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Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – Chris Grosser. 
Jotavê Dias Página 1 
 
 
USO E ABUSO DE PODER: o exercício ilegítimo das prerrogativas previstas no 
ordenamento jurídico se caracteriza como abuso de poder. Pode ser uma conduta comissiva 
(fazer) como uma conduta de não fazer (omissiva). Desdobra-se em duas formas: 
 Excesso de poder: quando o agente atua fora do seu limite de competência. 
 Desvio de poder: finalidade do ato diverso da finalidade da lei. 
 
 
AGENTES PÚBLICOS 
 
 Caros colegas, como estão? Estudando muito? Vamos continuar nosso estudo do 
Direito Administrativo e vamos mergulhar de cabeça sobre este tema: agentes públicos. Aliás, 
todo mundo aqui quer saber o que é um Agente Público, afinal, em breve, todos vocês serão 
Agentes Públicos! Sigam-me os bons e vamos avançar, destemidos, rumo à aprovação. 
 
 CONCEITO: agente público é toda pessoa física que exerça, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública. 
 
 Conforme podemos perceber, a expressão agente público tem sentido amplo. Engloba 
todos os indivíduos que, a qualquer título, exercem uma função pública, pouco importando se 
é transitória ou permanente, se é remunerada ou não. 
 
 O agente público é a pessoa mediante a qual o Estado se manifesta fisicamente. 
Agentes públicos têm aptidão para exteriorizar a vontade do Estado. E aí devemos entender 
Estado de maneira ampla (União, estados, DF e municípios, Executivo, Legislativo e 
Judiciário). 
 
 ATENÇÃO: em nossa Constituição Federal não existe o termo Funcionário Público, 
entretanto no Direito Penal ainda existe este conceito. 
 
 Vamos, agora, conhecer as espécies de agentes públicos. Fique ligado e siga em frente. 
 
 
AGENTES POLÍTICOS: são integrantes dos mais altos escalões do poder público. A eles 
incumbe a elaboração das diretrizes do governo, funções de orientação, direção e supervisão. 
a) Competências previstas na própria Constituição Federal. 
b) Em regra, a investidura no cargo é realizada por eleição, nomeação ou designação. 
c) Não estão sujeitos às regras comuns aplicáveis aos servidores públicos em geral. 
d) Sujeitam-se tão somente às regras constitucionais (Exceção: auxiliares diretos do 
Poder Executivo). 
Exemplos: Chefes do Executivo, ministros, secretários estaduais e municipais, 
membros do Legislativo. 
SUPER OBSERVAÇÃO: ALGUNS AUTORES ENQUADRAM OS JUÍZES, 
MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO, ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO 
E MEMBROS DE TRIBUNAIS DE CONTAS DA UNIÃO. Por ser um tema ainda 
controverso, não é provável que seja cobrado. Devemos ter em mente que existem as 
Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – Chris Grosser. 
Jotavê Dias Página 2 
 
duas correntes. O STF segue a corrente de que são agentes políticos SIM. (Ministro 
Néri da Silveira, Recurso Especial 228977). 
 
 
AGENTES ADMINISTRATIVOS: são todos aqueles que exercem atividade pública de 
natureza profissional e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico. Os 
agentes administrativos se dividem em três categorias: 
 
 Servidores Públicos: agentes administrativos, estatutários. Titulares de cargos 
públicos de provimento efetivo ou de provimento em comissão. 
 
 Empregados Públicos: ocupantes de empregos públicos, regime jurídico contratual, 
possuem contrato de trabalho, regidos pela CLT. 
 
 Temporários: contratados por tempo determinado para atender necessidades 
temporárias de excepcional interesse público. Exercem apenas função pública e não 
um cargo público. 
o São remunerados; 
o Vínculo contratual, entretanto se trata de um contrato de natureza pública e 
não de natureza trabalhista. 
 
 
AGENTES HONORÍFICOS: cidadãos requisitados ou designados para colaborarem com o 
Estado, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de capacidade profissional. 
Não possuem vínculo profissional com a administração pública. Usualmente atuam sem 
remuneração. Ex: mesários eleitorais, membros do conselho tutelar, jurados, etc. 
 
AGENTES DELEGADOS: particulares que recebem a incumbência de realizar determinada 
atividade, obra ou serviço público. 
o Fazem por sua conta e risco, sendo fiscalizados permanentemente pelo 
delegante. 
o Fazem parte da administração indireta por delegação. 
o Quando prestam serviço público estão sujeitos à Responsabilidade Civil 
Objetiva. 
o Quando exercem atribuições do poder público podem ser autoridades coatoras 
em mandados de segurança. 
 
 
AGENTES CREDENCIADOS: recebem a incumbência da administração para representá-la 
em determinado ato, mediante remuneração. Ex: artista consagrado incumbido oficialmente 
de representar o Brasil. 
 
 
GESTORES DO NEGÓCIO PÚBLICO: segundo Fabrício Bolzan, são pessoas que atuam 
em situações de emergência para fazer às vezes do Estado. Ex: particular que chega antes que 
os bombeiros no local dos fatos e salva uma criança que se afogava em uma inundação. 
CUIDADO: Gestor de Negócios Públicos tem o seu comportamento imputável, pela situação 
de emergência, ao Estado. 
Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – Chris Grosser. 
Jotavê Dias Página 3 
 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
 
 O Estado, assim como todas as pessoas, está sujeito ao ordenamento jurídico. 
Podemos concluir de maneira bem sucinta, que o Estado responderá pelos danos que causar a 
terceiros. Mas será que sempre foi assim? Houve uma evolução até chegarmos ao patamar 
que nos encontramos. Vamos observá-la: 
1. Teoria da Irresponsabilidade do Estado: não havia como responsabilizar o Estado. 
2. Teoria da Culpa Administrativa: poderia se responsabilizar o Estado quando um 
serviço não existia ou não funcionava. 
3. Teoria da Responsabilidade Objetiva: não se verifica dolo ou culpa. Basta que haja 
nexo entre comportamento e o dano para o Estado ser responsabilizado. No art. 37, §6 
ficará mais claro de entender. Vejam só: “As pessoas jurídicas de direito público e as 
de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso 
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.” 
 
Atualmente o que prevalece é a Responsabilidade Objetiva do Estado. 
IMPORTANTE: se for omissão do Estado, a responsabilidade será SUBJETIVA 
(depende de dolo ou culpa). 
 
 E em caso de culpa do Estado e de um terceiro? Ex: uma viatura da polícia 
atravessa o sinal vermelho ao mesmo tempo em que um particular também atravessa o sinal 
vermelho e se colidem. De quem será a culpa? Neste caso a culpa será culpa concorrente, o 
Estado responderá de maneira mitigada. 
 
 IMPORTANTE: a responsabilização do Estado pode advir de um ato administrativo, 
ato legislativo e um ato judicial. 
 
 IMPORTANTE: o Agente Público será responsabilizado em casos de Dolo ou Culpa. 
 
 IMPORTANTE: o Estado se responsabiliza tanto pelos usuários quanto pelos não 
usuários do serviço público. 
 
 IMPORTANTÍSSIMO: a responsabilização por danos nucleares independe de culpa. 
 
Qual o prazo pro terceiro prejudicado entrar com a ação contra o Estado? 
 Res: três (3) anos. 
 
 Quando o Estado não será responsabilizado? 
 Res: em casos fortuitos, de força maior e culpa exclusiva de terceiro. 
 Ex: fenômenos extraordinários da natureza (exceto os previsíveis). 
 
 Jurisprudências importantes: 
Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – ChrisGrosser. 
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1) Empresa pública de ônibus, trem e metrô não podem ser responsabilizadas por 
assaltos a passageiros. 
2) Buracos na rua devido à chuva: responsabilidade subjetiva do Estado devido à 
omissão. 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Meus caros, mudando de assunto, vamos falar agora sobre o controle da 
Administração Pública. Vocês acham que a Administração está soltinha pra fazer o que bem 
entender sem ninguém pra fiscalizar? Quando ocorre uma revogação de um ato está 
ocorrendo um controle. No mesmo sentido, quando provocado, o Judiciário poderá anular um 
ato ilegal e isso também significaria controle. Tendo esta noção inicial do que seria controle, 
podemos avançar. 
Controle Administrativo pode ser conceituado da seguinte forma: instrumentos para a 
própria admininistração, Legislativo, Judiciário e o próprio povo se utilizam para fiscalizar, 
orientar, e revisar a atividade administrativa. 
OBS: controle não pressupõe correção. A ratificação de um ato por um superior pode 
ser considerado como controle administrativo. 
O controle pode ser classificado de algumas formas. Veremos a seguir: 
 
 Controle conforme origem: 
o ORIGEM INTERNA: exercido dentro do mesmo Poder. Executivo controla 
Executivo, Legislativo fiscaliza Legislativo e Judiciário fiscaliza Judiciário. 
Este controle pode ter relação com hierarquia ou não. 
 
o ORIGEM EXTERNA: exercido por um poder sobre o outro ou controle 
realizado pelo povo. 
 
 Ex: sustação de ato normativo do Poder Executivo pelo Congresso 
Nacional, anulação de ato administrativo pelo poder Judiciário. 
 Propositura de Ação Popular por um cidadão. 
 
 
 Controle conforme o momento de exercício: 
o CONTROLE PRÉVIO: controle feito antes de o ato ser praticado. Ex: 
aprovação legislativa para nomeação de dirigentes de autarquias. 
o CONTROLE CONCOMITANTE: fiscalização enquanto o ato está 
ocorrendo. Ex: corregedoria de um órgão acompanhando a aplicação de um 
concurso público. 
o CONTROLE POSTERIOR/SUBSEQUENTE/CORRETIVO: controle 
ocorre após a criação do ato. Entenda que embora a doutrina chame o 
controle de corretivo, nem sempre haverá correção: poderá haver uma 
validação. 
 
 
 
 
 
Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – Chris Grosser. 
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 Controle quanto ao aspecto controlado: 
o CONTROLE DE LEGALIDADE: verifica se o ato foi praticado em 
conformidade com o ordenamento jurídico. Confronta-se a conduta do 
administrador com a lei para verificar se o ato foi legítimo. Verificam-se 
também questões de moralidade e impessoalidade. 
 Pode ser exercido pela própria administração (autotutela) 
 Ou por outros poderes (controle externo). 
 Ex: anulação de um ato pelo Judiciário, apreciação do Tribunal de 
Contas. 
 
o CONTROLE DE MÉRITO: verifica a conveniência e a oportunidade 
administrativa do ato controlado. Em regra não há interferência de outros 
Poderes, mas como exceção podemos citar: aprovação do Senado para 
nomeação de presidente do Banco Central. Outros poderes não podem revogar 
atos do poder Executivo. Cada poder pode revogar apenas os seus próprios 
atos. 
 
 
 Controle quanto à amplitude: 
o CONTROLE HIERÁRQUICO: decorre do escalonamento vertical. 
Controle hierárquico sempre será controle interno e dentro da mesma 
pessoa jurídica. 
 O controle hierárquico é pleno, permanente e automático. 
 Pode ser visto a legalidade ou o mérito. 
 
o CONTROLE FINALÍSTICO: controle realizado pela administração direta 
sobre a administração indireta. Conhecido também como supervisão 
ministerial e tutela. NÃO CONFUDIR TUTELA COM AUTOTUTELA. 
 
 
 
CONTROLE LEGISLATIVO 
 
Segundo Felipe Schitino, dentre as formas de controle político elencadas no artigo 49 e 
incisos da Constituição Federal descritos no item anterior, devemos salientar as modalidades 
mais importantes do controle legislativo que geram efeitos relevantes nos atos da 
Administração Pública. Vejamos: 
a) Convocação de autoridade pública - As Casas Legislativas em âmbito federal tem a 
prerrogativa de convocar Ministro de Estado ou quaisquer autoridades dentro da estrutura da 
Presidência da República para prestarem depoimento e esclarecimento acerca de fatos ou 
assuntos previamente determinado na forma do artigo 50 caput da CR/88. Entretanto, 
configurar-se-á crime de responsabilidade a ausência injustificada, cujo procedimento tem 
Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – Chris Grosser. 
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amparo na lei n° 1.079/50 (Crimes de Responsabilidade), aplicando-se a mesma regra para 
Governadores e Secretários de Estado. 
b) Comissões Parlamentares de Inquérito - Mencionada no artigo 58, § 3° da Carta 
Política, confere a estes poderes investigatórios inerentes aos órgãos judiciais, apurando fatos 
em tese, contrários a norma jurídica, remetendo a conclusão dos trabalhos ao douto Ministério 
Público objetivando a promover a responsabilização civil e criminal do agente ou beneficiário 
envolvido. O Supremo Tribunal Federal interpretou o artigo em destaque instituindo-se o 
principio da reserva de jurisdição não sendo de competência das Comissões a busca 
domiciliar (CF, art. 5°, XI), interceptação telefônica (CF, art. 5°, XII) e de decretação da 
prisão, salvo flagrância penal (CF, art. 5° LXI). Em sede de quebra de sigilo telefônico, 
confere-se a CPI somente a colheita de dados não sendo admitida interceptação de 
comunicações telefônicas, sendo imprescindível a competente motivação do decreto 
excepcional de ruptura da esfera de privacidade das pessoas (2). 
c) Fiscalização financeira e orçamentária – Deve o administrador incumbir-se de prestar 
contas de sua gestão a frente dos bens e dinheiros públicos sob sua custódia, mostrando este 
zelo e bom emprego. Todavia, esta modalidade se reveste de um rigorismo excessivo no 
acompanhamento da execução orçamentária, devido o forte impacto negativo no erário, se 
uma verba for empregada de forma irregular, determinando o legislador constituinte 
originário o controle externo exercido pelo legislativo com auxílio do Tribunal de Contas (CF, 
art. 70 a 75), juntamente com os mandamentos contidos na Lei n° 4.320/64 e na Lei 
Complementar n° 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal), garantido aos Administrados, 
probidade, regularidade do emprego dos bens e dinheiros públicos e a fiel execução da Lei 
orçamentária do exercício. 
d) Utilização e Alienação de Bens Públicos – Com efeito, os bens públicos na sua 
conceituação são as coisas, imóveis, móveis, corpóreas, incorpóreas e semoventes, direitos, 
créditos e ações pertencentes, a qualquer título, a Administração Direta, Indireta. Entretanto, 
os atos de alienação, aquisição e oneração destes, demandam, em regra, autorização 
legislativa e licitação para a celebração do respectivo contrato. As modalidades de utilização 
desses bens com autorização legislativa para uso do particular, são: Cessão de Uso, 
transferência a título gratuito da posse de um bem de natureza pública de uma instituição ou 
órgão para outro, com o cessionário utilizando-se deste bem sob as condições expressas no 
respectivo termo, por tempo certo e indeterminado, traduzindo-se em um ato de colaboração 
entre as repartições públicas que tem em seu poder, bens desnecessários aos serviços 
prestados por estas instituições, cedendo o uso a outra entidade ou órgão que precisa destes 
para atender a demanda, só exigida autorização legislativa nesta modalidade, se a cessão se 
destinar a um ente público diverso; Concessão de Uso, contrato administrativo onde a 
Administração fixa a utilizaçãoexclusiva do bem sob o seu domínio a particular para 
exploração específica, precedida de prévia autorização legislativa e licitação para a celebração 
do contrato administrativo, com estabilidade relativa e direito público subjetivo do particular 
a estrita observância às normas avençadas com o Poder Público; Concessão de Direito Real de 
Uso, contrato em que o ente transfere o uso do bem a particular, de forma gratuita ou onerosa, 
com direito real resolúvel, para fins de urbanização, edificação, industrialização, cultivo ou 
quaisquer empreendimentos de interesse social (art. 7° do DL n° 271/67). A alienação dos 
bens públicos, ou seja, a transferência do domínio, gratuita ou onerosa, na modalidade de 
venda, permuta, doação, dação em pagamento, investidura, legitimação de posse ou concessão 
Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – Chris Grosser. 
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de domínio, em regra, depende de autorização legislativa, licitação e avaliação do bem objeto 
da alienação, sendo exceção o instituto da legitimação de posse, modalidade excepcional de 
transferência de domínio de área sem utilização ou terra devoluta ocupada por particular por 
longo tempo com animo de se instalar, cultivando e edificando-a, emitindo-se, todavia, o 
competente título para registro do imóvel em favor do particular (Lei n° 4.504/64, art. 11, 97 
a 102 do Estatuto da Terra ou demais diplomas estaduais e municipais que regem a matéria). 
 
CONTROLE JUDICIAL 
 
 Como já citado, o poder Judiciário somente apreciará a legalidade e nunca o mérito. 
Em regra, trata-se de controle posterior. Só poderá decorrer anulação e nunca a revogação. 
ATENÇÃO: o fato de o Judiciário não poder apreciar o mérito administrativo não significa 
apreciar a legalidade de um ato discricionário. 
 O poder Judiciário deve ser provocado, não podendo anular atos de ofício. 
 MEGA PEGADINHA: O Judiciário pode revogar seus próprios atos quando 
exercem função administrativa. 
 São inúmeras as formas em que o Judiciário poderá realizar o controle, pois conforme 
o inciso XXXV, do art. 5º da Constituição Federal: “a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito” (princípio da inafastabilidade de jurisdição) 
 
Questões (faremos juntos na aula) 
 
1) A Lei n.º 8.112/1990 se aplica a todos os indivíduos que trabalham no serviço público 
federal, incluindo os servidores da administração federal, os militares e os empregados 
públicos. 
 
2) É obrigatória a realização de concurso público para provimento de cargo efetivo na 
administração direta ou indireta. 
 
3) O controle judicial dos atos da administração ocorre depois que eles são produzidos e 
ingressam no mundo jurídico, não existindo margem, no ordenamento jurídico brasileiro, para 
que tal controle se dê a priori. 
 
4) Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato de 
autoridade autárquica lesivo ao patrimônio público. 
 
Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – Chris Grosser. 
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5) Apenas por meio de prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e títulos, 
poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos cargos e empregos públicos. 
 
6) No direito pátrio, as empresas privadas delegatárias de serviço público não se 
submetem à regra da responsabilidade civil objetiva do Estado 
 
7) Um veículo da SUFRAMA, conduzido por um servidor do órgão, derrapou, invadiu a 
pista contrária e colidiu com o veículo de um particular. O acidente resultou em danos a 
ambos os veículos e lesões graves no motorista do veículo particular. Com referência a essa 
situação hipotética, julgue os itens que se seguem. 
 
Provado que o motorista da SUFRAMA não agiu com dolo ou culpa, a superintendência não 
estará obrigada a indenizar todos os danos sofridos pelo condutor do veículo particular 
 
8) Os atos praticados pelos servidores do DPF estão sujeitos ao controle ministerial, mas 
não ao do Tribunal de Contas da União, que é órgão auxiliar do Congresso Nacional, ao qual 
compete julgar apenas os atos do presidente da República e demais agentes políticos. 
 
9) Considere que, durante uma operação policial, uma viatura do DPF colida com um carro de 
propriedade particular estacionado em via pública. Nessa situação, 
 
a administração responderá pelos danos causados ao veículo particular, ainda que se comprove que o 
motorista da viatura policial dirigia de forma diligente e prudente. 
 
10) Se determinado servidor público for preso em operação deflagrada pela Polícia Federal, devido a 
fraude em licitações, a ação penal, caso seja ajuizada, obstará a abertura ou o prosseguimento do processo 
administrativo disciplinar, visto que o servidor poderá ser demitido apenas após o trânsito em julgado da 
sentença criminal. 
 
 
11) Os particulares, ao colaborarem com o poder público, ainda que em caráter episódico, como os 
jurados do tribunal do júri e os mesários durante as eleições, são considerados agentes públicos. 
 
12) A ação de indenização por danos materiais contra o Estado prescreverá em vinte anos. 
 
13) Sendo a culpa exclusiva da vítima, não se configura a responsabilidade civil do 
Estado, que é objetiva e embasada na teoria do risco administrativo. 
 
14) Considere que um cidadão tenha falecido ao colidir seu veículo com uma viatura da 
polícia militar devidamente estacionada no posto policial, e que exame laboratorial 
demonstrou que o indivíduo conduzia seu veículo sob o efeito de bebidas alcoólicas. Nessa 
situação, o poder público será isento de responsabilidade, visto que houve participação total 
do lesado na ocorrência do dano. 
 
15) O controle legislativo é a prerrogativa atribuída ao Poder Legislativo de fiscalizar o 
Poder Executivo, ressalvados os atos praticados pelos presidentes de empresas públicas e 
sociedade de economia mista, em razão de sua natureza eminentemente empresarial. 
 
16) Os agentes temporários que desempenham, por tempo determinado, atividades de 
Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – Chris Grosser. 
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excepcional interesse público são agentes públicos cuja contratação somente pode ser feita no 
âmbito da administração direta. 
 
17) As funções de confiança não se confundem com os cargos em comissão, visto que 
estes são ocupados transitoriamente, sem a necessidade de concurso, e aquelas só podem ser 
titularizadas por servidores públicos ocupantes de cargos efetivos. 
 
18) Controle administrativo é o poder de fiscalização e correção que a administração 
pública exerce sobre sua própria atuação, contudo apenas sob o aspecto de mérito, para o fim 
de confirmar, rever ou alterar condutas internas. 
 
19) Constitui-se exemplo de controle legislativo o poder conferido à Câmara dos 
Deputados, ao Senado Federal ou a qualquer de suas comissões para convocar ministros de 
Estado ou autoridades ligadas diretamente à Presidência da República para prestarem 
informações acerca de assunto previamente determinado. 
 
20) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
 
21) Considerando a teoria da responsabilidade civil adotada no Brasil, caso o Estado 
demonstre que se comportou com diligência, perícia e prudência, estará isento de indenizar. 
 
22) Segundo a atual posição do STF, é subjetiva a responsabilidade de empresa pública 
prestadora de serviço público em relação aos danos causados a terceiros não usuários do 
serviço. 
 
23) Os atos administrativos estão sujeitos ao controle judicial; no entanto, tal controle não 
autoriza que o juiz, em desacordo com a vontadeda administração, se substitua ao 
administrador, determinando a prática de atos que entender convenientes e oportunos. 
 
24) Por questão de soberania nacional, os estrangeiros não poderão ter acesso a cargos 
públicos de caráter efetivo, mas poderão exercer funções públicas para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público. 
 
25) Os efeitos da ação regressiva movida pelo Estado contra o agente que causou o dano 
transmitem-se aos herdeiros e sucessores, até o limite da herança, em caso de morte do 
agente. 
 
26) De acordo com a classificação doutrinária, empregado público e empregado particular 
em colaboração com o poder público integram a mesma categoria. 
 
27) Os servidores contratados para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público 
estão sujeitos ao mesmo regime jurídico aplicável aos servidores estatutários. 
 
28) Os empregados públicos, embora sujeitos à legislação trabalhista, submetem-se às normas 
constitucionais referentes a concurso público e à acumulação remunerada de cargos públicos. 
 
29) Se, no exercício de suas funções, um servidor público agride verbalmente cidadão usuário de 
serviço público, não haverá responsabilidade objetiva do Estado devido à inexistência de danos materiais. 
Direito Administrativo 
“Oportunidades não surgem. É você que as cria.” – Chris Grosser. 
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30) Para configurar a responsabilidade civil do Estado, é irrelevante que o agente público causador do 
dano atue no exercício da função pública. Estando o agente, no momento em que tenha realizado a ação 
ensejadora do prejuízo, dentro ou fora do exercício da função pública, seu comportamento acarretará 
responsabilidade ao Estado. 
 
31) O direito de petição previsto constitucionalmente pode ser exercido tanto para a proteção de 
direitos individuais do peticionário quanto para a fiscalização de ilegalidades e abusos de poder. 
 
32) Somente o Poder Judiciário poderá invalidar ato administrativo com vício de legalidade. 
 
33) O controle administrativo é instrumento jurídico de fiscalização sobre a atuação dos agentes e 
órgãos públicos, realizado de ofício por iniciativa própria, não se aceitando provocação da parte interessada. 
 
34) É de competência exclusiva do Tribunal de Contas da União fiscalizar e controlar os atos do Poder 
Executivo, incluídos os da administração indireta. 
 
35) O controle administrativo decorre do poder-dever de autotutela que a administração dispõe sobre 
os seus próprios atos e agentes. 
 
 
 
 
 
 
 
1. E 2. C 3. E 4. C 5. E 6. E 7. E 8. E 9. C 10. E 
11. C 12.E 13.C 14.C 15. E 16. E 17. C 18. E 19. C 20.C 
21.E 22. E 23. C 24. E 25. C 26. E 27. E 28. C 29. E 30. E 
31. C 32. E 33. E 34. E 35. C

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