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FILOSOFIA E DIMENÇÕES HISTÓRICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA

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FILOSOFIA E DIMENÇÕES HISTÓRICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
A Importância das Habilidades Motoras nos Povos Antigos
Pré-história: o esforço físico era necessário para a sobrevivência (fuga, caça, luta, migração, etc.).
Nas primeiras civilizações o exercício era fundamental para sobrevivência, preparação guerreira, ritos religiosos e de passagem, e brincadeiras.
Civilização Egípcia: 
Exercícios recreativos na infância
Preparação militar
Proezas físicas do faraó (firmar sua divindade)
Grécia Antiga
Povo grego: Jônios, Eólios, Aqueus e Dórios.
Berço da filosofia, democracia, ciências e artes do mundo ocidental.
Duas grandes cidades-estados: Atenas e Esparta
A partir dos 7 anos iniciava-se a formação militar (Esparta)
Paidéia: educação integral: corpo, alma e mente (Atenas)
Ginástica: a arte de exercitar-se nu
Areté: espírito guerreiro
Kalokagathia: o belo é bom (senso estético)
Deuses Antropomórficos: ideal de beleza e façanha dos Deuses
Jogos para homenagear os deuses
OS JOGOS OLÍMPICOS
Criado para celebrar a paz entre Esparta, Elis e Pisa (884 a.C.)
Realizados no santuário sagrado de Olímpia em homenagem à Zeus a partir de 776 a.C.
Ocorriam de 4 em 4 anos de 776 a.C. até 393 d.C.
Ocorriam entre Agosto e setembro (15 dias)
Trégua sagrada de três meses antes da realização
Reunião todos os povos gregos
Várias modalidades
O campeão era considerado um semideus – nome gravado aos pés de Zeus (benefícios em sua cidade)
Mulheres casadas eram proibidas de assistir sob pena de serem atiradas de um penhasco
Roma
Período monárquico
Treinamento militar
Jogos e festivais
Período Republicano
Intensificação do treinamento militar (conquistar territórios)
Exercícios higiênicos (desenvolvimento da medicina)
Construção de termas públicas (piscinas)
Jogos públicos de entretenimento
Império Romano
Jogos públicos mais frequentes (política do pão e circo – alienação em época de crise)
Jogos gladiadores, contra feras, execução de criminosos e cristãos – escravos “profissionais”
Jogos circenses
Idade Média
Sociedade rural (Feudos) após invasão dos bárbaros 
Domínio da Igreja católica – culto ao corpo virou pecado, exercícios caíram em desuso
Treinamentos militares (formação de cavaleiro) fiel a deus e ao Rei
Jogos medievais praticados somente pela nobreza – torneios em época de paz
Renascimento
Rompimento de dogmas da igreja
Antropocentrismo (homem no centro)
Reforma protestante – estado rompe com a igreja
Novo mundo
AS ESCOLAS DE GINÁSTICA
Surgiu na Europa (inicio sec. XIX) inspirado em estudos literários
Foi inserida nas escolas, treinamento militar, fábricas e praças (formação de população forte apta para trabalhar e lutar pela pátria)
Disseminação pela Europa
Movimento de Ginástica Sueco
Per Henrik Ling (1776-1839) – nacionalista
Destinada a pessoas saudáveis
Objetivava domínio do corpo e desenvolvimento da saúde
Ginástica médica: tratamento de enfermidades, mal funcionamento de órgãos e postura
Movimento de Ginástica Francês
Francisco Amoros (1769-1848) – general Espanhol (lutou nas tropas de Napoleão)
Buscava desenvolvimento das qualidades físicas, aumento de energia e exaltação de sentimentos
Sucessões e alternância de exercícios (assemelha ao circuito) – sistematizar a ginástica
Geórges Herbert (1875-1957) – oficial da marinha francesa e desenvolvedor do Método Natural de Ginástica
Não acreditava em movimentos segmentados/por grupos musculares, acreditava em cumprimento de tarefas (percurso preparado ou natural)
Base para criação do Parkour (caminho mais útil entre dois pontos) – David Balle
Movimento de Ginástica Alemão
Frederich Lugwig Jahn (1778-1852)
Desenvolveu profundamente a ginástica militar
Incitava a juventude a se preparar para as guerras (Nacionalista)
Exercícios de ginástica que hoje compõe a ginástica artística
A gênese do esporte moderno na Inglaterra
Nação desenvolvida – Revolução Industrial
Jogos populares violentos e vulgares (apostas, lutas clandestinas, rinha de galo/cães, caça a raposa e mass football.)
Proibição dos jogos – incitavam alcoolismo, vandalismo, faltas no trabalho e nas escolas geravam lesões e até óbitos de calouros
A proibição gerou revolta nas escolas, então passaram a regulamentar as modalidades – ficou mais dinâmico e foi inserido na grade curricular
Foram inseridos valores de ética capitalista: competitividade, produtividade (recorde), trabalho em equipe (formação moral do jovem líder)
Fábricas passam a adotar o modelo dentro das empresas 
Times das fábricas passaram a disputar torneios (fidelização do funcionário, diminuição de faltas por alcoolismo e violência)
1850 ex-alunos das “Public Schools” formaram clubes para continuar no esporte. O associacionismo criou campeonatos, ligas, federações e regras
A Igreja passou a desenvolver o esporte para atrair fiéis
O Olimpismo Moderno
Na década de 1890 o Barão Pierre de Coubertin viajou o mundo conhecendo modelos educacionais para reformar a educação na França.
Conheceu o modelo Inglês do colégio de Rugby, onde o esporte era parte da grade
Conheceu as universidades norte-americanas, os torneios de remo e o football
Entusiasmou-se com a capacidade do esporte propagar a paz
 1894 – Organização de um grande congresso para discutir educação e esporte (planejado as bases do Olimpismo)
Coubertin queria criar educação através do esporte, propagar o fair play e se inspirou nos modelos dos jogos Olímpicos antigos (festivais quadrienais)
Criação do COI (Comitê Olímpico Internacional)
1896 - 1ª edição dos jogos em Atenas
Uso político do esporte
Olimpismo corrompido: vitrine de governos – investimento no esporte para obtenção de prestígio
 Jogos Olímpicos de Berlim (1936) – propaganda nazista
Maior evento olímpico até então
Objetivo: mostrar o poder do Estado Alemão e mostrar a suposta superioridade da raça ariana
Equipe norte-americana ganhou mais competições (atletas negros)
O esporte e a Guerra Fria
Após a II guerra Mundial o mundo se dividiu entre socialistas e capitalistas
Os dois blocos travavam batalhas simbólicas (quadras/ campos/ piscinas) – luta por prestígio entre os dois regimes
1980 EUA lideraram um boicote com 61 países aos jogos Olímpicos de Moscou devido invasão soviética no Afeganistão
1984 – URSS lideraram boicote dos países socialistas às Olimpíadas, alegando falta de segurança
Esporte Contemporâneo Midiático
Espetáculo de grandes proporções (transmissão televisiva) – exploração do marketing
Os astros passaram a ser os atletas
Alto volume de dinheiro – criação de leis para regulamentar (tributação, royalties, direito de imagem, patrocínio, etc.)
Casos de corrupção, superfaturamento, propina...
Organização Esportiva X Lógica capitalista
Esporte profissional: características econômicas da sociedade capitalista
Esporte escolar: deveria priorizar uma aproximação pedagógica
Esportes Olímpicos: da margem a aspectos políticos e ideológicos
Especialização esportiva: divisão social do trabalho (maior rendimento)
Esporte de rendimento: características da organização capitalista
Busca por recordes/ desempenho, similar a capacidade produtiva almejada na sociedade capitalista
Concorrência livre e condições equivalentes – mais valor aos atletas com mais rendimento
Injustiça social: as camadas inferiores da população não tem a mesma condição de educação/ treinamento
Esporte educacional: reforça os aspectos pedagógicos da sociedade capitalista
Valorização do esforço
Trabalho em equipe (esforço em conjunto – FORDISMO)
O ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO REFORÇA ASPECTOS DE DESIGUALDADE DA SOCIEDADE CAPITALISTA
Os campeões são valiosas mercadorias (promoção do espetáculo esportivo – hipercompetitividade – no esporte educacional pode gerar exclusão/ violência/ deslealdade
As perspectivas do esporte Educacional
Negativo
Deve ter caráter pedagógico, não de rendimento (não reforçar valores do esporte de rendimento dentro do processo educacional)
Positivo
Valorização do esforço, disciplina e persistência
Respeito às regras e hierarquiaTrabalho em equipe – divisão de tarefas, responsabilidade, congratulações
Crescimento pessoal: auto-estima, interesse em hábitos saudáveis
A competição no processo educacional
Não pode ter valorização excessiva da vitória
Oportunidade de confrontar-se (autoestima/ autoavaliação)
Reflexão com erros e acertos
Autocontrole em situações de estresse
A HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILEIRO
1894 – Charles Miller trouxe a modalidade após ter ido estudar na Inglaterra – trouxe duas bolas, uniformes, apitos e um livro de regras
1895 – primeira partida num terreno baldio entre funcionários de duas empresas
Passaram a ocorrer outros jogos entre membros das colônias européias (famílias ricas)
1901 – Criada a Liga Paulista de Football (5 times)
Periferias começam a organizar partidas nas várzeas com material improvisado
1897 – Oscar Cox trouxe para o RJ após regressar da Suíça 
Futebol Popular X Futebol Aristocrático
As equipes aristocráticas passaram a desejar os jogadores das periferias, que, apresentavam-se mais habilidosos devido as condições mais precárias das partidas (terrenos irregulares, bolas de meia), gerando bastante polemica.
As equipes aristocráticas tradicionais repudiavam a ideia
1923 – Vasco da Gama montou uma equipe mista, foram campeões da Liga Carioca, mas foram expulsos
Aos poucos os atletas negros começam a ser incorporados 
Brasil, o país do futebol
Primeira participação na copa 1938 – 3º colocado
1950 – Sede da copa – derrota para o Uruguai no Maracanã
1958, 1962, 1970 – Brasil campeão, intitulado país do futebol
 Brasil campeão em 1994, 2002 e 2016 (conquista inédita - olimpíadas) 
A Educação Física Brasileira
1882 – Rui Barbosa – pareceres:
Instituição de seção especial de ginástica nas escolas
Ginástica para ambos os sexos
Ginástica como matéria de estudos
Equiparação as outras disciplinas
Predominância da Ginástica Francesa
1907 – chegada da Missão Militar francesa para ministrar instrução (SP)
1909 - criação de uma escola para formar professores de esgrima e ginástica
1929 – 1ª escola de Educação Física (Vila militar)
Eugenia, higiene e nacionalismo – Ideais Brasileiros (sec. XX)
1920 – surge preocupação com a depuração da raça e fortalecimento do povo
“embranquecimento” da raça se tornou parte do plano de desenvolvimento nacional
Principal veículo da eugenia da raça era o fortalecimento físico da mulher (exercício físico)
Institucionalização do esporte brasileiro
1941 – Estado cria decreto para organizar o esporte (CND)
Clubes e federações são atrelados as deliberações do Conselho Nacional do Desporto (Estado passa a controlar o que acontece na instituição desportiva)
1965 – CND nega a prática de determinados esportes à mulher (mulher deve ser apta a gerar filhos fortes)
1979 – equipe de judô levou 4 atletas mulheres para disputar a Sul-Americana de forma clandestina. Elas ganharam várias medalhas, que fez a CND liberar a participação das mulheres nas modalidades proibidas
Estrutura Brasileira Contemporânea
Ações de incentivo destinadas a atletas com destaque
Sem muitos investimentos para a formação (base) 
Não se atinge efetivamente o esporte no Município
Lei Agnelo Piva – isenção fiscal para apoiadores do esporte – pouca abrangência (alienação da prática esportiva de base) – má estrutura e pouco repasse de recursos para o esporte (secretarias municipais)
Educação Física e Epistemologia
Mauro Betti – Área de conhecimento e intervenção, não é uma ciência em si, e recebe referenciais científicos, filosóficos e estéticos. (2005) 
Áreas de ação da Educação Física: saúde, escola, lazer, esporte, estética, inclusão. (Betti) 
Bracht – prática social (não cientifica) com engajamento pedagógico e práticas científicas (1995)
Área de atuação abrangente que se serve de outras ciências para pesquisa
Aspectos Pedagógicos e Contemporâneos
1998 – PCNs (Parametros Curriculares Nacionais): direcionar o ensino da educação física a uma prática autônoma e consciente
Objetivos: veiculo de formação e exercício da cidadania
Conhecimento das características culturais
Conhecimento da pluralidade das práticas corporais
Abordagens filosóficas da Educação física no Brasil
1970 (ditadura) – formação e detecção de atletas (educação física escolar) que pudessem representar a nação em competições
1980 – novas abordagens filosóficas e pedagógicas – confronto ao esportivismo (desenvolvimento integral da criança)
Abordagem da psicomotricidade: estimular que a criança trabalhe espontaneamente
Abordagem desenvolvimentista: progressão normal do crescimento físico, motor, cognitivo e fisiológico
Abordagem construtivista:construir um caminho de aprendizado com a vivencia de cada um, respeitando o universo cultural do aluno (critica esportivismo)
Abordagem crítica superadora: desrelacionar o esporte com as práticas capitalistas
Abordagem crítico-emancipatória: formação da cidadania (gerar cidadania através do esporte)
Aspectos da Saúde
Combater sedentarismo (esfera física) – maior incidência na população com menor escolaridade (falta de conhecimento, tempo, recurso financeiro) 
Melhorar autoestima (aspecto psicológico)
Inclusão social (âmbito social)
Profissional da educação física inserido no SUS