Buscar

REVITALIZAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA E SANEAMENTO 
 
 
 
 
BRUNA GONÇALVES 
ISABELA PAVAN 
KARINA MENDES 
MARIA EDUARDA PERES 
MYLLENA COUTO DA FONSECA 
NATALIA MARCARINI SIMIONATO 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS 
 
 
 
ESTRUTURAÇÃO SANITÁRIA DAS CIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA - PR 
JUNHO 2019 
 
 
BRUNA GONÇALVES 
ISABELA PAVAN 
KARINA MENDES 
MARIA EDUARDA PERES 
MYLLENA COUTO DA FONSECA 
NATALIA MARCARINI SIMIONATO 
 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS 
 
 
 
 
Atividade elaborada para a disciplina de 
Estruturação Sanitária das Cidades, do 
Curso de Engenharia Civil, da 
Universidade Federal do Paraná, como 
requisito de nota parcial para avaliação 
do semestre. 
Prof°. Bruno Victor Veiga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA – PR 
JUNHO 2019
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Esquema de funcionamento de um lixão. ......................................... 7 
Figura 2 - Esquema de funcionamento de um aterro sanitário. ......................... 8 
Figura 3 - Esquema de funcionamento de um aterro sanitário controlado. ....... 8 
Figura 4 - Aterro Sanitário de Caximba. .......................................................... 14 
Figura 5 - Esquema Wetland. .......................................................................... 15 
Figura 6 - Ponto de saída Wetland. ................................................................. 16 
Figura 7 - Área do aterro com camada superficial de vegetação para 
recuperação. .................................................................................................... 18 
Figura 8 - Aterro Sanitário de Tel Aviv. ............................................................ 19 
Figura 9 - Centro de Reciclagem. .................................................................... 20 
Figura 10 - Corpo de água do aterro de Tel Aviv. ............................................ 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 6 
2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ........................................................ 6 
2.2 LIXÕES ................................................................................................. 7 
2.3 ATERROS SANITÁRIOS ...................................................................... 7 
3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 9 
4. REVITALIZAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS ........................................ 12 
5. ESTUDO DE CASO: ATERRO SANITÁRIO DE CAXIMBA ....................... 14 
6. ESTUDO DE CASO: ATERRO SANITÁRIO DE TEL AVIV ....................... 19 
7. CONCLUSÕES .......................................................................................... 22 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As cidades, indiscutivelmente, têm passado por uma série de mudanças 
nas últimas décadas, principalmente ao intenso e contínuo processo de 
urbanização e globalização. Ou seja, como muitos dos municípios não foram 
projetados prevendo tal desenvolvimento, é grande a porcentagem destes que, 
hodiernamente enfrentam problemas ligados à gestão pública e infraestrutura. 
Assim, conectado intimamente a este importante crescimento está o 
volume de lixo produzido pela população que se demonstra em quantidades 
cada vez maiores. A destinação final adequada desses resíduos sólidos 
urbanos, atualmente, é considerada como um dos principais problemas de 
qualidade ambiental das áreas urbanas no Brasil e no mundo. 
É evidente a necessidade de se promover uma gestão adequada das 
áreas de disposição de resíduos, no intuito de prevenir ou reduzir os possíveis 
efeitos negativos ao meio ambiente ou à saúde pública. A busca de soluções 
tem envolvido, sobretudo, a recuperação técnica, social e ambiental de áreas de 
depósitos de resíduos inadequadas. Desse modo, metodologias de recuperação 
de lixões e aterros são desenvolvidas devido à necessidade de implantação de 
mecanismos de inertização da massa de lixo objetivando o fechamento do lixão 
e/ou aterro ou o prolongamento da vida útil dos mesmos. 
A aplicação dessas metodologias possibilita o tratamento mais eficiente 
da massa de lixo e dos efluentes líquidos e gasosos, além de promover um 
melhor aproveitamento das áreas disponíveis para destinação final dos resíduos 
sólidos. Assim como revitalizar essas áreas, promovendo espaços de integração 
social para a população na qual estão inseridas. 
O presente trabalho aborda essas metodologias de recuperação, 
exemplificando com o estudo de caso do Aterro Sanitário de Caximba, localizado 
na capital paranaense, Curitiba. Aborda também os processos utilizados no 
Aterro Sanitário de Tel Aviv, em Israel, demonstrando que esses métodos são 
aplicados no mundo todo. 
Assim, se faz de suma importância elaborar normas e estudos a respeito 
das técnicas utilizadas na recuperação das áreas degradadas por resíduos 
sólidos urbanos para que os empecilhos que desafiam os administradores 
públicos no desenvolvimento de uma gestão eficiente, sejam reduzidos. 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS 
 
Os chamados Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs, de acordo com a norma 
NBR.10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT), 
vulgarmente denominados como lixo urbano, são resultantes da atividade 
doméstica e comercial dos centros urbanos. A composição varia de população 
para população, dependendo da situação socioeconômica e das condições e 
hábitos de vida de cada indivíduo, podendo ser classificados em: matéria 
orgânica, papel e papelão, plásticos, vidros, metais e outros como roupas e óleo 
de motor. 
Alguns tipos de resíduos sólidos são altamente perigosos para o meio 
ambiente, podendo causar a contaminação do solo no local do despejo ou até 
mesmo de grandes áreas caso entrem em contato com algum riacho ou até 
mesmo algum lençol freático. Esse tipo de material perigoso requer um sistema 
de coleta, classificação, tratamento e descarte adequado e rigoroso. Pode-se 
citar como exemplos as pilhas e baterias de telefones e equipamentos 
eletrônicos que são formados por compostos químicos com alta capacidade de 
poluição e toxicidade para o solo e a água, os quais são também extremamente 
tóxicos aos seres humanos e animais. 
Os resíduos sólidos urbanos podem ser coletados de forma indiferenciada 
ou seletiva. Indiferenciada quando não ocorre nenhum tipo de seleção durante a 
coleta; ou a seletiva, quando os resíduos são recolhidos e já separados de 
acordo com seu tipo e destinação. Após a seleção, os mesmos são enviados ao 
aterro sanitário, onde o material é coletado de forma indiferenciada e despejado 
para que se decomponha e seja absorvido pelo solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 LIXÕES 
 
Os lixões são caracterizados por locais sem nenhum tipo de preparo para 
receber os resíduos. Neles, o chorume (líquido poluente, de cor escura e odor 
nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da 
decomposição de resíduos orgânicos) pode penetrar o solo e comprometer a 
água
dos lençóis freáticos, conforme esquema demonstrado na Figura 1. Além 
disso, devido a exposição dos resíduos e a falta de fiscalização, o local acaba 
atraindo ratos, urubus e moscas, colocando em risco a saúde dos catadores 
informais que vão em busca dos materiais recicláveis, assim como da população 
de entorno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 ATERROS SANITÁRIOS 
 
Diferentemente do lixão, o aterro sanitário é uma área previamente 
preparada para receber os resíduos que não passaram pelo processo de 
reciclagem ou de compostagem. Nele, é feita a impermeabilização do solo com 
materiais inertes (como mantas de polietileno e/ou argila), impedindo a 
contaminação dos lençóis freáticos pelo chorume (que muitas vezes tem sistema 
que possibilita sua drenagem), como mostra a Figura 2 abaixo. 
 
 
Figura 1 - Esquema de funcionamento de um lixão. 
Fonte: InfoEnem, 2015. 
 
 
 
Além da preocupação com o chorume, também é feita a captação do 
metano, gás liberado no processo de decomposição do lixo e que pode ser 
utilizado para produzir energia. Muitos aterros têm até acompanhamento 
constante de diversos profissionais, como geólogos, que monitoram as possíveis 
falhas que possam trazer algum dano ao meio ambiente, e biólogos que 
monitoram as espécies da fauna e flora presentes na região. 
Podemos ter ainda, uma situação intermediária que é o aterro sanitário 
controlado. Nele, o chorume não é tratado, mas levado até a superfície, 
minimizando a contaminação do solo e das águas, conforme a Figura 3 explica. 
Geralmente, uma cobertura de argila ou saibro é feita diariamente, 
evitando que os resíduos fiquem expostos ao ar livre. Na verdade, os aterros 
controlados geralmente foram lixões que receberam algumas adaptações para 
que os danos ao meio ambiente sejam minimizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Esquema de funcionamento de um aterro sanitário. 
Fonte: InfoEnem, 2015. 
Figura 3 - Esquema de funcionamento de um aterro sanitário controlado. 
Fonte: InfoEnem, 2015. 
 
 
3. JUSTIFICATIVA 
 
O reconhecimento público da problemática dos lixões, data dos anos de 
1970, quando, nos Estados Unidos e na Europa, foram evidenciados problemas 
de saúde em pessoas expostas a substâncias químicas presentes em áreas 
contaminadas. 
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2008, 
somente 27.7% das cidades brasileiras possuíam aterros sanitários, 22.5% 
possuíam aterros controlados e 50,8% das cidades despejavam o lixo 
produzido em lixões. 
O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, de 2012, elaborado pela 
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais 
(Abrelpe), indica que a geração de resíduos no país cresceu 1,3% de 2011 para 
2012, maior que o crescimento populacional que foi de 0,9%, sendo que do 
total de resíduos coletados 58% foram para os aterros sanitários, 24,2% foram 
para aterros controlados e 17,8% foram para os lixões. 
Assim, o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares 
introduziu, de forma inovadora, uma metodologia de classificação de áreas de 
disposição final. Tal classificação baseia-se no Índice de Qualidade de Aterro 
de Resíduos (IQR), que permite o enquadramento dos sistemas analisados em 
três condições: 
 0,0 < IQR < 6,0 = Condições inadequadas; 
 6,0 < IQR < 8,0 = Condições controladas; 
 8,0 < IQR < 10,0 = Condições adequadas. 
Portanto, a problemática ambiental dos resíduos sólidos se torna uma 
realidade desafiadora. Com a promulgação do PNRS se espera corrigir tal 
condição já que essa lei estabelece, 
“Princípios, objetivos e instrumentos da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS), bem como dispõe acerca de diretrizes 
relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, 
incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do 
poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis” (art. 1º). 
Abrelpe, 2012. 
Neste âmbito, pode-se citar os diversos motivos para que a revitalização 
de aterros seja desenvolvida, além claro de atender os requisitos da PNRS. 
 
 
Dentre estes, elencou-se os seguintes tópicos, que englobam tanto a esfera 
social e econômica, como principalmente a ambiental. 
 Utilização do espaço para uso público (construção de parques, 
jardins e praças) para lazer da comunidade; 
 Valorização e requalificação social e imobiliária da área; 
 Reintegração da paisagem; 
 Turismo; 
 Envolvimento de vários profissionais (Arquitetos, urbanistas, 
engenheiros ambientais, agrônomos, biólogos, etc.) 
 Produção de energia elétrica, biocombustível e compostagem para 
geração de adubo; 
 Área verde; 
 Filtro para a poluição das cidades; 
 Ilhas de calor; 
 Preservação ambiental; 
 Sombras, maior umidade, 
 Corredores verdes; 
 Promove a educação ambiental; 
 Drenagem de gases; 
 Renovação dos solos e reuso de águas pluviais; 
 Variedades na fauna e flora. 
Um aterro de resíduos sólidos pode ser considerado como um reator 
biológico onde as principais entradas são os resíduos e a água e as principais 
saídas são os gases e o chorume. A decomposição da matéria orgânica ocorre 
por dois processos, o primeiro processo é de decomposição aeróbia e ocorre 
normalmente no período de deposição do resíduo. Após este período, a 
redução do O2 presente nos resíduos dá origem ao processo de decomposição 
anaeróbia. 
O metano e o dióxido de carbono são os principais gases provenientes 
da decomposição anaeróbia dos compostos biodegradáveis dos resíduos 
orgânicos. A distribuição exata do percentual de gases variará conforme a 
antiguidade do aterro. 
Já os fatores que podem influenciar na produção de biogás são: 
composição dos resíduos dispostos, umidade, tamanho das partículas, 
temperatura, pH, Idade dos resíduos, projeto do aterro e sua operação. 
Independente do uso final do biogás produzido no aterro, deve-se projetar um 
sistema padrão de coleta tratamento e queima do biogás: poços de coleta, 
 
 
sistema de condução, tratamento (inclusive para desumidificar o gás), 
compressor e flare com queima controlada para a garantia de maior eficiência 
de queima do metano. Existem diversos projetos de aproveitamento energético 
no Brasil, como nos aterros Bandeirantes e São João, no município de São 
Paulo, que já produzem energia elétrica. 
Caso o Brasil aproveitasse todo o metano dos aterros sanitários, o país 
teria potencial de produção elétrica de 280 megawatts de energia, o suficiente 
para abastecer uma população de 1,5 milhão de pessoas. 
De acordo com pesquisa realizada em 2012 pela faculdade de 
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), 
“O uso de antigos aterros para criar parques visa oferecer à 
população mais áreas verdes e de lazer, especialmente na periferia”, 
mas torna-se imprescindível o controle da área e “a implantação 
também pode servir de laboratório para identificar espécies vegetais 
mais adequadas para a cobertura do solo. ” 
FAUUSP, 2012. 
O art. 54 do PNRS estabelece que “a disposição final ambientalmente 
adequada dos rejeitos, observado o disposto no § 1o do art. 9o, deverá ser 
implantada em até 4 (quatro) anos após a data de publicação desta Lei”. Isso 
significa a decretação do fim dos lixões no Brasil até o ano de 2014 e sua 
substituição por aterros sanitários em todos os municípios brasileiros. 
A propósito, devemos entender como disposição final ambientalmente 
adequada a “distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas 
operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e
à 
segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos” (art. 3º, VIII). Ou 
seja, a Lei impõe a obrigatoriedade de implantação de aterros sanitários em 
substituição aos lixões e aterros controlados, considerando todas as 
problemáticas envolvidas neste tópico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. REVITALIZAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS 
 
Segundo a norma NBR 8149 da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas ABNT (1987), 
“Aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos consiste na técnica de 
disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à 
saúde pública e a segurança, minimizando os impactos ambientais, 
método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os 
resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume 
permissível, combinando-os com uma camada de terra na conclusão 
de cada jornada de trabalho e em intervalos menores se necessários”. 
ABNT, 1987. 
Hodiernamente os aterros sanitários vêm melhorando suas características 
de disposição dos resíduos, tomando lugar dos lixões. Ainda assim, os possíveis 
impactos ambientais são bastante críticos, tais como: liberação de gases, 
geração de ruído, produção de vetores de doenças, degradação do solo e da 
paisagem do local, degradação da fauna e flora e ainda a possível contaminação 
do solo e das águas superficiais e subterrâneas pelo chorume percolado. 
Esses ocupam grandes áreas territoriais e não param de crescer, 
tornando-se um grande problema para quase todas as cidades. Estima-se que 
só no Brasil sejam depositados 30 milhões de toneladas de lixo anualmente em 
aterros sanitários, só em São Paulo são 14 mil toneladas de resíduos sólidos 
direcionados a estas áreas todos os dias. 
O que pode ser feito quando os aterros já foram utilizados até a sua 
capacidade máxima e serão fechados? É viável olhar para esse amontoado de 
lixo e dar uma nova vida a ele? 
Projetos têm modificado ambientes como antigos aterros em parques e 
praças. 
De acordo com pesquisa realizada em 2012 pela faculdade de Arquitetura 
e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), “o projeto de 
implantação de parques públicos em áreas que abrigavam lixões ou aterros 
controlados deve ser feito somente após uma investigação detalhada dos riscos 
de contaminação”. 
Assim, são vários os procedimentos para recuperação da área de um 
aterro sanitário, com tudo, o primeiro passo é contatar os diferentes profissionais 
responsáveis pela análise in loco e desenvolvimento de um plano de ações e 
 
 
projeto. Feito isso, é precisamente analisando as etapas ambientais 
subsequentes. 
O certo no primeiro momento é o isolamento do perímetro integral do 
terreno em questão, que passará por sondagem do solo, mapeando toda a 
extensão e definindo a espessura da camada de lixo na área degradada. Esse 
processo pode levar meses para execução de todo o mapeamento, de acordo 
com a extensão. 
Finalizada esta etapa, é realizada a remoção de todo o lixo com espessura 
menor que um metro de altura, empilhando-o sobre a zona mais densa. Inicia-
se a conformação de taludes laterais e platôs com as devidas inclinações e 
especificações técnicas. Prosseguindo, é realizada uma cobertura em argila por 
toda a área e nas laterais, uma escavação recuperando-a com nova terra 
juntamente a valetas retangulares na base do talude. No que diz respeito ao 
chorume, é importante a realização de poços para acúmulo desse, que serão 
coletados pelas valetas. Também deve ser levado em consideração os gases 
emitidos pelo lixo, carecendo de um projeto especial a construção de poços 
verticais para drenagem. 
Por fim, é criada uma nova camada vegetal sobre a argila que receberá 
espécies vegetais de raízes curtas que ajudarão tratar a área e promover uma 
nova paisagem para uso público. 
Os projetos aqui citados sintetizam uma pequena parcela dos espaços 
degradados que atualmente dão lugar a espaços de caráter social e cultural e 
que atendem grande número de usuários, requalificando não apenas o espaço, 
mas também, a vida de seu público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. ESTUDO DE CASO: ATERRO SANITÁRIO DE CAXIMBA 
 
O aterro sanitário da Caximba, demonstrado na Figura 4 abaixo, operou 
durante 21 anos, entre 1989 e 2010, com a finalidade de receber resíduos sólidos 
domiciliares e industriais, gerados pelo município de Curitiba e por mais quatorze 
municípios de sua região metropolitana: Almirante Tamandaré, Araucária, 
Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, 
Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais, 
Mandirituba e Quatro Barras. 
 
Com uma área total de 410.000m², na época, o projeto previa uma 
produção per capita média de lixo de 0,55 kg/hab/dia, e uma abrangência 
variável do sistema de coleta de 75% a 90% nos anos de 1988 a 2010. 
Considerando-se a capacidade aproximada do projeto do aterro de 3.239.500 
toneladas, e a projeção populacional para o município de Curitiba e RMC, 
estimou-se uma vida útil aproximada de 11 anos e cinco meses, indicando que 
o Aterro da Caximba teve uma sobrevida de aproximadamente 10 anos. 
Desde seu projeto, o Aterro de Curitiba, foi concebido, implantado e 
operado como um aterro sanitário, ou seja, um local utilizado para disposição 
final do lixo, onde são aplicados critérios de engenharia e normas operacionais 
específicas para confinar os resíduos com segurança, do ponto de vista do 
controle da poluição ambiental e proteção à saúde pública. Desta forma, conta 
Figura 4 - Aterro Sanitário de Caximba. 
Fonte: Prefeitura de Curitiba, s.d. 
 
 
com impermeabilização da base, drenagem e sistema de tratamento de 
chorume, drenagem e queima do biogás e drenagem de águas pluviais. 
Mesmo quando um aterro deixa de receber resíduos, a geração do 
chorume não se extingue e pode se estender por muitos anos. De coloração 
escura e forte odor, o chorume possui alta carga poluente que necessita ser 
reduzida antes do seu lançamento no corpo receptor. O tratamento do chorume 
representa um grande desafio, uma vez que suas propriedades se alteram em 
função das características dos resíduos, do clima, do regime de chuvas e 
também pela idade do aterro. Para se manter uma boa eficiência de tratamento 
é necessário promover alterações no sistema de tratamento na medida em que 
suas características se alteram com o envelhecimento. Desde o início de sua 
operação, o Aterro de Curitiba contou com sistema para tratamento do chorume, 
que com o passar dos anos sofreu alterações para garantir a eficiência desejada. 
Atualmente o tratamento se inicia em um sistema de remoção de terra e 
areia, seguido por calha Parshall para medição da vazão. Passa então por uma 
lagoa de equalização dotada de aeradores que promovem a homogeneização 
do efluente. Posteriormente, o chorume é conduzido para duas lagoas aeradas 
que funcionam em paralelo, e uma lagoa facultativa dividida em 4 chicanas. Nas 
lagoas o chorume sofre redução da sua carga poluidora pela ação de bactérias. 
Em seguida é encaminhado para tratamento de oxidação química e 
posteriormente tratamento por lodos ativados. Estas etapas compõem o 
chamado tratamento convencional. 
Um pós tratamento composto por três Wetlands foi implantado no final de 
2010. No sistema de wetlands o chorume é submetido a tratamento por fito 
remediação, que consiste no uso de plantas aquáticas e microrganismos 
associados ao seu sistema radicular para redução da carga poluidora do 
efluente, esquema esse representado na Figura 5 a seguir. Ao ser lançado no 
Rio Iguaçu o chorume atende aos padrões definidos na legislação. 
Figura 5 - Esquema Wetland. 
Fonte:
Prefeitura de Curitiba, s.d. 
 
 
O sistema de plantas foi a alternativa escolhida pela prefeitura de Curitiba 
para reduzir os altos níveis de toxicidade do aterro, que em 2009 superaram em 
60 vezes os parâmetros permitidos pela legislação, segundo o Instituto 
Ambiental do Paraná (IAP). Durante os 21 anos de operação, o local recebeu 
cerca de 12 milhões de toneladas de resíduos de Curitiba e municípios da região 
metropolitana. Com toda essa carga, a previsão é que o chorume continue a ser 
liberado por mais 30 anos, período em que o aterro terá de ser permanentemente 
monitorado. 
O projeto foi desenvolvido pela bióloga Leila Teresinha Maranho, 
coordenadora do curso de mestrado em Biotecnologia Industrial da Universidade 
Positivo, com o apoio das Universidades Federal do Paraná e Positivo. O 
tratamento complementar consiste de três cavas, chamadas de banhados 
naturais (wetlands), por onde passa o chorume que sai do tanque de 
equalização. A concentração de poluentes vai diminuindo à medida que o 
sistema faz a absorção, até chegar a um nível satisfatório para ser descartado 
no Rio Iguaçu, através dos pontos de saída (Figura 6). 
 
 
 
Figura 6 - Ponto de saída Wetland. 
Fonte: Prefeitura de Curitiba, s.d. 
 
 
O desafio da Caximba, por outro lado, diz respeito às condições climáticas 
de Curitiba. A eficiência do sistema é prejudicada no inverno, enquanto há picos 
de eficiência na primavera. Outro estudo está sendo desenvolvido para fazer o 
manejo adequado para minimizar essas variações, além do estudo sobre a 
geração de biomassa com as plantas das wetlands. 
Segundo Leila, que desenvolve estudos na região, muitas cidades e 
estados brasileiros têm se interessado e mandado representantes para conhecer 
de perto o modelo de recuperação empregado no aterro curitibano. Ela informa 
que, na maioria dos parâmetros monitorados, houve redução de até 60% na 
carga poluidora do chorume. “No quesito matéria orgânica, por exemplo, já 
chegamos a obter 98% de redução”, diz. No fósforo e no nitrogênio este índice 
teria chegado a 80%, variando de acordo com as condições climáticas. 
O resultado mais notório deste tratamento é a biodiversidade que está se 
restabelecendo na região e já é possível ver animais como pacas, bugios, 
veados e diversas espécies de pássaros e peixes retornando ao antigo habitat. 
O monitoramento, entretanto, continuará a ser feito no local por mais 30 anos. 
Além do acompanhamento acadêmico, o aterro conta com o trabalho 
diário de 20 servidores, que ali atuam. Eles garantem a manutenção dos 
equipamentos instalados, entre eles os sistemas de drenagem de água pluviais, 
da estabilidade do aterro, da drenagem de gases e de tratamento do efluente 
que se origina da degradação dos resíduos ali depositados, além de toda a 
infraestrutura de acesso e circulação na área. Apenas o sistema de drenagem 
vertical inclui mais de 200 saídas, que são espécies de chaminés que permitem 
a liberação dos gases subterrâneos. 
O entorno da área que era ocupada pelo aterro na propriedade é rico, 
formado por floresta preservada e antigas cavas de areia e argila. As cavas, 
atualmente, acolhem o sistema de wetlands, ou seja, uma reprodução de um 
ecossistema de organismos aquáticos no qual a matéria orgânica restante no 
efluente do aterro é removida antes do lançamento no Rio Iguaçu. Isso ocorre 
por meio de plantas que já existiam na região e que, por tolerarem bem o 
chorume, são utilizados no projeto. Entre elas, Capim Tocha, Aguapé e 
Alternantera, que ajudam a reduzir a carga poluidora, conforme mostra a Figura 
7. No total, o aterro sanitário conta com cerca de 1 milhão de metros quadrados 
de área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 - Área do aterro com camada superficial de vegetação para recuperação. 
Fonte: Prefeitura de Curitiba, s.d. 
 
 
6. ESTUDO DE CASO: ATERRO SANITÁRIO DE TEL AVIV 
 
O maior aterro sanitário de Israel (Figura 8), localizado na cidade de Tel 
Aviv, passou por uma forte remodelação que fez a montanha de lixo se 
transformar em um parque ecológico de 809 hectares, três vezes mais que o 
Central Park, em Nova York (EUA). 
 
O parque, que inclui uma estação de reciclagem de 60 hectares, tem 
trilhas de caminhada e ciclovias, lagos e equipamentos para atividades 
esportivas. Em breve o local também abrigará um anfiteatro com 50.000 lugares, 
sendo assim um dos maiores espaços de shows do país. 
A revitalização, iniciada em 2001, provou beneficiar tanto o ambiente em 
torno quanto visitantes. A empreitada não foi nada simples devido à grande 
quantidade de lixo que tinha de ser tratada. O aterro funcionou de 1952 a 1999, 
acumulando um total de 450.000 metros quadrados de lixo. 
De acordo com Shay Levi, chefe do departamento de planejamento 
ambiental do Parque Ariel Sharon (antes conhecido como Hiriya), em seu pico, 
em 1998, o parque recebia 3.000 toneladas de lixo por dia. “Havia lixo suficiente 
Figura 8 - Aterro Sanitário de Tel Aviv. 
Fonte: ArcoWeb, 2015. 
 
 
nesta montanha para encher 25 vezes as torres do Azrieli Center”, disse Levi ao 
site NoCamels, referindo-se aos três famosos arranha-céus de Tel Aviv. 
Além de sua beleza natural e da magnífica vista de Tel Aviv, o Monte 
Hiriya funciona como área de recreação para as famílias. O parque, aberto ao 
público em julho do ano passado, tornou-se popular nos últimos meses. Ele 
oferece visitas guiadas, além de atividades de reciclagem educativas para as 
crianças. Nos fins de semana e feriados, o parque recebe em média 1.000 
visitantes por dia. 
Próximo ao parque, ficam um centro de reciclagem, demonstrado na 
Figura 9 abaixo, e uma estação de transferência. Todo dia, cerca de 800 
caminhões depositam 3.000 toneladas de lixo doméstico e restos de poda de 
jardins na estação de reciclagem. E outros 400 caminhões trazem cerca de 1.500 
toneladas de lixo de construção de 18 municípios da região. 
 
O uso excessivo do aterro Hiriya, devido à rápida urbanização de Tel Aviv 
e da região metropolitana, criou problemas de drenagem e contaminação das 
correntes de água, além de aumentar o biogás tóxico. 
Figura 9 - Centro de Reciclagem. 
Fonte: ArcoWeb, 2015. 
 
 
Agora, o biogás não apenas está sendo tratado, mas também está sendo 
enviado a uma cidade próxima para uso como energia verde. Esse gás estava 
aprisionado entre camadas de lixo. Para reduzir a formação de gás decorrente 
de anos de acúmulo, 80 poços foram perfurados na montanha para bombear o 
gás e enviá-lo à cidade de Azor, onde é transformado em energia verde. 
Outra inovação é a utilização da água da chuva para hidratar o solo por 
meio de um aquífero artificial construído pela equipe do parque dentro da 
montanha, permitindo o ressurgimento da vegetação natural. Através de várias 
camadas protetoras, a equipe criou um corpo de água limpo (Figura 10) e sem 
poluentes que é usado para irrigar o parque, em um processo que Levi chama 
de “restauração ecológica”. 
 
O parque continuará se expandindo até 2020, com a previsão de mais 
atrações recreativas e turísticas. Esse novo “pulmão verde” do centro de Israel 
oferecerá muitos observatórios, com vista panorâmica da linha do horizonte em 
Tel Aviv, além de lojas e atividades a serem abrigadas pelo parque no futuro. 
 
 
 
 
 
Figura 10 - Corpo de água do aterro de Tel Aviv. 
Fonte: ArcoWeb, 2015. 
 
 
7. CONCLUSÕES 
 
O impacto ambiental do solo e das águas subterrâneas oriundos do 
descarte irregular de resíduos, produto da sociedade contemporânea; do 
processo
de industrialização e urbanização representam risco à saúde pública e 
aos ecossistemas. Esse problema, que não se restringe aos aspectos 
ambientais e de saúde, pois possui um viés urbanístico tem desafiado o poder 
público e a própria sociedade na busca de soluções que garantam a revitalização 
de áreas degradadas, possibilitando seu reuso seguro. 
A Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos (PNRS), constitui-se em instrumento essencial na busca de soluções 
para um dos mais graves problemas ambientais do Brasil, o mal destino dado 
aos resíduos sólidos, impondo a necessidade premente de substituir os lixões a 
céu aberto por aterros sanitários como medida de proteção ambiental. 
Neste sentido, as intervenções e as prioridades de 
recuperação/reabilitação de um aterro dependem das características geo-física-
químicas específicas do aterro, do histórico de disposição dos resíduos, e dos 
aspectos sócio-político das comunidades lindeiras do aterro. A gestão integrada 
e participativa dos órgãos responsáveis pelo aterro e a comunidade diretamente 
afetada pela sua presença é fator fundamental para a obtenção e manutenção 
de bons resultados. Programas de educação ambiental contribuem de forma 
relevante e devem abranger todos os indivíduos da região que utilizam o aterro. 
Sabendo das dificuldades financeiras que se encontram a maioria dos 
municípios brasileiros, é necessária também a adoção de alguns instrumentos 
econômicos para viabilizar a recuperação desses lixões e aterros previstos em 
lei. Os instrumentos podem incluir: ICMS ecológico, créditos para reciclagem, 
taxas de lixo e imposto sobre produtos não recicláveis. 
Existe uma grande carência de estudos e trabalhos sobre 
recuperação/requalificação de áreas degradadas por disposição de resíduos 
sólidos urbanos, voltados, sobretudo, à capacitação técnica e conscientização 
da sociedade. Nesse contexto, o presente trabalho busca contribuir para a 
consolidação do tema, com o intuito de colaborar para conscientização sobre 
elementos voltados a melhoria da qualidade urbana das cidades e, 
consequentemente, da qualidade de vida dos cidadãos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA PREFEITURA DE CURITIBA. Aterro da Caximba 
recupera biodiversidade. Disponível em: 
<http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/aterro-da-caximba-recupera-
biodiversidade-e-vira-referencia-ambiental/31341>. Acesso em: 31 mai. 2019. 
ALBERTE, ELAINE PINTO V. CARNEIRO, ALEX PIRES. KAN, LIN. 
Recuperação de áreas degradadas por disposição de resíduos sólidos 
urbanos. Diálogos & Ciência –- Revista Eletrônica da Faculdade de Tecnologia 
e Ciências de Feira de Santana. Ano III, n. 5, jun. 2005. 
ARCH DAILY. Transformação de aterros sanitários em parques. Disponível 
em: <https://www.archdaily.com.br/br/904840/a-transformacao-de-aterros-
sanitarios-em-parques>. Acesso em: 30 mai. 2019. 
ÁREAS VERDES DAS CIDADES. Parques que recuperaram áreas 
contaminadas. Disponível em: 
<https://www.areasverdesdascidades.com.br/2016/10/visite-7-parques-que-
recuperaram-areas.html>. Acesso em: 01 jun. 2019. 
CATRACA LIVRE. Tel Aviv transforma aterro sanitário em Ecoparque. 
Disponível em: <https://catracalivre.com.br/parceiros-catraca/quem-inova/tel-
aviv-transforma-aterro-sanitario-em-ecoparque/>. Acesso em: 30 mai. 2019. 
 
CURITIBA. Projeto do bairro novo da Caximba. Disponível em: 
<http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/projeto-do-bairro-novo-da-caximba-e-
apresentado-ao-ministerio-publico/50027>. Acesso em: 31 mai. 2019. 
ECODEBATE. Implantação de parques públicos em áreas que abrigavam 
lixões ou aterros exige análise de contaminação. Disponível em: 
<https://www.ecodebate.com.br/2012/10/23/implantacao-de-parques-publicos-
em-areas-que-abrigavam-lixoes-ou-aterros-exige-analise-de-contaminacao/>. 
Acesso em: 31 mai. 2019. 
ECYCLE. Resíduos Sólidos Urbanos. Disponível em: 
<https://www.ecycle.com.br/component/content/article/63/3129-residuos-
solidos-urbanos.html>. Acesso em: 30 mai. 2019. 
G1. Brasil tem quase 3 mil lixões ou aterros irregulares. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/05/brasil-tem-quase-3-mil-
lixoes-ou-aterros-irregulares-diz-levantamento.html>. Acesso em: 01 jun. 2019. 
GAZETA NEWS. Emissão de gás metano em aterros sanitários. Disponível 
em: <https://gazetanews.com/emissao-de-gas-metano-em-aterros-sanitarios-
pense-green/>. Acesso em: 01 jun. 2019. 
INFOENEM. Diferença entre aterro sanitário e lixão. Disponível em: 
<https://www.infoenem.com.br/entenda-a-diferenca-entre-aterro-sanitario-e-
lixao/>. Acesso em: 30 mai. 2019. 
 
 
IPPUC. Nosso bairro, Caximba. Disponível em: 
<http://www.ippuc.org.br/nossobairro/anexos/70-Caximba.pdf>. Acesso em: 31 
mai. 2019. 
JUSBRASIL. Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: 
<https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/132757860/a-lei-da-politica-
nacional-de-residuos-solidos-e-a-meta-de-implantacao-de-aterros-sanitarios-
no-brasil>. Acesso em: 30 mai. 2019. 
METRO1. STF julga lei que rege a construção de aterros sanitários. 
Disponível em: <https://www.metro1.com.br/noticias/brasil/50529,stf-julga-lei-
que-rege-a-construcao-de-aterros-sanitarios>. Acesso em: 30 mai. 2019. 
MMA. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/politica-
nacional-de-residuos-solidos/aproveitamento-energetico-do-biogas-de-aterro-
sanitario>. Acesso em: 01 jun. 2019. 
NASCIMENTO, CAUE. Recuperação Ambiental de aterros sanitários na região 
metropolitana de Campinas: Revegetação e Uso Futuro. UNICAMP, 2004. 
Disponível em: 
<http://taurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/258149/1/Oliveira_CaueNascime
ntode_M.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2019. 
NAKAMURA, Juliana. Aterros que viram lazer. Disponível em: 
<http://infraestruturaurbana17.pini.com.br/solucoes-tecnicas/1/artigo192207-
2.aspx>. Acesso em: 31 mai. 2019. 
RAMIRES, JANE ZILDA. VITOR, JOANA DARC S. O impacto ambiental 
oriundo do descarte irregular de resíduos: a contaminação do solo e das 
águas subterrâneas no município de São Paulo. XVI Congresso Brasileiro de 
Águas Subterrâneas e XVII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços, sd. 
SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE. Aterro Sanitário. Disponível 
em: <http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/aterro-sanitario-smma/454>. 
Acesso em: 31 mai. 2019. 
STUERMER, MONICA M. BROCANELI, PÉROLA F. VIEIRA, MARIA ELENA M. 
Os Aterros Sanitários desativados e o Sistema de Áreas Verdes da cidade 
de São Paulo: Possibilidade de Integração. Revista LabVerde, Mackenzie. 
São Paulo, 2011. 
UFPR. Estudo de caso do Aterro Sanitário da Caximba. Disponível em: 
<https://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/32390/Monografia%20
Izabella%20Andrade%20Brito.pdf?sequence=1>. Acesso em: 31 mai. 2019. 
USP. Parque em aterro exige análise detalhada de contaminação, aponta 
pesquisa da FAU. Disponível em: <http://www5.usp.br/18176/parque-em-
aterro-exige-analise-detalhada-de-contaminacao-aponta-pesquisa-da-fau/>. 
Acesso em: 31 mai. 2019.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando