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Resumo para a Prova Colegiada TGP

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Resumo para a Prova Colegiada – 3º semestre
Teoria Geral do Processo
Apostila 1
SER HUMANO, SOCIEDADE, CONFLITO E JURISDIÇÃO
Ser humano
Na história da humanidade vemos que o ser humano viveu e vive em grupos sociais. Tendo Aristóteles registrado que o homem é um animal político, que nasce com tendência de viver em sociedade.
Possui o homem 2 principais aspectos: 
Individualidade – Cada ser humano possui uma caraterística individual; diferencia-se, enquanto indivíduo, dos demais.
Socialidade – O ser humano possui uma vocação, que lhe é inerente, de viver em grupo para sua própria conservação e aperfeiçoamento. Formando assim a SOCIEDADE, que é uma necessidade natural do homem.
Sociedade
Quem contempla um agrupamento social verifica os homens com suas necessidades, interesses, pretensões, que geram CONFLITOS.
Necessidades 
Dependência do homem com algum elemento;
Ser humano está sempre em busca de satisfaze-la;
São ILIMITADAS.
Bem
Elemento capaz de satisfazer a necessidade;
LIMITADOS;
Por serem limitados geram conflito de interesses/disputa, quando 2 sujeitos pretendem o mesmo bem.
Conflito
Surge quando está em disputa o mesmo em pretendido pelas partes;
Interessa ao mundo jurídico quando não consegue ser resolvido;
Conflito de interesses = LIDE
Lide
Conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida
Pretensão – exigência de subordinação do interesse alheio ao interesse próprio 
Resistência – quando a pessoa cujo interesse deveria ser subordinado não concorda com essa subordinação, ela opõe resistência à pretensão.
Estado
A dignidade humana levou o homem a procurar modos de solução de conflitos que não fossem mais de maneira instintiva. E a medida que as sociedades evoluíram, houve a necessidade de regrar a convivência.
Surge então o Estado como estrutura política para coordenar a vida em sociedade, permitir conquistas (individuais e coletivas) e resolver conflitos.
As normas, antes de convivência, passaram também a ser normas de controle.
SOLUÇÃO DE CONFLITOS
Como nem sempre as normas foram ou são respeitadas, houve a necessidade de se criar, ao lado delas, normas que definam as formas pelas quais serão resolvidos os conflitos.
Têm-se aí a FUNÇÃO ESSENCIAL DO ESTADO, sua Função Jurisdicional: 
A Resolução de Conflitos.
Jurisdição
Juris=Direito / Dictionis=dizer Função do Estado de ‘dizer o direito’.
É a forma pela qual o poder Estatal se expressa para aplicar o direito, garantindo sua eficácia para solucionar os conflitos através do Poder Judiciário, quando provocado.
A composição jurisdicional do litígio deve ser feita mediante a aplicação de normas jurídicas previamente estabelecidas no ordenamento jurídico.
Para a consecução dos objetivos da jurisdição, e particularmente daquele relacionado com a pacificação com justiça, que o Estado institui o sistema processual, ditando normas a respeito:
Direito Processual – que se divide em: CÍVEL = atividade jurisdicional não penal
				 PENAL = aplicação de sanção (pena) por crimes
Noções Provisórias do Procedimento:
A parte interessada deve pedir ao Poder Judiciário uma PROTEÇÃO (Tutela Jurisdicional);
Isso se dá pelo exercício do direito de AÇÃO que se externaliza pela Petição Inicial;
Cria-se então um CONFLITO INTERSUJETIVO entre AUTOR x RÉU;
A garantia do CONTRADITÓRIO garante a participação efetiva das partes no processo. Os juízes NÃO poderão decidir o que foi pedido pelo autor (através da petição inicial) sem ouvir a outra parte;
Neste contraditório o réu irá fazer sua defesa por meio da CONTESTAÇÃO.
PROCESSO x PROCEDIMENTO
PROCEDIMENTO: conjunto concatenado de atos, coordenados em vista de um ato final (não é exclusividade da atividade jurisdicional).
PROCESSO: consiste no procedimento que se submente ao contraditório, gerando uma nova relação jurídica, uma relação jurídica processual. Possui papel decisivo na JURISDIÇÃO.
EVOLUÇÃO DOS MEIOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
Autotutela 
Defesa por si mesmo, pelo esforço próprio, ainda que à força. É uma forma primitiva de resolução de conflitos, onde ocorre a imposição da vontade de umas das partes à outra, prevalecendo a maneira de pensar daquele que era mais forte (não prevalecendo a razão).
A autotutela é considerada crime dentro do nosso ordenamento, tanto para o particular (345 CP, exercício arbitrário das próprias razões), quanto para o Estado (350 CP, exercício arbitrário ou abuso de poder), não sendo uma alternativa que possa ser usada como regra. 
No entanto, em algumas situações extremas, a impossibilidade da presença do Estado quando o direito acabou ou está prestes a ser violado, bem como quando a falta de confiança em relação ao outro quanto a solução amigável, poderá ser feito o uso da autotutela, sempre a TÍTULO DE EXCEÇÃO.
Exceções:
Legítima Defesa (artigo 25 CP)
Poder Estatal de prisão em flagrante (301 CPP)
Legítima Defesa da Posse (1210 CC) 
Autoridade
Autoridade de um 3º pelo uso do diálogo. Gênese da arbitragem!
Tendo em vista que a autotutela não respondia mais aos interesses sociais juntamente com a crescente organização da sociedade, os conflitos passaram a ser solucionados por pessoas que possuíam autoridade (religiosa, da comunidade, política – Estado).
Esta autoridade, com a organização do Estado, passa a ser entendida como autoridade política, proibindo o uso da força, vinculando a ação das pessoas à normas jurídicas previamente estabelecidas, surgindo desta forma a JURISDIÇÃO.
Apostila 2
MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
Estado cumpre sua função de proteção jurisdicional?
Quais opções existem?
O Estado exerce grande influência na organização da sociedade, portanto, não consegue agir com eficiência, oferecendo serviços de qualidade à população. No que tange à resolução de conflitos, por meio da Jurisdição Estatal, ela se mostra ineficiente, demorada, incompatível com a necessidade das pessoas. Diante desse cenário são propostos meios alternativos para a solução dos conflitos.
Autocomposição
Participação efetivas das partes envolvidas no conflito. Como elemento comum, existe a participação de um 3º facilitador, que é aquele que irá fazer um caminho com as partes, tendo em vista a resolução do conflito por elas mesmas.
Importante salientar que será possível realizar autocomposição sobre DIREITOS DISPONÍVEIS como por ex: direitos patrimoniais. Não sendo permitido em hipótese alguma sobre direitos indisponíveis, como p.ex. direito à vida, renúncia ao direito de alimentos... qualquer acordo que leve à fragilização da vida não pode ser feito.
 Pode ser: 
JUDICIAL: ocorre dentro do processo instaurado (não necessariamente feita no fórum);
EXTRAJUDICIAL: ocorre antes da instauração do processo (pode ser levada para homologação judicial).
A autocomposição se divide em Conciliação e Mediação
CONCILIAÇÃO
Será realizada em causas onde o conflito se reduz a questões materiais e objetivas, não existindo entre as partes relacionamentos de aspecto pessoal que se prolonga no tempo, repercutindo na vida dos envolvidos. Ex: Acidente de Veículos, relações de consumo
Busca auxiliar as partes a chegarem a um acordo, 
Adota o método de apresentação de propostas
Investiga apenas aspectos objetivos do conflito e sugere opções
Não envolve relacionamento entre as partes
Solução não repercute na vida dos envolvidos
Intermédio de terceiro facilitador
MEDIAÇÃO
Será aplicada no caso em que as partes possuem vínculos afetivos/subjetivos/pessoais cuja solução terá grandes desdobramentos na vida pessoal dos envolvidos. Neste caso o 3º facilitados (mediador) terá a missão (objetiva) de reestabelecer o diálogo entre as partes de maneira que elas queiram fazer a composição dos conflitos. Ex: relação de vizinhança, de família...
Auxiliar as partes a chegarem a um acordo, 
Restabelecendo o diálogo, por técnicas próprias
Investiga aspectos subjetivos (motivação das partes)
Partes possuem relacionamento
É um procedimento cooperativo
Solução repercute na vida dos envolvidosHeterocomposição
Representada pela ARBITRAGEM (Lei 9.307/1996), sendo o juiz substituído pelo árbitro, que tem o poder de resolver o conflito. 
Para que as partes possam submeter-se à arbitragem é necessário uma que se faça uma CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM. Essa convenção pode se dar por meio de uma Cláusula Compromissária (convenção prévia, em caso de conflito futuro) ou ainda por meio de um Compromisso Arbitral (pressupõe conflito existente, e as partes desejam solução pelo árbitro). 
Árbitros devem ser CAPAZES, não sendo necessário formação jurídica.
Partes CAPAZES
Arbitragem é FACULTATIVA, escolha livre das partes
Só pode versar sobre DIREITOS PATR. DISPONÍVEIS
Sentença arbitral é TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL, caso não seja cumprida a obrigação prevista no título arbitral, a execução desse título NÃO poderá se processar pela via arbitral. A execução deverá ser feita na esfera judicial.
Decisão do árbitro NÃO se submete a um CONTROLE DE MÉRITO por parte do JUDICIÁRIO, tendo em vista que as partes escolheram resolver o seu conflito pela câmara arbitral, e uma vez escolhido elas aceitam ser submetidas a qualquer decisão (mérito), não podendo ser revista.
Pode ser apenas anulada no JUDICIÁRIO, apenas no caso de estar presente ilícitos processuais, como, p. ex., ausência de contraditório ou parcialidade do árbitro.
Partes podem desistir conjuntamente
Judiciário NÃO HOMOLOGA sentença arbitral
CARACTERÍSTICAS DOS MEIOS ALTERNATIVOS
DESFORMALIZAÇÃO
Não há necessidade de obedecer todas as formalidades de um procedimento formal (judicial), levando a decisões CÉLERES. O que irá resultar em uma decisão mais rápida, eficiente e adequada a realidade das partes.
GRATUIDADE
Os meios alternativos via de regra são mais baratos/menos custosos, salienta-se aqui que na arbitragem pode-se dizer eu é proporcionalmente menos custoso uma vez que mesmo sendo alto o valor a ser pago para a câmara arbitral, a rapidez para a solução do problema irá compensar o valor gasto.
DELEGALIZAÇÃO
Amplas margens de liberdade para a resolução dos conflitos (pelas partes, ou pelos árbitros). Liberdade para decidir.
ACESSO À JUSTIÇA
Os meios alternativos cumprem o objetivo constitucional de oferecer acesso à justiça levando a decisões que sejam efetivas, cumprindo dessa forma as finalidades do processo, bem como aproximando o processo civil da realidade das partes, uma vez que será uma ferramenta efetiva para uma solução adequada do conflito.
A CF garante o ACESSO à JUSTIÇA. Não se identifica como mera admissão do processo, O PROCESSO deve ser EFETIVO:
Atingir as finalidades: 
Social: educação para o exercício de direitos alheios
Política: preservação da liberdade e da autoridade ordenamento jurídico
Jurídica: atuação da vontade do direito
E superar os obstáculos: 
Admissão do Processo – eliminar dificuldades econômicas, psicológicas e culturais que impedem o acesso. P.ex. Justiça Gratuita;
Modo de ser do processo – Cumprimento do devido processo legal, contraditório e ampla defesa;
Justiça das Decisões – Juiz deve apreciar as provas e encontrar a solução mais justa;
Efetividade das Decisões – Garantir ao titular o pleno exercício do direito.
Apostila 3
	FUNÇÕES DO ESTADO MODERNO
É necessário que se entenda a evolução do Estado para que se possa compreender a evolução do processo civil. Nesse sentido cabe destacar o significado do Estado Liberal, social, democrático.
ESTADO LIBERAL
Surgindo após um regime absolutista traz como motivação maior a liberdade do indivíduo e a ausência do Estado das relações entre as partes, “deixa fazer”. O Estado deve unicamente se limitar a defender a ordem e a segurança, agindo dentro do Princípio da Legalidade.
Estado Liberal:
Institucionalizado com a Revolução Francesa
Valor supremo: liberdade do indivíduo em face do Estado
Estado se abstém 
Limitação do Estado pelo direito (P. Legalidade)
Estado se limita à defesa da ordem e da segurança pública.
ESTADO SOCIAL
Surge do período Pós-Guerra, tendo em vista um Estado Liberal anterior que não foi capaz de garantir as necessidades básicas da população, o Estado então se vê na obrigação de intervir no domínio econômico, de modo a oferecer às pessoas o bem-estar necessário, assegurando os direitos sociais à educação, saúde, lazer, trabalho, etc....
Estado Social:
Surge após a crise do liberalismo após o fim da Primeira Guerra Mundial
Estado liberal não assegura direitos sociais
Intervenção no domínio econômico, social e laboral
Garantia de um mínimo bem-estar
ESTADO DEMOCRÁTICO
Estado Democrático:
Surge após o fim da Segunda Guerra Mundial;
Introduz a soberania popular – valoriza-se a soberania popular ocorrendo a transferência de poder das mãos das pessoas para seus representantes;
Direito deve corresponder aos anseios da sociedade (democrático)
Força vinculante da Constituição – A Constituição do país ganha poder extraordinário como garantidora dos direitos sociais previstos.
Deste cenário, a Jurisdição, como parte das ações do Poder Judiciário, deve ser considerada como um instrumento a ser provocado por meio do processo judicial. Trazendo com si a finalidade de oferecer uma solução adequada aos problemas sociais, realizando o direito material previsto em lei. 
Levando a Sociedade a um bem comum/bem de todos.
LEGISLAÇÃO E JURISDIÇÃO
O Estado irá organizar o espaço social da seguinte maneira: 
Cria legislações onde estão previstas normas gerais e abstratas dirigidas a todas as pessoas. Obs: Eu crio a legislação hoje que irá regular as relações amanhã.
Por meio da jurisdição, caso existam conflitos qualificados por pretensão resistida, irá aplicar a lei ao caso concreto, resolvendo o conflito. Obs: Quando eu procuro a jurisdição o fato já aconteceu.
Declarando o direito (Processo de Conhecimento)
Exigindo o cumprimento (Processo de Execução)
DIREITO PROCESSUAL E DIREITO MATERIAL
Caracterizada a LIDE (CONFLITO) Surge a necessidade do PROCESSO
Surgindo o conflito, diante da lide, para resolver/solucionar o conflito, será necessário fazer uso de normas processuais para que a jurisdição possa cumprir sua finalidade.
Direito Material ABSTRATO – acima de nós
Conjunto de normas que disciplinam as relações jurídicas entre as pessoas, sendo representado pelas normas de: direito civil, penal, administrativo, empresarial, tributário, trabalhista, etc.... P.ex. artigo 1694 CC (dever de alimentos). Onde estão descritas as normas que vão regular o ordenamento jurídico, a relação das pessoas.
Direito Processual 
Conjunto de normas que regem o processo (Ex: ação); Instrumento a serviço do direito material, é ele que aplica a norma de direito material ao caso concreto.
TEORIAS SOBRE DIREITO PROCESSUAL
Teoria Unitária – CARNELUTTI
Direito Material e Processual = mesmo ramo
Direito Processual é dependente do direito material
Sentença é que faz nascer os direitos materiais subjetivos
Teoria Dualista – CHIOVENDA
Direito Material e Processual = AUTONOMIA
Processo surge quando o direito material é violado
Processo: serve para efetivar o direito material
INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO
O processo judicial é um instrumento para a resolução de conflitos e por isso deverá ser eficiente, não podendo ser burocrático.
É um instrumento para a aplicação do direito material.
FASE/HISTÓRIA DO DIREITO PROCESSUAL
Fase SINCRÉTICA (até meados do século XIX)
Simples meio para exercício de direitos
“Mistura”: Ação = direito subjetivo material
Nesta fase o processo é confundido com o direito material, não existindo independência entre eles, sendo a ação o meio para o alcance de direitos.
Fase AUTONOMISTA OU CONCEITUAL (até 1950 Oscar von Bulow)
Diferença entre Direito Material e Processual
Processo visto como instrumento técnico
Estudiosos do direito, dentre eles com maior destaque Oscar von Bulow, se voltam para estudar e criar teorias sobre o conceito de ação, sobre as condições da ação, bem como sobre os pressupostos processuais. 
Nesta fase o processo ganha sua independência passando a ser visto comoum instrumento meramente técnico e formal, para a aplicação do direito material objetivo ao caso concreto.
Fase INSTRUMENTALISTA (1950 Garth e Cappelletti – Acesso à Justiça)
Aspecto Crítico: Finalidade Constitucional
Nesta fase a partir de 1950 o processo continua a ser visto como um instrumento, no entanto, não mais como técnico, mas um instrumento a serviço da jurisdição que procura resolver o conflito proporcionando acesso à justiça, simplificando regras processuais, garantindo à população o devido processo legal dentro dos ditames constitucionais. 
Direito processual: decorre de princípios e garantias constitucionais
TGP: disciplina que atende a todos os ramos
Direito Processual Penal: Pretensão punitiva do Estado, em matéria penal
Direito Processual Civil: Pretensão de resolução dos conflitos não penais
Ex: civil, administrativo, tributário, trabalhista, etc
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL
CONCEITO:
Preceitos fundamentais que dão sustentação as normas de direito processual existentes;
Trazem em si conotações éticas, sociais e políticas;
“Mandamento Nuclear de um sistema;
Traduzem os direitos do homem e os princípios da justiça.
NORMA JURÍDICA
Categorias de Princípios do Direito ProcessualÉ gênero e se divide em 2 espécies
O s princípios processuais são de duas categorias. Alguns informam qualquer sistema processual, sendo mesmo indispensáveis para que o sistema funcione bem; outros variam conforme a orientação que o legislador imprima ao sistema. Os primeiros são princípios informativos, verdadeiros postulados que independem de demonstração, enquanto os segundos são princípios fundamentais.
PRINCÍPIOS INFORMATIVOS:
São normas de cunho geral relativas ao processo, que serão aplicadas em qualquer época, em qualquer país. Pode ser:
Lógico
Jurídico
Político
Econômico
Princípio Lógico:
A sequência de atos processuais deve ser lógica. Significa que o legislador deve usar formas processuais que propiciem uma melhor apuração da verdade. P.ex. provas anteriores à sentença
Princípio Jurídico:
Conformidade total com a lei. Significa que se deve dar às partes, no processo, iguais oportunidades; não devendo ser construído um processo com o desequilíbrio das partes.
Princípio Político:
Estrutura do processo = estrutura política do país. P.ex. No Brasil democrático há o direito ao contraditório. 
Significa que, na elaboração do sistema processual, deve haver o menor sacrifício possível da liberdade individual; não devendo ser usadas medidas de constrição à liberdade das pessoas, senão as indispensáveis à consecução das finalidades do processo.
Princípio Econômico:
Máximo rendimento com o mínimo dispêndio; resguardar o acesso a todos, quanto ao seu custo. 
Significa que o processo deve ser constituído com o menor dispêndio possível de tempo e dinheiro; tanto quanto possível deve ser barato.
PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS:
Fixam normas fundamentais, podendo ser explícitas ou implícitas, presentes na Constituição ou em leis federais. 
Princípios Fundamentais Constitucionais; e
Princípios Fundamentais Infraconstitucionais.
Princípios Infraconstitucionais acabam sempre tendo uma base constitucional direta ou indireta. Ex: lealdade processual é consagrado no CPC (art. 77) Encontra base na CF artigo 3º, I : Solidariedade. 
PR. INAFASTABILIDADE E UNIVERSALIDADE DA TUTELA JURISDICIONAL
É o seu princípio central, previsto na Constituição Federal, em seu art. 5º, inc. XXXV, significando que o legislador não pode afastar nenhum conflito do Judiciário, ou seja, não pode colocar limites ao direito de ação; é desse princípio que decorre o próprio direito de ação.
O preceito inscrito no inc. XXXV do art. 5º da Constituição, dispondo que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, é norma de direito processual constitucional, parte da denominada justiça constitucional, que se consubstancia na forma e instrumentos de garantia para a atuação da Constituição. Nos termos da Constituição, e, agora, do novo Código de Processo Civil, qualquer pessoa, física ou jurídica, ou mesmo entes formais despidos de personalidade jurídica (espólio, massa falida, condomínio etc.), podem invocar a atividade jurisdicional do Estado-juiz, sempre que se tenha como lesado ou simplesmente ameaçado de lesão um direito individual ou coletivo. 
Ao consagrar o caput do art. 3º do novo CPC o direito de invocar a atividade jurisdicional, como direito público subjetivo, assegura não apenas o direito de ação, ao autor, mas, também, o direito de defesa, ao réu, contra quem a ação é proposta, garantia complementada pelo inciso IV do art. 5º da Constituição, garantidor do contraditório e da ampla defesa no processo judicial.
Nada pode impedir alguém de pedir proteção judiciária;
Direito de ser ouvido e apresentar provas e argumentos;
Efetividade
Duração Razoável do Processo art. 4º do CPC
Assistência Judiciária Integral
Impõe os Princípios 
A garantia da inafastabilidade torna a proteção jurisdicional universal.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
As partes devem merecer igualdade de tratamento no processo, porquanto todos são iguais perante a lei, sendo esse princípio chamado também de paridade de tratamento.
Não desvirtuam esse princípio certas vantagens concedidas ao autor ou ao réu; mas, quando a parte é o Poder Público, o Código de Processo Civil é tão pródigo na concessão de benesses processuais, que chega mesmo a afrontar o princípio da democratização do processo.
Artigo 5º, caput CF / Artigo 139 CPC
Partes e procuradores devem merecer tratamento igualitário, sob o viés jurídico e econômico;
Processo Penal = igualdade é atenuada
“In dubio pro reo”
Outros exemplos: Idoso (= >60): prioridade de tramitação
(Igualdade material) (artigo 1048 CPC)
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA
O réu tem o direito de ser ouvido pelo P. Judiciário
É resultante dos princípios isonomia (igualdade) + acesso à justiça
De acordo com o acesso à justiça qualquer pessoa poderá pedir a proteção jurisdicional para resolver um conflito de interesses. Assim como o autor tem o direito de acesso à justiça, o réu também tem o direito de manifestar-se, apresentando seus argumentos.
O Princípio da Igualdade define que as partes, bem como seus respectivos procuradores deverão ter sempre o mesmo tratamento, devendo o juiz ser imparcial.
Como decorrência do acesso à justiça que deve ser isonômico, uma vez que o autor pode pedir a proteção jurisdicional, o réu também tem o direito de defender-se amplamente, sendo ouvido pelo judiciário.
A garantia da ampla defesa está prevista no art. 5º, inc. LV, do texto constitucional, ao lado do contraditório: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
Embora tratada constitucionalmente junto com o contraditório, com ele não se confunde. Aquele se refere à garantia da possibilidade da efetiva participação no processo, em nível da ação ou da defesa; essa, à amplitude do exercício dessa participação. No texto da norma que prevê ambas as garantias há um trecho que se encontra na sua parte final, após a vírgula, e que pode inclusive ser lido como se referindo apenas à ampla defesa, reforçando essa interpretação. Nesse trecho, a utilização do pronome ela (feminino) parece indicar claramente essa situação da previsão de duas diferentes garantias, interligadas e complementares entres si, em mesmo texto normativo.
Também é necessário salientar que a palavra defesa, presente na norma constitucional, não se confunde com o instituto fundamental do Direito Processual, denominado defesa, de que é titular o réu e que se contrapõe a outro instituto processual, igualmente fundamental, denominado ação, pertencente ao autor. O texto constitucional é claro ao estabelecer a ampla defesa como garantia dos litigantes.
A defesa a que se refere essa garantia constitucional inclui primeiramente o conjunto de provas queambas as partes podem trazer ao processo (ou requerer que sejam produzidas, como no caso das perícias), buscando convencer o julgador de que sua posição é a correta. O direito às provas necessárias para a demonstração do direito alegado ou questionado se encontra previsto na expressão meios a ela inerentes.
Ao lado das provas, inclui também os recursos processuais das decisões proferidas, sempre que uma das partes com elas não concordar. O dispositivo constitucional, após a expressão meios, utiliza literalmente a expressão recursos. O direito aos recursos necessários, em sentido processual, é indispensável para que as partes possam buscar a modificação de decisões proferidas em processos judiciais.
Sobre a possibilidade de recorrer das decisões jurisdicionais, retira-se da lição de Sérgio
Gilberto Porto:
O sistema recursal hodierno, portanto, consagrou o princípio de que todas as decisões judiciais – salvo as de mero expediente – são recorríveis. No sistema aparece, assim, o recurso como direito da parte, cabendo a esta – se sucumbente total ou parcialmente – interpô-lo. 
Como se lê expressamente no texto constitucional, os meios e recursos são inerentes à ampla defesa, ou seja, ligados estruturalmente a ela e dela inseparáveis. Nesse sentido, todos os meios indispensáveis para o adequado exercício do direito de defesa podem ser utilizados. Normas que restrinjam o direito probatório são de constitucionalidade questionável.
Quanto aos recursos, o que é indispensável é que haja a sua previsão, de forma adequada, e não de forma ilimitada. Essa limitação decorre de outro princípio igualmente constitucional, qual seja a definitividade das decisões judiciais.
EFETIVIDADE DO PROCESSO
Artigo 5º, XXXV / Artigo 8º, CPC
Atos processuais devem levar a decisões justas, úteis e efetivas
			Normas legais com procedimentos adequados
Depende de:		Juízes e auxiliares preparados
Recursos materiais para o Poder Judiciário
O processo tem de ser instrumento eficaz de solução dos conflitos. O consumidor do serviço judiciário deve recebê-lo de forma adequada, pronta e eficiente. A técnica não deve ser um fim último, mas estar a serviço de uma finalidade, qual seja, a obtenção de resultado que atenda ao que se espera do processo, do ponto de vista ético, político e social.
Significa que as decisões devem ser úteis, efetivas, justas, a decisão judicial proferida deve ser implementada de modo efetivo.
PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ
A jurisdição deve ser exercida por um terceiro imparcial, por meio de um processo dialético, em que são necessariamente ouvidas as partes, para que ao final o ocupante do órgão jurisdicional profira a decisão e a execute, se necessário; esse princípio, como o da indelegabilidade, decorre da garantia do juiz natural, presente na Constituição Federal, art. 5º, incs. XXXVII e LIII.
O juiz deve em suas decisões ser imparcial. Deve ter contato com as partes, interessar-se pelos fatos apresentados por ela, no entanto, deve ter uma postura de colocar-se fora do envolvimento, acima do envolvimento, para que possa proferir uma decisão que seja justa.
A imparcialidade do juiz resulta de circunstâncias negativas, pois deverão estar ausentes, não podendo ser ele nem impedido (CPC, art. 144)40 e nem suspeito (CPC, art. 145).41 Assim, são pressupostos de validade da relação processual que o juiz seja desimpedido e insuspeito.
Imparcialidade = característica comum dos órgãos que exercem jurisdição.
Juiz coloca-se entre as partes e acima delas; “Substituindo-se” às partes na solução do conflito. Na condição de não parte, é neutro
É “assubjetividade” (asoggettività)
Assegura a imparcialidade ao: 
Separar os poderes e atribuir jurisdição ao P. Judiciário
Garantias aos órgãos judiciários e aos juízes (95 CF)
Estabelecer o Princípio do Juiz Natural
DEVIDO PROCESSO LEGAL
Para que um conflito seja solucionado; deverá o juiz bem como as partes, cumprir uma sequência de atos sempre de acordo com a lei, bem como garantindo o contraditório, bem como outros direitos e garantias fundamentais.
Inserido na Constituição Federal, art. 5º, inc. LIV: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
Esse princípio constitucional impõe, tanto na área cível como na penal, a existência de processo para que qualquer pessoa seja julgada e condenada. E não de qualquer processo, mas de um processo que respeite os direitos fundamentais inseridos na Constituição Federal.
Importante destacar que, ao referir-se ao devido processo legal, o texto constitucional estabelece exatamente isso: que o processo deve ocorrer de acordo com os princípios e garantias constitucionais, materializadas em um procedimento que lhes sirva de base instrumental, permitindo sua operacionalização no mundo dos fatos.
Nesse sentido é de se destacar que o formalismo excessivo, que impede a concretização efetiva dos direitos fundamentais e da Justiça, é inconstitucional. Mas, de outro lado, também o é a inexistência de procedimentos que permitam a concretização do devido processo legal. Forma, rito, prazo, entre outros, são elementos necessários à plena garantia dos direitos das partes.
Processo:
Garantir a legalidade (artigo 5º, II CF)
Atuação jurisdicional em consonância com valores CF
À luz dos direitos e garantias fundamentais
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
O princípio do contraditório, também chamado de contraditório substancial ou da audiência bilateral, significa que o juiz não pode decidir sobre uma pretensão, sem ouvir a outra parte, contra aqual é deduzida. No processo relativo à tutela provisória de urgência (cautelar ou antecipada: CPC, art. 294, parágrafo único) requerida em caráter antecedente, a liminar é, muitas vezes, concedida inaudita altera parte (sem ouvir a outra parte), mesmo porque nem sempre há tempo para essa providência, sob pena de perecimento do próprio direito material. Suponha-se um pedido de internação numa UTI, que, se não for deferido liminarmente, a pretensão perderá o seu objeto com a morte do paciente.
O disposto no caput do art. 9º do novo CPC, garantidor do contraditório substancial, não se aplica, por determinação do seu parágrafo único: I – à tutela provisória de urgência; II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III – à decisão prevista no art. 701 (tutela de evidência na ação monitória). Nesses casos, não há propriamente infringência ao contraditório porque, uma vez concedida a medida de urgência, a parte contrária tem a oportunidade de contraditála, podendo, inclusive, insurgir--se contra ela mediante agravo de instrumento direto no tribunal (CPC, art. 1.015, I). Nessa hipótese, o contraditório é apenas postergado para depois da decisão liminar provisória de urgência.
O princípio do contraditório vem agasalhado também pelo art. 239, caput, do novo CPC, ao tornar indispensável a citação do réu ou do executado, como condição de validade do processo, bem assim pelo art. 721 do mesmo Código, ao determinar que sejam citados todos os interessados nos procedimentos de jurisdição voluntária.
Nos termos do art. 10 do novo CPC, o juiz não pode decidir em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
O contraditório substancial põe em realce que a contrariedade nos autos do processo não é apenas entre as partes, mas também entre as partes e o juiz, passando este a ser considerado como sujeito do contraditório. Este preceito não tem outro propósito que o de realçar o princípio do contraditório, com assento constitucional (CF: art. 5º, LV) e já referido no art. 7º do novo CPC, pois toda decisão (interlocutória e sentença) é, de regra, proferida com a audiência recíproca das partes, salvo quando possa comprometer o direito daquela carente de tutela jurídica de urgência.
Contraditório Formal: formado pelo Binômio INFORMAÇÃO E REAÇÃO
INFORMAÇÃO: partes cientificadasde todos os termos e atos do processo
REAÇÃO: possibilidade de se manifestar a respeito dos atos considerados prejudiciais
Ex: juntada de documento (abre espaço para manifestação da outra parte)
Contraditório Substancial: ADOTADO PELO NOVO CPC
Formado pelo binômio INFLUÊNCIA e NÃO SURPRESA
INFLUÊNCIA: Poder das partes de participarem ativamente influenciando o resultado do processo. P.ex.: parte não é apenas ouvida
NÃO SURPRESA (P. Proibição da Surpresa) Juiz não pode decidir sobre aquilo que não foi previamente debatido, surpreender, sem ouvir as partes, deve levar em consideração as alegações submetidas ao debate para a construção do processo (artigo 9º e 10º)
PRINCÍPIO DA AÇÃO
É estabelecido que aquele que busca o direito deve provocar o sistema judiciário, e assim, a partir deste estímulo inicial, o poder público poderá agir na busca da realização da justiça.
Direito de ativar os órgãos jurisdicionais. A jurisdição é inerte e carece de provocação do interessado. O juiz deve agir nos limites da provocação (art 492 cpc)
PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL DO JUIZ
O juiz é livre na formação de seu convencimento, na apreciação das provas e argumentos apresentados pelas partes. Essa liberdade de convicção, no entanto, há de ser exercida de forma motivada (princípio da motivação ou da fundamentação), estando o juiz vinculado à prova e aos demais elementos existentes nos autos, bem como às regras legais porventura existentes e às máximas de experiência.
Haverá a livre apreciação da prova para o juiz formar o próprio convencimento, no entanto deverá motivar o fundamento da decisão. Fugindo assim de uma arbitrariedade já que o julgador estará adstrito às alegações e às provas apresentadas nos autos.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Exerce, basicamente, duas funções: a primeira visa dar conhecimento do ato administrativo ao público em geral, sendo a publicidade necessária para que o ato administrativo seja oponível às partes e a terceiros; a segunda, como meio de transparência da Administração Pública, de modo a permitir o controle social dos atos administrativos.
Atividade Jurisdicional tem natureza pública
Artigo 5, LX
Artigo 93, IX
Artigo 189 CPC
Artigo 368 CPC
Existem casos de publicidade restrita
Proteção da intimidade
Interesse social
LEALDADE PROCESSUAL
Partes devem respeitar os preceitos relativos a boa-fé imposta a todos que participam do processo.
O princípio da lealdade processual significa que as partes devem proceder com lealdade e boa-fé nas suas relações recíprocas e com o órgão jurisdicional, cumprindo-lhes dizer a verdade e agir com moralidade e probidade no decorrer do processo.
Este princípio é extensivo aos advogados, e sua infração constitui ilícito processual, sujeitando o infrator a sanções processuais. 
Partes devem respeitar os preceitos relativos à boa-fé - Artigo 5º. Artigo 77 e seguintes CPC
Impostas a todos que participam do processo: Parte, Advogado, Juiz, Perito, Conciliadores e Mediadores
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
Direito a um segundo exame por outro judicial superior é parte da doutrina, sendo um princípio implícito no a ampla defesa.
Parte da doutrina: entende como decorrente do artigo 5º, LV (ampla defesa “com os meios e recursos”...)
STF: não se trata de princípio constitucional
O duplo grau de jurisdição na teoria jurídica brasileira é entendido de pelo menos duas formas diferentes: 
Como a necessária existência de uma primeira e de uma segunda instância de julgamento das demandas, cabendo à segunda analisar os recursos apresentados relativamente às decisões da primeira; e
Como a necessária análise das decisões proferidas em primeiro grau, por um segundo órgão jurisdicional. Nesse segundo sentido não se confunde com o direito ao recurso.
Os autores que defendem a previsão constitucional do duplo grau de jurisdição o veem como um princípio implícito decorrente da estrutura adotada pelo Poder Judiciário que, segundo o art. 92 da Constituição Federal, é formado, em todas as justiças, por juízos e tribunais. Essa duplicidade – juízos e tribunais – implicaria a adoção de uma estrutura processual baseada no duplo grau.
Não está o duplo grau de jurisdição, entretanto, colocado de forma expressa em nenhum dispositivo da carta constitucional. Em razão disso, não é o duplo grau de jurisdição uma garantia absoluta, até pelo fato de constituir um princípio – norma que se concretiza na maior medida possível, conforme as circunstâncias – e não uma regra – norma de tudo ou nada.
O princípio do duplo grau de jurisdição, no sentido mais usual que lhe é atribuído, estabelece o controle hierárquico da aplicação do direito pela atividade jurisdicional, por meio dos órgãos de segundo grau e, excepcionalmente, dos órgãos de cúpula. Isto ocorre, normalmente, quando é interposto recurso por uma das partes, não satisfeita com a decisão proferida, e excepcionalmente, em caso de reexame necessário, ainda que não haja recurso, nos casos previstos em lei.
A justificativa técnica dada para a existência do princípio do duplo grau de jurisdição é a possibilidade de a decisão de primeiro grau estar desacertada, sendo necessária a existência de um mecanismo pelo qual se possa corrigi-la, normalmente mediante o denominado recurso de apelação, cabível em face das sentenças de primeiro grau tanto no processo civil quanto no sistema processual penal.
A razão política para a sua existência é submeter as decisões dos órgãos monocráticos a um controle colegiado e mais experiente, evitando decisões demasiadamente alternativas, destoantes daquelas comumente proferidas em casos similares ou idênticos. Configura-se, nesse sentido, um instrumento de controle interno – um filtro – da atividade jurisdicional construído em prol da segurança jurídica decorrente da previsibilidade, trazida pela paulatina uniformização e indexação da jurisprudência.
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO
Cooperação entre os sujeitos do processo para obtr uma decisão de mérito justa e efetiva.
Órgão jurisdicional – não é meio expectador
Contraditório – instrumento valorizado indispensável ao aprimoramento da decisão judicial.
Deveres das partes 
Diálogo 
Lealdade processual – as partes de e o juiz não podem agir de má fé.
Esclarecimentos – o juiz deve esclarecer seus pronunciamentos e exigir esclarecimento das partes.
Proteção – indicar as insuficiências, defeitos e as irregularidades das postulações.
Consulta: juiz deve consultar as partes antes de decidir.

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