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2 Versão 1 Ano 2012 INSTALADOR E REPARADOR DE REDES DE COMPUTADORES Cleber Gomes Caldana Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores © Copyright by 2012 - Editora IFPR IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ Reitor Prof. Irineu Mario Colombo Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação Silvestre Labiak Junior Organização Marcos José Barros Cristiane Ribeiro da Silva Projeto Gráfico Leonardo Bettinelli Diagramação Allan Vitikaski Introdução Este material didático tem como finalidade abordar conceitos teóricos e disponibilizar atividades práticas para o curso de Instalador e Reparador de Redes de Computadores. O referido curso, segundo o Guia PRONATEC, visa formar um profissional que: “Planeja, instala e repara redes de computadores sob supervisão técnica permanente, prestando suporte téc- nico no uso de equipamentos e programas e efetuando configurações de recursos e sistemas locais e remotos de redes, de acordo com projetos e normas técnicas, em condições de qua- lidade, segurança, preservação ambiental e patrimonial”. SUMÁRIO Unidade 1 1 . O Mundo do Trabalho............................................................................................09 1.1 Ética: o que se trata?.............................................................................................09 1.2 Marketing Pessoal ................................................................................................10 1.3 Empreendedorismo................................................................................................10 1.4 O Empreendedor: Conceito e Características......................................................11 Unidade 2 1 . A Arquitetura de um computador.......................................................................13 Unidade 3 3 . Redes de computadores (Estrutura Física) .......................................................17 3.1 Classificação das redes de computadores ...........................................................18 3.2 Comunicação de dados/mensagens ....................................................................20 3.3 Meios de transmissão ..........................................................................................22 3.4 Redes sem fio (Wireless Networks) ......................................................................24 3.5 Equipamentos de redes de computadores ...........................................................24 3.6 Equipamentos de rede sem fio .............................................................................26 3.7 Ferramentas para redes de computadores ..........................................................27 Unidade 4 4 . Redes de computadores (Estrutura lógica) ......................................................28 4.1 Protocolos ............................................................................................................28 4.2 Endereçamento IP ...............................................................................................29 4.3 Máscara de sub-redes ......................................................................................... 30 Unidade 5 5. Tutoriais ................................................................................................................31 5.1 Tutorial 1 - Montagem de um cabo de par trançado ............................................31 5.2 Tutorial 2 – Instalando uma Placa de Rede..........................................................34 5.3 Tutorial 3 – Configurar Rede Lógica (TCP/IP) ......................................................35 Unidade 6 6. Atividades .............................................................................................................38 Unidade 7 7. Auto avaliação ......................................................................................................41 Referências ..............................................................................................................43 9 Unidade 1 1. O MUNDO DO TRABALHO 1.1. ÉTICA: O QuE SE TRATA? A Ética pode ser considerada uma área do conhecimento que trata do bom ou mau / certo ou errado. Em relação a origem da palavra, a ética vem do grego “ethos”, e tem seu correlato no latim “morale”, com o mesmo significado. “A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”. (VALLS, 1993 apud VELASQuES, 1999). MOREIRA (2001) destaca que alguns autores diferenciam ética e moral de vários modos: • Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas; • Ética é permanente, moral é temporal; • Ética é universal, moral é cultural; • Ética é regra, moral é conduta da regra; • Ética é teoria, moral é prática. A todo o momento nos deparamos com questões éticas como, por exemplo: • Direitos desiguais em função de religião, raça, sexo e ‘direitos especiais e minorias; • O aborto; • A exploração do próximo, (enriquecimento ilícito por meio de mal uso da política, prostituição, guerras e embargos...); • A violência (individual, social, institucional); • Perpetuação da ignorância como instrumento de poder e manipulação; • A miséria; E se faz necessário ter clareza que, conforme o conjunto de valores e crenças de cada indivíduo, o mesmo assumira determinadas posturas frente aos exemplos apresentados anteriormente. Tais aspectos éticos também são apresentados no cotidiano das organizações, ou seja, tem-se o conceito de Ética Empresarial, que de acordo com MOREIRA (2001): “É em essência, a determinação das pessoas que fazem parte de uma sociedade, empresa, fun- dação ou associação de primarem pelas ações enraizadas nos valores de honestidade, verdade e justiça, em quaisquer atividades nas quais representam essas sociedades: (compra, venda, concorrência, relações trabalhistas, relações sociais diretas com a comunidade local, relações sociais com a macro sociedade, relações com o governo, relações com os órgãos financeiros, transparência, qualidade do produto oferecido, eficiência do serviço prestado, respeito ao con- sumidor, etc..” 10 Assim, tem-se que a ética, busca compreender o núcleo da conduta humana, ela não é relativa, no sentido de ser uma aqui e outra ali, ela é OBJETIVA e universal, TRANSCENDE ÀS PESSOAS. VELASQuEZ (1999) 1.2. MarketiNg PESSOAL As organizações estão cada vez mais na busca dos melhores colaboradores. Para tanto só experiência profissional não basta, e necessário ser um profissional ético, que possua boa capacidade de comunicação, a habilidade de se auto motivar e de motivar as pessoas a sua volta. Tais características fazem parte do perfil buscado pelas organizações para ser seus futuros colaboradores. Aspectos que merecem atenção especial: • Acreditar na própria capacidade de realização e de superação de dificuldades; • Estar pronto para as mudanças, pois elas sempre acontecerão; • Possuir atitude positiva na resolução de problemas; • Ter clareza dos objetivos que se quer atingir; • Manter-se motivado; • Ser gentil e atencioso com as pessoas, fazendo com que esta característica o dife- rencie dos demais; • A apresentação pessoal e muito importante para o desenvolvimento profissional; • utilize-se de linguagem formal no ambiente das organizações. 1.3. EMPREENDEDORISMO A definição de empreendedor evoluiu com o decorrer do tempo, à medida que a estrutura econômica mundial mudava e ficava mais complexa. De acordo com HISRICH e PETERS (2004, p.26), o termo empreendedor vem do francês entrepreneur e seu sentido literal inicial é “aquele que está entre” ou “intermediário”. De acordo com o autor, um dos pri- meiros “intermediários” foi Marco Pólo que tentou estabelecer rota comercial com ooriente. Ele como comerciante buscava financiamento com a pessoa que possuía bens e pagava uma quantia pelo empréstimo e após a viagem dividia os lucros com o financiador. DORNELAS (2005) descreve que na idade média, o empreendedor era o indivíduo que gerenciava grandes projetos, mas não corria muitos riscos, geralmente eram membros dos governos. um típico empreendedor desta fase é o clérigo que era encarregado de obras como castelos e fortificações. O autor afirma que no século XVII o empreendedor era a pessoas que fazia algum acordo com o governo para desempenhar um serviço ou fornecer um produto, como o valor do contrato era fixo, os lucros e prejuízos eram totalmente do empreendedor. 11 CANTILLON apud HISRICH e PETERS (2004,p.29) desenvolveu umas das primeiras teorias do empreender pois observando que os comerciantes e outros proprietários “ compram a um preço certo e vendem a um preço incerto, portanto operam com risco”, ou seja para ele o empreendedor é aquele que trabalha com e assume os riscos. Já o termo empreendedorismo pode ser considerado algo relativamente novo, que tem sido muito explorado neste século. Não há, porém, um consenso entre os autores sobre a definição deste, uma vez que, segundo HISRICH, PETERS e SHEPHERD (2004, p. 30), “existem empreendedores em todas as áreas” e, desta forma, cada um vê empreendedorismo sob seu prisma. HISRICH, PETERS e SHEPHERD (2004), definem empreendedorismo como: “Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e da independência financeira e pessoal”. Outro conceito complementar de empreendedorismo é apresentado por DORNELAS (2003, p.35), o qual afirma que o mesmo “significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar, de forma incessante, novas oportunidades de negócio, tendo como foco a ino- vação e a criação de valor.” Essa criação de valor ocorre pelos empreendedores, geralmente, criarem algo novo, onde não havia nada antes; valor esse que é criado dentro das empresas e do mercado. (MORRIS e KuRATKO (2002) apud DORNELAS, 2004) 1.4. O EMPREENDEDOR: CONCEITO E CARACTERíSTICAS DOLABELA (1999) afirma que duas correntes principais tendem a conter elementos comuns a maioria das definições existentes. São as dos economistas que associaram o em- preendedor a inovação e a tolerância a riscos e os comportamentalistas que enfatizam aspec- tos atitudinais como a criatividade e a intuição. DOLABELA (1999) define que o empreendedor é uma pessoa que compra uma em- presa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir seja na forma de fazer propaganda dos seus produtos e/ou serviços, agregando no- vos valores. Para FILION (1999) um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões, além de ser uma pessoa criativa é marcada pela capacidade de planejar e alcançar metas, mantendo a mente sempre atenta, dessa forma continua sempre a aprender a respeito de novas oportunidades de negócio. DEGEN (1989) ressalta ser raro os traços de personalidade e comportamento que impulsionam a concretização de novas ideias, no entan- to afirma que as pessoas que tem vontade de criar, realizar, se destacam independente da área de atuação fazendo com que as coisas realmente aconteçam. As características empreendedoras podem ser adquiridas e desenvolvidas. O em- preendedor deve identificar as características que exigirá seu trabalho e se adequar a elas. DOLABELA (1999) ressalta que o empreendedor não é fruto de herança genética e por isso é possível que as pessoas aprendam a ser empreendedora, não em um sistema tradicional, mas sim em um sistema de aprendizagem específico e singular. 12 As mudanças pessoais no desenvolvimento do empreendedor devem ocorrer em qua- tro esferas: Comportamental; Gerencial; Técnica; Cultural. Os empreendedores normalmente apresentam as seguintes características: Energia; Autoconfiança; Objetivos de longo prazo; Tenacidade; Fixação de metas; Assumir riscos moderados; Atitude positiva diante do fracasso; utilização do feedback sobre o seu comportamento; Iniciativa; Saber buscar e utilizar recur- sos; Não aceitar padrões impostos; Tolerância à ambiguidade e à incerteza. De acordo com DORNELAS (2001) os empreendedores possuem ainda habilidades: Técnicas: saber escrever, capaz de ouvir as pessoas e captar informações, bom orador, saber liderar e trabalhar em equipe. Ter experiência na área de atuação; Gerenciais: Administração de marketing, finanças, produção, estratégia, tomada de decisão, negociação; Pessoais: dis- ciplina, persistência, assumir riscos, inovador, orientado para mudanças,visionário. 13 Unidade 2 2. A ARQUITETURA DE UM COMPUTADOR O computador é uma máquina composta por dispositivos eletrônicos que são projeta- dos para receber dados, realizar cálculos, processar informações, executar decisões lógicas e exibir as informações processadas. Os dispositivos físicos que compõem um computador são chamados de Hardware (Exemplo: Placa Mãe, Processador, Discos e Memória) e os progra- mas executados são denominados Software (Exemplo: Sistema Operacional, Editor de Texto, Navegadores, entre outros). A arquitetura geral dos computadores compreende unidades ou seções conforme mostram a figura 01: Figura 01: Arquitetura Geral do Computador Entrada e Saída: Estes dispositivos, denominados Periféricos, possibilitam a entra- da de dados no computador para o processamento (Entrada) ou exibem as informações pro- cessadas e armazenadas pelo computador (Saída). A seguir estão descritos e exemplificados os principais tipos de periféricos. Teclado Mouse Webcam Scanner Leitor de barras Leitor Digital Figura 02: Exemplos de Periféricos de Entrada Impressora Monitor Plotter Caixa de Som Projetor Fone de ouvido Figura 03: Exemplos de Periférico de Saída 14 Armazenamento: São dispositivos que tem como finalidade armazenar as informa- ções processados pelo computador. Os dispositivos de armazenamento são classificados como memória interna ou principal e memória externa ou auxiliar. A memória interna, definida como RAM (random access Memory), armazena as infor- mações que estão sendo inseridas e processadas pelo usuário durante o uso do computador, as informações contidas nessa memória são perdidas ao desligar o computador. A memória externa armazena as informações do usuário de forma permanente para posterior leitura, al- teração ou processamento. Alguns exemplos de memórias secundárias ou externas são: HD (Hard-Disc), Pen-Drive, DVD, CD, etc.. Figura 04: Memória Interna / Principal (RAM) Figura 05: Exemplos de Memórias Externas / Auxiliares Processamento: A Unidade Central de Processamento ou CPU (Central Proces- sing Unit) é composta por diversos componentes que realizam todo o rocessamento (compa- rações, cálculos, decisões lógicas, entre outros) das informações e realiza a interligação entre todos os dispositivos do computador (periféricos de entrada, saída, memórias e processador). Processador: Principal componente do computador que executa todo o processa- mento das informações. O processador define a velocidade de processamento do computador e executa cálculos, comparações, decisões lógicas, comparações, etc.. Figura 06: Microprocessadores Placa Mãe ou Motherboard: Componente responsável por interligar todos os com- ponentes. A figura 7 exibe as principais conexões da placa mãe para os periféricos, placas, memórias e processador. 15 Figura 7: Esquema da Placa Mãe Figura 8: Principais Conexões da Placa Mãe 16 Barramentos e Slots: Barramentos são as linhas de comunicação da placa mãe que realizam a comunicação entre os dispositivos conectados. A conexãodos dispositivos (peri- féricos, memórias, processadores, entre outros) nos barramentos da placa mãe é realizado através dos Slots. Atualmente há diversos modelos de Barramentos/Slots, entre eles: PCI, PCMCIA e USB. Figura 09: Barramentos Figura 10: Tipos de Slots Gabinete: Estrutura metálica composta por uma fonte de alimentação de energia para os componentes embutidos no gabinete (CPU, HD, entre outros). Os modelos de gabinetes mais utilizados são: Torre, Mini Torre, Mesa/Desktop. Figura 11: Exemplos de Gabinetes 17 Unidade 3 3. REDES DE COMPUTADORES (ESTRUTURA FíSICA) Rede de computadores é uma estrutura composta por hardware (equipamentos) e softwares (programas) que permite a comunicação e compartilhamento de informações entre dois ou mais computadores através de um sistema de comunicação. O sistema de comuni- cação é o modelo que descreve como os computadores estão interligados e as regras que organizam o tráfego das informações. Figura 12: Esquema de uma Rede de Computadores Dentre os principais objetivos e vantagens das Redes de Computadores, destacam-se: Compartilhamento de recursos: tornar acessíveis a cada computador da rede os dados e dispositivos que existem dentro da organização. Assim, impressoras, unidades de CD-rOM, discos, conexões a outras redes podem ser utilizados por todos os computadores da rede; Aumento da confiabilidade: pode-se, por exemplo, ter multiplicados os arquivos em duas ou mais máquinas para que, em caso de defeito de uma delas, cópias dos arquivos continuem acessíveis em outras máquinas. Além disso, o sistema pode continuar operando em caso de defeito em um computador, pois outra máquina pode assumir a sua tarefa. A con- tinuidade de funcionamento de um sistema é ponto importante para um grande número de aplicações, como: aplicações militares, bancárias, etc.. Redução de custos: computadores de pequeno porte apresentam uma relação pre- ço/desempenho melhores que os grandes. Assim, sistemas que utilizariam apenas uma má- quina de grande porte e de custo muito elevado podem ser concebidos à base da utilização de um grande número de microcomputadores (ou estações de trabalho), manipulando dados presentes em um ou mais servidores de arquivos. Além disto, os computadores pessoais, em 18 sua maioria são de arquitetura aberta, possibilitando a escolha de diversos fornecedores de hardware, software, treinamento e suporte técnico; Redução da redundância de dados: No compartilhamento de recursos é eliminada a duplicidade da mesma informação em diversos computadores. Por exemplo, evitaria que uma planilha para controle de estoque, utilizada por vários funcionários, estivesse com versões diferentes, em máquinas diferentes. 3.1 CLASSIFICAçãO DAS REDES DE COMPUTADORES As redes de computadores podem ser classificadas quanto a sua abrangência geo- gráfica. Os tipos de redes de computadores quanto a sua abrangência geográfica são PAN, LAN, MAN e WAN. Redes Locais Redes Metropolitanas Redes de Longa distância Pequena extensão geográfica. Meio físico proprietário (não compartilhado com outras organizações). Menores taxas de erros. Taxas constantes de transmissão. Média extensão geográfica. Normalmente, utilizadas por empresas com várias sedes em uma mesma cidade. Utilizam-se de links de rádio ou fibras ópticas. Normalmente ligam diversas redes locais. Meio físico proprietário ou compartilhado. taxas de transmissão variáveis (dependendo do meio físico) Grandes extensão geográfica. Serviços públicos de comunicação. Meio físico não proprietário (compartilhado com várias orga- nizações). Maiores taxas de erros de trans- missão. Taxas variáveis de transmissão (variando de alguns Kbytes/s até a Gbytes/s Tabela 01: Tipos de Redes quanto a Abrangência Geográfica PAN – Personal Area Network: Rede de Área Pessoal que permite a conexão de vários dispositivos em uma área geográfica muito pequena (dezena de metros). Figura 13: Rede Pessoal de Computadores 19 LAN – Local Area Network: Redes de Áreas Locais permitem a conexão de vários computadores em uma área geográfica relativamente pequena para troca de arquivos, men- sagens e compartilhamento de recursos (impressora, internet, etc.); Figura 14: Rede Local de Computadores MAN – Metropolitan Area Network: Redes de Áreas Metropolitanas permitem a co- nexão de vários computadores ou interligam redes locais em uma área geográfica que com- preende redes localizadas em localidades, cidades ou estados diferentes; Figura 15: Rede Metropolitana de Computadores WAN – Wide Area Networks: Redes de Áreas Amplas interconectam computadores ou redes de computadores localizados em áreas geográficas distantes. A Internet é um exem- plo de redes de computadores do tipo WAN. Figura 16: Rede Ampla (Mundial) de Computadores 20 Outra classificação para as Redes de Computadores é quanto ao modelo de co- municação utilizado (Topologia). Os tipos de redes quanto a sua topologia são: Redes ponto-a-ponto: Rede estruturada com apenas dois pontos de comunica- ção. Quando dois computadores que não estão diretamente conectados desejam se co- municar fazem de modo indireto enviando a mensagem por meio de um terceiro compu- tador ligado a rede. A mensagem é recebida integralmente pelo computador intermediário que retransmite ao próximo computador; Redes multiponto ou de difusão: Todos os computadores ligados nesta topolo- gia de rede compartilham um único canal de comunicação. Uma mensagem é enviada por um computador e recebida por todos os demais conectados na rede, sendo usado um en- dereço na mensagem para identificar o destinatário. As redes locais pertencem geralmen- te a esse tipo de redes. Alguns tipos de topologias de redes de difusão são o barramento, o satélite e o anel. Ponto-a-ponto Multiponto ou Difusão Figura 17: Topologia de Redes de Computadores As topologias de rede definem a organização dos dispositivos de rede. Essas topo- logias podem ser ordenadas de maneira física (como os computadores estão conectados fisicamente) ou lógica (forma como os equipamentos compartilham o meio físico comum). uma rede pode utilizar topologias diferentes na sua organização física e lógica. Por exemplo, atualmente as topologias de barramento e anel são organizadas, de modo geral, fisicamente como uma estrela. 3.2 COMUNICAçãO DE DADOS/MENSAGENS A comunicação utilizada pelas redes de computadores é classificada quanto ao seu tipo, forma ou sentido da transmissão das mensagens enviadas entre os computadores inter- ligados em uma rede. As classificações são explicitadas nas figuras 18 e 19: 21 Figura 18: Tipos de Comunicação Comunicação Unidirecional (simplex): Há fluxo de informações em um único sentido. Comunicação Bidirecional Alternada (Hall-Suplex): Há um fluxo de informações em am- bos os sentidos, mas não ao mesmo tempo. 22 Comunicação Bidirecional Simultânea (Full-Duplex): Há um fluxo de informações em ambos os sentidos simultaneamente. Transmissão Paralela: Na transmissão pa- ralela, os bits que compõem um carácter são transportados de forma simultânea, cada um possuindo seu próprio canal. Transmissão Serial: Na transmissão serial, os bits que compõem um carácter são trans- portados um após o outro, utilizando apenas um canal. Figura 19: Forma de Comunicação. 3.3 MEIOS DE TRANSMISSãO Os meios de transmissão são os meios físicos que transportam as informações entre os computadores conectados em uma rede. Os meios de transmissão mais utilizados atualmente são: Cabo de Par Trançado: O cabo de par trançado (também chamado de uTP – Un- shielded twisted Pair) é baseada na tecnologia de cabos comuns de telefone sendo uma das tecnologias mais utilizadas como meio de transmissão. São necessários equipamentos adicio- nais (hub, switch, roteadores, etc.) para a elaboraçãode uma rede de computadores utilizando o cabo de par trançado. Figura 20: Cabo de Par Trançado 23 Cabo de Par Trançado Vantagens Desvantagens • Tecnologia bem difundida com vários forne- cedores para cada componente adicional; • Falha localizada: uma falha afeta somente os computadores conectados ao componen- te que falhou. Exemplo: uma falha no cabo entre o hub e o computador afeta somente o computador; • Meio barato: o par trançado e os conectores são de baixo custo; • Possibilita construir redes hierárquicas de nível médio para isolar tráfego e falhas; • Escalável para ambientes de redes maio- res, ou seja, é possível conectar novos hubs/ switchs à rede existente; • Fácil para adicionar um novo computador – basta simplesmente conectá-lo no hub mais próximo. • Componentes adicionais como hub e/ou switchs são necessários; • Componentes adicionais, os quais devem ter manutenção e ser monitorados periodica- mente, são necessários; • O meio é muito susceptível a ruídos de in- terferência; • Limitado a curtas distâncias. (máx. 100 metros). Tabela 02: Cabo de Par Trançado (Vantagens / Desvantagens) Fibra Óptica: A transmissão em fibra óptica é realizada pelo envio de um sinal de luz modulado, através de um cabo ótico. O cabo consiste de um filamento de sílica ou plástico, por onde é feita a transmissão de luz. Ao redor do filamento existe outra substância de baixo índice de refração, que faz com que os raios sejam refletidos internamente, minimizando, assim, as perdas de transmissão. A fibra óptica é imune à interferência eletromagnética e a ruídos, e por não irradiar luz para fora do cabo ela permite um isolamento completo entre o transmissor e o receptor. Figura 21: Cabo de Fibra Óptica Fibra Óptica Vantagens Desvantagens • Capacidade de suportar altíssima taxa de transmissão; • Não sofre interferências eletromagnéticas; • Possibilidade de ser usada para ligar longas distâncias. • Custo elevado; • Necessidade de conhecimento elevado para instalação e conexão dos dispositivos; • Necessidade de equipamentos especiais para interconexão. Tabela 03: Fibra Óptica (Vantagens/Desvantagens) 24 3.4 REDES SEM FIO (WireleSS NetWOrkS) As redes sem fio (WLANs) suportam as mesmas funcionalidades que as redes com meio de transmissão a fio, mas utilizam a tecnologia de transmissão baseada em ondas. Os meios transmissão de dados das redes sem fio são: radiodifusão, micro ondas, infravermelho e laser. Figura 22: Rede sem Fio (Wireless) 3.5 EQuIPAMENTOS DE REDE DE COMPuTADORES A instalação de uma rede de computadores envolve um conjunto de equipamentos específicos conforme a tecnologia e topologia de rede a ser estruturada. A seguir serão expla- nados os principais equipamentos utilizados por uma rede de computadores. Placa de Rede: A placa de rede (também denominada como adaptador de rede) é o hardware que controla todo o envio e recepção de dados entre computadores conectados em uma rede. Figura 23: Placa de Rede HUB: O HuB é um dispositivo que tem a função de interligar diversos computadores (através de portas) em uma LAN (rede local). O HuB recebe dados vindos de um computador e os transmite a todos os computadores conectados na rede. No momento em que isso ocor- re, nenhum outro computador consegue enviar outra informação pois a transmissão de uma nova informação ocorre após a informação anterior ter sido completamente distribuído a todos 25 os computadores da rede. A quantidade de portas, ou seja, entradas para conectar compu- tadores na rede variam entre 8, 16, 24 e 32 portas conforme o modelo. Este equipamento é recomendado para redes pequenas e/ou domésticas com poucos computadores. Figura 24: Dispositivo de Rede (HuB) Switch: O Switch é um equipamento com função similar ao HuB, mas sua tecnologia envia informações de maneira mais eficiente, pois os dados transmitidos pelo computador de origem são enviados somente ao computador destino, não a todos os computadores da rede como o HuB faz. Dessa forma o tráfego de informações fica reduzido aumentando o desem- penho da rede. Essa característica do Switch também diminui a ocorrência de erros. Figura 25: Dispositivo de Rede (Switch) Roteadores: O roteador (em inglês “router”) é o dispositivo de rede que permite a interconexão de redes de computadores permitindo a comunicação de dados entre compu- tadores conectados em redes distintas. O roteador possui uma programação que analise os dados da rede e define a melhor rota para a comunicação de dados. Figura 26: Dispositivo de Rede (Roteador) 26 3.6 EQuIPAMENTOS DE REDE SEM FIO Placa de Rede Wireless: A placa de rede wireless é o hardware que permite a cone- xão sem fio entre computadores de uma rede controlando o envio e recepção de dados. Figura 27: Dispositivo de Rede sem Fio (Placa de Rede Wireless) Access Point: O Access Point (ou ponto de acesso) tem a mesma finalidade do HuB em redes com fio mas por ser conexão sem fio não há limite de computadores conectados na rede entretanto o desempenho da transmissão de dados do access Point decai com o acrés- cimo de computadores conectados na rede. Devido a tecnologia sem fio há fatores que inter- ferem na propagação do sinal, entre eles: paredes, portas, fluxo de pessoas, enfim qualquer obstáculo localizado entre o computador e o ponto de acesso. Figura 28: Dispositivo de Rede sem fio (access Point) Roteador Wireless: O roteador wireless tem a mesma finalidade do roteador em re- des com fio entretanto utilizando a tecnologia de transmissão de dados via onda (wireless). Figura 29: Dispositivo de Rede sem fio (Roteador Wireless) 27 3.7 FERRAMENTAS PARA REDES DE COMPUTADORES Existem ferramentas utilizadas para a instalação, reparo e testes em redes de compu- tadores. A seguir são apresentadas algumas ferramentas úteis para essa atividade. Alicate de Crimpagem: Alicate multiuso utilizado para crimpar cabo par trançado de redes de computadores. O termo crimpar significa preparar um cabo de par trançado para conectar dispositivos em uma rede. Figura 30: Alicate de Crimpagem Punch Down: Alicate fixador muito útil que conecta cabos de redes em RJ-45 fêmea. Figura 31: Alicate Puch Down (RJ - 45 Fêmea) Estador de cabo: O testador de cabos confere a transmissão de informações nos cabos de par trançado e conectores RJ-45 para redes de computadores ou telefonia RJ- 11/12. Efetua testes de transmissão e recepção de sinal desde o ponto do usuário (espelho/ caixa de superfície) até hub/switch ou rack (patch panel). Verifica também se os cabos estão conectados de forma correta e a sua polarizarão. Um visor aponta se o cabo testado apre- sentar algum erro. Figura 32: Testador de Cabo 28 Unidade 4 4. REDES DE COMPUTADORES (ESTRUTURA LÓGICA) A implantação de uma rede de computadores compreende, além da estruturação da parte física, a instalação e configuração da parte lógica (software). Os conceitos e recursos inerentes a parte lógica de uma rede de computadores são detalhados neste capítulo. 4.1 PROTOCOLOS Para que as informações trafeguem em uma rede de computadores é importante que todos os dispositivos usem a mesma linguagem ou protocolo. um protocolo é um conjunto de regras que torna compatível e eficiente a comunicação entre computadores de uma rede. Outra definição de protocolo de comunicações é: um conjunto de regras ou padrões que de- terminam o formato e a transmissão das informações. Visando a compatibilidade da comunicação entre os dispositivos de redes produzidos por fabricantes diferentes, a ISO (international Organization for Standardization) realizou uma pesquisa e descreveu o modelo OSI (Open Systems interconnection). O modelo OSI é estru- turado em camadas e apresenta um conjunto de regras aplicáveis a todas as redes. Figura 33: Camadasdo Protocolo OSI Apesar do reconhecimento universal do modelo OSI, há outros modelos de protocolo de comunicação utilizados, entre eles: NETBEuI, IPX\SPX e TCP/IP. O modelo de protoco- lo mais utilizado para estruturação lógica de uma rede de computadores e o mais utilizado também na Internet é o TCP/IP - transmission Control Protocol/internet Protocol. O TCP/IP é um conjunto de protocolos para a comunicação entre computadores para que compartilhem recursos através de uma rede. A arquitetura TCP/IP surgiu com a criação de uma rede patro- cinada pelo Departamento de Defesa do governo dos uSA, a sua tarefa era manter os órgãos do governo e universidades comunicados contra catástrofes que afetassem aquele país. O 29 conjunto de protocolos TCP/IP é dividido em quatro camadas: aplicação, transporte, rede e enlace ou interface de rede. O TCP/IP não especifica a camada física, pois ele executa sobre qualquer meio físico disponível atualmente (cabo, fibra ou redes sem fio). Figura 34: Camadas do Protocolo TCP/IP 4.2 ENDEREçAMENTO IP Os computadores de uma rede estruturada através do protocolo TCP/IP recebem um endereço único que o identifica na rede, o endereço IP. um endereço IP é composto por uma sequência de 4 números decimais separados por pontos. Cada sequência, denominada oc- teto, permite 256 combinações diferentes que são representadas pelos números de 0 a 255. Os dois primeiros octetos identificam a rede e os dois últimos identificam o dispositivo (host). Figura 35: Exemplo de Endereçamento IP O endereçamento IP possui cinco classes sendo que somente três são utilizadas para definir endereçamento. Cada classe reserva um número diferente de octetos para o endere- çamento da rede. Classe Endereço IP Máscara A 1.0.0.0 até 127.255.255.255 255.0.0.0 B 128.0.0.0 até 191.255.255.255 255.255.0.0 C 192.0.0.0 até 223.255.255.255 255.255.255.0 Tabela 04: Classes de Endereçamento IP 30 A quantidade de dispositivos conectados em uma rede TCP/IP define qual classe de endereços é mais adequada. A classe C permite endereçar 254 dispositivos na rede. A classe B possibilita endereçar até 65.534 dispositivos e a classe A oferece uma gama de 16.777.214 de endereços. Classe A 105.216.56.185 45.210.173.98 124.186.45.190 89.42.140.202 34.76.104.205 98.65.708.46 Classe B 134.65.108.207 189.218.34.100 156.23.219.45 167.45.208.99 131.22.209.198 190.22.107.34 Classe c 222.45.198.205 196.45.32.145 218.23.108.45 212.23.187.98 220.209.198.56 198.54.89.3 Tabela 05: Exemplos de Endereços IP válidos 4.3 MÁSCARA DE SUB-REDES A máscara de sub-rede é o recurso que diferencia a divisão dos octetos no endereço IP para identificação da rede e identificação do dispositivo. A máscara de sub-rede utiliza o mesmo formato numérico do endereço IP. Todas as classes de endereços IP possuem uma máscara de sub-rede padrão. Para a classe A é 255.0.0.0 e para a classe C é 255.255.255.0. Figura 36: Máscaras de Sub-Rede 31 Unidade 5 5. TUTORIAIS 5.1 TUTORIAL 1 – MONTAGEM DE UM CABO DE PAR TRANçADO Materiais Necessários: • Cabo de Par Trançado; • Alicate de Crimpagem; • 2 conectores modelo RJ-45. Figura 37: Materiais utilizados na montagem de um cabo de par traçado. PASSO 1 – SEQuêNCIA DOS FIOS Para o correto funcionamento dos cabos de par traçado deve ser observada a sequência de cores dos fios. Há dois padrões que podem ser adotados o EIA/TIA 568A e EIA/TIA 568B. Figura 38: Padrões para Cabo de Par Trançado. PASSO 2 – TIPOS DE CABOS Defina o tipo de cabo que será feito. Há dois tipos: Cabo Direto e o Crossover. Cabo Direto: Cabos utilizados para conectar os computadores aos dispositivos de rede (HuB, Switch ou ROTEADOR). Neste tipo as pontas devem ser feitas no mesmo padrão para toda a rede. 32 Cabo Crossover: Cabos utilizados para conectar computadores diretamente, sem a necessidade de uma conexão com um dispositivo de rede (HuB, Switch ou ROTEADOR). No cabo crossover uma ponta utiliza o padrão EIA/TIA 568A e outra o EIA/TIA 568B. Em alguns casos, o padrão de uma delas foge de um desses dois. Isso será explicado logo abaixo. Estes cabos também são utilizados para conexão direta de HuB ou Switch. PASSO 3 – PREPARAR O CABO (RETIRAR A CAPA PROTETORA) Prepare as pontas do cabo retirando a capa que protege os fios. Para retirar a capa basta encaixar o cabo nas lâminas de decapagem e gire o alicate até que a capa seja cortada. Tenha cautela ao realizar este procedimento pois se utilizar muita força irá cortas o fios do cabo. Caso isso ocorra corte o pedaço do cabo danificado e reinicie o processo. Figura 39: Partes do Alicate de Crimpagem PASSO 4 – PREPARAR O CABO (ORDENAR OS FIOS POR CORES) Os cabos coloridos estão organizados em pares, separe-os e estique-os para facilitar o manuseio. Organize os fios conforme o tipo de cabo que deseja montar. Figura 40: Preparo do cabo por cores PASSO 5 – PREPARAR O CABO (PREPARAR OS FIOS) utilizando a lâmina de corte do alicate de crimpar apares os fios de maneira bem ali- nhada. Após o corte insira-os no conector RJ-45. 33 Figura 41: Separação dos cabos para Crimpagem PASSO 6 – CONECTAR OS FIOS Observe que os fios coloridos não podem ficar externos ao conector. A capa protetora do cabo deve ficar interna até aproximadamente a metade do conector RJ-45. Se isso não ocorrer, diminua o tamanho dos fios internos. Certifique-se de que todos os fios coloridos es- tão conectados nas placas douradas do conector. Caso os fios não fiquem conectados corre- tamente os dados não serão devidamente transmitidos. Figura 42: Modo de conectar os fios ao conector PASSO 7 – FIXAR O CONECTOR RJ-45 Encaixe o conector RJ-45 na cava específica do alicate de crimpar e pressione o alica- te com força para que as travas metálicas encostem-se aos fios coloridos. Após isso, analise o conector e verifique se todas as travas estão abaixadas. Caso alguma não esteja devidamente abaixada, repita o processo. 34 Figura 43: Crimpagem no Alicate, cabo conectado corretamente. 5.2 TUTORIAL 2 – INSTALANDO UMA PLACA DE REDE Materiais Necessários: • Computador com Sistema Operacional (Windows); • Placa de Rede (ethernet ou Wireless); • Chave de Fenda. Figura 44: Materiais utilizados para a instalação de uma placa de rede. PASSO 1 – ABRINDO O G ABINETE Desligue o computador e retire da tomada o cabo de energia. Desconecte todos os cabos conectados ao gabinete do computador. Abra o gabinete do computador e identifique o slot PCI livre para conectar a placa de rede. Faça a limpeza da placa de rede e do slot para retirada de poeira e resíduos que possa prejudicar o equipamento. Figura 45: Abrindo Gabinete PASSO 2 – INSTALANDO A PLACA DE REDE Encaixe a placa de rede no slot PCI com firmeza. Cuidado não utilize muita força para não danificar os contatos da placa de rede e da placa mãe. Após a conexão da placa de rede fixe o parafuso que prende a placa no gabinete. 35 Figura 46: Instalando a placa de rede. PASSO 3 – INSTALAR O DriVer DA PLACA DE REDE Conecte todos os cabos no gabinete do computador e ligue o computador. acesse o Sistema Operacional Windows. Caso a placa de rede utilizar a tecnologia plug and play, o Win- dows instalará automaticamente o driver. Caso a instalação não aconteça automaticamente será necessário o CD de instalação da placa de rede e o CD de instalação do Windows pode ser solicitado. 5.3 TuTORIAL 3 – CONFIGuRAR REDE LÓGICA (TCP/IP) Materiais Necessários: • Computador com Sistema Operacional (Windows 7); • Placa de Rede (ethernet ou Wireless) instalada; PASSO 1 – aCeSSE O PAINEL DE CONTROLE DO WiNDOWS Figura 47: acesso do painel de controle do Windows 36 PASSO 2 – aCeSSE A CENTRAL DE REDE E COMPARTILHAMENTO Figura 48: acesso a central de rede e compartilhamento PASSO 3 – SELECIONE ALTERARCONFIGURAçõES DO ADAPTADOR Figura 49: Alterar configuração do adaptador PASSO 4 – aCeSSE AS PROPRIEDADES (BOTãO DIREITO DO MOUSe) DO ADAPTA- DOR DE REDE Figura 50: Propriedades do adaptador de rede 37 PASSO 5 – SELECIONE PROTOCOLO TCP/IP VERãO 4 E CLIQuE EM PROPRIEDADES Figura 51: Seleção de propriedades do protocolo TCP/IP PASSO 6 – DEFINA O ENDEREçO IP E A MÁSCARA DE SUB-REDE. Figura 52: Configurar endereço IP e máscara de sub-rede. 38 Unidade 6 ATIVIDADES ExERCíCIO 1 – ÉTICA NA VIDA PROFISSIONAL Discuta e reflita com os alunos a seguinte situação: Seu irmão sofre de diabetes em uma de suas crises, a insulina estava em falta nas farmá- cias, e ele corria risco de vida. A legislação proíbe que se compre insulina de atravessadores. O que você faria? ExERCíCIO 2 – MArketiNg PESSOAL ETAPA 1: Cada aluno devera Elaborar seu Currículo Vitae. Leve-os ao laboratório de informá- tica para que o mesmo possa elaborá-lo. Imprima-o. ETAPA 2: Faça uma simulação de entrevista de emprego com alguns alunos sorteados. Após as entrevistas discuta os pontos positivos e negativos em sala. ExERCíCIO 3 – EMPREENDEDORISMO Capacidade de pensar diferente. Desenhe não mais que 4 linhas retas (sem tirar o lápis do papel) de modo que todos os pontos sejam cruzados por pelo menos uma linha. ExERCíCIO 4 – PERFIL EMPREENDEDOR Flexibilidade e Criatividade com Competência Este não é um teste científico, mas trabalha o auto-conhecimento. Responda as 10 questões abaixo com sinceridade sobre seus hábitos profissionais. 1. Quando trabalho numa tarefa, eu tendo a ... A) Fazer toda a tarefa com um nível consistente de trabalho. B) Alternar momentos de maior ou menor energia em determinados momentos. 2. Se há um problema, eu usualmente ... A) Sou um dos que apresenta muitas soluções, algumas não convencionais. B) Apresento uma ou duas soluções consistentes que serão normalmente aceitas pelas pessoas 3. Quanto mantenho registros, eu tendo a ... A) Ser muito cuidadoso com a documentação dos projetos. B) Ser um pouco desleixado, deixando a documentação para depois. 39 4. Em reuniões, geralmente sou visto como ... A) Alguém que mantém o grupo funcionando bem e em ordem. B) uma pessoa que desafia ideias e a autoridade. 5. Meu estilo de pensamento poderia ser mais apropriadamente descrito como ... A) Pensamento linear, indo de A para C para C. B) Um gafanhoto, pulando de uma ideia para outra. 6. Se tenho que liderar um projeto ou grupo ... A) Parto da ideia geral e deixo as pessoas descobrirem como fazer as tarefas. B) eu tento estabelecer objetivos, cronogramas e resultados esperados. 7. Se existem regras a serem seguidas, eu ... A) Geralmente as sigo. B) Tendo a questionar se tais regras são aplicáveis ou não. 8. Eu gosto de estar próximo a pessoas ... A) Inteligentes, estáveis e sólidas. B) Espertas, estimulantes e que mudam frequentemente. 9. No meu escritório ou em casa, minhas coisas estão ... A) Aqui e ali, em várias pilhas. B) Guardadas sistematicamente, ou pelo menos, em uma ordem razoável. 10. Eu geralmente entendo que a forma como as pessoas fizeram coisas no passado ... A) Deve ter seu mérito reconhecido e provém de sabedoria acumulada. B) Pode sempre ser melhorada. ExERCíCIO 5 – ARQUITETURA DO COMPUTADOR Observe um computador e identifique e descreva todos os componentes existentes nesta máquina. ExERCíCIO 6 – ARQUITETURA DO COMPUTADOR Sob a supervisão do instrutor abra o gabinete de um computador, analise-o e descre- va em detalhes (modelo, marca, tipo, etc.) os componentes disponíveis dentro do gabinete analisado. ExERCíCIO 7 – CABO DE PAR TRANçADO Sob a supervisão do instrutor monte um cabo de par trançado direto/paralelo e um crossover. Teste os cabos montados com o testador de cabos (caso tenha o equipamento disponível). 40 ExERCíCIO 8 – PLACA DE REDE etHerNet Sob a supervisão do instrutor instale uma placa de rede ethernet em um computador com o Sistema Operacional Windows e, se disponível, em um Computador com o Sistema Operacional linux. ExERCíCIO 9 – PLACA DE REDE WireleSS Sob a supervisão do instrutor instale uma placa de rede wireless em um computador com o Sistema Operacional Windows e, se disponível, em um Computador com o Sistema Operacional linux. ExERCíCIO 10 – REDE DE ÁREA LOCAL (LAN) Sob a supervisão do instrutor monte um cabo de par trançado crossover e configu- re uma rede local conectando dois computadores. Troque arquivos entre os computadores conectados. ExERCíCIO 11 – REDE DE ÁREA LOCAL (LAN) Sob a supervisão do instrutor monte e configure uma rede com 4 computadores utili- zando cabo de par trançado e um dispositivo de rede (se disponível). Compartilhe um recurso (HD, Impressora, etc.) de um computador e acesse o recurso compartilhado através dos de- mais computadores. ExERCíCIO 12 – REDE DE ÁREA LOCAL (LAN) Sob a supervisão do instrutor monte e configure uma rede com 4 computadores uti- lizando placas de redes wireless e um access point (se disponível). Compartilhe um recurso (HD, Impressora, etc.) de um computador e acesse o recurso compartilhado através dos de- mais computadores. ExERCíCIO 13 – REDE DE ÁREA LOCAL (LAN) O instrutor irá incluir um erro na estrutura física e lógica da rede local montada no exercício 7. Detecte e corrija o erro. ExERCíCIO 14 – REDE DE ÁREA LOCAL (LAN) O instrutor irá incluir um erro na estrutura física e lógica da rede local montada no exercício 8. Detecte e corrija o erro. 41 Unidade 7 7. AuTO AVALIAçãO Ao término do treinamento faça uma reflexão e análise sobre seu aproveitamento deste con- teúdo e responda o questionário abaixo. A sua avaliação franca e honesta é muito importante para que possíveis melhorias sejam feitas. Marque um “x” nas perguntas e ao término desta- que esta folha e entregue ao instrutor. Aluno(a):______________________________________________ Data: ___/____/_____ QuESTIONÁRIO DE AuTO AVALIAçãO Questões Concordo Plenamente Concordo Parcialmente Discordo Parcialmente Discordo Totalmente Mostrei interesse e motivação pelo conteúdo Utilizei a apostila para atividades em sala de aula Estudei a apostila extra sala de aula Fui disciplinado e bem comportado Fui cordial e educa- do com o instrutor e os colegas de sala Consegui acompa- nhar e assimilar o conteúdo Consegui resolver os exercícios pro- postos Participei das aulas interagindo com o instrutor e colegas da sala Fui Pontual e Com- pareci em todas as aulas Tive cuidado e organização com o material, carteira e cadeira. Sempre que tive dúvidas perguntei ao instrutor 42 Quais foram os aspectos positivos da sua participação neste conteúdo? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Quais foram os aspectos negativos da sua participação neste conteúdo? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Gostaria de registrar algum comentário ou sugestão? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 43 BIBLIOGRAFIA Aprenda Tecnologia: O mundo da tecnologia de forma fácil e interativa. Disponível em: http://conhecendotecnologia.blogspot.com/2010/11/redes-de-computadores.html. Acessado em 21/12/2011. L.J. FILION, L.J.; F. DOLABELA. Boa idéia! E agora? Plano de Negócio, o caminho seguro para criar e gerenciar sua empresa. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2000. Clube da Informática: Seu guia de referência na Internet. Disponível em: http://www.clube- dainformatica.com.br/site/2008/06/01/o-que-e-um-projeto-de-redes-de-computadores-final/. Acessado em 22/12/2011. Empreendedorismo Corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em or- ganizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. Empreendedorismo Corporativo: Conceitos e aplicações. Revista de negócios. Blumenau, v.9. n.2. p.81-90, Abril/Junho, 2004. Disponível em: proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/article/down- load/289/276. Acessado em 20/12/2011. HISRICH, R.D.; PETERS, M.P.; SHEPHERD, D.A. Empreendedorismo. 7 ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. DORNELAS, José Carlos Assis. 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FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA EMPREENDEDORISMO EMPREENDEDORISMO Érica Dias de Paula Santana e Ximena Novais de Morais Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores © Copyright by 2012 - Editora IFPR IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ Reitor Prof. Irineu Mario Colombo Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação Silvestre Labiak Junior Organização Marcos José Barros Cristiane Ribeiro da Silva Projeto Gráfico e Diagramação Leonardo Bettinelli Introdução Certamente você já ouviu falar sobre empreendedorismo, mas será que você sabe exatamente o que significa essa palavra, será que você possui as características necessárias para tornar-se um empreendedor? Esse material busca responder essas e outras perguntas a respeito desse tema que pode fazer a diferença na sua vida! No dia 29 de dezembro de 2008 foi promulgada a Lei nº 11.892 que cria a Rede Federal de Ciência e Tecnologia. Uma das instituições que compõe essa rede é o Instituto Federal do Paraná, criado a partir da escola técnica da Universidade Federal do Paraná. Você deve estar se perguntando “O que isso tem a ver com o empreendedorismo?”, não é mesmo? Pois tem uma relação intrínseca: uma das finalidades desses instituições federais de ensino é estimular o empreendedorismo e o cooperativismo. E como o IFPR vai estimular o empreendedorismo e o cooperativismo? Entendemos que a promoção e o incentivo ao empreendedorismo deve ser tratado com dinamismo e versatilidade, ou seja, esse é um trabalho que não pode estagnar nunca. Uma das nossas ações, por exemplo, é a inserção da disciplina de empreendedorismo no currículo dos cursos técnicos integrados e subsequentes, onde os alunos tem a oportunidade de aprender conceitos básicos sobre empreendedorismo e os primeiros passos necessários para dar início a um empreendimento na área pessoal, social ou no mercado privado. Neste material, que servirá como apoio para a disciplina de empreendedorismo e para cursos ministrados pelo IFPR por programas federais foi desenvolvida de forma didática e divertida. Aqui vamos acompanhar a vida da família Bonfim, uma família como qualquer outra que já conhecemos! Apesar de ser composta por pessoas com características muito diversas entre si, os membros dessa família possuem algo em comum: todos estão prestes a iniciar um empreendimento diferente em suas vidas. Vamos acompanhar suas dúvidas, dificuldades e anseios na estruturação de seus projetos e através deles buscaremos salientar questões bastante comuns relacionadas ao tema de empreendedorismo. As dúvidas desta família podem ser suas dúvidas também, temos certeza que você vai se Anotações identificar com algum integrante! Embarque nessa conosco, vamos conhecer um pouco mais sobre a família Bonfim e sobre empreendedorismo, tema esse cada vez mais presente na vida dos brasileiros! Sumário HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO..........................................................................................................7 TRAÇANDO O PERFIL EMPREENDEDOR.....................................................................................................8 PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES ...............................................................................12 ANÁLISE DE MERCADO ...............................................................................................................................14 PLANO DE MARKETING ...............................................................................................................................15 PLANO OPERACIONAL ................................................................................................................................17 PLANO FINANCEIRO....................................................................................................................................18 EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITÁRIO .................................................................................21 INTRAEMPREENDEDORISMO ....................................................................................................................23 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................25 Anotações HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO Antes de apresentá-los a família Bonfim, vamos conhecer um pouco da história do empreendedorismo? Você deve conhecer uma pessoa extremamente determinada, que depois de enfrentar muitas dificuldades conseguiu alcançar um objetivo. Quando estudamos a história do Brasil e do mundo frequentemente nos deparamos com histórias de superaçãohumana e tecnológica. Pessoas empreendedoras sempre existiram, mas não eram definidas com esse termo. Os primeiros registros da utilização da palavra empreendedor datam dos séculos XVII e XVIII. O termo era utilizado para definir pessoas que tinham como característica a ousadia e a capacidade de realizar movimentos financeiros com o propósito de estimular o crescimento econômico por intermédio de atitudes criativas. Joseph Schumpeter, um dos economistas mais importantes do século XX, define o empreendedor como uma pessoas versátil, que possui as habilidades técnicas para produzir e a capacidade de capitalizar ao reunir recursos financeiros, organizar operações internas e realizar vendas. É notável que o desenvolvimento econômico e social de uma país se dá através de empreendedores. São os empreendedores os indivíduos capazes de identificar e criar oportuni- dades e transformar ideias criativas em negócios lucrativos e soluções e projetos inovadores para questões sociais e comunitárias. O movimento empreendedor começou a ganhar força no Brasil durante a abertura de mercado que transcorreu na década de 90. A importação de uma variedade cada vez maior de produtos provocou uma significativa mudança na economia e as empresas brasileiras precisa- ram se reestruturar para manterem-se competitivas. Com uma série de reformas do Estado, a expansão das empresas brasileiras se acelerou, acarretando o surgimento de novos empreen- dimentos e trazendo luz à questão da formação do empreendedor.íngua e linguagem e sua importância na leitura e produção de textos do nosso cotidiano. Perfil dos integrantes da família Bonfim Felisberto Bonfim: O pai da família, tem 40 anos de idade. Trabalha há 20 anos na mesma empresa, mas sempre teve vontade de investir em algo próprio. Pedro Bonfim: O filho mais novo tem 15 anos e faz o curso de técnico em informática no IFPR. Altamente integrado às novas tecnologias, não consegue imaginar uma vida desconectada. Clara Bonfim: A primogênita da família tem 18 anos e desde os 14 trabalha em uma ONG de 7 Unidade 1 seu bairro que trabalha com crianças em risco social. Determinada, não acredita em projetos impossíveis. Serena Bonfim: Casada desde os 19 anos, dedicou seus últimos anos aos cuidados da casa e da família. Hoje com 38 anos e com os filhos já crescidos, ela quer resgatar antigos sonhos que ficaram adormecidos, como fazer uma faculdade. Benvinda Bonfim: A vovó da família tem 60 anos de idade e é famosa por cozinhar muito bem e por sua hospitalidade. Todos moram juntos em uma cidade na região metropolitana de Curitiba. TRAÇANDO O PERFIL EMPREENDEDOR Muitas pessoas acreditam que é preciso nascer com características específicas para ser um empreen- dedor, mas isso não é verdade, essas características podem ser estimuladas e desenvolvidas. O sr. Felisberto Bonfim é uma pessoa dedicada ao trabalho e a família e que embora esteja satis- feito com a vida que leva nunca deixou para trás o sonho de abrir o próprio negócio. Há 20 anos atuando em uma única empre- sa, há quem considere não haver mais tempo para dar um novo rumo à vida. Ele não pensa assim, ele acredita que é possível sim começar algo novo, ainda que tenha receio de não possu- ir as características necessárias para empreender. Você concorda com ele, você acha que ainda há tempo para ele começar? Responda as questões abaixo. Elas servirão como um instrumento de autoanálise e a partir das questões procure notar se você tem refletido sobre seus projetos de vida. Se sim, eles estão bem delineados? O que você considera que está faltando para alcançar seus objetivos? Preste atenção nas suas respostas e procure também identificar quais características pessoais você possui que podem ser utilizadas para seu projeto empreendedor e quais delas podem ser aprimoradas: a) Como você se imagina daqui há 10 anos? _______________________________________________________________________ 8 _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ b) Em que condições você gostaria de estar daqui há 10 anos? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ c) Quais pontos fortes você acredita que tem? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ d) Quais pontos fortes seus amigos e familiares afirmam que você tem? Você concorda com eles? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ e) Para você, quais seus pontos precisam ser melhor trabalhados _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ f) Na sua opinião, você poderia fazer algo para melhorar ainda mais seus pontos fortes? Como? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 9 g) Você acha que está tomando as atitudes necessárias para atingir seus objetivos? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ h) O que você acha imprescindível para ter sucesso nos seus objetivos? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ A ousadia é uma característica extremamente importante para quem pretende iniciar um projeto empreendedor - é necessário estar disposto a correr riscos e buscar novas alternati- vas, mesmo se outras pessoas disserem que não vai dar certo (o que provavelmente sempre ocorrerá em algum momento da trajetória). Isso nos leva a uma outra característica muito importante para um empreendedor, ele precisa ser positivo e confiante,ou seja, precisa acredi- tar em si e não se deixar abalar pelos comentários negativos. Um empreendedor precisa ser criativo e inovador, precisa estar antenado ao que está acontecendo no mundo e estar atento às necessidades do mercado e da comunidade, precisa ser organizado e manter o foco dos seus objetivos. Você já ouviu falar do pipoqueiro Valdir? Valdir Novaki tem 41 e nasceu em São Mateus do Sul-PR, é casado e tem 1 filho. Durante a adolescência trabalhou como boia fria. Mora em Curitiba desde 98 e durante muito tempo trabalhou com atendimento ao público em lanchonete e bancas de jornal. Parece uma história corriqueira, mas o que Valdir tem de tão especial? Valdir conquistou a oportunidade de vender pipoca em carrinho no centro da cidade de Curitiba, mas decidiu que não seria um pipoqueiro qualquer, queria ser o melhor. Em seu carrinho ele mantem uma série de atitudes que o diferenciam dos demais. Além de ser é extremamente cuidadoso com a higiene do carrinho, Valdir preocupa-se com a higiene do cliente também, oferecendo álcool gel 70% para que o cliente higienize suas mão antes de comer a pipoca e junto com a pipoca entrega um kit higiene contendo um palito de dentes, uma bala e um guardanapo. Ele também possui um cartão fidelidade, onde o cliente depois de comprar cinco pipocas no carri- nho ganha outro de graça. Pequenas atitudes destacaram esse pipoqueiro e hoje, além de possuir uma clientela fiel, faz uma série de palestras por todo o país, sendo reconhecido como um empreendedor de sucesso. A simpatia com que atende a seus clientes faz toda a diferença, as pessoas gostam de receber um tratamento especial. 10 Conheça mais sobre o pipoqueiro Valdir em: <http://www.youtube.com/watch?v=vsAJHv11GLc>. Há quem julgue que o papel que ocupam profissionalmente é muito insignificante, mas não é verdade, basta criatividade e vontade de fazer o melhor. Toda atividade tem sua importân- cia! Falando em criatividade, vamos estimulá-la um pouco? 1)Já pensou em procurar novas utilidades para os objetos do dia a dia? Como assim? Pense em algum material que você utiliza em seu trabalho ou em casa e em como você poderia utilizá-lo para outra finalidade diferente da sua original. Lembre-se que nem sempre dispo- mos de todos os instrumentos necessários para realizar uma determinada atividade. Nesses momentos precisamos fazer da criatividade nossa maior aliada para realizar as adaptações necessárias para alcançar o êxito em nossas ações! 2)Agora vamos fazer ao contrário, pense em uma atividade do seu dia que você não gosta ou tem dificuldade de fazer. Pensou? Então imagine uma alternativa para torná-la fácil e rápida, pode ser mesmo uma nova invenção! E aí? Viu como a imaginação pode ser estimulada? Habitue-se a fazer as mesmas coisas de formas diferentes: fazer novos caminhos para chegar ao mesmo lugar, conversar com pessoas diferentes e dar um novo tom a sua rotina são formas de estimular o cérebro a encon- trar soluções criativas. Como vimos, a inovação e a criatividade é extremamente importante para um empreendedor, por isso nunca deixe de estimular seu cérebro! Leia bastante, faça pesquisas na área que você pretende investir e procure enxergar o mundo ao redor com um olhar diferenciado! Refletindo muito sobre a possibilidade de abrir seu próprio negócio, o pai da família procurou em primeiro lugar realizar uma autoanálise. Consciente de seus pontos fortes e fracos, ele agora se sente mais seguro para dar o próximo passo: planeja. Antes de tomar alguma decisão importante em sua vida, siga o exemplo do sr. Felisberto! 11 PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES Planejar é palavra de ordem em todos os aspectos de nossa vida, você concorda? Quando quere- mos fazer uma viagem, comprar uma casa ou um carro, se não realizarmos um planejamento adequado certamente corremos o risco de perder tempo e dinheiro ou, ainda pior, sequer poderemos alcançar nosso objetivo. Para começar um empreendimento não é diferente, é necessário definir claramente nossos objetivos e traçar os passos necessários para alcançá-los. Para operacionalizar a etapa de planejamento, o Plano de Negócios é uma ferramenta obrigatória. O plano de negócios caracteriza-se como uma ferramenta empresarial que objetiva averiguar a viabilidade de implantação de uma nova empresa. Depois de pronto, o empreende- dor será capaz de dimensionar a viabilidade ou não do investimento. O plano de negócios é instrumento fundamental para quem tem intenção de começar um novo empreendimento, é ele que vai conter todas as informações importantes relativas a todos os aspectos do empreendi- mento. Vamos acompanhar mais detalhadamente os fatores que compõem um Plano de Negócios. Elaboração de um Plano de Negócio 1. Sumário executivo É um resumo contendo os pontos mais importantes do Plano de Negócio, não deve ser extenso e muito embora apareça como primeiro item do Plano ele deve ser escrito por último. Nele você deve colocar informações como: Definição do negócio O que é o negócio, seus principais produtos e serviços, público-alvo, previsão de faturamento, localização da empresa e outros aspectos que achar importante para garantir a 12 viabilidade do negócio. Dados do empreendedor e do empreendimento Aqui você deve colocar seus dados pessoais e de sua empresa tal como nome, endere- ço, contatos. Também deverá constar sua experiência profissional e suas características pessoais, permitindo que quem leia seu Plano de Negócios, como um gerente de banco para o qual você pediu empréstimo, por exemplo, possa avaliar se você terá condições de encaminhar seu negócio de maneira eficiente. Missão da empresa A missão deve ser definida em uma ou no máximo duas frases e deve definir o papel desempenhado pela sua empresa. Setor em que a empresa atuará Você deverá definir em qual setor de produção sua empresa atuará: indústria, comér- cio, prestação de serviços, agroindústria etc.. Forma Jurídica Você deve explicitar a forma como sua empresa irá se constituir formalmente. Uma microempresa, por exemplo, é uma forma jurídica diversa de uma empresa de pequeno porte. Enquadramento tributário É necessário realizar um estudo para descobrir qual a melhor opção para o recolhimen- to dos impostos nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal. Capital Social O capital social é constituído pelos recursos (financeiros, materiais e imateriais) dispo- nibilizados pelos sócios para constituição da empresa. É importante também descrever qual a fonte de recursos 13 DICA: Tenha muito cuidado na hora de escolher seus sócios, é essencial que eles tenham os mesmos objetivos e a mesma disponibilidade que você para se dedicar ao negócio, se vocês não estiverem bastante afinados há um risco muito grande de enfrentarem sérios problemas na consecução do empreendimento. Diferencial: saliente o diferencial do seu produto ou serviço, ou seja, por qual razão os consumidores irão escolher você ao invés de outro produto ou serviço. ANÁLISE DE MERCADO Clientes Esse aspecto do seu Plano de Negócio é extremamente importantes, afinal é nele que será definindo quais são os seus clientes e como eles serão atraídos. Comece identificando-os: Quem são? Idade? Homens, mulheres, famílias, crianças? Nível de instrução? Ou ainda, se forem pessoas jurídicas: Em que ramo atuam? Porte? Há quanto tempo atuam no mercado? É importante que você identifique os hábitos, preferências e necessidades de seus clientes a fim de estar pronto para atendê-los plenamente e para que eles possam tê-lo como primeira opção na hora de procurar o produto/serviço que você oferece. Faça um levantamentosobre quais aspectos seus possíveis clientes valorizam na hora de escolher um produ- to/serviço, isso vai ser importante para você fazer as escolhas corretas no âmbito do seu empre- endimento. Saber onde eles estão também é importante, estar próximo a seus clientes vai facilitar muitos aspectos. 14 Concorrentes Conhecer seus concorrentes, isto é, as empresas que atuam no mesmo ramo que a sua, é muito importante porque vai te oferecer uma perspectiva mais ampla e realista de como encaminhar seu negócio. Analisar o atendimento, a qualidade dos materiais utilizados, as facilidades de pagamento e garantias oferecidas, irão ajudá-lo a responder algumas perguntas importantes: Você tem condições de competir com tudo o que é oferecido pelos seus concorren- tes? Qual vai ser o seu diferencial? As pessoas deixariam de ir comprar em outros lugares para comprar no seu estabelecimento? Por quê? Em caso negativo, por que não? Mas não esqueça de um aspecto muito importante: seus concorrentes devem ser visto como fator favorável, afinal eles servirão como parâmetro para sua atividade e podem até mesmo tornar-se parceiros na busca da melhoria da qualidade dos serviços e produtos oferta- dos. Fornecedores Liste todos os insumos que você utilizará em seu negócio e busque fornecedores. Para cada tipo de produto, pesquise pelo menos três empresas diferentes. Faça pesquisas na inter- net, telefonemas e, se possível, visite pessoalmente seus fornecedores. Certifique-se de que cada fornecedor será capaz de fornecer o material na quantidade e no prazo que você precisa, analise as formas de pagamento e veja se elas serão interessantes para você. Mesmo após a escolha um fornecedor é importante ter uma segunda opção, um fornecedor com o qual você manterá contato e comprará ocasionalmente, pois no caso de acontecer algum problema com seu principal fornecedor, você poderá contar com uma segunda alternativa. Lembre-se, seus fornecedores também são seus parceiros, manter uma relação de confiança e respeito com eles é muito importante. Evite intermediários sempre que possível, o ideal é comprar direto do produtor ou da indústria, isso facilita, acelera e barateia o processo. PLANO DE MARKETING Descrição Aqui você deve descrever seus produto/serviço. Especifique tamanhos, cores, sabo- res, embalagens, marcas entre outros pontos relevantes. Faça uma apresentação de seu produto/serviço de maneira que possa se tornar atraente ao seu cliente. Verifique se há exigên- cias oficiais a serem atendidas para fornecimento do seu produto/serviço e certifique-se que 15 segue todas as orientações corretamente. Preço Para determinar o preço do seu produto/serviço você precisa considerar o custo TOTAL para produzi-lo e ainda o seu lucro. É preciso saber quanto o cliente está disposto a pagar pelo seu produto/serviço verificando quanto ele está pagando em outros lugares e se ele estaria disposto a pagar a mais pelo seu diferencial. Divulgação É essencial que você seja conhecido, que seus clientes em potencial saibam onde você está e o que está fazendo, por isso invista em mídias de divulgação. Considere catálogos, panfletos, feiras, revistas especializadas, internet (muito importante) e propagandas em rádio e TV, analise e veja qual veículo melhor se encaixa na sua necessidade e nos seus recursos financeiros. Estrutura de comercialização Como seus produtos chegarão até seus clientes? Qual a forma de envio? Não se esqueça de indicar os canais de distribuição e alcance dos seus produtos/serviços. Você pode considerar representantes, vendedores internos ou externos, por exemplo. Independente de sua escolha esteja bastante consciente dos aspectos trabalhistas envolvidos. Utilizar instru- mentos como o telemarketing e vendas pela internet também devem ser considerados e podem se mostrar bastante eficientes. Localização A localização do seu negócio está diretamente ligada ao ramo de atividades escolhido para atuar. O local deve ser de fácil acesso aos seus clientes caso a visita deles no local seja necessária. É importante saber se o local permite o seu ramo de atividade. Considere todos os aspectos das instalações, se é de fácil acesso e se trará algum tipo de impeditivo para o desen- volvimento da sua atividade. Caso já possua um local disponível, verifique se a atividade escolhida é adequada para ele, não corra o risco de iniciar um negócio em um local inapropriado apenas porque ele está disponível. Se for alugar o espaço, certifique-se de é possível desenvolver sua atividade nesse 16 local e fique atento a todas as cláusulas do contrato de aluguel. PLANO OPERACIONAL Layout A distribuição dos setores da sua empresa de formas organizada e inteligente vai permitir que você tenha maior rentabilidade e menor desperdício. A disposição dos elementos vai depender do tamanho de seu empreendimento e do ramo de atividade exercido. Caso seja necessário você pode contratar um especialista para ajudá-lo nessa tarefa, mas se não for possível, por conta própria procure esquematizar a melhor maneira de dispor os elementos dentro de sua empresa. Pesquise se o seu ramo e atividade exige regulamentações oficiais sobre layout, preocupe-se com segurança e com a acessibilidade a portadores de deficiência. Capacidade Produtiva É importante estimar qual é sua capacidade de produção para não correr o risco de assumir compromissos que não possa cumprir - lembre-se que é necessário estabelecer uma relação de confiança entre você e seu cliente. Quando decidir aumentar a capacidade de produ- ção tenha certeza que isso não afetará a qualidade do seu produto/serviço. Processos Operacionais Registre detalhadamente todas as etapas de produção desde a chegada do pedido do cliente até a entrega do produto/serviço. É importante saber o que é necessário em cada uma delas, quem será o responsável e qual a etapa seguinte. Necessidade de Pessoal Faça uma projeção do pessoal necessário para execução do seu trabalho, quais serão as formas de contratação e os aspectos trabalhistas envolvidos. É importante estar atento à qualificação dos profissionais, por isso verifique se será necessário investir em cursos de capacitação. 17 PLANO FINANCEIRO Investimento total Aqui você determinará o valor total de recurso a ser investido. O investimento total será formado pelos investimentos fixos, Capital de giro e Investimentos pré-operacionais. Agora que você tem uma noção básica de como compor um plano de negócios acesse a página <http://www.planodenegocios.com.br/www/index.php/plano-de-negocios/outros- exemplos> e encontre mais informações sobre como elaborar o planejamento financeiro de seu Plano de Negócio, além de outras informações importantes. Lá você encontrará exemplos de todas as etapas de um Plano de Negócio. Faça pesquisas em outros endereços eletrônicos e se preciso, busque o apoio de consultorias especializadas. O sucesso do seu projeto irá depender do seu empenho em buscar novos conhecimentos e das parcerias conquistadas para desenvolvê-lo. Pesquise também por fontes de financiamento em instituições financeiras, buscando sempre a alternativa que melhor se adequará as suas necessidades. Não tenha pressa, estude bastante antes de concluir seu plano de negócio. É importante conhecer todos os aspectos do ramo de atividade que você escolher, valorize sua experiência e suas características pessoais positivas. Lembre-se que o retorno pode demorar algum tempo, certifique-se que você terá condições de manter o negócio até que ele dê o retorno planejado. Separe despesas pessoais de despesas da empresa. Busque sempre estar atualizado, participe de grupos e feiras correla- tas à sua área de atuação.
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