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ANAIS 
XIX Encontro Nacional da ABRAPSO 
Democracia participativa, Estado e laicidade: 
Psicologia Social e enfrentamentos em tempos de exceção 
 
Caderno de Resumos 
ISSN: 1981-4321 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2017 
 
 
 
 
 
REALIZAÇÃO 
 
 
ORGANIZAÇÃO 
 
 
APOIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão Responsável 
 
Comissão Organizadora Nacional 
 
Dolores Cristina Gomes Galindo, UFMT 
Emerson Fernando Rasera, UFU 
Flavia Cristina Silveira Lemos, UFPA 
Marco Antonio Torres, UFOP 
Marcos Ribeiro Mesquita, UFAL 
Marília dos Santos Amaral, CESUSC 
Maristela De Souza Pereira, UFU 
 
Comissão Organizadora Local 
 
Ana Flávia Nascimento Manfrim, UFU 
Anabela Almeida Costa e Santos Peretta, UFU 
Cirlei Evangelista Silva Souza, UFU 
Ederglenn Nobre Vieira, UFU 
Eliane Regina Pereira, UFU 
Emerson Fernando Rasera, UFU 
Juçara Clemens, UFU 
Luciana Guimarães Pedro, UFU 
Marineia Crosara de Resende, UFU 
Maristela de Souza Pereira, UFU 
Paula Cristina Medeiros Rezende, UFU 
Pedro Pablo S. Martins, USP 
Renata Fabiana Pegoraro, UFU 
Ruben de Oliveira Nascimento, UFU 
Silvia Maria Cintra da Silva, UFU 
Tayná Portilho, UFU 
Viviane Prado Buiatti, UFU 
Comissão Científica 
 
Allan Henrique Gomes, ACE 
Apoliana Regina Groff, Núcleo Fpolis ABRAPSO 
Cleci Maraschin, UFRGS 
Deivis Peres Bispo dos Santos, UNESP 
Dolores Cristina Gomes Galindo, UFMT 
Edio Raniere da Silva, UFPel 
Eduardo Augusto Tomanik, UEM 
Eduardo Pinto e Silva, UFSCar 
Emerson Fernando Rasera, UFU 
Fellipe Coelho Lima, UFRN 
Flavia Cristina Silveira Lemos, UFPA 
Francisco Teixeira Portugal, UFRJ 
Joao Batista Martins, UEL 
Leandro Passarinho Reis Junior, UFPA 
Leandro Roberto Neves, UFRR 
Luciana Kind do Nascimento, PUC MINAS 
Marcelo Dalla Vecchia, UFSJ 
Marco Antonio Torres, UFOP 
Marcos Ribeiro Mesquita, UFPAL 
Marcos Vieira Silva, UFSJ 
Marília dos Santos Amaral, CESUSC 
Maristela de Souza Pereira, UFU 
Neuza Maria de Fatima Guareschi, UFRGS 
Pedro Paulo Gastalho de Bicalho, UFRJ 
Raquel Farias Diniz, UFRN 
Rodrigo Lages e Silva, UFRGS 
 
 
 
 
 
Diretoria Nacional da ABRAPSO 
Gestão 2016-2017 
Presidente: Emerson Fernando Rasera - UFU 
Primeira Secretária: Maristela de Souza Pereira - UFU 
Segunda Secretária: Dolores Cristina Gomes Galindo - UFMT 
Primeiro Tesoureiro: Marco Antônio Torres - UFOP 
Segundo Tesoureiro: Marcos Mesquita - UFAL 
Primeira Suplente: Marília dos Santos Amaral – CESUSC 
Segunda Suplente: Flávia Cristina Silveira Lemos - UFPA 
 
ABRAPSO Editora 
Cleci Maraschin 
Neuza Maria de Fatima Guareschi 
Ana Lídia Campos Brizola 
 
Conselho Editorial ABRAPSO 
Ana Maria Jacó-Vilela – UERJ 
Andrea Vieira Zanella - UFSC 
Benedito Medrado-Dantas - UFPE 
Conceição Nogueira – Universidade do Minho - Portugal 
Francisco Portugal – UFRJ 
Lupicinio Íñiguez-Rueda – UAB - Espanha 
Maria Lívia do Nascimento - UFF 
Pedrinho Guareschi – UFRGS 
Peter Spink – FGV 
 
Sobre a ABRAPSO 
A ABRAPSO é uma associação sem fins lucrativos, fundada durante a 32a Reunião da SBPC, no Rio 
de Janeiro, em julho de 1980. Fruto de um posicionamento crítico na Psicologia Social, desde a sua 
criação, a ABRAPSO tem sido importante espaço para o intercâmbio entre estudantes de graduação 
e pós-graduação, profissionais, docentes e pesquisadores. Os Encontros Nacionais e Regionais da 
entidade têm atraído um número cada vez maior de profissionais da Psicologia e possibilitam 
visualizar os problemas sociais que a realidade brasileira tem apresentado à Psicologia Social. A 
revista Psicologia & Sociedade é o veículo de divulgação científica da entidade. 
www.abrapso.org.br 
 
 
 
Apresentação 
O XIX Encontro Nacional da ABRAPSO - Democracia Participativa, 
Estado e Laicidade: Psicologia Social e enfrentamentos em 
tempos de exceção tem lugar em um momento de crucial 
importância, tendo em vista a necessidade de se criar redes de 
enfrentamento e formas estratégicas de resistência em face às 
perdas de direitos e ao levante neoliberal que o Brasil atravessa. 
A temática do encontro busca discutir as relações entre o Estado e 
a Democracia, tendo em consideração o golpe político de 2016, 
que repercute de maneira direta em todas as instâncias sociais, 
objetivas e subjetivas, e que atravessa e delimita as formas de 
viver das brasileiras e brasileiros no contexto atual. 
Propõe ainda resgatar a laicidade enquanto marco central para 
viabilização do diálogo plural e de reflexões calcadas no respeito 
às diferenças e às várias formas de pensamento, aspectos esses 
fundamentais em tempos de ondas reacionárias e 
conservadoras como temos presenciado. 
Esperamos que esse encontro possa potencializar mobilizações e 
fomentar propostas e ações coletivas que se posicionem contra as 
ameaças e façam frente ao autoritarismo vigente, promovendo a 
consolidação de esforços de vários segmentos e atores sociais em 
prol de uma sociedade mais justa, equânime e democrática. 
 
 
Sumário 
Categoria Comunicação Oral - GTs ...................................................................................................... 1 
GT 01 | A afetividade ético-política na construção de processos democráticos e participativos ...................... 2 
A Psicologia entre o afeto e a emoção: considerações críticas à uma práxis transformadora do espaço 
educacional ........................................................................................................................................................... 3 
Adaptação em Piaget, Cotidiano em Heller e Maffesoli: para compreender um sujeito crítico, afetivo e 
transformador ...................................................................................................................................................... 4 
Adolescentes Acolhidas e seus Afetos: o que temos com isso? ........................................................................... 6 
As estratégias da educação popular na atuação da ITCP-USP em uma cooperativa de catadoras de materiais 
recicláveis ............................................................................................................................................................. 8 
Fomentação de grêmios escolares: por um Teatro Social dos Afetos................................................................ 10 
Instituições Participativas como mecanismo de despolitização da democracia brasileira ................................ 12 
Juventude e Cidade: Relação Entre Territorialidades e Subjetividade ............................................................... 14 
O CORPO SOLTINHO: Considerando lacres instituídos pela sociedade de controle sobre o movimento dos 
corpos ................................................................................................................................................................. 14 
Os afetos a partir de uma perspectiva da Psicologia Social ............................................................................... 17 
Participação grupal em uma comunidade afetiva: possibilidades para a construção e/ou ressignificação de 
projetos de vida de idosos .................................................................................................................................. 19 
Práticas Participativas e Afetividade Ético-Política: Construindo uma Agenda de Pesquisa ............................. 20 
Relações Dialógicas e suas implicações na vida de crianças acolhidas: um relato de experiência .................... 22 
GT 02 | A práxis que apreendem as determinações históricas na dialética da relação entre psiquismo e 
sociedade: contribuições para a psicologia social ........................................................................................ 23A constituição das emoções para Vigotski e Rubinstein baseado no materialismo histórico-dialético ............ 24 
A Impotência da Subjetividade: sobre o papel da desigualdade social na dialética consciência-inconsciente . 24 
Abuso psicológico contra a mulher: dialética consciente-inconsciente na condição social .............................. 27 
Apontamentos sobre saúde mental no Brasil a partir das contribuições de Martín-Baró................................. 28 
Arte sob uma perspectiva classista como ampliação da consciência ou reprodução ideológica ...................... 29 
O Inconsciente é social e histórico - Porque é cultural ...................................................................................... 35 
O problema do inconsciente na psicologia soviética: uma análise a partir do marxismo ................................. 37 
Psicologia e o Trabalhador em situação de Desemprego: em busca de ações possíveis ................................... 39 
GT 03 | A Psicologia Social além das fronteiras disciplinares ....................................................................... 49 
A Interdisciplinaridade no Atendimento à Violência Contra a Mulher - Um olhar da Psicologia ...................... 50 
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher e os pequenos municípios: O caso de Corumbataí
 ............................................................................................................................................................................ 51 
As CEBs e o reconhecimento das potencialidades comunitárias: uma leitura a partir da perspectiva da 
psicologia social .................................................................................................................................................. 53 
Gênero, sexualidade e relações étnico-raciais: diálogos feministas na extensão universitária......................... 55 
Identidades Sociais, Diversidade e Inclusão Social em famílias contemporâneas na cidade de São Paulo ....... 57 
Laço a organização estudantil como prática política: afeto, resistência e transformação social ...................... 58 
O domicilio como local de parto e as lutas por políticas/programas de saúde inclusivos ................................. 59 
Os argumentos acerca da inconstitucionalidade da criminalização do aborto no STF: uma leitura crítica ....... 60 
Políticas de resistência: experiências sociais no âmbito da política pública de saúde mental .......................... 62 
Práticas discursivas midiáticas e musicais sobre e das mulheres na música sertaneja ..................................... 64 
Psicologia no SUS - Trabalho em equipe e em rede: potencialidades, anseios e limitações ............................. 64 
Relações de gênero e processos pedagógicos: vivências no cotidiano universitário ......................................... 66 
Ruralidade, violência e gênero: a diversidade dos sujeitos políticos do campo, cerrados e águas e os desafios 
para a pesquisa social ......................................................................................................................................... 67 
 
Violência contra meninas em situação de rua: exclusão e invisibilidade ........................................................... 69 
Visita domiciliar: construindo narrativas a partir do encontro com as famílias em suas residências................ 71 
GT 04 | A Psicologia Social na Saúde: práxis, interfaces e perspectivas para a democracia ............................ 72 
A experiência de interdisciplinaridade a partir da imersão no programa Vivências e Estágios na Realidade do 
Sistema Único de Saúde (VER-SUS) .................................................................................................................... 73 
A práxis (trans)formativa dos profissionais de psicologia na Residência em Saúde da Família do Ceará ......... 75 
Aspectos contextuais e relacionais que influenciam a construção da gestão compartilhada ........................... 77 
Clínica Ampliada e Psicologia: os caminhos controversos da intervenção psicossocial .................................... 78 
Direitos humanos e saúde mental: desejos de manicômios e práticas de liberdade na Rede de Atenção 
Psicossocial ......................................................................................................................................................... 79 
Familiares responsáveis pelo cuidado de pessoa com transtorno mental em um município de pequeno porte
 ............................................................................................................................................................................ 80 
Familismo, proteção social e saúde mental: contradições da política nacional sobre drogas .......................... 81 
Formação em humanização da saúde e humanização da formação em saúde ................................................. 81 
Formação em serviço: psicologia social e interprofissionalidade ...................................................................... 83 
Gênero e saúde: práticas educativas para o enfrentamento da violência doméstica ....................................... 85 
Implantação da Rede de Humanização do Parto e Nascimento em Uberlândia (MG) ...................................... 86 
Os olhares sobre o território: a experiência de um diagnóstico comunitário participativo em uma UBSF de Rio 
Grande-RS ........................................................................................................................................................... 88 
Os papéis e fazeres profissionais no atendimento dos usuários de um Centro de Atenção Psicossocial ......... 90 
Saúde mental e atuação em rede (s): desafios e potencialidades no olhar de trabalhadores .......................... 91 
Uma análise crítica sobre a culpabilidade familiar nos Centros de Atenção Psicossocial .................................. 92 
GT 05 | Adesões e resistências à mercantilização da educação: aspectos psicossociais e sócio-institucionais 93 
A dialética como método e sua aplicação na mediação da transformação do trabalho de professores .......... 94 
A política de precarização do Ensino Superior e a formação do Psicólogo ........................................................ 95 
Além do observável: coanálise da atividade docente ........................................................................................ 97 
Como me percebi um professor medíocre: reflexões e análises sobre a prática docente em ensino superior 99 
Cursos preparatórios para vestibulares/Enem/concursos e a desigualdade no ensino .................................. 100 
Emancipação, Saúde e Resistência: processos grupais com professores na escola ......................................... 102 
Estágio Interdisciplinar de Vivência (EIV) de Santa Maria/RS: outro modelo de universidade é possível ....... 103 
Mercantilização do Ensino Superior sob a perspectiva de professores de cursos de Graduação em Psicologia
 .......................................................................................................................................................................... 105 
O conhecimento da unidade afetivo-cognitiva como componente da mediação pedagógica: uma análise 
Histórico-Cultural .............................................................................................................................................. 106 
O processo de gerencialismo nas universidades públicas portuguesas e as formas de resistências dos 
docentes ........................................................................................................................................................... 108 
Reflexões acerca das propostas de formação de competências socioemocionais nas políticas educacionais 
brasileiras ..........................................................................................................................................................110 
Resistências na formação acadêmica: relato sobre um grupo de apoio psicossocial à estudantes de Medicina
 .......................................................................................................................................................................... 111 
Responsabilidade Social Universitária: mera exigência legal ou possibilidade de contraposição à lógica 
privatista? ......................................................................................................................................................... 113 
Sentidos e significados atribuídos ao trabalho docente de professores de uma escola técnica estadual de 
nível médio (ETEC) ............................................................................................................................................ 115 
Território em Disputa: Uma Escola como Ponto de Resistência e Articulação da Rede de Garantia de Direitos
 .......................................................................................................................................................................... 117 
GT 06 | Ciência, ativismo e outras artes sobre gênero e sexualidade em tempos de golpe .......................... 118 
Casamento juvenil: a constituição da feminilidade e as implicações de uma Psicologia Feminista ................ 119 
Componentes Ideológicos do Preconceito Contra Homossexuais ................................................................... 121 
 
Concepções e práticas da Psicologia com pessoas LGBT: uma revisão de literatura ....................................... 123 
Feminismo digital em tempos fascistas: problematizando o termo "feminazi" .............................................. 125 
O Aborto Legal em um serviço de saúde na cidade de Belém/Pará: os discursos da maternidade compulsória 
e a medicalização do corpo feminino ............................................................................................................... 127 
Eu, mulher periférica, existo ............................................................................................................................. 129 
Notas sobre o dispositivo patriarcal e as técnicas do corpo: o vôo de fuga da mariposa ............................... 131 
GT 07 | Círculo de Bakhtin e a Psicologia Social: Ética, Pesquisa e Política ................................................. 132 
A resistência nasce no interior: o papel da Associação Morcegos em Ação na construção da independência 
para cegos em Ubajara, Ceará .......................................................................................................................... 133 
A {Des[In(Formação)]} Acadêmica: relato de experiência de uma ação-crítica de acolhimento no ensino 
superior ............................................................................................................................................................. 135 
Análise Institucional e Qualidade da Democracia:possibilidade políticas da psicologia na Assembleia 
Legislativa do RN ............................................................................................................................................... 137 
Biopolítica das amizades: subjetividade, corpo e capitalismo ......................................................................... 139 
Carnavalização e Estigmatização da Homossexualidade no discurso de memes veiculados no Instagram .... 141 
Contribuições de Bakhtin para uma visão de processo grupal: Caminhos de uma dissertação de mestrado . 143 
PROFESSORA primária: SEUS problemas, SEUS DEVIRES... .............................................................................. 144 
Reflexões acerca do caráter emancipatório da Psicologia brasileira e o seu compromisso social .................. 145 
GT 08 | Crítica Social, Direitos Humanos e Psicologia Social ....................................................................... 147 
Abordagem psicossocial da criança e do adolescente: um relato no contexto de formação em Psicologia ... 148 
Adolescer no território: da vulnerabilidade social à efetividade do acesso aos direitos constitucionais ........ 150 
Análise de políticas públicas para além do Estado: um estudo sobre a ação pública de assistência social no 
município de São Paulo .................................................................................................................................... 152 
Intervenção em Comunidade Terapêutica: desafios, enfrentamentos, transformação e possibilidades....... 154 
Justiça Participativa-Reconhecitiva e Movimentos Feministas: Uma Abordagem sob a Ótica Fraseriana ...... 156 
Medicalização e Governamentalidade nos Relatórios do UNICEF sobre Crianças e Adolescentes Usuários de 
Drogas ............................................................................................................................................................... 157 
O adolescente em conflito com a lei e a reinserção escolar: a visão dos professores ..................................... 159 
O relato de uma vivência de sensibilização em prol da luta pela visibilidade e pelo protagonismo das pessoas 
com deficiência ................................................................................................................................................. 159 
Pessoas em Situação de Rua e a Busca por Reconhecimento .......................................................................... 161 
Projeto Diálogos: Psicologia Social na formação de graduandos, presos e profissionais de estabelecimento 
prisional ............................................................................................................................................................ 163 
Psicologia política e os caminhos reflexivos para o diálogo com os povos originários .................................... 165 
Sobre a simbolização da injustiça: contribuições de Sennett e Bourdieu para a teoria do reconhecimento .. 166 
Subjetividades radicalizadas numa era de espetáculo: Heterogeneidade e justiça social no éthos da 
democracia ....................................................................................................................................................... 167 
Terreiros de candomblé, políticas de subjetivação e psicologia: encontros possíveis .................................... 168 
Futuro roubado: banalização da injustiça e do sofrimento social e ambiental na construção de hidrelétricas
 .......................................................................................................................................................................... 170 
GT 09 | Relações étnico/raciais: Violação de direitos na democracia, enfrentamentos, memórias, trajetórias 
sociais e legado negro .............................................................................................................................. 171 
A mobilidade das mulheres negras com deficiência física, cadeirantes e moradoras da periferia ................. 172 
A Violência do Inexistir e a construção de uma Clínica Política Decolonial em Psicologia .............................. 174 
A vivência das estudantes negras estrangeiras da UFMG ................................................................................ 175 
As políticas de inclusão no Ensino Superior e o processo de democratização da universidade ...................... 175 
Construção da identidade da mulher negra: Uma revisão de literatura .......................................................... 177 
Educação das relações étnico- raciais: um estudo sobre as políticas educacionais no município de Nova 
Iguaçu e Mesquita ............................................................................................................................................ 178 
 
Emoções na formação acadêmica de estudantes de psicologia ingressos na graduação mediante políticas de 
inclusão............................................................................................................................................................. 179 
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E PRECONCEITO RACIAL: a demonização das religiões afro-brasileiras. Um estudo 
de caso .............................................................................................................................................................. 181 
Memórias de uma outra História: Resistência e relações étnico-raciais na cidade de Araras ......................... 182 
Mulheres negras em Goiás: trajetória politica a dilemas contemporâneos .................................................... 184 
Políticas de segurança pública brasileira: uma análise interseccional ............................................................. 186 
Psicologia e genocídio da juventude negra no Brasil ....................................................................................... 187 
Tribunal Popular pelo fim dos genocídios das juventudes negras, indígenas, pobres e periféricas ................ 188 
As balas também nos levaram junto: sofrimento psíquico das mães das vítimas do genocídio negro ........... 189 
O mundo começa na cabeça: (re)construção da identidade negra de mulheres quilombolas de Santarém .. 189 
GT 10 | Psicologia critica e Políticas Públicas: desafios teórico práticos em tempos de golpe ..................... 192 
A importância da criação de vínculo para o acompanhamento de famílias em situação de vulnerabilidade . 193 
A polícia como produtora de subjetividades nas políticas sociais.................................................................... 195 
A Psicologia crítica no Poder Legislativo Municipal: educação política e cidadania ........................................ 197 
Acolhimento às Famílias na Socioeducação e processos contemporâneos de reconstrução dos Direitos Sociais
 .......................................................................................................................................................................... 199 
Análise Institucional da Assistência Social como Política Pública: dever do Estado e direito dos cidadãos .... 201 
Assistência estudantil na UFRJ: um olhar para a relação entre atravessamentos sociais e produção subjetiva
 .......................................................................................................................................................................... 203 
Atuando na interface da Psicologia com a política pública de Assistência Social: formando psicólogos 
psicossociais ...................................................................................................................................................... 205 
Contribuição psicossocial à resistência ao golpe .............................................................................................. 207 
Controle Social é lugar para a Psicologia: relato de experiência sobre a participação do CRP 20 no 
CMAS/Manaus .................................................................................................................................................. 209 
Criança Feliz? Experiência de mobilização contra retrocessos na política de assistência social ..................... 209 
EJA e PIBID: Um olhar crítico sobre o contexto educacional e seus processos formativos ............................. 211 
No centro da periferia ou na periferia do centro? Direito à cidade e as políticas de atendimento à população 
em situação de rua na América Latina ............................................................................................................. 213 
O que você veio fazer na minha casa? Narrativas de famílias sobre o acompanhamento familiar ................. 215 
Os sentidos da ocupação: processos de consolidação da comunidade Esperança na região do Izidora (MG)217 
Saúde Mental e Economia Solidária: perspectivas emancipatórias no campo do trabalho coletivo e 
autogestionário................................................................................................................................................. 219 
GT 11 | Diálogos entre a Psicologia,àaà͞ƋuestĆoàƌaĐial͟àeàaàsaúde:àƌeflexƁesàsoďƌeàpƌĄtiĐasàdeàĐuidadoàeàoà
lugar da psicologia ................................................................................................................................... 221 
A aldeia e a cidade: identidade e devir entre jovens terena da Terra Indígena de Araribá ............................. 222 
A Psicologia na Formação e na prática do Profissional da Nutrição ................................................................ 223 
As Diversidades Sócio-Culturais no Cuidado em Saúde Mental ....................................................................... 224 
As iniquidades em Saúde da População Idosa Negra no Brasil: como enfrenta-las? ....................................... 225 
As Publicações das Revistas de Psicologia: Uma Análise da Abordagem na Temática Negra e no Pensamento 
Social Brasileiro ................................................................................................................................................. 227 
Awre: uma cartografia dos encontros entre o cuidado dos terreiros e a Psicologia ....................................... 229 
Estratégias de ensino-aprendizagem de professores de disciplinas de psicologia social na abordagem do tema 
das relações étnico-raciais em sala de aula ...................................................................................................... 231 
Grupo de Trabalho Relações Raciais na Psicologia/CRP-MG como prática de cuidado ................................... 233 
Mulher, Negra e psicóloga: de Candaces a Maria Bonita ................................................................................. 235 
O silenciamento também mata ........................................................................................................................ 237 
Os impactos do racismo na saúde mental ........................................................................................................ 238 
Raça e degeneração na imprensa carioca dos anos 1920: o caso Febrônio Índio do Brasil ............................ 238 
 
Racismo na Saúde Pública: Os Mecanismos da Exclusão ................................................................................. 240 
Reflexões no campo da saúde sobre racismo e branquitude........................................................................... 242 
Resistência! ....................................................................................................................................................... 243 
GT 12 | Ecologias e Políticas Cognitivas .................................................................................................... 245 
O dispositivo-formação em psicologia e as práticas medicalizantes ................................................................ 246 
Pesquisando com(o) o GIP - Em favor de novas políticas cognitivas................................................................ 248 
Políticas cognitivas, produtivismo acadêmico e fotografia .............................................................................. 250 
Privacidade e Visibilidade: algumas questões articuladas com os dispositivos tecnológicos no mundo do 
trabalho ............................................................................................................................................................ 252 
Problematizando o ato de ensinar a partir de oficinas com um jogo digital.................................................... 254 
Psicologia Social, Ecologia, Transformação e Espiritualidade: Em busca de um novo paradigma ético 
socioambiental no pensamento de Leonardo Boff .......................................................................................... 255 
Seguindo a Teoria Ator-rede em ação:primeiros apontamentos para uma cartografia de controvérsias ..... 256 
Uma densa história de transição: a implementação dos caps no rio de janeiro na perspectiva de suas práticas 
e dispositivos cotidianos ................................................................................................................................... 258 
PsiĐſlogosàŶĆoàgostaŵàdeàŵediĐaŵeŶtos͟:àPesƋuisaŶdoàoàĐoŶsuŵoàdeàŵediĐaŵeŶtosàpsiĐotƌſpiĐos ........ 258 
GT 13 | Ecologias Outras: traçados poéticos, estéticos e políticos .............................................................. 260 
Bicicletas, cidade, imagens, escritas: desLOUcamentos de pesquisa tecida em trânsito ................................ 261 
CruzameŶtosàeŶtƌeàaàiŶĐoƌpoƌaçĆoàdaàopƌessĆoàĐoloŶialàdeàgġŶeƌoàŶasàáŵĠƌiĐasàeàaàoďƌaà͞“ilhuetas͟àdeàáŶaà
Mendieta .......................................................................................................................................................... 263 
Devir-mulher do tambor: arte e política na criação estética do coletivo La Clínica ......................................... 265 
ECOLOGIAS DO MONSTRO:Narrativas de luta e autonomia no movimento de universitários em uma 
Universidade pública no ano de 2016: políticas do desejo e linhas de fuga frente ao Golpe.......................... 267 
Escola de Pais: um desafio para a formação de professores............................................................................ 268 
O psicólogo no cotidiano escolar: limites e possibilidades de enfrentamento aos desafios da inclusão ....... 270 
O que pode o corpo em cena na cidade? ......................................................................................................... 272 
Poética da resistência: desdobramentos de um diálogo artístico-político ...................................................... 273 
Psicologia Social Multiespécie: narrativas de dança/pesquisa com cavalos .................................................... 275 
RITMOS DE PENSAMENTO: movimentos ecologistas de pensar educação e vida ........................................... 277 
ECO Concerto para Ensemble, Galho de Árvore, Vozes e Pios ......................................................................... 279 
Entre poderes. O que se pode? ........................................................................................................................ 280 
Hiroshima e Nagasaki: reverberações de uma viagem .................................................................................... 282 
Instrumentos Musicais Alternativos: Provocando Outras Ecologias ................................................................ 283 
Resistir para Existir ........................................................................................................................................... 284 
GT 14 | Educação do campo e Psicologia Social: vivências, resistências e modos de subjetivação no contexto 
escolar campesino.................................................................................................................................... 286 
A Atuação da Psicóloga Social no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Voltado para a 
Juventude do MTST no Extremo Sul da Bahia .................................................................................................. 287 
A questão agrária e o messianismo no Brasil: os impactos do populismo na formação de populações rurais
 .......................................................................................................................................................................... 288 
Criança pantaneira: representações sociais de uma escola em regime de alternância ................................... 289 
Educação do Campo e Violência: o que dizem os sujeitos campesinos sobre a violência no campo brasileiro?
 .......................................................................................................................................................................... 290 
Educação do Campo: identidade em Construção ............................................................................................. 291 
Formação em Psicologia para assentados da Reforma Agrária ....................................................................... 293 
MULHERES DO CAMPO: entre Existências, Resistências e Provações.............................................................. 295 
O efeito da Educação do Campo no processo de subjetivação da criança: um ensaio metapsicológico ........ 297 
projeto de intervenção na formação de professores no AJA ........................................................................... 299 
 
GT 15 | Espaço, Tempo e Trabalho: a Mútua Interpenetração Subjetividade-Objetividade na Fragmentação 
Entre Indivíduo e Gênero em Condições Históricas de Exceção .................................................................. 301 
A (In)visibilidade no Trabalho: um estudo de caso em uma Santa Casa de Misericórdia no Interior do Estado 
do Rio de Janeiro .............................................................................................................................................. 302 
A emancipação feminina: uma consideração teórica acerca das políticas públicas de redistribuição e 
reconhecimento................................................................................................................................................ 303 
Apontamentos sobre Psicanálise e Teoria Crítica: mimese e pulsão de morte em Adorno, Horkheimer e Freud
 .......................................................................................................................................................................... 305 
Capitalismo global e cultura virtual: produção de subjetividades em tempos de sociedade em rede ............ 307 
Compreendendo a relação entre patrão e empregada: uma perspectiva social ............................................. 308 
Moedas inexistentes: Notas sobre criptomoedas no capitalismo imaterial .................................................... 310 
SAÚDE DO TRABALHADOR E DOCÊNCIA: estudo de caso com professoras da Rede Municipal de Educação 311 
Trabalho Imaterial e Qualificação Profissional: a realidade como fetiche ....................................................... 311 
GT 16 | Ética na pesquisa e intervenção em Psicologia Social: impasses teóricos, metodológicos e políticos313 
A metodologia clínico-política do Acompanhamento Juvenil: um exercício ético no encontro com jovens e 
socioeducação .................................................................................................................................................. 314 
Desafios e potencialidades da intersetorialidade nas políticas públicas: interfaces entre assistência social, 
saúde e educação ............................................................................................................................................. 316 
Ética e Psicologia Social Comunitária: formação e práxis profissional ............................................................. 318 
Impasses da pesquisa-intervenção: a cidade como espaço de tensão a partir de oficinas com jovens .......... 319 
Mapa de Rede Social como caminho inexplorado de acesso e apoio às usuárias do CRAS ............................. 321 
Memórias da favela: reflexões metodológicas sobre uma pesquisa-intervenção ........................................... 323 
PAEFI: espaço social para coprodução de autonomia dos usuários em situação de violação de direitos? ..... 325 
Percalços e potencias na atuação profissional da psicologia na universidade: narrativa de um processo ..... 327 
Pesquisar o trabalho trabalhando: desafios éticos e metodológicos ............................................................... 328 
Pobreza, Psicologia e Assistência: um debate ético-político ............................................................................330 
͞DeŵaŶdaàDepƌiŵida͟:àestƌatĠgiasàdeàaĐolhiŵeŶtoàeŵàĐasosàdeàĐoŶflitosàfaŵiliaƌesàŶoàĐoŶtedžtoàdeàuŵà
CREAS/SUAS ...................................................................................................................................................... 331 
NſsàƋueƌeŵosàƌeitoƌesàŶegƌos,àsaĐa?͟:àtƌajetſƌiasàdeàuŶiǀeƌsitĄƌiosàŶegƌosàdaàĐlasseàŵĠdiaàŶaàUFMG ........ 333 
Práticas Teatrais e Estética do Oprimido .......................................................................................................... 335 
GT 17 | Gênero, Feminismos e Interseccionalidades: entre saberes e fazeres em tempos de retrocesso, 
perdas de direitos e exceção .................................................................................................................... 336 
A violência conjugal em contextos de ruralidades: a mulher rural em pauta .................................................. 337 
Depressão pós-parto e o contexto familiar: medidas preventivas e o papel da rede de saúde ...................... 339 
Enquadramentos transfóbicos: sobre o deixar morrer e fazer morrer nas vidas de pessoas transexuais e 
travestis ............................................................................................................................................................ 340 
Estado de exceção para quem? Questionamentos de jovens mulheres MCs sobre o contexto do golpe ...... 342 
Estudos interseccionais e a formação em psicologia: há uma nova face da Psicologia? ................................. 344 
Gênero e invisibilidade: um olhar sobre as meninas em cumprimento de medida socioeducativa de privação 
de liberdade ...................................................................................................................................................... 345 
Mulheres em situação de violência e a caracterização do masculino no discurso: uma perspectiva relacional
 .......................................................................................................................................................................... 347 
O papel de moderadoras feministas frente o Ciberfeminismo e a Violência Contra Mulheres ...................... 349 
O saber psicológico e a adolescência: a necessidade em considerar interseccionalidades ............................. 350 
Os desafios dos saberes e fazeres em saúde no enfrentamento da violência contra as mulheres ................. 351 
Problematizações da Violência: A Casa da Mulher Brasileira........................................................................... 353 
Psicologia e Políticas Públicas: a violência contra as mulheres no cenário do sudoeste goiano ..................... 354 
Representações sociais do aborto: diante da angústia do desconhecido quem decide? ................................ 355 
 
Um projeto feminista frente à sociedade das opressões: crítica às noções de democracia, autonomia e 
igualdade .......................................................................................................................................................... 357 
O muro que em nós habita: Retratando a violência contra as mulheres na contemporaneidade .................. 359 
GT 18 | Gênero, sexualidades e interseccionalidades ................................................................................ 360 
A produção acadêmica em psicologia sobre o tema maternidade: uma revisão bibliográfica sistemática de 
trabalhos publicados entre 2012 e 2016 .......................................................................................................... 361 
Além dos limites da pele: performance drag e identidade .............................................................................. 363 
Discursos sobre a saúde da população LGBT entre médicos(as) da Estratégia Saúde da Família ................... 364 
Elas dão muito trabalho! Analisando o encarceramento feminino no sistema socioeducativo ...................... 366 
Experiências linguísticas e sexuais não hegemônicas: um estudo das narrativas de surdos homossexuais ... 368 
Gênero e produção de sentidos na literatura infantil ...................................................................................... 369 
Gênero, sexualidade e processo de rualização na trajetória de vida de travestis e transexuais em situação de 
rua e na Política Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte ............................................................... 370 
Investigando o Fenômeno do Assédio Sexual no Contexto Universitário ........................................................ 372 
Militância trans: a luta pelo acesso e permanência no Ensino Superior brasileiro .......................................... 373 
O trabalho do care nas instituições de acolhimento : Implicações ao trabalho Feminino .............................. 375 
O sexo nervoso: doenças mentais de mulheres em Fortaleza durante a Belle Époque .................................. 377 
O(s) feminismo(s) enquanto campo teórico-político: Reflexões sobre a intersecção entre Gênero, Geração e 
Raça .................................................................................................................................................................. 378 
Privilégios, vantagens e direitos: mulheres brancas assumindo sua racialidade no contexto feminista ......... 380 
Reflexões sobre a história dos estudos psicológicos da homossexualidade (1890-1970) ............................... 381 
Relatos de idosos sobre sexualidade no envelhecimento: intersecções entre gênero e geração ................... 383 
GT 19 | História Social da Psicologia ......................................................................................................... 385 
(De)Formações: da constituição histórica de um curso de psicologia à formação profissional do psicólogo . 386 
A Histórias das diferentes concepções de história em Psicologia Social .......................................................... 387 
A louca e o santo de Jacarepaguá: uma análise das narrativas sobre a vida e a obra de Stela do Patrocínio e 
Arthur Bispo do Rosario .................................................................................................................................... 389 
A presença da Psicologia na formação de pastores batistas (Rio de Janeiro, décadas de 1950-1990): uma 
análise histórica ................................................................................................................................................ 391 
A Psicologia Sócio-Histórica e o ciclo democrático-popular ............................................................................. 393 
Análise sobre ações coletivas: contribuições e limites teóricos na produção científica da psicologia social 
brasileira ........................................................................................................................................................... 395 
Caminhos da Psicologia Clínica no Rio de Janeiro ........................................................................................... 397 
Intervenções construcionistas sociais na América Latina: caminhos de difusão e reflexões........................... 398 
Notas sobre a história da psicologia comunitária na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) na década de 
1970 .................................................................................................................................................................. 399 
O conceito de Círculo de Vigotski e seus desdobramentos para uma nova historiagrafia da Psicologia 
Histórico-Cultural Ana Carolina de Lima Bovo Gisele Toassa Universidade Federal de Goiás ........................ 399 
O posicionamento político-ideológico de Eliezer Schneider e as articulações em Psicologia Social ............... 401 
O projeto construcionista social na obra de Keneth Gergen: Da crítica à construção de alternativas para o 
fazercientífico .................................................................................................................................................. 403 
Práticas comunitárias em uma comunidade quilombola ................................................................................. 405 
GT 20 | Identidade ................................................................................................................................... 406 
(Bio)políticas de reconhecimento: problemáticas às lutas identitárias ........................................................... 407 
A identidade e o gênero no campo da psicologia: diálogos e abstenções ....................................................... 408 
Das (im)possibilidades da juventude no Brasil contemporâneo ...................................................................... 410 
Desenraizamento e Construção de Identidades de Adolescentes Migrantes .................................................. 412 
Do discurso da proteção à autonomia: Políticas de identidade da personagem social "criança sujeito de 
direitos" ............................................................................................................................................................ 414 
 
Grupos de reflexão com funcionários de um abrigo: a subjetividade e vulnerabilidade social ....................... 416 
Identidade Metamorfose: A História de Vida de Adolescentes Abrigados ...................................................... 418 
O desvendar identitário em psicologia social: o que pulsa no cotidiano dos estudantes de psicologia? ........ 420 
O Processo de Identidade de jovens que viveram em abrigo .......................................................................... 421 
O processo de Metamorfose na Identidade de indivíduos Bariátricos: A morte simbólica, o deixar de ser um 
para ser outro ................................................................................................................................................... 423 
Persona, identidade e metamorfose Um diálogo entre a Psicologia social crítica e a Psicologia Analítica .... 424 
Práticas Narrativas Coletivas como Possibilidade de Ampliação das Identidades ........................................... 424 
Segredos de Alice: relatos de uma mulher presa em um corpo masculino ..................................................... 426 
Sentidos do Grafite: um estudo sobre a identidade do jovem do Vale do Paraíba ......................................... 428 
Vicissitudes do diagnóstico psiquiátrico para a identidade: uma pesquisa sobre Coisas Frágeis .................... 429 
GT 21 | Intervenções no campo do trabalho formal e informal, a partir da Psicologia Social ....................... 430 
A Formação no Trabalho em Atenção Psicossocial: relato de uma experiência colaborativa entre instituições 
públicas ............................................................................................................................................................. 431 
A fotografia como formação profissional e pessoal entre os recuperandos da APAC, Santa Luzia ................. 433 
A pesquisa como intervenção: O método de história de vida na Associação de Proteção e Assistência ao 
Condenado........................................................................................................................................................ 435 
A Roda de Conversa como um processo de reflexão do trabalhador na compreensão do cotidiano ............. 437 
Acompanhamento e Intervenção: uma experiência no atendimento a adolescentes nas medidas 
socioeducativas de meio aberto ....................................................................................................................... 438 
Análise do trabalho no tráfico de drogas: o Método de História de Vida como dispositivo de intervenção 
psicossocial ....................................................................................................................................................... 440 
Do trabalho no tráfico de drogas ao ofício de florista: um estudo de psicologia do trabalho em situações 
marginais .......................................................................................................................................................... 442 
Educação de presos para a Economia Solidária: possibilidade de resistência social ....................................... 444 
Intervenção em Saúde do Trabalhador no Serviço Público: uma experiência psicossocial ............................. 446 
Intervenção em um Grupo de Trabalhadores: Reflexões sobre o Processo de Saúde-Doença Relacionado ao 
Trabalho ............................................................................................................................................................ 448 
O trabalho do educador musicista ................................................................................................................... 449 
Promoção de Direitos Humanos no Cárcere: uma Inviabilidade ...................................................................... 450 
TRABALHO, GÊNERO E ECONOMIA SOLIDÁRIA: subjetividades, (sobre)vivências e desigualdades de gênero e 
raça/cor............................................................................................................................................................. 452 
GT 22 | Movimentos Sociais e luta de classes: em busca de uma práxis transformadora ............................ 454 
A dimensão psicossocial da saúde dos atingidos pela Barragem da Samarco (Vale/BHP Billiton) .................. 455 
A práxis da psicologia no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos ................................. 456 
Arte das Periferias, territorialidades e transformação social: análise psicossocial dos afetos no Teatro 
Mutirão, do Coletivo Dolores Boca Aberta ....................................................................................................... 458 
Comunicação sindical e condição de classe expressão da consciência e diálogo nas redes sociais do Sindicato 
dos Comerciários do Rio de Janeiro ................................................................................................................. 459 
Conhecimento e união: a política espinosana como norte .............................................................................. 461 
Consciência de classe entre o passado, presente e o futuro: O que pensam jovens sobre o socialismo diante 
da conjuntura atual? ......................................................................................................................................... 462 
Educação Popular e Economia Solidária: a experiência na UNIVENCE- Rancharia, interior de São Paulo ...... 463 
Fortalecimento Da Identidade Militante Entre Jovens Do Movimento Sem Terra Do Agreste De Alagoas .... 465 
Memória política e memória militante: Estudo da participação política a partir do relato de uma mulher 
zapatista ............................................................................................................................................................ 468 
Relações entre o Movimento Feminista e o processo da Reforma Sanitária no Brasil – 1975 a 1988 ............ 470 
Representações Sociais de Gênero e o Movimento Feminista ........................................................................ 470 
Ocupação CDC Vento Leste .............................................................................................................................. 472 
 
GT 23 | Mulheridades não hegemônicas: epistemologias negras, trans e gordas sobre o corpo da mulher .. 473 
A construção social do peso a partir de repertórios de saúde de mulheres adolescentes: implicações de 
gênero, controle dos corpos e estigmas ........................................................................................................... 474Descolonizar os afetos da branquitude no feminismo hoje ............................................................................. 476 
Mulher negra e subjetividades: produzindo sentidos a partir da dança afro .................................................. 478 
Sobre a enunciação de mulheres não brancas na ciência: uma análise da produção intelectual de Gloria 
Anzaldúa e Bell Hooks....................................................................................................................................... 480 
Análise do Discurso da patologização da transsexualidade ............................................................................. 481 
Comissão de Psicologia, Gênero e Diversidade Sexual do CRP-04: construindo ações, expandindo fronteiras
 .......................................................................................................................................................................... 481 
Compromisso social da Psicologia e a evasão escolar da adolescente-mãe na educação básica no município 
de Ladário-MS ................................................................................................................................................... 484 
O limite da norma - mulheres transexuais e travestis; estudos sobre exclusão social .................................... 486 
Violência Obstétrica: Precisamos avançar nas práticas de assistência humanizada ao parto para enfrentá-la
 .......................................................................................................................................................................... 486 
GT 24 | Narrativa, experiência e verdade: encontros intempestivos entre experimentações poéticas e 
psicologia social ....................................................................................................................................... 488 
A arte como passagem e encontro na formação em psicologia ...................................................................... 489 
A ética da memória nos trilhos da ferrovia: Narrativas poéticas de um processo de pesquisa ...................... 490 
Abrindo caixas-pretas de nós: locuções do Eu na contemporaneidade........................................................... 490 
Autodestruição e ficções de si como práticas formativas em atuação ............................................................ 493 
Como escrever uma vida? Sobre produções escritas e de subjetividades ....................................................... 494 
Corpoterritorializações: cidade e subjetividade narradas a um só tempo ....................................................... 496 
Entre confissões e narrativas: exercícios de escrita em tempos de perigo ...................................................... 498 
Escrita de testemunho ou sobre as narrativas em carne-viva ......................................................................... 500 
Forjando gênero no sertão Norte-Mineiro sob os arquétipos do Circo e da Igreja ......................................... 501 
Fotografia e pesquisa-intervenção: possibilidades metodológicas e estético-políticas .................................. 503 
Geladoteca: a experiência de uma biblioteca comunitária como fortalecedora de laços ............................... 505 
Memórias Inventadas: A Ficção e o Delírio Como Métodos na Pesquisa em Psicologia Social ....................... 507 
Silêncios que cortam ......................................................................................................................................... 509 
Vidas Infames e Narrativas Fantásticas ............................................................................................................ 510 
Arquivo em Movimento: O Acervo da Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro ................ 511 
GTàϮ5à|à͞OĐupaƌàeàƌesistiƌ͟:àŵodos e sentidos das mobilizações políticas juvenis contemporâneas ............ 513 
OCUPSI: Psicologia e transformação social ...................................................................................................... 514 
2016, o ano que não terminou: resistências e ocupações na Unifei ................................................................ 516 
ATIVISMO JUVENIL E POLÍTICAS PÚBLICAS: o caso do Centro de Referência da Juventude de Belo 
Horizonte/MG ................................................................................................................................................... 517 
Cartografia de um movimento estudantil: experiência, militância e produção de sentido ............................. 518 
Desocupa já! Eu quero aula: aspectos psicossociais do movimento Desocupa ............................................... 519 
Entre o protagonismo juvenil e a tutela da juventude: possibilidades da participação e subjetivação política
 .......................................................................................................................................................................... 521 
Juventude e participação política: interseções no enfrentamento à violência ................................................ 523 
O facebook e o espelho: atualizações do movimento de ocupação das escolas públicas ............................... 525 
Ocupação estudantil no interior de Goiás: Resistência em busca de Democracia Participativa ..................... 527 
Ocupar e reexistir: da insurgência das ocupações secundaristas à micropolítica da prática de psicólogos .... 529 
Psicologia Social Comunitária: a criação de um Grêmio Estudantil na construção de sentidos de 
pertencimento no contexto escolar ................................................................................................................. 531 
Que formas de resistências produzem os jovens estudantes universitários frente ao contexto brasileiro 
educacional atual? ............................................................................................................................................ 533 
 
Viu como deu errado? O desejo revolucionário e o futuro das mobilizações políticas na contemporaneidade
 .......................................................................................................................................................................... 535 
GT 26 | O potencial político das microconvers(ações) cotidianas ............................................................... 537 
Construindo a clínica ampliada em conversas com famílias em saúde mental ............................................... 538 
Empeiro e Ousadia - costuras dialógicas para uma nova política de drogas.................................................... 539 
Espaço de conversas na Maré: dando voz ao cotidiano em contextos diversos da favela .............................. 540 
Momentos críticos num processo de Educação Permanente junto a profissionais de saúde mental ............. 542 
Narrativas de resistências cotidianas dos que vivem às margens e nas margens dos manguezais capixabas 544 
O brilho do fuzil refletiu o lado ruim do Brasil ................................................................................................. 546 
O trabalho social por vir: insurgências em meio às capturas do capital .......................................................... 547 
Pesquisando comentários online a partir da psicologia social discursiva ........................................................ 549 
Reverberações em meio a tormenta ................................................................................................................ 551 
GT 27 | O que é trabalho no esporte? ....................................................................................................... 552 
A psicologia do esporte e o Futebol: Uma realidade social a ser discutida ..................................................... 553 
Condições de trabalho de Equipes de Saúde da Família do Pará..................................................................... 554 
Entre a vigilância e o cuidado: a atividade de agentes de segurança penitenciários em um hospital de 
custódia e tratamento psiquiátrico de Minas Gerais ....................................................................................... 555 
Formação dos atletas de futebol: o que a psicologia tem a ver com isso? ...................................................... 557 
Projeto de Extensão ͚JoǀeŵàŶoàFutuƌo:àCoŵàIŶseƌçĆoàaoàMuŶdoàPƌofissioŶal͛àeàsuasàĐolaďoƌaçƁes ............. 558 
Transição de carreira no cenário esportivo: A vivência do encerramento da carreira de atletas profissionais 
brasileiros ......................................................................................................................................................... 559 
GT 28 | Poéticas Insurgentes: Hospitalidades entre Arte e Psicologia Social diante de uma Democracia por Vir
 ................................................................................................................................................................ 561 
A arte como dispositivo de (re)existência no fazer político ............................................................................. 562 
A Experiência-Limite da Escrita de Max Martins e Maurice Blanchot: Uma vida de imanência ...................... 562 
A política do Texto e seus combates no universo da pesquisa acadêmica ...................................................... 564 
Ainda era confuso o estado das coisas percursos entre palavra e imagem ................................................... 565 
BRTRANS: Análises sobre gênero, performatividade e abjeção ....................................................................... 567 
Cinema documentário, ética e o campo psi: a produção da diferença entre imagens e representações ....... 568 
Escuta e subjetividade na contemporaneidade: qual o som do silêncio? ........................................................ 570 
Esgotar o Possível, Criar um possível: experiência ética em meio ao colapso de uma democracia ................ 572 
Gesto-espaço-imagem: resistências dos corpos na cidade .............................................................................. 574 
Hotel dos Viajantes: A Cidade Escrita e a Escrita em Imagens ......................................................................... 576 
Intervenções estético-políticas em psicologia e a resistência da vida na universidade ................................... 578 
O estado da arte da Arte e as formas de luta na psicologia social ................................................................... 579 
Para além de um manual: notas nietzscheanas sobre os fluxos de um setor público ..................................... 581 
Performance, Corpo e Silêncio em La casa de la fuerza , de Angélica Liddell .................................................. 583 
Sentidos e aspectos terapêuticos na intervenção de palhaços visitadores ..................................................... 584 
GT 29 | Políticas de Desobediência: Juventude, Direitos e Violências ......................................................... 585 
Das grades da cisheteronorma e suas articulações na privação de liberdade de adolescentes infratoras ..... 586 
Desobedientes: a subversão como instrumento de luta contra a dissolução da identidade periférica nas 
escolas .............................................................................................................................................................. 588 
Fronteiras da Laicidade: políticas de normalização entre o político e o religioso ........................................... 590 
Indisciplina e violência ou resistência? – Um estudo sobre processos de marginalização e criminalização da 
juventude .......................................................................................................................................................... 592 
Interface entre saúde mental e justiça: percursos do cuidado para o adolescente autor de ato infracional . 594 
Jovens na pegada do Besouro: movimentos de esquivas e enfrentamentos à criminalização e ao extermínio
 .......................................................................................................................................................................... 596 
Juventude e violência: regimes de verdade e a produção do jovem perigoso ................................................ 598 
 
Juventudes e Tráfico de Drogas: Modos de Subjetivação de Jovens que Vivem nas Margens Urbanas ......... 600 
Oficina de Ideias: elaborando desobediências à vontade de imputar ............................................................. 602 
Redes de significados sobre o jovem nem nem brasileiro em pesquisas de juventude e nas experiências de 
jovens pobres.................................................................................................................................................... 604 
Redução da maior idade Penal: o que dizem os adolescentes ......................................................................... 605 
Rolezinho como aposta metodológica para pensar o governo da juventude e a produção de conhecimento
 .......................................................................................................................................................................... 607 
Um paralelo entre os liquidáveis de Agamben e o gozo público doutrinado pela mídia ................................. 609 
ElesàŶĆoàƋueƌeŵàŶadaàĐoŵàoà“isteŵaàdeàGaƌaŶtiaàdeàDiƌeitos͟:àsoĐioeduĐaçĆoàeàsaúdeàŵeŶtal .................. 611 
MiŶhaàŵaioƌàǀiŶgaŶçaàĠàĐoŶtiŶuaƌ͟:àƌesistġŶĐiaàeàiŶsuƌgġŶĐiaàdeàjoǀeŶsàdoà‘ioàdeàJaŶeiƌoàeŵàsuasà
experiências nas subculturas ............................................................................................................................ 613 
GT 30 | Políticas públicas de saúde para LGBT: experiências democráticas de participação, provocações e 
desafios ................................................................................................................................................... 615 
A construção da cultura escolar de prevenção e autocuidado: efeitos de intervenções curriculares............. 616 
Andarilhos de estrada e as políticas públicas de assistência: exclusão social ou estratégias de gestão dos 
riscos ................................................................................................................................................................. 617 
Contribuições da Psicologia sócio histórica para a Saúde no brasil: uma revisão narrativa ............................ 618 
Investigando possibilidades de intervenções clínicas com grupos marginalizados a partirdo plantão 
psicológico ........................................................................................................................................................ 620 
O que os usuários/as nos falam sobre o cuidado ofertado pelo Espaço de Acolhimento e Cuidado para 
Pessoas Trans e Travestis ................................................................................................................................. 622 
Política de Atenção à Saúde da Mulher e Processo Transexualizador: Questões de Gênero Possíveis .......... 624 
Protagonismos e embaraços de redes nas articulações de práticas emancipatórias na saúde das mulheres 625 
Representações sociais de masculinidades na campanha do Ministério da Saúde sobre Prevenção Combinada 
(2016) ................................................................................................................................................................ 626 
Violência Sexual, questões de gênero e possíveis lacunas nas políticas públicas ............................................ 627 
GT 31 | Práticas Cotidianas e Saberes Locais na Construção de Espaços Democráticos ...............................629 
Construção de eventos: instaurando percursos intersetoriais no âmbito da Assistência Social ..................... 630 
Educação tutorial por uma práxis alternativa de formação de psicólogas ...................................................... 632 
Entre a laicidade e a democracia: contrapondo a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - 
ADPF N. 54/DF .................................................................................................................................................. 634 
Entre telas e cenas da rua: a mediação audiovisual no encontro com vidas outras nas cidades .................... 636 
Experiências de Resistências no Carnaval em Belo Horizonte ......................................................................... 637 
Os sentidos da água como bem público para jovens da região de M'Boi Mirim e da Zona Oeste da cidade de 
São Paulo .......................................................................................................................................................... 639 
Psicologia e cotidiano escolar: saberes e intervenções na construção de um espaço político e democrático
 .......................................................................................................................................................................... 642 
Psicologia social e escolar: o conhecer no cotidiano e práxis resistênciais de desterritorialização ................ 644 
Psicologia Social e Políticas Públicas de Juventude: entre a atuação profissional e a militância social .......... 645 
GT 32 | Práticas e saberes da psicologia: olhares sobre gênero, interseccionalidade e resistência .............. 646 
"Nós resistiremos": mulheres muçulmanas, sexualidade e islamofobia.......................................................... 647 
A mulher e sua tripla jornada de trabalho: uma discussão de gênero ............................................................. 648 
As Epistemes feministas e a política de escrita nas produções discursivas da Psicologia Social ..................... 650 
Gênero e câncer de próstata ............................................................................................................................ 652 
Hipermasculinidade, juventude e violência na cidade de Fortaleza: uma leitura a partir das discussões de 
gênero ............................................................................................................................................................... 654 
Menina e menino, há diferença? Representações sociais de pais residentes do Rio de Janeiro..................... 656 
Mulheres aprisionadas: a potência de histórias de vida para a subversão da colonialidade .......................... 658 
O Cutting e a mulher: Análise de uma captura subjetiva ................................................................................. 659 
 
Políticas públicas de enfrentamento às violências contra as mulheres: problematizações na atuação em rede
 .......................................................................................................................................................................... 661 
Profissionais do Centro de Referência de Assistência Social - CRAS e Relações de Gênero ............................ 662 
Rede de Atenção no Combate à Violência de Gênero: Reflexões a respeito da Participação da Psicologia 
Social na Construção da Política de Atendimento a Agressor, no Estado de Sergipe ...................................... 664 
Resistir em grupos: as Oficinas em Dinâmica de Grupo no enfrentamento à violência de gênero ................. 666 
Universo feminino e Universo masculino: uma Análise do Discurso de pais de meninos e meninas .............. 668 
GT 33 | Psicologia, desigualdade social e dominação ................................................................................. 669 
A dimensão subjetiva da desigualdade social – um estudo na cidade de São Paulo ....................................... 670 
A Psicologia frente à violência contra mulheres: um compromisso ético-político? ........................................ 672 
Aceleração social, experiência e depressão: repercussões subjetivas na sociedade de consumo .................. 673 
ATO INFRACIONAL, FRACASSO ESCOLAR, CONTEXTO SOCIO-FAMILIAR: analisando o histórico de alunos em 
processos judiciais ............................................................................................................................................ 674 
Crítica, Descolonização e Africanização da Vida na prática da Capoeira Angola ............................................. 675 
Desigualdade social: Organização Popular e Políticas Sociais .......................................................................... 676 
Dimensão Subjetiva da Desigualdade Social: Vivências, Afetos e Significações da Formação em Psicologia da 
PROUNISTA da PUCSP ....................................................................................................................................... 678 
Educação das elites, desigualdade social e práticas curriculares ..................................................................... 678 
Intervenções junto à crianças abrigadas: a clínica ampliada e o processo de (des)institucionalização .......... 680 
O compromisso social da psicologia: um projeto crítico em movimento ........................................................ 682 
Participação Vazia: Formação, Traços e Resultados - Um Estudo sobre o Programa Minha Casa Minha Vida
 .......................................................................................................................................................................... 684 
Psicólogas brancas e relações étnico-raciais: em busca de uma formação crítica sobre a branquitude ......... 686 
Psicologia Crítica e estágio em políticas públicas - um fazerresistente ........................................................... 688 
Três cenas de Helena: memória, identidade e militância feminista no enfrentamentos da humilhação social
 .......................................................................................................................................................................... 690 
Uma nova ciência para velhos condenados?Psicólogos e autores de crimes sexuais na República (1889-1984)
 .......................................................................................................................................................................... 691 
GT 34 | Psicologia Comunitária: interlocuções entre Assistência Social, Sistema Prisional, Relações Etnico-
Raciais e Assessoria a Sindicatos ............................................................................................................... 692 
A prática da psicologia nas políticas públicas de ressocialização em Pernambuco ......................................... 693 
Além do paradoxo socioeducativo: a construção de sentidps coletivos .......................................................... 694 
Análise da Política Nacional de Assistência Social pelos critérios da Psicologia Comunitária Latino-americana
 .......................................................................................................................................................................... 696 
Da Invisibilidade ao Fortalecimento de Si e de Nós: Experiência em um CRAS de Itajaí/SC ............................ 697 
Inserção social em Sindicatos e Sistema Prisional: Desafios metodológicos para a Psicologia Social 
Comunitária ...................................................................................................................................................... 698 
Mulheres Encarceradas: A Construção de um Projeto para a Vida de Futuras Egressas do Sistema Prisional em 
Curitiba .............................................................................................................................................................699 
O sujeito encarcerado e a reincidência penitenciária: uma relação entre condições institucionais e 
subjetividade .................................................................................................................................................... 700 
O Trabalho como Pena Alternativa: Relato de uma pesquisa/intervenção ..................................................... 702 
Os desafios do profissional da psicologia na unidade prisional de Catalão-Goiás .......................................... 704 
Programa de Distensionamento no Local de Trabalho .................................................................................... 706 
Psicologia Social e formação de presos para o exame crítico do trabalho sob o capitalismo ......................... 707 
Psicologia social e sistema prisional: entre grades e possibilidades ................................................................ 709 
Uma passagem pelas teorias criminológicas, suas relações com o estado e a criminalização da miséria ...... 711 
GT 35 | Psicologia Social Comunitária: Práticas e Formação ....................................................................... 713 
As metodologias de rede como estratégias de ação coletiva no trabalho comunitário .................................. 714 
 
As práticas em Psicologia Comunitária: Os desafios da supervisão de estágio em comunidades carentes .... 716 
Atuação do psicólogo no terceiro setor: intervenções em uma ong que atende pessoas com deficiência .... 718 
Desafios para um país que envelhece: reflexões sobre o atendimento ao idoso asilado provido pelo Estatuto 
do Idoso ............................................................................................................................................................ 719 
Direitos dos idosos e concepção de envelhecimento: cotidiano e administração de Instituições de Longa 
Permanência para idosos ................................................................................................................................. 720 
Estágio básico de psicologia em contextos comunitários: o CRAS como via de acesso à comunidade ........... 721 
Formação de policiais militares: reflexões a partir da Psicologia Social Comunitária ...................................... 723 
In(ter)venções: Práticas clínico-institucionais tecendo novas conexões no território ..................................... 725 
O processo de constituição de um grupo de pesquisa e extensão em psicologia social-comunitária: teoria, 
consolidação de redes, desafios e estratégias de intervenção ........................................................................ 726 
Observação Participante em Instituição Assistencial para Pessoas que Vivem com HIV................................. 727 
Oficinas Psicossociais como práticas Educativas na Prevenção do Abuso Sexual com Crianças e Adolescentes
 .......................................................................................................................................................................... 729 
Projeto InterAções: Intervenção comunitária por meio de metodologia participativa ................................... 731 
Refugiados e Migrantes: a práxis da Psicologia em um projeto de extensão universitária ............................. 733 
Serviço de proteção e atendimento integral á família (PAIF) e pesquisa participativa: um relato de 
acompanhamento familiar ............................................................................................................................... 734 
Transformando percursos na Psicologia através da inserção acadêmica em um Núcleo de Apoio à Saúde da 
Família ............................................................................................................................................................... 735 
GT 36 | Psicologia Social do Trabalho: olhares críticos sobre o trabalho e os processos organizativos ......... 736 
A política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora na Sociedade dos Adoecimentos no Trabalho: um 
relato de experiência de estágio num CEREST ................................................................................................. 737 
Avaliações Psicossociais no Trabalho: a Psicologia comprometida com quem e com o que afinal? ............... 739 
Cadernos de Psicologia Social do Trabalho: metassíntese da produção publicada em suas duas décadas de 
existência .......................................................................................................................................................... 741 
Clínica da Atividade: investigação das apropriações e usos da autoconfrontação no Brasil ........................... 743 
Desejo, resistência e produção em empreendimentos de economia solidária ............................................... 744 
El Trabajo Autogestionario Complejo en un Movimiento Urbano Popular ..................................................... 746 
Família-empresa e acidente de trabalho na indústria automobilística: a história de João .............................. 748 
Ideologia e significado do trabalho: o caso dos trabalhadores por conta própria ........................................... 750 
Narrativas de estudantes do IFBA sobre experiências de trabalho e formação .............................................. 752 
Narrativas de resistência no mundo do trabalho: um estudo em andamento sobre a Economia Solidária 
brasileira ........................................................................................................................................................... 754 
Os sentidos atribuídos ao trabalho: relatos de pesquisas produzidas em um curso de Administração .......... 756 
Os sentidos do trabalho e da educação na percepção de jovens universitários: Desafios profissionais ......... 757 
Por novos Paradigmas de Gestão das Relações de Trabalho para Empresas Autogestionárias: Formação 
Integral e Continuada ....................................................................................................................................... 759 
Saúde Mental em Moçambique: Percepção dos Professores do Ensino Fundamental da Rede Pública de 
Angoche sobre os Fatores Psicossociais de Risco no Trabalho Docente .......................................................... 761 
Trabalho Intensificado: um estudo sobre as representações sociais de gerentes de logística ........................ 762 
GT 37 | Psicologia Social e Ruralidades ..................................................................................................... 764 
A Transversalidade do Currículo das Escolas da Zona Rural de Seropédica ................................................... 765 
Contribuições da Psicologia Para a Pela Emancipação do Campo ................................................................... 766 
Entre sonhos desejos e incertezas: cartografia de subjetividades de jovens rurais ........................................ 766 
Gênero e ruralidade: cartografando resistências ............................................................................................. 768 
História de vida e violência vividas por jovens rurais: enfrentamentos e táticas de resiliência ...................... 770 
Infâncias do Campo-Educação e cuidado compartilhados em acampamentos e assentamentos rurais ........ 772 
Juventude rural do Brasil e da Espanha: projetos e possibilidades de realização na formação profissional .. 773 
 
Juventude rural e rural quilombola: uma pesquisa bibliográfica sobre a produção discente na pós-graduação
 .......................................................................................................................................................................... 774 
Memória Social em um contexto Rurbano: Análise da religião protestante em Paracambi ........................... 776 
Mulheres e ruralidade(s): nomeações e sentidos em Movimento ..................................................................778 
O Comportamento antissocial na escola:representações das violências entre o rural e o urbano ................. 779 
O que significa articular o passado e o presente na comida caipira? .............................................................. 781 
Os desafios de manter o uso comum da terra: perspectivas dos/as jovens faxinalenses sobre as comunidades
 .......................................................................................................................................................................... 783 
Vivências do trabalho camponês: o cultivo do tabaco na região Sul ............................................................... 785 
GT 38 | Psicologia Social e Saúde: os desafios das práticas profissionais na atenção à saúde de populações em 
situação de vulnerabilidade social e na execução de políticas de saúde em contextos neoliberais .............. 787 
A Atuação do Psicólogo nos Programas de Redução de Danos - Internveções para a Cidadania.................... 788 
As redes de atenção às crianças vítimas de violência intrafamiliar no município de Uberlândia .................... 789 
Construindo sentidos: profissionais da saúde da família e o trabalho em equipe........................................... 791 
Consultório na rua e efetivação de direitos: avanços e desafios na perspectiva de trabalhadores ................ 792 
Crianças e adolescentes em situação de violência sexual - identificação e notificação dos casos na ESF ....... 793 
Desafios da atuação de psicólogos/as na atenção a pessoas com ideações e tentativa de suicídio ............... 795 
Educação Popular em Saúde no contexto das comunidades Quilombola e Indígena de Piripiri/PI ................ 796 
Excelencia en la acogida: las fronteras de las emociones en el cuidado de quien cuida ................................. 798 
Formar-se psicólogo em uma Residência Multiprofissional em Saúde da Família no Rio de Janeiro: um relato 
de experiência .................................................................................................................................................. 800 
O desenvolvimento do poder de agir em profissionais do programa Consultório na rua: considerações 
preliminares ...................................................................................................................................................... 802 
O que a atenção à saúde da população em situação de rua tem a ensinar à psicologia? ............................... 804 
O trabalho no Dispositivo de Cuidado no atendimento a População em situação de Rua .............................. 806 
Práticas de cuidado para mulheres parturientes: desafios da humanização em um hospital no Pará ........... 807 
Uma leitura sobre as mulheres ribeirinhas no portal do ministério da saúde ................................................. 809 
VISIBILIDADE E CONTROLE: efeitos da noção de vulnerabilidade na atenção básica à saúde ......................... 811 
GT 39 | Psicologia Social Jurídica: experiências, desafios, especificidades éticas e políticas em interface com a 
Justiça ..................................................................................................................................................... 813 
A atuação das/os psicólogas/os no serviço PAEFI na região da grande Florianópolis (SC) .............................. 814 
A inobservância dos direitos dos reclusos no Sistema Penitenciário brasileiro: um projeto político? ............ 816 
A invasividade jurídico-penal sobre as relações humanas na contemporaneidade ........................................ 818 
A reintegração social de egressos do Método Penal APAC: diálogo entre psicologia social e justiça ............. 820 
Afinal, o que é "proteção" no método do Depoimento Especial? ................................................................... 822 
Caleidoscópio da violência intrafamiliar: relato de intervenção grupal com pais e cuidador@s autor@s de 
violência ............................................................................................................................................................ 823 
CREAS/PAEFI e Sistema de Justiça: interfaces na rede de proteção à criança e ao adolescente..................... 825 
Espaço de vivências em Socioeducação ........................................................................................................... 827 
Família acolhedora e Reintegração familiar: impasses e reflexões sobre a medida protetiva para 
crianças/adolescentes ...................................................................................................................................... 829 
Honoris Causa: Gênero e sexualidade na jurisprudência dos Tribunais de Justiça do sudeste brasileiro ....... 831 
Para além das grades e prisões: Por uma psicologia crítica frente ao encarceramento em massa ................. 832 
PƌĄtiĐasàĐotidiaŶasàdosàĐoŶselhosàtutelaƌes:àpƌoďleŵatizaŶdoàoàŵuŶdoàdasà͞faltas͟ .................................... 834 
PƌoteçĆoàIŶtegƌalàăàadolesĐġŶĐiaàŶoàestadoàdoà‘ioàdeàJaŶeiƌo:àeŵàaŶĄliseàasà͞pƌioƌidadesàaďsolutas no âmbito 
do Poder Judiciário ........................................................................................................................................... 835 
Protege-RS: relações entre justiça, segurança e direitos humanos ................................................................. 836 
Relatos de experiência sobre a formação e a atuação do(a) psicólogo(a) social no Sistema Único de 
Assistência Social em interface com a Justiça .................................................................................................. 837 
 
GT 40 | Psicologia Social, História e Poder: entre a reprodução e a ruptura ................................................ 838 
A análise de Dante Moreira Leite acerca do caráter nacional brasileiro .......................................................... 839 
A psicologia e o percurso brasileiro para as políticas de saúde mental infantil ............................................... 840 
Articulações entre psicologia e educação no início do século XX: Manoel Bomfim e Isaías Alves .................. 842 
Infância e Consumismo na Contemporaneidade: Um diálogo entre teoria crítica e psicanálise ..................... 844 
Por aventuras mais estranhas: abolicionismo penal e desinstitucionalização dos manicômios judiciários .... 845 
Reflexões sobre o trabalho dos psicólogos com famílias na política de assistência social .............................. 847 
Relato de experiência de trabalho articulado entre o Serviço de Acolhimento e CREAS em Manaus ............ 849 
Subjetividade e subjetivação em Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault: contribuições à Psicologia
 .......................................................................................................................................................................... 850 
GT 41 | Psicologia social: história, subjetivação, insurgências .................................................................... 852 
A produção de subjetividades de adolescentes em Medida de Liberdade Assistida ....................................... 853 
Foucault, Marxismo e Psicanálise: uma análise histórica sobre os usos de Foucault na Psicologia Social no 
Brasil ................................................................................................................................................................. 855 
Gênero e saúde em 1990: uma análise da mídia impressa gaúcha ................................................................. 857 
Lourenço Filho: o diálogo entre psicologia e educação para um novo projeto nacional de sociedade........... 859 
Missão Lapassade-1972: coincidências analisadoras ....................................................................................... 861 
O argumento da historicidade na Psicologia & Sociedade: da crise dapsicologia social à crise do tempo ..... 863 
Os atravessamentos nas construções de grupos nos CRAS ............................................................................. 865 
Por uma Psicologia Social morena: contribuições do pensamento de Darcy Ribeiro ...................................... 866 
Psicologia Social nas tramas: Possibilidade de subversão social ou conformação com a ordem estabelecida?
 .......................................................................................................................................................................... 868 
Violência, juventude e medo: apontamentos sobre a política carioca de extermínio dos jovens pobres ...... 870 
GT 42 | Psicologia, desigualdade social e lutas para além do capital: análises desde o Marxismo ............... 872 
A ética neoliberal do poliamor e o mito da desconstrução do amor romântico ............................................. 873 
Apropriações do Marxismo pela História da Psicologia ................................................................................... 875 
As teses marxistas sobre a relação indivíduo e sociedade na revista Psicologia & Sociedade ........................ 876 
Conscientização e Transformação Social: Impasses e exigências para a Psicologia Social Comunitária ......... 878 
Experiências: termos e sujeitos ausentados na apreensão dos conflitos da sociedade brasileira .................. 880 
Homofobia e desigualdade social: de que maneira o marxismo pode contribuir para ações psi? .................. 882 
Ideologia, individualismo e Psicologia: modernização capitalista e experiência subjetiva .............................. 882 
Psicologia Social Comunitária e questão social: algumas reflexões na ótica da emancipação humana .......... 885 
Questão social, pobreza e o papel do psicólogo: reflexões a partir do estudo com a população em situação de 
rua ..................................................................................................................................................................... 887 
GT 43 | Psicologia, Promoção de Saúde e Cuidado Integral ........................................................................ 889 
As oficinas de intervenção psicossocial como estratégia de educação permanente e produção de 
conhecimento ................................................................................................................................................... 890 
Benzedeiras no Triângulo Mineiro: a concretização da integralidade do cuidado nos territórios da saúde ... 892 
Construindo intervenções de promoção à saúde com adolescentes: relato de experiência de uma UBS ...... 894 
Cuidado de si e promoção da saúde: a leitura literária no cotidiano de jovens na Cidade de São Paulo ........ 896 
Cultura de avaliação na atenção básica e processos de subjetivação ............................................................. 897 
De que Prevenção Estamos Falando? Sexualidade, marcadores sociais da diferença e 'políticas do medo' em 
um Programa Municipal de combate ao HIV em uma cidade do interior de Minas Gerais ............................. 898 
Estudo sobre as implicações subjetivas e socioculturais para sujeitos com sequelas de queimaduras .......... 899 
IRDI (Indicadores de Risco ao Desenvolvimento Infantil) e o mercado da doença .......................................... 900 
O cuidado em saúde mental: limites e possibilidades da rede de atenção psicossocial ................................. 902 
O dominó como mediação semiótica no resgate da vida: relato de experiência de estagiários de psicologia no 
NASF .................................................................................................................................................................. 903 
O Luto e a Função da Escuta Junto às Famílias que Perderam seus Filhos ...................................................... 904 
 
Produções artísticas no processo terapêutico em saúde mental: produtos e efeitos da subjetividade em 
movimento ....................................................................................................................................................... 905 
Promoção e Manutenção da Saúde em Idosos na Comunidade ...................................................................... 907 
Rodas de conversa com idosos: prática de um estágio básico em contexto comunitário ............................... 909 
Saúde mental de estudantes universitários: do atendimento individual à proposta de ajuda colaborativa de 
pares ................................................................................................................................................................. 911 
GT 44 | Psicologia, Travestilidades, Transexualidades e Intersexualidades ................................................. 913 
A subjetivação da beleza a partir do concurso Miss T Brasil ............................................................................ 914 
A testosterona pensada a partir das leituras neomaterialistas em relação às transmasculinidades .............. 915 
Análise de Discurso de gênero em Silicone Blues ............................................................................................ 917 
Cisnormatividade e passabilidade: (re)posicionamentos epistêmicos frente as regulações de gênero nas 
experiências trans ............................................................................................................................................. 919 
Corpos Trans e Acesso às Redes de Saúde Pública em Divinópolis, MG .......................................................... 921 
Da patologização ao direito à saúde de travestis e transexuais em documentos nacionais e internacionais . 923 
Desafios éticos na pesquisa com travestis: reflexões de um filme documentário........................................... 924 
História de vida de uma estudante intersexual ................................................................................................ 925 
Inserção na política como estratégia de poder para travestis e transexuais: candidaturas nas eleições 
municipais de 2016 ........................................................................................................................................... 926 
Intersecções entre Psicologia, Direitos Humanos e a despatologização das identidades travestis e trans: um 
diálogo possível?............................................................................................................................................... 928 
Movimentos trans e os homens trans: questões sobre (in)visibilidade e participação política ...................... 929 
Processo Transexualizador: Reinvenção e Regulação dos Corpos Trans ......................................................... 931 
Psicologia e despatologização das transexualidades e travestilidades: a experiência das oficinas de orientação 
realizadas pelo CRP-12 no estado de Santa Catarina ....................................................................................... 933 
Psicologia, poder e sexualidade: a figura contemporânea do intersex e novas práticas de subjetivação ...... 935 
Sexualidade e poder: algumas considerações sobre o filme Dzi Croquettes e a Psicologia ............................ 936 
GT 45 | Reflexões sobre ações em saúde para pessoas que fazem uso problemático de substâncias 
psicoativas ............................................................................................................................................... 937 
A gestão "das drogas" dos indesejáveis: fragmentos acerca da saúde mental no contexto do Estado do Pará
 .......................................................................................................................................................................... 938 
A Laicidade como direito no tratamento para usuários de álcool e outras drogas .........................................939 
A toxicomania como efeito paradoxal do Discurso Capitalista ........................................................................ 940 
Acompanhamento Terapêutico: prática interventiva em centro de atenção psicossocial para álcool e outras 
drogas ............................................................................................................................................................... 942 
Dependência química e violência na percepção do usuário de substâncias psicoativas ................................. 943 
Gestação e Crack: Percepções de Profissionais do Consultório de Rua de Jundiaí .......................................... 944 
Intervenções psicossociais na drogadição ........................................................................................................ 946 
O dispositivo das drogas nas políticas públicas: um relato de experiência de estágio em CAPS-AD ............... 947 
Percepção dos familiares sobre sua participação no desenvolvimento, tratamento e recuperação de 
dependentes químicos ..................................................................................................................................... 949 
Perfil dos moradores de rua e sua dinâmica familiar ....................................................................................... 950 
Perfil e Conjugalidade de Mulheres Dependentes Químicas em Tratmento no CAPS AD. Cibele Alves 
Chapadeiro -Universidade Federal do Triângulo Mineiro ................................................................................ 950 
Prevalência de práticas manicomiais no funcionamento institucional do CAPSad .......................................... 952 
Prevenção e promoção de saúde dos filhos de pessoas que fazem uso problemático de álcool .................... 953 
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR: a importância da escuta ativa na construção dos cuidados em saúde ... 954 
Substâncias psicoativas, vulnerabilidade social e laços familiares: um estudo de caso .................................. 955 
GT 46 | Reflexões sobre atuação da psicologia com populações indígenas, quilombolas e povos tradicionais – 
descolonização e encontro de saberes. ..................................................................................................... 956 
 
Aldeia urbana no sagrado afro-brasileiro: memória social e transformações identitárias de remanescentes 
indígenas, ribeirinhos e quilombolas ................................................................................................................ 957 
Colonialidade e subjetivação política: problematizações quanto aos movimentos decoloniais ..................... 959 
Dimensões da inserção de mulheres ribeirinhas na geração de renda comunitária ....................................... 961 
Encontros e agenciamentos na construção de estratégia de luta para retomada de área ancestral Mbya 
Guarani ............................................................................................................................................................. 961 
Grupo de identidade indígena com Crianças Xucuru-Kariri em Palmeira dos Índios Alagoas ......................... 964 
Identidade Coletiva e Indígenas em Contexto Urbano: Uma revisão de literatura ......................................... 965 
Integralizando saberes populares e especializados em saúde: Promoção da saúde na atenção primária em 
uma Comunidade Quilombola .......................................................................................................................... 967 
Memória, participação e o diálogo intergeracional numa comunidade quilombola ....................................... 969 
Memórias de um Povo Trajado de Rei: Arte e Recriação do Cotidiano ........................................................... 970 
Prisioneiras invisiveis: mulheres indígenas nos estabelecimentos prisionais de Mato Grosso do Sul ............ 971 
Saberes Populares no Cuidado à Saúde no Quilombo: Descolonização de Saberes ........................................ 973 
Sobre modos de beber entre os kaiowá e guarani no Mato Grosso do Sul ..................................................... 975 
GT 47 | Relações de Gênero e Educação: desafios na promoção da equidade ............................................ 976 
A escola como espaço para construção e desconstrução de gêneros: reflexões para a psicologia escolar .... 977 
Assimetrias na aprendizagem verificadas na avaliação do Pisa sob a ótica do gênero ................................... 978 
Coletivos feministas, minorias ativas: estudantes em foco ............................................................................. 980 
Educação e gênero: representações sociais de professores de uma escola particular do Rio de Janeiro ....... 981 
Educação sexual e ensino superior: realidade contemporânea e avanços necessários .................................. 982 
Educação, Diversidade e Cultura: Estratégias de Intervenção ......................................................................... 982 
Enfrentando a heterossexualidade compulsória: reconhecer as diferenças para reduzir desigualdades ....... 984 
Espaços de fala sobre gênero e sexualidade: O impacto na prevenção e revelação da Violência Sexual ....... 985 
ValeŶteàNĆoàĠàǀioleŶto͟:àiŶteƌǀeŶçƁesàsoďƌeàasàlſgiĐasàdaàǀiolġŶĐiaàdeàgġŶeƌoàŶaàesĐola ............................. 987 
GT 48 | Relações pessoa-ambiente: territorialidades e produção de espaços de resistência ....................... 988 
(In) visíveis e loucos pela cidade: encontros entre saúde mental e população em situação de rua ............... 989 
A Comunidade local na pratica do licenciamento ambiental da mineração: Estudo de caso em Mariana .... 990 
Arte e cultura como possibilidades de resistência e apropriação do território: a comunidade do Jardim 
Pedramar .......................................................................................................................................................... 992 
As cidades dos (in)visíveis: uma etnografia sobre pessoas em situação de rua e sem abrigo ......................... 994 
Enfrentamentos, resistências e sobrevivências nos raps do Grupo Realidade Negra do Quilombo do 
Campinho da Independência ............................................................................................................................ 996 
Identidade psicossocial e práticas de resistência em um território quilombola no sul do Estado de São Paulo
 .......................................................................................................................................................................... 998 
O resgate das ruralidades em contextos urbanos e o compromisso pró-ecológico ........................................ 999 
O uso da cidade por adolescentes em situação de rua no centro de São Paulo ............................................1001 
Relação Idoso-Ambiente e Qualidade de Vida em Ambientes Residenciais ..................................................1003 
Sociabilidades e subjetividades juvenis periféricas em contexto de violência urbana: significados e 
enfrentamentos ..............................................................................................................................................1005 
Uma Índia em Território Espírita ....................................................................................................................1006 
GT 49 | Saberes e fazeres da Psicologia no campo da Justiça e dos Direitos ............................................. 1008 
A bissexualidade na jurisprudência: as engrenagens do discurso monossexual ...........................................1009 
A experiência do estágio supervisionado em Psicologia Social e Jurídica: poderes, potências e provocações
 ........................................................................................................................................................................1011A socioeducação nas medidas socioeducativas: (re) produção da (des)igualdade social? ............................1013 
Construções Discursivas de Transgeneridade e Travestilidade na Jurisprudência ........................................1015 
Encontros psi-jurídicos na Defensoria Pública paulista: o entreprofissional e seus efeitos na formação .....1015 
Judicialização de Maternidades Vulneráveis: caso Mães Órfãs em Belo Horizonte ......................................1016 
 
Justiça Restaurativa: reflexões sobre intervenções alternativas com adolescentes envolvidos em conflitos
 ........................................................................................................................................................................1019 
Juventudes e Violência Urbana: Histórias de Vida de jovens em cumprimento de medida socioeducativa na 
cidade de Fortaleza (CE) .................................................................................................................................1021 
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS E ATO INFRACIONAL: lançando luzes sobre a relação entre conflitos familiares e 
atos infracionais por filhos adolescentes .......................................................................................................1022 
Notas sobre o proibicionismo de drogas e o racismo institucional: Efeitos para a Juventude Negra ...........1024 
O duplo estigma: louco e infrator, reflexões sobre a Medida de Segurança no Brasil ..................................1026 
Problematizando as práticas da Psicologia na Vara da Infância e da Juventude em Belém-PA ....................1028 
Psicologia e direito: relações entre alienação parental, família e poder no ordenamento jurídico brasileiro
 ........................................................................................................................................................................1030 
Uma experiência em instituição socioeducativa: reflexões sobre os direitos da criança e do adolescente ..1031 
Quem decide é o juiz: o (des)empoderamento familiar frente as demandas do judiciário...........................1033 
GT 50 | Saúde e processos participativos ................................................................................................ 1034 
Agente comunitário de saúde: a potência transformadora no território ......................................................1035 
Análise psicológica da escolha pelo parto domiciliar .....................................................................................1037 
Atividades interdisciplinares junto às adolescentes gestantes usuárias da UBS Dr. João Fernandes e suas 
mães, no município de Ladário - MS, com foco na gravidez sucessiva ..........................................................1039 
Clínica das formas-de-vida no trabalho: tessituras do entre .........................................................................1040 
Família e paciente oncológico: considerações sobre o lugar do psicólogo na produção de cuidado ............1041 
Mitos e Barreiras à psicoterapia: a percepção da prática do psicólogo e seus efeitos ..................................1042 
Na Escola, o mundo se movimenta. Trocas Interculturais entre Crianças do Brasil e da França através de seus 
Desenhos ........................................................................................................................................................1044 
O Dispositivo Equipe e o Fazer Entre Profissões em um Centro de Saúde Mental ........................................1046 
Produção de Saúde e Participação com usuários de um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil ....1047 
Psicologia, processo terapêutico e produção de subjetividades ....................................................................1049 
Relato de Experiência com Adolescentes do CAPS IA, Ênfase em Clínica Ampliada em Gestalt-Terapia ......1051 
Saúde mental e inclusão social do estudante de graduação ..........................................................................1052 
Saúde Mental, Discurso Midiático e Representações Sociais: aproximações entre a Psicologia Social e a 
Fenomenologia ...............................................................................................................................................1054 
Tenda Paula Freire ..........................................................................................................................................1056 
Um estudo de campo sobre a exposição exacerbada de adolescentes nas redes sociais .............................1057 
GT 51 | Sexualidades minoritárias, gêneros locais: questões aos processos de generalização, universalização 
e homogeneização sobre as maneiras de desejar .................................................................................... 1058 
A produção de subjetividade de mulheres vítimas de violência intrafamiliar em Rondonópolis- MT ..........1059 
Comendo mulher e dando pra homem: os desejos subvertendo a lógica identitária ...................................1060 
Gênero bicha? uma a[na(l)]rqueologia da diversidade sexual no Brasil ........................................................1062 
Igrejas inclusivas: territórios de resistência e luta pelo direito à fé e à diversidade sexual ...........................1063 
O armário entreaberto: experiência de ocultamento homossexual, uma revisão da literatura ...................1065 
O Estado da Arte sobre juventude rural homossexual em pesquisas Psi no nordeste brasileiro ..................1066 
Pegação Masculina na Cidade: Politicas de extermínio de sexualidade minoritárias e práticas de resistência 
através de territórios homoeróticos infames .................................................................................................1068 
͞MaŶifestoàpoƌàuŵàĐoƌpoàƋualƋueƌ͟:àaàaŶĄliseàdeàĐoƌpoƌalidadesàeŵàesƋuiǀaàdeàŶoƌŵatiǀasàeàpƌoduçĆoàdeà
singularidades a partir do método cartográfico .............................................................................................1070 
GT 52 | Subjetividade e Processos formativos: crítica da política, cultura e educação na América Latina .. 1071 
A ideologia da qualificação como ente subjetivador dos jovens pobres contemporâneos: apontamentos 
iniciais de pesquisa .........................................................................................................................................1072 
A Psicologia na Educação Inclusiva na Rede Pública de Belo Horizonte/MG: a percepção dos professores .1073 
Análise da construção da ITES-FIBE: um relato de experiência da Psicologia do UNIFAFIBE .........................1075 
 
Estudo sobre a vivência prática e idealizações do papel da professora na educação infantil .......................1077 
Funk, identidade e cultura: os diferentes modos de produção de si no cotidiano escolar ...........................1078 
GƌadesàĐuƌƌiĐulaƌesàeàaŵaƌƌas:àáà;iŶͿadeƋuaçĆoàĐuƌƌiĐulaƌàdosàĐuƌsosàdeàPsiĐologiaàfƌeŶteàăà͞ƋuestĆoàsoĐial͟
 ........................................................................................................................................................................1079 
O Horror sobrenatural na literatura: Reflexões sobre arte, educação, subjetividade e violência .................1081 
O trote universitário na Universidade Federal de Roraima: reflexões sobre indivíduo, grupo e sociedade .1083 
Políticas de Acesso a Mães Universitárias na Universidade Federal de Roraima ..........................................1085 
Políticas Públicas de Acesso na Universidade Federal de Roraima: Permanência e Qualidade de formação
 ........................................................................................................................................................................1087 
Políticas públicas e intervenção no contexto escolar: desafios e práticas .....................................................1089Reflexões sobre as noções de formação humana e desenvolvimento em Jean Piaget com base na teoria 
crítica ..............................................................................................................................................................1091 
Reflexões sobre diversidade sexual e políticas públicas em educação ..........................................................1093 
Roda de conversa sobre evasão: a psicologia escolar no ensino superior .....................................................1095 
Uma experiência de implantação de oficinas na EJA em uma escola municipal ...........................................1097 
GT 53 | Subjetividades, ciborgues, híbridos e redes sociotécnicas :pulsações intermitentes entre o mecânico e 
o maquínico ........................................................................................................................................... 1099 
A imersão em realidades simuladas como dispositivo de experimentação estética .....................................1100 
A Indústria Cultural na Era da Internet – Teoria Crítica, Consumo e Tecnocultura: Felicidade/Sofrimento .1102 
O coletivo Uerj nas suas múltiplas redes de (res)existência ..........................................................................1103 
O uso do Facebook como plataforma colaborativa no desastre ambiental da Região Serrana em 2011 .....1105 
Participação Política na Era Informacional .....................................................................................................1107 
Pedro e a Responsabilidade: notas para uma cartografia socioeducativa .....................................................1109 
Performances e redes sociotécnicas e ecosofia : a cartografia do social e a posição da ciência em um 
laboratório de resíduos contaminantes .........................................................................................................1111 
Processo de Extitucionalização: Outras Formas de Organizaçao Social .........................................................1113 
GT 54 | Territorialidades, subjetividades e Psicologia Social .................................................................... 1115 
A MÍDIA E AS MORTES DE JOVENS DA PERIFERIA: uma análise a partir do jornalismo impresso .................1116 
Biopolíticas da vida urbana: subjetivações, exclusões e violências ...............................................................1118 
Cartografias político-afetivas em situação de rua no Norte do Brasil ............................................................1120 
Circulação, Cidade e Poder .............................................................................................................................1121 
Corpos arruínados pela história: memórias vulneráveis ................................................................................1123 
Da Cultura de Paz ao Tecnobrega: reflexões sobre juventudes urbanas e práticas culturais ........................1125 
Discursos de medo e insegurança como produtores de exclusão e segregação no espaço urbano .............1127 
ONG Pós- Cris: reflexões sobre as forças normativas .....................................................................................1128 
Programa Minha Casa Minha Vida – Do sonho da casa própria ao governo das vidas..................................1130 
Prostituição e territórios: Efeitos e transformações em Belo Horizonte .......................................................1131 
Psicologia e Cidade: intervenções interdisciplinares para desnaturalização da cidade enquanto espaço de 
privilégios ........................................................................................................................................................1132 
Saúde Mental e Atenção Básica: o fio da navalha entre autonomia e tutela ................................................1134 
Táticas do cotidiano: Acompanhamento terapêutico, narrativas e construção de territórios ......................1135 
Territorialidade e Subjetividade: desafios para a população em situação de rua .........................................1137 
Malucos de Estrada͟:àpƌoduçĆoàdeàteƌƌitſƌiosàdeàedžistġŶĐiaàeŵàteŶsĆoàĐoŵàosàŵodelosàiŶstituĐioŶaisà
hegemônicos ...................................................................................................................................................1139 
GT 55 | Territorialidades, modos de vida e subjetividades: aproximações da Psicologia Social ................. 1141 
Adolescência em situação de precariedade social: das fronteiras no processo de constituição subjetiva e 
identitária .......................................................................................................................................................1142 
Desafios, tensões e enfrentamentos vivenciados por profissionais nos Centros de Referência em Assistência 
Social ...............................................................................................................................................................1144 
 
Devir-cidade e o poder comum de agir: subjetividades – histórias de comunidade .....................................1146 
Diálogos audiovisuais da Psicologia na relação pessoa-ambiente: sala de aula como espaço de criação.....1148 
Espaços de fazer viver e do deixar morrer da população masculina no município do Rio de Janeiro: uma 
análise da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Homens .........................................................1150 
Famílias à margem: vivências em um processo judicial de remoção e reassentamento ...............................1152 
Modos de viver e habitar de uma comunidade em situação de vulnerabilidade social no município de Santo 
Ângelo - RS ......................................................................................................................................................1154 
O efeito do trabalho agente comunitário de saúde na pólis e o efeito da pólis nos modos como são 
produzidos o cuidado em saúde .....................................................................................................................1156 
Quem caça jeitos cata ventos: uma cartografia da Casa dos Cata-Ventos ....................................................1157 
Relato de experiência em psicologia no território de medidas socioeducativas ...........................................1159 
Serviços públicos de atendimento psicológico para pessoas com deficiência e produção de subjetividade 1161 
“oďƌeàapostaàŶaàdispoŶiďilizaçĆoàdeàesĐutaàpsiĐaŶalítiĐaàeŵàuŵaà͞Ƌueďƌada͟àĐoŵ͞Đotidiano difícil" ........1163 
Subjetivação Política e Máquina de Guerra: impedimentos e potencialidades dos CRAS em ações coletivas
 ........................................................................................................................................................................1165 
Territórios e juventudes: sobre a construção de subjetividades ...................................................................1167 
Lá e cá histórias e projetos de vida de sorveteiros ítalo-brasileiros na Alemanha ........................................1169 
GT 56 | Territórios que forjam sujeitos: poder, identidade, processos de subjetivação e políticas de ocupação
 .............................................................................................................................................................. 1170 
FotografAndando: uma experiência de apropriação da cidade com usuários da Saúde Mental ..................1171 
Meio ambiente, atuação política e constituição de identidade no movimento ambientalista do Norte e 
Nordeste do Brasil ..........................................................................................................................................1173 
Meu corpo não te pertence: território de risco para mulheres adultas jovens .............................................1175Pelo olhar dos adolescentes: contribuições do 'photovoice' para a apreensão dos desafios e dos potenciais 
dos territórios no empoderamento dos sujeitos ............................................................................................1176 
Surdez com Recorte Racial: Estado da Arte no Brasil de 2002-2017..............................................................1178 
Trajetórias no Risco: reflexões sobre questões de gênero no contexto das emergências e desastres .........1180 
UMA RUA, UM PRÉDIO, UMA PRAÇA: Decolonizando durações em Pelotas ................................................1181 
Exposição fotográfica FotografAndando: uma experiência de apropriação da cidade com usuários da Saúde 
Mental ............................................................................................................................................................1183 
GT 57 | Trabalho e Precarização: Adoecimento e Resistências ................................................................. 1185 
A terceirização na UFF: enfrentamentos em tempos de precarização do trabalho.......................................1186 
A vida do/a professor/a universitário/a: o produtivismo acadêmico como processo de precarização do 
trabalho ..........................................................................................................................................................1188 
Considerações acerca da organização de trabalho em um hospital público .................................................1189 
Doà͞tƌaďalhoàsujo͟àăàďelaàoďƌa:àOàƋueàĠàtƌiaƌàŵateƌiaisàƌeĐiĐlĄǀeis? .............................................................1191 
Intervenções em saúde do trabalhador: reverberações nos sujeitos, instituições e na formação em Psicologia
 ........................................................................................................................................................................1193 
O desgaste docente na educação pública superior brasileira: questões emergentes ...................................1195 
Reflexões acerca da organização de trabalho do setor bancário através do Organidrama ...........................1197 
Saúde do trabalhador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais: compreensões de assistentes sociais .........1199 
Saúde e Saúde do Trabalhador: compreensões de trabalhadores de Unidade de Referência do SIASS .......1200 
Sofrimento No Trabalho: O Cuidado Com A Saúde Do Agente Penitenciário Do Sistema Prisional Do Estado De 
Minas Gerais ...................................................................................................................................................1202 
Trabalho docente flexível: riscos à vulnerabilidade de professores ..............................................................1204 
Trabalho e saúde de docentes universitários: um estudo de caso ................................................................1206 
UM MAL SILENCIOSO OU SILENCIADO?: representações sociais para graduandos em Administração sobre o 
assédio moral no trabalho ..............................................................................................................................1208 
Violência relacionada ao trabalho e adoecimento psíquico ..........................................................................1210 
 
Faço mais do que devo e menos do ƋueàpƌeĐiso͟:àtƌaďalhoàdoĐeŶteàeàsaúde ...............................................1212 
GT 58 | Trocas interdisciplinares em percursos metodológicos inventivos: pesquisa narrativa e escrita 
acadêmica ............................................................................................................................................. 1213 
As narrativas autobiográficas de Vanete Almeida: as marcas de gênero, raça e classe ..............................1214 
Cartagrafar: possibilidades entre escrever e cuidar, acolher e pesquisar .....................................................1216 
Ciência do Rastreio: Territorialização no campo da Assistência Social ..........................................................1218 
Elucidando processos investigativos em formatos de pesquisa-ação colaborativa .......................................1220 
Fotografia e Pesquisa: a produção de narrativas e dados visuais em Psicologia Social .................................1222 
Mapeamento sobre saudade: um objeto de pesquisa que exige novas estratégias metodológicas .............1223 
Não morri assim como você, mas minha vida desde este dia ficou congelada: um estudo de narrativa sobre 
os efeitos da violência obstétrica na vida de uma mulher violada no parto ..................................................1224 
Narrativas audiovisuais para uma abordagem história da luta contra a aids em Belo Horizonte .................1226 
Narrativas da rede intersetorial de saúde sobre atendimento psicossocial e mortes em vida no caso do 
desastre tecnológico de Mariana/MG ............................................................................................................1228 
Narrativas de estudantes universitários, habitus familiar e competência discursiva ....................................1230 
Narrativas ficcionais coconstruídas com jovens vivendo com HIV/aids .........................................................1232 
Processos de subjetivação em vivencias do pós-operatório tardio da cirurgia bariátrica .............................1233 
Teoria Ator-Rede e o Trabalho de Campo: condições de fazer e ser o movimento #UERJRESISTE ...............1234 
Transferência textual: A produção teórica na psicologia ...............................................................................1236 
Uma pesquisadora narrativa vivendo possibilidades criativas na escrita acadêmica ....................................1237 
GT 59 | Violação de direitos na área de gênero e raça: analisando e diagnosticando o presente ............... 1238 
"QUERO LANÇAR UM GRITO DESUMANO": Vivências de travestis e transexuais encarceradas em Caruaru-PE
 ........................................................................................................................................................................1239 
A Terceira Margem do Rio: os Direitos Humanos das Pessoas Trans ............................................................1240 
AGRESSORES: relato de experiência sobre o acompanhamento de um grupo de homens envolvidos em 
situações de violência doméstica ...................................................................................................................1241 
Atendimento Psicológico no CREAS aos Meninos Vítimas de Violência Sexual .............................................1243 
Desconstruindo relacionamentos abusivos: um olhar crítico acerca da sociedade patriarcal ......................1245 
Entre saúde e segurança pública: homens marcados pela violência nos serviços de emergências de saúde
 ........................................................................................................................................................................1247 
Homicídios de adolescentes em Fortaleza: uma discussão a partir das variáveis raça e pobreza .................1249 
Inclusão perversa e violação de direitos de LGBT's negros sob a perspectiva da Psicologia Social ...............1250 
Incursões no universo da violência de gênero: experiência com oficinas temáticas .....................................1252 
Promoção de igualdades no âmbito da Universidade: mapeando os perfis étnico-raciais, de gênero e 
diversidade sexual ..........................................................................................................................................1254 
Relatos de vivências: estudo de caso de travestis negras em situação de rua na cidade de Uberaba/MG...1255 
Categoria Pôster ...........................................................................................................................1256 
Eixo 01. Políticas públicas, direitos sociais e práticas de emancipação em contextos neoliberais .............. 1257 
A atuação dos profissionais em procedimentos de apuração de ato infracional de jovens estudantes .......1258 
A prática da psicologia social em um trailer itinerante Projeto Circolando (Instituto Padre Haroldo, 
Campinas/SP) ..................................................................................................................................................1260 
A representação social da reforma do ensino médio para os estudantes .....................................................1262 
Acolhimento institucional para adolescentes com trajetória de vida nas ruas: Vivências de um estágio 
curricular .........................................................................................................................................................1263 
Adoção de crianças maiores, adolescentes e construção de vínculos familiares: uma revisão da literatura 
científica .........................................................................................................................................................1265 
Análise das práticas de cuidado com usuários de álcool e outras drogas na Atenção Básica .......................1267 
Análise sobre a implantação da Rede de Atenção Psicossocial na em Fortaleza ...........................................1268 
 
As "manicomializações" em ILPI's e a urgente discussão das internações sob novas roupagens .................1269 
As medidas socioeducativas em adolescentes e sua efetividade: uma revisão integrativa da literatura 
científica .........................................................................................................................................................1270 
Atendimento a indivíduos em cumprimento de medida socioeducativa por uso indevido de drogas: uma 
postura de atuação .........................................................................................................................................1272 
Bolsa-família e a possibilidade de uma vida mais vivível ...............................................................................1273 
Contextualizando a personalização do menor infrator no Brasil: uma revisão narrativa ..............................1274 
Da marginalidade à inclusão: Perspectivas do egresso do sistema prisional que participa do Programa de 
Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp) ...............................................................................1275 
Democracia, Garantia De Direitos e Juventude: Demandas E Embaraços .....................................................1276 
Desafios e possibilidades para o trabalho das (os) psicólogas (os) do CRAS em tempo de crise...................1277 
Desafios na atenção psicossocial de crianças e adolescentes usuários de álcool e drogas. ..........................1278 
Dia Mundial de luta contra a aids: importância da prevenção e do combate ao preconceito ......................1279 
Discurso e ideologia: a violação do direito à vida em três momentos políticos do Brasil .............................1280 
Expectativa dos profissionais da ESF em relação a atuação do psicólogo na RAPS .......................................1281 
Família e adoção: perspectivas para o trabalho em rede ..............................................................................1282 
Família, gênero e políticas de assistência: uma perspectiva da teoria crítica. ...............................................1283 
Formação acadêmica tecnicista e discursos especialistas: Engrenagens (re)produtoras de exclusão social?
 ........................................................................................................................................................................1285 
Internação involuntária, família e o abuso de substâncias psicoativa: revisão sistemática da produção 
científica nacional. ..........................................................................................................................................1286 
Levantamento e análise dos programas sociais governamentais para juventude no Brasil ..........................1287 
Mapeamento da produção científica latino-americana de Psicologia sobre política social ..........................1288 
Matriciamento em saúde mental: articulação entre atenção primária e Centros de Atenção Psicossocial .1290 
O imaginário social relativo à adoção de crianças maiores e a construção dos vínculos familiares ..............1291 
O PAIF como estratégia para politização de crianças de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família .1292 
O Programa Saúde na Escola: possibilidades e limites na perspectiva da Residência Multiprofissional em 
Saúde ..............................................................................................................................................................1294 
O psicólogo na Assistência Social interlocuções entre teoria e prática .........................................................1296 
Os sujeitos egressos prisionais: o retorno à liberdade e a (re) inserção social ..............................................1298 
Política Pública de Segurança, Juventude, Prevenção à Criminalidade e atuação da Psicologia ...................1299 
Práticas discursivas de educadores sociais junto a adolescentes em situação de vulnerabilidade social .....1300 
Processos de empoderamento de pessoas portadoras de doenças estigmatizadas negligenciadas: análise 
crítica da literatura nacional ...........................................................................................................................1301 
Projeto Dignidade: Garantindo Direitos no Centro de Ressocialização de Cuiabá ........................................1303 
Psicologia e EJA: Uma Construção De Saber Escolar, Social e Político. ..........................................................1304 
Relato de experiência de estágio em um Centro de Recepção ao Adolescente Infrator ...............................1306 
‘elatoàdeàEdžpeƌiġŶĐiaàŶoàC‘á“:àOàGƌupoà͞ásàVioletas͟. ................................................................................1307 
Sentidos construídos com equipes de saúde mental sobre o cotidiano da internação psiquiátrica compulsória
 ........................................................................................................................................................................1308 
Sujeito adolescente e ato infracional: leituras sobre o desamparo e a posição do campo jurídico ..............1309 
Trabalho e Justiça Social no Brasil da Constituição Cidadã: discurso jurídico sobre política urbana e assistência 
social ...............................................................................................................................................................1310 
Um relato de experiência em instituição de acolhimento para crianças e adolescentes ..............................1312 
Violência doméstica: Experiência com grupo reflexivo ..................................................................................1313 
Vivência prática: atuação da Psicologia na atenção terciária.........................................................................1315 
Eixo 02. Gênero e sexualidades: modos de subjetivação e políticas de resistência .................................... 1316 
"O que os adolescentes querem saber sobre sexualidade" ...........................................................................1317 
A família homoafetiva e a contemporaneidade: desafios e conquistas.........................................................1318 
 
A Influência da Visão Social, Histórica e Psicanalítica sob a Mulher e a Subjetivação do Corpo Feminino ...1319 
A maternidade enquanto escolha da mulher .................................................................................................1321As repercussões da revelação da homossexualidade na família: revisão integrativa da literatura científica
 ........................................................................................................................................................................1323 
Construção do objeto a partir das categorias gênero e raça: Notas introdutórias de uma pesquisa ............1324 
Corpos dissidentes: experiências de pessoas transexuais da infância à vida adulta .....................................1325 
Criação do conhecimiento em contexto de luta: O caso do Nucleo juvenil de pesquisas comunitaria. ........1326 
Despatologização da Transexualidade, uma revisão integrativa da literatura nacional ................................1328 
Diversidade sexual: Preconceito e discriminação na universidade. ...............................................................1330 
Experiências do "sair do armário" e relações de poder: processos de constituição da subjetividade e 
identidade de jovens lésbicas e gays ..............................................................................................................1332 
Gênero e prisão: os impactos do sistema prisional sobre a desigualdade social e invisibilidade da mulher 
encarcerada no estado de Alagoas. ................................................................................................................1334 
Gênero, subjetividade e psicologia: a importância do debate emergente na contemporaneidade .............1335 
Homossexualidade e família de origem: a perspectiva de homossexuais masculinos ..................................1336 
Impactos causados pelo grupo de atendimento a homens autores de violência de gênero contra mulher .1337 
Investigações sobre o envelhecimento LGBT .................................................................................................1339 
Junt@s: Elaboração de estratégias acerca das experiências de conjugalidade de homens autores de violência
 ........................................................................................................................................................................1340 
Labirintos da violência de gênero: Conhecendo a agressão Psicológica e moral contra as mulheres. ..........1342 
Mulheres e o enfrentamento da violência: perspectivas históricas e a afirmação de políticas públicas ......1343 
O MERCADO DE TRABALHO: A percepção de um grupo de homossexuais de Uberlândia-MG ....................1345 
O Ninho Vazio: Análise da vivência de um grupo de pais de Uberlândia no momento da saída do último filho 
de casa. ...........................................................................................................................................................1346 
O que a mulher fez de errado para apanhar? Uma análise crítica dos trabalhos brasileiros ........................1347 
Os Sentidos do Ser/Estar Trans ......................................................................................................................1349 
Quando a batalha acabar: uma análise do direito ao nome social dos não-humanos ..................................1351 
Repetição da ͞gƌaǀidez na adolesĐġŶĐia͟ e o contexto familiar ....................................................................1352 
Representações Sociais sobre a velhice em lideranças LGBT .........................................................................1354 
Sexualidade e preconceito na universidade: a vivência de estudantes LGBTs ..............................................1356 
Travestis e Mulheres Trans no Sistema Prisional Brasileiro: uma análise do discurso acadêmico no Brasil .1357 
͞Poƌ detrás das ĐoƌtiŶas͟: relato de experiência com mulheres profissionais do sexo .................................1359 
Eixo 03. Psicologia Social, Comunicação e Mídias: hegemonias e resistências táticas ................................ 1361 
A vulnerabilidade das crianças e adolescentes no uso das redes sociais e a mediação parental ..................1362 
Gênero e espaço midiático. Como desenhos infantis são analisados na identificação e discussão de gênero.
 ........................................................................................................................................................................1363 
Representações Sociais do Nordeste e do nordestino ...................................................................................1364 
Sexualidade, Violência e Etnia na mídia: o que pensam os adolescentes de Coletivos ProJovens? ..............1365 
Uma nova mulher (?): gênero feminino na filmografia contemporânea da Disney ......................................1367 
Eixo 04. Insurgências ético-estético-políticas: artes, tecnologias e subjetivação ....................................... 1369 
Andanças do pensamento, delírios e outros modos de pesquisar .................................................................1370 
As Representações Subjetivas através das Tatuagens no Contexto Prisional ................................................1371 
BRECHÓ-BRECHA: produção de subjetividade pela roupa e pela moda em grupo de escambo ...................1372 
Entre sentir e transformar: a potência da experiência estética na academia................................................1373 
O significado de fé para adolescentes em conflito com a lei .........................................................................1374 
Os Velhos e a poesia: Cartografia de um asilo. ..............................................................................................1376 
Poder e tecnologia nos modos de subjetividade: uma perspectiva histórico-cultural. .................................1378 
Poeticagens no cotidiano de uma sala de aula: experiência Estético-Político-Ético. .....................................1380 
 
Poéticas em conflito com a lei: a arte como dispositivo de resistência e criação no contexto das medidas 
socioeducativas ..............................................................................................................................................1382 
Potências transformadoras para além do óbvio: A arte como intervenção psicossocial no contexto da saúde 
mental .............................................................................................................................................................1384 
Eixo 05. Psicologia Social, processos de trabalho em contextos neoliberais e possibilidades de enfrentamento
 .............................................................................................................................................................. 1385 
A Individualidade Humana na Sociabilidade Capitalista: uma analise centrada em O Capital de Karl Marx .1386 
A velhice em meio à sociedade de produção: de qual modo ser? .................................................................1387 
A vulnerabilidade do estresse no trabalho em um grupo de bombeiros na cidade de Uberlândia-MG .......1388 
Adoeci no trabalho: identidade do trabalhador contemporâneo ..................................................................1390 
Aspectos do processo de trabalho em saúde mental com trabalhadores de CAPS .......................................1391 
Assédio moral acidentário: a dupla perversidade do mal como causa e consequência de adoecimento no 
trabalho ..........................................................................................................................................................1393 
Da ideia da empresa capitalista à regulação de uma norma geral de vida por meio do trabalho: do que fala o 
trabalhador informal?.....................................................................................................................................1394 
Fatores Facilitadores e Limitantes da Inserção no Mercado de Trabalho com um Grupo de Universitários de 
Uberlândia/MG ...............................................................................................................................................1395Fatores relacionados á exclusão social: uma revisão sistemática ..................................................................1397 
História de vida de pacientes psiquiátricos em período de internação .........................................................1398 
Impacto de curso de capacitação na ressignificação de compreensões e experiências relacionadas à 
Economia Solidária .........................................................................................................................................1399 
Impacto do trabalho em três turnos na saúde mental em professores do ensino médio. ............................1400 
IMPáT‘IáÇÃOàEà͞MáI“àMÉDICO“͟:àtƌajetſƌiasàeàiŵpliĐaçƁesàŶosàpƌoĐessosàdeàsuďjetiǀaçĆoàdeàŵĠdiĐosà
cubanos ...........................................................................................................................................................1401 
Jovem trabalhadora em situação de trabalho informal e uma experiência traumática ................................1403 
Jovens Universitários em Situação de Desemprego: As implicações de voltar a depender financeiramente dos 
pais ..................................................................................................................................................................1405 
O controle do tempo do trabalho docente e o uso do ponto eletrônico: lutas e resistência no IFBA – Campus 
Vitória da Conquista .......................................................................................................................................1406 
O trabalho contemporâneo e suas consequências na subjetividade do trabalhador ....................................1408 
O trabalho da mulher agente de segurança penitenciária e seus impactos psicossociais. ............................1410 
O trabalho na prisão: o campo da precarização .............................................................................................1411 
Organização do trabalho de psicólogos da atenção básica ............................................................................1412 
Popularização da ciência entre professores: elaboração de cartilha sobre saúde/adoecimento mental dos 
docentes do RS ...............................................................................................................................................1414 
Psicologia no Sistema Único de Assistência Social: Reflexões sobre o lugar do estagiário no Serviço de 
Proteção e Atendimento Especializada as Famílias e Indivíduos (PAEFI) .......................................................1416 
Sofrimento Físico e Mental das Professoras da Educação Infantil .................................................................1417 
Subjetividade, representações sociais e o trabalho na economia solidária: uma revisão teórica .................1418 
Trabalho (do) menor: o Sentido do Trabalho Protegido para jovens aprendizes ..........................................1420 
Trajetória e Atuação do Psicólogo Organizacional: Impasses e Dificuldades .................................................1422 
Transtorno de Ansiedade: um estudo sobre a identificação de sinais de ansiedade nos estudantes da 
Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora de Macaé na busca por uma colocação no mercado de trabalho ...1423 
Uma visão sobre a organização do processo de trabalho da equipe da CIHDOTT .........................................1425 
Vivências do Desemprego entre Mulheres: Adoecimento Psíquico e Social .................................................1427 
Eixo 06. Estado, Democracia e Movimentos Sociais face à mundialização e neoliberalismo ...................... 1428 
Mídia burguesa e comunicação mediada: a invenção da verdade, identidade e subjetivação .....................1429 
Ocupação estudantil: As representações sociais de estudantes de uma universidade federal.....................1431 
 
Eixo 07. Psicologia Social: questões teóricas e metodológicas na pesquisa, produção de conhecimento e/ou 
intervenções .......................................................................................................................................... 1432 
A Construção do Conceito de Self na Obra de Kenneth Gergen ....................................................................1433 
A dinâmica familiar na prostituição e as interfaces com o contexto social ...................................................1434 
A experiência de um grupo reflexivo - PAEFI - de mulheres no município de Brejinho/RN ..........................1436 
A identidade PROVAR: o discurso do não-lugar dentro de uma universidade pública. .................................1437 
A Produção Científica Sobre Políticas Sociais: Uma Análise Da Autoria Latino-Americana ...........................1439 
A produção de A. N. Leontiev em relação à ciência soviética entre 1940 e 1959 ..........................................1440 
A psicologia no campo da Atenção Básica: uma revisão sistemática .............................................................1441 
Atuação do/a Psicólogo/a na Proteção Especial nos Órgãos da Assistência Social .......................................1443 
Compreendendo o papel da educação escolar em práticas psicológicas na saúde: por uma formação crítica
 ........................................................................................................................................................................1445 
Concepções de mães de usuários de drogas sobre a própria maternidade ..................................................1447 
Educação inclusiva: transformação (in)clusiva ou (ex)clusiva? ......................................................................1448 
Epidemiologia da Violência Auto Infligida/Suicídio e Políticas Públicas do SUS ............................................1449 
Experiência de atuação em CREAS de um município de pequeno porte no RN ............................................1450 
Infância(s) e Psicologia(s) Socia(is): multiplicidade, performatividade e efeitos. ..........................................1452 
Medicalização do fracasso escolar .................................................................................................................1453 
Modulações da verdade e processos de subjetivação com Foucault. ...........................................................1454 
O projeto epistemológico moderno em face das histórias das mulheres: problematizando práticas jurídicas e 
psicológicas. ....................................................................................................................................................1456 
Os efeitos da convivência em famílias acolhedoras no desenvolvimento de bebês .....................................1458 
Prática de estágio em Psicologia social: Desafios na mediação indivíduo trabalho .......................................1460 
Promoção de saúde e integração em um grupo de dança comunitário. .......................................................1461 
Significado e Sentido de Maternidade Analisados Numa Perspectiva Histórico-Cultural..............................1463 
Sobre construir-se militante na formação em Psicologia: intervenções contra situações de violência de 
gênero .............................................................................................................................................................1464 
Super Trunfo Cidadania: Combinações entre o lúdico e o político na criação de uma tecnologia 
socioassitencial ...............................................................................................................................................1465 
Tornar-se Psicólogo: Compreender as transformações de sentidos no decorrer da graduação de estudantes 
de Psicologia. ..................................................................................................................................................1466 
Uma Psicologia contra a ordem:faces da Psicologia Política na América Latina ...........................................1468 
Eixo 08. Políticas de igualdade racial e étnica no Brasil: histórico e desafios contemporâneos .................. 1470 
As interfaces da inclusão no âmbito educacional ..........................................................................................1471 
Centro de Referência de Assistência Social e as Comunidades Tradicionais de Matriz Africana: reflexões sobre 
possíveis intervenções psicossociais junto aos povos de terreiros. ...............................................................1473 
Empoderamento e protagonismo negro a partir da análise de músicas brasileiras ......................................1474 
Nos Batuques dos Quintais: Cruzadas contra os ͞IŶiŵigosàdeàCƌisto͟ ...........................................................1475 
Parentalidade quilombola: etnografia centrada na pessoa ...........................................................................1476 
͞VidasàNegƌasàiŵpoƌtaŵ!͟àUŵàEstudoàĐƌítiĐo sobre as matrizes do pensamento psicológico ......................1477 
Eixo 09. Ética, violências e justiça em tempos de retrocessos mundial e nacional dos direitos humanos ... 1478 
A Contribuição da Mídia para a Legitimação da Violência de Estado e Criminalização da Pobreza ..............1479 
A Multiparentalidade nos tribunais: reflexões sobre o reconhecimento da socioafetividade no recasamento
 ........................................................................................................................................................................1481 
Acompanhando pais, assistindo filhos: a prática do psicólogo no acompanhamento de visitas nos tribunais
 ........................................................................................................................................................................1482 
Alienação parental e guarda compartilhada nas varas de família: judicialização em debate ........................1484 
Aprisionado na mais complexa liberdade: pequena cartografia sobre adolescentes em situação de rua na 
cidade de Pelotas/RS ......................................................................................................................................1485 
 
As relações homoafetivas à luz dos direitos humanos na jurisprudência brasileira ......................................1487 
Atuação da Psicologia diante da Violência Obstétrica: Uma discussão a partir da produção de documentários.
 ........................................................................................................................................................................1489 
Construção de Vínculos e Acompanhamento a Egressos das Medidas Socioeducativas na FUNDAC Bahia .1491 
Construção dos afetos, vínculos e rupturas no acolhimento familiar de crianças e adolescentes em situação 
de violência. ....................................................................................................................................................1492 
Controle Social e a Violência Praticada Contra Jovens no Brasil ....................................................................1494 
Denúncias de abuso sexual infantil no contexto do litígio conjugal: atuação dos psicólogos nos tribunais .1496 
Diálogos entre Psicologia e Direito: contribuições de uma prática interdisciplinar .......................................1497 
Direitos Humanos em diálogo com a Psicologia: historicidade e ascensão no Brasil ....................................1498 
Família e prisão: desafios para a produção novos saberes ............................................................................1500 
Infância, migração e processos de subjetivação: experiências de um projeto de extensão universitária.....1501 
Jovens em conflito com a lei: uma revisão sistemática de literatura .............................................................1502 
Justiça Restaurativa e construcionismo social ................................................................................................1504 
Justiça Restaurativa pela mediação dialogada dos conflitos e repactuação social ........................................1505 
Liga Acadêmica de Psicologia Jurídica: Uma experiência formativa em Psicologia Jurídica ..........................1507 
Mulheres em situação de Violência Doméstica, a Psicologia e estratégias de enfrentamento. ....................1509 
O uso estratégico do escopo de justiça na legitimação do conflito intergrupal ............................................1511 
Perícia Psicológica Judicial em Saúde do Trabalhador ...................................................................................1512 
Prestação de Serviços à Comunidade no Brasil: reabilitação como modelo conceitual faz sentido? ............1513 
Processo de construção de diálogo na diferença de opinião sobre o Programa Bolsa Família .....................1514 
Psicologia escolar:Estudos sobre relações entre psicologia, didática e direitos humanos ............................1515 
Refletindo sobre o preconceito: vivenciando a deficiência física ..................................................................1516 
Reflexões sobre o Sistema Socioeducativo e suas práticas. ...........................................................................1518 
Relato de experiência: os desafios políticos frente à institucionalização de adolescentes ...........................1520 
Representação Social da Violência da Polícia Militar: Relato de Experiência em Pesquisa ...........................1521 
Retroceder jamais! A Psicologia como luta politica contra violências no SUAS .............................................1523 
Usando a Abordagem de Capacidade para Examinar Experiências Masculinas Brasileiras de Violência ......1525 
Violência doméstica e Psicologia: Um olhar sobre os agentes policiais de uma DEAM .................................1526 
Violência Doméstica ou Violência Intrafamiliar: análise dos termos .............................................................1528 
Eixo 10. Práxis da Psicologia Social na Saúde em contextos neoliberais .................................................... 1529 
(Sub) Notificação da violência contra a mulher nos serviços de saúde: alguns desafios ...............................1530 
A discussão atual sobre psicologia e práticas de gestão, presente na literatura latino-americana e do Caribe 
em ciências da saúde ......................................................................................................................................1532 
A Experiência no Campo de Estágio em Saúde Mental como Importante Contribuição na Formação do 
Profissional Psicólogo .....................................................................................................................................1533 
A formação de psicólogos para o trabalho com grupos em uma universidade pública ................................1534 
A formação multiprofissional em Saúde Coletiva na construção coletiva do Planejamento Estratégico ......1535 
A Hemodiálise como Campo de Formação do (a) Psicólogo (a) .....................................................................1537 
A implantação da Saúde do Trabalhador em Uberlândia: elementos históricos e atuais .............................1539 
Acompanhante terapêutico e sua função social no contexto dos CAPS Infantis. ..........................................1541 
Aprendizados (com) partilhados: extensão universitária em saúde mental ..................................................1542 
As dificuldades encontradas no atendimento psicoterápico para surdos .....................................................1543 
Atendimento em domicílio: reflexão sobre a prática do psicólogo ...............................................................1544 
Atuação do Psicólogo no aconselhamento multiprofissional à mulher que deseja realizar Laqueadura Tubária.........................................................................................................................................................................1546 
Atuação do psicólogo no Núcleo de Apoio à Saúde da Família: revisão da literatura ...................................1548 
Caracterização dos atendimentos em CAPS AD III Infantojuvenil ..................................................................1549 
Desafios e Possibilidades dos Profissionais Envolvidos na Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante ..1551 
 
Desafios e Potencialidades: vivencias da Residência Multiprofissional em Saúde da Família .......................1552 
Desafios psicossociais em Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil .............................................................1553 
Doce Vida: trabalhando o cuidado com o diabetes por meio da atenção psicossocial .................................1554 
Identificação da sintomatologia depressiva em um grupo de mulheres do presídio de Uberlândia - MG....1555 
Inclusão de Pessoas com Síndrome de Down no Mercado de Trabalho Brasileiro .......................................1557 
Itinerário terapêutico de pessoas em sofrimento psíquico segundo as famílias ...........................................1558 
Memórias de Luta: Reforma psiquiátrica em Uberaba-MG. ..........................................................................1560 
Núcleo de Apoio à Saúde da Família: desafios na atenção em saúde mental ...............................................1561 
O processo de tutoria e as possibilidades na Atenção Primária em Saúde ....................................................1562 
O psicólogo na atenção básica: percepção dos usuários sobre a atuação deste profissional .......................1564 
Olhares e saberes dos residentes de psicologia em Rondonópolis- MT. .......................................................1565 
Panorama das atividades grupais desenvolvidas em Centros de Atenção Psicossocial (2006-2016) ............1566 
Perspectivas de Profissionais do Saúde da Família Sobre a Prática de Psicólogos no Contexto Comunitário
 ........................................................................................................................................................................1567 
Porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS): Protocolo de Manchester e subjetividade ..................1568 
Psicologia e Promoção da Saúde: Intervenções com Gestantes em Barreiras, Bahia....................................1570 
Psicologia Sócio-Histórica, Emergências e Desastres .....................................................................................1571 
Representações sociais do Zika vírus por mães afetadas durante a gestação no Rio de Janeiro ..................1573 
Residência Multiprofissional em saúde na atenção à população refugiada na cidade de São Paulo ............1574 
Sentidos de Saúde, Doença e Autocuidado para pacientes com diabetes ....................................................1576 
Significados da Rede de Atenção Psicossocial Para Pessoas em Situação de Rua .........................................1578 
Território e Estratégia de Saúde da Família: Experiência de Estágio Básico em Psicologia ...........................1579 
Um relato de experiência: visitas à psiquiatria de um hospital-escola ..........................................................1581 
Uso de tecnologias digitais no suporte social e enfrentamento a pessoas vivendo com HIV/aids. ..............1582 
Violência Intrafamiliar: considerações psicossociais sobre a rede de proteção à infância e à adolescência 1583 
Eixo 11. Políticas educacionais e lógica privatista: reflexões e enfrentamentos ........................................ 1584 
A adolescência: Fase critica do desenvolvimento humano para constituição da identidade ........................1585 
A relação da afetividade no processo de aprendizagem ................................................................................1587 
Contar e Recriar: A engenhosidade infantil ....................................................................................................1588 
Estagio em Psicologia Educacional e as Dificuldades diante do Modelo Escolar Tradicional ........................1589 
Possibilidades de atuação em Psicologia Escolar: Relato de Experiência ......................................................1590 
Rodas de conversa: vamos falar sobre o nosso cotidiano? ............................................................................1592 
Um olhar sobre as diferentes formas de educar na educação do campo ......................................................1593 
Eixo 12. Territorialidades e modos de vida: atuação e pesquisa em Psicologia Social na cidade e no campo
 .............................................................................................................................................................. 1594 
A produção da identidade de um estudante do ensino médio de uma escola do campo .............................1595 
A transversalidade da Redução de Danos (RD) como dispositivo agenciador de processos de subjetivação no 
contemporâneo ..............................................................................................................................................1596 
Adolescer no território e efetivação de direitos: experiências instituintes no campo da extensão ..............1598 
Contribuição das Representações Sociais para a pesquisa geográfica: Uma revisão conceitual ...................1599 
Narrativas de Imigrantes Latino-Americanos: suas vivências na Região Metropolitana de Campinas ..........1601 
Promoção da apropriação do espaço pelas novas gerações no distrito de Bonfim Paulista (SP) ..................1602 
Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosa-experiência em comunidade rural
 ........................................................................................................................................................................1603 
Psicologia e Políticas Públicas na Assistência Social: Desafios e Implicações da Prática ...............................1604 
Reflexões de gênero para a sustentabilidade: avanços e desafios ................................................................1605 
TERRITÓRIOs: DO CONCEITO, DA INVENÇÃO, DO PEDAÇO DE TERRA Experimentações da Psicologia na 
Atenção Primária ............................................................................................................................................1606 
Eixo 13. Laicidade, Estado e fundamentalismos: enfrentamentos contra a restrição dos direitos .............. 1608 
 
O que há de errado com a psicologia cristã? ..................................................................................................1609 
OsàƌetƌoĐessosàdaàeduĐaçĆoàdiaŶteàdaà͞ŶĆo͟àlaiĐidadeàdoàestado ................................................................1610 
Categoria Minicurso ..................................................................................................................... 1612 
A desigualdade de gêneros no esporte ..........................................................................................................1613 
A Violência contra as Mulheres Desde a Psicologia Histórico-Crítica ............................................................1615 
As contribuições de Nise da Silveira para a clínica das psicoses em caráter antecipatório à 
desinstitucionalização: uma leitura psicanalítica. ..........................................................................................1619 
Autocrítica e crítica social na adolescência: estudo à luz das ideias de L.S. Vigotski .....................................1621 
Contribuições do feminismo descolonial para uma escuta psicológica na atenção humanizada ao 
abortamento ...................................................................................................................................................1624Diálogos entre a Psicologia e a Criminologia: Reflexões Sobre a História da Psicologia do Testemunho no 
Brasil ...............................................................................................................................................................1629 
ECONOMIA SOLIDÁRIA: enfrentamento e crítica do capital em direção a uma laboralidade criativa e livre 1632 
Enredar para cuidar e transformar: articulações em direitos humanos, e psicologia para crianças e 
adolescentes. ..................................................................................................................................................1635 
Entre o espetáculo e simulacros: impactos psicossociais da espetacularização no mundo contemporâneo
 ........................................................................................................................................................................1637 
Exploração sexual e pedofilização: tensionando os limites entre violação e proteção a crianças e adolescentes
 ........................................................................................................................................................................1641 
Grupo como dispositivo e tecnologia na atenção psicossocial: pratica de cuidado em saúde mental. ........1645 
Justiça Restaurativa: práticas insurgentes e democracia no campo da Justiça .............................................1648 
Mídia Hegemônica e Poder Simbólico: notas para a compreensão da adesão ao autoritarismo no Brasil 
contemporâneo ..............................................................................................................................................1650 
O Feminsmo Classista como Estratégia de luta contra o machismo: partindo do Coletivo Feminista Classista 
Heleiet Saffioti ................................................................................................................................................1652 
Os atos da fala: uma proposta de análise de dados em pesquisas em Representações Sociais ....................1654 
Prácticas intelectuales indígenas, afrodiaspóricas y campesinas: decolonialidad del ser, del saber y del poder
 ........................................................................................................................................................................1656 
Práticas comunitárias: subsídios para a garantia da pluralidade, diversidade e dos direitos humanos ........1658 
Psicologia e questões trans: implicações ético-políticas diante de interpelações (cis)normativas ...............1660 
Psicologia Social e Criminologia Radical: contribuições críticas .....................................................................1663 
Reflexões sobre a humanização do parto ......................................................................................................1665 
Resistir e re-existir: a práxis de psicólogas na mediação de presos para o exame crítico da realidade ........1671 
Sobre os internamentos contínuos e estratégias ético-políticas de enfrentamento em tempos de exceção
 ........................................................................................................................................................................1673 
Territorialidades e Vínculos: Articulações entre os estudos pessoa-ambiente e a psicologia social comunitária
 ........................................................................................................................................................................1675 
͞ádoeĐiŵeŶtoàĠtiĐoàeàĐotidiaŶoàdeàedžĐeçĆo:àƌuptuƌasàŶeĐessĄƌiasàpaƌaàeŶfƌeŶtaŵeŶtosàdeŶtƌoàeàfoƌaàdeàŶſs͟
 ........................................................................................................................................................................1677 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Categoria Comunicação Oral - GTs 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GT 01 | A afetividade ético-política na construção de processos democráticos e participativos 
 
 
3 
A Psicologia entre o afeto e a emoção: considerações críticas à uma práxis transformadora do espaço educacional 
Autores: André Gustavo Imianowsky, FURB; Carla de Almeida Vitória, FURB-Blumenau 
E-mails dos autores: agiwsky@gmail.com,psicarlavitoria@gmail.com 
 
Resumo: Dos encontros semanalmente realizados na disciplina de Psicologia Educacional II do 7º semestre de 
Psicologia da Universidade Regional de Blumenau, iniciou-se a discussão quanto à formação do profissional da 
Psicologia e os desafios da atuação no âmbito escolar. Na ocasião, construiu-se a proposta de um trabalho que 
contribua à reflexão do contexto escolar no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Como um ambiente de 
constante interação e construção de vínculos, insere o infante e o adolescente numa rede de singularidades que 
permite o contato com a adversidade humana, aportando, ainda, o constructo psicológico no encontro com a 
transformação intelectual, social e cultural. Acredita-se desta forma, que o Grupo de Trabalho A afetividade ético-
política na construção de processos democráticos e participativos, seja o espaço que permite a discussão e 
compreensão dos estudos da afetividade e a contribuição quanto às manifestações vivenciais afetivas no contexto 
escolar. Objetivo: Desse modo, o trabalho proposto busca problematizar as experiências vividas, influenciadas pela 
afetividade e pelas emoções e o modelo de educação conservadora, voltada apenas à realidade exterior como 
habilidades e técnicas , perdendo de vista os efeitos nocivos de uma prática ausente de afetos no espaço escolar. 
Considera-se, ainda, a urgência de se pensar a potência de vida, conforme referencial exposto abaixo, atrelada aos 
processos de desenvolvimento cognitivo, social e cultural. Compreendemos a necessidade de demarcar com rigor 
metodologias e teorias que subsidiam o fazer de uma Psicologia que possa efetivar-se como prática transformadora. 
Método: Partindo do levantamento de artigos publicados na plataforma SciELO e relatos das experiências de 
educadores, notamos que existe uma lacuna quanto a importância da percepção acerca das emoções e da afetividade 
enquanto aspectos de transformação das atividades de imaginação e criação e como fator de mediação na apreensão 
da dinâmica e desenvolvimento humano na educação. Para tanto, o estudo se deu através do método histórico-
dialético e recuperou-se o referencial teórico de dois autores: a) Lev Vigotsky num cenário de mudanças propôs a 
construção de uma Psicologia para atender um mundo em transformações. Na obra Imaginação e criação na infância, 
o autor recupera a urgência de se pensar que, imaginação e criação, fundamentais para a existência humana, se 
alicerçam sobre as experiências vividas pela criança e que são influenciadas pelas emoções; b) Num outro momento e 
outra época, Espinosa lança sua obra intitulada Ética, na qual supera o dualismo cartesianoda divisão corpo-mente, 
com a reflexão de um Ser de afetações, no qual este afeta e é afetado pelas relações no mundo. Discute-se nessa 
intersecção, o espaço escolar como um lugar de possibilidades interdisciplinar entre o fazer e o saber psicológico e 
pedagógico, atrelado ao desenvolvimento humano, relações sociais, visão de mundo e sociedade, sob o prisma 
histórico-dialético entre o sentido e o vivido, trilhando novas significações da construção da subjetividade. Conclusão: 
O diálogo entre Vigotsky e Espinosa, permitiu a reflexão sobre as experiências e os encontros como a criação da 
condição humana e reconhecer que tais fatores desdobram o modo de ser no mundo por meio da alteridade, da 
dialética, das emoções e afetações. Assim, este trabalho visa contribuir para o debate ético-político da formação de 
profissionais psicólogos compromissados com a constituição dopsiquismo entre o sentido e o vivido. Também 
observa a contribuição para a formação de pedagogos acerca da apropriação desta importante parcela do 
conhecimento, desde uma práxis que esteja voltada à superação das práticas normativas de uma educação como 
mercadoria até o exercício diário em criar condições e possibilidades de integração e formação de constructos junto 
às crianças. 
 
 
4 
Adaptação em Piaget, Cotidiano em Heller e Maffesoli: para compreender um sujeito crítico, afetivo e 
transformador 
Autores: Elizabeth Lima, UEM 
E-mail dos autores: elima@uem.br 
 
Resumo: O presente trabalho socializa as reflexões iniciais de uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual de 
Maringá PR, na área da educação e psicologia, e nos estudos do desenvolvimento humano e seus processos 
cognitivos. 
De fundamentação metodológica hermenêutica psicológica, busca apreender os conceitos de adaptação de Jean 
Piaget, e de cotidiano de Agnes Heller e de Michel Maffesoli e, se/e como - podem ser articulados entre si e com as 
possibilidades de se pensar um sujeito crítico, afetivo e transformador. 
Um estudo de fundamentação metodológica hermenêutica de acordo com Jose Antônio Damásio Abib é aquele que 
visa esclarecer, interpretar o sentido do texto e busca revelar possíveis outros significados. 
A partir de um corpus teórico delimitado, realizamos aproximações entre os autores, evidenciando os diferentes 
referenciais epistêmicos e sóciohistóricos. 
O conceito de adaptação representa o núcleo da teoria construtivista de Jean Piaget sobre o conhecimento humano, e 
o processo de equilibração; é um aspecto da epigênese; de base biológica, que depende do meio, do social para sua 
própria realização. O conceito de início significa inter-ação sujeito-meio e, como em uma espiral é reelaborado, a ação 
material é espacializada em mental reversível e móvel (operações) e o real espacializado em virtual, torna-se um 
dentre os possíveis. A adaptação alcança níveis de equilibração mais complexos e rigorosos, é a lógicaformal, mas 
compreende estados mais gerais da consciência, de menos controle e rigor com relações de implicações significantes. 
O conceito de organização é a adaptação em curso, é a função reguladora do intelecto: em termos estruturais faz a 
relação entre totalidade/ partes; em termos dinâmicos, é energia e afeto regula a relação ideal/valores. O 
conhecimento não se constrói independente da rede de significações e valores do meio. 
O conceito de cotidiano de Agnes Heller corresponde às atividades do dia-a-dia, o rotineiro, o pensamento e 
conhecimento mais espontâneos, realizados sem grandes reflexões por parte do sujeito. Tem a característica da 
heterogeneidade, generalização, praticidade, opera por analogia às experiências anteriores e por probabilidade, tem 
como princípio estar correto e ser verdadeiro. Presta-se à adaptação do sujeito a sociedade: na assimilação do 
manuseio dos instrumentos produzidos pela cultura; na assimilação das próprias relações sociais, da linguagem, da 
comunicação, dos valores. É a esfera que mais se presta à alienação, mas não é só alienação. O sujeito nasce na 
cotidianidade, numa muda unidade vital de particular e genérico humano. Os grupos, as integrações e não o indivíduo 
sozinho representa o humano genérico; entretanto, as necessidades humanas são sempre sentidas e conscientes 
como necessidades do eu, que é único e irrepetível. Na sociedade moderna o indivíduo é relativamente livre para a 
escolha, o saber ligado à ação, ou seja, a práxis, vai possibilitar ao indivíduo a condução da vida, apropriar-se a seu 
modo da realidade e impor a ela a marca de sua personalidade. 
Michel Maffesoli considera a aura de cada época remetendo à coletiva que ultrapassa a atomização individual: a 
teológica na Idade Média, a política no século XVIII, a progressista no século XIX, a estética na contemporaneidade, 
possibilitando ou sugerindo encontros diversos de elementos que remetem à pulsão comunitária, à perspectiva 
mística e à ecológica. A centralidade subterrânea informal, que existe aquém e além das formas instituídas na 
sociedade, constitui o cotidiano, pode ser dominante, e assegurar a perdurância da vida em sociedade. A despeito do 
narcisismo e individualismo dos tempos pós-modernos, destaca a necessidade de prestar atenção na potência 
subterrânea, na rede de relações, nos agrupamentos, nas tribos, que caracterizam as massas, seu modo de ser e viver, 
que revela o que lhe é próprio: a socialidade, a perdurância, a resistência. Existe uma união e uma indiferenciação 
entre o sujeito e o grupo e destes com a natureza e a forma dessa relação em pontilhado, não necessariamente 
individualizante, própria da modernidade; expressa a forma relacional da massa; a lógica da fusão. 
 
5 
Esse apelo aos pequenos grupos, essa forma de relacionarse pela fusão, é a forma intuitiva que a massa, o povo 
encontrou para se proteger, se preservar? É a necessidade de proteção, afeto, que o homem pós-moderno, no seu 
cotidiano, intuitivamente está buscando? Qual o valor do afeto na sociedade hoje? Qual o valor dado ao afeto nas 
práticas educativas, nas práticas escolares para a construção do conhecimento? A despeito das diferenças que devem 
ser aprofundadas, os estudos pregam: a não cisão de cotidiano e não cotidiano, de adaptação para a conservação e 
para a resistência e a transformação social; a integração das diferentes formas de conhecimentos e seus diferentes 
aspectos, social e afetivo teórico e prático; a necessidade de se considerar as diferentes linguagens que constituem e 
dão expressão ao conhecimento, contextualizar o saber as vivências do contexto do aluno, recreativas, artísticas, 
ampliando o universo das significações. 
 
 
6 
Adolescentes Acolhidas e seus Afetos: o que temos com isso? 
Autores: Laura Ferreira Lago, UEM; Ana Céli Pavão, UEM; Eduardo Augusto Tomanik, UEM; Regiane Cristina de Souza, 
UEM 
E-mail dos autores: lalago@hotmail.com, anacelipsicologa@hotmail.com, rcsouza.psicologia@gmail.com, 
eatomanik@gmail.com 
 
Resumo: As práticas em instituições que trabalham pela proteção integral de crianças e adolescentes levaram-nos a 
conhecer e questionar as vivências dos adolescentes em situação de acolhimento institucional que, ao completarem a 
maioridade, são desligados da instituição e devem estar preparados para uma vida independente. Observamos que os 
adolescentes quando desligados não tinham lugar para morar, apresentavam dificuldades de relacionamento e 
socialização e não estavam preparados financeira, profissional e emocionalmente para a vida autônoma. Em busca de 
conhecer melhor estes adolescentes utilizamos como base teórica as noções de desenvolvimento e afeto elaboradas 
por Vigotski (1934/2001, 2000), Heller (1993) e Maturana (1998/2001) que convergem na ideia de que o 
desenvolvimento humano é possibilitado pelas interações sociais e influenciado pelos afetos vividos. Heller (1993) 
ressalta como são importantes as informações contidas na construção dos afetos. O objetivo de nossa pesquisa foi 
investigar os afetos vividos por adolescentes em vias de serem desligadas do acolhimento institucional no município 
de Londrina/ PR, tendo como principal fonte suas histórias de vida. Considerando que os conhecimentos sobre as 
manifestações e vivências afetivas são fundamentais para a compreensão dos demais processos psicossociais, 
relacionamos este relato ao Grupo de Trabalho (GT) A afetividade ético-política na construção de processos 
democráticos e participativos. O mesmo motivo direciona nossa comunicação ao Eixo Temático Psicologia Social: 
questões teóricas e metodológicas na pesquisa, produção de conhecimento e/ou intervenções. Na fase de campo da 
pesquisa realizamos a análise qualitativa de informações coletadas por meio de entrevistas semidiretivas. Os 
encontros com as adolescentes e o contato com suas históriasde vida possibilitaram o estabelecimento de conexões 
entre suas vivências individuais e eixos analíticos como: afetos e situações, afetos e relações, afetos e convenções 
sociais; vivências afetivas e experiências de vida. Por meio dessas conexões constatamos a complexidade do campo 
dos afetos e sua multidimensionalidade, o que nos leva a considerar que a compreensão daqueles processos só se 
torne possível se considerarmos não apenas a individualidade mas também a realidade cotidiana e sociocultural de 
cada sujeito, além das representações individuais e sociais que ele desenvolve, adota e compartilha sobre sua 
realidade. Os afetos são situacionais, isto é, produzidos e vivenciados a partir do que o mundo oferece, das 
circunstâncias e das condições efetivas podendo, por isto, ser alterados e transformados. São, ao mesmo tempo, 
relacionais, constituídos a partir dos contatos e vivências que estabelecemos com os outros. Além disso, são 
convencionalizados, uma vez que sua construção passa pelas normas sociais que regem cada cultura, que são 
aprendidas e compartilhadas. Muitas vezes, os afetos tal como convencionalizados nos parecem ou são considerados 
como mais reais ou aceitáveis que aqueles que vivenciamos. Com isso, nossos repertórios afetivos vão sendo 
marcados pelas condições concretas que vivemos e pelos vínculos que tecemos, podendo ser transformados por 
intermédio daquilo que aprendemos e vivenciamos. Além das precárias condições econômicas e sociais em que 
vivem, as jovens que participaram de nossa pesquisa são afetadas também por limitações afetivas e relacionais. 
Acolhidas, as instituições conseguem suprir suas necessidades materiais e sociais, porém não vêm conseguindo alterar 
o quadro de suas limitações afetivas e relacionais, já que encontram dificuldades em proporcionar relações que lhes 
permitam vivenciar e assim aprender a compartilhar afetos positivos e mais variados. Precisamos admitir, antes de 
mais nada, que pessoas como nossas entrevistadas e seus familiares foram e continuam sendo socializados de acordo 
com os saberes, os modos de agir, sentir e relacionar-se próprios de uma parcela numericamente muito ampla de 
nossa sociedade, que nós insistimos em não reconhecer como produto de uma construção coletiva da qual fazemos 
parte. 
Além disso, insistimos em imaginar que eles são muito diferentes de nós. Relutamos em aceitá-los como nossos 
iguais, contra todas as evidências, por várias razões. Entre outras, porque isto nos permite lançar sobre eles as 
 
7 
responsabilidades sobre suas condições e sobre tudo o que parece, para nós, como inadequado; por que isto nos livra 
do desprazer de ter que admitir que, como membros da mesma sociedade, somos coprodutores e mantenedores 
daquelas condições e daqueles hábitos e, talvez acima de tudo, por que tratando-os como diferentes, criamos uma 
divisão imaginária que nos permite não encarar o fato de que muitas das condições que atribuímos a eles, como o 
imediatismo, o individualismo e as relações puramente instrumentais são, talvez, a marca maior de toda a cultura 
atual, a nossa marca. Foram afetos negativos os que mais apareceram nas entrevistas e os que se repetem e se 
ampliam em suas histórias de vida. Rejeição, abandono, desamparo, vivências que se reiteraram a cada nova relação 
que experienciavam. Para transformar essas vivências em afetos positivos, potência de vida, precisamos falar sobre 
eles, visando proporcionar relações que permitam ao sujeito aprendê-los, vivenciá-los e compartilhá-los. 
 
 
8 
As estratégias da educação popular na atuação da ITCP-USP em uma cooperativa de catadoras de materiais 
recicláveis 
Autor: Danilo de Carvalho Silva 
E-mail: contateodanilo@gmail.com 
 
Resumo: Desde sua criação, a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da USP (ITCP-USP) propõe a 
educação popular como base metodológica de suas práticas. Por isso, este trabalho tem como objetivo apresentar 
estratégias da educação popular presentes na atuação da ITCP-USP a partir da sistematização de experiências vividas 
durante as formações e vivências realizadas em uma cooperativa de catadoras de materiais recicláveis da zona leste 
do município de São Paulo no período de 2014 a 2015. A metodologia da sistematização em educação popular foi 
proposta por Oscar Jara, pela qual a teoria deve servir para organizar as experiências de intervenção em um campo. 
Para a realização da sistematização foram escolhidas três estratégias dos trabalhos em educação popular: o 
fortalecimento da organização coletiva dos trabalhadores; o reconhecimento dos saberes oriundo da experiência de 
trabalho; e a compreensão das necessidades e interesses dos trabalhadores. A partir da contextualização histórica 
dessas três estratégias foram escolhidas cenas vividas durante a atuação da ITCP-USP em uma Cooperativa de 
Reciclagem que expressam a presença dessas estratégias da educação popular na atuação da ITCP-USP. Como efeito 
do fortalecimento da organização coletiva quando propusemos a formação de um regimento interno as cooperadas 
tocaram na questão das faltas. Naquele momento uma das cooperadas começou a desabafar em tom de revolta. Por 
ser uma cooperada que encontrava dificuldades de estar presente na cooperativa em função das tarefas domésticas e 
da necessidade de cuidar dos filhos, suas constantes faltas levaram outra das cooperadas, incomodada com as 
dificuldades pelas quais a cooperativa passava, a afirmar que se ela continuasse faltando teria que deixar a 
cooperativa. No entanto, por ter uma longa história dentro da cooperativa, aquilo a deixou ofendida, ainda que 
reconhecesse que seu compromisso estava aquém do esperado. Percebíamos que durante a formação que, em 
função da nossa presença, se sentiu confortável para se abrir e falar sobre seu incômodo. No que diz respeito ao 
reconhecimento dos saberes oriundos da experiência de trabalho a nossa convivência com as cooperadas nos 
proporcionou o aprendizado sobre o processo de separação de resíduos. Dessa forma, aprendemos, por exemplo, que 
o plástico canela remete a origem do material, cuja liga do material é produzida pela canela. Outro exemplo é a 
variedade de materiais plásticos, tais como PET, PEAD, plástico duro, dentre outros, cujas classificações estavam para 
além dos produtos com os quais estamos familiarizados, tais como sacolas e garrafas, configurando um saber técnico 
que, em muitos momentos, passa despercebido, inclusive, para as catadoras. A compreensão das necessidades e 
interesses das catadoras se fez presente, por exemplo, na formação sobre remuneração em cooperativas, propondo 
uma formação a partir dos conhecimentos que traziam sobre valores dos sacos de resíduos e as quantidades que 
precisavam vender para alcançar as metas que almejavam. Concluindo, a conquista da adesão a participação, seja no 
exercício da cidadania e no governo da cidade, seja na administração de uma cooperativa, envolve uma das principais 
necessidades subjetivas do ser humano que é o sentimento de reconhecimento. Esse reconhecimento está no 
sentimento de visibilidade enquanto garantia de participação no grupo, como vimos com a cooperada que frente a 
possibilidade de expulsão reivindica o reconhecimento da história que construiu na cooperativa. Por isso, a educação 
popular traz a compreensão de que ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, os homens se libertam em 
comunhão. Se o sindicalismo apareceu até meados da década de 1980 como principal meio de organização coletiva, a 
partir do final da década de 1980 o cooperativismo aparece como forma de organização de trabalhadores cuja 
marginalização do desemprego não lhes permitia nem a adesão aos sindicatos. Nesse sentido, educação popular traz 
estratégias para promover essa visibilidade, apresentando vias de reconhecimento dos saberes decorrentes da 
própria experiência de trabalho, em vez de um reconhecimento que sevolta para o saber formal. Observamos ao 
longo dos trabalhos na cooperativa que as formações e a convivência, como em momentos na separação de resíduos 
ou em momentos em que ajudávamos na arrumação da cooperativa, elas nos ensinavam sobre o processo de 
separação. Desta forma, o processo formativo se deu tanto durante as formações quanto em momentos que 
deixávamos o lugar de educadores para estar e aprender com o cotidiano de trabalho das catadoras. A contribuição 
 
9 
da atuação da ITCP-USP no processo de emancipação da cooperativa pode ser visto pelo diálogo com as cooperadas 
menos participativas. Quando levávamos nossas dúvidas sobre os processos de gestão da cooperativa elas passaram a 
assumir uma postura mais ativa ao trazerem respostas e se mostrarem mais conscientes sobre os processos. Quando 
se compreende o empreendimento econômico solidário como aquele que considera outros aspectos para além dos 
meramente econômicos, o cooperativismo social aparece como ferramenta para a criação de espaços de socialização 
das questões referentes ao cotidiano de trabalho. Esse movimento de discussão pública dessas questões fortalece a 
busca e a concretização de objetivos comuns. 
 
 
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Fomentação de grêmios escolares: por um Teatro Social dos Afetos 
Autora: Kelly Cristina Fernandes, PUC-SP 
E-mail: kellydibertolli@gmail.com 
 
Resumo: A proposta é debater sobre a utilização do teatro como instrumento de mobilização e emancipação através 
da experiência de estimular a criação de grêmios nas escolas públicas da periferia de São Paulo. Atividade solicitada 
pelo governo do município, com o objetivo de enfrentar o alto índice de violência nas escolas, entre os alunos e entre 
seus professores, por meio do estimulo a participação social e política. 
O grêmio escolar é um espaço dentro das escolas de construção de uma gestão democrática, sendo conduzido de 
maneira que estes exerçam sua cidadania e protagonismo de forma crítico-reflexiva. 
 No projeto, durante quatro anos, participaram 23 escolas públicas e 45 professores, cada escola desenvolveu alguma 
atividade utilizando o teatro como fomentador de discussões. Em cada escola havia um grupo composto de 6 a 30 
jovens. 
Os jogos e exercícios praticados tinham como objetivo desmecanizar ações, emoções e pensamentos, inclusive 
aqueles proporcionados por traumas. Os temas das cenas surgiam coletivamente no trabalho. Os temas recorrentes 
eram: bullying, violência, abuso sexual, assédio, homofobia, abandono e rejeição por parte dos pais e violência 
doméstica envolvendo drogas. 
 Ficou perceptivel o ciclo das opressões dentro do ambiente escolar, onde os opressores e os oprimidos não 
ocupam lugares fixos, mas se misturam e se transmutam. Muitas vezes uma pessoa que era opressora em uma 
situação, era oprimida em outra. O mesmo garoto que é acusado de bullying na escola, sofre violência de 
diferentes formas fora dela. Os traumas, rejeições e abandonos de origens diversas afetam emocionalmente os jovens 
que descobrem a linguagem da violência como uma maneira de se proteger e de extravasar a raiva que explode 
dentro de seus corpos. As escolas para esses sujeitos surgem não como um espaço para a elaboração desses conflitos, 
mas muitas vezes como um espaço também de exclusão. 
Nesse contexto, esta prática teatral configurou-se como um espaço transgressor, uma outra linguagem afetiva para 
discutir questões silenciadas no cotidiano escolar e potencializar a criação de novos espaços dentro da escola, onde 
outras formas de vínculos foram possíveis, tirando os jovens do lugar de aluno problema. Foi possível constatar que 
os jovens que praticavam atos opressores nas escolas sentiram-se acolhidos nos grupos, instituindo-o como um 
espaço onde podiam criar vínculo, sentir-se importante, pertencer a um coletivo, ao mesmo tempo que podiam 
refletir sobre suas vidas e emoções. Isso nos levou a refletir sobre os erros que as formas clássicas de controlar 
conflitos cometem. Não se trata de punir ou normatizar o agressor ou de proteger o agredido, mas de oferecer 
acolhimento e escuta afetiva a todos e tira-los desses lugares para possibilitar a busca de ideias adequadas e 
estratégias de superação de conflitos. Ficou claro, também que é fundamental não cultivar a raiva que a comunidade 
escolar sente dos agressores e nem a raiva que toma conta dos jovens agressores, uma vez que esses afetos motivam 
atitudes violentas. E o que é também importante , o teatro favoreceu o diálogo entre diversos atores da escola. O 
teatro aparece como instrumento que coloca em foco os conflitos, em lugar de encobri-los, e permite compreende-
los como questões subjetivas e objetiva, paralelamente. Também coloca os participantes como singularidades que 
independente de serem protagonistas ou antagonistas estão envolvidas em um questão que tem contexto histórico, 
que tem uma gama de personagens que representam atores sociais envolvidos. As discussões advindas dessa prática 
teatral buscam os aliados e as potencias envolvidas na questão de maneira que sejam imaginadas alternativas para 
transformar o conflito. 
A palavra afeto presente no título do nossos trabalho tem muitos significados, porém para nós afeto é uma palavra da 
ordem do encontro, da interação, da experiência e da relação entre seres com o mundo e no mundo. Nosso 
referencial para o conceito de afeto é Espinosa, o qual compreende por afeto (...) as afecções do corpo, pelas quais 
sua potencia de agir é aumentada ou diminuída, estimulada ou refreada, e ao mesmo tempo, as ideias dessas 
afecções. (2009, p.98) As afecções do corpo e da mente não são representações cognitivas desinteressadas, pois se 
 
11 
fossem seriam experiências dispersas e sem sentido. Nesta prática as questões sócio históricas se relacionam com a 
teia de afetividades que tecem o cotidiano da comunidade escolar. 
Em suma, o teatro social dos afetos se trata de um manejo do teatro do oprimido que busca superar as dicotomias 
das relações expressas entre oprimido e opressor. A atuação em grupos com esta metodologia busca superar as 
dicotomias entre razão/emoção, mente e corpo, social e subjetivo. Se trata de dialogar sobre uma prática teatral que 
se destina ao trabalho com comunidades e grupos, que pretendam através da estética criar espaços de diálogo que 
objetivem o protagonismo dos participantes em um ambiente democrático. 
 
 
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Instituições Participativas como mecanismo de despolitização da democracia brasileira 
Autora: Telma Regina de Paula Souza, UNIMEP 
E-mails: trpsouza@uol.com.br 
 
Resumo: Em um percurso de estudos de mais de três década, por meio de pesquisas acerca dos sentidos da 
participação social no Brasil, temos problematizado a experiência democrática no contexto da instituição do Estado 
brasileiro como uma república democrática de direitos, em tese, uma democracia plural que deveria conjugar a 
representatividade parlamentar com a participação social semi-direta, nomeada como democracia participativa, 
estreitamente articulada com o Poder Executivo. Entendíamos que os espaços públicos que foram se constituindo 
para o exercício dessa democracia participativa representavam uma grande conquista dos movimentos sociais e 
institucionais ativos na década de 80 do século XX, que conseguiram levar suas demandas para a Constituição 
Brasileira. Naquele momento, sem dúvida, a abertura democrática estava posta e o Estado se ajustou aos princípios 
internacionais que orientavam as normativas para a garantia dos direitos humanos por meio de declarações, tratados, 
cartas, convenções e pactos, formulados por instituições criadas para esse fim. Espaços públicos para o diálogo da 
sociedade civil organizada e o Estado foram criados e, gradativamente, foram se formatando na lógica gerencial que 
legalizou esses espaços como Instituições Participativas (IP) e contribuiu para querepresentantes da esquerda política 
assumissem lugares nas esferas do poder executivo e legislativo, primeiro em âmbito mais local, nos municípios, e 
depois no governo federal, com a eleição de Lula para presidência do país. Apesar dos limites na efetivação das 
normativas para a garantia dos direitos humanos, parecia que tudo estava caminhando como deveria ser: os 
representantes das partes atuando nos parlamentos e nas IP para a garantia dos interesses das partes; até que parte 
das partes não aceitaram mais compartilhar. O que ocorreu para chegarmos onde estamos? Esse é o desafio analítico 
que temos que enfrentar e trazemos para o debate algumas questões nessa direção. Primeiro é necessário entender o 
desenho democrático brasileiro pós Constituição de 1988, para podermos entender os significados da participação 
social nesse contexto. Na dimensão da democracia representativa, efetivada pelo direito político de poder eleger e 
ser eleito, que não é o foco de nossa discussão nesse momento, destacamos que tivemos sim a experiência da 
inclusão de outros personagens nos cenários legislativo e executivo, além dos tradicionais representantes da elite 
brasileira, mas, numericamente, nunca foram a maioria e podemos entender que sofreram o fenômeno conhecido 
como aculturação, assimilaram as práticas históricas da elite governante, representando interesses das partes, mais 
propriamente, interesses privados e não públicos, por meio de processos de identificação com o inimigo ou pela 
sedução de se manterem em lugares de poder. Nesse contexto também destacamos a presença de elites de outra 
natureza, não só a colonial e patrimonial, as elites intelectuais, muito necessária para a produção de uma linguagem 
refinada, sociologicamente crítica e ajustada a linguagem normativa internacional dos direitos humanos, também 
ocupando lugares de assessoria para diversas finalidades, inclusive para capacitar a participação social e para criar 
mecanismos para a institucionalização dos espaços públicos, transformando-os em IP. Isso implicou na seleção velada 
dos que deveriam ocupar tais espaços e é essa questão que nos interessa e que temos discutido em diversos 
contextos, o que entendemos como um fenômeno de despolitização da democracia brasileira, por meio da própria 
democracia. Dos espaços participativos, legitimados na ordem democrática brasileira, não fazem parte os 
desqualificados, que inclui múltiplas características (de anomia a criminal), e esses nem reivindicam a parti(cip)ação, 
pois não se reconhecem como parte. Os que querem parti(ci)par devem se ajustar ao desenho institucional das IP ou 
se contentarem em significarem uma metáfora da democracia liberal, sem terem consciência disso. As IP, em que 
pese articuladas ao Executivo, caminham ao largo dos espaços de efetiva tomada de decisão, o que implica em, além 
de não produzirem impacto significativo na democratização do Estado e da própria sociedade, também não produzem 
impacto significativo nas políticas públicas que, no capitalismo, são estratégicas para a manutenção dos interesses 
econômicos da elite sem a produção de antagonismos. Até pouco tempo atrás, relativizávamos essas questões, 
entendidas como paradoxos superáveis em um processo de fortalecimento da sociedade civil organizadas, tratado 
como empoderamento social; mas hoje parece cada vez mais forte a ideia de que as conquistas pós 1988 foram 
 
13 
frágeis, pois não estão resistindo aos golpes que a tradicional elite vem promovendo no país. Entendemos que esse 
momento exige o aprofundamento de duas dimensões da política: a das instituições políticas, sejam as tradicionais 
(dos partidos aos poderes públicos) ou as IP; e das organizações sociais (dos movimentos sociais antagonistas às 
manifestações de massa que eclodiram a partir de 2013, comportando múltiplos sentidos) Parece que os modelos que 
estruturaram a participação social em todas essas dimensões se esgotaram e nos desafiam a ressignificá-los, 
enquanto isso, os que foram contados apenas como estatísticas (das vítimas aos criminosos) denunciam o fracasso 
dos modelos e a luta de todos contra todos. 
 
 
14 
Juventude e Cidade: Relação Entre Territorialidades e Subjetividade 
Autores: Rafael do Nascimento Monteiro, UFF-Volta Redonda; Adriana Eiko Matsumoto, UFF; Israel Oliveira Fialho, 
UFF-Volta Redonda 
E-mails: raflmiar@gmail.com,drieiko@hotmail.com,israelo.fialho@gmail.com 
 
Resumo: O artigo tem como objetivo discutir sobre as subjetividades que se constituem a partir de territorialidades, 
tentando entender a dinâmica que perpassa a vida dos jovens moradores de locais periféricos e sua relação com a 
cidade. A pesquisa foi feita em uma escola de Ensino Fundamental II de Volta Redonda na qual se realiza estágio com 
de psicologia com alunos da UFF/VR, sendo proposta como uma das atividades de estágio para os estudantes (de 11 a 
14 anos) que participam do grupo estabelecido pelos estagiários. O bairro tem uma população majoritariamente 
negra que é sujeita a negligência estatal, sendo que apenas na criação do mesmo e por meio da luta dos 
trabalhadores por moradia houve efetiva participação do estado. 
Compreendendo cidade como movimento constante de reinvenção que engendra distintas formas de vida, não 
consideramos a separação que ela tem com a subjetividade pois há uma afetação constante que sempre será política. 
Nesse sentido, a subjetividade é sempre um movimento, sempre um vir-a-ser, uma constante relação que se constrói 
no território. Ter processos de subjetivação colocados em sua relação com o espaço e instituições nos demonstra uma 
construção de limites e mobilidades que se constituem sócio-historicamente, o que não significa sua estagnação, mas 
sim que dentro desses limites podem ser criadas relações de pertencimento ao grupo que não colocam em questão 
tais limitações. Para investigação nos utilizamos de metodologias intercruzadas que nos ajudam a compreender a 
relação dos jovens com a cidade em sua dimensão afetiva, significativa e circulatória. A primeira delas é a do 
mapeamento afetivo que tem como objetivo tornar os afetos, categoria que ultrapassa a compreensão cognitiva, 
tangíveis a partir do instrumento gerador de mapas afetivos, tendo a elaboração de desenhos como uma forma 
discursiva potencializadora da elaboração verbal da relação que se dá com o espaço. O segundo procedimento 
utilizado foi Minhas Bases de Apoio, que nos deu uma noção da circulação geográfica que os jovens têm no território, 
além dos vínculos que eles estabelecem no espaço em questão. No centro tem sua casa e em volta se tem quatro 
quadrantes (família, instituições, amigos e lazer) e esses se dividem em três, localizando o nível de proximidade. 
Modificamos as metodologias a fim de complementa-las e como a pesquisa aconteceu num grupo já iniciado que 
debatia questões levantadas pelos estudantes o processo necessitou de adaptações. Já se tinham algumas respostas 
para a pesquisa, porém, essa demonstrou sua importância por aprofundar o olhar para o campo, além de ser um 
analisador das possíveis intervenções planejadas no estágio. 
Ao se pensar em cidade para aqueles jovens, temos uma cidade que não é categoria abstrata colocada em 
comparação com o campo, mas sim, a cidade vivida ou desejada. O território se traduz nos locais onde moram ou 
gostariam de morar, pois neles se localizam as redes de afeto. Todos tem amigos que moram próximos e a maioria 
dos familiares também se encontra por perto. Quando não é esse o caso, tem-se o desejo de mudança a fim de ficar 
mais próximo dessa rede. É importante ressaltar, também, que mesmo em atividades realizadas em bairros mais 
distantes eles vão em grupo, por mais que seja tranquilo sair de noite sozinha para ir na rua ao lado sempre andam 
em grupo, só alguns rapazes não o fazem. A imagem de um ambiente tranquilo entra em contraste com a violência 
retratada imageticamentecomo uma arma e com o incômodo trazido pelo comércio tornado ilegal de substâncias 
consideradas ilícitas em espaço público. 
Concluímos, então, que apesar do confinamento produzido pelas pressões externas eles se mantém no bairro 
também pela conexão afetiva, existindo um senso de comunidade marcante na subjetividade dos mesmos, que se 
movimentam e encaram a cidade coletivamente. Isso tem efeitos geracionais, pois aqueles que saem de casa ao 
chegar à vida adulta ou por outros motivos acabam morando ao lado ou no bairro vizinho, mantendo um vínculo que 
constrói a dinâmica daquele local. 
 
O CORPO SOLTINHO: Considerando lacres instituídos pela sociedade de controle sobre o movimento dos corpos 
Autora: Jéssica Schuster Pereira, UFPel 
 
15 
E-mail: jessischus@gmail.com 
 
Resumo: Fala-se muito sobre um período entre o nascimento e a morte: a vida. O que faz existir essa delimitação de 
tempo é a existência de um corpo vivo: batimentos cardíacos, respiração, sangue circulando. O queridinho desta 
pesquisa é o corpo. O que é possível a um corpo sentir? Como é um sentimento? Como é a experiência de voltar a 
habitar o território do corpo pelo exercício de levá-lo para brincar? A partir de uma sensação de travamento que se 
reafirmava em meu corpo, de obstrução do movimento corporal, de vergonha, apareceu em mim o interesse de me 
sentir soltinha. Por que existem obstruções? O que é que pede passagem, mas é reprimido? 
O objetivo deste registro cartográfico é discutir sentimentos, sensações e percepções contatados a partir do meu 
próprio corpo, experimentando os limiares do movimento e os limiares das possíveis nuances sensoriais, o fluir do 
sangue e as suas possíveis obstruções. A exposição de ideias no meio acadêmico pela escrita cartográfica parece 
ampliar o espectro do potencial poético. O que esse escrito quer é ser um canal condutor de afetos. Segundo Barros e 
Kastrup o objetivo da cartografia é justamente desenhar a rede de forças à qual objeto ou fenômeno em questão se 
encontra conectado, para elas, cartografar é acompanhar processos e não um simples representar de objetos. Quero 
conhecer e explorar o mundo vivido de Heidegger, o registro do inconsciente expresso no corpo. Esse trabalho pode 
ser dado por terminado, visto que já transcrevi e registrei corporal e fotograficamente algumas experiências que já 
são gigantescas em conteúdo. Trago um estudo que não se finaliza, mas cuja função é a de trazer questionamentos 
infinitesimais. Aquela história de rizoma. 
Um local de muita força instituinte para me alimentar e criar novos caminhos corporais/neurais é a OCA Ocupação 
Coletiva de Arteirxs. Para se ir ao desconhecido é necessária muita coragem, muita energia vital. Falar sobre energia 
vital parece misticismo, mas energia vital é simplesmente o nível de saúde do corpo, a quantidade de tempo que ele 
ainda pode funcionar plenamente. A potência de vida para Nietzsche. Talvez libido ou pulsão de vida para a 
psicanálise. Sentir-se vivo para o senso comum. Sentir o coração batendo, sentir-se corajoso, sentir-se energizado. 
Rebolar, relaxar, alongar. Já para o trabalho e a organização do tempo de vida (tempo de corpo): corpo dócil, de 
Foucault. E os modos de vida que permeiam a OCA são bem curiosos para o que eu entendo por senso comum. Quem 
anda por lá parece ser um pouco mais soltinho. Wilhelm Reich fala sobre processos bioenergéticos e sobre o 
encouraçamento do corpo. Interessante notar que as pesquisas e o próprio corpo de Reich foram perseguidos. Reich 
morreu numa prisão. E a OCA tem livros sobre esses assuntos, sobre anarquismo, sobre sexualidade, sobre tabus, 
sobre espiritualidade. E eu questiono: o que é tabu? 
Vários territórios estão sendo percorridos nestes experimentos: praças, faixas de segurança e sinaleiras, salas de aula, 
qualquer local em que meu corpo se encontra, aeroportos, aviões, a OCA - meu quartel general, enquanto meu 
quarto e a mesa do computador são o berço do meu sacro ofício filosófico. Os instrumentos dispositivos variam: 
bolinhas de malabares, clave, argolas, tecido acrobático, trapézio, bambolê, tintas para o rosto, muita coragem, 
pessoas soltinhas e companheiras. Os registros partem de um diário de campo, de algumas fotos, até de entrevistas 
com algumas pessoas que frequentam a OCA falando sobre o local, sobre o tema do corpo e sobre o que mais pedir 
passagem. Comecei a frequentar a OCA em maio de 2017 através do projeto Multiversidade de Aprendizagens Livres 
da OCA, em que faço estágio pela UFPel. O projeto oferece atividades como oficinas de performance, dança Butôh, 
oficinas de cerâmica, rodas de conversa, grupos de estudo, oficina de circo, apresentações musicais e culturais, 
BiblietOca (biblioteca da OCA), herbário e o que quiser ser proposto por pessoas que queiram compartilhar 
conhecimento sem pagar por isso, sem transações burocráticas, sem certificações. 
 
 
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Esse trabalho faz parte do grupo de pesquisa TELURICA (Territórios de Experimentação em Limiares Urbanos e Rurais: 
In(ter)venções em Coexistências Autorais). O TELURICA é um grupo de pesquisa que produziu um projeto guarda-
chuva intitulado Problematizações Limiares Psicossociais no Ensino, Pesquisa e Extensão da Psicologia e áreas afins na 
UFPel. Este projeto prioriza por convergir as inquietudes de graduandos em suas práticas de ensino e extensão, 
propondo investigações e in(ter)venções em limiares urbanos e rurais. 
 
 
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Os afetos a partir de uma perspectiva da Psicologia Social 
Autores: Eduardo Augusto Tomanik, UEM Elizabeth Lima, UEM 
E-mails: eatomanik@gmail.com, elima@uem.br 
 
Resumo: Este relato não envolve o desenvolvimento de um projeto específico de pesquisa, mas um esforço mais 
amplo que visa a produção de avanços teóricos sobre o campo dos afetos, visando instrumentar a atuação de 
profissionais da Psicologia ou não em busca de modos de estabelecimento de melhores relações inter e intrapessoais. 
Por esta busca de aprimoramento teóricos, o relato pode ser enquadrado no Eixo Temático: 7. Psicologia Social: 
questões teóricas e metodológicas na pesquisa, produção de conhecimento e/ou intervenções. Já pelo tema central 
dos estudos, o relato pretende ter espaço no Grupo de Trabalho sobre a Afetividade ético-política na construção de 
processos democráticos e participativos. 
Um projeto de longo prazo, denominado Psicologia Social dos Afetos vem sendo desenvolvido essencialmente mas 
não apenas por profissionais e estudantes ligados à Universidade Estadual de Maringá, reunidos no coletivo 
denominado Hera Grupo de Estudos em Psicologia Social dos Afetos. Este projeto amplo tem a intenção de abrigar e 
de dar origem a vários outros projetos específicos que, em seu conjunto, possibilitem a construção de novos 
conhecimentos e sugestões de ação dentro do campo amplo dos afetos. 
Diante da profusão de concepções teóricas sobre os processos afetivos, o Grupo vem efetivando a promoção de 
comparações, aproximações e confrontações entre diferentes abordagens teóricas já elaboradas sobre aqueles temas 
na Psicologia, em Ciências afins e na Filosofia, partindo da suposição de que estas aproximações devem possibilitar a 
elaboração de sínteses ou de críticas que resultem em aprimoramentos ou refinamentos teóricos. Além desta 
abordagem de cunho mais especificamente teórico e visando uma aproximação entre aspectos teóricos e empíricos, o 
Grupo vem incentivando e desenvolvendo também trabalhos que visam a obtenção de informações e a elaboração de 
análises sobre as formas como as emoções e sentimentos vêm sendo conhecidos, reconhecidos e vivenciados por 
grupos diferentes ou mesmo em épocas diferentes, partindo da suposição de que estes conhecimentos podem nos 
auxiliar a compreender o papel que os afetos vêm desempenhando e poderiam desempenhar em diferentes 
contextos sociais. Eventualmente, podem nos auxiliar também a perceber e a compreenderse e como os processos 
afetivos estão sendo direcionados e os possíveis resultados atuais ou futuros destes direcionamentos. 
Partindo deste delineamento básico, o Grupo vem elaborando e efetivando pesquisas enquadradas em duas 
vertentes complementares. A primeira delas, denominada Espeleologia dos Afetos, envolve projetos de cunho mais 
teórico, que visam o aprofundamento dos conhecimentos sobre os processos afetivos, a partir da análise, 
comparação, combinação e/ou confrontação de diferentes abordagens teóricas, tanto na Psicologia quanto em outras 
áreas do saber. Estes projetos vêm envolvendo e/ou envolverão a realização de leituras, análises e sínteses de obras 
de diferentes autores sobre o campo das emoções; a produção de textos, por autores convidados de diferentes áreas, 
sobre a temática geral ou sobre aspectos específicos dos afetos e a realização de análises comparativas entre as 
diferentes abordagens, visando o aprimoramento e o aprofundamento de aspectos conceituais e teóricos. 
A segunda vertente, voltada para a promoção de interações dos aspectos teóricos e empíricos, vem abrigando 
projetos que visam basicamente conhecer e compreender as Representações Sociais sobre os afetos elaboradas e 
compartilhadas por diferentes grupos sociais. Estes estudos envolvem a realização de levantamentos sobre os 
conjuntos de afetos conhecidos, as concepções sobre estes afetos e as práticas a ele associadas, em grupos sociais 
diferentes, na atualidade e mesmo em outros momentos históricos; a busca de mapeamentos e de compreensões 
sobre os nexos existentes entre os conhecimentos, concepções e perspectivas de ação contidos naquelas 
Representações Sociais e o contexto de vida do grupo, além da busca de compreensão das correlações entre os 
conhecimentos e concepções afetivos dos participantes do grupo e as relações que estes estabelecem entre si e com 
os demais componentes de seu ambiente social e físico. 
 
 
18 
De modo breve, os estudos efetivados até o momento vêm mostrando que, longe de processos simples e individuais, 
os afetos são complexos e multidimensionais. Envolvem tanto componentes individuais (experiências, caraterísticas, 
expectativas pessoais), circunstanciais (relacionados aos momentos e condições de suas ocorrências), grupais (os 
afetos conhecidos, admitidos e as representações sociais que o grupo compartilha sobre os mesmos) e culturais (que 
se expressam e são compartilhados através da linguagem e que ao mesmo tempo, delimitam os conjuntos e 
características dos afetos reconhecidos, possibilitam e direcionam o reconhecimento, as vivências, os momentos e os 
modos de expressão dos mesmos). 
Além disso, os afetos são sempre relacionais e resultantes de processos de aprendizagem e aprimoramento, tal como 
as denominadas capacidades e atividades cognitivas. Assim, necessitam e podem ser desenvolvidos a partir de 
interações sociais, o que abre perspectivas para sua transformação. 
 
 
19 
Participação grupal em uma comunidade afetiva: possibilidades para a construção e/ou ressignificação de projetos 
de vida de idosos 
Autores: Fernanda do Nascimento Pereira, UFSJ; Marcos Vieira Silva, UFSJ 
E-mails: fernandanp@outlook.com,mvsilva@ufsj.edu.br 
 
Resumo: Considerando importante estudos sobre o envelhecimento, investiga-se as possibilidades de construção 
e/ou ressiginificação de projetos de vida em idosos, tendo a afetividade como norteadora desse processo. Levando 
em conta os aspectos que afligem o idoso em seu processo de envelhecimento, bem como o preconceito e 
dificuldades diante suas limitações, Goldfarb, Barbieri, Gotter e Peixeiro (2009), afirmam que muitos idosos se 
defrontam com um grande vazio quando envelhecem, diante a sua impotência perante às perdas obtidas no decorrer 
da vida. Nesse contexto, uma posição de inércia, dificulta a mudança e uma possível perspectiva de futuro, levando o 
idoso a um vazio existencial, que reflete um vazio de significações e de novos sentidos para a vida. Muitas vezes, esse 
vazio também ocorre com a perda de um lugar social, pois não há a aceitação do lugar que a sociedade atribuiu ao 
idoso, ocasionando assim um sentimento de desamparo e vazio. Conforme Celich, Creutzberg, Goldim e Gomes 
(2010), há uma grande importância dos idosos desenvolverem relações sociais com os outros, sendo isso importante 
para o seu desenvolvimento pessoal, e sua existência. Para eles, é por meio do afeto e do carinho, que se sustenta 
uma amizade e se amplia uma relação, contribuindo para o seu sentimento de pertença a um grupo, podendo dar e 
receber apoio emocional, significativos para o processo de envelhecimento. Observando alguns idosos participantes 
de grupos em um programa da Universidade, percebeu-se que o seu perfil destoava de demais idosos da mesma 
geração, sendo que o vínculo que se formava nos grupos, desencadeava uma relação de cumplicidade, afeto e 
amizade. Será que participar de grupos que constitui uma comunidade afetiva, influenciaria na construção e/ou 
ressignificação de projetos de vida dos idosos? Para Halbwachs (2006), as lembranças compartilhadas com outros 
participantes do grupo, é que levam a uma pertença grupal, nomeada como comunidade afetiva. Sendo que, 
conforme Brandão (2008), é por meio do relato e partilha de experiências, que se observa uma nova comunidade 
afetiva, com possibilidades de uma reavaliação de projetos de vida. Assim, conforme Brandão (2012), a afetividade só 
é possível de ocorrer nos sentimentos ativos produzidos no bom encontro entre sujeitos, se tratando de uma 
afetividade ética e política, inconcebível sem a presença do outro. Para ele, há uma importância de se construir 
espaços sociais, que possibilitem uma construção subjetiva e de fortalecimento da individualidade e da sociabilidade. 
Objetivos: Compreender se e como a participação grupal em uma comunidade afetiva determina modos de 
construção e/ou ressignificação de projetos de vida de idosos. Método: Pesquisa qualitativa, que serão convidados 
sujeitos de uma cidade do interior de Minas Gerais, que tenham disponibilidade e vontade de participar da pesquisa. 
Critérios de inclusão: ambos os sexos; idade acima de 60 anos; idosos sem maiores perdas cognitivas identificadas; 
participantes frequentes aos grupos. Os grupos convidados a participar serão: um que realiza atividades físicas e 
psicológicas em uma universidade desse município; um grupo de universidade para a terceira idade, da mesma 
universidade. Após o envio e aceite da pesquisa pelo Comitê de Ética, a pesquisadora informará aos grupos sobre sua 
pesquisa e seus objetivos, e os idosos serão convidados para realizar uma entrevista individual semi-estruturada, na 
própria universidade, ou em locais de seus interesses. Em seguida, será realizada a transcrição das entrevistas, para 
uma análise de conteúdo. Resultados: Até o presente momento de submissão do resumo, a pesquisa encontra-se em 
andamento, sendo as entrevistas e suas análises realizadas em breve. Conclusão: Busca-se com esse estudo, auxiliar a 
população idosa na reflexão sobre possibilidades para essa etapa da vida, além fornecer subsídios para políticas 
públicas na consideração da ampliação de espaços, nos quais possam ser implantados projetos e perspectivas de vida, 
e serem discutidas novas possibilidades de inserção social por meio de projetos que envolvam os grupos de idosos, 
em que a afetividade possa aparecer de forma a agregar sentido para as possibilidades da vida. 
 
 
20 
Práticas Participativas e Afetividade Ético-Política: Construindo uma Agenda de Pesquisa 
Autores: Ana Paula Paes de Paula, UFMG; Marcia Prezotti Palassi, UFES; Rogério Zanon da Silveira, UFES 
E-mails: appp.ufmg@gmail.com, mprezotti@hotmail.com, rogerio.silveira@ufes.br 
 
Resumo: Nessa comunicação de pesquisa, pretendemos apresentar o escopo do Observatório de Práticas 
Participativas (OPP), descrevendo sua construçãoe intenções científicas e políticas, bem como assinalando uma 
significativa lacuna nas pesquisas abordadas: a ausência da afetividade ético-política como dimensão privilegiada nas 
investigações sobre a participação social. 
O OPP é um projeto em andamento, que buscar sistematizar do ponto de vista teórico e empírico, iniciativas que 
envolvem participação no âmbito da gestão pública, da sociedade civil e dos movimentos sociais, enfatizando sua 
importância no contexto da construção da esfera pública. Além disso, o projeto tem um caráter de acumulação e 
disseminação de conhecimento teórico e prático para o público acadêmico e leigo, pois tem um banco de dados de 
experiências participativas residente no site no Núcleo de Estudos em Participação e Subjetividade (NEPS) 
(www.nespufmg.com.br), que está aberto à consulta, além de ter entre seus propósitos a exposição de conteúdos 
sobre participação social em seu blog, abrangendo textos, artigos, entrevistas, documentários e vídeos curta-
metragem. 
Do ponto de vista epistêmico e metodológico, o objetivo do OPP é sistematizar e analisar os elementos teóricos e 
empíricos relacionados às práticas participativas engendradas no âmbito da gestão pública, da sociedade civil e dos 
movimentos sociais, avaliando suas implicações para a construção das identidades grupais e para a subjetividade dos 
envolvidos. 
A primeira etapa do OPP, que abrangeu o período de julho de 2015 a julho de 2017, foi dedicada à construção de um 
banco de experiências participativas, elaborado a partir das pesquisas realizadas em âmbito nacional. Para selecionar 
qualitativamente os artigos consultados, utilizamos como critério, a partir do que foi constatado na literatura, as 
seguintes temáticas: participação social, orçamento participativo, conselhos, fóruns, conferências, audiências públicas 
e políticas públicas participativas setoriais (saúde, educação, habitação, meio ambiente, desenvolvimento local, entre 
outras). 
Partindo desse critério, durante este período realizamos um levantamento dos artigos em periódicos revisados por 
pares no Portal Capes, utilizando as seguintes palavras-chave: Participação Cidadã, Participação Comunitária, 
Participação Política, Cidadania, Democracia, Participação Social e Participação. Esse levantamento foi encerrado em 
20/05/2016 e resultou em 603 artigos que foram lidos e categorizados para alimentação do banco de experiências, e 
estará disponível para consultas no link https://www.nepsufmg.com.br/banco-de-experiencias, contando com 233 
experiências catalogadas. Além disso, também levantamos 75 artigos de cunho teórico, obtidos com as mesmas 
palavras-chave. Com a leitura preliminar desses artigos, constatamos também que o marco teórico da participação é 
interdisciplinar e tem um caráter de constructo em constante elaboração. 
Na segunda etapa do OPP, que abrangerá o período de agosto de 2017 a julho de 2019, pretendemos atualizar o 
banco de experiência e também nos dedicar aos aportes teóricos-analíticos que nos chamam atenção, em especial 
àqueles que têm efeitos nas perspectivas de mudança social no âmbito da Psicologia Social, como as identidades 
coletivas e a questão da subjetividade, recorrendo principalmente à abordagem histórico-cultural de Gonzalez Rey 
(2003). 
Nesse contexto, a afetividade ético-política como elemento que interfere na construção de processos democráticos e 
participativos, emerge de forma privilegiada, pois como aponta Brandão (2012), o homem modifica o mundo na 
medida em que confere significado a tudo que constrói coletivamente, com a mediação da comunicação 
intersubjetiva. Nesse sentido, a subjetividade é fruto de uma relação entre história, cultura e psique, que resultam em 
ações que se situam em um horizonte de sentido, permeadas pela afetividade e pela ética. Assim, ...revolucionário é o 
agir consciente e afetivo de sujeitos que transformam as suas realidades, não apenas em um momento político de 
ruptura, mas cotidianamente, através do encontro com outro (BRANDÃO, 2012, p. 178). 
O banco de experiências construído, que abrange as pesquisas empíricas, bem como os artigos teóricos obtidos com 
as mesmas palavras-chave, evidenciam que a afetividade ético-política é uma dimensão pouco explorada nas atuais 
investigações. Dessa forma, pretendemos nessa nova etapa do OPP, voltar nossas atenções para tal dimensão, 
buscando compreender porque a mesma vem sendo negligenciada nos trabalhos e construindo uma agenda de 
pesquisa para essa questão. À primeira vista, a afetividade se revela ainda como um tabu: na década de 1960, 
Adorno (2006) já admitia que a formação cultural requer amor, mas colocava isso com ressalvas, temendo ser 
interpretado equivocadamente como um sentimental. 
 
21 
Uma vez que estamos em um momento de delineamento da pesquisa e o OPP ainda se encontra na fase de 
desenvolvimento e implementação, não temos ainda conclusões, pois o nosso propósito é debater, expondo nossas 
principais ideias, subsídios teóricos e metodologias aplicadas, permanecendo receptivas para acolher sugestões e 
realizar parcerias que possam enriquecer e expandir nossas iniciativas. 
Referências: 
Adorno, T. A filosofia e os professores (1965). In ADORNO, T. Educação e Emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 
2006. 
Brandão, I. R. Afetividade e transformação social: sentido e potência dos afetos na construção do processo 
emancipatório. Sobral: Edições Universitárias, 2012. 
González Rey, F. Sujeito e Subjetividade: uma aproximação histórico-cultural. São Paulo: Pioneira Thompsom 
Learning, 2003. 
 
 
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Relações Dialógicas e suas implicações na vida de crianças acolhidas: um relato de experiência 
Autores: Mariana Silva Gomes, UNIFRAN; Thais Silva Cintra, UNIFRAN 
E-mails: m.hopian@gmail.com, thais_cintra@hotmail.com 
 
Resumo: A institucionalização de crianças e adolescentes tem estado presente durante toda a história da 
humanidade. No Brasil, a princípio, uma das formas em que se delineou foi através das rodas dos expostos ou 
enjeitados, onde os recém-nascidos eram abandonados na porta de santas casas e conventos, estendendo-se como 
orfanatos, caracterizando assim o cuidado delegado a instituições filantrópicas. Atualmente, com as políticas de 
proteção e cuidado orientados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, passou a ser dever do Estado e o mesmo 
executa esses serviços através das instituições de acolhimento no modelo de casas lares, ou aldeias. No entanto, 
pouco se fala sobre as consequências dessas práticas e a forma como se promove saúde e qualidade de vida, de forma 
a contribuir de maneira integral para o desenvolvimento dessas crianças e adolescentes. Este trabalho foi 
desenvolvido à partir da experiência de alunos do quinto ano de psicologia, que realizam o estágio de Psicologia da 
Saúde na Comunidade. O objetivo é discutir a importância das relações afetivas constituídas no convívio entre 
educadoras sociais, equipe técnica, estagiários de psicologia e crianças na casa lar e, como estas relações podem 
contribuir para a promoção de saúde e desenvolvimento psicossocial das crianças acolhidas. Como recurso teórico-
prático foi utilizado o construcionismo social, propondo que as relações são o lócus de construção do mundo. 
Segundo esse paradigma pós-moderno o ser humano é um constructo de suas relações, sendo à partir destas que 
sentidos e significados são produzidos, assim, as formas de compreender o mundo são estabelecidos na ação 
conjunta. Desta forma, entendemos que cada relação tem sua dinâmica, favorecendo o acolhimento e os afetos 
inerentes a relação, de forma colaborativa e democrática, onde ambos os sujeitos contribuem para estabelecer a 
negociação de seus sentidos e significados. Como metodologia, foram feitos encontros semanais com as crianças 
entre oito e onze anos de idade na própria casa lar onde residem, realizando intervenções grupais, visando construir,a princípio, o vínculo entre os estagiários e as crianças. À partir da construção do vínculo, trabalhamos com temáticas 
disparadoras aliados às habilidades de vida, as atividades foram coordenadas consensualmente pelas próprias 
crianças, a partir das verdades, valores e sentidos atribuídos por elas. O resultado demonstrou a importância da 
construção colaborativa e o quanto a postura de curiosidade e não-saber dos estagiários possibilitaram um processo 
de diálogo entre todos. Foi fundamental alicerçar as vozes e sentidos atribuídos pelas crianças e o significado que essa 
prática em grupo tinha para elas. A forma dos estagiários se relacionar com as crianças possibilitou a ampliação de 
novas formas de relacionamentos, sendo estes embasados na negociação e importância de todas as verdades, assim, 
naquele contexto específico, as crianças se respeitavam, ouviam umas às outras e acordavam o tipo de atividade a ser 
feita. Destacamos que no início do grupo havia ausência de uma postura colaborativa, o que contribuía para a 
perpetuação de antigas narrativas, já legitimadas, uma vez que as crianças se relacionavam com hostilidade e 
violência e, posteriormente, ao trazer essas ações ao contexto relacional do grupo de maneira dialógica, houve a 
negociação de sentidos e novos significados foram atribuídos a essas práticas. Concluímos então, que relacionar-se 
também passa pelo crivo do autoconhecimento, assim como a promoção de saúde passa pelo crivo da 
autopercepção, que possibilita a busca pela própria qualidade de vida, uma vez que é apenas reconhecendo 
comportamentos, padrões e significados, que já foram constituídos em outros momentos e relações, que se pode 
questionar e, à partir daí descristalizar esses posicionamentos e ampliar sentidos para novas possibilidades. 
Compreendemos assim que o vínculo afetivo é essencial para a construção de recursos de enfrentamento e conquista 
de autonomia das crianças e adolescentes em contexto de acolhimento institucional. 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GT 02 | A práxis que apreendem as determinações históricas na dialética da relação entre psiquismo e 
sociedade: contribuições para a psicologia social 
 
 
24 
A constituição das emoções para Vigotski e Rubinstein baseado no materialismo histórico-dialético 
Autores: Vitória Regina de Almeida Correia, UFMS; Alexandre Pito Giannoni, UFMS; Jéssica Apacite Bonifácio, UFMSS 
E-mail do(a) autor(a): carlotapsi@gmail.com 
Resumo: O objetivo deste trabalho é discutir, sob a perspectiva de classe, alguns aspectos da pesquisa sobre arte para 
a psicologia, como técnica social da emoção que possibilita a ampliação da consciência. Compreendendo que a divisão 
de classes se constitui pela contradição entre grupos que se opõem pela posição que ocupam dentro do sistema de 
produção econômica. Essa diferenciação medeia a constituição psíquica dos indivíduos, por meio dos limites e 
possibilidades de apreensão da cultura pelos sujeitos de classes distintas. Para a teoria sócio-histórica, o 
desenvolvimento do psiquismo está relacionado às apropriações feitas pelo sujeito por meio de sua atividade no 
mundo. A condição inerentemente social dos indivíduos da espécie humana permite que tenhamos a possibilidade de 
nos apropriar das realizações históricas do gênero humano, tudo que a humanidade produziu durante sua história e 
que foi acumulado como cultura por ter sido favorável aos homens, apreensão esta que depende das condições sócio-
históricas de produção da vida material. Assim podemos afirmar que o psiquismo dos seres humanos 
contemporâneos encontra sua gênese, processos e conteúdos oriundos do modo de produção capitalista, que tem 
como base a contradição entre a produção capaz de suprir necessidades mais complexas da sociedade e a 
impossibilidade de uma grande maioria ter acesso a essa produção. A arte é uma atividade humana que perpassa 
todos os estágios da hominização durante a filogênese da espécie, assumindo características dos períodos nos quais 
foi produzida. Para o presente trabalho, consideramos a arte sob a perspectiva da psicologia sócio-histórica, como 
produto da atividade humana pela transformação da natureza, possui técnica e linguagem específicas e objetiva 
aspectos da realidade social, capaz de reorganizar o campo das emoções permitindo o desenvolvimento da 
consciência. De acordo com Vigotski, a arte é capaz de proporcionar novas organizações psíquicas, possibilitando ao 
homem a elevação da condição individual ao gênero humano universal. Isso se dá porque a arte é uma técnica social 
das emoções, permitindo sínteses psicológicas através da catarse. A arte carrega as características da classe na qual 
ela é produzida, é composta pelos significados e visão de mundo de determinada classe de onde o artista se origina. 
Essa qualidade possibilita que sentimentos sociais sejam encarnados nas obras de arte. Nas produções artísticas, os 
homens objetivam aspectos psicológicos complexos produzidos na sociedade. Assim possibilita uma duplicação do 
real no psiquismo, permitindo aos indivíduos entrarem em contato com emoções de uma forma que não estão 
habituados em seus cotidianos. De acordo com Vigotski, a catarse provocada pela arte é capaz de oportunizar nos 
indivíduos a elaboração de novos sentidos para suas vivências, sentimentos e emoções cotidianas, assim o efeito da 
arte não é apenas momentâneo, mas passa a fazer parte do psiquismo dos sujeitos, se objetivando na atividade. 
Como uma linguagem específica, a arte deve passar por um processo de apropriação mediado, através 
principalmente, da possibilidade do contato de todos os indivíduos de determinada cultura com essa ferramenta 
social. Em uma sociedade dividida em classes, onde as condições materiais diferem sobremaneira entre indivíduos de 
classes distintas, os significados presentes nas obras de arte produzidas pela classe que detém o poder econômico e 
político carregam elementos de sua própria realidade, em forma de ideologia. Esses conteúdos ao serem apropriados 
pela classe popular não encontram referência na realidade cotidiana que essas pessoas vivem, não produzem sentidos 
adequados para uma ampliação de consciência, atuando como ideologia. Assim, para compreender a consciência dos 
indivíduos em relação à arte por uma perspectiva classista, devemos nos orientar pela arte produzida por essas 
pessoas, arte essa que encarna as características sócio-históricas inerentes às vivências desses indivíduos, na maioria 
das vezes permeadas por injustiças e falta de possibilidades. Dessa forma a arte se apresenta como potência criativa, 
possibilitando a ampliação da consciência dos sujeitos para uma atividade transformadora. Um exemplo de arte 
popular, ou arte de rua, é o grafitte e o pixo que se caracterizam principalmente pela execução das obras em muros e 
espaços coletivos, presentes praticamente no mundo todo. Poderíamos citar outras formas de expressão artística 
como o rap e o funk, este último atualmente com proposta de ser criminalizado por lei. Assim, o objetivo do presente 
tƌaďalho,à eŵà ĐoŶfoƌŵidadeà Đoŵà oà Gƌupoà deà Tƌaďalhoà ͞ásà pƌĄdžisà Ƌueà apƌeeŶdeŵà asà deteƌŵiŶaçƁesà histſƌiĐasà Ŷaà
dialĠtiĐaàdaàƌelaçĆoàeŶtƌeàpsiƋuisŵoàeàsoĐiedade:àĐoŶtƌiďuiçƁesàpaƌaàaàpsiĐologiaàsoĐial͟àĠàdisĐutiƌàasàĐoŶseƋüġŶĐiasàeà
implicações da mediação de classe, em relação à arte, nos processos da emoção para a constituição da consciência 
dos indivíduos. Nosso aporte teórico se encontra nos trabalhos de Vigotski, que trouxe em suas pesquisas a 
importância da arte para a humanização dos indivíduos e sua relação com a emoção, permitindo uma ampliação de 
consciência, e Silvia Lane, que discute a presença da ideologia como condição a ser observada na análise do psiquismo 
humano. 
A Impotência da Subjetividade: sobre o papel da desigualdade social na dialética consciência-inconsciente 
Autores: Matheus Rodriguesde Oliveira, Faculdade UNIGRAN Capital; Ana Paula Benites Gama, Faculdade UNIGRAN 
 
25 
Capital; Edenir Padilha Dias, Faculdade UNIGRAN Capital; Felipe Correa Verardo, Faculdade UNIGRAN Capital; Jânio 
Rodrigues Miranda Junior, Faculdade UNIGRAN Capital; Jeferson Renato Montreozol, Faculdade UNIGRAN Capital; 
João Pedro Vilar Nowak de Lima, Faculdade UNIGRAN Capital; Luana de Moura Vareiro, Faculdade UNIGRAN Capital; 
Riverson Junior Gomes Tavares, Faculdade UNIGRAN Capital; Rodrigo Batista Torraca, Faculdade UNIGRAN Capital 
E-mail do(a) autor(a): : matheus_rodrigues_deoliveira@hotmail.com 
 
Resumo: A proposta aqui apresentada versa sobre a impotência da subjetividade na relação com a desigualdade 
social, considerando para tanto o movimento dialético entre consciência-inconsciente. Para tanto, nos pautamos na 
seguinte questão central: será que a desigualdade social despotencializa a subjetividade em relação ao movimento 
consciente e inconsciente do sujeito na compreensão e organização da realidade? Isso porque no que tange a 
realidade da sociedade brasileira, sabemos que está havendo grandes mudanças no contexto político e ideológico. 
Diante dessas transformações, fica evidente o que Marx (2015) diz a respeito da divisão de classes, entre os 
trabalhadores e donos de meios de produção. O referido pensador diz que o estado é o principal órgão a regularizar e 
sustentar estas diferenciações de classes, com leis, decretos e propostas de emendas constitucionais, favorecendo 
assim apenas uma parte dela. Através disto, notamos a desigualdade entre classes e a dominação de uma classe 
minoritária sob outra. Outro ponto fundamental que o autor destaca é o trabalho, pois o compreende como condição 
de existência dos homens, mediação esta entre o ser e a natureza, e, por conseguinte, suposição para a existência 
humana. É a partir desta mediação que os homens desenvolvem historicamente as condições de produção e 
reprodução social. Seguindo essa premissa, pode-se dizer que a sociedade está baseada na produção material, que é 
resultante de uma integração entre atividade dos sujeitos. A partir daí, podemos entender a subjetividade do sujeito, 
através do materialismo histórico e dialético que se fundamenta no marxismo. Nesse sentido, o homem torna-se ativo 
em seu processo de transformação, uma vez que a visão histórica do fenômeno psicológico não segue o 
tradicionalismo de outras linhas teóricas, na qual define a subjetividade como uma instância que toma conta do 
individuo em certos momentos sem chance de ter a possibilidade de controlar, e que o mesmo possui segredos que 
nem mesmo a pessoa tem consciência, ou seja, torna o sujeito passivo em suas emoções e ao que pensa. Assim, 
tomar como base a psicologia sócio-histórica permite compreendermos que Vigostki, em suas publicações sobre a 
reflexologia, apresenta criticas ao reducionismo e incentiva a produção de uma psicologia dialética. Feito isso, começa 
a ter uma nova concepção de sujeito, onde a sociedade é vista como produção histórica, através da atividade do 
homem, e as ideias como representações da objetividade material. Compreender estes aspectos que envolvem tanto 
o sujeito como o modo de organização social permite integrarmos, pela dialeticidade, os processos psicológicos à suas 
estruturas determinantes, isto é, compreendendo o psiquismo e a subjetividade não como meras abstrações, mas 
como processos organizados e desenvolvidos de acordo com a realidade em que se encontram. Entretanto, 
consideramos ainda que tais elementos resguardam tanto os conteúdos consciências quanto conteúdos inconsciente, 
aspectos já elencados por Vigotski em seus trabalhos, e que a organização desta relação depende, em grande medida, 
do domínio que o sujeito tem da cultural na realidade social. Assim, se partimos do princípio de que nossa sociedade, 
capitalista, se mantém somente pela divisão social, pela desigualdade entre os dois polos da relação, pensamos 
também que determinados aspectos só se manterão (ou se tornarão) consciente se a estrutura social demandar. 
Assim, a desigualdade social originária do próprio modelo capitalista de produção e existência finda por resignificar 
processos sociais, mantendo uma ruptura nos elementos da consciência dos sujeitos, pois se estes tivesse consciência 
de suas potencialidades poderiam desorganizar o sistema e, consequentemente, ocasionar a virada qualitativa na 
relação social. Então, pensamos que a desigualdade funciona como um mecanismo não apenas social, mas também 
psicológico: mantém inconsciente determinados elementos para que, assim, possa despotencializar a subjetividade 
humana. Como método, a natureza da pesquisa foi qualitativa, bibliográfica, pois foram feitas análises de artigos 
publicados e disponibilizados referentes ao tema. E nosso interesse por manter esta discussão no GT 2 do 
ENABRAPSO (A práxis que apreendem as determinações históricas na dialética da relação entre psiquismo e 
sociedade: contribuições para a psicologia social) se pauta justamente pelo fato de que este espaço permitirá 
 
26 
aprofundarmos algumas questões ainda em aberto, principalmente na dinâmica entre consciência-inconsciente a 
partir da realidade objetiva. 
 
 
27 
Abuso psicológico contra a mulher: dialética consciente-inconsciente na condição social 
Autores: Luana de Moura Vareiro, Faculdade UNIGRAN Capital; Ana Paula Benites Gama, Faculdade UNIGRAN Capital; 
Edenir Padilha Dias, Faculdade UNIGRAN Capital; Felipe Correa Verardo, Faculdade UNIGRAN Capital; Jânio Rodrigues 
Miranda Junior, Faculdade UNIGRAN Capital; Jeferson Renato Montreozol, Faculdade UNIGRAN Capital; João Pedro 
Vilar Nowak de Lima, Faculdade UNIGRAN Capital; Riverson Junior Gomes Tavares, Faculdade UNIGRAN Capital; 
Rodrigo Batista Torraca, Faculdade UNIGRAN Capital 
E-mail do(a) autor(a): : luanavareiro@outlook.com.br 
 
Resumo: A violência contra a mulher é um fenômeno muito antigo, produzido a partir de toda uma construção 
histórica em que tem prevalecido o poder do homem. Desde a Grécia antiga, as mulheres eram tratadas como um ser 
inferior, que serviam apenas como procriadoras, e eram colocadas no mesmo lugar que crianças e escravos. Na 
religião não foi diferente, pois aqui ainda hoje se mantém a ideia de que a mulher tem que ser submissa ao homem. A 
medicina também não deixou de ter sua participação, acreditando primariamente apenas na existência do corpo 
masculino e que, pelo corpo da mulher ser uma espécie de corpo não desenvolvido, era inferior. Assim, podemos 
perceber que realmente existe historicamente toda uma cultura machista, e que apenas com a revolução francesa a 
mulher passou, pela primeira vez, a participar junto com os homens da vida social, acreditando que ali estaria o início 
de uma igualdade entre homens e mulheres. Entretanto, quando percebeu-se que isso não iria acontecer, as 
mulheres que já tinha certo conhecimento passaram a protestar reivindicando seus direitos como ser humano, 
indagando o porquê de não ter o mesmo direito que os homens. Com a chegada do sistema capitalista, algumas 
mulheres passaram a trabalhar nas fábricas saindo assim da esfera privada que sempre foram submetidas pelos 
homens, e passando a fazer parte da esfera pública, o que acabou dando mais força para suas indagações sobre os 
direitos iguais. Neste cenário, o presente trabalho tem como objetivo principal buscar respostas através da psicologia 
social para a questão do abuso psicológico sofrido historicamente por pessoas do gênero feminino, onde estas não 
têm sido capazes de compreenderem suas reais condições de existência, fazendo com que esse abuso seja mantido na 
organização de elementos e processos inconscientes. Por isso, esta pesquisa resguarda os pressupostos da dialética, 
particularmente na relação consciente-inconsciente, visando compreender a questão da vivência em um 
relacionamento onde ocorre abuso psicológicodo homem sobre a mulher. Isso porque temos percebido que nestas 
relações, é muito difícil que a pessoa abusada perceba o que está acontecendo, pois não temos a agressão física 
enquanto elemento materializando da violência. Este estudo utiliza os pressupostos da teoria psicológica sócio-
histórica para pensar sobre o desenvolvimento da consciência da mulher abusada, e como alguns conteúdos não 
chegam à esfera da consciência, isto é, mantém-se inconscientes. E pensamos que tal fator ocorre devido à conduções 
dadas na cultural machista, na forma como determinados elementos da realidade social são apropriados pelas 
mulheres, mas também na intensidade que o tônus emocional toma na organização da dialética psíquica da vítima do 
abuso. Portanto, pensamos que nossas discussões se enquadram no que o GT 2 (A práxis que apreendem as 
determinações históricas na dialética da relação entre psiquismo e sociedade: contribuições para a psicologia social) 
tem proposto, pois temos nos dedicado a ampliar a capacidade explicativa das proposições de algumas teorias 
psicológicas que consideram a dialética materialista e histórica, e a importância de alguns processos psicológicos 
como pensamento e emoção. Esta pesquisa assume a organização de uma pesquisa bibliográfica, utilizando 
produções pautadas na Psicologia Sócio-Histórica no que concerne aos conceitos sobre violência de gênero e violência 
contra a mulher para obter um entendimento de como se procedeu o abuso dentro dos relacionamentos ao longo da 
história, e também acerca da história da violência contra a mulher dentro de relação consciente e, ainda, 
inconsciente. 
 
 
28 
Apontamentos sobre saúde mental no Brasil a partir das contribuições de Martín-Baró 
Autores: Marçal Pereira Machado, UFMS; Carlota Aparecida Coelho Philippsen, UFMS 
E-mail do(a) autor(a): : marcalpm85@hotmail.com 
 
Resumo: Pensar em saúde mental a partir da teoria Psicológia Sócio-Histórica, principalmente da contribuição teórica 
e metodológica de Ignacio Martín-Baró, nos remete imediatamente a analisar para a dimensão da relação entre 
pessoas e grupos, considerando sua classe social, atividade e história; e não para um estado individual interno, cujo 
funcionamento está calcado nos seus próprios traços de personalidade ou caraterísticas psicológicas. Ou seja, este 
movimento deve ser entendido de fora para dentro, e não o contrário. Nesta perspectiva, a saúde mental e os 
transtornos mentais são a materialização, na pessoa ou no grupo, do caráter humanizador ou alienante das relações 
sociais e históricas. A partir análise psicossocial de Martín-Baró das consequências da guerra civil salvadorenha na 
década de 80 do século passado, este autor apresenta apontamentos epistemológicos e categorias de análise que 
permitem avançar no entendimento da saúde e doença mental e sua relação com o caráter das relações humanas. Ao 
voltarmos nosso olhar científico orientado pela teoria psicológica Sócio-Histórica, cujos pressupostos estão 
fundamentados no materialismo histórico-dialético e, portanto, são capazes de compreender a concreticidade destas 
relações, para o nosso contexto político e econômico atual do Brasil, podemos verificar que as três qualidades da 
guerra apontadas pelo autor - a violência, a polarização e a mentira – estão presentes, e algumas inclusive se 
explicitando cada vez mais acentuadamente. A violência sob a forma de criminalização e repressão de movimentos 
sociais, a polarização que causa a produção de fissuras nos marcos de convivência e uma separação radical entre 
͞eles͟àeà͞Ŷſs͟,àeàaàŵeŶtiƌaàiŶteŶĐioŶalàpƌeseŶteàŶoàdisĐuƌsoàƌepƌoduzidoàpelosàŵeiosàde comunicação de massa, que 
servem de verdadeiros instrumentos ideológicos para se ocultar as verdadeiras raízes dos problemas econômicos, 
políticos e, também, de saúde mental. Se analisarmos, poderemos identificar todas estas qualidades presentes e em 
plena ascensão na nossa sociedade. Mas além destas qualidades da guerra que Baró nos apresenta, também temos 
nas principais coordenadas apontadas pelo autor para analisar as consequências da guerra sobre a saúde mental 
relações semelhanças trágicas. A mais importante categoria de análise destas consequências é a classe social, pois são 
os mais afetados nãos somente pelos mecanismos de repressão e impacto direto do conflito bélico, mas também pelo 
aumento do custo de vida e crescente desemprego. Com isso, fica evidente que a discussão feita por ele há cerca de 
trinta anos encontra-se, infelizmente, atualizada ao nosso período histórico e político. Assim, neste trabalho 
buscamos contribuir para a reflexão de nosso atual contexto social e histórico, marcado por um aprofundamento de 
uma crise política decorrente de um golpe que colocou um governo que está empenhado em reprimir movimentos 
sociais, retirar direitos da classe trabalhadora e assegurar privilégios da classe burguesa por meio da efetivação de 
uma agenda conservadora e elitista. Também buscamos a elaboração de uma Psicologia Social crítica, que, segundo 
Baró, deve ser um campo que busca ampliar a liberdade humana oferecendo explicações sobre a dimensão ideológica 
da ação humana, ou seja, sobre a relação entre interesses sociais gerados em uma sociedade divida em classes. Com 
isso, a psicologia não pode estar alheia às lutas sociais, deve rever seus conceitos que servem de instrumentos à 
reprodução do status quo, e o seu compromisso deve estar calcado na transformação da realidade. 
 
 
29 
Arte sob uma perspectiva classista como ampliação da consciência ou reprodução ideológica 
Autores: Carlota Aparecida Coelho Philippsen, UFMS; Marçal Pereira Machado, UFMS 
E-mail do(a) autor(a): : carlotapsi@gmail.com 
 
Resumo: O objetivo deste trabalho é discutir, sob a perspectiva de classe, alguns aspectos da pesquisa sobre arte para 
a psicologia, como técnica social da emoção que possibilita a ampliação da consciência. Compreendendo que a divisão 
de classes se constitui pela contradição entre grupos que se opõem pela posição que ocupam dentro do sistema de 
produção econômica. Essa diferenciação medeia a constituição psíquica dos indivíduos, por meio dos limites e 
possibilidades de apreensão da cultura pelos sujeitos de classes distintas. Para a teoria sócio-histórica, o 
desenvolvimento do psiquismo está relacionado às apropriações feitas pelo sujeito por meio de sua atividade no 
mundo. A condição inerentemente social dos indivíduos da espécie humana permite que tenhamos a possibilidade de 
nos apropriar das realizações históricas do gênero humano, tudo que a humanidade produziu durante sua história e 
que foi acumulado como cultura por ter sido favorável aos homens, apreensão esta que depende das condições sócio-
históricas de produção da vida material. Assim podemos afirmar que o psiquismo dos seres humanos 
contemporâneos encontra sua gênese, processos e conteúdos oriundos do modo de produção capitalista, que tem 
como base a contradição entre a produção capaz de suprir necessidades mais complexas da sociedade e a 
impossibilidade de uma grande maioria ter acesso a essa produção. A arte é uma atividade humana que perpassa 
todos os estágios da hominização durante a filogênese da espécie, assumindo características dos períodos nos quais 
foi produzida. Para o presente trabalho, consideramos a arte sob a perspectiva da psicologia sócio-histórica, como 
produto da atividade humana pela transformação da natureza, possui técnica e linguagem específicas e objetiva 
aspectos da realidade social, capaz de reorganizar o campo das emoções permitindo o desenvolvimento da 
consciência. De acordo com Vigotski, a arte é capaz de proporcionar novas organizações psíquicas, possibilitando ao 
homem a elevação da condição individual ao gênero humano universal. Isso se dá porque a arte é uma técnica social 
das emoções, permitindo sínteses psicológicas através da catarse. A arte carrega as características daclasse na qual 
ela é produzida, é composta pelos significados e visão de mundo de determinada classe de onde o artista se origina. 
Essa qualidade possibilita que sentimentos sociais sejam encarnados nas obras de arte. Nas produções artísticas, os 
homens objetivam aspectos psicológicos complexos produzidos na sociedade. Assim possibilita uma duplicação do 
real no psiquismo, permitindo aos indivíduos entrarem em contato com emoções de uma forma que não estão 
habituados em seus cotidianos. De acordo com Vigotski, a catarse provocada pela arte é capaz de oportunizar nos 
indivíduos a elaboração de novos sentidos para suas vivências, sentimentos e emoções cotidianas, assim o efeito da 
arte não é apenas momentâneo, mas passa a fazer parte do psiquismo dos sujeitos, se objetivando na atividade. 
Como uma linguagem específica, a arte deve passar por um processo de apropriação mediado, através 
principalmente, da possibilidade do contato de todos os indivíduos de determinada cultura com essa ferramenta 
social. Em uma sociedade dividida em classes, onde as condições materiais diferem sobremaneira entre indivíduos de 
classes distintas, os significados presentes nas obras de arte produzidas pela classe que detém o poder econômico e 
político carregam elementos de sua própria realidade, em forma de ideologia. Esses conteúdos ao serem apropriados 
pela classe popular não encontram referência na realidade cotidiana que essas pessoas vivem, não produzem sentidos 
adequados para uma ampliação de consciência, atuando como ideologia. Assim, para compreender a consciência dos 
indivíduos em relação à arte por uma perspectiva classista, devemos nos orientar pela arte produzida por essas 
pessoas, arte essa que encarna as características sócio-históricas inerentes às vivências desses indivíduos, na maioria 
das vezes permeadas por injustiças e falta de possibilidades. Dessa forma a arte se apresenta como potência criativa, 
possibilitando a ampliação da consciência dos sujeitos para uma atividade transformadora. Um exemplo de arte 
popular, ou arte de rua, é o grafitte e o pixo que se caracterizam principalmente pela execução das obras em muros e 
espaços coletivos, presentes praticamente no mundo todo. Poderíamos citar outras formas de expressão artística 
como o rap e o funk, este último atualmente com proposta de ser criminalizado por lei. Assim, o objetivo do presente 
trabalho, em conformidade com o Gƌupoà deà Tƌaďalhoà ͞ásà pƌĄdžisà Ƌueà apƌeeŶdeŵà asà deteƌŵiŶaçƁesà histſƌiĐasà Ŷaà
 
30 
dialĠtiĐaàdaàƌelaçĆoàeŶtƌeàpsiƋuisŵoàeàsoĐiedade:àĐoŶtƌiďuiçƁesàpaƌaàaàpsiĐologiaàsoĐial͟àĠàdisĐutiƌàasàĐoŶseƋüġŶĐiasàeà
implicações da mediação de classe, em relação à arte, nos processos da emoção para a constituição da consciência 
dos indivíduos. Nosso aporte teórico se encontra nos trabalhos de Vigotski, que trouxe em suas pesquisas a 
importância da arte para a humanização dos indivíduos e sua relação com a emoção, permitindo uma ampliação de 
consciência, e Silvia Lane, que discute a presença da ideologia como condição a ser observada na análise do psiquismo 
humano. 
 
 
31 
 
Titulo: Educação e mediação: apontamentos teóricos e metodológicos para o debate sobre constituição de 
consciência 
Autores: Sandy Lira Ximenes Lima, PUC-SP; Cecília Pescatore Alves, PUC-SP 
E-mail do(a) autor(a) : sandyx3030@gmail.com 
 
 
Resumo: Esta reflexão propõe-se, a partir da atual reorganização do Capitalismo, do papel mediador da escola pública 
contemporânea e da concepção hegemônica de cultura que permeia as relações vividas cotidianamente nas 
instituições escolares, discutir a constituição identitária individual. As recentes transformações sociais decorrentes da 
globalização e das políticas neoliberais atingiram o cenário político brasileiro educacional, seus projetos de educação 
e o modo como a instituição escolar lida com suas ações educacionais. Assim, entende-se que, hoje, todo estudo que 
investigue o escopo das mudanças que afetam a escola deve reconhecer os nexos reais e conceituais que imbricam a 
realidade escolar com a concretude da vida social, na forma de novos condicionamentos sociais. Sustentado pelo 
conceito de identidade, desenvolvido por Ciampa e pelo de mediação sistematizado por Raymond Williams, o 
presente estudo tem como objetivo caracterizar um quadro teórico sobre a constituição de consciências. 
Especialmente sob a base epistemológica do materialismo histórico e dialético, pretende-se contribuir com o debate 
pƌopostoà peloàGTà ͟áàpƌĄdžisà Ƌueà apƌeendem as determinações históricas na dialética da relação entre psiquismo e 
sociedade: ĐoŶtƌiďuiçƁesà paƌaà aà psiĐologiaà soĐial͟.à Nestaà peƌspeĐtiǀaà pƌeteŶde-se adensar a reflexão sobre a 
importância da mediação dos processos de pensamento e da emoção na constituição das instâncias conscientes e 
inconscientes, a partir do complexo tema das políticas educacionais em sociedades em desenvolvimento. Paradoxos 
produzidos nas relações efetivadas no interior da escola: fracasso versus sucesso, cultura comum versus cultura de 
massa e a questão da hegemonia ganham sentido, como argumento teórico, para a compreensão da constituição da 
identidade com a qual o presente estudo está preocupado. Neste contexto, discutem-se alguns resultados de 
pesquisa realizada com alunos do ensino fundamental de uma escola pública estadual da cidade de São Paulo. A 
investigação fundamentou-se em narrativas de quatro alunos sobre suas histórias de vida e projeto de futuro. A 
análise das narrativas obedeceu ao critério dialético, tendo como partida as manifestações de desejos, emoções, 
experiências e identificações contidas na representação do eu. Além das interligações entre as diferentes 
manifestações buscou-se identificar as condições sociais e historicamente engendradas que são reunidas em torno do 
indivíduo que revelam aspectos da realidade vivida no interior das escolas públicas. Ao analisar as narrativas expostas 
pelos alunos foi possível apreender a função de mediação que a escola faz na constituição de identidade, uma vez que 
por meio das narrativas se deu a apreensão da escola como local que marcou de distintas maneiras as histórias de 
vida aqui apresentadas, de forma que ora se fez colonizadora e ora se fez 
emancipatória. O caráter meritocrático está presente nos depoimentos de suas conquistas atuais e futuras 
reproduzindo, assim, a lógica capitalista vigente em nossa sociedade. De modo que, a escola muitas vezes ao 
desenvolver projetos pedagógicos que, seguem às demandas do mercado de trabalho acaba por passar tarefas que se 
tornam sem significado para os alunos, e não possibilitam a transformação da realidade sócio-histórica, não os 
fazendo se sentir sujeitos ativos capazes de transformar sua realidade e história. O papel da escola como mediadora 
da sociedade e como espaço que propicia relacionamentos interpessoais, entre os alunos, pode contribuir no 
processo de aquisição de uma identidade que não consegue pensar sobre os diferentes papéis impostos na sociedade 
e abstrair tal pensamento para além das normas e regras sociais. Contudo, as narrativas também identificam que, os 
questionamentos levantados pelo grupo de amigos, no convívio na escola, possibilitam o jovem começar a pensar 
criticamente sobre a escola e outras relações de sua vida. Desta maneira, entende-se que o relacionamento com 
outros alunos da escola pode contribuir para o processo de emancipação do aluno, ou seja, a capacidade de pensar 
criticamente sobre o nosso tempo sócio-histórico, a fim de ter consciência das desigualdades e contradições 
presentes em nossa sociedade, assim como sua urgência de superação. Ao se pensar o modo como o poder público 
tem tratado a educação brasileira ao longo da história, é possível afirmar por meio de pesquisas relativas às políticas 
 
32 
de identidade, que se manifestam no contexto escolar, que o projeto educação tem sustentadoa instituição escolar 
como mediadora de uma política de identidade que prioriza a colonização em detrimento da emancipação. As 
políticas educacionais criam projetos de ensino que não incentivam ações transformadoras, mas sim, são pautadas na 
lógica do consumo e não no questionamento da realidade sócio-histórica brasileira. 
 
 
33 
Titulo: Identidade masculina na contemporaneidade: novas sínteses dialéticas 
Autores: João Pedro Vilar Nowak de Lima, Faculdade UNIGRAN Capital; Ana Paula Benites Gama, Faculdade UNIGRAN 
Capital; Edenir Padilha Dias, Faculdade UNIGRAN Capital; Felipe Correa Verardo, Faculdade UNIGRAN Capital; Jânio 
Rodrigues Miranda Junior, Faculdade UNIGRAN Capital; Jeferson Renato Montreozol, Faculdade UNIGRAN Capital; 
Luana de Moura Vareiro, Faculdade UNIGRAN Capital; Riverson Junior Gomes Tavares, Faculdade UNIGRAN Capital; 
Rodrigo Batista Torraca, Faculdade UNIGRAN Capital 
E-mail do(a) autor(a): : pedro_nowak@hotmail.com 
 
Resumo: O presente trabalho discorrerá sobre a identidade sexual masculina na contemporaneidade e seus 
movimentos dialéticos. Para tanto, utilizamos a perspectiva sócio histórica, onde o indivíduo é produto e produtor de 
sua história, uma vez que o conhecimento produzido ao longo da história lhe fornece recursos que funcionam como 
mediadores das ações humanas. Logo, embasamo-nos em teorias que expressam a dialética materialista e histórica 
como critério de verdade da ciência psicológica. Nosso método de trabalho constituiu-se em pesquisas de artigos e 
livros que tinham como tema a sexualidade, assim como a masculinidade, para, deste modo, chegarmos ao objetivo 
de compreender os movimentos que o personagem masculino desempenha. Ao utilizarmos a psicologia sócio-
histórica como base desta interpretação, carregamos a criticidade em nossa base epistemológica, ou seja: 
entendemos o ser masculino dotado da criticidade e das ferramentas que alteram sua realidade social e, portanto, 
não nos incumbimos de enquadrá-lo. Assim, discussões semióticas são feitas no decorrer do trabalho, uma vez que 
utilizamos o conceito de consciência em Vigotsky, entendendo-a como um sistema flexível, que funciona como 
processo e produto: não é estanque, e se relaciona ao desenvolvimento da conduta voluntária. Por consequência, 
entendemos o indivíduo inserido em um alicerce social que o constrói, enquanto ainda detém criticidade sobre sua 
base: a objetividade e subjetividade são consideradas em um dialeticismo. Portanto, a linguagem e o discurso 
masculino, que estão imbricados na questão da identidade sexual, implicam em comportamentos e traços que 
configuram o indivíduo a nível psicológico, o que torna necessária a análise das bases que regem a cultura masculina, 
a fim de compreender o sujeito em sua totalidade. Então, focamo-nos no arranjo masculino pareado com as 
dinâmicas apresentadas na objetividade enquanto constituintes da sexualidade humana, assim como dentro do 
próprio gênero masculino e nas formas que este será apropriado pelo sujeito. Trata-se de uma análise em que polos 
aparentemente opostos são apresentados e relacionados a fim de obter-se uma síntese dialética, considerando assim 
o constante devir humano. Isto é, a masculinidade, enquanto representação subjetiva, resguarda também a esfera 
social objetiva enquanto polo dialético de contradição. Também versarmos sobre as relações sociais que o 
personagem está inserido, discorrendo sobre sexo, gênero e sexualidade, pois estes funcionam como base para o 
funcionamento psíquico do sujeito. Entretanto, tais assuntos implicam em outra trama dialética que engloba a 
produção subjetiva: o masculino e o feminino. Dentro deste trabalho, consideramos o feminino e o masculino de 
maneira correlacionada, sendo que os instrumentos e mecanismos utilizados na constituição humana são inerentes 
aos dois conceitos. Uma vez que conceituamos o masculino e o feminino sendo inerente aos humanos, portanto, 
correlacionados, pautamos os movimentos feministas e sua relação com a identidade sexual masculina. A organização 
feminista, de maneira geral, prega a igualdade política entre os gêneros e isto afeta a constituição do sujeito 
masculino. Também nos atentamos ao processo de tomada de consciência contemporânea do sujeito masculino, 
observando perspectivas que podem se seguir a partir da relação dialética para com os movimentos feministas, assim 
como o (novo) posicionamento que lhe é colocado pela estrutura social. A partir deste dinamismo surgem novas 
formas de manifestar a masculinidade e, por vezes, apresentam-se contradições dentro dos papéis que devem ser 
desempenhados, o que infere em uma não coincidência do sujeito consigo mesmo. Entretanto, discorremos também 
sobre (novos) ajustamentos que surgem sucintamente nos discursos masculinos. O presente trabalho se relaciona ao 
GT inscrito, pois abarca os discursos ideológicos da identidade masculina que, por vezes, tem o objetivo de findá-lo 
em um polo da dialética, produzindo um sujeito cindido em sua base social. Logo, abordamos as consequências dessa 
condição ao personagem masculino, assim como os discursos que tentam retirá-lo deste posicionamento. Ainda nos 
 
34 
relacionamos, pois englobamos em nossa discussão a relação que o homem contemporâneo faz com os meios de 
produção. Observamos também um novo nicho de mercado ao analisarmos o sujeito masculino inserido na 
objetividade, onde este deve ser mais vaidoso e, portanto, consumir mais produtos relacionados à estética e seus 
derivados. Portanto, o personagem está sujeito às leis do mercado, das quais ditam comportamentos e pensamentos 
e, logo, criam condições de produção para suprir necessidades do indivíduo masculino. Então, nosso escrito não tem a 
finalidade de limitar ou patologizar condições do personagem masculino, pelo contrário: entendemos as mudanças, 
que são cunhadas no contexto geográfico, histórico, político e educacional, como fonte de análise e compreensão de 
(novos) processos de identificação. 
 
 
35 
 
O Inconsciente é social e histórico - Porque é cultural 
Autores: Inara Barbosa Leao, UFMS; Jeferson Renato Montreozol, Faculdade UNIGRAN Capital; Lívia Gomes dos 
Santos, UFG 
E-mail do(a) autor(a): inarableao@hotmail.com 
 
 
Resumo: Neste XIX Encontro da ABRAPOS nos propomos a dar continuidade aos diálogos iniciados na edição anterior 
deste evento, quando o GT discutiu sobre as implicações da configuração das bases infra e superestrutural da 
sociedade promovida pela atual reorganização do Capitalismo para as consciências individuais. Orientados pelo 
pensamento de Vigotsky e outros psicólogos soviéticos, queremos enfatizar as causas sociais e históricas da formação 
do inconsciente individual e a sua minimização pela apreensão da cultura de seu grupo social. Sabemos que estes 
movimentos inerentes ao psiquismo decorrem das exigências de construções e alterações no psiquismo, suas 
funções, processos, sistemas e na relação dialética entre os conjuntos das funções psicológicas e de seus motivos 
tanto conscientes como inconscientes. Para tanto, vimos nos dedicando a ampliar a capacidade explicativa das 
proposições de algumas Teorias Psicológicas que consideram a dialética materialista e histórica como um critério de 
verdade para a ciência psicológica, tal como se expressam nas teorias de Vigotsky, Leontiev, Luria, Lane, Martín-Baró e 
outros. Especificamente sob esta base epistemológica, aprofundaremos sobre a importância da mediação dos 
processos de pensamento e da emoção na constituição das instâncias conscientes e inconscientes. Na perspectiva de 
utilizarmos os desenvolvimentos das teorias psicológicas materialista históricas e dialéticas para a ações psicossociais 
que visam a superação de consciências pouco desenvolvidas, a manutenção e ampliação de conteúdos inconscientes 
a partir da realidade histórica e cultural. Em nossas pesquisas vimos entendendo opensamento e a emoção, nas suas 
manifestações conscientes e inconscientes, como processos ligado essencialmente à atividade e à situação dos 
homens, e como modo de estruturação pelo qual se oculta ou se falsifica a ligação entre o modo como aparece ao 
homem na sua consciência os processos e seus produtos, representados como indiferentes, independentes ou 
superiores aos homens, seus criadores. Destacamos este aspecto porque, imediatamente, faz sobressair o fato de 
todos os homens demonstrarem não entender algum ou vários aspectos dos seus contextos social e particular, 
findando em um processo que para orientarem as suas atividades acatam um discurso ideológico articulado para 
remeterem aos individuos, às suas características pessoais as causas de tais dificuldades. Serão as consequências 
destas condições que os integrantes deste GT devem abordar e que gostaríamos de aprofundar com outros que se 
dedicam as teorias psicológicas não tradicionais. Entretanto, queremos ressaltar o fato desta base epistemológica 
sustentar uma práxis que faz com que as análises e suas conclusões sofram alterações constantes devidas às 
tentativas de irmos aprofundando os achados psicológicos e darmos continuidade ao desenvolvimento da 
metodologia que temos utilizados. Portanto, queremos destacar, brevemente que nossos trabalhos estão sustentados 
por alguns pressupostos dentre os quais sobressaem: (a) O entendimento que a história do psiquismo humano e dos 
conjuntos de funções e processos como atividade, identidade e emoção que constituem as instancias conscientes e 
inconscientes, está relacionada ao modelo de desenvolvimento do modo de produção capitalista, que surge na 
Europa em meados do século XVIII. Desde então a psicologia dos sujeitos surge como resultado da contradição do 
modo de produção capitalista, que ao mesmo tempo em que cria condições de produção para suprir as necessidades 
mais complexas dos seres humanos, inventa os modos que impossibilitam que todos sejam atendidos e que 
entendam tal dialeticidade, gerando assim o movimento dialético entre consciência e inconsciente; (b) a concordância 
com a explicação que a separação dos meios de produção da força de trabalho humana, resultante das relações 
sociais no capitalismo, fez com que esta força se transformasse em mais uma mercadoria e, portanto, sujeita às leis 
do mercado. Deste modo, as determinações impostas pelos meios de produção aumentam seu poder, o que 
possibilita que estes exerçam maior controle tanto sobre os processos psicológicos e suas formas de constituição pela 
intervenção das instituições sociais; (c) as análises que a atividade é o processo eficiente na superação dos 
 
36 
antagonismos da vida social e do desenvolvimento do psiquismo humano. Portanto, reconhecemos que as mudanças 
constantes de ações que medeiam as relações entre a sociedade e o homem têm sua origem no trabalho, mas 
concretizadas em instrumentos como as mídias sociais, sendo este a condição fundamental de toda vida humana e (d) 
que a vida em sociedade está baseada em sua produção material, que é resultante do trabalho dos homens que a 
integram. Através do trabalho o homem pode alterar a estrutura dos grupos que por sua vez podem alterar a 
superestrutura do mesmo. Assim, pretendemos manter a lógica de tomarmos a Psicologia Social como um aspecto da 
história social dos homens, que sempre é a história dos seus desenvolvimentos individuais, mesmo quando não tem 
consciência disso. Daí que interessará a este GT todos os trabalhos que, necessariamente, tomarem as relações 
materiais como a base de todas as relações humanas, mas também como as formas necessárias nas quais se realizam 
as vontades materiais e individuais. As mudanças no plano das ideias acompanham as de ordem material. Por tais 
determinações, tomamos como o ponto principal que inclui a proposta do nosso GT no eixo: Psicologia Social: 
questões teóricas e metodológicas na pesquisa, produção de conhecimento e/ou intervenções, a ser explorado nesse 
Encontro o reconhecimento da política como inerente ao pensamento que busca analisar as relações entre os seus 
integrantes como mutuas determinações destes e a sociedade. Na especificidade da sociedade capitalista, pensamos 
que a Psicologia Social deve contemplá-la tal como apresentada por Marx e Engels na sua teoria do Estado. Nesta, 
indicam que por ser a sociedade dividida em classes antagônicas as instituições políticas têm como função primeira 
garantir à classe dominante a manutenção do seu domínio. Mas, dada estrutura social de classes antagônicas, esse 
domínio só será mantido pelo controle eficaz por coerção da força e das consciências. O estudo de desafios éticos e 
políticos devem ser compreendidos a luz de como o movimento contrário das classes as posiciona em seu conflito, o 
que tem uma dimensão histórica própria na psicologia social da América latina e dos pressupostos que 
fundamentaram a fundação da ABRAPSO. Na qual a validade epistêmica do conhecimento passa a ser a partir da não 
neutralidade do conhecimento, e da clareza dos pressupostos da concepção de homem e de indivíduo que possibilite 
a busca para a emancipação. Assim, objetivou-se construir um conhecimento que possa ser crítico de todos os 
modelos teóricos reducionistas e desvinculado das questões sociais em que estão imersos. Só assim, tomando lado 
nesta confrontação, é que a psicologia consegue colocar a questão de como a sua atuação pode construir 
possibilidades de superação desta condição. Outro ponto que podemos ressaltar é que, embora seja uma discussão 
antiga, muitos não consideram que o papel da psicologia, enquanto ciência, não é a exclusiva produção de 
conhecimento teórico. Não há coerência na separação entre ciência e realidade, uma vez que não entendemos o 
homem fora de seu contexto histórico e cultural. Portanto, discutiremos o compromisso da psicologia e seus 
conhecimentos na transformação da realidade do país. E, como o eixo Psicologia Social: questões teóricas e 
metodológicas na pesquisa, produção de conhecimento e/ou intervenções, se concretizará nas reuniões de trabalhos 
que discutam as diferentes perspectivas históricas e teóricas da Psicologia Social, pressupostos epistemológicos e 
metodológicos, pretendemos contribuir com as pesquisas que analisam epistêmica e metodologicamente as teorias 
psicologia social que se baseiam no materialismo histórico dialético. Isso porque sabemos que a história se mostra 
como fundamento epistêmico e condição essencial para o conhecimento da realidade, assim como mostra os limites e 
as possibilidades para a sua transformação. Também nos orientou para este Eixo temático o fato de a psicologia social 
que se constituiu, a partir da ABRAPSO visa o diálogo com outras áreas do saber que contribuem para a crítica social e 
a desnaturalização das desigualdades sociais. Propõe-se discutir aqui o tema proposto a partir do caráter epistêmico- 
ético e ético político - que sustentou a fundação da ABRAPSO – ao propor um compromisso com a realidade social, na 
busca do saber que orienta ações psicológicas. Destaca-se essa questão porque o compromisso social da psicologia 
tem sido assunto recorrente na maioria das instâncias que a produzem e a representam – inclusive nos encontros da 
ABRAPSO. Por mantermos uma rede de estudo e pesquisa integrada por outros psicólogos além dos que se 
apresentam como autores da presente proposta, apresentamos outros coautores como proponentes que se 
responsabilizam pela produção e discussão do apresentado para este Encontro Nacional e se mantém, efetivamente, 
vinculados à ABRAPSO. 
 
 
37 
O problema do inconsciente na psicologia soviética: uma análise a partir do marxismo 
Autores: Alexandre Pito Giannoni, UFMS; Inara Barbosa Leao, UFMS 
E-mail do(a) autor(a) : apgiannoni@hotmail.com 
 
Resumo: O inconsciente na psicologia encontra-se explicado – aparentemente – na teoria freudiana e,também em 
outras doutrinas que seguem a teoria psicanalítica. Contudo, não apenas Freud e os psicanalistas estudaram e 
descreveram o inconsciente como manifestação do psiquismo humano. A psicologia soviética, que se desenvolveu 
após a Revolução de Outubro de 1917, também se dedicou a explicar esse fenômeno. Portanto, esse trabalho surge a 
partir de uma pesquisa bibliográfica, com o objetivo de apresentar o entendimento e as explicações do inconsciente 
que a teoria soviética da psicologia desenvolveu ao longo do século XX. Para cumprir nosso objetivo trabalharemos 
com seis autores distintos dessa teoria: A. V. Petrovski, F. V. Bassin, S. L. Rubinstein, I. M. Rozet, Y. A. Ponomarev e L. I. 
Bozhóvich. A escolha por estes autores se deu pela facilidade dos materiais encontrados e, também para que no 
decorrer desse trabalho demonstremos por meio de uma comparação com o psicólogo soviético L. S. Vigotski, como 
as explicações acerca desse fenômeno encontram-se mais próximas, objetivas e explicativas do que na psicanálise. É 
de conhecimento de historiadores ou profissionais da psicologia a importância teórica e prática da teoria psicológica 
de Vigotski, destacando sempre a importância da práxis para o desenvolvimento da psicologia e para as explicações 
elaboradas por essa ciência. Neste sentido, consideramos importante a inserção desta pesquisa no grupo de trabalho: 
A práxis que apreendem as determinações históricas na dialética da relação entre psiquismo e sociedade: 
contribuições para a psicologia social. Todavia, partimos aqui da lógica de que a psicologia soviética não se limitou 
apenas a Vigotski. Existiram uma gama imensa de homens e mulheres que desenvolveram a ciência psicológica no 
regime soviético, tendo como principal objetivo: desenvolver o novo homem e a nova mulher socialista. Vigotski, 
portanto, é mantido nesse trabalho como modelo de análise e comparação com os demais teóricos que 
desenvolveram explicações sobre a relação entre consciência e inconsciente. No decorrer de nosso estudo teórico, 
descobrimos que o inconsciente se caracteriza nesta teoria psicológica como oposição a consciência, diga-se de 
passagem, apenas em Petrovski, que o inconsciente não apareceu como oposição, mas, como uma particularidade do 
psiquismo humano que possui seu desenvolvimento também no meio social, assim como, os fenômenos que se 
encontram conscientes. Descobrimos também grandes semelhanças entre as explicações de Rubinstein e Vigotski, 
não apenas nas descrições do problema do inconsciente, mas também, da consciência. Tanto para Rubinstein, como 
para Vigotski, o inconsciente não se caracteriza por aquilo que não foi vivenciado pelo sujeito, mas, justamente o 
contrário. É aquilo que foi vivenciado, entretanto, não foi ainda correlacionado com um objeto ou acontecimento do 
mundo objetivo, neste sentido, a atividade do sujeito encontra-se ainda com ações que também são inconscientes. 
Todavia, as semelhanças não estão apenas nas explicações acerca do inconsciente, mas também da consciência. 
Tanto Vigotski como Rubinstein, elegem a vivência/experiência – perijivanie – como unidade de análise da 
consciência. Neste sentido, a vivência/experiência, são unidade de análise da consciência, mas também atuam em seu 
desenvolvimento. Devemos lembrar de que nessa teoria não é a consciência que determina a vida, mas sim, o 
contrário. Também encontramos neste resgate teórico das explicações sobre o inconsciente na psicologia soviética, 
que muitos foram os pesquisadores que dirigiram críticas as concepções psicanalíticas e freudianas do entendimento 
desse fenômeno. Desde Bozhóvich, Rozet, Bassin e, o que avaliamos como mais importante em suas críticas, Uznadze. 
Sobre sua teoria, podemos destacar que foi o primeiro teórico soviético na psicologia a dirigir suas críticas as 
explicações acerca do inconsciente freudiano. Para isso Uznadze, realiza várias séries experimentais demonstrando 
objetivamente o desenvolvimento do inconsciente e a relação com a atividade do sujeito, criando assim o que 
chamou de psicologia da atitude. Contudo, o que apenas possuímos sobre Uznadze, são trabalhos de comentadores, 
continuadores ou críticos de suas pesquisas na União Soviética. Portanto, encerramos esse trabalho, demonstrando e 
levantando a necessidade, ainda, de se estudar o inconsciente em outros teóricos da psicologia soviética. Por fim, vale 
ainda escrever que devemos nos atentar ao acumulo de materiais ao longo da história em diversas áreas como a 
 
38 
filosofia, a economia política e a literatura, concluindo que este último campo do saber humano nos fornece dados e 
fatos de grande riqueza nas exemplificações da oposição entre consciência e inconsciente. 
 
 
39 
Psicologia e o Trabalhador em situação de Desemprego: em busca de ações possíveis 
Autores: Veridianna Oliveira de Queiroz, UFMS; Lívia Gomes dos Santos, UFG 
E-mail do(a) autor(a): : veridianna.queiroz@gmail.com 
 
Resumo: O presente trabalho buscou identificar as possibilidades de atuação com trabalhadores desempregados, com 
base na Psicologia Sócio Histórica. Objetivamos participação no GT A práxis que apreendem as determinações 
históricas na dialética da relação entre o psiquismo e a sociedade: contribuições para a psicologia social, haja vista 
que, este trabalho é fundamentado a partir dos pressupostos do materialismo histórico e dialético, assim compreende 
o sujeito em sua totalidade a partir da materialidade histórica em constante transformação. Compreendemos que 
através do trabalho o homem transforma a natureza e neste processo modifica a si mesmo; nessa direção, ele está 
ontologicamente ligado ao processo de constituição humana. Já o emprego é uma forma específica de trabalho, que 
sustenta a organização da produção no sistema capitalista e que se caracteriza fundamentalmente pela venda da 
força de trabalho, ou seja, é resultante da transformação da força de trabalho em mercadoria como outra qualquer, 
que passa a ser vendida em troca de um salário. O desemprego é parte da estrutura mantenedora do sistema 
capitalista, inerente ao processo de acumulação de capital, uma vez que mantém o trabalhador vinculado a empregos 
precários, constantemente ameaçado de perder seu posto caso haja contravenções; mantém um exército de reserva 
de força de trabalho (de desempregados), que nesta condição de dificuldades materiais e psíquicas extremas se 
colocam a disposição a assumir qualquer tipo de emprego e passa a regular salários para baixo, diante da acirrada 
competição por emprego. Considerando que a realização do trabalho está engendrada na construção da subjetividade 
do ser humano e na orientação de sua existência, diante da ausência de trabalho fica declarado o estado de 
sofrimento para o trabalhador na condição de desemprego. O sujeito na ausência de realização do trabalho através 
do emprego perde seu papel social, e reconhecimento dos sujeitos que compõe suas relações sociais como a família e 
amigos, e também passa a não reconhecer a si próprio como integrante da sociedade que compõe. Portanto, para o 
sujeito desempregado, seus processos de significações do mundo passam a se organizar de outra forma. Partindo do 
pressuposto de que a consciência é objetivada na atividade social, a impossibilidade da realização desta altera a sua 
subjetividade. São modificados os vínculos interpessoais, a organização de suas emoções bem como sua percepção da 
realidade. Baseados nisto, nos propusemos a compreender as possibilidades de atuação do psicólogo frente a esse 
trabalhador. Em um levantamento bibliográfico constatamos que, nas raras vezes que a Psicologia olha para o 
trabalhador desempregado é predominante a tendência evidenciar um sofrimento que seria inerente a essa situação 
e, sob essa perspectiva, a única atuação possível seria de forma individual, para lidar com algumas das consequências 
subjetivas da situação de desemprego.Nesta direção, lembramos que a Psicologia se constitui enquanto ciência e 
profissão por vezes corroborando com a manutenção do sistema capitalista, passando a obter reconhecimento social 
utilizando de suas técnicas para justificar a responsabilização do indivíduo por estar fora do mercado de trabalho, e 
assim se mantém em diversos espaços; nesta perspectiva, ela sequer olha para o desemprego – salvo via sofrimento, 
responsabilização ou, no máximo, nos processos de seleção para empregos. Para compreender como essa situação se 
evidencia na realidade, buscamos compreender a atuação realizada pelos profissionais da área da Psicologia na 
Fundação de Trabalho (FUNTRAB) em Campo Grande/MS, e as implicações dos mesmos frente a trabalhadores (as) 
em situação de desemprego e constatamos que mesmo nesse espaço o desemprego não é tomado como uma 
questão central – na verdade é a busca pelo emprego que os caracteriza – e, mais importante que isso, não existe 
uma clareza das possibilidades de atuação do psicólogo com esses trabalhadores. Concluímos o trabalho, reiterando 
que se faz necessário contrapor a naturalização dos fatos históricos, e entender a materialidade concreta em que 
estamos inseridos para uma atuação comprometida com os trabalhadores que promovam a reorganização de 
significados e sentidos, e o fortalecimento da estrutura psíquica para a ação dos sujeitos na realidade. Atuar por meio 
de técnicas não tradicionais, que estejam vinculadas a realidade social dos sujeitos, e permitam mediações grupais 
como nos aponta Ignácio Martin-Baró para construção de possibilidades de superação de sua condição. Através de 
discussões vivenciados no Grupo de Estudos e Pesquisas Sobre Aspectos Psicossociais da Educação e do Trabalho – 
 
40 
UFMS, relacionamos os resultando também ao Inconsciente Sócio Histórico, em condição dialética a consciência se 
apresenta na ausência de significado e sentido, impossibilitando o sujeito a ação consciente, entretanto este aspecto 
deverá ser explorado em futuros trabalhos. 
 
 
41 
Titulo: Psicopata: o lócus da cultura e sociedade 
Autores: Riverson Junior Gomes Tavares, Faculdade UNIGRAN Capital; Ana Paula Benites Gama, Faculdade UNIGRAN 
Capital; Jeferson Renato Montreozol, Faculdade UNIGRAN Capital; Luana de Moura Vareiro, Faculdade UNIGRAN 
Capital 
E-mail do(a) autor(a): : gibiverson@hotmail.com 
 
Resumo: Este estudo apresenta uma análise sobre a psicopatia a partir da psicologia social, em específico da teoria 
psicológica sócio-histórica. Buscamos compreender como determinadas características permeiam o desenvolvimento 
da personalidade psicopata e como tais características sofrem os determinantes da realidade social a qual o sujeito 
está em interação e desenvolvimento. Para tanto, compreendemos que por mais que durante anos a palavra 
psicopatia tenha sido utilizada para designar qualquer doença mental, a psicopatia em si não é exclusivamente uma 
patologia, mas sim uma organização psíquica dada na relação entre a realidade material (corpo) e o 
desencadeamento provindo do ambiente social e cultural. Isto é, compreendemos que não se adquire psicopatia; o 
individuo nasce com uma predisposição biológica que, a partir das relações que estabelece com o meio, podem (ou 
não) levar ao desenvolvimento de determinadas características em sua personalidade. Isto porque por mais a palavra 
psicopatia, etimologicamente, signifique doença da mente, esta não se encaixa na visão tradicional de doenças 
mentais uma vez que se diferencia de outros transtornos. Portanto, nosso trabalho objetiva realizar uma análise sobre 
a psicopatia mantendo os pressupostos da dialeticidade entre sujeito e sociedade, isto é, visamos compreender como, 
a partir da realidade material – cultura e sociedade, o sujeito pode desenvolver em sua personalidade traços e 
características típicas da configuração psicopata. Para tanto, buscamos aprofundar os conhecimentos em relação a 
uma temática que muito se fala, mas que também se deixa muitas dúvidas e mitos, tornando este assunto quase 
sempre fantasioso e cinematográfico. Buscamos então trazer esse tema para a realidade, mostrar suas facetas e 
esclarecer que nem sempre a psicopatia está em níveis tão elevados como são mostrados em filmes ou anunciados 
em jornais, e que eles podem e estão mais próximos que imaginamos, mesmo que muitas vezes não pareçam reais. 
Assim, acreditamos que nosso trabalho mantenha relação com a GT 02 (A práxis que apreendem as determinações 
históricas na dialética de relação entre psiquismo e sociedade: contribuições para a psicologia social), pois 
investigamos quais os meios que possibilitam o surgimento e/ou desencadeamento da psicopatia como características 
de personalidade, mantendo para tanto os pressupostos da dialética entre sujeito e realidade, entre materialidade e 
desenvolvimento da subjetividade. Em nossa pesquisa utilizamos a abordagem teórica da Psicologia Sócio-Histórica 
como elementos norteadores para o pensamento, pois acreditamos que a relação psiquismo e meio social está 
intrinsecamente organizada, sem que tomemos apenas as discussões ora subjetivistas, ora objetivistas, como algumas 
teorias tradicionais da ciência psicológica tem mantido. Para o desenvolvimento do trabalho, utilizamos o método 
exploratório, buscando informações em livros e artigos científicos, e o método descritivo, pois tem como intenção 
informar o leitor sobre a temática, para que o mesmo possa adquirir conhecimento sobre a área trabalhada e 
também esclarecê-la. Temos que o desenvolvimento da subjetividade ocorre em íntima relação com as condições 
sociais e históricas nas quais os sujeitos estão circunscritos, e que tais condições determinam quais elementos 
comporão o processo dinâmico do psiquismo destes. Assim, determinadas características que a literatura tem 
elencado como típicas do sujeito psicopata já aparecem na organização social enquanto elementos primários da 
cultura humana, os quais, pela mediação das instituições sociais, podem ser incorporadas pelo indivíduo e passarem a 
compor características suas, próprias. E quando tal apropriação resguarda a relação com uma base corporal já 
predisposta a determinadas questões, a síntese dada no sujeito enquanto personalidade apresenta cristalizadas estas 
condições que afetam sua interação social (manipuladores, calculistas, egocentrismo, falta de empatia, hostilidade, 
impulsividade), transformando a psicopatia em uma forma mais severa da sociopatia. Ao fim deste, temos 
conhecimento que é um tema vasto e complexo, sendo assim com muitas variáveis ainda a desbravar. Isso porque 
sabendo das constantes mudanças culturas e sociais que todo e qualquer povo estão sujeitos, é inevitável ao passar 
dos anos que as fontes e causas ditas como verdadeiras possam vir a ser alteradas conforme tais condicionantes. Por 
 
42 
esta razão, acreditamos que sempre haverá a necessidade de novos estudos para se confirmar ou refutar estes e 
outros ditos científicos, em busca de novas verdades sintéticas. 
 
 
43 
Titulo: Transgêneros: a vida para além da identidade 
Autores: Rodrigo Batista Torraca, Faculdade UNIGRAN Capital; Ana Paula Benites Gama, Faculdade UNIGRAN Capital; 
Edenir Padilha Dias, Faculdade UNIGRAN Capital; Felipe Correa Verardo, Faculdade UNIGRAN Capital; Jânio Rodrigues 
Miranda Junior, Faculdade UNIGRAN Capital; Jeferson Renato Montreozol, Faculdade UNIGRAN Capital; João Pedro 
Vilar Nowak de Lima, Faculdade UNIGRAN Capital; Luana de Moura Vareiro, Faculdade UNIGRAN Capital; Riverson 
Junior Gomes Tavares, Faculdade UNIGRAN Capital 
E-mail do(a) autor(a): : rodrigo.torraca@hotmail.com 
 
Resumo: Todo mundo nasce com o sexo determinado. Os brinquedos, as escolhas dos temas das festas infantis 
embalam a nova rotina dos pais em orientar as escolhas das crianças de acordo com o que a sociedade determina. 
Logo se dá o momento em que a criançacomeça a andar com as próprias pernas, mostrar os primeiros sinais de sua 
personalidade e desenvolvimento. Quando o menino diz então que não gosta de bola e prefere brincar com bonecas, 
começa o drama familiar. Isso porque a nossa sociedade incentiva algumas orientações e identidades sexuais 
enquanto discrimina outras, e assim os pais de uma criança costumam incentivar ou reprimir as manifestações de 
sexualidade a partir das normas culturais das quais eles concordam. Portanto, o que entendemos por identidade de 
gênero está na maneira que você se enxerga entre homem, mulher, e nada tem a ver com o sexo biológico, 
orientação sexual, saias ou calças; somente com quem você é quanto a sua construção social como pessoa, e sobre 
como tudo isso tem impacto sobre você e o papel que você ocupa na sociedade. Porém, a identidade de gênero está 
pautada primariamente sobre o sexo biológico, enquanto que gênero é social, é construído pelas diferentes culturas. 
Assim, podemos compreender que o que importa na definição do que é ser homem ou mulher não são apenas os 
cromossomos ou a conformação genital, mas a auto-percepção e a forma como a pessoa se expressa socialmente pois 
o gênero vai para além do sexo. Na nossa sociedade, pessoas com identidade destoante do gênero associado ao seu 
sexo sofrem discriminação e violência, e quem não é heterossexual ou com uma identidade coerente com o gênero 
relacionado ao seu sexo vivem em um mundo muito hostil. E isso ocorre porque tanto orientação sexual quanto 
identidade de gênero não são meras escolhas; uma pessoa pode disfarçar seus sentimentos ou tentar obedecer a 
certo padrão de sexualidade para ser mais aceito ou até mesmo evitar punições, o problema é que isso muitas vezes 
leva a anos de sofrimento, frustração e até mesmo suicídio. Entendemos então que expressar a sexualidade é uma 
parte fundamental do desenvolvimento psicológico saudável de qualquer pessoa pois a sexualidade humana há muito 
vem demonstrando as suas inúmeras formas de manifestação, embora estas sejam, muitas vezes, vetadas pelas 
normas e determinantes morais da sociedade. Sendo assim, o primeiro ponto a ser ressaltado é o de que o sexo é um 
nome dado às coisas diversas que aprendemos a reconhecer como sexuais de diversas maneiras. Certas coisas sexuais 
podem ser mostradas, como, por exemplo, as descrições médico-fisiológicas do aparelho genital. Outras, como 
descrições de sensações corporais, são reconhecidas pela experiência e pelas interpretações, como o orgasmo, que 
aprendemos que é algo sexual. O gênero é uma categoria historicamente determinada que não apenas se constrói 
sobre a diferença de sexos, mas, acima de tudo, uma categoria que serve para dar sentido a esta diferença. Levando 
em conta essas definições, em termos gerais, gênero é uma categoria usada para pensar as relações sociais que 
envolvem homens e mulheres, relações historicamente determinadas e expressas pelos diferentes discursos sociais 
sobre a diferença sexual. Porém, quando pensamos a identidade de gênero especificamente de sujeitos que 
transcendem seu gênero sócia, isto é, transgêneros, nos indagamos sobre como estes sujeitos constroem e percebem 
essa identidade? Como a sociedade lida com esses novos conceitos? Portanto, este trabalho tem como objetivo 
principal demonstrar como é a construção do ser social quando transgênero, os desafios, as frustrações, expectativas 
e superação destes. Para tanto, utilizamos os pressupostos materialista histórico-dialéticos, especificamente na forma 
como estão organizados pela Psicologia Sócio-Histórica, visando analisar e discutir como a Psicologia contribui para a 
modificação da realidade onde a pessoa transgênero se encontra. Este trabalho se configura como uma pesquisa 
bibliográfica no momento em que se fez uso de materiais já elaborados: livros, artigos científicos, revistas e 
documentos eletrônicos na busca e abstração de conhecimento sobre os assuntos abordados: sexo, gênero, 
 
44 
sexualidade e transgêneros. Assim, pensamos que as discussões aqui engendradas permitem uma conexão com o GT 
2 (A práxis que apreendem as determinações históricas na dialética da relação entre psiquismo e sociedade: 
contribuições para a psicologia social) justamente por buscar nas construções teóricas de base materialista, histórica e 
dialética, não apenas na ciência psicológicas como também nas ciências sociais. 
 
 
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Titulo: Vida e cotidiano de haitianas migrantes: Diálogos com a Psicologia Sócio-Histórica 
Autores: Krisley Amorim de Araujo, UCDB; Luciane Pinho de Almeida, UCDB 
E-mail do(a) autor(a): : krisley_araujo@hotmail.com 
 
Resumo: O aumento no número das migrações contemporâneas aponta para a necessidade de olhar para esse sujeito 
que migra e as condições eliciadoras de tais processos. Em meio a isso, o Brasil tem entrado na rota das migrações, 
recebendo um considerável número de haitianos, venezuelanos, bolivianos, sírios, africanos, dentre outras 
comunidades. A entrada da população haitiana no país revelou a fragilidade das políticas migratórias brasileiras, 
porém, é preciso ir além de diretrizes que regulamentam a entrada e a saída de migrantes, faz-se necessário pensar 
em políticas públicas que garantam o acesso desses migrantes à bens materiais e simbólicos, facilitem o processo de 
integração e garantam a efetivação de seus direitos durante todo o processo migratório, retirando-os de condições 
precárias e vulneráveis, que a condição de migrante os coloca. A partir disso, na história da Psicologia verifica-se um 
distanciamento do político e a não incorporação de dados histórico-sociais na compreensão de seu objeto de estudo, 
tendo ao longo de seu desenvolvimento um caráter positivista e tradições com enfoques biologicistas e 
individualizantes, tomando o indivíduo apenas como um organismo que interage com o ambiente. Tal visão 
reducionista torna a ciência reprodutora da ideologia dominante da sociedade (LANE, 1987). Logo, destaca-se a 
necessidade de uma Psicologia comprometida com a realidade e a transformação social, com esse objetivo 
destacamos os deslocamentos humanos e a entrada de haitianos no estado de Mato Grosso do Sul. Partindo da 
compreensão que o cotidiano é local onde nascemos, vivemos e como indivíduos reproduzimos de modo particular as 
características básicas da sociedade (LANE; SAWAIA, 2006). Desse modo o cotidiano limita as potencialidades do 
indivíduo ou o aliena de acordo com determinantes sociais impostas pelo capital. Com isso, a proposta relaciona-se ao 
GTà ϬϮà ͞áà pƌĄdžisà Ƌueà apƌeeŶdeŵà asà deteƌŵiŶaçƁesà histſƌiĐasà Ŷaà dialĠtiĐaà daà ƌelaçĆoà eŶtƌeà psiƋuisŵoà eà soĐiedade:à
ĐoŶtƌiďuiçƁesà paƌaà aà psiĐologiaà soĐial͟,à aoà ďusĐaƌà deďateƌà asà ĐoŶfiguƌaçƁesà daà ďaseà daà iŶfƌaà eà supeƌestƌutuƌaà doà
capitalismo, seus efeitos nas condições de vida dos indivíduos e dialogar com a mesma orientação teórica a ser 
apresentada na proposta, olhando para os aspectos psicossociais de constituição do sujeito, assim como, partilha da 
concepção sócio-histórica de constituição do psiquismo humano. De igual modo, a proposta relaciona-se com o Eixo 
TeŵĄtiĐoàϬϭà͞PolítiĐasàpúďliĐas,àdiƌeitosàsoĐiaisàeàpƌĄtiĐasàdeàeŵaŶĐipaçĆoàeŵàĐoŶtedžtosàŶeoliďeƌais͟,àŶaàŵedidaàeŵà
que também se interessa em aprofundar conhecimentos e práticas no âmbito das políticas públicas e sociais diante de 
cenários de desigualdade, vulnerabilidade e violação de direitos, visto o retrocesso que o atual cenário político e 
econômico do país desperta. Desse modo, é mútuo o olhar para a garantia de direitos e o compromisso que a 
Psicologia possui com a transformação da realidade com o sujeito. Desse modo, a orientação teórica que sustentará 
as discussões concernentes ao tema exposto é a Psicologia Sócio-História, a qual está ancorada nos pressupostos do 
materialismo-histórico dialético desenvolvido por Karl Marx e, compreende o processo histórico humano apartir das 
determinações da base material em relação à superestrutura, em um movimento dialético (KAHHALE; ROSA, 2009), 
assim como, a presente teoria busca superar a dicotomia entre o subjetivismo e o objetivismo, por meio da apreensão 
da concretude, suas relações e movimento (KAHHALE; ROSA, 2009), visualizando o homem como produto e produtor 
da História, ser concreto e manifestação de uma totalidade histórico-social (LANE, 1987) a fim de superar concepções 
idealistas e biologicistas. A partir disso, a metodologia utilizada constituiu-se por meio da realização de entrevistas 
não estruturadas com pessoas vinculadas a trabalhos voluntários de atuação e convivência com as migrantes 
haitianas em Campo Grande a fim de compreender os contextos de vida e cotidiano das mulheres migrantes. Os 
resultados apontam para falta de oportunidade de emprego formal e o baixo poder aquisitivo das migrantes, o que 
faz com que muitas morem em grupos, por não possuir condições de adquirir moradia. As mulheres em sua maioria 
possuem pouca escolaridade e migraram com auxílio do marido, em relação ao trabalho, destacam-se serviços 
domésticos, como camareiras e trabalho em restaurantes. Os dados ainda apontam que as migrantes sentem-se 
exploradas no trabalho e encontram dificuldades relacionadas à língua portuguesa e conhecimento das leis 
trabalhistas. Diante disso, conclui-se que há uma falta de reconhecimento dos direitos das mulheres haitianas 
 
46 
migrantes, deixando-as em condições vulneráveis e desiguais, logo, é urgente a elaboração de políticas públicas 
pautadas pela igualdade de gênero, visto as dificuldades enfrentadas em seu cotidiano, as quais limitam suas 
possibilidades em território estrangeiro. Nisso, urge a necessidade de intervenções pautadas nos direitos humanos e 
no respeito à dignidade humana e a Psicologia pode contribuir nesse processo por meio da oferta de atendimento 
humanizado no acolhimento ao migrante, participação na construção de políticas públicas e realização de 
intervenções multiprofissionais, pensando no lugar da Psicologia em um cenário marcado pela constante mobilidade. 
 
 
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Titulo: Vygotsky e Bruner: uma análise das dissonâncias teóricas acerca do conceito de aprendizagem 
Autores: Juliana Chioca Ipolito, UFT 
E-mail do(a) autor(a): : juipolito@uft.edu.br 
 
Resumo: Este estudo traz parte das análises da pesquisa acerca do conceito de aprendizagem para Vygotsky e 
Jerome Bruner. O objetivo desta é enfatizar os fundamentos marxistas da obra vygotskyana e contrapor às teorias 
que tendem a aproximá-lo de concepções construtivistas e culturalistas, como a de Jerome Bruner, diferenciando-os 
no que tange ao entendimento de ambos sobre aprendizagem. Utilizamos como procedimento metodológico a 
pesquisa bibliográfica em algumas obras de Vygotsky e Bruner sobre a categoria aprendizagem, além de 
considerarmos trabalhos que os analisaram. O método para conhecimento da realidade aqui utilizado é o 
materialista histórico e dialético da Psicologia sócio-histórica, por nos oferecer uma visão mais ampla acerca do 
aprendizado, entendido como multideterminado pelas relações infra e superestruturais. Somos um corpo biológico, 
mas ao rompermos a escala filogenética, avançamos qualitativamente no processo de desenvolvimento cognitivo, 
adquirindo as funções psicológicas superiores, sendo uma das principais aquisições a linguagem. A partir desses 
fundamentos, entendemos que a aprendizagem é a capacidade de mudar em função da experiência. Partimos, 
então, de uma concepção de aprendizagem ativa, construtora de significados. Isso porque o homem ao interagir 
com o mundo físico e social se apropria dos significados culturais que o circundam, passando de uma condição 
eminentemente biológica para social. Deste modo, ao se apropriar da cultura ele se modifica e cria condições para 
que mais aprendizado ocorra. Esse processo é dialético, pois ao mesmo tempo em que o sujeito interage com o 
meio e o modifica é por ele também modificado. É importante ressaltar que todo esse processo é mediatizado pelos 
signos sociais. Por meio da atividade em processos de interação com o ambiente social, as funções psicológicas vão 
se transformando, evoluindo, provocando um gradativo domínio dos significados culturais, e um avanço dos modos 
de raciocínio realizados pelo sujeito. Ao nascermos possuímos funções psicológicas elementares como memória 
imediata, atenção não voluntária, percepção natural (não mediada), que vão evoluindo até se transformarem em 
funções psicológicas superiores. A linguagem, que é uma função psicológica superior, é elemento de mediação na 
apropriação da cultura pelos sujeitos e surgiu, segundo a perspectiva sócio-histórica, a partir da necessidade de 
desenvolver ferramentas no processo de trabalho para modificar o meio e satisfazer a sua necessidade de 
subsistência. Assim como Vygotsky, Jerome Bruner, um dos principais expoentes da Psicologia Cognitiva Cultural, 
aponta a influência da cultura como uma das dimensões mais importantes no processo educativo. Sua teoria é 
visivelmente influenciada pelos pressupostos vigotskianos (ainda que com diferenças substanciais), principalmente 
acerca de como se processa o desenvolvimento e o aprendizado. Para Bruner a linguagem também é um importante 
mediador na apropriação da cultura. Sua concepção de desenvolvimento passa por uma evolução na forma de 
representar a experiência, que é o que medeia a nossa relação com o mundo. Este ocorre em níveis de abstração 
que vai desde aquele baseado na motricidade, evoluindo para formas perceptivas (gráficas e de imagens mentais), 
para, finalmente, assumir um caráter simbólico (lógico-científico). Um dos conceitos desenvolvidos por Bruner, que 
tem bastante similaridade com o de zona de desenvolvimento proximal de Vygotsky, é o de scaffolding. Este é uma 
metáfora de andaime que preconiza o papel da mediação de um adulto ou criança mais experiente para construção 
do conhecimento. Apesar da similaridade verificamos que o conceito de zona de desenvolvimento proximal é mais 
amplo que o de scaffolding, na medida em que considera as condições infra e superestruturais sob as quais a 
atividade que gera aprendizado ocorre, além de valorizar o caminho de construção do conhecimento. Assim, a partir 
da investigação de como ocorre a aprendizagem para Vygotsky e Bruner pudemos compreender suas similaridades e 
discrepâncias. Entre outros resultados, concluímos que, apesar de ambos partirem de uma concepção de sujeito 
ativo no processo de aprendizagem, diferem-se principalmente no que tange ao conteúdo ideológico de suas obras. 
Enquanto Vygotsky propôs uma psicologia para o homem socialista e, portanto, visando à transformação da 
sociedade, através do viés epistemológico materialista histórico e dialético, Bruner propõe uma psicologia afinada 
com o pragmatismo americano, ou seja, objetiva e reprodutora, que não visa à transformação. Este fato pode ser 
 
48 
constatado na análise de uma de suas categorias fundamentais para compreensão de como ocorre o aprendizado, o 
scaffolding. Ademais, ressaltamos que pela amplitude da temática que nos propusemos a investigar, nossas 
conclusões ainda estão em desenvolvimento. Esperamos que as discussões aqui realizadas contribuam para 
construção de uma psicologia comprometida com a transformação das relações sociais alienantes próprias do modo 
de produção capitalista. 
 
 
49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GT 03 | A Psicologia Social além das fronteiras disciplinares 
 
 
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A Interdisciplinaridade no Atendimento à Violência Contra a Mulher - Um olhar da Psicologia 
Autores: Eduardo Francisco Corrêa Lancelotti, UFRJ; João Batista de Oliveira Ferreira, UFRJ 
E-mail: eddylancelotti@gmail.com, ferreira.jb@gmail.com 
 
Resumo: As políticas públicas de atenção à violência contra a mulher são umaconquista que provém do encontro de 
demandas sociais, esforços acadêmicos e da judicialização, tendo como importante momento a assinatura do Plano 
Nacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, que consolidou diversos instrumentos no objetivo de 
produzir vidas menos carregadas de violência. Suely Souza de Almeida - acadêmica e personagem fundamental na 
solidificação dessas medidas - diz, em 2003, que a violência necessita, incontestavelmente, de abordagem 
interdisciplinar, devido a enorme complexidade do fenômeno. O objetivo deste trabalho é, assim, iluminar a 
interdisciplinaridade - esta principalmente como uma cooperação e coordenação entre o Direito, o Serviço Social e a 
Psicologia, no presente campo - em um dos instrumentos de atendimento à violência doméstica e familiar contra a 
mulher, o Centro de Referência de Mulheres da Maré - Carminha Rosa (CRMM-CR), realizando a) análise dos diários 
de campo - produzidos a partir da experiência como aluno da graduação e bolsista de extensão - e b) pesquisa 
epistemológica - baseada em autores como Japiassu e Gusdorf, para tratar do tema da interdisciplinaridade em sua 
raiz, e Minayo e Sinaceur, que o relacionam à história da educação -; para assim destilar desafios e benefícios 
identificados nessa interação, compreender sua importância para o atendimento integral dessas mulheres e analisar 
as diretrizes gerais da educação no Brasil, a fim de elucidar a gênese das dificuldades encontradas na relação 
interdisciplinar. Em autores como Ellen Wood e Mészaros, podemos compreender a vigente configuração da 
educação, uma de fragmentação do saber e radicalização do pluralismo liberal, como uma estratégia clássica, que 
denuncia a agenda política do governo atual como uma de dominação e docilização das estratégias de resistência 
popular. A partir da minha análise transversal (histórica e pessoal) das possibilidades, fracassos e sucessos da 
construção de uma interface interdisciplinar diante da demanda de atendimento psicossocial e jurídico de mulheres 
em situação de violência, posso chegar a resultados que mais são como pistas para compreendermos de que formas 
podemos potencializar este campo e atender a necessidade de uma intervenção tão complexa quanto o fenômeno 
em foco. Fica explícito que, embora seja fundamental que haja uma contestação das relações provocadas pelo saber-
poder dentro do próprio campo de trabalho, pelos próprios membros da equipe; a luta pela interdisciplinaridade é 
uma que não pode ser descolada de uma luta política mais ampla. A contestação de medidas que promovam a 
fragmentação e hierarquização do saber, como a reforma trabalhista e principalmente a do ensino médio, ambas do 
atual governo, é medida fundamental para estabelecer a base da construção de um ambiente de trabalho fértil para o 
correto atendimento das demandas sociais. Negligenciar a importância (e as dificuldades) da interdisciplinaridade é 
condenar as políticas públicas a um funcionamento insuficiente, precário e que bloqueia os caminhos de resistência 
de uma população já subjugada a violências estruturais, como a de gênero, doméstica e familiar. Na presente 
pesquisa, é fundamental que todos esses pontos sejam tomados como formas de entrada neste tema tão presente e 
essencial. 
 
 
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A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher e os pequenos municípios: O caso de Corumbataí 
Autor: Mariana De Gea Gervasio, Elizabete Franco Cruz, USP 
E-mail: marianaggervasio@gmail.com,betefranco@usp.br 
 
Resumo: Apesar da existência de uma proposta integral da saúde da mulher desde meados da década de 80, ainda há 
muitos desafios a serem superados no campo do cuidado à saúde da mulher. Pouco se trabalha com questões 
contraceptivas ou questões relacionadas ao climatério, menopausa, saúde mental, saúde ocupacional, entre outros. 
Dessa forma, tendo em vista a disparidadeque a realidade brasileira apresenta em relação à saúde da mulher, vemos 
claramente o quão dificultoso continua tirar o foco da saúde da mulher do ciclo gravídico puerperal e pensar nas 
mulheres de modo integral. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) tem como objetivo 
ampliar as ações no que se refere à saúde da mulher, buscando incorporar a perspectiva da integralidade, gênero, 
raça e outros marcadores socias na melhoria da atenção à saúde da mulher. Nesse contexto, é fundamental estudar 
como os pequenos municípios brasileiros tem implementado as diretrizes da PNAISM no cotidiano dos serviços. Nessa 
pesquisa focalizamos o município de Corumbataí que possui uma população de 3.874 habitantes, com pouco menos 
de 50% residindo na zona rural (IBGE, 2010). A estimativa populacional para o ano de 2016 foi de 4.045 pessoas, 
colocando Corumbataí na posição de 564º em relação a quantidade de residentes de um total de 645 cidades no 
estado de São Paulo e quando comparado a outras cidades no Brasil, fica na posição 3886 de 5570 (IBGE, 2016). 
Dadas as devidas circunstancias e perspectivas qualitativas do trabalho, entendemos que nosso estudo não busca 
universalizar ou definir verdades, mas pode trazer pistas sobre a forma como se materializam políticas públicas em 
cidades pequenas e ajudar na construção de conhecimentos sobre municipios que, apesar de serem pequenos, suas 
populações apresentam demandas e necessidades de saúde que precisam ser respondidas e respaldadas pelas 
políticas públicas de saúde. 
Esse trabalho teve como objetivo discutir e problematizar o processo de implementação da PNAISM no munícipio de 
Corumbataí. A discussão teorica foi orientada pela perspectiva da psicologia social e da saúde coletiva sobre as 
políticas públicas. 
Trata-se de uma pesquisa qualitativa e as ferramentas utilizadas para a produção de informações foram: a análise de 
documentos sobre a política e a gestão de saúde e as entrevistas semiestruturadas com gestores municipais e 
estaduais. Esse trabalho foi desenvolvido inicialmente como parte da dissertação de mestrado intitulada: "Saúde das 
Mulheres na perspectiva de profissionais e gestores de saúde de Corumbataí". 
A estrutura de saúde de Corumbataí é composta por uma unidade básica de saúde de caracteristica mista que oferece 
pronto atendimento e ambulatório. Situações de urgência e emergência são atendidas pelo SAMU e frequentemente 
transferidas a outros munícipios com mais recursos, assim como os casos de média e alta complexidade são atendidos 
em outras cidades. No cotidiano da saúde de Corumbataí há uma grande diferença entre a proposta das políticas 
públicas de saúde e os serviços de fato implementados. Destacamos três pontos para disussão: 1) o investimento 
financeiro é em atendimentos ambulatoriais de especialidades médicas e não há oferta de serviços de Estratégia 
Saúde da Família (ESF), sendo as ações de promoção da saúde pontuais e realizadas principalmente através de 
campanhas, na maioria das vezes orientadas por uma lógica medicalizada e biomédica; 2) a dimensão da rede ainda 
está restrita a referencia e contra-referencia, com foco na lógica de hierarquia e níveis de atenção e a "regulação 
informal", bem distante da proposta da PNAISM; e 3) a organização do serviço está orientada pelo que chamamos de 
política de saúde nas estradas, ou seja, ambulâncias que transportam as pessoas para as outras cidades para que 
sejam atendidas. 
Através da análise das entrevistas, dos documentos e no diálogo com a literatura, foi possível identificar muitas 
dificuldades em trabalhar questões do ambito da atenção básica, principalmente aquelas relacionadas a promoção à 
saúde das mulheres. Percebe-se que o referencial norteador de todas as ações de saúde dirigidas as mulheres está 
fortemente associado à maternidade, com foco numa perspectiva biomédica. A saúde nas estradas se configura como 
uma questão importante no cotidiano das relações e nos modos de produção da saúde no município como um todo.52 
Trabalhar com temas transversais articulados aos determinantes sociais da saúde apresenta-se como um desafio para 
os/as gestores/as da saúde no município e na região. Além disso, parece-nos que fortalecer ações interdisciplinares e 
intersetoriais poderia trazer maior abrangência para as ações de saúde desenvolvidas no município. 
 
 
53 
As CEBs e o reconhecimento das potencialidades comunitárias: uma leitura a partir da perspectiva da psicologia 
social 
Autor: Jose Hercilio Pessoa de Oliveira, PUC-SP 
E-mail: hercilio.pessoa@uol.com.br 
 
Resumo: Nesta pesquisa discorro sobre a importância da teologia da libertação e das comunidades eclesiais de base 
(CEB), associadas à igreja católica, que deram origem ou engrossaram os movimentos sociais de lutas em defesa das 
necessidades do povo. As CEB foram o berço onde boa parte dos movimentos sociais da década de 1970 se originou. 
Destaco também a ação desses movimentos na transformação da sociedade. Fecho o capítulo com o exemplo de Dom 
Paulo Evaristo Arns, um ator social que fez a diferença nas periferias da cidade de São Paulo. 
Início contextualizando o que chamo de igreja no panorama da ação libertadora das comunidades eclesiais de base. 
Neste texto estou me referindo a uma forma de ser igreja que se diferencia da instituição igreja. Há encontros e 
desencontros entre a igreja da base e a institucional. A de base se reinventa o tempo todo, cuidando do humano e do 
espiritual, enquanto a instituição questiona a fidelidade dogmática. 
O projeto pastoral da teologia da libertação inspira e envolve as comunidades eclesiais de base, mas não é a origem 
delas. As CEB são um organismo da igreja católica que tem seu modelo nas primeiras comunidades cristãs. Nessa 
mesma perspectiva, outras pastorais sociais se fortaleceram no período de 1970 a 1990, como a Pastoral da Terra e a 
Pastoral Operária, além dos movimentos comunitários e dos clubes de mães. 
Pedro Jacobi e Edson Nunes (apud Calderón, 1995) dizem que as comunidades eclesiais de base são [...] uma das 
poucas, senão a única, alternativa para as classes populares, a partir da discussão sobre as condições de vida dos 
moradores, propiciando assim o desenvolvimento de formas democráticas de participação de base e a formação de 
lideranças locais (p. 67). 
Na Conferência de Medellín, em 1968, a igreja católica iniciou um modelo de pastoral com base na teologia da 
libertação. Essa mesma linha teológica foi amadurecida em Puebla, 1979, com ataques diretos às causas da pobreza, 
considerando-as como sendo produzidas por processos de exploração econômica em toda América Latina. Nesse 
cenário nasceu a igreja popular, assentada na organização de grupos e associações como expressão de uma 
religiosidade voltada à defesa dos pobres e excluídos da sociedade e do engajamento nas questões sociais. Destaca-
se, nesse contexto, o surgimento das comunidades eclesiais de base. 
Uma CEB surge tipicamente pela proximidade geográfica, agrupando pessoas em seus territórios. Esse agrupamento 
tem como principal intuito cuidar dos pobres reunidos em comunidades, considerando suas necessidades acima das 
instituições (igrejas, partidos e sindicatos). 
As comunidades eclesiais de base surgiram no Brasil como um meio de evangelização que pudesse responder aos 
desafios de uma prática libertária, no contexto sociopolítico dos anos da ditadura militar (1964-1985) e, ao mesmo 
tempo, como uma forma de adequar as estruturas da igreja às resoluções pastorais do Concílio Vaticano II, realizado 
de 1962 a 1965. 
As comunidades de base, desde 1966, representaram prioridade pastoral para tornar a igreja mais viva, mais 
corresponsável e mais integrada socialmente. Buscava-se um novo jeito de ser igreja, organizando comunidades como 
formas associativas. Eram grupos familiares avizinhados que, aos poucos, se reuniam e formavam uma comunidade. 
Geralmente, o lugar dessas pequenas comunidades era marcado por problemas sociais diversos. Esses grupos se 
sustentavam atuando em nome de causas com grande legitimidade, como a defesa da vida e da justiça social. 
O trabalho das lideranças era e é sempre gratuito, sem interesse material. Gabriela dos Anjos (2008) afirma que essa 
ação voluntária pode ser tomada como uma militância, se considerarmos como tal a adesão à determinada causa e o 
engajamento continuado em nome dela. A autora destaca, ainda, a atuação feminina nos espaços públicos como uma 
forma socialmente consagrada de militância desinteressada. A liderança das mulheres é uma realidade nessas 
comunidades; o processo democrático é disseminado e vivido no cotidiano, contrastando, é claro, com a igreja 
instituição, onde a patrística domina as relações. Os grupos sociais se multiplicam na igreja popular. Uma CEB se 
 
54 
formava para discutir soluções para os problemas enfrentados pelos moradores. As pessoas se encontravam para 
organizar as reivindicações. 
Naquele tempo, final da década de 1970 e início dos anos 1980, faltava tudo e as comunidades de base contribuíram 
para o surgimento de lideranças locais. Estas foram, aos poucos, encabeçando outras lutas, inclusive nos partidos 
políticos. 
Nesse sentido, as comunidades eclesiais de base nasceram como uma possibilidade de redescoberta do aspecto 
libertador da leitura bíblica que, semelhante à caminhada dos povos de Deus que experimentaram o Êxodo e a 
libertação do faraó, assumem sua luta por justiça como realização do profetismo na sociedade atual. Com suas 
lideranças promoveram, assim, um debate acerca da necessidade de unir fé e vida. 
 
 
55 
Gênero, sexualidade e relações étnico-raciais: diálogos feministas na extensão universitária 
Autor: Cristina Vianna Moreira dos Santos, UFT; Bruna Andrade Irineu, UFT; Ismael Barreto Neves Junior, UFT 
E-mail: cristina.vianna@uft.edu.br,brunairineu@gmail.com,ismaelbarretto@gmail.com 
 
Resumo: O presente trabalho relata a experiência do curso de extensão destinado a estudantes e comunidade com o 
tema Diálogos sobre gênero, sexualidade e relações étnico-raciais desenvolvido pelo Núcleo de Estudos, Pesquisas e 
Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos na Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Miracema, 
entre março e maio de 2017. O núcleo integra inciativas de educação em direitos humanos com especial atenção para 
gênero, sexualidade, raça/etnia e interseccionalidades. O debate em torno dos direitos sexuais e reprodutivos 
constitui uma agenda de ações e práticas educativas que fomentam a reflexão crítica feminista na formação 
interdisciplinar e multiprofissional. O objetivo do curso de extensão foi proporcionar um espaço de debate plural 
sobre diversidade e diferença no ambiente acadêmico, bem como disseminar conhecimento em diversidade sexual, 
questões de gênero e relações étnico-raciais, articulando com os diferentes campos do conhecimento, 
instrumentalizando estudantes, agentes públicos e militantes para o enfrentamento do racismo, do sexismo e da 
homofobia. Acredita-se que o presente trabalho tem relação com o eixo temático Psicologia Social: questões teóricas 
e metodológicas na pesquisa e produção de conhecimentos, e/ou intervenções, por meio da produção de 
conhecimento em uma ótica feminista, que valoriza o lugar de fala das pesquisadoras pensando o conhecimento 
como local e situado. Levando em conta que o objetivo do grupo de trabalho A Psicologia Social além das fronteiras 
disciplinares é valorizar abordagens teóricas e metodológicas tanto de pesquisa como de intervenções, discutindo as 
contribuições da psicologia em atividades de formação, pesquisa e extensão de psicólogas/os e outros profissionais 
sob um enfoque feminista, acreditamos que a proposta do curso de extensão pode ser dialogada neste espaço. A 
oportunidade de ampliar a interlocução com as epistemologias feministas, os movimentos sociais e a saúde coletiva 
justifica nosso interesse pelo presenteGT. A orientação teórica que norteou a proposta do curso de extensão foi a 
compreensão e a ética feminista. Os Estudos Feministas pós-estruturalistas apoiaram a discussão dos conceitos de 
gênero e de sexualidade na perspectiva debatida por Butler, Rubin e Louro; de direitos sexuais e direitos reprodutivos 
apontados por Corrêa e Ávila; de relações étnico-raciais a partir dos feminismos de mulheres negras produzidos por 
Davis, Carneiro e Adichie; e de interseccionalidades a partir de Creshawn, Hirata e Puar. O método deste trabalho 
refere-se a proposta do curso de extensão que foi distribuído em 40 horas de atividades, contou com a presença de 
40 cursistas entre acadêmicas/os, professoras/es da rede municipal, agentes de saúde e estudantes secundaristas, 
durante 20 encontros, ao longo de três meses. Os temas do curso foram organizados em quatro módulos conduzidos 
em encontros semanais. Os diálogos construídos a partir das conversações sobre feminismos e gênero, sexualidade, 
relações étnico-raciais e interseccionalidades foram articulados a partir de aulas expositivas dialogadas, debate sobre 
documentários e filmes, rodas de conversa, discussão de textos teóricos e palestras com convidadas/os. Cada 
encontro foi planejado utilizando recursos bibliográficos, audiovisuais, tarefas em grupos e técnicas grupais. As 
facilitadoras do curso, professoras dos cursos de Psicologia e Serviço Social, apostaram em uma metodologia 
feminista de trabalho que incluiu recursos voltados para o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo em 
uma perspectiva interdisciplinar. Os resultados da pesquisa direta sobre o perfil das/os cursistas apontaram que 72% 
das pessoas se identificaram como sendo do sexo feminino e 28% do sexo masculino. A orientação sexual mostrou 
que 70% se identificaram como heterossexuais, e as demais 30% se atribuíram vinculações identitárias sexuais fora da 
heterossexualidade homossexual, pansexual, bissexual, lésbica, caracterizando uma diversidade sexual. Nesta 
amostra, 42% das/os cursistas se consideram da raça/etnia negra e 40% sem consideram pardas. Acerca da 
participação em cursos de extensão, 85% das/os cursistas nunca havia participado, e dos 15% que já participou de 
cursos, ninguém havia participado de algum curso sobre gênero, sexualidade e diversidade sexual. Este dado sugere 
um indicador de escassez de oferta na formação e existência de demanda, caracterizada pela alta procura de cursistas 
pelo presente curso de extensão. Outros indicadores como a frequência e adesão ao curso, baixa evasão das aulas, 
boa qualidade dos diálogos construídos, relatos de vivência compartilhadas, feedback positivo de cursistas, 
 
56 
professoras/es e técnicas/os sobre o trabalho proposto, diversidade das atividades envolvidas e compromisso ético e 
político de participantes e facilitadoras apontaram o êxito do curso em sua proposta de constução do conhecimento 
feminista em um espaço relacional plural e interdisciplinar. O encerramento do curso incluiu uma programação lúdica, 
comemorativa e avaliativa no formato de um Sarau Cultural que envolveu estudantes e comunidade com a retomada 
das temáticas do curso, resultando em trocas críticas e reflexivas, de forma educativa em forma de confraternização, 
marcando a extensão como lugar científico e político de produção do conhecimento. 
 
 
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Identidades Sociais, Diversidade e Inclusão Social em famílias contemporâneas na cidade de São Paulo 
Autor: Dariane Doria Ribera Vidal, UNIP-SP; Vanda Lúcia Vitoriano do Nascimento, UNIP-SP 
E-mail: darianedoria@gmail.com,vanda_nascimento@uol.com.br 
 
Resumo: Esta pesquisa qualitativa, de Iniciação Científica-Cnpq, inserida no campo da Psicologia Social, teve por tema 
de estudo a construção de identidades sociais no cotidiano das famílias contemporâneas. Entendemos que as 
primeiras interações sociais de um indivíduo se dão no âmbito familiar; as primeiras apresentações sociais recebidas 
por ele na infância são por meio da família, o que irá contribuir de forma marcante na constituição de sua identidade. 
Esse processo se dá por meio da socialização que introduz o indivíduo na sociedade. A socialização primária tem o 
valor mais importante para o indivíduo, pois a estrutura básica foi definida a partir dela. Esse processo é bem 
dinâmico e inclui a socialização secundária, portanto, podemos dizer que não apenas nossas interiorizações são 
dinâmicas, mas o mundo onde estamos expostos também apresenta novos conceitos que necessitam de novos 
aprendizados. Neste caso, estamos falando especificamente da diversidade e da inclusão social, destaque para a 
compreensão desse estudo. Nessa linha, o objetivo principal foi entender como são constituídas as identidades sociais 
no cotidiano das famílias contemporâneas, no âmbito da saúde, no que se refere à diversidade e inclusão social. 
Buscou-se, assim, problematizar e proporcionar reflexões acerca das identidades sociais e de suas relações com a 
diversidade e inclusão social, como também contribuir para os estudos no campo da Psicologia Social. Como 
abordagem teórico-metodológica, fundamentou-se no construcionismo social, utilizando-se da metodologia de 
análise das práticas discursivas que propiciaram as condições para o surgimento de um material narrativo produzido a 
partir da interação dialógica entre entrevistados e entrevistadora. Participaram desse estudo oito casais, de 
orientação heterossexual, com idade entre 30 e 48 anos, com um ou mais filhos no ensino infantil ou fundamental, 
residentes na zona norte da cidade de São Paulo. O Projeto de Pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em 
Psicologia (CEP) da Universidade Paulista, submetido via Plataforma Brasil, cumprindo-se as Resoluções Nº 466/2012 
e Nº 510/2016, do Conselho Nacional da Saúde. Todos foram convidados e indicaram conhecidos, com base na 
técnica de Snowball. A coleta de informações foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas. As entrevistas 
ocorreram na residência dos casais entrevistados. Para análise dos dados utilizamos a transcrição sequencial, a 
transcrição integral e as anotações do diário de campo. A análise dos resultados levou, por meio da transcrição 
sequencial, a seis eixos predominantes nas vivências dos casais entrevistados: a) concepções sobre inclusão social e 
diversidade; b) necessidade de inclusão social na atualidade; c) vivências na infância do casal sobre diversidade e 
exclusão social; d) vivencias atual da família sobre diversidade e exclusão social; e) educação dos filhos: pais versus 
escola; f) sociedade: inclusiva versus exclusiva. Concluiu-se que as identidades sociais no cotidiano das famílias 
contemporâneas são constituídas de formas diferentes, marcadas por experiências anteriores de cada um dos pares, 
mas configuradas na relação familiar, influenciadas pelas relações de gênero e pelas possibilidades, ou não, de 
negociações e mediações. De modo geral, observa-se que as famílias demonstraram conviver bem com as 
diversidades humanas, com a inclusão social e a diversidade, tendo a escola como parceira principal. Entretanto, no 
processo de construção estão presentes dilemas e incompreensões com relação a sociabilidades intolerantes e não 
inclusivas. É relevante que sejam realizados novos estudos que possibilitem entender melhor alguns fenômenos (não) 
inclusivos a partir das relações familiares. Como o objetivo principal desse estudo foi entender e levantar reflexões 
acerca da formação das identidades sociais e suas repercussões com relação à diversidade e inclusão social 
acreditamos que esse tema poderá contribuir e gerar novos questionamentos com os Grupos de Trabalho escolhidos. 
 
 
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Laço a organização estudantil como prática política: afeto, resistência e transformação social 
Autores: Jomara Oliveira Costa, CES/JF; Lara Brum de Calais, UFJF; Marcos Vinícius Lucas da Silva, CES/JF; Matheus 
Henrique Silva,CES/JF 
E-mail: jomaracosta@live.com,matheus_psi@outlook.com,marcos15.lucas@gmail.com,laracalais@hotmail.com 
 
Resumo: O presente resumo tem por finalidade contextualizar e apresentar a formação da Liga Acadêmica de 
Psicologia Social e Comunitária (LAÇO) e problematizar as possibilidades de articulação entre teoria e prática na 
formação em psicologia. A Laço tem sua constituição marcada pela união de estudantes que, de certa forma, se 
incomodavam com práticas naturalizantes e descontextualizadas da realidade social reproduzidas pela Psicologia e 
pautam a busca de um saber/fazer com criticidade e responsabilidade social. Sob a ótica da perspectiva Sócio-
Histórica, a LAÇO foi criada visando o comprometimento com a realidade social e superação dos engessamentos 
muitas vezes sustentados pela academia, se colocando a entender os aspectos que constroem os contextos sociais, 
assim como os processos culturais e políticos que estão entrelaçados nesta formação. A analogia feita com a sigla da 
liga foi proposital, vide que desde o primeiro momento de sua criação, o afeto e os laços entre estudantes 
potencializaram a nossa resistência mediante as opressões e silenciamentos engendrados nas práticas cotidianas. A 
LAÇO tem como objetivo a troca de saberes e a promoção de ações em contextos marcados por uma história de 
negligência e por situações de vulnerabilidade. Tais ações se pautam, principalmente, em atividades culturais, 
artísticas, esportivas e discussões críticas que possam contribuir para essa transformação. Neste sentido, a liga 
acadêmica em questão aposta na potência das construções coletivas e na mobilização através do afeto, ou seja, 
compreende que é no encontro coletivo que somos afetados pela realidade e possibilitamos a emergência de 
diferentes modos de existência. Considerando o tripé ensino, pesquisa e extensão, a Laço estimula também o 
fortalecimento das bases curriculares da graduação em Psicologia, no que se refere à Psicologia Social e Comunitária, 
que são disciplinas que contribuem para uma formação profissional crítica, ética e política frente ao contexto social. 
Assim, encontra estreita relação com o GT 03 A Psicologia Social além das fronteiras disciplinares, por problematizar a 
formação e buscar ações estratégicas para as problemáticas sociais. Cada ação elaborada pelo coletivo de estudantes, 
seja a nível institucional ou comunitário, tem sempre como intenção a troca com o outro, impulsionando as 
contribuições para uma prática psicológica voltada para as reflexões e conscientização. Neste sentido, se apóia nos 
referenciais de metodologias participativas que têm em sua construção, o necessário exercício da participação social. 
Sustentando uma gestão participativa, os estudantes reúnem-se quinzenalmente no formato de assembléias que, em 
si, já funcionam como espaços coletivos de produção política. Operacionalmente, a liga possui Comissões de Gestão, 
Comunicação e Científica. Juntamente a elas, organiza-se nos seguintes eixos temáticos: Gênero e Sexualidades; 
Esporte e Território; Arte e Cultura; e Relações Raciais e Direitos Humanos, articulando teoria e prática em psicologia 
social. Durante um semestre realizamos práticas com intuito de incentivar o pensamento crítico e promover 
autonomia e emancipação. Realizamos durante o início deste ano: O Trote Social que tinha como meta arrecadação 
de livros; Acolhida dos calouros do curso de Psicologia pautada no afeto e mediado pela arte; Mural da Visibilidade 
Trans; Túnel Sensorial; Ação Literária com inauguração da Biblioteca Comunitária. O enlace dos/as estudantes se deu 
como forma de resistência e mudança da realidade social, compreendendo a reciprocidade das relações e o 
compromisso ético-político que assumimos. Sendo assim, acreditamos na expansão desse laço, partindo do 
pressuposto de que a construção da realidade social é um processo constante e que, por isso, fomentar ações que 
promovam o exercício da cidadania, conscientização e autonomia dos sujeitos é também potencializar diferentes 
modos de ser-humano. 
 
 
59 
O domicilio como local de parto e as lutas por políticas/programas de saúde inclusivos 
Autores: Jacqueline Isaac Machado Brigagão, USP; Lilian Godinho Hokama, LUMIAR; Roselane Gonçalves, USP 
E-mail: oselane@usp.br,jac@usp.br,lilian.hokama@gmail.com 
 
Resumo: A assistência ao parto no Brasil é predominantemente hospitalar e todas as políticas e programas dirigidos 
para o recém-nascido estão organizados e baseados nessa premissa. Porém, muitas mulheres, a partir de uma 
perspectiva crítica em relação às restrições ao uso de tecnologias, muitas vezes desnecessárias para o cuidado no 
parto e nascimento no contexto hospitalar, têm escolhido o domicilio como local para viver esta experiência com a 
assistência de profissionais capacitados/as. Atualmente, apenas em Belo Horizonte/MG há um grupo de parto 
domiciliar vinculado ao SUS, nos demais estados e municípios, esses serviços são privados. Assim, a escolha pelo 
parto domiciliar, em geral, impõe à mulher, à sua família e aos profissionais que assistem ao parto e nascimento a 
necessidade de desenvolver estratégias para superar as inúmeras dificuldades de acesso a programas e políticas de 
saúde relacionadas à saúde do bebê no período pós-natal, como por exemplo o direito de: ter a declaração oficial de 
nascimento (declaração de nascido vivo-DNV) preenchido pela/o profissional que assistiu ao parto; ter acesso aos 
exames da triagem neonatal (Teste das Emissões Otoacústicas Evocadas - teste da orelhinha; Teste do Reflexo 
Vermelho - teste do olhinho; Teste para identificar Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Anemia Falciforme e 
demais Hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Deficiência de Biotinidase e Hiperplasia Adrenal Congênita - teste do 
pezinho) e vacinação. Estas dificuldades colocam em evidência a necessidade das/os profissionais, e todas as pessoas 
que defendem os partos domiciliares, lutarem para incluir nas políticas/programas de saúde para a criança, os fluxos 
que permitam o acesso das pessoas que escolheram o domicilio como local do parto/nascimento. O objetivo desse 
trabalho foi o de refletir sobre a experiência de intervenção nos municípios de Mogi das Cruzes e Guararema, ambos 
situados na região do Alto Tietê no Estado de São Paulo, para a criação dos fluxos necessários para que as/os 
profissionais que assistem a partos domiciliares possam obter a DNV junto a secretaria de saúde do município e que, 
após o parto, as mulheres com os seus bebes possam ter acesso às políticas de saúde especificadas. Metodologia: A 
discussão desses dois casos foi realizada a partir da narrativa das autoras sobre todo o processo de intervenção junto 
às secretarias de saúde dos dois municípios e dos resultados obtidos e se deu à luz das perspectivas da ação pública 
(SPINK, 2016) e feminista sobre o papel das mulheres na luta pela ampliação das políticas públicas. Resultados e 
Conclusões: Os dois casos ilustram a importância da incorporação de atitudes que incluam estas perspectivas na 
atuação profissional daqueles que assistem a partos domiciliares e que assumam a concepção de que todos os atores 
são responsáveis e legítimos interlocutores no processo de elaboração e implementação das políticas públicas de 
saúde. Ou seja, são capazes de acionar os dispositivos públicos para criar programas e ações que beneficiem a 
população e despertem os gestores para importância da ampliação dos direitos e obrigações de todos os envolvidos 
no processo de cuidado em saúde. Para isso é necessário que se disponham a realizar reuniões de articulação técnico-
políticas nos muncipios em que atuam visando pactuar ações que permitam o acompanhamento do processo 
envolvido nos partos e nascimentos planejados, que ocorrem no âmbito dos domicilios, pelo sistema de saúde local 
(vigilância epidemiológica) garantindo o acesso às políticas/programas de saúde específicaspara esta fase do ciclo 
vital humano. Desse modo, a ação pública é uma noção potente que permite a leitura de que os programas e ações 
governamentais são resultado das lutas empreendidas por todos os interessados em resolver uma determinada 
situação de saúde que se apresente e que tenha impacto na saúde das pessoas. 
 
 
60 
Os argumentos acerca da inconstitucionalidade da criminalização do aborto no STF: uma leitura crítica 
Autor: Priscila Kiselar Mortelaro, PUC-SP 
E-mail: priscilamortelaro@gmail.com 
 
Resumo: As normas legais para a interrupção da gestação no Brasil foram elaboradas na década de 1940 e são 
vigentes desde então, salvo discretas alterações. No Código Penal brasileiro estão previstos como crimes contra a vida 
o aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento, no artigo 124; e o aborto provocado por terceiros sem 
ou com o consentimento da gestante, nos artigos 125 e 126, respectivamente. No dia 29 de novembro de 2016, a 
primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) firmou entendimento de que o aborto voluntário durante o 
primeiro trimestre, ou seja, até a décima segunda semana de gestação não deve ser considerado crime. De acordo 
com o voto-vista do Ministro Luís Roberto Barroso que fora acompanhado na íntegra pela Ministra Rosa Weber e 
pelo Ministro Edson Fachin , no julgamento do Habeas Corpus 124.306, a criminalização da prática é incompatível 
com a garantia de direitos fundamentais das mulheres. Desse modo, seria preciso examinar a constitucionalidade do 
tipo penal imputado aos pacientes e corréus, pois a conduta ou prática a ser incriminada não deve constituir exercício 
legítimo de direito fundamental. Neste caso, revisar a constitucionalidade do tipo penal imputado aos pacientes 
coincide com a constitucionalidade da criminalização da prática. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é situar a 
questão do aborto no âmbito judiciário, a partir da análise dos argumentos que justificam o posicionamento acerca da 
questão da constitucionalidade da criminalização do aborto expresso no voto do Ministro. A aproximação que 
buscamos com tais argumentos se dará a partir da análise de documentos de domínio público como método de 
pesquisa, uma vez que compreendemos que estes nos permitem acessar sentidos em circulação, refletindo as 
transformações lentas em posições e posturas institucionais que permeiam o cotidiano ou pelos agrupamentos e 
coletivos que dão forma ao informal. Para tanto, partiremos de uma postura crítica na psicologia social expressa 
através de uma abordagem construcionista associada a posturas feministas, principalmente no âmbito do debate 
acerca dos direitos sexuais e reprodutivos e do direito ao corpo. Tendo em vista nosso posicionamento teórico-
epistemológico e o contexto de dissolução de certas fronteiras disciplinares no qual se encontra este trabalho, 
escolhemos o GT A Psicologia Social além das fronteiras disciplinares. 
A partir da análise do voto do Ministro Barroso, observamos que os argumentos apresentados se organizam em torno 
de 5 eixos temáticos: dos direitos fundamentais; dos riscos à integridade da mulher; do princípio da 
proporcionalidade; da controvérsia sobre a vida; e da defasagem do Código Penal. Buscando delinear sua linha 
argumentativa a fim de constituir a criminalização do abortamento como temática cuja constitucionalidade deve ser 
problematizada, o Ministro destaca que a incriminação da prática fere diversos direitos fundamentais das mulheres, 
ressoando na própria dignidade humana dessa categoria e afetando sua autodeterminação reprodutiva por meio da 
coerção exercida por parte do Estado. Em segundo lugar, de acordo com a arguição do Ministro, a criminalização afeta 
a integridade física e psíquica da mulher, interferindo no direito à saúde e à segurança, também fundamentais. Em 
relação à controvérsia moral acerca do início da vida, o texto do Ministro admite que não há solução jurídica. 
Entretanto, declara que, exista ou não vida a ser protegida, não cabe dúvida em relação à impossibilidade de o 
embrião subsistir fora do útero materno na fase inicial de sua formação, o que ressalta a centralidade da mulher. Em 
quarto lugar, a criminalização do abortamento não contempla suficientemente o princípio da proporcionalidade, por 
gerar custos sociais superiores aos seus benefícios. Por fim, o considera a defasagem do Código Penal, que data de 
1940, sugerindo que a questão deve ser pensada à luz dos valores constitucionais trazidos pela Constituição de 1988. 
Tais resultados, entretanto, são parciais e estão sujeitos a alterações e aprofundamentos para serem apresentados no 
grupo de trabalho. 
A partir dos resultados apresentados acima, notamos que a constitucionalidade da criminalização do abortamento é 
contestada por meio do uso de princípios caros ao Estado Democrático de Direito. Tal razão baseia-se em uma 
concepção específica de liberdade, que contempla a autodeterminação individual, de modo que se busque a garantia 
da possibilidade de ação de acordo com princípios morais que se deseja seguir. Nessa perspectiva, de acordo com o 
 
61 
Ministro Barroso, a criminalização da interrupção da durante o primeiro trimestre fere o núcleo essencial do conjunto 
de direitos fundamentais femininos, sendo, portanto, uma restrição que ultrapassa os limites constitucionalmente 
aceitáveis. Apesar da consonância entre o posicionamento do Ministro e a base das reivindicações feministas, 
destacamos que os sentidos do direito ao corpo e à autonomia podem ser fontes de descontinuidade entre tais 
reivindicações e o posicionamento do Ministro, cuja origem está em determinada razão governamental. Ou seja, as 
reivindicações feministas parecem ir além, transformando o direito ao corpo e à autonomia em uma luta pelo direito 
à uma outra vida: uma vida além das normatividades impostas. 
 
 
62 
 
Políticas de resistência: experiências sociais no âmbito da política pública de saúde mental 
Autor: Ana Paula Müller de Andrade, UNICENTRO 
E-mail: psicopaulla@yahoo.com.br 
 
 
Resumo: Este trabalho objetiva discutir experiências singulares no âmbito da reforma psiquiátrica brasileira, que 
podem ser reconhecidas como políticas de resistência. Para Foucault (2003), nas relações de poder estão implicadas 
estƌatĠgiasà deà lutaà eà ƌesistġŶĐia.à ͞“Ćoà lutasà tƌaǀadasà ĐoŶtra um gigantesco aparato, técnicas e procedimentos 
desenvolvidos para conhecer, dirigir e controlar as vidas das pessoas, seus estilos de existência, suas maneiras de 
seŶtiƌ,à aǀaliaƌ,à peŶsaƌ.͟à ;FouĐault,à ϮϬϬϯͿ.à ássiŵ,à asà polítiĐasà deà ƌesistġŶĐiaà ĐoŶjugaŵà estratégias, projetos e lutas 
cotidianas que possibilitam a produção de subjetividades singularizadas e a subversão de regimes psiquiatrizantes. 
A pesquisa que subsidia as discussões aqui apresentadas teve como objetivo analisar os desdobramentos da 
transformação cultural em relação à loucura na produção de subjetividades de usuários e usuárias dos serviços de 
saúde mental. A transformação cultural com relação à loucura segue sendo um dos maiores desafios do processo de 
reorientação da assistência psiquiátrica( Andrade e Maluf, 2014 e 2016), especialmente na conjuntura atual brasileira, 
em que os direitos e as liberdades se encontram ameaçados. Entende-se que a produção de subjetividade, tal como 
apresenta Foucault, está relacionada a um campo de possibilidades permeado por relações de poder e regimes de 
verdade emergente de determinados contextos históricos. 
O recurso teórico-metodológico utilizado na pesquisa foi a etnografia, desenvolvida durante quinze meses, nos anos 
de 2015 e 2016, tendo como interlocutores/as pessoas que frequentavam um dos Centros de Atenção Psicossocial da 
cidade de Pelotas – RS, na condição de usuárias. Tal abordagem permitiu refletir sobre os modos de produção de 
subjetividades presentes nos processos de desinstitucionalização e sobreas articulações de práticas e discursos 
construídos nos diferentes planos em que tal política se constitui. 
A consolidação da reforma psiquiátrica tem instituído transformações importantes na vida das pessoas que acessam 
os serviços de saúde mental para alívio de seus sofrimentos bem como da sociedade como um todo. As 
transformações desencadeadas podem ser reconhecidas tanto no plano institucional quanto no plano das 
edžpeƌiġŶĐiasàsiŶgulaƌes.à͞EstesàplaŶosàestĆoàiŶteƌligados,àseàĐoŶeĐtaŵàdeàdistiŶtas maneiras e se mostram relevantes 
pelosà desloĐaŵeŶtosà eà peƌspeĐtiǀasà Ƌueà peƌŵiteŵà ǀisluŵďƌaƌà soďƌeà aà Đoŵpledžidadeà daà ƌefoƌŵaà psiƋuiĄtƌiĐa͟.à
(Andrade e Maluf, 2014, p. 36) 
Destacou-se aqui a experiência de e com uma das interlocutoras que, através da participação intensa no 
desenvolvimento do trabalho de campo, foi responsável pelo desenvolvimento da ideia de que a conjugação de 
práticas de resistência desenvolvidas no plano das experiências sociais no âmbito da política pública de saúde mental 
se configurariam como políticas de resistência. Na interlocução e na produção conjunta de um livro com esta 
interlocutora, aliadas com outras interlocuções, foi possível perceber práticas de resistência que se faziam presentes 
na subversão dos diagnósticos psiquiátricos e as respectivas prescrições, e nas relações estabelecidas por tais pessoas 
em suas experiências cotidianas. Foi possível identificar pequenas rupturas com o regime psiquiatrizante presente no 
contexto investigado, através de práticas, estratégias e projetos singulares. 
As experiências sociais dos/as interlocutores/as indicam algumas possibilidades produzidas pelas transformações 
socioculturais desencadeadas pela política pública de saúde mental. Como aponta Lavrador (2012, p.411), tal política 
parece teƌàpƌoduzidoà͞outƌasàfoƌŵasàdeà lidaƌàĐoŵàaà louĐuƌa,àaĐolheŶdoàsuaàalteƌidade,àaďƌiŶdoàpoƌtasàeŵàtodosàosà
seŶtidosàeàdesoďstƌuiŶdoàaàpotġŶĐiaàdeà iŶǀeŶçĆoàdeàpossíǀeis͟.àásàedžpeƌiġŶĐiasàsoĐiaisà taŵďĠŵàdeŵoŶstƌaŵàƋueàaà
reforma psiquiátrica, como apontado por Maluf e Andrade (2017), vai além da atuação do Estado. 
Por fim, tal como apontam as análises desenvolvidas até então, se no âmbito institucional a política pública e a 
reorientação da assistência psiquiátrica possam ser ameaçadas por contextos políticos, econômicos e jurídicos 
 
63 
manicomiais, no âmbito das experiências sociais se constituiu um conjunto de experiências que pode ser reconhecido 
como uma política de resistências. 
 
 
 
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Práticas discursivas midiáticas e musicais sobre e das mulheres na música sertaneja 
Autor: Flávia Martins dos Santos, UFG/PUC-GO; Nagilla Martins de Britto, Brasicor Corretora de Seguros 
E-mail: flaviamartins21@gmail.com 
Resumo: O estilo musical sertanejo é o mais popular do Brasil. No ano de 2012, em pesquisa realiza pelo o 
IBOPE(Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística), o sertanejo obteve uma representatividade de 58% dentre os 
ritmos que dominam o país. Percebe-se que a mulher sempre foi tema das canções sertanejas. Mas apesar disso, a 
interpretação e a composição dessas músicas sempre teve a maior predominância de homens como os cantores e 
autores. A parcela de cantoras no estilo sertanejo obteve pouca representatividade desde que o estilo foi criado. 
Fatores como dificuldade de locomoção para shows, maternidade, o cuidado com o lar e principalmente o 
preconceito, foram determinantes para as mulheres decidirem não entrar para o mercado artístico da música 
sertaneja. Aparentemente, esse cenário está mudando. Cantoras como Maiara e Maraísa, Marília Mendonça, Paula 
Mattos, Simone e Simaria e Naiara Azevedo, tem apresentado carreiras promissoras. Tendo em vista a crescente 
presença feminina na música sertaneja, este trabalho tem como temática as práticas discursivas relativas às mulheres 
nesse estilo musical, a partir da mídia e de músicas sertanejas, tendo como objeto de estudo a dupla Maiara e 
Maraísa. Motivaram essa pesquisa veiculações recentes na grande mídia que tem destacado a maior presença das 
mulheres na música sertaneja, bem como ligado seus posicionamentos e letras a um suposto movimento feminista. 
Entretanto, pode-se suspeitar que o fato de uma maior abertura de espaço para as mulheres nesse mercado não 
necessariamente significa uma mudança nos discursos veiculados na música sertaneja, historicamente machista. 
Tendo em vista os conteúdos midiáticos e as composições feitas e gravadas pela dupla Maiara e Maraísa, o problema 
que impulsionou a produção desse trabalho foi: a partir de uma perspectiva feminista, como se dá o discurso 
midiático sobre e das mulheres na música sertaneja no caso Maiara e Maraísa? Desse modo, o objetivo geral deste 
trabalho é analisar os discursos midiáticos e musicais das e sobre as mulheres na música sertaneja a partir de uma 
perspectiva feminista. E os objetivos específicos são: investigar o contexto das mulheres na música sertaneja; 
identificar as principais características do feminismo e suas possibilidades de leitura no cenário musical; compreender 
as práticas discursivas midiáticas sobre as mulheres; analisar as práticas discursivas nas falas das cantoras Maiara e 
Maraísa; e investigar a presença da perspectiva feminista nas letras musicais de Maiara e Maraísa. A metodologia teve 
abordagem qualitativa, utilizando as técnicas de pesquisa bibliográfica e documental para discussão teórica e coleta 
de materiais de análise, bem como a utilização da técnica ligada à psicologia social das Práticas Discursivas e Produção 
de Sentido, definida por Spink (2010), para a análise do conteúdo coletado. A pesquisa contou também com 
abordagem socioconstrucionista e feminista, unindo olhares das áreas da comunicação e psicologia social. Para o 
embasamento teórico, foram utilizados autores que tratam dos temas linguagem, poder simbólico e práticas 
discursivas, podendo ser citado Bakhtin (1999), Foucault (1996) e Bourdieu (1998), dentre outros. Sobre o feminismo, 
explorou-se o papel social da mulher e suas lutas para a busca de espaço na sociedade, tendo como aporte teórico as 
autoras Alves e Pitanguy (1981), Piscitelli (2002) e Nogueira (2005). As análises sobre a dupla Maiara e Maraísa 
mostraram o crescimento da música sertaneja relacionada às mulheres, bem como das abordagens midiáticas que 
ressaltam o sucesso da dupla. A suposta perspectiva feminista aparece no discurso quando se refere ao mercado 
feminino e a conquista de espaço feita por Maiara e Maraísa. Já pelas músicas, o avanço encontrado refere-se a 
mudança das interpretes e, mais timidamente, de conteúdo relacionado à música sertaneja. Ao que se relaciona ao 
contexto das mulheres na música sertaneja, notou-se que elas são apresentadas de maneira mais igualitária, se 
comparado com os conteúdos veiculados sobre e pelas as mulheres em períodos históricos anteriores. Recentemente 
tem sido criado um percurso de mudança para a representação das mulheres, ligando-as a fatos que antes eram 
mostrados e interpretados apenas por homens, como por exemplo, o consumo de bebidas alcoólicas e as relações 
sexuais. Além disso, notou-se também uma ênfase midiática quanto a representatividade da mulher envolvendo o 
consumo alcoólico e os momentos de lazer em bares e baladas. 
Psicologia no SUS - Trabalho em equipe e em rede: potencialidades, anseios e limitações 
Autor: Eduardo Kilian Santos da Silva, UNIVALI; Raquel Ghizoni Argenta, UNIVALI; Thiago Costa, UNIVALI 
 
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E-mail: duca_kilian@hotmail.com 
 
Resumo: Introdução: O presente trabalho consiste no relato de experiência de três acadêmicos de psicologia de uma 
universidade do litoral catarinense, imersos no Programa de Estágios e Vivências na Realidade do Sistema Único de 
Saúde (VER-SUS) nos anos 2016-2017. O VER-SUS tem como proposta realizar vivências no Sistema Único de Saúde 
(SUS) possibilitando conhecer quais espaços compõem a rede,qual o papel de cada profissional, discutir saúde como 
conceito ampliado, assim como possibilitar a prática multidisciplinar. Sendo este também um espaço para refletir 
acerca das determinações sociais no processo de saúde-doença. Objetivos: Refletir e descrever as contribuições na 
formação em psicologia, resultantes da imersão no programa VER-SUS, sendo este um dispositivo promotor de 
estratégias de enfrentamento dos desafios no campo da saúde coletiva. Orientação teórica: Fomos impulsionados a 
buscar essa vivência a partir do contato com autores que são atravessados pela concepção de saúde contra 
hegemônica, pautada no princípio da integralidade, que rompe com o modelo biomédico e compreende 
determinação saúde. Que pensam a clínica tradicional como não suficiente para suprir as necessidades do sujeito que 
é atravessado por práticas cotidianas concretas, resultantes dos emaranhados de relações estabelecidas e mantidas 
através da sua cultura. Como aponta Mattos (2008) a atuação dos profissionais da saúde deveria se pautar pelo 
esforço de alargar os limites nos quais a vida é possível. Também fomos guiados pelos pressupostos da Psicologia 
Histórico-Cultural que compreende o sujeito como essencialmente social (VYGOSTKY, 1998) Método: O estágio de 
vivência ocorreu nos municípios de Blumenau (2017) e Chapecó e Itajaí (2016), localizados no estado de Santa 
Catarina. Foram quatro e sete dias, respectivamente, de total imersão em serviços ligados ao SUS em todos os seus 
níveis de atenção, em que os viventes participavam de inserções nos mais diversos cenários, tendo a oportunidade de 
contemplar, e até mesmo auxiliar, em práticas do cotidianas dos profissionais da saúde pública. Após isto, os viventes, 
estudantes, gestores de saúde, profissionais e usuários dos serviços (todos estes de variadas áreas de estudo e/ou 
atuação profissional da saúde) discutiram sobre os desafios encontrados nas visitas, e possíveis resolutividades. 
Resultados: A nossa vivência configurou-se como um espaço de troca de saberes, uma vez que os estudantes 
estiveram em contato com a realidade social, com o dia a dia do trabalho no SUS, com os profissionais e com os 
gestores e os usuários. Dessa maneira, pudemos construir conhecimentos e práticas que ultrapassam a formação 
específica de cada curso, chegando a um terreno interdisciplinar, ético e político. Passamos a enxergar a nossa 
formação com outros olhos e a nos questionar dos saberes que são impostos por meio de uma matriz curricular que 
pouco possibilita reflexão sobre o SUS, sendo apenas duas ou três disciplinas as que têm em suas ementas conteúdos 
relacionados à saúde pública. Conclusão: Através das vivências geradas em nossa imersão no VER-SUS, tivemos 
encontros com outros corpos que foram atravessados com os mesmos anseios e questionamentos, e isso nos gerou 
uma ressonância, entendida como a capacidade que temos de soar juntos, de amplificar ideias, valores e discursos, 
intensificar movimentos. Conhecemos as fragilidades e os desdobramentos do SUS, e o mais importante: conhecemos 
as suas inúmeras potencialidades. Na formação em psicologia as leituras foram outras, para além das psicopatologias, 
aproximando de uma atuação voltada ao território, aos sujeitos e as suas vicissitudes, capaz de despertar para um 
processo reflexivo acerca de uma prática com um compromisso ético-político com o outro. 
 
 
66 
Relações de gênero e processos pedagógicos: vivências no cotidiano universitário 
Autor: Natália R. Salim, UFSCar 
E-mail: nat.salim@gmail.com 
 
Resumo: A Secretaria de Ações Afirmativas-Diversidade e Equidade (SAADE) da Universidade Federal de São Carlos e é 
responsável pelo estabelecimento e implementação de políticas de ações afirmativas no contexto da Universidade. A 
Secretaria nasce diante das demandas presentes no cotidiano universitário. Tem por objetivo combater práticas 
discriminatórias, violentas por meio de suas ações, com o propósito de eliminar desigualdades e perdas provocadas 
pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e por deficiências. 
A Secretaria possui três Coordenadorias: Coordenadoria de Relações Étnico-Raciais; Coordenadoria de Inclusão e 
Direitos Humanos e a Coordenadoria de Diversidade e Gênero. Essa proposta tem como objetivo discutir as vivências 
que têm sido possibilitadas através da atuação especificamente da Coordenadoria de Diversidade de Gênero. 
Propomos aqui um diálogo nas perspectivas teóricas de gênero e da produção de sentidos para compartilhar as 
experiências de intervenções no campo da diversidade de gênero. Através de parcerias com coletivos a 
Coordenadoria tem promovido ações de prevenção e enfrentamento das violências de gênero na sociedade; combate 
à homofobia e transfobia; garantia dos direitos e da promoção de políticas. As intervenções vêm sendo construídas 
através de processos coletivos e tem repercutido no contexto universitário e fora dele. A necessidade de 
problematização das relações de gênero tem instigado mudanças curriculares dentro dos cursos de graduação, como 
por exemplo, no curso de graduação em enfermagem. No cenário das festas universitárias a Coordenadoria proveu a 
campanha: Respeite a Diversidade(1) que contou com a parceria da atlética, ouvidoria, comissão de direitos humanos 
da USP entre outros. Essa intervenção resultou na produção de um material especifico para a campanha e ações de 
coletivos para a divulgação através de rodas de conversas. A Coordenadoria também tem acolhido relatos e denuncias 
de violência e articulado ações em diferenças esferas da universidade para a proteção, acolhimento e fortalecimento 
de vitimas. Outra ação foi a elaboração de um mapa de apoio para as vitimas de violência. As intervenções têm se 
constituídos como processos pedagógicos que tem promovido mudanças de discursos e assim mudanças no cotidiano. 
Essas mudanças tem se concretizado na garantia dos direitos, como por exemplo, do uso do nome social em todas as 
esferas da universidade. No contexto da formação em saúde debates vem ocorrendo para mudanças nos currículos. 
Um exemplo é o curso de graduação de enfermagem da UFSCar que através de processos dialógicos passou 
incorporar questões de gênero nas disciplinas de saúde da mulher e processo de cuidar. Essa reflexão tem sido 
transformadora na forma de pensar e ensinar as boas práticas de cuidado em saúde. É essencial que se reconheça as 
situações de vulnerabilidade social que tem como causa as desigualdades e violências de gênero. Nesse pensamento, 
é importante reconhecer a pluralidade das identidades de gênero de forma não classificatória, porque toda 
classificação que possa ser adotada faz com que outras tantas identidades sejam excluídas das discussões(2). 
 
 
67 
Ruralidade, violência e gênero: a diversidade dos sujeitos políticos do campo, cerrados e águas e os desafios para a 
pesquisa social 
Autor: Claudia Mara Pedrosa, UnB 
E-mail: pedrosaclaudia@gmail.com 
 
Resumo: Oà Gƌupoà deà tƌaďalhoà aà ͞áà PsiĐologiaà “oĐialà alĠŵà dasà fƌoŶteiƌasà disĐipliŶaƌes͟à seƌĄà ĐooƌdeŶadoà pelasà
professoras doutoras Claudia Mara Pedrosa, Lenise Santana Borges e Jacqueline I. M. Brigagão, as três atuam no 
campo da psicologia social e realizam diálogos com outras áreas de conhecimentos nas atividades de pesquisa, e 
extensão e na docência O objetivo deste grupo de trabalho é discutir as contribuições da psicologia social nas 
atividades de formação, pesquisa e extensão de psicólogas/os e outros profissionais, bem como, as interlocuções com 
as epistemologias feministas, os movimentos sociais e a saúde coletiva. Esperamos congregar trabalhos que busquem 
discutir abordagens teóricas e metodológicas tanto de pesquisa como de intervenções realizados em diálogos e 
parcerias com outros campos de conhecimento, como os grupos socialmente organizados em movimentos sociais, asaúde coletiva, a parteria, a medicina, a pedagogia, a administração pública, a fonoaudiologia, entre outros. 
Entendemos que as pesquisas e intervenções possibilitam aprendizagens e encontros que tem potencial para 
transformar os modos de pensar e de viver. Nesse sentido os conhecimentos são produzidos, a partir das ideias que 
compartilhamos, dos vínculos afetivos que estabelecemos e das posições que assumimos. Assim é fundamental 
pensar a multiplicidade de relações que estabelecemos, as expectativas e demandas que construímos quando 
colocamos um tema na pauta de conversação num determinado contexto. As epistemologias feministas alertam para 
a importância de reconhecer a centralidade do lugar que o/a pesquisador/a ocupa ao planejar, executar e escrever os 
relatos da pesquisa. Nesse sentido, trazem contribuições fundamentais para a psicologia social, já que apontam que 
não há neutralidade e que, não é possível produzir conhecimentos imparciais. Assim a objetividade nas pesquisas e 
intervenções somente é possível a partir da explicitação das posições que o/a pesquisador/a ocupa nas diversas 
etapas, bem como, da clareza acerca da finalidade, dos objetivos que orientam as nossas ações. Assim, assumimos a 
perspectiva de que o conhecimento é local e situado. Porém, no cotidiano das pesquisas e intervenções nem sempre 
é fácil e tranquilo rever nossos posicionamentos, porque, de certo modo, a ciência moderna e seus pressupostos 
fazem parte de nosso processo de formação como profissionais e pesquisadoras e ainda encontra eco em muitas de 
nossas ações. Daí a importância de ampliar essas discussões nesse grupo de trabalho e de buscar ouvir as vozes de 
profissionais de diversas disciplinas. Ao localizarmos as teorias que estamos fazendo uso e nossas respectivas 
localizações, podemos usar este saber como instrumento científico e político de produção de conhecimento. Assim é 
importante que os/as pesquisadores/as compreendam que as interseccionalidades de raça, classe social, gênero 
atravessam não somente os campos em que realizamos as pesquisas, mas também os/as pesquisadores/as. Ou seja, 
parece-nos que é fundamental estar atento para as nossas condições de classe, raça, gênero, bem como para os 
nossos preconceitos e as possíveis influências que esses exercem nas nossas ações, ao pesquisar, ao analisar e relatar 
nossas pesquisas. Concordamos com o argumento de Harding, de que ciência e política sempre estiveram 
relacionadas de forma íntima e intensa. Fechar os olhos para as implicações políticas sobre as escolhas que fazemos 
ao longo do caminho e que modelam o projeto, os métodos, os textos não os isenta da política, na verdade, somente 
promove a ignorância sobre a política que se está fazendo. Trata-se de uma perspectiva crítica às noções de 
conhecimentos universais, que constroem modelos gerais aplicáveis para todos. Nós partimos do principio de que o 
conhecimento é local e socialmente construído. Assim, convidamos para dialogar nesse grupo de trabalho pessoas 
que realizam intervenções e/ou pesquisas que focalizam os modos como às pessoas e grupos se organizam, produzem 
conhecimentos e práticas e, e encontram respostas para os problemas vividos no cotidiano. Nesse sentido, propomos 
também uma reflexão sobre as questões metodológicas, e levantamos algumas questões que podem nos ajudar a 
problematizar as abordagens tradicionais de pesquisa, vejamos: a)Em que medida os métodos que utilizamos 
permitem exercer a reflexividade, tanto nos processos de desenvolvimento das pesquisas e intervenções, quanto nos 
relatos e artigos que escrevemos? b) Qual é o grau de flexibilidade das estratégias metodológicas que adotamos, já 
 
68 
que métodos desenhados a priori, muitas vezes tornam-se aprisionadores? c) Em que medida a noção de que é 
necessário iniciar o trabalho a partir de métodos pré-estabelecidos não é mais um eco da perspectiva positivista de 
ciência, ou ainda um modo de garantir a cientificidade de nossas práticas?d) Quais são as dimensões éticas implícitas 
nos posicionamentos que assumimos? Outras abordagens que discutam a ampliação das fronteiras da psicologia 
soĐialàŶuŵaàpeƌspeĐtiǀaàĐƌítiĐaàtaŵďĠŵàseƌĆoàaĐeitas.àOàgƌupoàdeàtƌaďalhoàestĄàŶoàeidžoà͞PsiĐologiaà“oĐial:àƋuestƁesà
teóricas e metodológicas na pesquisa produção de conhecimentos,à e/ouà iŶteƌǀeŶçƁes͟à poƌƋueà espeƌaŵosà podeƌà
contribuir no debate sobre o diálogo interdisciplinar na produção de conhecimentos e na construção de intervenções 
e projetos que possibilitam o enfrentamento das questões sociais e políticas do cotidiano. Esperamos também 
problematizar as limitações impostas pelas divisões disciplinares, bem como a importância de reconhecer a ética que 
orienta os trabalhos coletivos. Esse GT está intimamente relacionado ao tema do encontro já que busca reunir 
pessoas de diversas áreas que utilizam a psicologia social para dar respostas aos desafios que temos vivenciado no 
Brasil ao longo do tempo. Em nosso país temos acompanhado uma exacerbação do conservadorismo e do liberalismo 
político e econômico que amplia as desigualdades e os processos de exclusão, onde a ênfase está na regulação dos 
iŶdiǀíduos,àŶaàpƌesĐƌiçĆoàdeà͞ĐoŵpoƌtaŵeŶtosàsoĐialŵeŶteàaĐeitos͟àeàeŵàestƌatĠgiasàpaƌaàfoŵeŶtaƌàoàliǀƌeàŵeƌĐadoà
que estão muito associadas a manutenção dos ciclos de consumo. Propomos buscar teorias e métodos que 
reconheçam, a importância de ações coletivas para garantir o respeito a diversidade, a multiplicidade de formas que 
os problemas assumem no cotidiano, as sociabilidades e materialidades que estão presentes nos locais que atuamos. 
Acreditamos também que as teorias e métodos possam fortalecer e ampliar os diálogos entre os diversos saberes, 
bem como fomentar o empoderamento e a auto-organização de pessoas, grupos e comunidades e contribuir na 
construção de um país menos desigual e mais justo. Nesse contexto esperamos que esse grupo de trabalho seja um 
espaço de construção coletiva de conhecimentos. 
 
 
69 
Violência contra meninas em situação de rua: exclusão e invisibilidade 
Autor: Alana Anselmo Carneiro, UFPE; Itamar Sousa de Lima Junior, CRP02-PE 
E-mail: alana-only@hotmail.com 
 
Resumo: Introdução 
Este trabalho parte da experiência prático-teórica de uma equipe multiprofissional (Assistente Social, Educador Social 
e Psicólogo) com vistas a problematizar as diversas formas de violências sofridas por meninas em situação de rua na 
Cidade do Recife. Partimos da noção que é de crucial importância garantir um mínimo necessário para a dignidade 
humana, observando as situações que podem configurar violência, como é o caso de crianças e adolescentes em 
situação de rua, à margem de qualquer proposta digna de subsistência cultural e material: a situação de rua para 
meninos e meninas, em si. Uma forma cruel de violência, na maioria das vezes invisibilizada pela sociedade. 
A violência como um produto histórico de toda humanidade, perpassando todas as classes sociais, reflete a 
construção desigual das relações humanas e sociais; violência não entendida, como ato isolado, psicologizado pelo 
descontrole, pela doença, pela patologia, mas como um desencadeador de relações que envolvem a cultura, o 
imaginário, as normas, o processo civilizatório. 
Consequentemente é importante observar os impactos da persistência dos casos de violência, em primazia, ao 
retratar a violência ao gênero feminino, arraigada pela cultura patriarcal e exacerbada pelos processos de exclusão 
social. Assim, nas ruas os direitos das crianças e adolescentes são mais precários, acabam privadas de seus mais 
básicos direitos, estão mais suscetíveis à violência contra si como o uso das substâncias psicoativas, às agressões 
físicas, ao abuso sexual e a problemas de saúde decorrentes da dura sobrevivência. Desta feita, na rua a rotina, a 
família, o espaço, a alimentação, os pares das jovens mudam de sentido e de forma. A trajetóriadestas meninas 
geralmente se inicia na mendicância, passa pelas pequenas vendas nos sinais de trânsito, até chegar à exploração 
sexual. Neste contexto, as crianças e adolescentes em situação de rua, especificamente as meninas, tornam-se mais 
suscetíveis a se transformarem em mercadoria, propiciadas às diversas formas e manifestações da violência que ainda 
predomina até os dias atuais. 
A exploração, então, se constitui para estas crianças e adolescentes como uma alternativa de fonte de renda para 
conseguirem sobreviver nas ruas das cidades brasileiras, que vem acompanhada de outras problemáticas como o 
crescente consumo de drogas, intensificando o fenômeno de exploração sexual destas garotas, pois à medida que vão 
se tornando usuárias de drogas, o que ganham com a exploração serve para sustentar o uso dos entorpecentes, ou 
seja, um sistema que se retroalimenta e perpetua o circuito da violência sexual desse público específico. 
Partindo da percepção da equipe, percebemos a rua como palco de variadas expressões de violências que se 
encontram entranhadas no cotidiano das meninas, denunciando um Estado descumpridor da garantia de direitos; e 
promotor das fragilidades da rede de proteção que deveria prestar serviço integralizado e intersetorial; mas que ao 
invés disso parece desconhecer que por trás de cada uma destas meninas exploradas existe uma família desamparada 
em suas condições de subsistência e segurança. 
Apesar de tal cenário temos encontrado poucas discussões sobre a temática, o que nos faz avaliar que os níveis de 
exclusão são estruturantes, reverberam mais no gênero feminino e na extrema pobreza. 
Objetivo geral: Compreender a experiência de violências contra meninas em situação de rua. 
Objetivos específicos: Colher e tecer as narrativas das meninas em situação de rua; refletir sobre violações frente a 
crianças e adolescentes em situação de rua. 
Metodologia 
Partindo de uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo pesquisa intervenção, são realizadas intervenções 
socioeducativas, facilitadas por atividades lúdico-pedagógicas com meninas atendidas por uma ONG da cidade do 
Recife. Onde impressões são colhidas em diários e debatidas em equipe multiprofissional. 
Resultados 
 
70 
Os relatos colhidos e as reflexões em equipe desvelam uma violência estruturante da condição das crianças e 
adolescentes em situação de rua; temos percebido a rua como mais um agente violador, mas não como o gerador da 
exclusão. Crianças e adolescentes e suas famílias são vítimas de um Estado de exceção. 
Conclusões 
As observações revelam que algumas adolescentes na cidade do Recife vivenciam diversas formas de violência, com 
mais frequência a doméstica, depois o abandono, a exploração, entre outras; tornando-as vítimas da violência 
estrutural, delineada na falta de condições mínimas de sobrevivência no seio familiar e comunitário. Uma vez na rua, 
e as meninas são vitimizadas na exploração sexual, ainda que o corpo seja apenas uma estratégia de sobrevivência 
para atender às necessidades básicas e do uso de drogas; dentro de um cenário marcado pela mais desumana 
violência: a invisibilidade advinda do capitalismo. 
Cabe-nos salientar que, sem o controle social e a efetivação de uma política de Estado condizente com as garantias 
instituídas em leis como o ECA, os desafios serão insuperáveis no enfrentamento desta realidade brasileira, trazendo 
por consequências nódoas que permanecerão vivas nas vidas das meninas vítimas da subjugação dos seus corpos e 
almas. 
 
 
71 
Visita domiciliar: construindo narrativas a partir do encontro com as famílias em suas residências 
Autor: André Lemos de Souza, UFU; Paula Cristina Medeiros Rezende, UFU 
E-mail: lemosandrepsi@gmail.com 
 
Resumo: As visitas domiciliares são utilizadas por diversos profissionais da saúde e objetivam ampliar a visão e a 
escuta dos profissionais a fim de criar proximidade entre os mesmos e as famílias. A visita possibilita acessar o 
contexto cotidiano daquele para quem está sendo oferecido o serviço e seus familiares, ademais, abre caminhos para 
intervenções junto à rede social dos envolvidos, na medida em que o profissional que visita passa a conhecer também 
o contexto de vida de seu paciente. Assim, há diversas maneiras de se realizar uma visita domiciliar e se deixar 
sensibilizar para detalhes que produzem desdobramentos importantes. Um olhar cuidadoso e atento pode dar realce 
ao entorno do domicílio, as singularidades das histórias, os afetos que perpassam a estrutura do lugar, a composição 
dos móveis, os espaços vazios, os cheiros, sons e iluminação. Esse conjunto de pormenores compõe um estilo de vida 
próprio, aponta significados e revela contradições e confirmações sobre as narrativas que produzem esses sujeitos. 
Este trabalho tem por objetivo refletir sobre os registros escritos por psicólogos, a partir da experiência de uma visita 
domiciliar, analisando as diferentes narrativas e seus desdobramentos. A residência visitada pertencia à família de 
duas crianças, irmãos que frequentavam uma ONG localizada em um bairro de periferia da cidade de Uberlândia, que 
recebe crianças e adolescentes, entre sete e dezesseis anos, no contra turno da escola, oferecendo diversas atividades 
artísticas e esportivas. O objetivo da visita era, inicialmente, compreender os sentidos produzidos pelas famílias sobre 
a ONG. Após a realização da visita efetuada por dois psicólogos, cada um deles registrou os caminhos percorridos e as 
observações singulares sobre a prática. A análise dos dois relatos possibilitou reflexões sobre como construímos 
realidades a partir das nossas descrições. 
Nessa perspectiva, várias histórias podem ser contadas sobre um mesmo acontecimento, construindo diversas 
verdades. A apropriação dos registros de maneira reflexiva enfatiza especialmente que não é neutro o lugar escolhido 
por um profissional de psicologia, quando se decide realizar uma visita, atendimento, intervenção. Perceber este lugar 
de não neutralidade impulsiona a reflexão: o que está sendo construído quando se escolhe contar uma determinada 
estória? Porque se escolhe narrar alguns fatos em detrimento de outros? Quem se beneficia? Quem perde? Como os 
relacionamentos que são produzidos com um determinado sujeito se transformam quando contamos sobre ele uma 
história diferente? Um dos relatos, em formato de poesia, traduz os sentimentos e afetações vivenciadas por um dos 
autores do trabalho no contato com aquela família. Esse formato ganha relevância, pois realça a multiplicidade de 
formas de se narrar uma experiência, acentuando características diferentes das que aparecem em um relato formal. 
Outro ponto interessante é discutir sobre a utilização dos relatos como forma de interlocução junto à instituição. 
Juntamente com outras avaliações e intervenções os registros puderam compor um conjunto de disparadores que 
alimentaram uma conversa transformadora junto à equipe. Deste modo, ressalta-se a importância e o cuidado que 
devem ser tomados ao escrever sobre algo ou alguém e atentar-se para a relevância e a força que possui nossas 
construções narrativas é um caminho para construir pesquisas, relatos e reflexões mais responsáveis. 
 
 
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GT 04 | A Psicologia Social na Saúde: práxis, interfaces e perspectivas para a democracia 
 
 
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A experiência de interdisciplinaridade a partir da imersão no programa Vivências e Estágios na Realidade do Sistema 
Único de Saúde (VER-SUS) 
Autores: Mônica Simon Viecili, UNIVALI; Eduardo Kilian Santos da Silva, UNIVALI; Raquel Ghizoni Argenta, UNIVALI; 
Samira Tellecher Riquelme, UNIVALI; Thiago Costa, UNIVALIE-mail dos autores: monicaviecili@gmail.com, 
duca_kilian@hotmail.com, thiiagoc92@yahoo.com.br, raquelg.argenta@gmail.com, samiratellecher01@gmail.com 
 
 
Resumo: "Introdução: O presentetrabalho discorre acerca das vivências no Sistema Único de Saúde brasileiro a partir 
da imersão de quatro acadêmicos de Psicologia, no programa Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de 
Saúde (VER-SUS), desenvolvido pelo Ministério da Saúde. Este programa visa proporcionar conhecimento e 
aprendizado na realidade do SUS, além de oportunizar, aos estudantes de diversas áreas da saúde, momentos de 
reflexão e discussão, com o intuito destes poderem conhecer os desafios que se encontram na prática de atuação. 
Objetivos: Discutir a importância da interdisciplinaridade em programas de vivências nas realidades do Sistema Único 
de Saúde para acadêmicos, em sua formação profissional e nas formas de atuação, a partir da experiência de duas das 
edições do VER-SUS. Orientação teórica: O programa VER-SUS tem como principal característica aproximar o 
acadêmico, que se encontra apenas em sala de aula, aos princípios e realidades do SUS, assim, como discute Mendes 
et. al. (2012), permitindo a construção de um compromisso entre os participantes do programa com a luta pelo SUS, 
fazendo com que estes busquem desenvolver seu papel como profissional e cidadão na construção em movimentos a 
favor do mesmo e também amplia o olhar dos acadêmicos, reforçando práticas profissionais interdisciplinares e 
intersetoriais. Além disso, este projeto permite a ampliar a formação do acadêmico, propiciando a aplicação de 
saberes adquiridos na inserção e em sala de aula, em um contexto de trocas horizontais com os demais envolvidos. 
Método: As vivências ocorreram na cidade de Blumenau e na região da Foz do Rio Itajaí, no estado de Santa Catarina, 
tendo a duração de quatro e sete dias, com a imersão total em todos os níveis de atenção de serviços ligados ao SUS. 
Inicialmente houve uma espécie de formação, a fim de se familiarizar mais com a proposta, por meio da participação 
no Conselho Municipal de Saúde de Itajaí e a visita ao grupo do MST existente na região, possibilitando o primeiro 
contato com uma realidade distinta da inserção em questão, que é muitas vezes esquecida nas práticas de saúde 
pública. Em seguida, foram divididos grupos contendo graduandos de distintas áreas de atuação em saúde, entre 
outras, que eram inseridos em múltiplos cenários e contextos do SUS. As vivências ocorriam por toda a manhã e tarde, 
sendo que à noite aconteciam trocas de experiências entre os grupos, que relatavam a realidade observada e 
problematizada, bem como seus déficits e principais pontos positivos encontrados, por meio de dinâmicas de grupo e 
produções artísticas. Dessa forma, todos os participantes puderam, de certa modo, conhecer os locais de vivências, 
seja pela sua própria experiência ou pelos relatos dos demais. Resultados: Percebe-se que o VER-SUS estimula seus 
participantes a se organizarem social e politicamente, pois ao se deparar com sujeitos que possuem formas distintas 
de perceber, significar, ressignificar e apreender as vivências, através de suas próprias, o debate e construção não 
apenas profissional, mas também pessoal, se torna presente. Percebeu-se também, que a apropriação sobre o 
funcionamento do SUS se fez presente em diversos participantes das imersões, pois possibilitou o rompimento de 
percepções pré-estabelecidos acerca desse Sistema, e a melhor compreensão da importância da participação em 
movimentos sociais em prol do mesmo. Conclusão: A atuação em programas de vivências contribui para a formação 
de forma ética, política e técnica, pois auxilia a derrubar estereótipos e possibilita a realização de crítica e autocrítica 
entre os envolvidos. Além disso, influencia as práticas presentes e futuras dos profissionais das áreas que contempla, o 
que se reflete pelo comprometimento com a saúde pública, e acima disso, coletiva. Atualmente percebe-se que 
diversas formações de áreas da saúde estão voltados à saúde pública, porém apenas isto não garante a formação de 
profissionais competentes e dispostos a atuarem nesta área, desafiadora e ainda fragilizada. Assim, tendo em mente a 
interdisciplinaridade, vale ressaltar que a necessidade de sua existência neste contexto deve ir além de uma imposição 
a ser cumprida em resposta às resoluções que orientam as ações no SUS. Com isso, intenciona-se tal prática de modo 
a poder, de forma mais condizente, abranger as necessidades, realidades e complexidades dos usuários. Para tal, 
dividir o mesmo espaço físico com profissionais de diferentes formações não necessariamente torna um serviço de 
saúde interdisciplinar, sendo que para tal, uma relação não-hierárquica de saberes, a abertura à diversidade, a atuação 
a partir de uma visão crítica, mas também, autocrítica, percebendo e reconhecendo possíveis reproduções de 
discursos e práticas que reforçam ações institucionalizantes e hospitalocêntricas no Sistema se fazem necessárias. 
Assim, propicia-se a criação de uma cultura de trabalho interdisciplinar e intersetorial, objetivando um SUS cada vez 
mais fortalecido e ampliado. 
 
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Referência: MENDES, Flavio Martins de Souza et al. Ver–Sus: Relato de Vivências na Formação de Psicologia. 
Psicologia: Ciência e Profissão, Online, v. 32, n. 1, p.174-187, jan. 2012. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/pcp/v32n1/v32n1a13>. Acesso em: 12 jul. 2017." 
 
 
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A práxis (trans)formativa dos profissionais de psicologia na Residência em Saúde da Família do Ceará 
Autores: Esequiél Pagnussat, UFRN; Fernanda Cavalcanti de Medeiros,UFRN; Pedro Renan Santos de Oliveira, UECE; 
Thais Helena Ramos Queiroz Mourão, UECE 
E-mail dos autores: esequiel.pagnussat@yahoo.com.br, pe_renan@yahoo.com.br, thais.helena1401@gmail.com, 
fernandacmedeiros@gmail.com 
 
Resumo: "A partir da criação, abertura e aumento de serviços e programas no campo das políticas sociais 
principalmente na saúde e assistência social, os profissionais de psicologia puderam se inserir. Contudo, esse ingresso 
revelou algumas contradições acerca da profissão, como os métodos e técnicas historicamente construídos e 
empregados. Além disso, questionou-se as formações em psicologia pelo seu deslocamento com a realidade das 
políticas sociais e descontextualização com as necessidades da população. Dentre as possibilidades teórico-
metodológicas e técnico-práticas no campo da APS, observa-se que os aportes da Psicologia Social possuem afinidade 
com os pressupostos do SUS. 
A Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) pode ser considerada a principal experiência que modificou a 
formação-atuação alinhadas as diretrizes do SUS. Sua proposta educativa tem como objeto as necessidades de saúde 
da população nos seus contextos locais e regionais, que propendem a transformação da realidade, metodologias, 
práticas, profissões e paradigmas em saúde. Além disso, questiona-se práticas e saberes cotidianos, que através de 
diferentes estratégias pedagógicas intersecciona formação e trabalho. A Residência Integrada em Saúde (RIS) da 
Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), destaca-se por ser o maior programa de RMS do estado e um dos maiores 
do país. O programa possui 11 ênfases e desde 2014 oferta 347 vagas por turma. Entre 2013 e 2017, formou-capacitou 
pelo trabalho em ato, 133 profissionais de psicologia. 
As categorias trabalho e prática, remete ao conceito de práxis. O entendimento de práxis, sustenta-se na concepção 
dialética de mundo (ontologia) da teoria e epistemologia marxista, ou seja, do princípio explicativo utilizado para 
orientar o processo de conhecimento da realidade, de sua axiologia (teoria da ação) e da sua antropologia (noção de 
homem), em que a realidade é uma totalidade movida por contradições que expressa a síntese entre ser-pensar, 
objetivo-subjetivo, sujeito-objeto, estrutura-superestrutura. 
O objetivo do estudo foi analisar a práxis formativa dos psicólogos da Saúde da Família (2015-2017) da RIS. Utilizou-se 
a metodologia baseada na sociopráxis, centrando-se

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