Constituição de 1891 e a História do Direito Brasileiro

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Constituição de 1891
História do direito brasileiro – 
1º - A
Os republicanos
Em 1889, havia em todo o Brasil 237 clubes republicanos; 74 jornais e alguns partidos, cujo destaque maior era o PRP – Partido Republicano Paulista; 
Convenção de Itu (1873)
Ausência de votos – em 1889 representavam 15% do eleitorado nacional;
Divergências do programa: a) cafeicultores paulistas; b) radicais; c) positivistas do Exército.
“Até 1889, os diferentes grupos republicanos agiam de forma isolada, com pouca articulação entre si, mas todos aderiram rapidamente na madrugada de 15 de novembro ao golpe do Marechal Deodoro, que, por sua vez, até então não se identificava com nenhuma dessas facções – e, segundo todas as evidências, nem republicano era”.
O exército brasileiro
A Guerra do Paraguai (1865/1870);
A Escola Militar positivista da Praia Vermelha
Positivismo de Auguste Comte – o Estado científico e a “Ditadura Republicana”
“Orientado pela ciência, consciente do seu elevado papel na sociedade positiva, esse grupo seria capaz de estabelecer e executar planos rumo a um futuro de paz e prosperidade gerais. A enorme massa da população, pobre, analfabeta e ignorante, teria de ser conduzida e controlada pela elite republicana”.
O golpe
As conspirações estavam em marcha, mas alguns aspectos impediam a sua imediata deflagração;
“O boato” da ordem de prisão a Deodoro.
“A notícia da movimentação das tropas pegou de surpresa também as lideranças republicanas, entre elas o próprio Benjamin Constant, que, em sua casa, dormia tranquilamente quando foi acordado por volta das três horas da madrugada do dia 15 de Novembro”.
“A grande maioria dos soldados que integravam as tropas golpistas em 15 de Novembro não estava consciente de que se pretendia derrubar a Monarquia”.
Características da CF de 1891
Era República, porque o que se considerava como povo estaria exercendo o poder;
Representativa, pois governantes seriam eleitos de forma a representar os interesses do “povo”;
Federativa, porque os Estados teriam autonomia.
A divisão de poderes é estabelecida e elimina-se o Poder Moderador, permanecendo apenas os três clássicos poderes: Executivo, legislativo e judiciário.
Poder Executivo: composto por Presidente e Vice-Presidente.
Poder Judiciário:
Modelo dual: Justiça Federal e Estadual. 
A Justiça Federal tinha como seu órgão máximo o Supremo Tribunal Federal.
O STF tinha jurisdição ordinária e de recurso, bem como a de revisão. 
A Constituição já coloca o STF como guardião da Constituição.
A Constituição consagra a utilização de jurisprudência, tanto na seara estadual como federal.
Criação de foro específico para os crimes militares, comum Supremo Tribunal Militar.
Poder Legislativo: 
Composto por Senado Federal e Câmara dos Deputados;
O senado: cada estado teria direito a três senadores e o mandato não seria mais vitalício, mas de nove anos; dos deputados, três anos;
Para ser eleitor, era preciso ter mais de 21 anos e ser brasileiro. O voto dos analfabetos passou a ser facultativo; o das mulheres, não era permitido.
Sistema Eleitoral: 
O alistamento eleitoral deixa de ser obrigatório, não era necessária renda mínima, mas o eleitor não poderia ser analfabeto.
A idade mínima para o alistamento eleitoral era de 21 anos.
O eleitor não poderia ser mendigo ou religioso de ordem religiosa.
As regras para a realização das eleições municipais era de competência dos estados, criando uma variedade de sistemas eleitorais estaduais diferentes.
O sistema eleitoral autônomo nos estados facilitou a corrupção nas eleições.
Os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituição de 1891
Garantiu-se a liberdade de culto, ainda que em público (Estado Laico).
Garantiu o casamento Civil gratuito (Clara separação o entre Estado e Igreja).
Constitucionalizou o Habeas Corpus.
Princípio do Juiz Natural.
Princípio da Ampla defesa
Aboliu a pena de morte, de banimento e de galés.
Assegura os direitos autorais e os direitos sobre inventos industriais.
Previsão dos direitos individuais, dentre os quais o casamento civil;
Ausência dos direitos sociais.
O senado: cada estado teria direito a três senadores e o mandato não seria mais vitalício, mas de nove anos; dos deputados, três anos.
Para ser eleitor, era preciso ter mais de 21 anos e ser brasileiro. O voto dos analfabetos passou a ser facultativo; o das mulheres, não era permitido.
A oligarquia
Lei de Terras de 1850 – “Art. 5º. Serão legitimadas as posses mansas e pacíficas...”;
Supremacia econômica e ascensão política;
A política dos governadores de Campos Sales – Comissão Verificadora de Poderes;
Coronelismo e as relações pessoais e patrimoniais – Botinas, vestidos, cachaça, cargos e violência.
A oligarquia (cont.)
Lutas sangrentas entre coronéis;
Jagunços e cangaceiros;
O conselheiro de Belo Monte: igualdade no sertão;
José Maria e a igualdade no Contestado;
O Almirante negro e a igualdade no convés.
A decadência oligárquica
A decadência do coronelismo pela evolução dos costumes;
A decadência das oligarquias pelo aparecimento da burguesia industrial paulista;
Aparecimento das classes médias urbanas, intelectualizadas, que lutavam por melhorias da qualidade de vida e voto secreto.
A classe operária
A indústria e o estrangeiro;
Condições de salário e moradia degradantes;
A questão operária na Europa e as Constituições Sociais;
Greve geral de 1917 - aumento salarial, jornada de 8 horas, assistência médico-hospitalar, regulamentação do trabalho das crianças e mulheres, dentre outros direitos.
Revolução de 30
A ausência de programa da Aliança Liberal e o populismo;
Programa de aproximação às classes médias urbanas e populares – voto secreto, voto feminino e regulamentação do trabalho;
A vitória de Júlio Prestes para a presidência sobre Getúlio Vargas e a revolução de 30;
Mais uma vez, o povo assistia a troca de poderes.
Era Vargas
O PCB e a união da intelectualidade;
A Coluna Prestes e a conscientização da população dos sertões sobre a opressão oligárquica;
A invenção do trabalhismo.