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A atuação pedagógica inclusiva do professor na educação básica

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A atuação pedagógica inclusiva do professor na educação básica.
	Analisamos o trabalho da professora Elaine Braun, no PDE – Programa de Desenvolvimento da Educação do Estado do Paraná, onde elaborou um artigo sobre Inclusão com o título Inclusão Escolar: Enfrentar os desafios e Viabilizar Ações, na qual fez uma análise sobre as necessidades dos alunos e a dificuldade dos profissionais que atuam no Colégio Estadual Manoel Ribas de Telêmaco Borba no Estado do Paraná, no segundo semestre do ano letivo de 2010. 
	Para enfatizar a atuação pedagógica inclusiva utilizamos como base dois artigos que abordam a questão, efetivação da investigação realizada no Colégio Manoel Ribas através da opção metodológica da pesquisa-ação, na qual foi realizado um levantamento de dados no contexto da escola, com professores e equipe pedagógica, formação de grupos de estudos e intervenção pedagógica durante a hora atividade do professor, também foi tratado do assunto no GTR – Grupo de Trabalho em Rede, da SEED/PR – Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná, que foi de fundamental importância para a elaboração de um Caderno Pedagógico, utilizado como material de apoio nas intervenções ocorridas na escola, visando à atuação de cada um dos atores no contexto escolar.
	Durante a implementação do projeto a professora Elaine Braun chegou a conclusão que na realidade a escola não atende aos critérios estabelecidos na inclusão e sim na inserção de alunos com necessidades educacionais especiais, entretanto, o que ficou mais visível na escola foi o total despreparo e a falta de capacitação dos professores para atender corretamente os alunos com necessidades especiais, o que na realidade falta preparo ou capacitação adequada na formação desses profissionais de educação.
	De acordo com Braun, os dados coletados na escola serviram para demonstrar que a sua proposta interventiva na escola contribuiu de forma fundamental para tornar o fator inclusão escolar mais compreensível aos professores da escola, no sentido de valorização da inclusão, o que se tornou mais viável para uma possível transformação da escola em questão.
	Para entendermos melhor o assunto desigualdade no âmbito escolar,
Segundo a Declaração Mundial sobre a Educação para Todos (UNESCO, 1998), a educação básica deve ser proporcionada a todas as crianças, jovens e adultos. Para tanto, é necessário universalizá-la e melhorar sua qualidade, bem como tomar mediadas efetivas para reduzir desigualdades (Braun, P. 2).
	
	A educação para todos, na visão de Carvalho (2004), refere-se aos movimentos de inclusão de todos em escolas de qualidade, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras e para garantir-lhes a permanência, bem sucedida, no processo educacional escolar desde a educação infantil até a universidade.
	A inclusão social e educacional é um movimento que se intensifica pelo mundo desde a década de 90, ao analisar o papel da educação inclusiva no sistema educacional brasileiro, percebemos que se torna cada vez mais amplo a luta pela inclusão do aluno “especial” na escola básica, entretanto, o que não existe são proposta de formação específica por parte dos governos que atendam os profissionais envolvidos no processo.
Segundo Braun, no Brasil, dados do IBGE- Instituto de Geografia e Estatística (2000) são 24,5 milhões de pessoas com deficiência, o equivalente a 14,5% da população do país, com as seguintes deficiências: visual 48,1%, motora 22,9%, auditiva 16,7%, mental 8,3% e física 4,1%.
Apesar da luta constante para que haja uma inclusão educacional, ainda esbarramos no preconceito de alunos, pais, professores e funcionários de escola que segundo pesquisas da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), mais de 90% dos entrevistados tem algum tipo de preconceito com pessoas com deficiência e mais de 80% preferem manter um distanciamento social das pessoas com necessidades especiais, homossexuais, pobres e negros. (Braun, p. 5).
Conclui-se que a abordagem pedagógica do tema inclusão, por parte dos professores da educação básica, é coberta de falhas, começando pela falta de capacitação dos profissionais envolvidos no processo, todavia, até mesmo os profissionais que trabalham nas APAES, são muitas vezes admitidos sem comprovar formação específica pata atuar com portadores de necessidades especiais, pois, somos sabedores que um processo de inclusão, deve-se além da capacitação adequada, até mesmo o currículo deve ser correto no que diz respeito à inclusão do aluno “especial” no contexto escolar. 
A análise dos artigos consultados para a elaboração desse trabalho permite concluir que existe sim uma parcela de professores e pedagogos que lutam para a atuação inclusiva, contudo, percebe-se que na realidade há um descompasso entre a teoria (documentos oficiais) e a prática, começando pelo despreparo dos profissionais e terminando pela forma como isso é implementado realmente trabalhado na escola. Os trabalhos que tratam a atuação pedagógica inclusiva do professor realizados no âmbito escolar serve para que aconteçam avanços lentos, porém, significativos, e servem para quebrar as resistências e preconceitos de profissionais da educação e da própria sociedade.

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