Buscar

ARQUITETURA DE DEFESA NO BRASIL COLONIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE BRASILEIRA – UNIVIX
curso dE ARQUITETURA E URBANISMO
	
ERIKA ALMEIDA
GHEISLA SOARES
LAURA NEFFA
LARISSA VILASCHI
MARIANA MARIM
PRISCILA ARMANI
raissa fantin
ARQUITETURA DE DEFESA NO BRASIL COLONIAL
Vitória
2013
FACULDADE BRASILEIRA – UNIVIX
curso dE ARQUITETURA E URBANISMO
ERIKA ALMEIDA
GHEISLA SOARES
LAURA NEFFA
LARISSA VILASCHI
MARIANA MARIM
PRISCILA ARMANI
raissa fantin
ARQUITETURA DE DEFESA NO BRASIL COLONIAL
Estudo de caso apresentado à docente Tatiana Casado como trabalho da disciplina História da arte e arquitetura no Brasil do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Brasileira.
Vitória
2013
SUMARIO
INTRODUÇÃO........................................................................................04
2.1. CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA COLONIAL.........................05
2.2. UM OLHAR CLAUSTRÓFILO...............................................................07
3. ICONOGRAFIA........................................................................................08
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................11
4. REFERÊNCIAS.......................................................................................13
INTRODUÇÃO
O período colonial no Brasil, historicamente, começa a partir da chegada de Pedro Álvares Cabral em 1500 e tem seu fim em 1822. Devido a essa presença lusitana, são encontradas características da arquitetura europeia na colônia. Os estilos europeus foram adaptados as condições locais, tornando-se mais ricos. Muitas vezes os estilos se confundiam devido a transição, o que gerou inúmeros debates entre historiadores.
O texto trata principalmente do legado arquitetônico brasileiro encontrado no Nordeste e Sudeste do país e em construções militares. Estuda "(...) o caráter de defesa, herdado da não muito distante Idade Média" (p. 175). 
2.1. CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA COLONIAL
Os portugueses não possuíam interesse mercantil no território da colônia por quase três décadas. Somente partir da criação das capitanias hereditárias que de fato começaram as atividades arquitetônicas no Brasil. Nessa época, início do século XVI, foram fundadas Olinda e São Vicente. Salvador é de 1549 e possui marcantes características do estilo medieval. 
José de A. C. Custódio destaca a existência de duas construções baianas historicamente importantes. Sendo uma delas o único castelo feudal na América, Castelo Garcia D’Ávila, na Praia do Forte com obras iniciadas em 1551 e, a outra, o Mosteiro de São Bento de Salvador, 1582. Nos dias de hoje, "o soteropolitano foi totalmente cercado pela cidade. Não faltaram, aliás, tentativas do poder secular de derrubá-lo, mas ele sempre resistiu." (p. 178). Mesmo localizados entre cidades, tráfego e multidões, os mosteiros ainda se conservam como locais silenciosos e de atividades espirituais.
A situação também ocorre com diversas fortificações coloniais, que se tornaram atrações turísticas. Muitas foram, assim como os mosteiros, sufocadas pelo crescimento das cidades. Há exemplos em Salvador, Rio de Janeiro e Recife. Segundo Tirapeli (2006, p.13), 
"Para defenderem a nova terra contra invasores e índios, os portugueses construíram fortalezas em vários pontos da costa litorânea. Muitas delas resistiram ao tempo e ainda podem ser conhecidas de perto. Salvador, a antiga capital colonial, é a cidade com o maior número de fortificações, que estão ao redor da Baía de Todos os Santos. Devido à proximidade com os espanhóis, a
ilha mais fortificada é a de Santa Catarina, onde hoje está a cidade de Florianópolis. No litoral paulista também existem muitos fortes, e em Bertioga está o mais antigo deles, chamado São João, onde Hans Staden serviu aos portugueses em 1537. Entretanto, a maior fortaleza do Brasil não fica no litoral, mas sim em Rondônia, e se chama Real Forte do Príncipe da Beira. Situada na margem direita do rio Guaporé, foi construída a mando do Marquês de Pombal,
na segunda metade do século 18, para marcar a fronteira portuguesa na Amazônia."
O autor afirma que "fortificações, igrejas e conventos eram aspecto determinante e essencial na paisagem urbanística colonial. As fortalezas ficavam em pontos elevados da encosta e frequentemente em uma necessária passagem de embarcações. Não raro eram as construções que formavam um complexo de defesa." (p. 179)
As construções religiosas eram construídas usualmente em locais altos, com intuito de sinalizar ao inimigo um sentido espiritual. Existem exemplos em todo o Brasil, mas o melhor deles é o Convento da Penha, Vila Velha. Toda igreja com este nome está situada num local muito alto, já que Penha vem de penhasco.
No período colonial, a maioria dos primeiros arquitetos eram religiosos e militares. Também existiam aqueles de conhecimento prático, havendo assim uma contribuição com conhecimentos de todos para as obras de edifícios arquitetônicos coloniais, militares e eclesiáticos. Grande parte dos construtores religiosos vieram com os jesuítas nas Grandes Navegações, depois os beneditinos com os Mosteiros e franciscanos com igrejas com grande cruz na frente. 
Como citado no texto, Frei Galvão (1739-1822), foi um franciscano natural de São Paulo, Guaratinguetá, que tornou-se exemplo dessa tradição encontramos o projeto do Mosteiro da Luz, o que o tornou padroeiro dos arquitetos e construtores.
Vale ressaltar as características daquela época, como citado no texto:
“As primeiras igrejas construídas no Brasil possuem fachadas simples no chamado ‘estilo chão’ (...) preferência por linhas geométricas simples e o estilo maneirista (...)”. p180 pr2
Sendo assim, segundo o livro História da Arte (2008, p11), a arquitetura maneirista cumpre um propósito mais funcional, diminuindo todo aquele valor estético. 
Na arquitetura maneirista há predominância das linhas quadrangulares e retas, presença de azulejos, tratando-se de ser funcional, como já citado, e econômico, pois se tratava de um território jamais explorado e muito propenso a invasões. Com isso, ostentar não cabia ao contexto daquela arquitetura. Temos como exemplo então a Igreja da Misericórdia ou a da Graça.
A respeito do local a ser escolhido para as construções das Igrejas, há uma citação no texto de Tenório Almeida e Dantas que define o sítio usado para essas construções: 
“Por uma questão estratégica (...) costumava ser uma edificação natural e ampla, com espaço largo para formação de uma praça”. p181 pr2 
Os conventos, na maioria das vezes eram de estilo barroco, ao contrário das Igrejas daquela época. O barroco era o estilo da Contra Reforma, por isso suas formas tão sinuosas e exageradas, por isso também o uso de muito ouro, para que a Igreja Católica pudesse mostrar o seu poder e a sua ligação com o divino.
Haviam os claustros, onde os religiosos podiam se refugiar das tentações e se concentrar nos estudos bíblicos e orações. Os muros e paredes serviam de proteção contra os inimigos daquela época, que tanto podiam se refugiar na igreja devido as invasões ou até mesmo as fortes tempestades.
No Brasil, o maneirismo era prático e funcional: 
“O importante era demarcar o espaço (...) o barroco teve espaço para se
projetar livremente. De um lado, exibiu grandeza e ostentação. Mas,
de outro, não deixava de advertir sobre o constante perigo das
tentações do mundo material, das heresias de povos protestantes, da fugacidade da vida terrena e das promessas de salvação para o espírito vigilante e fiel.” P182 pr5
Notamos uma grande semelhança entre a arquitetura militar e as muralhas e paredes usadas nos conventos. Os fortes foram construídos em forma de estrela ou então de forma quadrangulares, podendo sofrer algumas alterações de acordo com o relevo do sítio escolhido.
“Quase todos os fortes ficam em solo firme, mas uma exceção deve
ser apontada:o Forte de São Marcelo, na Baía de Todos os Santos, a
cerca de 300 metros da praia. É do século XVII e o único em formato
circular em todo o Brasil, tendo sido inspirado, afirmam alguns, na Torre
do Bugio (foz do rio Tejo, Portugal).” P184 
Por fim, podemos concluir que todas as regiões do Brasil possuem fortificações, mesmo não sendo tão populares.
2.2. UM OLHAR CLAUSTRÓFILO
Existem milhares de fotografias dos monumentos históricos citados no decorrer do artigo. É importante que se tenha em mente a mensagem que será transmitida pela foto, para que seja capaz de traduzir o que a arquitetura daquele local significou. 
Um olhar claustrófilo “trata-se da busca de signos de solidez, força eperenidade. Alguns ângulos ou detalhes nem permitem identificar facilmentea construção a que se refere, e é necessária a legenda. Mas ilustram compropriedade a reflexão sobre o estilo arquitetônico e sua função deproteção e defesa.” (p. 185). 
Na figura 1, o Convento da Penha, localizado em Vila Velha (ES), foi retratado de um ângulo que transmite a sensação de fortaleza e grandiosidade, transmitindo um sentimento de inferioridade, e ao mesmo tempo, de proteção, ao observador. 
As Figuras 2 e 4 trazem imagens de dois conventos, mas com uma visão diferente, mostrando o claustro do Convento de São Francisco (PE) e do Convento de Santo Antônio (PB), um lugar reservado, pequeno e com sua única abertura voltada para o céu. “As paredesenegrecidas e as sombras nos dois pisos acentuam a sensação de estarnum lugar antigo e apertado, sem saída a não ser para o alto.” (p. 185).
As figuras 5 e 7 mostram dois fortes, um em Florianópolis e outro em Salvador, percebe-se que o foco era mostrar que ambas possuíam pequenas aberturas que possibilitavam que os vigias ocupassem seu posto com segurança.”Dentro da guarita, o vigia nãopode ser visto nem atingido”.(p. 189)
A figura 6 mostra a Igreja da Misericordia, Porto Seguro (BA), que por suas paredes espessas e poucas aberturas também servia refugio caso fosse necessário.
A cada figura um novo detalhe é mostrado, revelando sua real função e o impacto causado por ela em seu entorno.
3.ICONOGRAFIA
Figura 1 - Convento da Penha – Vila Velha (ES)
Fotografia: José de Arimathéia C. Custódio (março de 2002)
Fonte: Acervo pessoal do fotógrafo
Figura 2 - Claustro do Convento de S. Francisco (Olinda-PE)
Fotografia: José de Arimathéia C. Custódio (julho de 2000)
Fonte: Acervo pessoal do fotógrafo
Figura 3 - Fortaleza de Santa Cruz (Niterói-RJ)
Fotografia: José de Arimathéia C. Custódio (fevereiro de 2001)
Fonte: Acervo pessoal do fotógrafo
Figura 4 - Convento de Santo Antônio (João Pessoa- PB)
Fotografia: José de Arimathéia C. Custódio (julho de 2000)
Fonte: Acervo pessoal do fotógrafo
Figura 5 - Guarita da Fortaleza de Ratones (Florianópolis- SC)
Fotografia: José de Arimathéia C. Custódio (dezembro de 2004)
Fonte: Acervo pessoal do fotógrafo
Figura 6 - Igreja da Misercórdia (Porto Seguro - BA)
Fotografia: José de Arimathéia C. Custódio (abril de 2003)
Fonte: Acervo pessoal do fotógrafo
Figura 7 - Detalhe do Forte de São Diogo (Salvador - BA)
Fotografia: José de Arimathéia C. Custódio (janeiro de 2005)
Fonte: Acervo pessoal do fotógrafo
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A descoberta do Brasil foi após a Idade Média, entretanto os primeiros colonizadores que aqui chegaram trouxeram consigo uma forte herança religiosa e medieval. Herança essa que ainda vive nos festejos religiosos populares no interior do Brasil.
	Entretanto, no início da ocupação portuguesa em Pindorama a arquitetura foi um marco dessa herança medieval. Preocupados em proteger o “novo mundo” conquistado, investiram em construções de fortalezas e elementos de defesa no litoral e também no interior em pontos estratégicos como o Rio Amazonas e a divisa com a Bolívia. Marcado por um poder político, territorialista e mercantilista que transparecia na sua arquitetura colonial.
	Ao mesmo tempo em que eram construídas fortalezas para proteger o espaço físico eram construídas igrejas pra proteger o “novo mundo” dos hereges. Como evidencia o trecho abaixo:
	“Ao mesmo tempo, e igualmente, as construções coloniais religiosas foram erguidas na Terra de Santa Cruz para demarcar a soberania da Igreja Católica. E assim como as fortalezas militares defenderiam o território de invasores gananciosos, as igrejas e conventos seriam uma fortaleza contra pagãos e hereges, e em defesa da fé católica.” P.193
	Num ideário em que resgatava os princípios cruzadistas, a Ordem Soldados de Cristo foi fundada em 1540 pelo espanhol Ignácio de Loyola, e tanto a arquitetura eclesiástica quanto a militar se voltaram para a proteção do território. 
	“Uma visita atenta a estas construções históricas, tombadas pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é capaz de fazer visualizar a lógica arquitetônica dos dois tipos de edificações – militares na estratégia, espirituais na simbologia.” P. 194
		
4. REFERÊNCIAS
ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como história da cidade.
São Paulo: Martins Fontes, 2005.
BAETA, Rodrigo Espinha. O barroco, a arquitetura e a cidade nos
séculos XVII e XVIII. Salvador: EDUFBA, 2010.
CAMPOS, Adalgisa Arantes. Introdução ao barroco mineiro.
Belo Horizonte: Crisálida, 2006.
HISTÓRIA da Arte: Maneirismo, barroco e rococó. Barcelona:
Folio, 2008.
TENÓRIO, Douglas Apratto; ALMEIDA, Leda Maria de; DANTAS,
Cármem Lúcia. Arte sacra em Alagoas: um tesouro da memória.
Brasília: Senado Federal, 2006.
TIRAPELI, Percival. Arte colonial: barroco e rococó. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2006. (Coleção Arte Brasileira).

Continue navegando