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ELETRICIDADE APLICADA PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL 01/12/2017 BAGÉ Sumário MEMÓRIAL DESCRITIVO Objetivo Este memorial tem por finalidade descrever os procedimentos necessários e requisitos de segurança estabelecidos em norma, para um projeto de instalação elétrica residencial. O projeto objetiva também colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante o semestre na disciplina de Eletricidade Aplicada ministrada pelo Professor Doutor Gustavo Marchesan. Em anexo ao trabalho encontram-se a planta baixa da residência e o diagrama unifilar. Normas Técnicas Aplicadas O projeto deve seguir a norma brasileira para instalações elétricas residenciais ABNT NBR 5410:2004. Também seguirá especificações encontradas no regulamento para instalações consumidoras -RIC- da CEEE, que é a responsável pelo abastecimento de energia na cidade de Bagé-RS. Entrada de Energia A entrada de energia provém da rede de distribuição de energia pública através de transformador situado em poste próximo à edificação. Conforme a figura 1 abaixo. A tensão de alimentação é bifásica de 127/220 V e frequência de 60 Hz, rede de baixa tensão. Conforme especificações do RIC, através do valor encontrado no cálculo de demanda, demonstrado em memorial de cálculo a seguir, a fiação do ramal de entrada tem seção de 10 mm², e o eletroduto de PVC 1”. Figura 1 - Entrada de energia Medição Será realizada no painel de medição instalado pela distribuidora que está localizado em um poste particular na entrada da residência próximo a via pública. Quadro de Distribuição Geral O projeto só possui 01 um Quadro de Distribuição Geral (QDG), tem a possibilidade de ser de embutir ou sobrepor, possuem fechadura, porta, barra de cobre e disjuntores. O QDG possui a função de distribuir os circuitos para toda a instalação elétrica e deve ser calculada a sua localização de acordo com o baricentro. O Quadro de Distribuição deverá ser devidamente identificado, de forma definitiva e duradoura, em plaqueta acrílica individual e resinada, com a relação do número dos circuitos e o equipamento equivalente. Aterramento Definimos aterramento como um sistema utilizado para evitar desequilíbrios na tensão elétrica de uma instalação qualquer, eliminar fugas de energia e prevenir contrachoque elétrico através do contato humano com a carcaça (parte metálica) de equipamentos com falha no isolamento. O condutor de proteção é identificado pelas cores verde e amarela ou simplesmente verde, segundo padrão especificado na NBR 5410. O aterramento será realizado seguindo especificações do regulamento, através de eletrodutos de ¾”, enterrados verticalmente no solo e ligados a uma haste de aterramento. Cada circuito da instalação elétrica possuirá seu próprio condutor de proteção. Condutores São os elementos de ligação entre os quadros e os pontos de luz, de tomada e etc, ou seja, são por eles que a corrente elétrica percorre. Nesta instalação todos os condutores serão fios ou cabos isolados de cobre, saindo do quadro de distribuição através de eletrodutos rígidos de PVC embutidos em paredes e lajes (tipo B1, segundo norma), devendo ter características especiais em relação a propagação e auto extinção de fogo. Os condutores foram dimensionados seguindo os três critérios de dimensionamento estabelecidos em norma, considerando o maior valor de seção encontrado. Os cálculos e os valores estabelecidos para cada circuito podem ser conferidos no memorial de cálculo a seguir. Segundo a norma, fase e neutro possuem a mesma bitola, e como neste projeto cada circuito possui seu próprio condutor de proteção, o valor do mesmo é igual ao do neutro e fase do respectivo circuito. As cores seguem o padrão estabelecido em norma, onde vermelho é fase, preto é retorno, azul é neutro e a proteção pode ser verde ou amarelo. Eletrodutos Os eletrodutos têm a função de servir como passagem de fios e cabos. Como mencionado acima, todos os caminhos dos circuitos do quadro de distribuição até as tomadas e lâmpadas serão realizados através de eletrodutos rígidos de PVC, portanto os circuitos serão agrupados dentro dos mesmos. O número de circuitos agrupados em cada eletroduto geram um valor para o fator de agrupamento, que é necessário para o cálculo de dimensionamento de condutores. No projeto foram dimensionados dois eletrodutos para este fim, ambos segundo NBR5410, e os valores e cálculos também se encontram no memorial de cálculo. Não serão permitidas, em nenhuma hipótese, emendas dentro dos eletrodutos. Disjuntores Dispositivo de manobra (mecânico) e proteção, capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper correntes, automaticamente, em condições anormais do circuito. A norma prevê a necessidade de um dispositivo DR, que é um dispositivo de seccionamento mecânico ou associação de dispositivos destinados a provocar a abertura de contatos quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou corrente de fuga à terra, é recomendado nos casos onde existe a limitação de espaço. Pode ser construído por meio da associação de um módulo DR a um disjuntor convencional. Neste projeto o valor da corrente nominal determinada para o disjuntor geral é de 50 A, este valor foi determinado baseando-se nas exigências do RIC, e o valor nominal do DR é de 63 A. Já no caso do DR, o valor foi encontrado através dos valores de tensão e corrente total da planta, sendo estes 220 V e 86,63 A, respectivamente. Divisão dos Circuitos O projeto possuirá um total de 9 circuitos, sendo agrupados dentro dos eletrodutos da seguinte maneira: eletroduto 1: Tomadas 1, Lâmpadas 1, Ar-Condicionado 1, Ar-Condicionado 2, Ar-Condicionado 3, e, eletroduto 2: Tomadas 2, Lâmpadas 2, Torneira Elétrica, Chuveiro Elétrico. Interruptores, Tomadas e Lâmpadas Para a alimentação dos equipamentos elétricos de uso geral foram previstas tomadas de força do tipo universal e para a alimentação de equipamentos eletrônicos sensíveis, foram previstos circuitos independentes, como nos Ares Condicionado, Torneira Elétrica e Chuveiro. Todas as tomadas deverão ser conforme as normas NBR e possuir certificação de produto. As tomadas e interruptores serão para instalação em caixa embutida. Seguindo especificações da norma, a base dos interruptores deve ficar a 1.30 m do piso acabado tendo a sua face maior na vertical. As tomadas baixas de uso geral devem ficar a 0,30 m do piso acabado e as tomadas médias, como as dos lavatórios dos banheiros, geladeira e liquidificador, devem ser colocadas a 1,30 m do piso acabado, e as duas tomadas de uso específico serão colocadas a 2 m do piso. Quanto ao número mínimo de pontos de tomadas de uso geral, de pontos de iluminação, e as respectivas potências de iluminação, os valores foram encontrados seguindo a norma, conforme Figuras 3 e 4 abaixo. Em relação aos valores para potências das tomadas de uso geral, deve-se considerar um valor mínimo de 600VA nos primeiros três pontos em cozinhas, banheiros, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço e lavanderias, e, em cada ponto extra o valor a considerar é de 100VA. Para as tomadas de uso específico, a potência é determinada conforme o aparelho que será conectado ao ponto. No projeto foram utilizadas lâmpadas fluorescentes. Figura 3 - Determinação do número de pontos de tomada Figura 4: Determinação de pontos e potências de iluminação MEMÓRIAL CÁLCULOS Objetivo O objetivo da memória de cálculo é apresentar os cálculos realizados para chegar aos valores de pontos de tomadas, iluminação, potência das mesmas, demanda, seção dos condutores e eletrodutos, e valores nominais dos disjuntores. Determinação do Número de Pontos e das Potências de Tomadas e Lâmpadas Na tabela 1 abaixoencontram-se os valores de perímetro e área, que são necessários para determinação tanto dos pontos como de potências para tomadas e iluminação. Cômodo Perímetro (m) Área (m²) N° TUG Potência TUG(VA) N° TUE Potência TUE(VA) N° pontos Iluminação Potência Iluminação (VA) Cozinha 9,5 5,49 4 1800 1 3500 1 100 Sala 11,5 8,36 3 300 - - 1 100 Dormit 1 10,7 7,1 3 300 1 1220 1 100 Dormit 2 11,1 6,7 3 300 1 1220 1 100 Dormit 3 11,1 7,7 3 300 1 1220 1 100 Banheiro 5,9 2,1 1 600 1 7700 1 100 Área 7,92 3,31 3 1600 - - 1 100 Total 40,75 20 5200 5 13160 7 700 Tabela 1 - Determinação pontos de tomada, iluminação e respectivas potências. Obs: Em alguns casos, o número de tomadas determinado foi além do valor mínimo, pois dependendo do cômodo, mais aparelhos podem necessitar serem ligados simultaneamente. O cálculo para o valor mínimo seguiu os valores determinados pela norma, conforme a figuras 3 e 4 do memorial descritivo. Corrente e potência do circuito de distribuição A potência total do circuito de distribuição foi calculada somando-se os valores de todas as potências de tomadas (TUG e TUE) e de iluminação do projeto. E este valor foi utilizado junto da tensão de alimentação seguindo equação 1 abaixo para o cálculo da corrente do circuito. Eq 1. Onde: I = corrente do circuito de distribuição (A) P = Potência do circuito de distribuição (VA) V = Tensão de alimentação do circuito de distribuição (V) Cálculo da Demanda Para o cálculo de demanda, faz-se necessário considerar as cargas que serão ligados à instalação, lembrando que nem todas as cargas serão ligadas ao mesmo tempo. Este valor é importante para determinar a entrada de energia na residência, se este valor for mal calculado isto pode acarretar problemas futuros na instalação. São três os tipos de fornecimento, conforme o número de fases: Tipo A: monofásico; Tipo B: bifásico; Tipo C: trifásico. Os detalhes dos cálculos seguem os padrões estabelecidos pelo RIC,conforme itens a, b e c. Os itens d, e e f do regulamento não serão considerados devido a falta dos equipamentos na residência. a) Demanda de iluminação e tomadas Primeiramente verificou-se qual seria o valor da carga através da área total da casa em m² multiplicado por 30 (valor retirado do RIC). 40,75 m² x 30 = 1122,5 Wm² Se este valor for menor do que o valor encontrado considerando as cargas instaladas conforme tabela 2 abaixo, então para o cálculo do fator de demanda (equação 2), deve-se considerar o valor das cargas instaladas, transformando-o em W/m² (equação 3). Este valor em Wm² deverá ser dividido pela carga mínima encontrada no regulamento, para determinar a potência relativa ao fator de potência tabelado. Eq.2 Eq.3 Onde: FD = Fator de demanda CD = Carga de Demanda (kW ou kVA) CI = Carga Instalada (kW ou kVA) P = Potência da Carga Instalada (W) A = Área da Residência (m²) Aparelho Quantidade Potência Unitária (W) Potência Total (W) TV 32” 3 60 180 TV 42” 1 150 150 Lâmpadas Led 7 15 105 Geladeira 1 80 80 Torneira elétrica 1 3500 3500 Micro-ondas 1 850 850 Liquidificador 1 370 370 Máquina de lavar louças 1 1800 1800 Cafeteira 1 600 600 Máquina de lavar roupas 1 1200 1200 Secadora de roupas 1 2000 2000 Secador de Cabelo 1 1200 1200 Mini system 1 100 100 Notebook/ computador 2 120 360 Ar condicionado 3 1220 3660 Carregador de Celular 4 4 16 TOTAL 19060 W Tabela 2 - Potência cargas instaladas: Tomadas e Iluminação Sendo assim, como estabelecido anteriormente: Dividindo este valor pela carga mínima que é 30 W/m²: O Fator de demanda é de 31%. Demanda de aparelhos de aquecimento Conforme tabela do RIC, o fator de demanda para o chuveiro e para a torneira elétrica é de 100% para ambos. Demanda dos aparelhos de ar condicionado Temos 3 aparelhos de ar condicionado, a soma das potências destes é 3660 W, ou então 3,66 kW, e conforme regulamento se o valor das potências se encontra entre 1 a 10 kW o fator de demanda é de 100%. Portanto, seguindo o cálculo de demanda: Com este resultado chegamos ao tipo de fornecimento B2, rede bifásica de 380/220 V. Divisão dos Circuitos Os circuitos foram divididos conforme especificado na tabela 3 abaixo. Cada circuito possui uma corrente nominal IB que foi determinada a partir da equação 4 abaixo. Eq. 4 Onde: IB = Corrente nominal do circuito (A) P = Potência total do circuito (VA) V = Tensão de rede (V) Circuito Tensão (V) Locais Total (VA) Fase Corrente Nominal (A) 1- Tomadas 1 127 Sala Dormitório 1 Dormitório 2 Dormitório 3 1200 A 9,4 2 - Tomadas 2 220 Cozinha Banheiro Área 4000 B 18,2 3 - Iluminação 1 127 Sala Dormitório 1 Dormitório 2 Dormitório 3 400 A 3,1 4 - Iluminação 2 127 Cozinha Banheiro Área 300 A 2,4 5 - Ar condicionado 1 220 Dormitório 1 1220 A 5,5 6 - Ar condicionado 2 220 Dormitório 2 1220 A 5,5 7 - Ar condicionado 3 220 Dormitório 3 1220 A 5,5 8 - Chuveiro Elétrico 220 Banheiro 7700 B 35 9 - Torneira Elétrica 220 Cozinha 3500 B 15,8 Tabela 3 - Divisão dos circuitos Cálculo do Baricentro O cálculo do baricentro é realizado através da utilização dos valores das coordenadas X e Y de cada cômodo e também das potências das cargas nestes cômodos. É um somatório dos produtos entre: Xi – coordenadas X de cada cômodo, e Pi – Potência total das cargas em cada cômodo, dividido pelo somatório de Pi resultando na coordenada X do baricentro; e também somatório do produto entre Yi – coordenadas Y de cada cômodo, e Pi, dividido pelo somatório de Pi, resultando na coordenada Y do baricentro. Este valor é importante pois determinará a melhor localização para o quadro de distribuição sem que haja desperdício de material e gastos desnecessários na instalação. Na tabela 4 abaixo encontram-se os valores das coordenadas para os cômodos bem como respectivas potências, também se encontra o valor das coordenadas do baricentro. BARICENTRO Local X Y POTENCIA DISTANCIA DISTANCIA TOTAL TOTAL Quarto 1 100 7 9 700 900 100 7 8 700 800 100 7 7,5 700 750 1220 11 9 13420 10980 Quarto 2 100 1 4,5 100 450 100 0 6 0 600 100 0 5 0 500 1220 4 9 4880 10980 Quarto 3 100 0 4 0 400 100 1 4,5 100 450 100 2 4,5 200 450 1220 1 0,5 1220 610 Cozinha 300 9,5 0,5 150 150 300 9,5 1 300 300 300 9,5 2 600 600 300 15 1 300 300 3500 15 1,5 5250 5250 Banheiro 7700 7 8 61600 61600 300 5 8 1500 2400 Sala 300 5 1 1500 300 300 5 2 1500 600 300 5 3 1500 900 Área 300 12 6 3600 1800 300 12 7 3600 2100 300 12 8 3600 2400 19060 107020 106570 Tabela 4 - Valores das coordenadas por cômodos e valor das coordenadas do baricentro. 4,5m Dimensionamento dos Condutores Os condutores foram determinados seguindo os três critérios de dimensionamento, como segue nos itens a, b e c. Seção Mínima A norma estabeleceque as seções mínimas para condutores isolados de cobre em circuitos de iluminação é 1,5 mm² e para circuitos de força é 2,5 mm². Os valores de seção mínima para cada circuito encontram-se na tabela 7. Capacidade de Condução de Corrente Para os cálculos relacionados a este critério, precisamos encontrar o valor da corrente nominal corrigida através de três fatores de correção: k1, k2 e k3, conforme equação 5. Eq. 5 Onde: I’B = Corrente nominal corrigida (A) K1 = Fator de correção para temperatura K2 = Fator de correção para resistividade térmica do solo K3 = Fator de correção para agrupamento de circuitos IB = Corrente nominal do circuito (A) Considerando o tipo de parede B1, e uma temperatura ambiente de 30°C, os valores de k1 e k2 são iguais a um. O valor de k3 é determinado conforme o agrupamento de circuitos, como os valores das seções dos condutores são diferentes para cada circuito dentro dos eletrodutos, então o fator de agrupamento é determinado segundo equação 6. Eq. 6 Onde: F = Fator de agrupamento de circuitos n = n° de condutores carregados no eletroduto Com o valor de IB’ determinado, consultando a tabela disponível na norma, é possível determinar a dimensão dos condutores e este valor também se encontra na tabela 7. Na tabela 5, pode-se conferir os valores para fatores de agrupamento encontrados e também o valor da corrente nominal corrigida. Eletroduto Circuitos Agrupados Total de Condutores Carregados Fator de Agrupamento IB (A) IB’ (A) Eletroduto 1 Tomadas 1 Iluminação 1 Ar Condicionado 1 Ar Condicionado 2 Ar Condicionado 3 10 0,32 5,45 1,82 5,55 5,55 5,55 17,03 5,69 17,34 17,34 17,34 Eletroduto 2 Tomadas 2 Iluminação 2 Chuveiro Elétrico Torneira Elétrica 8 0,50 10,53 1,36 13,16 11,84 21,06 2,72 26,32 23,68 Tabela 5 - Fatores de agrupamento e correntes nominais corrigidas. c) Queda de Tensão Máxima Para o cálculo deste critério considerou-se apenas os circuitos das TUE’s, pois trata-se de uma residência pequena, e como mostrado na tabela 6 abaixo ainda assim estes valores foram baixos. O cálculo foi realizado seguindo equação 7. Eq. 7 Onde: ρ= resistividade do cobre ( Ωm) V = Tensão da rede (V) e (%) é a queda de tensão percentual admissível (NBR 5410) S = Potência Aparente (VA) L = comprimento do circuito (m) TUE ρ (Ωm) V (V) e% S.L (VAm) Seção (mm²) Ar Condicionado 1 1/58 220 0,04 7442 0,132 Ar Condicionado 2 1/58 220 0,04 4941 0,088 Ar Condicionado 3 1/58 220 0,04 3879,6 0,069 Chuveiro Elétrico 1/58 380 0,04 32150 0,572 Torneira Elétrica 1/58 380 0,04 13545 0,241 Tabela 6 - Valores referentes à queda de tensão máxima Portanto, na Tabela 7 encontram-se todos os valores conforme os critérios e o valor de seção escolhido para cada circuito, sendo este valor para os condutores fase, neutro e terra. Circuito Seção Mínima (mm²) CCC (mm²) QTM (mm²) Seção Escolhida (mm²) Tomadas 1 2,5 1,5 - 2,5 Tomadas 2 2,5 2,5 - 2,5 Iluminação 1 1,5 1 - 1,5 Iluminação 2 1,5 1 - 1,5 Ar Condicionado 1 2,5 1,5 0,132 2,5 Ar Condicionado 2 2,5 1,5 0,088 2,5 Ar Condicionado 3 2,5 1,5 0,069 2,5 Chuveiro Elétrico 2,5 4 0,572 4 Torneira Elétrica 2,5 2,5 0,241 2,5 Tabela 7 - Dimensionamento dos condutores Dimensionamento dos Eletrodutos Conforme a norma, a área total ocupada pelos condutores que se encontram dentro de um eletroduto, não pode exceder 40% do espaço interno do mesmo. Sendo assim para o cálculo de dimensionamento, conhecendo a seção de cada condutor, pode-se encontrar em tabela qual a área ocupada por cada um deles já com revestimento. A partir destes valores, chega-se a área total ocupada, e esse valor é dividido por 0,4. O resultado é o valor total da área interna dos eletrodutos. Os resultados podem ser conferidos na Tabela 8. Tabela 8 - Dimensionamento dos eletrodutos Tabela 9 – Seção dos eletrodutos Determinação dos Disjuntores Para determinar o valor de corrente nominal dos disjuntores para cada circuito, é necessário obedecer a dois critérios estabelecidos pela norma, os mesmo se encontram abaixo. Precisa-se conhecer qual a corrente nominal de cada circuito, corrente IB calculada anteriormente, e também a corrente nominal corrigida IB’ para as seções dos condutores adotadas, estes valores são retirados da NBR para o tipo de parede B1 com 2 condutores carregados por circuito. Critério 1 - IB ≤ IN ≤ IB′ Critério 2 - I2 ≤ 1,45 IB′ Onde: IB = Corrente nominal do circuito (A) IB’ = Capacidade de condução de corrente dos condutores vivos (A) I2 = Corrente convencional de atuação do disjuntor (A) IN = Corrente nominal do disjuntor (A) O valor de I2 está diretamente relacionado a marca de disjuntor escolhido, pois I2 é o resultado do produto da corrente nominal do disjuntor com sua corrente de atuação. O disjuntor escolhido é da marca Siemens, modelo 5SL6 - 6kA, com valor de 1,45 ln para atuação do disjuntor. Este disjuntor abrange curvas B e C, ou seja, é ideal para proteção de todos os circuitos do projeto de instalação elétrica em questão. O valor para corrente nominal de cada disjuntor foi selecionado considerando valores entre IB e IB’, cumprindo diretamente o critério 1, após fez-se o teste do critério 2 utilizando no termo I2 o produto da corrente nominal escolhida do disjuntor e o valor 1,45. Os valores de IB, IB’, IN e o teste do critério 2 se encontram na Tabela 9 abaixo. Tabela 9 - Determinação dos valores nominais dos disjuntores CONCLUSÃO A importância da eletricidade em nossas vidas é inquestionável. Ela ilumina nossos lares, movimenta nossos eletrodomésticos, permite o funcionamento dos aparelhos eletrônicos e aquece nosso banho. Por outro lado, se mal-empregada traz perigos como choques, às vezes fatais, e os curtos-circuitos causadores de tantos incêndios. Uma instalação elétrica residencial bem projetada previne estes eventos de ocorrerem como também gera uma redução de custos com excessos de materiais. Seguindo os padrões estabelecidos na NBR 5410 de 2004 e no regulamento de instalações consumidoras, este projeto mostrou de forma clara todas as etapas necessárias na construção de uma instalação elétrica segura para redes de baixa tensão. Através da execução das etapas do mesmo, foi possível colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos em relação às instalações elétricas, ministrados na disciplina de eletricidade aplicada durante o segundo semestre de 2017. LISTA DE MATERIAIS Na Tabela 10 abaixo encontra-se a lista de materiais necessários para instalação. Lista de Materiais Quantidade (s) Fio vermelho 1,5 mm² 2 x 50m Fio azul 1,5 mm² 2 x 50m Fio verde 1,5 mm² 2 x 50m Fio vermelho 2,5 mm² 6 x 50m Fio azul 2,5 mm² 6 x 50m Fio verde 2,5 mm² 6 x 50m Fio vermelho 4 mm² 50m Fio azul 4 mm² 50m Fio verde 4 mm² 50m Fio preto 1,5 mm² 50 m Fio 10 mm² 50 m Eletroduto Rígido de PVC tipo roscável 1“ 3 Eletroduto Rígido de PVC tipo roscável ¾” 1 Caixa 4” x 2” 1 Caixa Octogonal 4” x 4” 1 Tomada 2P + T 20 Interruptor Simples 11 Disjuntor Termomagnético 20 A 2 Disjuntor Termomagnético 32 A 7 Interruptor diferencial residual 63 A 11 Quadro de distribuição 1 Curva PVC 90° ¾” 1 Curva PVC 90° 1” 10 Poste 7,5 m altura 1 Caixa de medição 1 Tabela 10 - Lista de Materiais REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT. NBR 5410. Instalações Elétricas de Baixa Tensão, 2004. COTRIM, Ademaro Alberto Machado Bittencourt.Instalações elétricas. 5 ª ed. São Paulo: Prentice Prentice -Hall, 2008. AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S/A . Regulamento de Instalações Consumidoras Fornecimento em Tensão Secundária Rede de Distribuição aérea. Disponível em: <http://www.ceee.com.br/pportal/ceee/Archives/Upload/RIC_BT_2012_Vers%C3%A 3o_1.4%20_J_correto_27355.pdf>. Acesso em: 30/11/2017. CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações elétricas prediais: conforme norma NBR 5410:2004. 21. ed. rev. e atual. São Paulo: Érica, 2011. 422 p. ISBN 9788571945418 (broch.) FILHO, Domingos Leite Lima. Projetos de Instalações Elétricas Prediais. Editora Érica. 11ª Edição. 2007. ISBN:978-85-7194- 417-6 ANEXOS 6.1 Diagrama Unifilar 6.2 Planta Baixa 6.3. Foto Fatura de energia elétrica 6.4. Foto Fatura de energia elétrica 6.5. Foto Ar condicionado 1 6.6. Foto Ar condicionado 2 6.7. Foto Ar condicionado 3 6.8. Foto Torneira elétrica Imagem 1 – Diagrama unifilar Imagem 2 – Planta Baixa Imagem 3 – Fatura Energia Elétrica Imagem 4 – Fatura Energia Elétrica ampliada Imagem 5 – Ar condicionado 1 Imagem 6 – Ar condicionado 2 Imagem 7 – Ar condicionado 3 Imagem 8 – torneira elétrica 18 20