a coleção superam o gerenciamento de Projetos como unidades individuais. Então, os Gerentes de Programa analisam as dependências, os riscos, os problemas, os requisitos e as soluções entre Projetos, e podem coordenar-se com os Gerentes de Projetos individuais para alcançar essas percepções e manter o programa geral saudável. Eles estão menos preocupados com o sucesso de cada Projeto individual e mais foca- dos no sucesso da iniciativa geral e na obtenção do benefício maior Há, por fim, o Portfólio, que trata de um processo usado por gerentes de Projeto e Organizações de Gerenciamento de Projetos para analisar o retorno potencial ao em- preender um Projeto. 16 17 Ao organizar e consolidar todos os dados referentes a Projetos propostos e atuais, os Gerentes de Portfólio de Projetos fornecem previsões e análises de negócios para Empresas que desejam investir em novos Projetos. Para tirar sua dúvida, um portfólio é uma visão de alto nível de todos os Projetos que uma Organização está executando para atender aos principais objetivos estratégicos do negócio. Portanto, envolve a definição de prioridades com base nos objetivos acordados da liderança de negócios e a escolha de programas e Projetos a serem executados com base no que proporcionará o valor ideal para os negócios, o nível de risco envolvido e os recursos disponíveis. Fundamental você compreender que enquanto o Gerenciamento de Projetos tem a ver com a execução correta de Projetos, o Gerenciamento de Portfó- lios significa executar os Projetos certos. Observe: • Estratégias e Prioridades • Elaboração Progressiva • Governança • Disposição sobre as Mudanças Solicitadas • Impacto das Mudanças em Portfólios, Programas e Projetos • Estratégias e Prioridades • Elaboração Progressiva • Governança • Disposição sobre as Mudanças Solicitadas • Impacto das Mudanças em Portfólios, Programas e Projetos • Reporte de Performance • Solicitação de Mudanças com impacto em outros Portfólios, Programas e Projetos • Estratégias e Prioridades • Elaboração Progressiva • Governança • Disposição sobre as Mudanças Solicitadas • Impacto das Mudanças em Portfólios, Programas e Projetos • Reporte de Performance • Solicitação deMudanças com impacto em outros Portfólios, Programas e Projetos • Reporte de Performance • Solicitação de Mudanças com impacto em outros Portfólios, Programas e Projetos Portfólio Portfólios Projetos Projetos Programas Programas Programas Programas Projetos Figura 4 – Fluxo de dados demonstrando a diferença entre Projeto x Programas e Portfólios Há três padrões de Gerenciamento de Projetos existentes e dominantes em nosso mundo, atualmente, que é importante você conhecer nesse momento, em nível nominal: • Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (PMBOK), Project Management Institute (PMI); • Projetos em Ambientes Controlados (PRINCE2), desenvolvido pelo Office of Government Commerce (OGC); • IPMA Competence Baseline (ICB) da International Project Management Association (IPMA). 17 UNIDADE Fundamentos de Gerenciamento de Projetos Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos PMI: Portfólio, Programas e Projetos https://youtu.be/KiI7CK2bB_4 PMBOK: Gestão de Projetos – Diferença entre Projeto e Processo https://youtu.be/nPYzInOc2QU Elaboração do Fluxo de Processos do PMBOK® Guide 6ª Edição https://youtu.be/rvDnS_wWwJs PMI: Ciclo de vida do Projeto https://youtu.be/ArR_vauSd_U 18 19 Referências PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um Guia do Conhecimento em Gerencia- mento de Projetos (Guia PMBOK®) 6ª edição. EUA: Project Management Institute - PMI, p. 4-30, 2018. 19
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