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CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Conteúdo elaborado pelo professor:
Prof. Sergio Mol
1º Semestre 2020
116
1 – O Planejamento Tributário e sua Importância para a Empresa
Introdução
	Uma das áreas que vêm se destacando do Direito, e que é fundamental para o crescimento de qualquer atividade empresarial, é o planejamento tributário. É sabido que os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, se não a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência a correta administração do ônus tributário.
	Estima-se que no Brasil, em média, 33% do faturamento empresarial é dirigido ao pagamento de tributos. Somente o ônus do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro das empresas pode representar a incrível taxa de 51,51% do lucro líquido apurado. Do somatório dos custos e despesas, mais da metade do valor é representado pelos tributos.
	Sendo assim, torna-se imprescindível a adoção proativa, por parte dos empresários, de um sistema de economia legal, ou de elisão fiscal, que é mais conhecido atualmente como planejamento tributário. Um planejamento tributário não é tão simples quanto alguns empresários interpretam. Com as margens de lucro cada vez mais enxutas em decorrência da forte concorrência em todos os segmentos, um bom planejamento tributário certamente fará a diferença em uma negociação.
	O primeiro passo é ter um planejamento operacional consistente com suas atividades. Será importante contemplar, em sua elaboração:
- previsão e destino do faturamento;
- produtos e serviços comtemplados;
- orçamento das despesas operacionais;
- previsão de aquisições de produtos e insumos;
- localização dos fornecedores;
- estimativa da margem de lucros.
	O segundo passo é buscar a ajuda de especialistas. Assim, será possível analisar todos os pontos e fazer um comparativo entre o lucro presumido, o lucro real e o Simples Nacional. Além disso, a análise de peculiaridades específicas do ICMS e do ISS também é importante. Um profissional qualificado não somente indicará o melhor critério de apurar tributos como também afastará a empresa de contingências fiscais, pois as multas fiscais são elevadas e em alguns casos propiciam até a liquidação da empresa.
	Ao fazer os mapas tributários de alguns produtos e serviços, é possível vislumbrar os impostos e as contribuições mais significativos na carga tributária de uma empresa. Alguns fazem parte do processo produtivo e são recolhidos durante a cadeia de fabricação, dentro da tributação indireta, ou seja, o ônus do recolhimento é repassado ao consumidor final. Outros impostos e contribuições são pagos quando a empresa apura o lucro, chamada tributação direta. Os melhores exemplos de tributos indiretos são o ICMS e o IPI. O IPI incide, em geral, somente nas etapas em que ocorre algum tipo de industrialização. O ICMS deve ser recolhido a cada etapa de venda de mercadoria dentro da cadeia de produção. Por isso é sempre mais fácil calcular o impacto dos tributos indiretos, já que seus valores são refletidos imediatamente no custo da produção.
Exemplos de tributação direta são o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, os dois são calculados sobre os ganhos das empresas. Para limitar o impacto da alta carga de tributos no Brasil, muitas empresas buscam o planejamento tributário para redução dos impostos. Portanto, o planejamento tributário é necessidade básica para todos os contribuintes, tanto pessoas jurídicas quanto físicas. É a designação corrente de uma série de procedimentos tradicionalmente conhecidos como formas de economia de impostos, utilizando meios legais. Com efeito, as formas de economia fiscal têm sido enriquecidas por projetos de alta complexidade, que envolvem avançada tecnologia fiscal, financeira e societária.
	Como contribuintes, temos duas formas de diminuir encargos tributários, a maneira legal chama-se elisão fiscal (mais conhecida como planejamento tributário), e a forma ilegal denomina-se sonegação fiscal (mais conhecida como evasão fiscal). Estamos em um período em que as operações lícitas e documentadas entre companhias, visando a redução do imposto, estão sendo avaliadas por uma nova ótica.
	O planejamento tributário é a determinação operacional de uma série de procedimentos conhecidos como formas de economia de impostos e é necessidade premente para todos os contribuintes, tanto para pessoas jurídicas como para pessoas físicas. Seu intuito é permitir a elaboração e o planejamento com bases técnicas de planos e programas, como o objetivo de avaliar a melhor forma de apurar e recolher os tributos e as contribuições. Compõe a gestão fiscal e tributária com base nas oportunidades de redução da carga tributária atendendo à legislação da área no sentido de evitar riscos ou desembolsos desnecessários.
	Com informação e planejamento, é possível adotar medidas que ajudam a reduzir a carga tributária. Isso pode incluir desde uma forma diferente de remunerar sócios, passando para contestar a exigência de algum imposto ou tentar recuperar o que pode ter sido pago a mais no passado. Todo contribuinte tem o direito constitucional de gerir seus negócios com liberdade.
	O princípio constitucional não deixa dúvidas quanto ao fato de que, dentro da lei, o contribuinte pode agir no seu interesse. Planejar tributos é um direito tão essencial quanto planejar o fluxo de caixa, fazer investimentos etc. Será inconstitucional, portanto, qualquer lei ou ato dispondo sobre proibição de planejar operações para, antes do fato gerador, evitar a geração dos tributos. A economia de imposto baseada na premissa de que ninguém é obrigado a escolher condutas tributadas(ou mais severamente tributadas) quando tiver possibilidade de ordenar suas atividades, seus negócios – sua vida, enfim – percorrendo caminhos livres de tributação (ou com tributação mais branda), é aceita, de modo generalizado. Por outro lado, afirmar que a fraude, o ardil, a ocultação do fato gerador, a evasão do tributo traduzem expedientes condenáveis, configura a assertiva de que a doutrina não discrepa.
Objetivos do Planejamento Tributário	
	Em termos gerais, o planejamento tributário tem os seguintes objetivos:
- Reduzir ou eliminar a carga fiscal das empresas, evitando que se concretize.
- Efetuar operações tributáveis e/ou reduzir a base imponível de tributação.
- Postergar o pagamento de tributos por meio do planejamento das datas de concretização de negócios e da administração adequada do fluxo de caixa.
- Eliminar contingências tributárias por meio da manutenção de controles internos adequados e do conhecimento profundo das operações e da legislação tributária.
- Reduzir o custo burocrático por meio da racionalização de processos e funções, bem como da padronização e informatização de procedimentos.
	Um dos fatores essenciais dentro da estratégia de competitividade das empresas é o planejamento tributário. A perfeita gestão fiscal alcança a redução de custos, ocasionado reflexos positivos na situação financeira e econômica da empresa. É sabido que a tributação (impostos, taxas e contribuições) é um dos principais itens na composição do preço final de qualquer produto. A sobrevivência do negócio requer o reconhecimento, por parte do empresário, dos tributos incidentes sobre sua atividade, buscando soluções seguras e legais para a diminuição da carga tributária, além de assegurar o correto cumprimento das obrigações fiscais, evitando multas e contingências fiscais. Aspectos como a forma de constituição do empreendimento e utilização de recursos de terceiros (empréstimos, financiamentos etc.) também compõem um planejamento adequado.
Como fazer o Planejamento Tributário
	O primeiro passo para elaborar um planejamento tributário consiste na definição do melhor regime tributário para a empresa: lucro real, lucro presumido ou arbitrado, Simples Nacional ou valores fixos (empreendedor individual). Para saber qual o regime ideal para cada negócio, é preciso elaborar umorganograma que inclua claramente as etapas de todo o processo operacional e do fluxo financeiro da empresa e, em seguida, estabelecer metas e ações para um prazo de aproximadamente cinco anos. Isso vai ajudar o empresário a comparar a previsão de redução de impostos entre diferentes regimes, bem como saber a importância de conhecer os benefícios fiscais federais, estaduais e municipais incidentes sobre os produtos ou serviços da empresa.
	Uma vez escolhido o regime de tributação, o empresário deve dedicar ao planejamento das operações da empresa em consonância com o modelo adotado, e a partir daí, determinar onde há espaço para ações de redução de custos tributários, seja pela recuperação dos impostos via empréstimos subsidiados. O planejamento tributário, como afirma Young, está firmada em uma gestão fiscal e tributária, exigindo:
- elaborar um estudo histórico da sociedade empresária, verificando a origem das operações realizadas a fim de identificar as menos onerosas;
- verificar a incidência dos fatos geradores dos tributos recolhidos a fim de evitar pagamento maior ou cobrança indevida;
- identificar os fatos geradores prescritos com o objetivo de evitar ação fiscal;
- analisar, ao final de cada exercício social, qual é o regime tributário que proporciona economia tributária na incidência do IRPJ e da CSLL;
- realizar auditoria fiscal e tributária para verificar a existência de créditos fiscais não aproveitados.
	Conforme a Receita Federal do Brasil (RFB), o planejamento tributário é legalmente aceito, desde que contenha um propósito negocial em relação à atividade econômica da empresa.
A Carga Tributária Brasileira
	A carga tributária para um agente econômico é um fenômeno nitidamente econômico, uma questão de custos. O custo tributário é um ônus empresarial como qualquer outro, que deve ser reduzido em prol da maior lucratividade do empreendimento.
	Esse pensamento não se opõe aos fins do Estado. Muito pelo contrário, atua em favor da construção de uma sociedade mais igualitária, que atenda à capacidade contributiva de seus agentes, eis que as empresas movimentam a economia, criam empregos, terceirizam oportunidades e fazem nascer a tributação. A carga tributária é a quantidade de tributos (impostos, taxas e contribuições) das três esferas de Governo (federal, estadual e municipal) que incidem sobre a economia, que é formada pelos indivíduos, empresas e os governos nos seus três níveis.
	O sistema tributário brasileiro é composto por 61 tributos federais, estaduais e municipais. É um exagero, o que contribui para a complexidade das normas que regulamentam os tributos. Isso faz com que empresas, principalmente as de grande porte, tenham departamentos específicos para cuidar exclusivamente da Administração Tributária.
	Países desenvolvidos têm uma estrutura tributária mais eficiente, com menor quantidade de tributos. Isso, no entanto, não necessariamente implica dizer que eles cobram menos impostos em termos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB, todo valor adicionado aos produtos e serviços produzidos pelo pais em um determinado período de tempo). Em 2017, a carga tributária correspondeu a 32,36% do PIB, conforme o último estudo tributário divulgado pela Receita Federal (RFB). Na verdade, quem paga é sempre o consumidor. As empresas apenas repassam ao Governo os tributos vindos do consumidor que adquiriu o produto ou serviço, com exceção das tributações sobre os lucros das empresas. 
	O modelo ideal de sistema tributário é aquele em que a participação da carga tributária não deveria ultrapassar aos 25% do PIB. Dessa forma, atenderia melhor as necessidades de crescimento vegetativo da economia e da infraestrutura do país. Tributaristas defendem que o país tem de criar uma meta de carga tributária de 15% do PIB dentro de 15 a 20 anos. Isso não ocorre porque o país tem uma série de compromissos estabelecidos pela Constituição Federal, como aplicação de limites mínimos de recursos em saúde, educação, segurança, pagamento de seguro desemprego e salário mínimo. Alguns críticos do sistema tributário afirmam que o Brasil optou por ser um Estado assistencialista, com direitos muito evidentes para toda a população, criando a partir daí uma política capaz de dar conta desses gastos públicos por meio do aumento da tributação. Para que o Estado consiga a carga tributária, ele precisa de uma gestão melhor dos recursos e de uma redução da corrupção e do empreguismo, que são, para muitos tributaristas, o ralo por onde escoa um grande volume de dinheiro público. O fim de programas assistencialistas e um maior investimento na infraestrutura do país como forma de promover o desenvolvimento econômico. Isso por consequência, implicaria uma redistribuição maior da riqueza e diminuição da distância entre as classes sociais.
	A redução de tributos trata-se de uma questão de vontade política. Uma das versões da reforma tributária está no Congresso Nacional desde o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardozo. Os especialistas lembram que Estados e Municípios não querem perder parte de sua arrecadação.
Como o Planejamento Tributário diminui o Impacto da Carga Tributária
	O planejamento tributário para ser lícito, deve ser realizado antes da ocorrência do verbo “pagar” e, principalmente, antes que ele se torne devido (ocorrência do chamado “fato gerador”), sob pena de a redução empreendida ser considerada sonegação fiscal, caminho que deve sempre ser evitado. As técnicas do planejamento tributário podem ser aplicadas nas mais variadas operações geradoras de tributos, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
	Basicamente, o planejamento tributário se apresenta em duas fases:
- inclui a coleta de informações, o estudo das variáveis e elaboração de um relatório de planejamento tributário, contendo as alternativas aplicáveis, bem como seus efeitos fiscais e financeiros. Esse relatório ou memorando servirá como um registro das ideias a serem levadas para discussão e aprovação dos responsáveis.
- contempla a implementação das alternativas aprovadas pelos responsáveis da empresa. Compreende todas as ações de coordenação e elaboração dos atos necessários para que se atinja o benefício legal.
	Uma ou duas ações de planejamento tributário, aplicadas por profissionais internos ou fornecidos por empresa especializada, embora possam trazer reduções específicas e pontuais de tributos, não bastam, É necessário criar uma cultura permanente de planejamento tributário na empresa, de sorte que a redução tributária seja incorporada à cultura da empresa: um verdadeiro patrimônio intangível.
	Para tanto é altamente recomendável a criação de um Comitê de Planejamento Tributário (CPT). O objetivo do CPT é o de manter, permanentemente, um ou mais profissionais internos e/ou fornecidos por firma especializada (dependendo do tamanho e da complexidade das operações da empresa), que terão como missão criar com total respeito à lei e avaliar alternativas de planejamento tributário pra reduzir, legalmente, a carga tributária das operações da empresa.
Conceito de Tributos
	O tributo é a receita derivada, compulsoriamente lançada e arrecadada pelo Estado, na forma da lei, em moeda corrente ou em valor que por ela se possa exprimir, sem contraprestação diretamente equivalente, cujo montante é aplicado na execução das finalidades que lhe são próprias. Caracteriza-se pela compulsoriedade, pelo pagamento em dinheiro ou valor equivalente, pelo seu caráter não punitivo, pela previsão legal e por sua cobrança vinculada, mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
	A Lei 5.272/66, dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicável à União, aos estados e aos municípios, na prática denominada Código Tributário Nacional. Seu artigo 3º estabelece que tributo é “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”, emoutras palavras, o tributo é obrigatório, seu pagamento ocorre em dinheiro ou espécie, não é caracterizado como penalidade e somente pode ser instituído por lei na qual também esteja definida a forma de cobrança e a atribuição da autoridade á qual compete sua arrecadação, a posteriori do lançamento.
Classificação Jurídica dos Tributos
	O Sistema Tributário Brasileiro está construindo de acordo com o modelo econômico adotado na Constituição Federal, fundado na propriedade privada, o padrão idealizado pelo legislador para o desenvolvimento de uma política econômica e social adequada para a realidade nacional está definido a partir do art. 1º da Constituição Federal, abrangendo também o art. 3º, com destaque para o art. 170.
	Nesse contexto, ressalta-se que na Constituição alcança especial relevo direito fundamental à propriedade, bem como aqueles correlatos: o direito de gerir, usar, gozar e dispor do que é seu. Nesse quadro, destaca-se que a tributação, além de ser via própria para que o Estado exerça seu papel – pois à míngua de recursos ele não poderia oferecer aos indivíduos o mínimo existencial a que fazem jus como cidadãos – deve estar limitada pelo direito que cada um, empresa ou pessoa física, tem de organizar e desfrutar seu próprio patrimônio.
	A empresa no Brasil é tributada nas três esferas políticas do Estado: União, Estado membro e Município. Classificar é dividir um conjunto de seres (coisas, objetos) em categorias de acordo com critérios preestabelecidos. A classificação jurídica dos tributos baseia-se nas normas jurídicas tributárias em vigor estabelecidas na Constituição Federal, tendo sofrido modificação no decorrer do tempo. Segue-se a classificação dada pelo guardião da Constituição, o qual acolheu a divisão em cinco espécies:
- impostos (art. 145, I da Constituição Federal);
- taxas (art. 145, II da Constituição Federal);
- contribuições de melhoria (art. 145, III da Constituição Federal);
- empréstimos compulsórios (art.148 da Constituição Federal);
- contribuições sociais (arts. 149, 149-A e 195 da Constituição Federal).
Impostos
	Previstos geograficamente como a primeira modalidade de tributo, arrolados no inciso I do art. 145 da Constituição Federal, conforme dispõe o art. 16 do Código Tributário Nacional, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte”. Sua arrecadação não tem, em regra, uma destinação específica. 
	Sempre que possível, os tributos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à Administração Tributária identificar, respeitados os direitos individuais e no termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômica daquele.
Competência dos Impostos
	Conforme o teor do disposto na Constituição Federal, a competência para instituição de imposto divide-se em federal, estadual e municipal, segundo dispõem os arts. 153, 155 e 156. A União tem competência para instituir impostos federais, os Estados, impostos estaduais, os Municípios instituem impostos municipais e, finalmente, o Distrito Federal tem competência dúplice: institui impostos estaduais e municipais, a depender da matéria que esteja regulando; arts. 155 a 157 CF.
Impostos Federais
II – Imposto sobre Importação – União;
IE – Imposto sobre Exportação – União;
IR – Imposto de Renda – União;
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados – União;
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras – União;
ITR – Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – União;
IGF – Imposto sobre Grandes Fortunas – União;
Impostos Estaduais
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – Estado;
IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – Estado;
ITCMD – Imposto s/Transmissão Causa Mortis e Doação – Estado.
Impostos Municipais
IPTU – Imposto s/Propriedade Predial e Territorial Urbana – Município;
ITBI – Imposto s/Transmissão de Bens Imóveis – Município;
ISS – Imposto sobre Serviços – Município.
Classificação dos Impostos
	Os impostos serão classificados em diretos ou indiretos de acordo com sua incidência. Se a incidência do imposto originar-se da renda do indivíduo e/ou de seu patrimônio, ele será classificado como imposto direto. Porém, se a incidência originar-se do consumo de mercadorias, produtos ou serviços, será classificado como imposto indireto.
Impostos Diretos
IRPJ – Imposto de renda da pessoa jurídica (renda);
IRPF – Imposto de renda da pessoa física (renda);
IPTU – Imposto s/Propriedade Predial e Territorial Urbana (patrimônio);
IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (patrimônio).
Impostos Indiretos
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (consumo);
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados (consumo);
ISS – Imposto sobre Serviços (consumo).
Taxas
	Taxa é um tributo relacionado com a prestação de serviço público, efetivo ou potencial, para um contribuinte identificado. Trata-se de modalidade prevista no inciso II do art. 145 da CF, combinado com os arts. 77 e 78 do CTN, segundo o qual a taxa é tributo federal, estadual e municipal que tem por hipótese de incidência o exercício regular do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. As taxas são instituídas por lei ordinária e têm características contraprestacional e comutativa, de modo que o montante cobrado guarde equivalência com o custo da atividade estatal que constitui seu fato gerador.
	
Taxa de Serviço (art. 79, CTN)
	É a modalidade de taxa que tem por hipótese de incidência um serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou colocado à sua disposição. O serviço público é a prestação de utilidade material usufruível individualmente sob o regime de Direito Público. É dito público todo serviço submetido ao regime de Direito Público.
Específicos (Singulares)
	Serviços públicos específicos – singulares ou ut singuli – serviços prestados em unidades autônomas de utilização. Portanto não se trata de serviço prestado indistintamente. São os que alcançam pessoas individualmente consideradas, referindo-se diretamente a alguém, aqueles serviços em que é possível determinar quanto cada um dos usuários deles se utilizou no mês anterior.
	São divisíveis, quantificáveis, individualizáveis (possibilidade de aferir a utilização efetivo-potencial individualmente considerada), e, por esse motivo, devem ser pagos por aqueles que os aproveitaram. Devem ser tributados por meio de taxas, em razão de sua divisibilidade e da possibilidade de identificação de cada um dos contribuintes.
Gerais (universais)
	Os serviços públicos gerais – universais ou ut univers – não podem ensejar taxa. Têm amplo espectro, alcançando a comunidade considerada como um todo. Não se referem diretamente a ninguém. A iluminação pública é cobrada por meio de Contribuição de Iluminação Pública – CIP ou COSIP instituída por Lei Ordinária (EC n.39/2002). Trata-se de tributo municipal (art. 149-A, CF).
 Fruíveis
	Em obediência ao que determina o inciso II do art. 145 da Magna Carta, o serviço público a ser tributado por meio de taxa necessita estar, no mínimo, à disposição do contribuinte. Nesse caso, diz-se que o serviço é potencialmente utilizado. Entretanto, não é necessário que o contribuinte utilize efetivamente o serviço, bastando o preenchimento desse requisito mínimo acima mencionado.
Taxa de Polícia – (art. 78, CTN)
	É a espécie de tributo que tem por hipótese de incidência um ato de polícia de efeitos concretos, ou seja, um ato que se refere diretamente ao contribuinte e que envolve o exercício regular do chamado poder de polícia.
	Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercíciode atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
	Exemplos: Taxa de Alvará (de localização ou de funcionamento) e Taxa de Fiscalização Ambiental – TFA.
Contribuição de Melhoria
	A contribuição de melhoria é um tributo por lei ordinária sobre a valorização de imóvel particular, em decorrência de obras públicas realizadas, previsto no artigo 145, alínea III, da CF, e nos arts. 81 e 82 do CTN. Para Sabbag, é um tributo bilateral, contraprestacional e sinalagmático (significa uma relação de obrigação contraída entre duas partes de comum acordo, cada parte condicionada a sua prestação à contraprestação da outra). A atuação estatal é indiretamente referida, uma vez que se faz necessário ao contribuinte experimentar uma valorização imobiliária que decorra de obra pública. Assim, seria diretamente referida ao contribuinte caso a simples existência de obra pública permitisse a cobrança do tributo.
Empréstimos Compulsórios
	Esse tributo não é definido pelo fato gerador, como acontece com os impostos, taxas e contribuições de melhoria, aos quais, como se sabe, se aplica o art. 4º CTN. É cobrado exclusivamente pela União, mediante lei complementar, em dois possíveis casos: despesa extraordinária decorrente de calamidade pública ou guerra externa, podendo ser instituído e cobrado no mesmo ano em que ocorrer a publicação de sua lei, e, no caso de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional, só poderá ser exercido a partir do primeiro dia útil do ando seguinte.
 
Contribuições Parafiscais (ou Sociais)
	A característica viabilizadora da natureza jurídica específica das contribuição sociais, parafiscais ou especiais é o fato de o produto da arrecadação desses tributos esta vinculado a determinados fins de interesse público, à Administração direta ou indireta, ou à atividade de entes que colaboram com a Administração. Esse traço distintivo recebe a denominação de afetação.
	Modalidade tributária prevista nos arts. 149-A e 195 da CF, as contribuições parafiscais são instituídas pela União. A parafiscalidade se traduz pela delegação da capacidade tributária ativa, com a consequente utilização do montante arrecadado pela entidade autorizada (entidade beneficiada pela delegação). Tal benesse é concedida por meio de lei, só podendo se voltar em favor de pessoas jurídicas de direito público (como autarquias) e de pessoas jurídicas de direito privado perseguidoras de finalidade pública (Sesi, Sesc, Senai, Senac, art. 240 da CF).
	A contribuição social tem destinação certa, sendo recolhida com uma finalidade de predeterminada, indicada na lei que instituiu. Assim, contribuições parafiscais ou sociais são tributos arrecadados por pessoas diversas daquelas que procederam à sua instituição.
	As contribuições sociais (parafiscais) possuem finalidades específicas e, de acordo com estas, classificam-se em:
- Contribuições Sociais Gerais: são instituídas para financiar atividades ligadas à ordem social, com exceção da seguridade social. O que deve ser destacado de seu regime jurídico-tributário é a contribuição ao salário-educação, conforme já decidiu o STF, art. 212, § 5º da CF. Também o FGTS. O art. 195 da CF, Pis e Pasep – art. 239 da CF. Outras contribuições relacionadas à área social (saúde, previdência social e assistência social) – art. 149, caput, CF.
Diferenças entre Elisão e Evasão Fiscal
	O sistema jurídico brasileiro admite a figura da elisão fiscal, conceituando-a como um mecanismo para alcançar um impacto tributário reduzido, em que se recorre a um ato ou negócio jurídico real, verdadeiro, não carregando vício no seu alicerce fático nem na manifestação de vontade, donde se materializa como lícito.
	Elisão fiscal é um proceder legalmente autorizado, que ajuda a lei tributária a atingir a sua finalidade extrafiscal, quando presente. Diferente da evasão fiscal, pois são utilizados meios legais na busca da descaracterização do fato gerador do tributo. Pressupõe a licitude do comportamento do contribuinte. É uma forma honesta de evitar a submissão a uma hipótese tributária desfavorável. É um conjunto de atos adotados por um contribuinte, autorizados ou não proibidos pela lei, visando uma carga fiscal menor, mesmo quando esse comportamento prejudica o Tesouro. Consiste na economia lícita de tributos, deixando-se de fazer determinadas operações ou realizando-as da forma menos onerosa possível para o contribuinte. Trata-se de ação perfeitamente lícita, de planejamento que utiliza métodos legais para diminuir o peso da carga tributária em um determinado orçamento.
	Na evasão fiscal, o contribuinte busca, antes ou depois da submissão a uma hipótese tributária desfavorável, um modo de mascarar seu comportamento de forma fraudulenta. Aí é diferente e cabe à Receita Federal utilizar todas as suas prerrogativas de função administrativa para evitar o ilícito. Evasão ou sonegação fiscal consiste em utilizar procedimentos que violem diretamente a lei fiscal ou o regulamento fiscal. É uma fraude dificilmente perdoável, porque ela é flagrante e também porque o contribuinte se opõe conscientemente à lei. É o uso de meios ilícitos para evitar o pagamento de taxas, impostos e outros tributos. Entre os métodos usados para evadir tributos estão à omissão de informações, as falsas declarações e a produção de documentos que contenham informações falsas ou distorcidas, como a contratação de notas fiscais, faturas, duplicatas etc.
	 
Absorção da Leitura: 15 Questões V ou F e 10 de múltiplas escolhas
Coloque ( V ) verdadeiro ou ( F ) falso, conforme o caso, nas afirmativas:
1- ( ) Planejamento tributário é uma atividade preventiva apenas nas empresas de grande porte.
2- ( ) O planejamento tributário tem como função identificar o período posterior a ocorrência do fato gerador.
3- ( ) Elisão fiscal é sinônimo de sonegação fiscal.
4- ( ) Quando efetuamos o planejamento tributário devemos analisar também os aspectos financeiros e os efeitos no patrimônio da empresa.
5- ( ) Elisão fiscal é sinônimo de planejamento tributário.
6- ( ) O objetivo do analista tributário é procurar as brechas na lei para diminuir a carga tributária da empresa levando em consideração os aspectos econômicos, os riscos de cada ação, bem como, os possíveis controles contábeis.
7- ( ) Uma das funções da área de planejamento tributário é a atualização e aplicação da legislação de forma correta e adequada procurando atender as necessidades das empresas.
8- ( ) A escolha do regime de tributação por parte da PJ pode ser considerado como sendo planejamento tributário, se for feito com base na projeção de resultado esperado para ela.
9- ( ) Podemos fazer o levantamento da tributação ocorrida pela empresa no ano anterior e com base nestes dados fazer a simulação optando pelo melhor regime para a empresa. Esta análise pode ser considerada planejamento tributário.
10- ( ) ICMS, IPI, PIS e COFINS são considerados tributos federais.
11- ( ) IPTU, ITBI e ISS são considerados tributos municipais.
12-( )Taxa é um tributo que não está relacionado com a prestação de serviço público. 
13- ( ) Conforme a CF. a constituição dos impostos é de competência Federal, Estadual e Municipal.
14-( ) Os impostos são classificados como: diretos e indiretos.
15- ( ) Somente a união tem competência para instituir impostos.
16- José, contribuinte do IPTU, reside em imóvel de sua propriedade, defronte a uma praça municipal. A Prefeitura local canalizou ali um córrego, asfaltou as ruas adjacentes à praça, arborizando-a. Por consequência, a casa de José aumentou de valor, e, em razão da valorização de sua propriedade, José está potencialmente:
a) Sujeito ao pagamento de taxa pelo exercício do poder de polícia;
b) Sujeito ao pagamento de contribuição social;
c) Sujeito ao pagamento de contribuição de melhoria;
d) Sujeito ao pagamento de taxas pela utilização de serviços públicos, específicos e divisíveis.
17-) Os tributos classificam-se em:
a) Impostos, taxas e contribuições previdenciárias;
b) Impostos, taxas, contribuições de melhorias, empréstimo compulsório e contribuições sociais;
c) Imposto de renda, contribuições social, IPI e COFINS;
d) Imposto de renda, contribuição social, PIS e COFINS;
e) Impostos, taxas, contribuições de melhorias e contribuições previdenciárias.
 
18- A valorização imobiliária decorrente de obra pública é fato gerador de:
a) Taxa imobiliária;
b) Contribuição especial;
c) Contribuição de melhoria;
d) Contribuição especial.
19- Tributo que é cobrado exclusivamente pela União, mediante lei complementar, no caso de despesa extraordinária decorrente de calamidade pública:
a) Taxa;
b) Contribuição de melhoria;
c) Imposto;
d) Empréstimo compulsório.
20- O imposto é um tributo que:
a) Admite, sendo geral, sua vinculação a órgão, programa, fundo ou despesa;
b) Se apresenta vinculando seu fato gerador a uma atuação estatal em favor do contribuinte;
c) Tem por função arrecadar recursos para custear as despesas gerais da Administração em favor da coletividade ou de grupos sociais específicos;
d) Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
21- Para cobrança de taxa, é necessário que ocorra a efetiva prestação de:
a) Serviço de realização de obra pública;
b) Atividade econômica;
c) Serviço social;
d) Serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte.
22- O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer uma atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se:
a) Taxa;
b) Contribuição de melhoria;
c) Imposto;
d) Empréstimo compulsório.
23- Podemos considerar como exemplos de impostos e contribuições de competência tributária da União, dos estados e municípios, respectivamente;
 a) COFINS, ISSQN, e ICMS;
 b) IRRF, IPVA e IOF;
 c) IPI, IPTU e ITBI;
 d) PIS, ITBI e ISSQN;
 e) PIS, ICMS e ISSQN.
24- O tributo cobrado em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, é o (a):
a) Imposto;
b) Taxa;
c) Contribuição de melhoria;
d) Empréstimo compulsório;
e) Contribuição parafiscal.
25- Os impostos podem ser classificados como diretos e indiretos. Identifique a alternativa que exemplifica imposto classificável como indireto:
 a) IRPF;
 b) IRPJ;
 c) IPVA;
 d) ICMS;
 e) IPTU.
2 – Planejamento Tributário: Lucro Real X Presumido X Simples Nacional
	As pessoas jurídicas são tributadas por uma das formas de apuração do IRPJ e da CSLL, por opção do contribuinte ou por determinação legal, nas seguintes modalidades: Simples Nacional, Presumido ou Real. Importante decisão tributária deve ser efetivada, anualmente, pelos administradores empresariais, relativamente às opções. Com a legislação não permite mudança de sistemática no mesmo exercício, a opção por uma das modalidades será definitiva. Se a decisão for equivocada, ela terá efeito no ano todo. A opção é definida no primeiro pagamento do imposto (que normalmente é recolhido em fevereiro de cada ano), ou, no caso das optantes pelo Simples Nacional, é até o último dia útil de janeiro.
– SIMPLES NACIONAL 
O Simples Nacional ou Super Simples, foi instituído pelo art. 179 da Constituição Federal de 1988 com o objetivo de favorecer e facilitar a apuração e o pagamento de impostos estaduais e federais às micro empresas e empresas de pequeno porte. É neste contexto que a Lei 9841/99, instituiu o estatuto das micro empresas e empresas de pequeno porte, assegurando a elas o tratamento jurídico diferenciado e simplificado no campos administrativos, tributários, previdenciários, creditícios e de desenvolvimento empresarial.
	Nos termos da Lei Complementar nº 123/06 com a redação dada pela Lei Complementar 155/16, são consideradas microempresas o empresário ou sociedade empresária que aufira, no ano-calendário, receita bruta anual de até R$ 360.000,00, bem como são consideradas de pequeno porte o empresário ou sociedade empresária que aufira no ano-calendário receita bruta anual acima de R$ 360.000,00 e até R$ 4.800.000,00.
	As empresas enquadradas no Simples Nacional determinarão o valor devido mensalmente mediante aplicação das alíquotas constantes das tabelas dos anexos da Resolução 5 CGS/2007 e alterações conforme Lei Complementar 155/16, sobre a receita bruta mensal auferida no mês.
	Conforme legislação vigente considera-se receita bruta da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas:
- As devoluções de vendas e as vendas canceladas;
- Os descontos incondicionais (comerciais concedidos na nota fiscal)
- Impostos não cumulativos cobrados, destacadamente do comprador ou contratante, dos quais o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário. EX: IPI e ICMS Subst. Tributária.
ALÍQUOTAS e BASE DE CÁLCULO
	O valor devido mensalmente pelas MEs e EPPs, será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V da Lei Complementar155/16, sobre a base de cálculo de que trata o § 3º deste artigo, observado o disposto no § 15 do art. 3º.
§ 1º art. 18 - para efeito de determinação da alíquota nominal, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração.
	§ 1º A - alíquota efetiva é o resultado de: RBT12 X Aliq - PD em que
 RBT12
I – RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;
II – Aliq: alíquota nominal constantes dos Anexos I a V desta Lei Complementar;
III – PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar.
ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016)
(Vigência: a partir de 01/01/2018)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio
	Receita Bruta em 12 Meses (em R$)
	Alíquota
	Valor a Deduzir (em R$)
	1ª Faixa
	Até 180.000,00
	4,00%
	–
	2ª Faixa
	De 180.000,01 a 360.000,00
	7,30%
	5.940,00
	3ª Faixa
	De 360.000,01 a 720.000,00
	9,50%
	13.860,00
	4ª Faixa
	De 720.000,01 a 1.800.000,00
	10,70%
	22.500,00
	5ª Faixa
	De 1.800.000,01 a 3.600.000,00
	14,30%
	87.300,00
	6ª Faixa
	De 3.600.000,01 a 4.800.000,00
	19,00%
	378.000,00
	Faixas
	Percentual de Repartição dos Tributos
	
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/Pasep
	CPP
	ICMS
	1ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	12,74%
	2,76%
	41,50%
	34,00%
	2ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	12,74%
	2,76%
	41,50%
	34,00%
	3ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	12,74%
	2,76%
	42,00%
	33,50%
	4ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	12,74%
	2,76%
	42,00%
	33,50%
	5ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	12,74%
	2,76%
	42,00%
	33,50%
	6ª Faixa
	13,50%
	10,00%
	28,27%
	6,13%
	42,10%
	–
ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016)
(Vigência: a partir de 01/01/2018)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria
	Receita Bruta em 12 Meses (em R$)
	Alíquota
	Valor a Deduzir (em R$)
	1ª Faixa
	Até 180.000,00
	4,50%
	–
	2ª Faixa
	De 180.000,01 a 360.000,00
	7,80%
	5.940,00
	3ª Faixa
	De 360.000,01 a 720.000,00
	10,00%
	13.860,00
	4ª Faixa
	De 720.000,01 a 1.800.000,00
	11,20%
	22.500,00
	5ª Faixa
	De 1.800.000,01 a 3.600.000,00
	14,70%
	85.500,00
	6ª Faixa
	De 3.600.000,01 a 4.800.000,00
	30,00%
	720.000,00
	Faixas
	Percentual de Repartição dos Tributos
	
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/Pasep
	CPP
	IPI
	ICMS
	1ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	11,51%
	2,49%
	37,50%
	7,50%
	32,00%
	2ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	11,51%
	2,49%
	37,50%
	7,50%
	32,00%
	3ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	11,51%
	2,49%
	37,50%
	7,50%
	32,00%
	4ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	11,51%
	2,49%
	37,50%
	7,50%
	32,00%
	5ª Faixa
	5,50%
	3,50%
	11,51%
	2,49%
	37,50%
	7,50%
	32,00%6ª Faixa
	8,50%
	7,50%
	20,96%
	4,54%
	23,50%
	35,00%
	–
ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016)
(Vigência: a partir de 01/01/2018)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não relacionados no § 5o-C do art. 18 desta Lei Complementar
	Receita Bruta em 12 Meses (em R$)
	Alíquota
	Valor a Deduzir (em R$)
	1ª Faixa
	Até 180.000,00
	6,00%
	–
	2ª Faixa
	De 180.000,01 a 360.000,00
	11,20%
	9.360,00
	3ª Faixa
	De 360.000,01 a 720.000,00
	13,50%
	17.640,00
	4ª Faixa
	De 720.000,01 a 1.800.000,00
	16,00%
	35.640,00
	5ª Faixa
	De 1.800.000,01 a 3.600.000,00
	21,00%
	125.640,00
	6ª Faixa
	De 3.600.000,01 a 4.800.000,00
	33,00%
	648.000,00
	Faixas
	 Percentual de Repartição dos Tributos
	
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/Pasep
	CPP
	 ISS (*)
	1ª Faixa
	4,00%
	3,50%
	12,82%
	2,78%
	43,40%
	 33,50%
	2ª Faixa
	4,00%
	3,50%
	14,05%
	3,05%
	43,40%
	 32,00%
	3ª Faixa
	4,00%
	3,50%
	13,64%
	2,96%
	43,40%
	 32,50%
	4ª Faixa
	4,00%
	3,50%
	13,64%
	2,96%
	43,40%
	 32,50%
	5ª Faixa
	4,00%
	3,50%
	12,82%
	2,78%
	43,40%
	 33,50% (*)
	6ª Faixa
	35,00%
	15,00%
	16,03%
	3,47%
	30,50%
	–
	(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais
 da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a alíquota efetiva for superior a 14,92537%, a repartição será:
	
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/Pasep
	CPP
	ISS
	5ª Faixa, com alíquota efetiva superior a 14,92537%
	(Alíquota efetiva – 5%) x 6,02%
	(Alíquota efetiva – 5%) x 5,26%
	(Alíquota efetiva – 5%) x 19,28%
	(Alíquota efetiva – 5%) x 4,18%
	(Alíquota efetiva – 5%) x 65,26%
	Percentual de ISS fixo em 5%
ANEXO IV DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016)
(Vigência: a partir de 01/01/2018)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-C do art. 18 desta Lei Complementar
	Receita Bruta em 12 Meses (em R$)
	Alíquota
	Valor a Deduzir (em R$)
	1ª Faixa
	Até 180.000,00
	4,50%
	–
	2ª Faixa
	De 180.000,01 a 360.000,00
	9,00%
	8.100,00
	3ª Faixa
	De 360.000,01 a 720.000,00
	10,20%
	12.420,00
	4ª Faixa
	De 720.000,01 a 1.800.000,00
	14,00%
	39.780,00
	5ª Faixa
	De 1.800.000,01 a 3.600.000,00
	22,00%
	183.780,00
	6ª Faixa
	De 3.600.000,01 a 4.800.000,00
	33,00%
	828.000,00
	Faixas
	Percentual de Repartição dos Tributos
	
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/PASEP
	ISS (*)
	1ª Faixa
	18,80%
	15,20%
	17,67%
	3,83%
	44,50%
	2ª Faixa
	19,80%
	15,20%
	20,55%
	4,45%
	40,00%
	3ª Faixa
	20,80%
	15,20%
	19,73%
	4,27%
	40,00%
	4ª Faixa
	17,80%
	19,20%
	18,90%
	4,10%
	40,00%
	5ª Faixa
	18,80%
	19,20%
	18,08%
	3,92%
	40,00% (*)
	6ª Faixa
	53,50%
	21,50%
	20,55%
	4,45%
	–
	(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a alíquota efetiva for superior a 12,5%, a repartição será:
	Faixa
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/PASEP
	ISS
	5ª Faixa, com alíquota efetiva superior a 12,5%
	(Alíquota efetiva – 5%) x 31,33%
	(Alíquota efetiva – 5%) x 32,00%
	(Alíquota efetiva – 5%) x 30,13%
	(Alíquota efetiva – 5%) x 6,54%
	Percentual de ISS fixo em 
5%
ANEXO V DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016)
(Vigência: a partir de 01/01/2018)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-I do art. 18 desta Lei Complementar
	Receita Bruta em 12 Meses (em R$)
	Alíquota
	Valor a Deduzir (em R$)
	1ª Faixa
	Até 180.000,00
	15,50%
	–
	2ª Faixa
	De 180.000,01 a 360.000,00
	18,00%
	4.500,00
	3ª Faixa
	De 360.000,01 a 720.000,00
	19,50%
	9.900,00
	4ª Faixa
	De 720.000,01 a 1.800.000,00
	20,50%
	17.100,00
	5ª Faixa
	De 1.800.000,01 a 3.600.000,00
	23,00%
	62.100,00
	6ª Faixa
	De 3.600.000,01 a 4.800.000,00
	30,50%
	540.000,00
	Faixas
	Percentual de Repartição dos Tributos
	
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/Pasep
	CPP
	ISS
	1ª Faixa
	25,00%
	15,00%
	14,10%
	3,05%
	28,85%
	14,00%
	2ª Faixa
	23,00%
	15,00%
	14,10%
	3,05%
	27,85%
	17,00%
	3ª Faixa
	24,00%
	15,00%
	14,92%
	3,23%
	23,85%
	19,00%
	4ª Faixa
	21,00%
	15,00%
	15,74%
	3,41%
	23,85%
	21,00%
	5ª Faixa
	23,00%
	12,50%
	14,10%
	3,05%
	23,85%
	23,50%
	6ª Faixa
	35,00%
	15,50%
	16,44%
	3,56%
	29,50%
	–
– Lucro Real
De acordo com o art. 248 do RIR/99, lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais.
	Estão obrigadas a optar pela tributação com base no lucro real as pessoas jurídicas que estiverem enquadradas nas seguintes condições:
I. Que tenham receita total, no ano-calendário anterior, superior a R$ 78.000.000,00 ou proporcional ao nº de meses do período, quando inferior a 12 meses;
II. Cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;
III. Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior;
IV. Que autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; 
V. Que no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, inclusive mediante balanço ou balancete de suspensão ou redução de imposto;
VI. Cuja atividade seja de factoring.
- Lucro Real Anual
O Lucro real anual, de acordo com Pêgas (2017), as pessoas jurídicas que optarem por esta forma de pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social terá que pagá-los mensalmente através de cálculo por estimativa.
De acordo com a Lei 9.430/1996, art.2º, o imposto de renda que será pago mensalmente terá alíquota de 15% sobre a base de cálculo e a parcela mensal que exceder a R$ 20.000,00 terá um acréscimo de um adicional de 10%. 
	De acordo com Pêgas (2017), no Lucro Real Anual as organizações poderão compensar totalmente os prejuízos com lucros apurados dentro do mesmo ano calendário, dessa forma o lucro de janeiro poderá ser compensado com o prejuízo de fevereiro ou dezembro e o lucro de março poderá ser compensado com o prejuízo de qualquer mês.
– Lucro Real Trimestral
	De acordo com o artigo 1º da Lei 9.430/96, a apuração da base de cálculo pelo período de apuração trimestral, terá vencimento nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário.
	Segundo Pêgas (2017), no Lucro Real Trimestral, o lucro do trimestre anterior não pode ser compensado com o prejuízo fiscal de trimestres seguintes mesmo que seja dentro do mesmo ano calendário, o prejuízo fiscal de um trimestre só poderá deduzir até o limite de 30% do lucro real nos trimestres seguintes.
	O imposto de renda e da contribuição social a pagar calculado em cada trimestre poderão ser pagos em quota única ou divididos em 3 quotas sendo que estas não poderão ser inferiores a R$ 1.000,00 acrescido de juros calculados pela taxa SELIC.
	O adicional do Imposto de Renda Trimestral, de acordo com Pêgas (2017), passou a incidir sobre a parcela do lucro real que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses que compõe período de apuração do resultado, o limite de isenção no trimestre será de R$60.000,00, enquanto no anual será de R$ 240.000,00, o adicional à alíquota será de 10%.
	As empresas optantes pelo lucro real, apuram o PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) pelo regime não cumulativo, a alíquota é 1,65% para PIS e 7,6% para COFINS. De acordo com Pêgas (2017), a base decálculo será a mesma para qualquer regime de apuração, ou seja, será o faturamento. Para a apuração da base de cálculo da contribuição cumulativa do PIS e do COFINS, podem ser excluídos da base de cálculo os seguintes valores:
- Vendas canceladas;
- Descontos incondicionais concedidos
- Imposto sobre produto industrializado (IPI);
- Imposto sobre circulação mercadorias e serviços (ICMS), quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;
- Das reversões de provisões, exceto nos casos em que a provisão tenha sido deduzida da base de cálculo quando de sua constituição;
- Das recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores efetivamente baixados, que não representem ingresso de novas receitas;
- Dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenha sido computados como receita, inclusive os derivados de empreendimento objeto de Sociedade em Conta de Participação;
- Das receitas decorrentes das vendas de bens do ativo imobilizado.
	As organizações que apuram no regime de não cumulatividade, segundo Pegas (2017), têm o direito ao desconto do crédito que é determinado a aplicação da mesma alíquota (1,65% para o PIS e 7,6% para o COFINS), sobre os seguintes valores:
I – das aquisições efetuadas no mês:
A – de bens para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos sujeitos aos regimes de substituição tributária ;
B – de bens e serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes, utilizados como insumos:
b.1 – na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda; ou
b.2 – na prestação de serviços.
	Os insumos citados anteriormente são considerados quando utilizados na fabricação ou produção de bens destinados a venda. Segundo Pegas (2015), relacionado à prestação de serviços são considerados insumos material ou serviços prestados por pessoa jurídica domiciliado no país estes aplicados ou consumidos na prestação de serviços.
	É admitido também de acordo com Pegas (2017), os créditos relacionados a energia elétrica consumida, os aluguéis de máquinas, equipamentos e imóvel pagos a pessoa jurídica utilizadas nas atividade da organização, as despesas financeiras com empréstimos e financiamentos, arrendamento mercantil.
 – Compensação de prejuízos fiscais
	De acordo com o Pegas (2017), na apuração do lucro real é permitida a compensação de prejuízos fiscais de períodos anteriores registrados no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), sendo permitido apenas para as organizações que mantiverem os livros e documentos exigidos pela lei que possam comprovar o montante do prejuízo utilizado para a compensação, também só será permitida a compensação dos prejuízos apurados em períodos em que a sociedade empresária foi tributada pelo lucro real.
	O limite máximo para compensação em cada período será limitado a 30% do lucro real apurado.
 – Lucro Presumido
	Segundo Pegas (2017), só pode optar pelo Lucro presumido as pessoas jurídicas que não se enquadrarem em nenhum dos incisos da Lei 9.718/98 artigo 14, ou seja, pessoas jurídicas que não faturaram no ano calendário anterior valor maior a R$ 78.000.000,00, que não realizam atividades de instituição financeira ou equiparadas, que não tiveram rendimentos oriundos do exterior, que não usufruam de benefícios fiscais e que cuja atividade na seja de factoring.
	De acordo com Pegas (2017), a opção pela tributação com base no Lucro Presumido deverá ser escolhida através do pagamento do tributo ( Imposto de Renda ou CSLL), do 1º trimestre do ano calendário, e este prevalecerá por todo ano calendário.
	A base de cálculo para apuração do Imposto de Renda pela tributação com base no Lucro Presumido, de acordo com Pegas (2017), será determinada através da aplicação dos percentuais estabelecidos na Lei 9.249/95, como citado anteriormente através da atividade da organização. Além desses percentuais serão acrescidos à base de cálculo outras receitas, rendimentos e ganhos de capital de acordo com o artigo 25 da Lei 9.430/96.
	RECEITA BRUTA DAS ATIVIDADES Para IRPJ
	%
	- Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural.
	1,6
	- Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentadas;
- Prestação de serviços em geral;
- Intermediação de negócios(inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de seguros, imóveis e outros);
- Administração, locação ou cessão de bens móveis e imóveis (exceto a receita de alugueis, quando a pessoa jurídica não exercer a atividade de locação de imóveis);
- Administração de consórcios de bens duráveis;
- Cessão de direitos de qualquer natureza;
- Construção por administração ou por empreitada unicamente de
 mão-de-obra;
	
32
	- Serviços de transporte, exceto o de cargas; 
	16
	- Revenda de mercadorias;
- Venda de produtos de fabricação própria;
- Industrialização por encomenda (material fornecido pelo encomen-
 Dante);
- Atividade rural;
- Representação comercial por conta própria;
- Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imo-
 veis construídos ou adquiridos para revenda;
- Execução de obras da construção civil, com emprego de material;
- Prestação de serviços hospitalares;
- Transportes de cargas;
- Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços
	
8
1.7 Prestadoras de Serviços com Receita Bruta Anual de até R$ 120.000,00
As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00, poderão utilizar, para a determinação da base de cálculo do imposto, o percentual de 16%.
	RECEITA BRUTA DAS ATIVIDADES Para CSLL
	%
	- Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool
 etílico carburante e gás natural;
- Revenda de mercadorias;
- Venda de produtos de fabricação própria;
- Industrialização por encomenda (material fornecido pelo encomen-
 dante);
- Atividade rural;
- Representação comercial por conta própria;
- Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imó-
 veis construídos ou adquiridos para revenda;
- Execução de obras da construção civil com emprego de materiais;
- Prestação de serviços de transporte;
- Prestação de serviços hospitalares;
- Outras atividades não caracterizada como prestação de serviços
	
12
12
	- Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativos ao exercício
 de profissões legalmente regulamentadas;
- Prestação de serviços em geral;
- Intermediação de negócios(inclusive representação comercial por
 conta de terceiros e corretagem de seguros, imóveis e outros);
- Administração, locação ou cessão de bens móveis e imóveis (exceto
 a receita de alugueis, quando a pessoa jurídica não exercer a ativi-
 dade de locação de imóveis);
- Administração de consórcios de bens duráveis;
- Cessão de direitos de qualquer natureza;
- Construção por administração ou por empreitada unicamente de
 mão-de-obra;
- Factoring
	
32
A alíquota do Imposto de Renda das pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Real, Lucro Presumido de acordo com Pegas (2017), é de 15% que será aplicada sobre a base de cálculo, e a parcela que exceder o limite do valor resultante a multiplicação de R$ 20.000,00, pelo número de meses do período estará sujeita a incidência de um adicional do Imposto de Renda à alíquota de 10%, ou seja, as pessoas jurídicas que são tributadas com base no Lucro Presumido terão incidência do adicional se ultrapassar o limite de R$ 60.000,00 no trimestre.
Segundo Pegas (2017), a base de cálculo para apuração da CSLL, corresponde ao percentual de 12% da receita bruta do trimestre, mais acréscimo de ganhos de capital, rendimentos de aplicações financeiras e demais receitas e resultados positivos auferidos no trimestre, exceto para prestadoras de serviços em geral que o percentual utilizado será de 32%, para a aplicação daalíquota da CSLL de 9%.
A base de cálculo para o PIS e a COFINS é o faturamento total de cada mês, pois o PIS e a COFINS são apuradas e pagas mensalmente nas alíquotas de 0,65% e 3,00%, respectivamente, no último dia do mês subseqüente ao faturamento.
	Segundo Pegas (2017), no regime do lucro presumido, a apuração do imposto será feita trimestralmente, por períodos encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário.
	De acordo com o RIR/99, as pessoas jurídicas que apurarem seus impostos com base no lucro presumido terão que apresentar escrituração contábil de acordo com a lei ou escrituração do livro caixa no qual deve conter toda a movimentação financeira de todo o ano calendário inclusive a movimentação bancária, a escrituração do Livro de registro de Inventário que deverá conter todo o estoque existente no término do ano calendário e guardar todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica como do IPI/ICMS entre outros, como também todos os documentos e papéis que sirvam de base para escrituração.
PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO
	RECEITAS
	IRPJ
	CSLL
	Venda ou revenda de bens e produtos
	8%
	12%
	Prestação de Serviços
	32%
	32%
	Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer natureza (inclusive imóvel)
	32%
	32%
	Transporte de passageiros
	16%
	12%
	Transporte de cargas
	8%
	12%
	Serviços hospitalares
	8%
	12%
	Prestação de serviços até 120 mil/ano
	16%
	32%
	Revenda para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico e gás natural
	1,6%
	12%
	DEDUÇÔES LUCRO PRESUMIDO
	- Vendas canceladas, devoluções vendas, descontos incondicionais, IPI , ICMS Subst. Tributária - Valores decorrentes do ajuste a valor presente.
	RECEITAS NÃO TRIBUTADAS
	- Reversão de provisões operacionais, Resultado Positivo Equivalência Patrimonial,
- Lucros e dividendos recebidos e recuperação de créditos baixados como perda.
PIS E COFINS
	Deduções Regime Cumulativo
	Deduções Regime Não Cumulativo
	Vendas canceladas, devolução de vendas, desc. incondicionais, IPI e ICMS Substit. Tributária
	Vendas canceladas, devolução de vendas, desc. incondicionais, IPI e ICMS Substit. Tributária
	Demais Receitas Regime Cumulativo
	 Receitas não tributadas Não Cumulativo
	Em maio/2009 a Lei 11.941/09 revogou o§ 1º do art. 3º da Lei 9.718/98, passando a cobrar PIS e COFINS apenas sobre a receita bruta das empresas tributadas pelo Lucro Presumido.
	- Ganho na venda bens ativo não circulante
- Reversão provisões operacionais
- Res. Positivo Equivalência Patrimonial
- Receita de Lucros e dividendos
- Recuperação créditos baixados c/perda
- Receitas financeiras decorrentes do AVP
- Ganhos decorrentes de avaliação do ativo e do
 passivo com base no valor justo
- Subvenções p/investim. e doações poder público
- Relativas ao prêmio na emissão de debêntures 
	CRÉDITOS PIS COFINS – REGIME NÃO CUMULATIVO
	- Aquisição de bens para revenda
- Aquisição de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de produtos
- Despesa energia elétrica consumida na empresa
- Despesa alugueis prédios e máquinas e equipamentos pago a pessoa jurídica
- Despesa contraprestação arrendamento mercantil
- Desp. de armazenamento de mercadoria e frete
- Encargos de depreciação máquinas e equipamentos / valor de aquisição dos bens
- Encargos depreciação/amortização edificação e benfeitorias imóveis próprios e de terceiros
- Vale transp., vale alimentação e uniformes PJ prestadoras serviços limpeza e conservação
- Bens recebidos em devolução de vendas no mês
Exemplo 1
	 D R E - INDÚSTRIA ABC LTDA
	
	
	
	Em Reais
	RECEITAS BRUTAS
	 Out/2018
	 Nov/2018
	 Dez/2018
	4º Trimestre
	Receita venda de Produtos(IPI incluso)
	440.000,00
	385.000,00
	396.000,00
	1.221.000,00
	(-) DEDUÇÕES
	 
	 
	 
	 
	 
	IPI 
	 
	 
	 (40.000,00)
	 (35.000,00)
	 (36.000,00)
	 (111.000,00)
	ICMS 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	COFINS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	PIS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	.=RECEITAS LIQUÍDAS
	400.000,00
	350.000,00
	360.000,00
	1.110.000,00
	Custos
	 
	 
	 (139.400,00)
	 (147.600,00)
	 (151.700,00)
	 (438.700,00)
	.=LUCRO BRUTO
	 
	260.600,00
	202.400,00
	208.300,00
	671.300,00
	.- Receitas/Despesas Operacionais
	 
	 
	 
	 
	Receitas aplicações financeiras
	4.250,00
	5.015,00
	4.990,00
	14.255,00
	Receitas Dividendos
	 
	4.500,00
	3.900,00
	3.880,00
	12.280,00
	Despesas de salários
	 (24.739,00)
	 (26.330,00)
	 (44.215,00)
	 (95.284,00)
	Despesas depreciação maq. e equiptos
	 (5.200,00)
	 (3.300,00)
	 (4.350,00)
	 (12.850,00)
	Despesas Provisão férias e 13º sal.
	 (15.900,00)
	 (16.120,00)
	 (14.890,00)
	 (46.910,00)
	Despesas Material Consumo
	 (5.200,00)
	 (4.950,00)
	 (3.790,00)
	 (13.940,00)
	Depesa Prov. Crédito Liquidação
	 (5.600,00)
	 (7.800,00)
	 (10.300,00)
	 (23.700,00)
	Despesa Provisões Trabalhistas
	 (10.100,00)
	 (9.650,00)
	 (8.735,00)
	 (28.485,00)
	Despesa de INSS
	 
	 
	 
	 
	 
	.=LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL
	202.611,00
	143.165,00
	130.890,00
	476.666,00
	Ganho na venda ativo imobilizado
	 - 
	 - 
	 8.500,00 
	 8.500,00 
	LUCRO ANTES DA CSLL
	202.611,00
	143.165,00
	139.390,00
	485.166,00
	(-)Provisão de Contribuição Social
	 
	 
	 
	 
	.= LUCRO ANTES DO IRPJ
	 
	 
	 
	 
	(-)Provisão de Imposto de Renda
	 
	 
	 
	 
	LUCRO LIQUIDO DO PERÍODO
	 
	 
	 
	 
	Valor das compras no período
	170.000,00
	180.000,00
	185.000,00
	535.000,00
OBS: O valor das compras no período é R$ 535.000,00, o ICMS não é substituição tributária. Considerar alíquota do ICMS 18% e do IPI 10%.
Considerar o RAT – Risco Acidente do Trabalho de 3%.
	Receita bruta Vendas:
	
	
	
	
	
	 Out/17
	 Nov/17
	Dez/17
	 Jan/18
	 Fev/18
	 Mar/18
	
	300.000,00
	305.000,00
	304.000,00
	305.000,00
	289.000,00
	300.000,00
	
	
	
	
	
	
	
	
	 Abr/18
	 Mai/18
	 Jun/18
	 Jul/18
	 Ago/87
	 Set/18
	Total 
	290.000,00
	295.000,00
	310.000,00
	294.000,00
	301.000,00
	305.000,00
	3.598.000,00
Vamos relembrar os cálculos do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ICMS e IPI pelo Lucro Presumido, Lucro Real e Simples Nacional.
Exercício 1
Os Srs Antônio e José de Aquino são sócios da Empresa Limpa Bem Ltda, cuja atividade é de serviços de conservação e limpeza, tributada no anexo IV do Simples Nacional. Eles não estão totalmente seguros de que esta é a mais adequada opção. Façam uma avaliação entre as três formas de tributação, para confirmar se realmente esta é a melhor opção.
	 D R E - EMPRESA LIMPA BEM LTDA
	
	
	Em Reais
	 
	 
	 
	 OUT/2018
	 NOV/2018
	 DEZ/2018
	4º Trimestre
	Receita Serviços Prestados
	440.000,00
	425.000,00
	400.000,00
	1.265.000,00
	(-) DEDUÇÕES
	 
	 
	 
	 
	 
	ISS
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	COFINS
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	PIS
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	.=RECEITAS LIQUÍDAS
	 
	440.000,00
	425.000,00
	400.000,00
	1.265.000,00
	 Custos Serviços
	 
	-113.000,00
	-108.000,00
	-98.000,00
	-319.000,00
	.=LUCRO BRUTO
	 
	327.000,00
	317.000,00
	302.000,00
	946.000,00
	.- Despesas Operacionais
	 
	 
	 
	 
	 
	Desp. Energia Elétrica
	 
	-4.336,00
	-4.700,00
	-4.510,00
	-13.546,00
	Despesa com Salários
	 
	-21.900,00
	-22.300,00
	-22.900,00
	-67.100,00
	Desp. c/vale transporte e alimentação
	-21.500,00
	-23.600,00
	-24.100,00
	-69.200,00
	Desp. Aluguel Instalações da Empresa
	-13.500,00
	-13.500,00
	-13.500,00
	-40.500,00
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	.=LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL
	265.764,00
	252.900,00
	236.990,00
	755.654,00
	Receitas/Despesas não Operacionais
	 
	 
	 
	 
	Ganho na alienação ativo permanente
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	LUCRO ANTES DA CSLL
	 
	265.764,00
	252.900,00
	236.990,00755.654,00
	(-)Provisão de Contribuição Social
	 
	 
	 
	 
	.= LUCRO ANTES DO IRPJ
	 
	 
	 
	 
	(-)Provisão de Imposto de Renda
	 
	 
	 
	 
	LUCRO LIQUIDO DO PERÍODO
	 
	 
	 
	 
Dados Adicionais
- Para fins de cálculo do Lucro Real, considerar recuperação de PIS/COFINS de 1,65% PIS e 7,6% COFINS;
- De acordo com a atividade da empresa, a mesma está sujeita ao percentual de 1% de RAT Risco Ambiental do Trabalho;
- A despesa de aluguel da instalação foi paga a PJ. E o ISS alíquota 5%.
Receita bruta de Serviços:
	OUT/17
	 NOV/17
	 DEZ/17
	 JAN/18
	 FEV/18
	 MAR/18
	
	295.000
	252.000
	290.000
	275.000
	290.000
	315.000
	
	
	
	
	
	
	
	
	 ABR/18
	 MAI/18
	 JUN/18
	 JUL/18
	 AGO/18
	 SET/18
	Total 
	312.000
	320.000
	310.000
	300.000
	305.000
	315.000
	3.579.000,00
	
	
	
	
	
	
	
Pede-se avaliar qual seria a melhor forma de tributação?
Exercício 2
Os Srs. José Carlos e Marco Antônio, são sócios da empresa Comercial de Motores Ltda, com sede em Belo Horizonte/MG. Todos as mercadorias são adquiridas e revendidas dentro de MG, alíquota de ICMS 18%. A forma atual da tributação da empresa é o Simples Nacional, contudo os sócios não estão totalmente seguros que esta é a mais adequada, por isso solicitam que façam uma avaliação entre as formas de tributação pra garantir que esta é a melhor forma.
	 D R E - EMPRESA COMERCIAL DE MOTORES LTDA
	
	Em Reais
	 
	 
	 
	 OUT/2018
	 NOV/2018
	 DEZ/2018
	4º Trimestre
	Receita Bruta venda (IPI incluso)
	330.000,00
	340.000,00
	360.000,00
	1.030.000,00
	(-) DEDUÇÕES
	 
	 
	 
	 
	 
	ICMS 
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	COFINS
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	PIS
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	.=RECEITAS LIQUÍDAS
	 
	330.000,00
	340.000,00
	360.000,00
	1.030.000,00
	 Custos Diretos (Matéria Prima)
	-110.700,00
	-118.900,00
	-123.000,00
	-352.600,00
	.=LUCRO BRUTO
	 
	219.300,00
	221.100,00
	237.000,00
	677.400,00
	.- Despesas Operacionais
	 
	 
	 
	 
	 
	Desp. Energia Elétrica
	 
	-4.336,00
	-4.700,00
	-4.510,00
	-13.546,00
	Despesa com Salários
	 
	-21.900,00
	-22.300,00
	-22.900,00
	-67.100,00
	Depreciação Máquinas e Equiptos
	-10.840,00
	-11.030,00
	-11.500,00
	-33.370,00
	Desp. Aluguel Instalações da Empresa
	-13.500,00
	-13.500,00
	-13.500,00
	-40.500,00
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	.=LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL
	168.724,00
	169.570,00
	184.590,00
	522.884,00
	Receitas/Despesas não Operacionais
	 
	 
	 
	 
	Ganho na alienação ativo permanente
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	LUCRO ANTES DA CSLL
	 
	168.724,00
	169.570,00
	184.590,00
	522.884,00
	(-)Provisão de Contribuição Social
	 
	 
	 
	 
	.= LUCRO ANTES DO IRPJ
	 
	 
	 
	 
	(-)Provisão de Imposto de Renda
	 
	 
	 
	 
	LUCRO LIQUIDO DO PERÍODO
	 
	 
	 
	 
Dados Adicionais
- Para fins de cálculo Lucro Real, considerar recuperação de PIS 1,65% e COFNIS 7,6%.
- De acordo com a atividade da empresa, a mesma está sujeita ao percentual de 2% de RAT- Risco Ambiental do Trabalho.
- Os custos contabilizados na DRE estão líquidos do ICMS, sendo o valor das compras de mercadorias no trimestre de R$ 430.000,00. 
	Receita bruta Vendas:
	
	
	
	
	
	 Out/2017
	 Nov/2017
	 Dez/2017
	 Jan/2018
	 Fev/2018
	 Mar/2018
	
	150.000
	190.000
	225.000
	230.000
	235.000
	240.000
	
	
	
	
	
	
	
	
	 Abr/2018
	 Mai/2018
	 Jun/2018
	 Jul/2018
	 Ago/2018
	 Set/2018
	Total 
	270.000
	290.000
	300.000
	320.000
	330.000
	350.000
	3.130.000,00
Pede-se avaliar qual seria a melhor forma de tributação?
Exercício 3
O Srs. Ronei e João Capelão são os sócios da empresa Industrial de Móveis Ltda, com sede em Belo Horizonte/MG. Todas compras e vendas (matéria prima e produtos) são feitas dentro do Estado. A alíquota do ICMS é 18% e do IPI 10%. A forma atual de tributação é o Simples Nacional, anexo II, contudo os sócios gostariam que fizessem uma avaliação para confirmar se esta é a melhor forma de tributação.
	 D R E - INDUSTRIAL DE MÓVEIS LTDA
	
	
	Em Reais
	 
	 
	 
	 OUT/2018
	 NOV/2018
	 DEZ/2018
	4º Trimestre
	Receita Bruta venda (IPI incluso)
	396.000,00
	418.000,00
	429.000,00
	1.243.000,00
	(-) DEDUÇÕES
	 
	 
	 
	 
	 
	ICMS 
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	IPI
	 
	 
	 (36.000,00)
	 (38.000,00)
	 (39.000,00)
	-113.000,00
	COFINS
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	PIS
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	.=RECEITAS LIQUÍDAS
	 
	360.000,00
	380.000,00
	390.000,00
	1.130.000,00
	 Custos Diretos (Matéria Prima)
	-108.240,00
	-114.800,00
	-139.400,00
	-362.440,00
	.=LUCRO BRUTO
	 
	251.760,00
	265.200,00
	250.600,00
	767.560,00
	.- Despesas Operacionais
	 
	 
	 
	 
	 
	Desp. Energia Elétrica
	 
	-5.800,00
	-6.350,00
	-6.900,00
	-19.050,00
	Despesa com Salários
	 
	-31.000,00
	-32.000,00
	-33.000,00
	-96.000,00
	Depreciação Máquinas e Equiptos
	-14.600,00
	-14.950,00
	-15.800,00
	-45.350,00
	Desp. Aluguel Instalações da Empresa
	-15.500,00
	-15.500,00
	-15.500,00
	-46.500,00
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	.=LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL
	184.860,00
	196.400,00
	179.400,00
	560.660,00
	Receitas/Despesas não Operacionais
	 
	 
	 
	 
	Ganho na alienação ativo permanente
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	LUCRO ANTES DA CSLL
	 
	184.860,00
	196.400,00
	179.400,00
	560.660,00
	(-)Provisão de Contribuição Social
	 
	 
	 
	 
	.= LUCRO ANTES DO IRPJ
	 
	 
	 
	 
	(-)Provisão de Imposto de Renda
	 
	 
	 
	 
	LUCRO LIQUIDO DO PERÍODO
	 
	 
	 
	 
	 IPI S/Compras (Matéria Prima)
	 
	 
	13.200,00
	14.000,00
	17.000,00
	44.200,00
Dados Adicionais
- Para fins de cálculo Lucro Real, considerar recuperação de PIS 1,65% e COFINS 7,6%.
- De acordo com a atividade da empresa, a mesma está sujeita ao percentual de 3% de RAT- Risco Ambiental do Trabalho.
- Os custos contabilizados na DRE estão líquidos de IPI e ICMS, sendo que as compras no trimestre foi de R$ 442.000,00.
	Receita bruta Vendas:
	
	
	
	
	
	 Out/2017
	 Nov/2017
	 Dez/2017
	 Jan/2018
	 Fev/2018
	 Mar/2018
	
	200.000,00
	210.000,00
	230.000,00
	240.000,00
	280.000,00
	290.000,00
	
	
	
	
	
	
	
	
	 Abr/2018
	 Mai/2018
	 Jun/2018
	 Jul/2018
	 Ago/2018
	 Set/2018
	Total 
	310.000,00
	330.000,00
	340.000,00
	360.000,00
	370.000,00
	390.000,00
	3.550.000,00
Pede-se avaliar qual a seria a melhor forma de tributação?
Exercício 4
Os Srs. Marcus e Wagner Rodrigues são os sócios da empresa Indústria ABC Ltda, com sede em Contagem/MG. Todas compras e vendas (matéria prima e produtos) são feitas dentro do Estado. A alíquota do ICMS é 18% e do IPI 10%. A forma atual de tributação é o Simples Nacional, anexo II, contudo os sócios gostariam que fizessem uma avaliação para confirmar se esta é a melhor forma de tributação.
	 D R E - INDÚSTRIA ABC LTDA
	
	
	
	 Em Reais
	 
	 
	 
	 OUT/2018
	 NOV/2018
	 DEZ/2018
	4º Trimestre
	Receita Bruta venda (IPI incluso)
	385.000,00
	396.000,00
	418.000,00
	1.199.000,00
	(-) DEDUÇÕES
	 
	 
	 
	 
	 
	ICMS 
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	IPI
	 
	 
	 (35.000,00)
	 (36.000,00)
	 (38.000,00)
	 (109.000,00)
	COFINS
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	PIS
	 
	 
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	.=RECEITAS LIQUÍDAS
	 
	350.000,00
	360.000,00
	380.000,00
	1.090.000,00
	 Custos Diretos (Matéria Prima)
	-123.000,00
	-131.200,00
	-147.600,00
	-401.800,00
	.=LUCRO BRUTO
	 
	227.000,00
	228.800,00
	232.400,00
	688.200,00
	.- Despesas Operacionais
	 
	 
	 
	 
	 
	Desp. Energia Elétrica
	 
	-4.500,00
	-4.780,00
	-3.990,00
	-13.270,00
	Despesa com Salários
	 
	-45.200,00-41.600,00
	-44.800,00
	-131.600,00
	Depreciação Máquinas e Equiptos
	-8.900,00
	-10.200,00
	-11.100,00
	-30.200,00
	Desp. Aluguel Instalações da Empresa
	-6.200,00
	-6.200,00
	-6.200,00
	-18.600,00
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	.=LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL
	162.200,00
	166.020,00
	166.310,00
	494.530,00
	Receitas/Despesas não Operacionais
	 
	 
	 
	 
	Ganho na alienação ativo permanente
	 - 
	 - 
	 - 
	 - 
	LUCRO ANTES DA CSLL
	 
	162.200,00
	166.020,00
	166.310,00
	494.530,00
	(-)Provisão de Contribuição Social
	 
	 
	 
	 
	.= LUCRO ANTES DO IRPJ
	 
	 
	 
	 
	(-)Provisão de Imposto de Renda
	 
	 
	 
	 
	LUCRO LIQUIDO DO PERÍODO
	 
	 
	 
	 
	IPI s/compras (Materia Prima)
	15.000,00
	16.000,00
	18.000,00
	49.000,00
Dados Adicionais
- Para fins de cálculo Lucro Real, considerar recuperação de PIS 1,65% e COFINS 7,6%.
- De acordo com a atividade da empresa, a mesma está sujeita ao percentual de 3% de RAT- Risco Ambiental do Trabalho.
- Os custos contabilizados na DRE estão líquidos de IPI e ICMS, sendo que as compras no trimestre foi de R$ 490.000,00.
	Receita bruta Vendas:
	
	
	
	
	
	 Out/2017
	 Nov/2017
	 Dez/2017
	 Jan/2018
	 Fev/2018
	 Mar/2018
	
	290.000,00
	305.000,00
	315.000,00
	300.000,00
	290.000,00
	300.000,00
	
	
	
	
	
	
	
	
	 Abr/2018
	 Mai/2018
	 Jun/2018
	 Jul/2018
	 Ago/2018
	 Set/2018
	Total 
	290.000,00
	293.000,00
	310.000,00
	292.000,00
	300.000,00
	305.000,00
	3.590.000,00
Pede-se avaliar qual a seria a melhor forma de tributação?
3 – Juros sobre Capital Próprio como Instrumento de Planejamento Tributário
	Capital próprio ou capital social pode ser conceituado com sendo o aporte de recursos por parte dos cotistas ou acionistas na empresa, que engloba não só os valores entregues como o investimento inicial nela, bem como os valores de lucros gerados pela própria sociedade e reinvestidos como lucros acumulados e não distribuídos e que por decisão dos acionistas se incorporam a esse capital social.
	A lei estabelece que as pessoas jurídicas, tributadas pelo lucro real, que remunerarem pessoas físicas ou jurídicas a título de juros sobre o capital próprio, poderão considerar os valores pagos como dedutíveis do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
	Do exposto já se depreende, e iremos confirmar a seguinte hipótese. A pessoa jurídica, ao decidir remunerar os acionistas pelo pagãmente dos juros sobre o capital próprio, e antes disso, opte pela tributação com base no lucro real, estar-se-á diante de uma forma de planejamento tributário.
	O instrumento dos juros sobre capital próprio somente tem aplicabilidade prática para as empresas tributadas pelo lucro real, não fazendo sentido sua utilização para empresas que utilizem a tributação pelo lucro presumido ou que estejam no Simples Nacional. O pagamento ou crédito de JCP tem objetivo específico de redução de IR e CSLL, sendo atrativo pelo fato de ser dedutível na base desses tributos. Logo, as empresas tributadas pelo lucro presumido não terão benefício ao utilizar esta opção. Já os sócios ou acionistas, se pessoas físicas, deverão arcar com o ônus do imposto de renda na fonte, à alíquota de 15%, considerando tributação definitiva na declaração anual de pessoa física.
Cálculo dos Juros sobre Capital Próprio
	Os juros sobre o capital próprio foram calculados até DEZ/14, aplicando a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), sobre contas do Patrimônio Líquido (PL), exceto a reserva de reavaliação e a conta ajuste de avaliação patrimonial. Com a publicação da Lei 12.973/14, o cálculo considera as seguintes contas de PL:
- Capital Social;
- Reservas de Capital;
- Reservas de Lucros;
- Ações em Tesouraria, e
- Prejuízos Acumulados.
	Com isso, a conta Lucros Acumulados deixa de integrar o PL para fins de cálculo da parcela passível de pagamento como JCP. As empresas obrigadas a seguir a Lei 6.404/76, com suas alterações, já não mantinham saldo nessa conta. Agora as demais empresas passam a ter mais um “incentivo” para zerá-la totalmente.
	Nas empresas tributadas pelo lucro real anual, o resultado positivo do período não deve ser acrescido ao patrimônio líquido para efeito de cálculo dos juros sobre capital próprio. Portanto, caso a companhia decida proceder ao pagamento de JCP em Dez/18. O patrimônio líquido utilizado para cálculo será o do início do ano, ou seja, sem o resultado do período. Já as empresas tributadas pelo lucro real trimestral poderão considerar o PL do início do trimestre.
	O valor de juros sobre o capital próprio pode ser calculado pela taxa que a empresa considerar conveniente para remunerar o capital colocado à sua disposição pelo seu titular ou pelos seus sócios ou acionistas, desde que não exceda à variação pro rata dia, da TJLP. A divulgação da TJLP é feita pelo Banco Central do Brasil, através de comunicados. A taxa é expressa em percentuais anuais, com vigência de três meses, sendo divulgadas taxas para cada trimestre do ano civil.
Limite de Dedutibilidade
	Uma vez obtido o valor máximo permitido para crédito ou pagamento, em função da aplicação da TJLP sobre o Patrimônio Líquido, torna-se necessário saber qual parcela o Fisco aceita como dedutível nas bases de IR e CS. Na verdade, não, se trata de dedutibilidade ou não. O valor pago a título de JCP estará limitado ao maior dos seguintes valores:
- 50% do lucro do exercício antes da provisão do IRPJ e da dedução dos referidos juros; ou
- 50% do saldo das reservas de lucros e lucros acumulados de períodos anteriores (sem computar o período em curso).
Dedução da CSLL antes do Cálculo do Limite
	Se o limite utilizado for o resultado do ano, deve ser feito primeiro o cálculo da CSLL, para depois calcular os 50%. Isso porque o legislador citou o lucro antes do IR, definindo que a CSLL deve ser deduzida deste lucro.
Retenção na Fonte
	Atendidos os limites e as condições relatadas, o JCP será dedutível tanto na base do IR como na base da CS, mas, para garantir a dedutibilidade, os valores devem ser efetivamente pagos ou creditados de forma individualizada aos sócios ou acionistas da empresa. É importante esclarecer que a caracterização do crédito acontece quando a empresa registra em sua contabilidade a obrigação (individualmente) e o respectivo imposto de renda na fonte (15%), ambos no passivo circulante. Este IR pertence ao sócio ou acionista (contribuinte de fato), mas deverá ser recolhido pela empresa (contribuinte responsável), até o terceiro dia útil da semana seguinte ao do crédito ou do pagamento. O IR deverá ser registrado no ativo, em conta de IR a Compensar (ativo circulante) nas empresas que receberem JCP. As pessoas físicas informam o valor de JCP pelo líquido como rendimentos sujeitos a tributação exclusiva na fonte.
Exemplo de Cálculo de JCP:
Consideremos uma empresa nas seguintes condições:
Empresa com lucro em 2017 de R$ 15.000.000,00 antes do cálculo do JCP, da CSLL e do IRPJ.
	ITENS
	R$
	Capital
	1.700.000,00
	Reservas de Capital
	34.000,00
	Reservas de Lucros
	20.958.828,00
	Reservas de Reavaliação
	168.487,00
	Patrimônio Líquido
	22.861.315,00
Para o cálculo dos juros, considerar uma TJLP de 7% a.a.
	ITENS
	R$
	Patrimônio Líquido em 31/12/2017, inicio ano
	22.861.315,00
	(-) Reservas de reavaliação
	168.487,00
	Base de Cálculo
	22.692.828,00
	Juros sobre Capital Próprio: 22.692.828 X 7%
	1.588.497,96
Limites para dedução:
- 50% do lucro do exercício antes de sua contabilização: R$ 15.0000.000 x 50% = 7.500.000,00.
- 50% do saldo de lucros acumulados e das reservas de lucros: R$ 20.958.858 X 50% = 10.479.414,00.
	Dos dois valores obtidos, pode ser utilizado o maior.
A empresa poderá contabilizar como despesa financeira dedutível em 31/12/2017 o valor de R$ 1.588.497,96 relativo aos juros sobre capital próprio, visto que não excedeu o maior limite, de R$ 10.479.414,00.
Demonstrando a vantagem de utilizar o JCP
Cálculo do IRPJ e CSLL sem contabilizar JCP
	ITENS
	R$
	Lucro do exercício antes da contribuição social
	15.000.000,00

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