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Aula GESTAÇÃO RISCO

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GESTAÇÃO DE RISCO
Profª Drª Cíntia de Menezes Fernandes Bernal
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A família diante do bebê que está a caminho
Transformações
Expectativas
Novas rotinas, novos papéis 
Momentos de preparo e cuidado
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Dinâmica afetiva
Todas as mães sonham dar a luz a um bebê sadio e bonito
A possibilidade do nascimento de um bebê doente ou prematuro é um evento traumático para os pais e familiares 
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Dinâmica afetiva
Confronto com a perda
do filho idealizado 
Reações que vão da negação à aceitação
Busca de respostas e explicações, e 
Culpa
O que exige atenção ampliada da equipe de saúde
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GESTAÇÃO DE RISCO
Qualquer gravidez na qual exista um fator materno ou fetal comprometendo sua evolução normal
Identificação precoce e acompanhamento pré-natal: diminuição da morbidade e mortalidade materno-infantil
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FATORES EXTERNOS
1. Nutrição e desenvolvimento anormal do feto:
 Bebês prematuros, RN de baixo peso e com retardo do crescimento intra-uterino (RCIU)
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Subnutrição ou desnutrição materna: baixo peso RNT, defeitos formação tubo neural
Deficiências de ferro, zinco, ácido fólico: não fechamento do tubo neural – meningocele ou mielomeningocele
Deficiências de cálcio ou magnésio: hipocalcemia e hipomagnesia
Excesso de cálcio ou magnésio: hipercalcemia (depósitos de cálcio no cérebro/órgãos)
Deficiência de Vitamina D: raquitismo fetal
FATORES EXTERNOS 
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FATORES EXTERNOS
2. Efeito de drogas e similares
Síndrome de Abstinência no RN (drogas depressoras do SNC): abalos, irritabilidade, choro excessivo, inquietação, Moro, hipercinesia, hipertonia, regurgitações, espirros, fungações, taquipnéia, fezes soltas, sucção voraz pouco eficiente, sudorese e sono irregular
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FATORES EXTERNOS
Outras drogas com efeitos teratogênicos: 
 Talidomida (agenesia de membros) Cortisona (fendas palatinas)
RX e similares: microcefalia, hidrocefalia, anoftalmia e catarata, mutações genéticas com prováveis anomalias cerebrais nas futuras gerações
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Anormalidades Faciais:
Fenda Labial
Fenda Palatina 
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DOENÇAS MATERNAS
alterações
infecções
Outros fatores 
anomalias congênitas genéticas 
distúrbios neurológicos do RN 
prematuridade/baixo peso 
 
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DOENÇAS MATERNAS
1. HIPERTENSÃO AGUDA (pré-eclâmpsia)
 Após a 20ª semana, mas a maior incidência ocorre após a 34ª semana 
 
Sinais: edema, aumento exagerado do peso, elevação da P.A., seguidos de complicações renais e crises convulsivas. Requer pré-natal cuidadoso, com orientação alimentar, medicamentosa e de repouso
Emergência Obstétrica: sofrimento fetal, parto antecipado
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DOENÇAS MATERNAS
2. SENSIBILIZAÇÃO SANGUÍNEA: fator Rh 
Doença hemolítica - sensibilização após a penetração de células fetais na circulação materna. Resultado: hemólise (destruição das hemácias fetais) com diferentes graus de anemia fetal; antecipação do parto; icterícia e exsanguíneotransfusão
 
Teste Combs: mensalmente em multíparas para o diagnóstico da doença hemolítica – presença de anticorpos sanguíneos na circulação materna.
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DOENÇAS MATERNAS
3. INFECÇÕES CONGÊNITAS:
importantes causas de morbidade e mortalidade no período neonatal, as infecções acometem cerca de 20% dos RN, podendo levar a graves danos ao feto. 
Transmissão vertical - a contaminação e infecção fetal ainda in útero por via hematogênica ou via ascendente na vigência de rotura das membranas, ou ainda durante o trabalho de parto. 
 As manifestações infecciosas no RN são variáveis, dependendo do agente e da época em que ocorrem
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DOENÇAS MATERNAS
AIDS: a infecção pelo vírus HIV causa falhas no sistema imunológico do organismo. A soropositividade em bebês com idade inferior a 15m não confirma a infecção 
 CUIDADOS: Evitar/diminuir os riscos de contaminação (prevenção, aleitamento materno somente após sorologia materna negativa, triagem de mães doadoras de leite para bancos de leite) ou acidentes profissionais (manipulação com luvas)
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DOENÇAS MATERNAS
TRANSMISSÃO: 30% por contaminação vertical
Intraparto: possibilidade de transfusão no trabalho de parto e exposição por deglutição de sangue materno e secreções vaginais
Pós-parto: aleitamento materno
Filhos pais HIV/grupo de risco – exames com 3 e 6 meses de vida – acompanhados até 2 anos
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DOENÇAS MATERNAS
TOXOPLASMOSE: infecção crônica produzida pelo parasita Toxoplasma Gondii
Pode determinar prematuridade e BP, RDNPM, deficiência auditiva, graves prejuízos visuais e alterações no SNC
Geralmente há áreas de necrose no cérebro, as quais podem sofrer calcificações
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DOENÇAS MATERNAS
PROBABILIDADES DE SEQUELAS:
até 3º mês: 0 – 15% podem apresentar graves malformações
entre 3º e 6º mês: 15 – 60%
acima 6º mês: 90% grande chance s/ alteração 
A mãe recebe tratamento durante a gestação (espiramicina), mas ainda fica com 60% chance de passar para o feto
ANÁLISE DO FETO: líquido amniótico ou sangue fetal
bebês tratados após o nascimento mesmo
s/ sinal infecção – previnir coriorretinite (1ª infância até adolescência)
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DOENÇAS MATERNAS
RUBÉOLA CONGÊNITA: doença viral benigna, aguda e altamente contagiosa 
Contraída no 1º trimestre de gravidez causa lesões fetais em grande parte dos fetos
Podem ocorrer alterações oftalmológicas, auditivas, BP, alterações cardíacas, renais, ósseas, distúrbios endócrinos, icterícia, fenda palatina, convulsões, DM e alterações no SNC
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DOENÇAS MATERNAS
Infecção materna aparente ou não pode infectar o bebê
Freqüência das malformações:
primeiras 4 semanas – 50% 
2º mês – 30% 
3º mês – 20% 
4º mês – 5% 
após o 5º mês – risco praticamente nulo
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DOENÇAS MATERNAS
CITOMEGALOVIRUS: doença viral que pode ser transmitida ao feto verticalmente ou ao neonato através de aleitamento materno, transfusão de hemoderivados e também pelo contato com portadores do CMV
 
Acarreta: Prematuridade, microcefalia e hidrocefalia, calcificações cerebrais, defeitos oculares, deficiência auditiva e outros
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DOENÇAS MATERNAS
A infecção por CMV persiste como doença crônica, ativa por vários anos após o nascimento – ouvido médio e SNC 
Acarreta:
75% ADNPM 
20% DV 
50% DA até 14 anos de idade
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DOENÇAS MATERNAS
SÍFILIS: doença infecciosa (Treponema Pallidum) que pode ser passada para o feto por transmissão transplacentária em qualquer fase da gestação
Acarreta: lesão cerebral, com prematuridade, BP, hidrocefalia, hepatoesplenomegalia, alterações oculares, RCIU, meningoencefalite e outros
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DOENÇAS MATERNAS
HERPES SIMPLES: doença quase sempre fatal quando nas formas disseminadas, afetando o RN nas primeiras semanas de vida. Nas formas localizadas pode instalar-se no SNC levando a seqüelas graves (hidrocefalias, RDNPM, PC)
A transmissão transplacentária antes do parto é rara, a contaminação ocorre através do trato genital, no ato do nascimento, pelo contato com secreções vaginais ou pela infecção ascendente que se segue à rotura das membranas
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Outros Fatores
1. Anomalias Genéticas 
 
 Síndrome de DOWN (1 em 800 RN), com estimativas que ultrapassam cem mil brasileiros com a síndrome atualmente (Projeto Down –1987)
 Miopatias
 
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Outros Fatores
2. Distúrbios Neurológicos do RN 
Hidrocefalia: dificuldades na circulação do líquor no sistema ventricular ou no espaço sub-aracnóideo. Determina um crescimento craniano superior aos 2 cm fisiológicos do 1º mês. 
Meningocele: protusão constituída por meninges e líquor, com bom prognóstico
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Outros Fatores
3. Trauma Obstétrico no SNC
Relacionado a fatores mecânicos durante o parto (compressão, distorção ao amoldamento e à tração). Causa importante de Paralisia Cerebral, pode ocasionar hemorragias intracranianas, privaçãode O2 e lesão no SNC
 
4. Hemorragias Intracranianas (HIC)
Associam-se muitas vezes a traumas mecânicos e à prematuridade (fragilidade vascular)
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Outros Fatores
5. Lesões Periféricas 
a- Paralisia Facial Periférica: devido a ação de fórceps ou à pressão da face contra a pelve, evolui normalmente para a cura
b- Paralisia Braquial: decorrente de lesão do plexo braquial 
 Paralisia Superior - mais freqüente, lesão das raízes cervicais C5 e C6 
 Paralisia Inferior - lesão das raízes C8 e T1 
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Outros Fatores
6. Icterícia Neonatal
Causada por um aumento dos níveis de BI, 2/3 dos RN apresentam icterícia fisiológica visível nos primeiros dias de vida (5-10 dias)
Complicações: Encefalopatia bilirrubínica,
encefalopatia nuclear ou Kernicterus - intoxicação aguda pela BI, que é capaz de penetrar nos tecidos e impregnar o SNC (gânglios da base, cerebelo, hipocampo, bulbo e núcleos subtalâmicos) 
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Outros Fatores
Níveis não muito elevados de BI – icterícia fisiológica (benigna), ocorre em torno 3º dia, com pico no 5º. Desaparece em torno de 10 dias 
RNPT início precoce
Progressão céfalo - caudal 
Tratamento: fototerapia
Intoxicação aguda BI (hiperbilirrubinemia) – exsanguíneotransfusão
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PRESSUPOSTOS DA INTERVENÇÃO
Planejamento de políticas públicas voltadas à saúde materno-infantil 
Melhores condições de vida mais saúde
Programas de acompanhamento de bebês de risco com a atenção terapêutica multidisciplinar
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