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ResumoAula4Direito-do-Trabalho

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Direito do Trabalho 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Jornada de Trabalho ................................................................................................. 2 
1.1 Intervalos ............................................................................................................ 2 
 2. Remuneração e Salário..............................................................................................7 
 2.1 Diárias para viagem...........................................................................................11 
 2.2 Salário Complessivo...........................................................................................12 
 2.3 Salário “in natura”.............................................................................................12 
 2.4 Pagamento do salário........................................................................................15 
 2.5 Equiparação salarial...........................................................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito do Trabalho 
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Antes de entrarmos na matéria de hoje, alguns esclarecimentos da aula passada: 
 Hora in itinere - Súmula 320 do TST. Ainda que o empregador forneça o 
transporte desde o início, da casa do empregado, e cobre por isso não retira o 
direito à percepção das horas in itinere. 
HORAS "IN ITINERE". OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA JORNADA DE TRABALHO 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte 
fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o 
direito à percepção das horas "in itinere". 
 Professor vai enviar o material de Súmulas e Oj´s. 
 
1. Jornada de trabalho 
1.1 Intervalos 
Intervalo intrajornada (preferido das bancas de concurso). Artigo 71 da CLT. Mais de 
6 horas de trabalho = 1 hora até 2 horas de descanso; de 4 horas a 6 horas de trabalho = 15 
minutos de descanso; menos de 4 horas de trabalho = sem intervalo. 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é 
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no 
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não 
poderá exceder de 2 (duas) horas. 
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um 
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. 
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. 
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do 
Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de 
Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências 
concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem 
sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. 
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido 
pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo 
de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de 
trabalho. 
§ 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele 
estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da 
primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em 
convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das 
condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, 
cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos 
rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a 
remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. 
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Em regra, não tem direito a descanso se trabalhar menos de 4 horas por dia. Agora, o 
digitador a cada 90 minutos deve descansar 10 minutos, ou seja, tem intervalo em razão de 
sua função. 
Este intervalo é de interrupção. O empregado não pode, teoricamente, colocar os 15 
minutos para o final da jornada de trabalho, porque o intervalo seria de suspensão. 
Quando o empregador não concede o descanso ao empregado vai pagar essa hora 
como extra e será penalizado em uma multa. 
Observação: Acerca das notícias veiculadas na mídia sobre o aumento da jornada de 
trabalho para até 12 horas diárias. Ocorre que a jornada não irá chegar até 12 horas diárias. 
Mantém-se as 44 horas semanais de trabalho com uma flexibilidade maior de divisão 
durante a semana. O máximo de horas extras passará a ser 4 horas extras na semana. Total 
de 44 horas semanais + 4 horas extras= 48 horas. O Governo quer com a proposta tornar 
legítima a participação do Sindicato para não se discutir mais na Justiça. 
Observação: Direito a desconexão: empregado deve sair do ambiente de trabalho 
para descansar. 
Observação: A limitação de 2 horas para almoço é fixada para a proteção do 
empregado, a fim de o empregador não aumentar a jornada de trabalho do empregado. 
Exemplo: jornada de 8h às 22h, com 6 horas de almoço. Ocorre o chamado “Dano 
existencial”, que está ligado à jornada excessiva, horas extras e não concessão de férias. 
As 2 horas podem ser ampliadas? Sim, por acordo individual, acordo coletivo e 
convenção coletiva, sendo justificado. Não há limitação nesta ampliação, mas deve sempre 
haver justificativa. Exemplo: Garçom com 4 horas de trabalho em restaurante no Centro do 
Rio de Janeiro. 
E a redução ou flexibilização da 1 hora de descanso? Em regra, não. Súmula 437 do 
TST. É um critério de saúde do empregador, norma de direito fundamental do empregado. 
Admite-se a flexibilização ou fracionado para o empregado doméstico – LC 150/2015. 
INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 
DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da 
SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
 I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do 
intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e 
rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele 
suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora 
normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de 
labor para efeito de remuneração. 
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a 
supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, 
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saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e 
art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. 
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação 
introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido 
pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, 
repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. 
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do 
intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o 
período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo 
adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT. 
Observação: Mínimo de 1 hora de intervalo, com possibilidade de redução prevista 
em lei - artigo 71, §3º - e possibilidade de fracionamento no caso de empregado doméstico. 
Além do empregado doméstico, temos os rodoviários. Artigo 71, §5º da CLT. 
Exemplo: motorista de ônibus não tem como almoçar 1 hora. Em razão das atividades que 
exercem podem ter horário fracionado. 
Se o empregado tem 2 horas de almoço e só tira 1 hora, o empregador tem que 
pagar as 2 horas como extras. 
Observação: No caso de refeitório organizado na empresa com autorização do 
Ministério do Trabalho e com empregados não submetidos a hora extra, os empregados 
ganham tempo no almoço, podendo a hora ser reduzida. A portaria 1095/2010 regulamenta 
a redução em 30 minutos. 
PORTARIA Nº 1.095, DE 19 DE MAIO DE 2010 
Publicada no DOU de 20/05/2010 
 
Disciplina os requisitos para a redução do intervalo intrajornada. 
 
O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso da competência que lhe 
confere o art. 87, parágrafo único, incisos I e II da Constituição, resolve: 
 
Art. 1° A redução do intervalo intrajornada de que trata o art. 71, § 3°, da Consolidação 
das Leis do Trabalho - CLT poderá ser deferida por ato de autoridade do Ministério do 
Trabalho e Emprego quando prevista em convenção ou acordo coletivo de trabalho, 
desde que os estabelecimentos abrangidos pelo seu âmbito de incidência atendam 
integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os 
respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas 
suplementares. 
 
§ 1° Fica delegada, privativamente, aos Superintendentes Regionais do Trabalho e 
Emprego a competência para decidir sobre o pedido de redução de intervalo para 
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repouso ou refeição. 
 
§ 2° Os instrumentos coletivos que estabeleçam a possibilidade de redução deverão 
especificar o período do intervalo intrajornada. 
 
§ 3° Não será admitida a supressão, diluição ou indenização do intervalo intrajornada, 
respeitado o limite mínimo de trinta minutos. 
 
Art. 2° O pedido de redução do intervalo intrajornada formulado pelas empresas com 
fulcro em instrumento coletivo far-se-ão acompanhar de cópia deste e serão dirigidos ao 
Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, com a individualização dos 
estabelecimentos que atendam os requisitos indicados no caput do art. 1º desta 
Portaria, vedado o deferimento de pedido genérico. 
 
§ 1° Deverá também instruir o pedido, conforme modelo previsto no anexo desta 
Portaria, documentação que ateste o cumprimento, por cada estabelecimento, dos 
requisitos previstos no caput do art. 1º desta Portaria. 
 
 
§ 2° O Superintendente Regional do Trabalho e Emprego poderá deferir o pedido 
formulado, independentemente de inspeção prévia, após verificar a regularidade das 
condições de trabalho nos estabelecimentos pela análise da documentação apresentada, 
e pela extração de dados do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho, da Relação Anual 
de Informações Sociais - RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - 
CAGED. 
 
Art. 3° O ato de que trata o art. 1° desta Portaria terá a vigência máxima de dois anos e 
não afasta a competência dos agentes da Inspeção do Trabalho de verificar, a qualquer 
tempo, in loco, o cumprimento dos requisitos legais. 
 
Parágrafo único. O descumprimento dos requisitos torna sem efeito a redução de 
intervalo, procedendo-se às autuações por descumprimento do previsto no caput do art. 
71 da CLT, bem como das outras infrações que forem constatadas. 
 
Art. 4° Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 5° Revoga-se a Portaria n° 42, de 28 de março de 2007 
Intervalo interjornada. Artigo 66 da CLT. De uma jornada para outra, o empregado 
deve descansar no mínimo 11 horas. 
 Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) 
horas consecutivas para descanso. 
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Exemplo: O empregado trabalha de segunda a sábado. No sábado sai às 22 horas. O dia do 
repouso semanal remunerado é domingo e deve-se descansar 24 horas. O empregado pode 
começar a trabalhar às 9 horas da manhã na segunda-feira, sob pena de recebimento de 
hora extra, caso o empregado comece a trabalhar antes deste horário. Suspende a contagem 
de qualquer intervalo quando começa a contagem do descanso semanal remunerado. 
Repouso semanal remunerado/descanso hebdomadário – 24 horas de descanso ao 
empregado. Lei 605/49. Preferencialmente no domingo. A mulher tem que descansar dois 
domingos. 
Art. 1º Lei 605/49. Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de 
vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das 
exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a 
tradição local. 
Artigo 6º da lei 605/49. Para ter direito ao recebimento do descanso deve o 
empregado ter pontualidade e assiduidade. 
Art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado 
não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu 
horário de trabalho. 
§ 1º São motivos justificados: 
a) os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da Consolidação das Leis do 
Trabalho; 
b) a ausência do empregado devidamente justificada, a critério da administração do 
estabelecimento; 
c) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha 
havido trabalho; 
d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos, em virtude do seu casamento; 
e) a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente do trabalho; 
f) a doença do empregado, devidamente comprovada. 
§ 2º A doença será comprovada mediante atestado de médico da instituição da 
previdência social a que estiver filiado o empregado, e, na falta deste e sucessivamente, 
de médico do Serviço Social do Comércio ou da Indústria; de médico da empresa ou por 
ela designado; de médico a serviço de representação federal, estadual ou municipal 
incumbido de assuntos de higiene ou de saúde pública; ou não existindo estes, na 
localidade em que trabalhar, de médico de sua escolha. 
§ 3º Nas empresas em que vigorar regime de trabalhoreduzido, a frequência exigida 
corresponderá ao número de dias em que o empregado tiver de trabalhar. 
Exemplo: se o empregado faltar um dia na semana de forma injustificada não recebe 
pelo descanso semanal remunerado, mas o direito ao descanso ele terá de qualquer forma. 
Artigo 62 da CLT. Sem controle de jornada. Exemplo: quem exerce atividade externa 
não há como controlar a jornada de trabalho. Nestes casos, o empregador não tem que 
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pagar hora extra. Gerente de banco geral, chamado “gerentão” não tem direito a hora extra, 
porque não tem controle, tem amplos poderes de gestão e recebe 40% a mais da 
remuneração que exercia. 
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário 
de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994) 
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se 
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento 
ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994) 
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados 
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, 
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo 
salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). 
 
2. Remuneração e salário 
Artigos 457 ao 467 da CLT. 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, 
além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do 
serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as 
comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos 
pelo empregador. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem 
que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo 
empregado. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao 
empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como 
adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. 
 
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os 
efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que 
a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. 
Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
§ 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não 
podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do 
salário-mínimo (arts. 81 e 82). 
§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as 
seguintes utilidades concedidas pelo empregador: (Redação dada pela Lei nº 10.243, de 
19.6.2001) 
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I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados 
no local de trabalho, para a prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 
19.6.2001) 
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os 
valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material 
didático; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso 
servido ou não por transporte público; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante 
seguro-saúde; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) 
V – seguros de vida e de acidentes pessoais; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 
19.6.2001) 
VI – previdência privada; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) 
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. (Incluído pela Lei nº 12.761, de 2012) 
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender 
aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco 
por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. 
§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela 
correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número 
de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade 
residencial por mais de uma família. 
 
 Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não 
deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a 
comissões, percentagens e gratificações. 
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais 
tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. 
 
Art. 460 - Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância 
ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma 
empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço 
semelhante. 
 
Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo 
empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, 
nacionalidade ou idade. 
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual 
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo 
de serviço não for superior a 2 (dois) anos. 
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal 
organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos 
critérios de antiguidade e merecimento. 
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§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente 
por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional. 
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou 
mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma 
para fins de equiparação salarial. 
 
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do 
empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de 
contrato coletivo. 
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que 
esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado 
§ 2º - É vedado àempresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos 
empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer 
qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do 
armazém ou dos serviços. 
§ 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não 
mantidos pela Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de 
medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços 
prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício das 
empregados. 
§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer 
forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário. 
 
Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. 
Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo 
considera-se como não feito. 
 
Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo 
empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não 
sendo esta possível, a seu rogo. 
 Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, 
aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em 
estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho. 
 
 Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, 
dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo 
quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo 
anterior. 
 
Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a 
transação a que se referem. 
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§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das 
percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva 
liquidação. 
§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e 
percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo. 
 
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o 
montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à 
data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob 
pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento". 
 
Remuneração e salário têm conceitos diferentes, mas pode ser que o salário seja 
igual à remuneração. Salário é a importância paga pelo empregador. Artigo 457, §1º da CLT. 
Exemplo: funcionária contratada para trabalhar em loja de roupa para ganhar R$ 700,00 de 
salário e mais 2% em cima de cada venda. No primeiro mês ela recebeu R$ 4.500,00 das 
vendas + os R$ 700,00 fixos. Nos demais meses as vendas caíram. A empregada percebeu 
que os 8% do FGTS são pagos sobre os R$700,00, mas deveriam ser calculados sobre tudo 
que ela ganha, incluindo as vendas. 
Exemplo: Funcionário que ganha a chamada “gueltas”, porcentagem em cima de 
determinados remédios vendidos. 
 Comissão, porcentagem, diária de viagem, abono tudo isto é salário. 
 Remuneração = salário (importância paga pelo empregador) + gorjetas (valores pagos 
por terceiros). 
Exemplo: gorjeta paga em restaurante é para o estabelecimento que rateia entre os 
empregados. Existem restaurantes que contratam garçom com salário de R$2.000,00, mas 
recebe as gorjetas que é em média R$3.000,00. Total de R$5.000,00 de remuneração. 
Observação: “Tip share”. Gorjetas pagas com incidência por fora, não incluídas na 
remuneração. Restaurante “Outback” foi condenado por esta prática. As férias, décimo 
terceiro etc. do empregado devem ser pagas pelo empregador em cima da remuneração. 
 A Súmula 354 do TST prevê o que é gorjeta e o que não se toma por base a gorjeta: 
hora extra; adicional noturno, aviso prévio e repouso semanal remunerado. 
Súmula nº 354 do TST 
GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 
e 21.11.2003 
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas 
espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo 
Direito do Trabalho 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e 
repouso semanal remunerado. 
 8% de FGTS do garçom do exemplo incidem sobre a remuneração, porque não é um 
dos que estão elencados na súmula. 
 
 2.1 Diárias para viagem 
 Tem natureza salarial. 
Exemplo: empregado com salário de R$5.000,00 e recebe diária de viagem no valor de 
R$2.000,00. Tem natureza salarial? Não, porque não excede 50% do salário percebido pelo 
empregado. Mas se tivesse recebido R$3.000,00 de diária teria natureza salarial. 
Exemplo: Empregado mora no Rio de Janeiro e trabalha em Belo Horizonte. Empregado foi 
transferido para Belo Horizonte provisoriamente. No Rio o empregado ganhava R$1.000,00. 
O adicional de transferência somente é devido na transferência provisória e a ajuda de custo 
é devida na transferência provisória ou definitiva. Em Belo horizonte o empregado deve 
ganhar pelo menos R$1.250,00, pois a transferência é provisória. Se for definitiva, o 
empregado tem direito aos mesmos R$1.000,00 que ganhava no Rio de Janeiro. Se o 
empregado ganhava R$1.250,00 em Belo Horizonte e volta para o Rio de Janeiro volta a 
ganhar os R$1.000,00, pois que o adicional de transferência é salario condição, somente 
percebido enquanto a situação se perdura. 
 A Doutrina classifica a duração provisória ou definitiva nos prazos de 2 a 10 anos. A 
jurisprudência entende que depende do que o empregador diz ao empregado, do ânimus do 
empregador. Exemplo: Empregado ficou 11 anos sendo transferido. TST entendeu que há 
interinidade e não definitividade. 
 OJ 113 da SDI-1 – o que determina o pagamento do adicional é a sua transitoriedade. 
113. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO 
CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A TRANSFERÊNCIA SEJA 
PROVISÓRIA 
O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de 
transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto 
legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória. 
O adicional de transferência tem natureza salarial, ou seja, integra para efeito de 
férias, décimo terceiro e FGTS. 
Observação: Integração X Incorporação 
Incorporar é fazer parte do patrimônio do empregado, sem perdê-lo. 
Direito do Trabalho 
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Este adicional de transferência não incorpora, pois, o empregado pode perdê-lo. 
Outros exemplos são o adicional de periculosidade; gratificação denominada “quebra de 
caixa” para cobrir eventuais descontos de quem trabalha com dinheiro. Exemplo: caixa de 
banco. Eles integram o salário para todos os fins. 
Se o empregador continuar a pagar o saláriocondição quando o empregado já saiu 
daquela condição passa o valor a incorporar como gratificação. 
 
2.2 Salário complessivo 
Súmula 91 do TST. 
Súmula nº 91 do TST 
SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para 
atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. 
Exemplo: Empregado chamado para trabalhar e ganhar R$ 7.000,00 de salário + hora 
extra + hora noturna e comissão da venda dos produtos, independentemente de 
discriminação do que é o que. 
Nosso ordenamento jurídico não permite o salário complessivo. A consequência é 
como se o empregador não tivesse pagado nada. “Quem paga mal paga duas vezes”. 
 
2.3 Salário “in natura” 
Dentro das parcelas pagas pelo empregador há aquelas que não são pagas em 
dinheiro. Artigo 458 da CLT. 
Exemplo: empregada trabalha para o empregador e este lhe concede casa para 
moradia a fim de facilitar seu trabalho. Neste caso, a moradia é considerada salário, uma vez 
que foi concedida pelo trabalho de forma habitual e gratuita. 
Observação: Não é permitido o denominado “truck system”. Exige-se que se pague 
ao empregado 30% do salário em espécie e 70% pagos em utilidade. 
Parcelas que possuem natureza salarial, em regra: 
 Habitação; 
 Alimentação - Súmula 241 do TST; 
 Vestuário. 
Súmula nº 241 do TST 
SALÁRIO-UTILIDADE. ALIMENTAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Direito do Trabalho 
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O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, 
integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais. 
 
Requisitos para ter natureza salarial: parcela fornecida com habitualidade e pelo 
trabalho. 
Quando for a parcela fornecida para o trabalho não tem natureza salarial. Exemplo: 
Fornecer casa para o caseiro tomar conta da casa. A casa é para o trabalho, portanto, não 
tem natureza salarial. 
Exemplo: Condomínio que concede apartamento ao porteiro para que ele tome 
conta do prédio e vigia dos demais empregados, é para o trabalho, então não tem natureza 
salarial. 
Exemplo: Empresa concede café da manhã, almoço e lanche da tarde aos 
empregados. O almoço estava inscrito no Programa de alimentação do trabalhador - PAT, 
não possuindo, portanto, natureza salarial, mas o café da manhã e lanche da tarde não, 
possuindo natureza salarial, pois era concedido com habitualidade. Se retirar, estará 
reduzindo o salário, então não pode. No acordo coletivo pode colocar que a alimentação 
tem natureza indenizatória ou incluir no PAT o café da manhã e lanche da tarde. A súmula 51 
do TST diz que este tipo de alteração não afeta o contrato de trabalho dos empregados 
antigos, mas sim dos novos. 
 
Súmula nº 51 do TST 
NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 
468 DA CLT (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas 
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração 
do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973) 
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado 
por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ nº 163 
da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999) 
 
Cesta básica conferida ao empregado somente em dezembro não tem natureza 
salarial, diferente da fornecida todo mês, a não ser se fornecida por acordo coletivo como 
natureza indenizatória ou prêmio ao empregado. 
Plano de saúde dado pela empresa não tem natureza salarial. Algumas parcelas não 
possuem natureza salarial, pois que são excluídas por lei ou nocivas à saúde. Artigo 458, §2º 
da CLT: 
Direito do Trabalho 
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doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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P revidência privada 
A ssistência médica, hospitalar e odontológica 
S eguro de vida 
T ransporte 
E ducação 
V estuário 
V ale cultura 
Exemplo: Empregado dispensado que tinha plano de saúde fornecido pela empresa, 
em iminência do empregado fazer uma cirurgia. A jurisprudência entende que o fato de o 
empregado prestar serviços a empresa deve lhe conferir a manutenção do plano de saúde. 
O transporte que não tem natureza salarial é, por exemplo, o fornecido pelo 
empregador para buscar e levar o empregado em casa. 
Exemplo: Empregador deixa um carro com o empregado. Neste caso tem natureza 
salarial, pois que o carro será usado para questões particulares. 
Exemplo: Empregado ganha salário e veículo para realização do serviço. Este veículo 
é para o trabalho. Este empregado viaja todo fim de semana com o veículo e usa para fins 
particulares também, além de para o trabalho, incide a súmula 367 do TST não tendo, ainda 
assim, natureza salarial. 
 
Súmula nº 367 do TST 
UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO 
INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 24, 131 e 
246 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, 
quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda 
que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades 
particulares. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 131 - inserida em 20.04.1998 e ratificada pelo Tribunal 
Pleno em 07.12.2000 - e 246 - inserida em 20.06.2001) 
II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. (ex-OJ 
nº 24 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996) 
Exemplo: Empregada contratada para trabalhar com uniforme do escritório. Este 
uniforme é vestuário fornecido para o trabalho, então não tem natureza salarial. Agora, 
recepcionista recebe R$1.500,00 de salário e todo mês ela vai ao shopping comprar roupa. 
Neste caso, a roupa é pelo trabalho, terá natureza salarial. 
Direito do Trabalho 
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Os 70% de utilidades não podem ser concedidos somente em uma parcela, exemplo: 
tudo em roupa. Cada Estado atribui o quantum devido em cada parcela. 
 
2.4 Pagamento do salário 
Artigo 464 da CLT. Pago até o quinto dia útil do mês. Cuidado: É convencionado pelo 
empregador o pagamento todo dia 30 do mês e depois muda para o dia 3. Segundo o TST, 
não há problema, se ocorrer o pagamento até o quinto dia útil do mês subsequente. 
O salário deve ser pago em moeda corrente. Exemplo: rescisão indireta do contrato 
do jogador de futebol por receber em dólar. 
Precedente normativo 58. O pagamento do salário ao analfabeto deve ser efetuado 
na presença de duas testemunhas. 
 
2.5 Equiparação salarial 
O equiparando terá o mesmo salário do paradigma, modelo. Artigo 461 da CLT c/c 
Súmula 6 do TST. 
Súmula nº 6 do TST 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada) – Res. 
198/2015, republicada em razão de erro material – DEJTdivulgado em 12, 15 e 
16.06.2015 
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal 
organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, 
apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da 
administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da 
autoridade competente. (ex-Súmula nº 06 – alterada pela Res. 104/2000, DJ 20.12.2000) 
II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo 
de serviço na função e não no emprego. (ex-Súmula nº 135 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 
e DJ 15.10.1982) 
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a 
mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, 
ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003) 
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, 
reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se 
relacione com situação pretérita. (ex-Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970) 
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função 
em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do 
paradigma e do reclamante. (ex-Súmula nº 111 - RA 102/1980, DJ 25.09.1980) 
Direito do Trabalho 
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VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o 
desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto: 
a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência 
de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em 
defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou 
extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma remoto, 
considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço 
na função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados paradigmas 
componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato. 
VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação 
salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja 
aferição terá critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003) 
VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da 
equiparação salarial. (ex-Súmula nº 68 - RA 9/1977, DJ 11.02.1977) 
IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças 
salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. (ex-Súmula 
nº 274 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em 
princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, 
pertençam à mesma região metropolitana. (ex-OJ da SBDI-1 nº 252 - inserida em 
13.03.2002) 
Requisitos para a Equiparação salarial: 
 Mesmo empregador; 
 Mesma localidade - Súmula 6, X do TST; 
 Mesma função – com simultaneidade e mesma perfeição técnica. 
Exemplo: Escritório de advocacia que contrata advogado com carteira assinada, 
tendo quadro de carreiras não homologado pelo Ministério do trabalho. O quadro de 
carreiras impede a equiparação salarial, somente se homologado no Ministério do trabalho. 
Pelo Princípio da primazia da realidade não importa o que está escrito, mas sim a função 
exercida dentro da empresa.

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