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AÇÕES DE SANEAMENTO E A REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL POR DIARREIA E DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA EM CAMPINAS SP

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA E SANEAMENTO 
 
 
 
 
 
 
AURÉLIO HENRIQUE DE FREITAS 
ISABELA PAVAN 
NATALIA MARCARINI SIMIONATO 
 
 
 
AÇÕES DE SANEAMENTO E A REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL 
POR DIARREIA E DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA EM CAMPINAS – 
SP 
 
 
 
ESTUDO DE CASO 
ESTRUTURAÇÃO SANITÁRIA DAS CIDADES 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA - PR 
MARÇO 2019 
 
 
AURÉLIO HENRIQUE DE FREITAS 
ISABELA PAVAN 
NATALIA MARCARINI SIMIONATO 
 
 
 
 
 
 
AÇÕES DE SANEAMENTO E A REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL 
POR DIARREIA E DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA EM CAMPINAS – 
SP 
 
 
 
 
Atividade elaborada para a disciplina de 
Estruturação Sanitária das Cidades, do 
Curso de Engenharia Civil, da 
Universidade Federal do Paraná, como 
requisito de nota parcial para avaliação 
do semestre. 
Prof°. Bruno Victor Veiga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA – PR 
MARÇO 2019
3 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Dados sobre o município de Campinas - SP. ................................. 10 
Tabela 2 – Dados sobre o município de Cuiabá - MT. ..................................... 10 
Tabela 3 - Séries históricas de Campinas........................................................ 11 
Tabela 4 - Séries históricas de Cuiabá. ........................................................... 11 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Localização de Campinas - SP. ........................................................ 7 
Figura 2 - Localização de Cuiabá - MT. ............................................................. 8 
Figura 3 - Taxa de mortalidade infantil. ........................................................... 14 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 – Abastecimento de água e esgoto sanitário em Campinas – SP .... 12 
Gráfico 2 – Índice de coleta/tratamento de esgoto em Campinas – SP ........... 12 
Gráfico 3 – Abastecimento de água e esgoto sanitário em Cuiabá – MT ........ 13 
Gráfico 4 – Índice de coleta/tratamento de esgoto em Cuiabá - MT ................ 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5 
2. OBJETIVOS ................................................................................................. 6 
3. ÁREAS DE ESTUDO ................................................................................... 7 
3.1 CAMPINAS – SÃO PAULO ....................................................................... 7 
3.2 CUIABÁ – MATO GROSSO ...................................................................... 8 
4. ANÁLISE DOS DADOS DE SANEAMENTO BÁSICO E MORTALIDADE 
INFANTIL EM CAMPINAS – SP X CUIABÁ – MT ............................................ 10 
5. CONCLUSÕES .......................................................................................... 16 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 18 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A compreensão das relações entre saneamento, saúde pública e meio 
ambiente revela-se um pressuposto fundamental para o planejamento de 
sistemas de saneamento em centros urbanos. Desse modo, pode-se definir 
saneamento básico como o conjunto de medidas que visam garantir a 
preservação ambiental e manutenção de resíduos, através de serviços de 
abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem, limpeza 
urbana e manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. 
Um estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com o CEBDS (Conselho 
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), aborda os 
benefícios da expansão do saneamento brasileiro evidenciando a saúde, 
educação, valorização imobiliária e a produtividade. O pequeno avanço do 
saneamento básico no país contribuiu para que diversos setores econômicos e 
sociais fossem prejudicados ao longo das últimas décadas. Assim, com o intuito 
de diminuir o impacto ambiental, promover o aumento da qualidade de vida da 
população e a prevenção de doenças, o direito ao saneamento básico foi 
assegurado pela Constituição e definido pela Lei n° 11.445/2007. 
Infere-se que para se obter condições sanitárias adequadas, não basta 
que o esgoto seja adequadamente coletado por meio de uma rede geral. É 
necessário que também seja tratado, caso contrário, recursos hídricos ficarão 
poluídos e haverá proliferação de doenças, como a diarreia, devido à 
contaminação da água por coliformes fecais, causando prejuízo à saúde da 
população e o aumento da mortalidade infantil. Neste âmbito também se pode 
citas as doenças de veiculação hídrica, que são causadas por substâncias ou 
agentes patogênicos, que não fazem parte da composição da água. 
Portanto, analisar as taxas de mortalidade infantil com relação ao acesso 
ao saneamento básico se fazem de suma importância, principalmente como 
ponto de partida para decisões que melhorem a qualidade de vida das pessoas 
atingidas. Assim, no presente trabalho foram estudados os números da série 
histórica de mortalidade infantil e saneamento básico da Campinas – SP e os 
resultados deste podem auxiliar engenheiros e profissionais da saúde no 
controle de doenças, manejo de recursos hídricos assim como no controle da 
qualidade da água. 
6 
 
2. OBJETIVOS 
 
O presente trabalho tem como objetivo principal a determinação de um 
estudo preliminar sobre a taxa de mortalidade infantil com relação à falta de 
saneamento básico no município de Campinas – SP, entre os anos de 2008 a 
2014. A análise será realizada através de dados coletados e organizados em 
tabelas e gráficos, para, por fim, estudar a relação entre os dois tópicos citados 
anteriormente. Ademais, serão comparados tais resultados com os valores 
encontrados em outra região, no município de Cuiabá – MT, economicamente 
parecido com o anterior. 
7 
 
3. ÁREAS DE ESTUDO 
 
3.1 CAMPINAS – SÃO PAULO 
 
A cidade de Campinas (Figura 1), está localizada na região Sudeste do 
estado de São Paulo, mais precisamente na latitude de 22°53'20" sul e longitude 
47°04'40" oeste, possuindo assim uma área de 794,571 km². 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Até o final do século XVIII, a cana-de-açúcar era a principal atividade de 
subsistência da região. Entretanto, naquela época, houve uma grande expansão 
das plantações de café. Os cafezais foram, com o passar do tempo, sendo 
cultivados no lugar da cana, colaborando para um novo e rápido ciclo de 
desenvolvimento da região campineira. Tal fato fez com que a cidade recebesse 
uma grande demanda de trabalhadores, inclusive escravos, oriundos de 
diferentes lugares do país, que eram empregados nas plantações e em 
atividades produtivas rurais e urbanas. 
Ocorrência desse crescimento exacerbado, surgiu um processo de 
modernização dos meios de transporte, produção e saneamento básico no 
município, o que propiciou um crescimento adequado para a população, sendo 
esta, de 1.194.094 habitantes em 2018, possuindo assim uma densidade 
demográfica de 1.502,82 hab/km², segundo o IBGE. 
Figura 1 - Localização de Campinas - SP. 
Fonte: As Novidades, 2010 (modificado). 
8 
 
Por possuir um índice de escolarização de 96% (entre pessoas de 6 a 14 
anos), pode-se considerar que os habitantes do município possuem alto nível de 
instrução, sendo assim, colaborariam para manter e aumentar a vida útil de rios, 
córregos e lagos presentes na região. 
Este argumento é importante no âmbito do saneamentobásico, uma vez 
que este incorpora não somente o tratamento e coleta do esgoto, mas também 
o controle de qualidade da água. Assim, presume-se que Campinas possui 
baixos índices de mortalidade infantil devido à diarreia ou qualquer outra doença 
de veiculação hídrica. 
 
3.2 CUIABÁ – MATO GROSSO 
 
A capital do estado de Mato Grosso, Cuiabá, representada na Figura 2, 
está localizada na região Centro-Oeste do país, mais precisamente na latitude 
de 15°35'56" sul e longitude 56°05'42" oeste, possuindo assim uma área de 
3.851,03 km². 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuiabá foi elevada à condição de cidade em 1818, tornando-se a capital 
da então província de Mato Grosso em agosto de 1835 (antes a capital era Vila
Figura 2 - Localização de Cuiabá - MT. 
Fonte: As Novidades, 2010 (modificado). 
9 
 
Bela da Santíssima Trindade). Mas, mesmo a mudança da capital para o 
município não foi suficiente para impulsionar o seu desenvolvimento. Com a 
Guerra do Paraguai, Mato Grosso foi invadido. Várias cidades foram atacadas, 
mas as batalhas não chegaram à capital. A maior baixa se deu com uma 
epidemia de varíola trazida pelos soldados que retomaram dos paraguaios o 
município de Corumbá. Metade dos cerca de 12 mil habitantes morreu infectada. 
Somente após a Guerra do Paraguai e o retorno da navegação pelas 
bacias dos rios Paraguai, Cuiabá e Paraná é que o município se desenvolveu 
economicamente. A economia esteve, nesse período, baseada na produção da 
cana-de-açúcar e no extrativismo. Esse momento produtivo não duraria muito e 
o município voltou a ficar estagnado, desta vez até 1930. A partir desta época, o 
isolamento foi quebrado com as ligações rodoviárias com Goiás e São Paulo e 
a aviação comercial. A explosão no crescimento deu-se depois da década de 
1950, com a transferência da Capital Federal e o programa de povoamento do 
interior do país. 
Nas décadas de 1970 e 1980, o município cresceu muito, mas os serviços 
e a infraestrutura não se expandiram com a mesma rapidez. O agronegócio 
expandiu-se pelo estado e o município começou a modernizar-se e a 
industrializar-se. Depois de 1990, o turismo começou a ser visto como fonte de 
rendimentos e a taxa de crescimento populacional diminuiu, chegando em 2018 
a 551.098 pessoas e a uma densidade demográfica de 143,11 hab/km². 
Por ter enfrentado tal crescimento desenfreado, é de se esperar que 
Cuiabá enfrente problemas de administração, principalmente no que tange a 
ocupação de áreas de risco. Assim, por possuir um percentual de pessoas sem 
instrução, ou seja, sem escolaridade (acima de 15 anos), de 13,07%, presume-
se que o município apresente taxas baixas de saneamento básico e gestão do 
esgoto e, em contrapartida, altos índices de mortalidade infantil devido ao 
descaso com tais áreas. 
10 
 
4. ANÁLISE DOS DADOS DE SANEAMENTO BÁSICO E MORTALIDADE 
INFANTIL EM CAMPINAS – SP X CUIABÁ – MT 
 
Para que a análise realizada fosse mais completa, fez-se a comparação 
da situação de Campinas com o município de Cuiabá – MT. Assim, alguns dados 
relevantes foram coletados em sites do IBGE, SNIS e também na página on-line 
das cidades. Dentre tais dados pode-se citar: população, densidade 
demográfica, porcentagem de abastecimento de água e tratamento/coleta de 
esgoto assim como o percentual da coleta de resíduos sólidos e a destinação 
correta destes. Tais informações estão explicitadas nas Tabelas 1 e 2 abaixo. 
 
Tabela 1 - Dados sobre o município de Campinas - SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: IBGE, SNIS, Prefeitura Municipal de Campinas. 
 
Tabela 2 – Dados sobre o município de Cuiabá - MT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: IBGE, SNIS, Prefeitura Municipal de Cuiabá.
Campinas - SP 
População no último censo [2010]: 1.080.113 habitantes 
População estimada [2018]: 1.194.094 habitantes 
Densidade demográfica [2010]: 1.359,60 hab/km² 
Mortalidade Infantil [2010]: 8.13 hab/1000 nascidos vivos 
Internações devo a diarreias [2010]: 0.3/1000 habitantes 
Abastecimento de água [2010]: 97.85% 
Coleta de esgoto [2010]: 90.87% 
Tratamento de esgoto [2010]: 84.98% 
Coleta de resíduos sólidos [2010]: 98.28% 
Destinação correta de resíduos sólidos [2010]: 100.00% 
Cuiabá - MT 
População no último censo [2010]: 607.153 habitantes 
População estimada [2018]: 551.098 habitantes 
Densidade demográfica [2010]: 157,66 hab/km² 
Mortalidade Infantil [2010]: 14,02 hab/1000 nascidos 
vivos 
Internações devo a diarreias [2010]: 0.3/1000 habitantes 
Abastecimento de água [2010]: 98.13% 
Coleta de esgoto [2010]: 51.39% 
Tratamento de esgoto [2010]: 38.63% 
Coleta de resíduos sólidos [2010]: 98.13% 
Destinação correta de resíduos sólidos [2010]: 1.65% 
11 
 
Para obter-se uma melhor compreensão dos resultados, foram coletadas 
também as séries históricas de dados sobre saneamento básico das cidades, 
apresentadas na Tabelas 3 e 4 a seguir. 
Tabela 3 - Séries históricas de Campinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: SNIS. 
 
Tabela 4 - Séries históricas de Cuiabá. 
 Fonte: SNIS. 
Posteriormente as informações contidas nas tabelas acima foram 
plotadas em gráficos para uma melhor visualização dos acontecimentos entre 
2008 e 2014. Os resultados obtidos encontram-se abaixo.
Ano 
População 
atendida com 
abastecimento 
de água (hab) 
População 
atendida com 
esgoto 
sanitário (hab) 
Índice de 
coleta de 
esgoto (%) 
Índice de 
tratamento 
de esgoto 
(%) 
2008 1.030.528 925.372 65,57 62,51 
2009 1.042.611 925.583 65,76 65,32 
2011 1.050.203 910.891 65,82 73,4 
2012 1.074.630 952.947 64,71 78,71 
2013 1.119.836 992.873 64,67 78,88 
2014 1.129.379 1.012.120 65,29 81,08 
Ano 
População 
atendida com 
abastecimento 
de água (hab) 
População 
atendida com 
esgoto sanitário 
(hab) 
Índice de 
coleta de 
esgoto (%) 
Índice de 
tratamento 
de esgoto 
(%) 
2008 550.000 209.930 26,47 52,33 
2009 543.460 216.918 33,2 67 
2010 540.814 219.900 32,69 67 
2011 544.343 221.962 32,74 67,29 
2012 535.405 215.306 39,06 70,43 
2013 530.095 201.257 38,11 73,58 
2014 564.741 262.489 38,9 69,13 
12 
 
Fonte: Autoria Própria, 2019. 
 
 
 Fonte: Autoria Própria, 2019. 
800.000
850.000
900.000
950.000
1.000.000
1.050.000
1.100.000
1.150.000
2008 2009 2011 2012 2013 2014
P
o
p
u
la
çã
o
 (h
ab
it
an
te
s)
Abastecimento de água e esgoto sanitário em Campinas - SP 
População atendida com abastecimento de água População atendida com esgoto sanitário
50
55
60
65
70
75
80
85
2008 2009 2011 2012 2013 2014
P
er
ce
n
tu
al
 (%
)
Índice de coleta/tratamento de esgoto em Campinas - SP
Índice de coleta de esgoto Indíce de tratamento de esgoto
13 
 
 
 Fonte: Autoria Própria, 2019. 
 
 Fonte: Autoria Própria, 2019. 
 
Uma área em muito afetada pela condição do saneamento básico é a 
saúde. Desse modo, desenhou-se as séries históricas de mortalidade infantil de 
ambas as cidades de estudo para evidenciar e relacionar tais dados com a
0,000
100,000
200,000
300,000
400,000
500,000
600,000
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
P
o
p
u
la
çã
o
 (h
ab
it
an
te
s)
Abastecimento de água e esgotosanitário em Cuiabá - MT 
População atendida com abastecimento de água População atendida com esgoto sanitário
10
20
30
40
50
60
70
80
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
P
er
ce
n
tu
al
 (%
)
Índice de coleta/tratamento de esgoto em Cuiabá - MT
Índice de coleta de esgoto Índice de tratamento de esgoto
14 
 
condição do saneamento. O gráfico obtido encontra-se então, na Figura 3 a 
seguir. 
 
 
Segundo os dados coletados nos sites do IBGE e SNIS, o município de 
Campinas teve um pequeno decréscimo na taxa de mortalidade infantil quando 
se compara os anos de 2008 a 2014. No ano de 2006 aconteceu um fator 
importante que pode ser relacionado com os números dos gráficos construídos, 
o início da construção das ETEs (estações de tratamento de esgoto). 
Entre 2008 e 2009 houve um acréscimo na mortalidade infantil, porém 
segundo a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tais mortes se deram 
por neonatal tardia e na pós-neonatal, onde as principais causas de morte 
verificadas nesses períodos foram afecções perinatais, anomalias congênitas e 
causas externas, dentre estas últimas as mortes por acidente de trânsito e por 
aspiração. 
Logo depois houve novamente um decréscimo da mortalidade infantil e 
também o maior aumento registrado no período em relação ao índice de 
tratamento de esgoto, justificando assim, o fato de que melhoras no saneamento 
básico contribuem para uma melhor qualidade de vida da população em questão.
Figura 3 - Taxa de mortalidade infantil. 
Fonte: IBGE. 
15 
 
Em Cuiabá houve um aumento significativo no número de mortes de 
bebês com até 1 ano de idade. De acordo com dados da Secretaria Municipal de 
Saúde, mostram que a partir de 2011, os casos para os recém-nascidos com até 
27 dias de vida passaram de 94 para 110 em 2014. Alta que fez o índice de 
óbitos a cada 1.000 nascidos saltar de 10,4 para 14,02 no mesmo período. No 
mesmo período, dois tipos de doenças aparecem com alta em ocorrência de 
mortes: as do sistema nervoso, que subiram de cinco para sete, e de causas 
externas, que subiram de seis para sete casos. 
Ainda conforme a Secretaria de Saúde de Cuiabá, os principais tipos de 
doenças são desconforto/angustia respiratória, sepses (invasão da corrente 
sanguínea por bactérias ou vírus), doenças infecciosas intestinais e afetação por 
fator materno. 
Tendo em vista esses fatores, mesmo Cuiabá possuindo a mesma taxa 
de internações devido a diarreia, a taxa de mortalidade infantil continua bem mais 
elevada que a de Campinas. Tal fato é atribuído ao baixíssimo índice de 
tratamento do esgoto e destinação dos resíduos sólidos em Cuiabá. Isso faz com 
que a população fique cercada por diversas doenças de veiculação hídrica, como 
a febre amarela, dengue e teníase. 
Com quase 552 mil habitantes, Cuiabá destaca-se como um município 
com o maior número de moradores vivendo em áreas de risco no estado: são 
970 pessoas distribuídas em 277 domicílios, o que representa 0,2% da 
população total da capital. Isso fomenta os índices baixos da cidade no quesito 
de saneamento, ainda mais se levarmos em conta que 13,07% da população 
local não possui instrução alguma, ou seja, presume-se que essa porcentagem 
não zela pelo meio ambiente. 
16 
 
5. CONCLUSÕES 
 
A ausência de serviço de saneamento básico adequado representa, na 
maior parte dos casos, situações de omissão, descaso ou inépcia do poder 
público com respeito aos serviços urbanos básicos que devem ser oferecidos à 
população, alguns deles a cargo de prefeituras municipais, outros de governos 
estaduais. Como se sabe, a falta de saneamento produz situações de 
vulnerabilidade socioambiental, sobretudo em áreas ocupadas por segmentos 
sociais mais empobrecidos e representam, eventualmente, risco potencial 
(presente ou futuro) de degradação do meio ambiente, bem como possibilidade 
de contaminação da base de recursos com consequências generalizadas sobre 
a saúde da população. 
A situação se agrava quando margens de rios, lagoas ou nascentes são 
utilizadas como despejo de esgoto doméstico ou como vazadouros clandestinos 
de lixo. A contaminação das águas se soma à fumaça dos gases do lixo, que 
polui o ar, e à proliferação de insetos e roedores que funcionam como vetores 
de doenças infecto-parasitárias. Com o acúmulo do lixo e a falta de dragagem, 
em ocasiões de grande precipitação ocorrem enchentes, trazendo para dentro 
das moradias localizadas nessas áreas mais vulneráveis, situações de 
insalubridade e risco adicionais. 
Na análise realizada, comparando os municípios de Campinas e Cuiabá, 
percebeu-se que há uma discrepância entre estas, apesar da última ser capital 
do estado do Mato Grosso. Por estar em um ponto estratégico, economicamente 
falando, é de se esperar que Campinas receba mais investimentos para a 
melhoria da qualidade de vida da população, o que agregaria ao município, 
contribuindo para sua prosperidade. 
No caso de Cuiabá pode-se citar como fator determinante o modo como 
deu-se seu crescimento. Por este ocorrer de forma exacerbada e descontrolada, 
muitos habitantes encontram-se até hoje em áreas de risco e muitos ainda, sem 
nenhum acesso ao saneamento básico, direito este assegurado pela Lei n° 
11.445/2007. 
Assim, benefícios específicos de intervenções de saneamento ambiental 
incluem a diminuição da morbidade devido às doenças diarreicas e parasitárias
17 
 
e à melhoria do estado nutricional das crianças. Contudo, a avaliação dos efeitos 
das medidas de saneamento ambiental sobre a morbimortalidade infantil é de 
difícil realização e os resultados dependem de um número considerável de 
outros indicadores como, por exemplo, demográficos, socioeconômicos, de 
fatores de risco, de gastos públicos e de cobertura por serviços de saúde, para 
sua interpretação adequada. Deve-se, então, quando da realização desses 
estudos, levar em consideração várias questões metodológicas para que não 
venham a invalidar os resultados. 
18 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABES. Ranking da Universalização do Saneamento, 2018. Disponível em: 
<http://abes-dn.org.br/?p=18536>. Acesso em: 14 mar. 2019. 
AS NOVIDADES. Mapa de São Paulo. Disponível em: 
<https://asnovidades.com.br/mapa-de-sao-paulo/>. Acesso em: 14 mar. 2019. 
BRASIL. Lei n° 11.445/2007. Lei do Saneamento Básico. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. 
Acesso em: 14 mar. 2019. 
BRASIL. Por que o saneamento básico é tão importante para as cidades? 
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/meio-ambiente/2018/03/por-
que-o-saneamento-basico-e-tao-importante-para-as-cidades>. Acesso em: 14 
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