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AGRAVO REGIMENTAL - MUNICÍPIO RJ

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EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR RELATOR DA 8ª CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ.
Relator: Desembargador Carpena de Amorim
Agravo de Instrumento n.º 2001.002.04643
				CAIO., pessoa jurídica de direito privado com sede à– Centro, Rio e Janeiro, representada neste ato por seu sócio TÍCIO, por seus advogados infra-assinados, vem, com base no artigo 200 do Regimento Interno deste Tribunal, interpor recurso de 
AGRAVO REGIMENTAL
em face da decisão do relator que indefiriu o pedido de LIMINAR NA SUSPENSÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO AGRAVADA, COM BASE NO ARTIGO 527, II, DO CPC, c/c ARTIGO 558 DO MESMO DIPLOMA LEGAL, no AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto contra decisão do juízo monocrático da 29ª Vara Cível da Comarca da Capital , que concedeu a tutela antecipatória do pedido impondo ao Agravante o pagamento de lucros cessantes em favor dos Agravados no montante de R$ 2.000,00 e mais multa diária, na Ação Sumária de Indenização porposta por MÉVIO contra a Agravante.
DA TEMPESTIVIDADE DO PRESENTE RECURSO
				Teve a agravante conhecimento da decisão agravada, portanto tempestivo o recurso, pelo D.O., publicado dia 04/05/2001, (Sexta-feira), em fls. 40, começando o prazo a contar em 07/05/2001, sendo o seu término em 11/05/2001. 
DA DECISÃO AGRAVADA
				A decisão agravada é a seguinte, verbis:
				“Indefiro a suspensividade; Ao agravado. 
					2.5.01” (grifos nossos)
DO AMPARO LEGAL DO PEDIDO
				A reforma que se espera da decisão ora agravada tem amparo legal no constante do artigo 558, do CCP, abaixo transcrito.
“ art. 558. (...) e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara.” (grifos nossos).
				Ainda, o art. 527 do CPC, em seu inciso II, que versa.
“art. 527. Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e se não for caso de indeferimento liminar, (art. 557), o relator:
I – (...);
II – poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso (art. 558), comunicando, ao juiz tal decisão;
III – (...);
IV – (...).”. grifos nossos.
DA POSSIBILIDADE DE RESULTAR LESÃO GRAVE DE DIFÍCIL REAPARAÇÃO
				Exas, o Agravo de Instrumento que fora interposto se insurgiu contra a decisão que condenou antecipadamente a aqui Agravante a pagar aos Agravados a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais) de dezembro de 2000 a março de 2001, em 48 horas a partir da decisão e, os que vencerem mensalmente por depósito judicial.
				Ora, Exas., como já demonstrado nos autos do Agravo de Instrumento, não houve comprovação por parte do Agravado de que percebia mensalmente tal quantia firmada pelo juízo a quo, sendo indevida a fixação no montante alcançado, por apenas conter nos autos do processo originário uma declaração do sindicato de classe, cujo vencimento já expirou, conforme nota-se no próprio documento juntado pelo então autor às fls 31, do processo em trâmite na 29ª Vara Cível desta Comarca, não tendo contudo, qualquer validade jurídica.
				Sensacionalista foi o advogado do autor ao tentar sensibilizar os julgadores da ação com a juntada de fotos das vítimas do acidente. É lamentável o estado em que se encontram as vítimas, muito embora a narrativa dos fatos não condizerem com a realidade.
				Inicialmente, pode-se perceber uma dúvida quanto ao endereço dos autores. Em sua exordial, o advogado informa o endereço residencial dos demandantes, na Estrada do XUXU. Verifica-se posteriormente, nos próprios documentos juntados pelo mesmo que os recibos de taxi, constantes das fls. 60 a 63 dos autos do processo principal, ao qual afirmaram terem pago a quantia de R$ 28,00, por todas as corridas que levaram o autores ao Hospital Miguel Couto, consta que o taxi, que por acaso é o mesmo que o autor alega ser seu instrumento de trabalho, buscava-os na favela de Rio das Pedras e ainda no BRAT (boletim de registro de Acidente de Trânsito), cujo endereço mencionado é o da Rua LALALA.
				Contudo, deve o julgador separar o lado emocional do trágico acidente, obviamente lamentável, com o seu racional, o único cabível na esfera judicial.
				Racionalmente, entretanto, pode-se verificar que não há em momento algum comprovação nos autos de que o réu é culpado pelo ocorrido. Ao contrário, analisando os autos e os fatos verifica-se a exclusiva culpa do ente público MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. Assim, pode-se afirmar, tendo em vista a ocasião do acidente, que o ente citado não sinalizou adequadamente, com redobrada cautela, a via onde tudo ocorrera, proporcionando dúvidas, ou mesmo erros como o do condutor do veículo da ré, culminando no grave acidente.
				Consoante ao que expusemos, percebe-se que a responsabilidade em relação ao acidente a que se discute é unicamente do MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. Assim, além de excessiva a condenação imposta é também inadequada, tendo em vista que a responsabilidade para a reparação de tal dano deveria se dar pelo ente público e não pela aqui Agravante.
				Ademais, também devidamente comprovado no Agravo de Instrumento, que a empresa, a quem coube tal condenação, não pode ser confundida com a sua representada, a Empresa CAIO, pelo simples fato de não serem a mesma. A Agravante é apenas representante comercial daquela no Brasil, sem qualquer relação salvo a de sua representação comercial.
				Assim, foi demonstrado na exordial do Agravo de Instrumento, com juntada de documentos comprobatórios de que a empresa Agravante não é o gigante econômico descrito na inicial do processo de origem, mas sim uma pequena empresa, cujo capital social é de R$ 200.00,00 (duzentos mil reais). 
 				 Pode-se basear o acima exposto no texto escrito pela tradutora Marina Erika Heuynemann, trazido aos autos pelo autor do processo originário, às fls. 48/49 do mesmo, onde a expert diz que os escritórios da CAIO, no Brasil, China, EUA e Índia dão apoio às atividades da empresa e aos clientes. Como bem relatado pela tradutora, a Agravante apenas auxilia atividade da Grande Multinacional, aqui no Brasil, sendo um escritório comercial, e não pode, em momento algum, ser confundido com aquela, até mesmo por terem razão social diferentes.
				Ora, Exas, se tal tutela antecipatória for mantida sem que ao menos seja concedido o efeito suspensivo requerido no recurso interposto em face da mesma, seria inviável, podendo causar danos irreparáveis para a economia da empresa ora agravante, por ser esta, como já mencionado anteriormente, de pequeno porte e não Gigantesca Multinacional como se pressupõe.
				Data vênia, da mesma razão que levou a juízo a quo a tomar a decisão agravada, poderia ter V. Exa., respeitável relator, firmado-se, pois visando o fumus boni iuris e a periculum in mora, percebe-se que a empresa Agravante, poderia infundar-se em grandes prejuízos se tal decisão for mantida ou se sequer o efeito suspensivo for deferido por Vs. Exas.
				Ademais, alude o art. 273, do CPC, em seu § 2º, que se houver riscos de irreversibilidade do provimento antecipado, a tutela antecipatória não deverá ser concedida. Assim pode ser entendido o efeito que causará a decisão prolatada pelo juízo a quo. O Agravado, até mesmo por Ter requerido a gratuidade de justiça, não disporia de recursos para devolver toda a quantia paga pelo efeito antecipado da tutela, por ser uma pessoa que declarou expressamente ser pobre, nos termos da lei n.º 1.060/50.
				Há de se acrescentar, Exas., que o aqui Agravante ingressou com Exceção de Incompetência e além de todos os motivos elencados no Agravo de Instrumento e no presente recurso, a decisão prolatada pelo juízo a quo deveria ser suspensa por força do artigo 306, transcrito a seguir.
“Art. 306. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (art. 265, III), até que seja definitivamente julgada”.
“Art. 265. Suspende-se o processo:
I – (...);II – (...);
III – quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de suspeição ou de impedimento;
(...)”.
 
				Em razão do exposto acima e presentes os pressupostos indispensáveis para a concessão da liminar requerida anteriormente, sendo indispensáveis para a garantia do direito a SUSPENSÃO da decisão agravada até, pelo menos, o julgamento do agravo de instrumento, visto que foi oposta exceção de incompetência, vem requerer a Vs. Exas., que seja dado provimento ao presente recurso, concedendo–se o EFEITO SUSPENSIVO previsto nos artigos 527, II e 558 do Código de Processo Civil, com o exercício do direito de retratação pelo relator ou reformando-se a decisão agravada pelo órgão julgador, nos termos do artigo 201 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça.
Termos em que,
Pede Deferimento.
DATA
ADVOGADA
OAB/RJ NUMERO TAL
LUIZ CLÁUDIO R. DA COSTA
OAB/RJ 72.724
Celsosegal/meusdocs/agravoregimentalihcxmarcelocordeiroeoutros

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