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Quais as consequências decorrentes da declaração judicial da nulidade dos contratos temporários de serviço na administração pública direta em razão de sucessivas renovações?

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Trabalho de Direito Administrativo
Aluno: Luiz Filipe do Vale Soares				Turma: 5º período de Direito
Quais as consequências decorrentes da declaração judicial da nulidade dos contratos temporários de serviço na administração pública direta em razão de sucessivas renovações?
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – ADMINISTRATIVO – AÇÃO DE COBRANÇA – CONTRATO ADMINISTRATIVO TEMPORÁRIO – RENOVAÇÕES SUCESSIVAS – NULIDADE DA CONTRATAÇÃO – DIREITO APENAS À PERCEPÇÃO DE SALÁRIOS E FGTS – ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – DEMAIS VERBAS INDEVIDAS. O Colendo Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que “mesmo quando reconhecida a nulidade da contratação do empregado público, nos termos do art. 37, §2º, da Constituição Federal, subsiste o direito do trabalhador ao depósito do FGTS quando reconhecido ser devido o salário pelos serviços prestados” (ARE 766.127/PE). Dessa forma, não faz jus o servidor às verbas decorrentes da relação com a Administração, porquanto reconhecida a nulidade de suas sucessivas contratações temporárias pela Fundação pública apelada, nos termos do entendimento adotado pelo STF.
APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0433.11.032297-4/001 - COMARCA DE MONTES CLAROS - APELANTE(S): MUNICIPIO DE MONTES CLAROS - APELADO(A)(S): PATRÍCIA CAROLINE ALVARENGA
Analisando detidamente os autos e conforme a doutrina esclarece, podemos concluir que os contratos temporários que são declarados nulos (decorrentes de contratos temporários sucessivamente prorrogados além do prazo máximo previsto em lei e que forem declarados nulos, v.g.) dão ao contratado apenas o direito à percepção dos salários referentes ao período trabalhado e, nos termos do art. 19-A da Lei 8.036/90, ao levantamento dos depósitos efetuados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS. Caso reconhecida a nulidade da contratação, não faz jus o servidor às demais verbas decorrentes da relação de emprego (art. 7º da CF/88, como 13º salário, férias e respectivo terço constitucional) ou do regime jurídico estatutário, tais como Abonos, Gratificações, adicionais e congêneres, previstos na legislação local.
Em caso semelhante, assim julgou o STJ:
“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL//REEXAME NECESSÁRIO - AÇÃO ORDINÁRIA - SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL - CONTRATO TEMPORÁRIO PARA ATENDER À NECESSIDADE DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO - ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E DE INSALUBRIDADE - TESE FIRMADA NO RE 765.320/MG - ILEGITIMIDADE DO VÍNCULO RECONHECIDA - PAGAMENTO INDEVIDO. 1. O Supremo Tribunal Federal reconheceu, no RE 765.320/MG, que a contratação por tempo determinado para atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público realizada em desconformidade com os preceitos do art. 37, IX da Constituição Federal, não gera quaisquer efeitos jurídicos válidos, com exceção do direito à percepção dos salários referentes ao período trabalhado e, nos termos do art. 19-A da Lei 8.036/1990, ao levantamento dos depósitos efetuados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS. 2. Verificada a irregularidade dos contratos firmados entre a parte autora e a Administração Pública, seria cabível o pagamento apenas de saldo de salário e de FGTS, não havendo respaldo para o pagamento de adicionais de periculosidade e de insalubridade. 3. Recurso voluntário provido. Prejudicado o reexame necessário. (TJMG - Ap Cível/Rem Necessária 1.0024.14.005358-8/001, Relator(a): Des.(a) Áurea Brasil, 5ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 15/02/2018, publicação da súmula em 21/02/2018)”.

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