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PROVA COLEGIADA DE TRIBUTÁRIA

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PROVA DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
LUCRO PRESUMIDO 
É uma modalidade optativa de apurar o lucro e, consequentemente, o Imposto de Renda das pessoas jurídicas e a Contribuição Social sobre o Lucro das empresas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro real.
O Lucro Presumido é um regime tributário disponível para quase todo tipo de empresa: os requisitos são apenas que se fature abaixo de R$ 78 milhões anuais e que não se opere em ramos específicos, como bancos e empresas públicas.
A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido deverá manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial, porém poderá ficar dispensada da escrituração contábil a pessoa jurídica que, no decorrer do ano calendário, mantiver Livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária
A parcela do Lucro Presumido (ou seja, a base de cálculo) que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento).
PIS E COFINS:
	Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS são, respectivamente, de 0,65% e de 3%. As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no Lucro Presumido ou arbitrado estão sujeitas à incidência cumulativa.
CÁLCULO NOS EXERCICIOS = VERIFICAR EXERCICIOS
LUCRO REAL
O Lucro Real é o resultado (Lucro ou Prejuízo) do período de apuração (antes de computar a provisão para o imposto de renda), ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do imposto sobre a renda.
O ponto de partida para determinação do lucro real é o resultado líquido apurado na escrituração comercial. As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real são obrigadas a mantê-la em boa ordem e guarda, com a estrita observância das leis comerciais e fiscais e dos princípios contábeis.
PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS A TRIBUTAÇÃO COM BASE NO LUCRO REAL:
A partir de 01/01/2014 - Receita bruta igual ou superior a R$ 78.000.000 (setenta e oito milhões), e proporcional de R$ 6.500.000 (seis milhões e quinhentos mil reais);
LUCRO CONTÁBIL: É o lucro líquido do exercício apurado de acordo com Práticas Contábeis Brasileiras.
LUCRO FISCAL/REAL: É o lucro apurado após adições, exclusões e compensações permitidas pela legislação tributária. Constitui-se base de cálculo para o pagamento do imposto de renda com base no lucro real.
ALÍQUOTAS APLICÁVEIS: IMPOSTO DE RENDA =15% / Adicional do Imposto de = 10%
CÁLCULO DO IMPOSTO E DO ADICIONAL:
O Imposto de Renda devido com base no lucro real é calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre a sua base de cálculo (lucro real), mais o adicional de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder a R$ 20.000,00, multiplicados pelo número de meses do período de apuração (arts. 541 e 542 do RIR/99).
PIS E COFINS:
	A pessoa jurídica optar pelo Lucro Real, deverá recolher o PIS e a COFINS, às alíquotas de 1,65% e 7,60%, regime não-cumulativo aproveitando os créditos na aquisição das mercadorias e serviços, o chamado de PIS e COFINS não cumulativos, conforme determinam as leis 10.637/2002 e 10.833/2003.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (CSLL):
	A alíquota atual da CSLL é de 9% (nove por cento).
CÁLCULO DO IR – LUCRO REAL:
• A atividade da empresa é revenda de mercadorias;
• A margem de contribuição é de 35%;
• O ICMS sobre o faturamento é de 5% sobre o valor das vendas, considerando a diferença dos valores debitados e creditados;
• As despesas de comercialização são de 2% sobre o valor das vendas;
• As despesas administrativas são de 2% sobre o valor das vendas.
SIMPLES NACIONAL
Trata-se de um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto pela Lei Complementar no 123, de 2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01/07/2007.
Para ser uma ME ou EPP, o contribuinte precisa cumprir dois tipos de requisitos:
1. quanto à natureza jurídica, precisa ser uma sociedade empresária, sociedade simples, empresa individual de responsabilidade limitada ou empresário individual;
2. quanto à receita bruta, precisa observar o limite máximo anual estabelecido em Lei.
LIMITES:
	a) desde janeiro de 2012, a ME precisa ter receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);
b) a partir de janeiro de 2018, a EPP tem receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
QUESTÕES:
 Sobre o simples nacional previsto na lei complementar n*123/2006, é correto afirmar.
 = Não se aplica, as cooperativas, salvo as de consumo.
Assinale a alternativa correta, em relação ao recolhimento dos tributos devidos, de acordo com a lei complementar 123/2006:
= Na hipótese de a microempresa ou EPP possuir filiais, o recolhimento dos Tributos do Simples Nacional dar –se á por intermédio da matriz.
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:
= IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CPP, ICMS e ISS.
Sobre o Regime Tributário do Simples Nacional, considere: 
I. Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados. 
II. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, ainda que estejam com a exigibilidade suspensa. 
III. Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 
ALTERNATIVA CORRETA: I e III
	
05) O Município de Ver o Sol está oferecendo benefício fiscal para as empresas prestadoras de serviço que nele venham a estar sediadas. O benefício consiste em redução da alíquota do IPTU, durante 10 anos, para 0,5%. A empresa Alpha Ltda. tem interesse em utilizar o benefício, mudando sua sede para Ver o Sol. Entretanto, está inscrita no sistema SIMPLES NACIONAL de tributação. Nesse caso, a empresa:
RESPOSTA: Poderá se utilizar do benefício, visto que o IPTU não é abrangido pelo SIMPLES NACIONAL, não havendo, portanto, qualquer impedimento.
JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO
Os JSCP são uma forma de remuneração do capital próprio dedutível da base de cálculo do IRPJ e da CSLL das empresas tributadas pelo regime de lucro real, da mesma maneira como é tratada a remuneração do capital de terceiros.
Os JSCP estão fundamentados no artigo 9o da Lei no 9.249/95:
Art. 9o : A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP. (BRASIL, 1995).
CÁLCULO:
Para cálculo dos JSCP, deve-se utilizar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pro rata. A TJLP é fixada pelo Conselho Monetário Nacional para cada trimestre com percentual anual, e divulgada por meio de resoluções do Banco Central do Brasil.
A base de cálculo dos JSCP é o Patrimônio Líquido (PL) da empresa, menos os saldos das contas de reservas de reavaliação e de ajustes de avaliação patrimonial, não realizados.
Também, não compõe o PL, o lucro do exercício corrente, ou seja, deve ser considerado o PL do exercício
anterior com eventuais aumentos ou diminuições de capital, ocorridos durante o período.
O montante dos juros remuneratórios passível de dedução não poderá exceder o maior entre os seguintes valores:
a) 50% do lucro do exercício corrente, depois da CSLL, e antes do IRPJ e dos JSCP;
b) 50% do somatório dos lucros acumulados mais as de reservas de lucros.
A contabilização dos JSCP na empresa pagadora sempre representará economia tributária, pois as empresas estão sujeitas à alíquota de 15% do IRPJ e 9% da CSLL, totalizando 24%.
	ESTUDAR EXERCICIO SOBRE JUROS DE CAPITAL PRÓPRIO.
EXEMPLO:
A empresa SP, optante pelo Lucro Real, decidiu em 31/12/x9 creditar juros sobre capital próprio dos seus sócios, considerando:
Capital Social = 1.000.000,00
Reserva de Capital = 200.000,00
Reservas de Reavaliação = 400.000,00 (EXCLUIR)
Reservas de Lucros a Realizar = 202.000,00 – 152.000,00 = 50.000,00
Resultado do exercício x9 antes da provisão de CSLL e IR e antes de calcularmos e deduzidos os JSCP (JCP) = 200.000,00 = 152.000,00
 TJLP = 5,8 %
A empresa tem 2 sócios.
RESPOSTA:
200.000 X 9% (CSLL) = 18.000
 200.000 x 15% (IR) = 30.000
 Total = 48.000
200.000 – 48.000 = 152.000 (item 5)
PL = 1.000.000 (item 1)
+ 200.000 (item 2)
 50.000 (item 4).
Total = 1.250.000
	PL = 1.250.000 x 5,8% (TJLP) = 72.500.
REGRAS:
	50% de 152.000,00 = 76.000,00
	50% de 402.000.00 = 201.000,00
IRPF = 15% de 72.500,00 = 10.875,00
PIS e COFINS:
PIS: Lei Complementar nº 7 de 7 de Setembro de 1970:
 Art. 1.º – É instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de Integração Social, destinado a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas.
COFINS: Lei Complementar nº 70 de 30 de Dezembro de 1991:
 Art. 1° Sem prejuízo da cobrança das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), fica instituída contribuição social para financiamento da Seguridade Social, nos termos do inciso I do art. 195 da Constituição Federal, devida pelas pessoas jurídicas inclusive as a elas equiparadas pela legislação do imposto de renda, destinadas exclusivamente às despesas com atividades-fins das áreas de saúde, previdência e assistência social.
Incidência cumulativa
Neste regime, não existe a apropriação de créditos em relação a custos, despesas e encargos. Como regra, estão enquadradas neste regime as organizações que apuram o Imposto de Renda com base no Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado. As alíquotas são:
PIS: 0,65%
COFINS: 3%
Para calcular o PIS e COFINS com incidência cumulativa, basta multiplicar o faturamento bruto pela alíquota:
PIS/COFINS = Faturamento bruto * Alíquota (0,65% ou 3%)
Portanto, uma empresa que obteve o faturamento bruto de R$20.000,00 faria o seguinte cálculo: PIS: R$20.000 * 0,65% = R$130,00
COFINS: R$20.000 * 3% = R$600,00
Incidência não-cumulativa
No regime de incidência não-cumulativa acontece a apropriação de créditos em relação a custos, despesas e encargos da empresa. As organizações enquadradas neste regime são aquelas que apuram o imposto de renda com base no Lucro Real – observadas algumas exceções. As alíquotas são:
PIS: 1,65%
COFINS: 7,6%
Para fazer o cálculo dos tributos no regime não-cumulativo é preciso considerar não só o faturamento, mas também o valor das compras do período. Confira a fórmula:
PIS/COFINS = PIS/COFINS sobre as vendas – Crédito sobre as compras
Se uma empresa que obteve o faturamento de R$20.000,00 registrou R$10.000,00 em compras no período, o cálculo que deve ser feito é:
PIS sobre a venda: R$20.000 * 1,65% = R$330,00
Crédito de PIS sobre a compra: R$10.000 * 1,65% = R$165,00
PIS = R$330 – R$165 = R$ 165,00
COFINS sobre a venda: R$20.000 * 7,6% = R$1.520,00
Crédito de COFINS sobre a compra: R$10,000 * 7,6% = R$760,00
COFINS = R$1.520 – R$760 = R$760,00

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