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História da Constituição

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História da Constituição 
Constituição de 1824 
Essa constituição é conhecida por estabelecer no Brasil um governo de Monarquia hereditária e aplicar 
quatro poderes, executivo, legislativo, judiciário e moderador que era exercido pelo imperador 
Contexto histórico 
Ela estava inserida no contexto de pós independência do Brasil e para constitui-la ocorreu um grande 
confronto entre as principais forças politicas da época. Por existir esse conflito de interesses Dom 
Pedro I com medo de perder poder, dissolve a Assembleia Constituinte Brasileira que já estava 
formada, convoca alguns cidadãos conhecidos por ele, e de portas fechadas começam a redigir o que 
seria a nossa primeira Constituição. A CF do Império é conhecida por ser uma carta outorgada 
Características 
O Brasil seria governado por um imperador; 
 Monarquia, ou seja, poder adquirido por sucessão hereditária; 
Escravos, indígenas e pobres não eram considerados cidadãos 
Eleições censitárias – Somente poderão votar e ser votado os “cidadãos” 
Estado unitário, aquele em que não há divisão territorial de poder político; 
Estado confessional (ligado à Igreja – catolicismo como religião oficial. 
 
A Constituição Imperial de 1824, assinala a forma monárquica de governo, caracterizada pela 
vitaliciedade, hereditariedade e irresponsabilidade do Chefe de Estado perante as consequências dos 
atos outorgados, obtendo, dessa maneira, o monarca, todos os poderes por meio do Poder 
Moderador. Segundo o artigo 99. “A Pessoa do Imperador é inviolável, e Sagrada: Ele não está sujeito 
a responsabilidade alguma.” 
Continha 179 artigos muito inspirados nas ideias dos iluministas, não no tocante à democracia e 
liberdades burguesas, mas principalmente, no que diz respeito à soberania nacional e liberalismo 
econômico. 
Para ser considerado um eleitor apto, o cidadão deveria pertencer ao sexo masculino e ter no mínimo 
25 anos. Essa idade mínima só não era válida no caso dos homens casados, clérigos, militares e 
bacharéis formados. 
VOTO CENSITÁRIO – De acordo com a renda econômica. No império, os chamados cidadãos votantes 
eram divididos entre os eleitores de paróquia e os eleitores de província. Os eleitores de paróquia eram 
todos aqueles que comprovavam uma renda anual mínima de 100 mil réis para votar nos eleitores de 
província, que, por sua vez, deveriam comprovar uma renda anual mínima de 200 mil réis para votar 
nos candidatos a deputado e senador. 
Os candidatos a deputados deviam ter uma renda superior a 400 mil réis, serem brasileiros e católicos. 
Senadores deveriam ter renda de 800 mil reis. Escolhidos pelo imperador em lista tríplice.r Judiciário: os 
juízes eram nomeados pelo Imperador. O cargo era vitalício e só podiam ser suspensos por sentença 
ou pelo próprio Imperador. 
É CRIADO O STF – Art. 163 “Na Capital do Imperio, além da Relação, que deve existir, assim como nas 
demais Provincias, haverá tambem um Tribunal com a denominação de - Supremo Tribunal de Justiça 
- composto de Juizes Letrados, tirados das Relações por suas antiguidades; e serão condecorados 
com o Titulo do Conselho. Na primeira organisação poderão ser empregados neste Tribunal os 
Ministros daquelles, que se houverem de abolir.” 
A Constituição de 1824 durou 65 anos e até hoje foi a que mais tempo vigorou no Brasil. 
Salvo o Ato Adicional de 1834 não foram introduzidas nenhuma alteração significativa no texto desta 
Constituição. 
Constituição de 1934 
Contexto histórico 
Com a crise econômica de 1929 e com os diversos movimentos sociais que buscavam melhores 
condições de trabalho, em 16 de julho de 1934, foi promulgada a terceira, seu contexto político estava 
incluído na chamada Era Vargas. Segundo seu preâmbulo foi criada “para organizar um regime 
democrático que assegura à nação a unidade, a liberdade, a justiça e o bem-estar social e econômico”. 
Características 
República Federativa como forma de governo; 
Incorporou o voto feminino; 
Determinou que o eleitoral fosse universal, secreto, direto e por maioria dos votos; 
Estabeleceu o ensino primário sufrágio gratuito e obrigatório; 
Direito de educação para todos; 
A Câmara dos Deputados era eleita de forma direta, mas também havia os deputados classistas, ou 
seja, eleitos pelos sindicatos. 
O Poder Executivo era exercido pelo presidente da República com o mandato de quatro anos e sem 
direito à reeleição; 
Estabeleceu a Justiça Eleitoral e a Justiça do Trabalho; 
Previa o Mandado de Segurança; 
Instituiu a Ação Popular. 
Caráter altamente nacionalista, tendo tornado brasileiras as águas e os subsolos do país, proibiu-se que 
os estrangeiros tivessem órgãos de mídia, campanhias marítimas e exercessem função de profissional 
liberal no Brasil. 
Assegura uma série de direitos para os trabalhadores, reduzindo sua jornada de trabalho, proibindo o 
trabalho infantil e vetando a diferença salarial em virtude de distinções de quaisquer ordens para um 
mesmo cargo. Volta-se inclusive aos trabalhadores do campo, olhando para os seus direitos. 
Apesar de ser inovadora, a constituição em 1934 foi a que menos durou no Brasil, apenas três anos. 
 
Contudo, a implementação desta nova CF foi muito difícil, pois o Brasil ainda tinha como centro do 
poder grupos poderosos conservadores como os partidários do movimento nacionalista Integralista e 
era um país que começava a passar pela transição de um país fundamentalmente agrícola para um 
país moderno e industrial. 
Constituição de 1937 
Contexto histórico 
A quarta Constituição ocorreu três anos depois, em 1937. Ainda inserida no contexto da Era Vargas. 
Seu mandato terminava em 1938 e para continuar no poder ele teve que dar um golpe de estado, o 
Estado Novo dizendo que ele era obrigado a fazer isso para proteger o povo brasileiro de ameaças 
comunistas. Assim torna-se um Ditador, e esse período e conhecido como Estado Novo. Embora tenha 
sofrido o regime ditatorial, não se pode negar que durante o período houve uma notória 
nacionalização formal da economia e o controle de áreas estratégicas de produção (minério, aço e 
petróleo) levando a uma grande expansão capitalista. O Estado Novo tem fim em 1945 por contas das 
crises sofridas em um nível internacional, quando o Brasil participa da Segunda Guerra Mundial caindo 
em certa contradição, pois a nossa política interna era ditatorial enquanto estávamos apoiando um 
regime liberal, ou seja, o fim de um estado totalitário. Essa grande controvérsia acabou criando no 
Brasil um forte descontentamento o que levará a queda do Estado Novo 
Características 
Ela foi elaborada por Francisco Campos, Carta outorgada , Função de legislar = Presidente da 
República = decretos-leis .Estado federal = nominalmente adotado , Poder centralizado no Presidente 
Caberia ao presidente nomear os interventores (governadores estaduais) e estes deveriam nomear as 
autoridades municipais, a Justiça Eleitoral e os partidos políticos foram extintos, suspenso o direito de 
Mandado de Segurança ou Ação Popular, instituição da censura prévia aos meios de comunicação, 
Os meios de comunicação estavam obrigados a publicar e/ou transmitir os comunicados do governo, 
proibição do direito de greve, previsão de pena de morte para crimes políticos. O poder Legislativo, 
em todos os níveis, foi extinto. Assim não existiam mais as Câmaras de Vereadores ou de Deputados 
Estaduais. Diminuição do controle de inconstitucionalidade. 
É INSTITUÍDA A CENSURA- “todo cidadão tem o direito de manifestar o seu pensamento, oralmente, 
ou por escrito, impresso ou por imagens, mediante as condições e nos limites prescritos em lei.” 
SÃO INSTITUIDOS LIMITES AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - Art 123 – “A especificação das 
garantias e direitos acima enumerados não exclui outras garantias e direitos, resultantes da forma de 
governo e dos princípios consignados na Constituição. O uso desses direitos e garantias terá por limite 
o bem público, as necessidades da defesa, do bem-estar, dapaz e da ordem coletiva, bem como as 
exigências da segurança da Nação e do Estado em nome dela constituído e organizado nesta 
Constituição.” 
Estabeleceu igualdade entre os filhos biológicos e adotivos - Art 126 - Aos filhos naturais, facilitando-lhes 
o reconhecimento, a lei assegurará igualdade com os legítimos, extensivos àqueles os direitos e 
deveres que em relação a estes incumbem aos pais. 
É instituida a educação física, o ensino cívico e os trabalhos manuiais- Art 131 - A educação física, o 
ensino cívico e o de trabalhos manuais serão obrigatórios em todas as escolas primárias, normais e 
secundárias, não podendo nenhuma escola de qualquer desses graus ser autorizada ou reconhecida 
sem que satisfaça aquela exigência 
Com a Constituição de 1937, o poder do presidente atingiu seu ápice centralizador. Em cerimônia 
simbólica, no Rio de Janeiro, foram queimadas as bandeiras estaduais, proibidos os hinos regionais e os 
partidos políticos locais. 
Constituição de 1946 
Contexto histórico 
A Constituição brasileira de 1946 foi promulgada em 18 de setembro de 1946, no primeiro ano do 
Governo Dutra (1946-1951). Um dos seus principais aspectos foi a retomada da democracia, após o fim 
autoritarismo do Estado Novo de Getúlio Vargas. Em contexto estava a redemocratização do pais. 
A Assembleia Constituinte, formada para a elaboração da Constituição, foi composta por congressistas 
eleitos em 1945. 
Características 
Estabeleceu a casa (residência) como asilo inviolável do indivíduo. 
 - Ordenou que um brasileiro só podia ser preso em caso de flagrante delito ou por ordem escrita de 
uma autoridade judicial. 
 - Garantiu o direito de propriedade privada. 
 - Estabeleceu o habeas corpus, exceto em transgressões disciplinares. 
Reestabelecimento de vários aspectos democráticos, que tinham sido omitidos na Constituição de 1937. 
 - O texto constitucional estabeleceu a igualdade de todos os brasileiros perante a lei. 
- Determinou a inviolabilidade do sigilo de correspondência. 
- Aboliu a censura e estabeleceu a liberdade de manifestação de ideias e opiniões. 
 - Garantiu a liberdade de formação de associações (sindicatos, por exemplo), desde que não fossem 
para objetivos ilícitos. 
Determinou a liberdade de cultos religiosos e crenças, assim como de posicionamento político e 
filosófico. 
Estabeleceu o direito de ampla defesa de qualquer cidadão acusado. 
Determinou que ninguém podia ser obrigado a fazer algo que não estivesse determinado na lei. 
 
Constituição de 1891 
Contexto histórico 
A segunda Constituição ocorreu no ano de 1891 e tinha como contexto a pós-proclamação da 
república. Repleta de interesses, principalmente da elite oligárquica latifundiária, com destaque para os 
cafeicultores. Essas elites influenciando o eleitorado ou fraudando as eleições ("voto de cabresto") 
impuseram seu domínio sobre o país ou coronelismo. Essa elite acabava influenciando o eleitorado ou 
fraudando as eleições e assim impondo seu domínio sobre o país. Nessa Constituição estabelecia uma 
Republica Presidencialista, além de ter excluído o poder moderador, ficando agora com três poderes 
legislativo, executivo e judiciário. 
Características 
Foi elaborada por uma comissão composta por cinco juristas 
Dos noventa artigos, setenta e quatro pertenciam ao Rui Barbosa. 
A Constituição republicana, embora inspirada na Constituição dos Estados Unidos, deixou de incluir 
diversas garantias referentes aos direitos individuais. 
Previa a autonomia entre os Estados. “Art 63 - Cada Estado reger-se-á pela Constituição e pelas leis 
que adotar respeitados os princípios constitucionais da União.” 
Estabelece o fim do Poder Moderador, cria a Justiça Militar, amplia os poderes do STF 
Estabelece o Sistema dual de justiça – justiça federal e estadual. 
Não era obrigatório o alistamento eleitoral, tampouco era necessária renda mínima, porém o eleitor 
não podia votar se fosse analfabeto 
Mulheres também não podiam votar 
O eleitor não podia ser mendigo, nem religioso, nem praça nem pré. 
Os munícipios tinham autonomia para deliberar sobre a matéria eleitoral 
O candidato a um cargo eleitoral não precisava estar cadastrado, não precisava pertencer a nenhum 
partido, as celúlas não eram oficiais, e o voto não era secreto. 
A proclamação da República irá se caracterizar, pelo seu caráter não-democrático, pela restrição da 
participação popular na vida política.

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