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(20) PROCESSO PENAL - GRUPO 1

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
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Ação penal é a atividade que impulsiona a jurisdição penal, sendo ela pública. A jurisdição em 
atividade também é ação, ação judiciária. A ação penal se materializa no processo penal. 
 
Está escrito no artigo 5º, XXXV, da Constituição da República Federativa do Brasil: "A lei não 
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". Por este dispositivo, a 
Constituição garante o acesso à Justiça de todos aqueles que se sentirem lesados, ou 
prejudicados, por condutas praticadas por outros ou pelo próprio Estado. Também se incluem, 
aqui, os acusados de crime, pois têm o direito de se defender. O acesso à justiça é garantido a 
todos, portanto. 
 
Quando um juiz decide, exerce poder em atividade denominada jurisdição. Exercendo a jurisdição, 
o juiz declara direito, satisfaz direito declarado ou assegura o direito. O juiz decide um conflito que 
pode ser penal ou não. O conflito não penal que chega ao Poder Judiciário é aquele que foi 
resolvido amigavelmente. O conflito penal não pode ser resolvido amigavelmente. O processo é 
sempre necessário. O conflito penal surge quando praticada conduta humana que a lei define 
como crime e para a qual prevê uma pena: é conflito entre o dever de punir e o interesse de 
liberdade do autor da conduta. 
 
A pena não pode ser aplicada espontaneamente. O Estado precisa submeter o conflito penal ao 
Poder Judiciário para que, por meio do processo, em que serão apurados os fatos considerados 
criminosos, o juiz decida se houve crime e se a pessoa acusada deve ser punida. O processo só 
nasce por meio da ação, que o impulsiona, que lhe dá vida. 
 
A ação penal, assim, é o direito ou o poder-dever de provocar o Poder Judiciário para que decida 
o conflito nascido com a prática de conduta definida em lei como crime. Fala-se em direito e em 
poder-dever porque a ação pode ser promovida pelo ofendido, pessoa física ou jurídica atingida 
pelo crime ou pelo Ministério Público, na maioria das vezes. Quando a ação penal é promovida 
pelo Ministério Público não o é no exercício de um direito, mas no exercício de atividade 
obrigatória: o Ministério Público não tem vontade e não pode escolher entre promover a ação ou 
não. Praticado crime, o membro do Ministério Público deve fazer tudo para que seu autor seja 
julgado. 
 
As ações penais são, ainda, privadas ou públicas. O ofendido pode propor a ação penal quando a 
lei penal dispuser que a ação é privada, ou que o processo se inicia por meio de queixa. O 
Ministério Público deve propor a ação penal sempre que a lei não dispuser que é privativa do 
ofendido. Na verdade, as ações penais são sempre públicas. A iniciativa é que pode ser do 
ofendido, quando a lei considerar que cabe a ele decidir sobre a conveniência de submeter o 
conflito a julgamento. O ofendido pode, ainda, propor ação penal subsidiária da pública, quando o 
representante do Ministério Público se omitir, for negligente. É o que está no artigo 5º, inciso LIX, 
da Constituição: "Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal". 
 
Entre as ações penais públicas propriamente ditas, há as condicionadas e as incondicionadas. As 
últimas são promovidas pelo Ministério Público sempre que apurados crime e seu autor. As ações 
condicionadas são movidas pelo Ministério Público sempre que apurados crime e seu autor e 
depois de manifestação de vontade do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. A 
manifestação de vontade do ofendido para que o aparato administrativo se movimente em direção 
à condenação ou absolvição chama-se representação. A representação é exigida pela lei em 
alguns casos específicos, como, por exemplo, no crime de ameaça. A requisição do Ministro da 
Justiça é prevista para hipóteses também raras, envolvendo ofensas a Chefes do Estado em que a 
conveniência política da ação penal deve ser avaliada. 
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Em síntese: as ações penais são de conhecimento ou de execução. E classificam-se, também, em 
públicas ou privadas. As primeiras são condicionadas ou incondicionadas. As últimas são privadas 
ou subsidiárias da pública. É importante que, quando a infração penal for considerada de menor 
potencial ofensivo, há possibilidade de transação penal, assunto tratado no tópico correspondente. 
Exemplos de crimes perseguidos por ação pública: roubo, corrupção, sequestro. 
Exemplo de crime perseguido por ação pública condicionada: ameaça 
Exemplo de crime perseguido por ação privada: todos os crimes contra a honra (calúnia, injúria, 
difamação - Capítulo V do Código Penal), exceto em lesão corporal provocada por violência 
injuriosa (art. 145). 
 
EXERCÍCIOS 
EXERCÍCIOS 
1 - Quanto à titularidade da ação, é incorreto afirmar que: 
a) o titular da ação penal pública condicionada à representação é a vítima ou o seu representante legal. 
b) o titular da ação penal pública incondicionada é o Ministério Público. 
c) o titular da ação penal privada é a vítima ou o seu representante legal. 
d) uma vez inerte o Ministério Público, a vítima ou o seu representante legal terá legitimidade para ajuizar a ação 
penal privada subsidiária da pública. 
2 - A representação é: 
a) irretratável após oferecida a denúncia pelo Ministério Público. 
b) retratável a qualquer tempo. 
c) irretratável após recebida a denúncia pelo Juiz. 
d) irretratável a qualquer tempo. 
3 - O prazo para o oferecimento da denúncia é: 
a) de 5 dias para réu preso e 10 dias para réu solto. 
b) de 15 dias para réu preso e 30 dias para réu solto. 
c) contado do dia em que o Ministério Público recebeu o Inquérito Policial. 
d) do dia em que a Autoridade Policial lavrou o relatório, finalizando o Inquérito Policial. 
4 - Na ação penal pública condicionada à representação: 
a) se, na hipótese de coautoria, a vítima oferecer representação somente em relação a um dos criminosos, haverá 
renúncia em relação a ele, que se estenderá ao outro. 
b) ao ser oferecida a representação, a titularidade da ação, que antes era da vítima, passa a ser do Ministério 
Público. 
c) a representação será irretratável. 
d) Nenhuma alternativa está correta. 
5 - O prazo de 6 meses para o oferecimento da representação é contado: 
a) do dia em que foi praticada a ação ou omissão. 
b) do dia em que a vítima soube quem é o autor do delito. 
c) do dia em que se consumou o delito. 
d) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
6 - A inobservância do prazo para o oferecimento da denúncia, pelo Ministério Público, na ação penal 
pública incondicionada: 
I) autoriza a propositura da ação penal privada subsidiária da pública; 
II) acarreta a perempção; 
III) pode acarretar a perda de vencimentos do Promotor. 
a) Apenas a afirmativa I é falsa. 
b) As afirmativas II e III são falsas. 
c) Apenas a afirmativa III é falsa. 
d) Todas as alternativas são falsas. 
7 - Assinale a incorreta. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta 
a ação penal: 
a) quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar 
presente. 
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b) quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no 
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo. 
c) quando, sendo o querelante pessoa jurídica, se extinguir sem deixar sucessor. 
d) quando, iniciada a ação, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 60 (sessenta) dias 
seguidos. 
8 - Assinale a correta. 
a) A representação vincula o Ministério Público a oferecer a denúncia 
b) A requisição vincula o Ministério Público a oferecer a denúncia. 
c) A queixa-crime vincula o Ministério Público a oferecer a denúncia. 
d) Todas as alternativas anteriores estão incorretas. 
9 - Na ação penal privada, o Ministério Público: 
a) não poderá aditar a queixa e nem intervir nos atos subsequentes do processo. 
b) não poderá aditar a queixa, mas poderá intervir nos atos subsequentes do processo. 
c) poderá aditar a queixa, mas não intervir nos atos subsequentes do processo. 
d) poderá aditar a queixa e intervir nos atos subsequentes do processo. 
10 - Na ação penal privada, o Ministério Público poderá aditar a queixa oferecida pelo ofendido: 
a) apenas se esta apresentar vícios formais. 
b) para incluir novo réu ao processo. 
c) para pedir a absolvição do réu. 
d) Todas as alternativas estão corretas. 
11 - Em regra, o prazo para o oferecimento da representação é: 
a) decadencial de 3 meses. 
b) prescricional de 6 meses. 
c) decadencial de 6 meses. 
d) prescricional de 3 meses. 
12 - Morrendo a vítima, o direito de representação: 
a) se extingue. 
b) somente poderá ser exercido pelo cônjuge da vítima. 
c) somente poderá ser exercido pelos ascendentes ou descendentes da vítima. 
d) poderá ser exercido pelo cônjuge, ascendentes, descendentes ou irmãos da vítima. 
13 - A representação: 
a) exige forma especial, devendo ser escrita. 
b) não exige forma especial, podendo ser escrita ou oral. 
c) não exige forma especial, podendo ser escrita ou oral, mas se feita oralmente necessita ser reduzida a termo. 
d) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
14 - Nos crimes de ação pública condicionada, o inquérito policial somente será iniciado: 
a) mediante queixa-crime. 
b) mediante representação do ofendido. 
c) de ofício pela autoridade policial. 
d) Nenhuma alternativa está correta. 
15 - O prazo para o oferecimento da representação é decadencial, portanto: 
a) não se suspende, não se interrompe e não se prorroga. 
b) se suspende, se interrompe e se prorroga. 
c) não se suspende, não se interrompe, mas se prorroga. 
d) não se suspende, mas se interrompe e se prorroga. 
16 - A representação poderá ser recebida: 
a) somente pela autoridade policial. 
b) somente pelo Ministério Público. 
c) somente pelo juiz. 
d) pela autoridade policial, pelo Ministério Público ou pelo juiz. 
17 - Na ação pública condicionada à representação, o juiz: 
a) deve, após o recebimento da representação, remeter este instrumento à autoridade policial, para que instaure o 
inquérito. 
b) não deve tomar nenhuma providência, em razão de não ser titular da consequente ação penal. 
c) pode requisitar inquérito policial, desde que o faça no prazo de seis meses, contados do dia da ocorrência. 
d) pode requisitar de ofício a instauração de inquérito policial. 
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18 - Na ação penal pública incondicionada, o processo se inicia: 
a) com o oferecimento da denúncia. 
b) com o recebimento da denúncia. 
c) com a citação válida do réu. 
d) com o interrogatório do réu. 
19 - Na ação penal pública condicionada, a representação da vítima: 
a) pode ser suprida pelo testemunho de pessoa que assistiu ao crime. 
b) maior de 18 anos pode ser suprida pela representação oferecida pelo seu representante legal. 
c) é condição de procedibilidade. 
d) menor de 18 anos é válida se provado que sua vontade é contrária a de seu representante legal. 
20 - A denúncia: 
a) poderá ser escrita ou verbal. 
b) vincula o juiz quanto a classificação dada ao fato criminoso. 
c) deve descrever o fato criminoso para que o réu possa se defender. 
d) Nenhuma alternativa está correta. 
21 - (OAB-RJ/ 32.2007) São princípios que regem a ação penal de iniciativa privada: 
(A) Obrigatoriedade, indisponibilidade e divisibilidade. 
(B) Oportunidade, indisponibilidade e divisibilidade. 
(C) Obrigatoriedade, disponibilidade e indivisibilidade. 
(D) Oportunidade, disponibilidade e indivisibilidade. 
22 - Os princípios da ação penal pública são: 
(A) obrigatoriedade, indisponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e intranscendência. 
(B) obrigatoriedade, disponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e intranscendência. 
(C) oportunidade, disponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e transcendência. 
(D) oportunidade, disponibilidade, iniciativa da parte, indivisibilidade e transcendência. 
(E) oportunidade, indisponibilidade, iniciativa da parte, individualidade e intranscendência. 
GABARITO: 
1 - A. 
O titular da ação penal pública condicionada à representação é o Ministério Público, e não a vítima ou seu 
representante legal. A representação da vítima ou do seu representante legal é condição especial de 
procedibilidade da ação penal, sem a qual o Ministério Público não está autorizado a iniciar a ação. 
2 - A. 
Antes do oferecimento da denúncia a representação é retratável, porém, após o seu oferecimento, a mesma se 
torna irretratável.Conforme estabelece o art.25 do CPP: "A representação será irretratável, depois de oferecida a 
denúncia." 
3 - C. 
Determina o art. 46, do CPP: "O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 (cinco) dias, 
contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 (quinze) 
dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial 
(art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos." 
4 - A. 
Em razão do princípio da indivisibilidade da ação, se a vítima renunciar em relação a um dos autores, a mesma se 
estenderá ao outro. 
Assim como versa o artigo 49, do CPP: "A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos 
autores do crime, a todos se estenderá." 
5 - B. 
Estabelece o art. 38, CPP: "Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no 
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que 
vier a saber quem é o autor do crime, (...)." 
6 - B. 
Dispõe o art. 29, do CPP: "Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no 
prazo legal." 
Embora o art. 801, do CPP, estabeleça que: "Findos os respectivos prazos, os juízes e os órgãos do Ministério 
Público, responsáveis pelo retardamento, perderão tantos dias de vencimentos quantos forem os excedidos. Na 
contagem do tempo de serviço, para o efeito de promoção e aposentadoria, a perda será do dobro dos dias 
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excedidos.", na prática, tal dispositivo não é aplicado, por ser inconstitucional, haja vista que a Constituição 
Federal garante aos magistrados e aos membros do Ministério Público irredutibilidade de vencimentos. 
7 - D. 
Segundo o art. 60, CPP: "Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a 
ação penal:I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 
(trinta) dias seguidos." 
8 - D. 
A representação e a requisição não vinculam o Ministério Público a oferecer a denúncia, pois são condições 
especiais de procedibilidade da ação penal pública condicionada. Havendo queixa-crime, não há que se falar em 
denúncia, pois a queixa-crime é a peça inicial da ação penal privada, assim como a denúncia o é na ação penal 
pública. 
9 - D. 
Estabelece o art. 45, do CPP: "A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada 
pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo." 
10 - A. 
O Ministério Público pode aditar a queixa oferecida pelo ofendido apenas para corrigir vícios formais. Não 
poderá, entretanto, aditá-la para incluir novo réu ao processo. Nesse caso poderá querer que o querelante se 
pronuncie a respeito de determinado agente, como fiscalizador do princípio da indivisibilidade. 
11 - C. 
Determina o art. 38, do CPP: "Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no 
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que 
vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o 
oferecimento da denúncia." 
12 - D. 
Segundo o art. 24, § 1º, do CPP: "No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão 
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão." O companheiro 
também poderá exercer tal direito. 
13 - C. 
A representação pode ser feita oralmente ou por escrito, quando deverá ser reduzida a termo (Art. 39, §1º, 
CPP)."Art. 39 CPP. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes 
especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade 
policial. 
§1°.A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu 
representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão 
do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida." 
14 - B. 
Necessária a representação do ofendido, conforme versa o artigo art. 24, do CPP: "Nos crimes de ação pública, 
esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do 
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo." 
15 - A. 
O prazo decadencial não se suspende, não se interrompe e não se prorroga. 
É o decurso do prazo sem que o titular da queixa ou representação exerça tais direitos. É causa extintiva da 
punibilidade, conforme estabelece o art. 107, do CP, e art. 38, do CPP. 
16 - D. 
De acordo com o art.39, caput, do CPP: "O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por 
procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério 
Público, ou à autoridade policial." 
17 - A. Conforme o art 39, §4º, do CPP: "A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, 
será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito." 
18 - B. 
Segundo o pronunciamento do STJ e do STF, o processo inicia-se com o recebimento da denúncia. 
Importante destacar que há divergência doutrinária no que se refere ao início da ação penal, sendo favoráveis ao 
oferecimento da denúncia como termo inicial da ação Mirabete (Código de Processo Penal Interpretado, 2001, p. 
169), Guilherme de Souza Nucci (Código de Processo Penal Comentado, 2002, p. 99) e Tourinho Filho (Código 
de Processo Penal Comentado, 1999, p. 75). 
19 - C. 
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A representação da vítima nos processos de ação penal pública condicionada é condição de procedibilidade, sem 
ela, o Ministério Público não pode oferecer denúncia. A representação é exercida pelo representante da vítima, 
quando esta for menor de 18 anos. Colidindo suas vontades, o juiz nomeará um curador especial. De acordo com 
o Código Civil, o direito de representação passa a ser exclusivo da vítima a partir dos 18 anos de idade. 
20 - C. 
A denúncia deve descrever o fato criminoso para que o réu possa sustentar sua defesa, conforme prevê o artigo 
41, do CPP:"A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a 
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, 
quando necessário, o rol das testemunhas." 
21 - D. 
A ação penal privada é regida pelos três princípios acima. Pelo princípio da oportunidade, o ofendido pode 
analisar a conveniência quanto ao início da ação penal, ou seja, se oferece queixa ou não contra o autor da 
infração. Quanto ao princípio da disponibilidade, uma vez iniciada a ação penal, poderá ocorrer a desistência 
dela. O querelante sua queixa, mas posteriormente desiste do processo. Por fim, o princípio da indivisibilidade 
impõe o oferecimento da queixa contra todos os envolvidos na infração. O querelante não pode optar por 
processar um e não fazê-lo contra o outro. Caso renuncie com relação a algum dos autores da infração, este 
beneficiará os demais agentes. Apenas esse princípio é comum à ação pública, ressaltando que na pública não se 
cogita de renúncia. Gabarito oficial: “d”. 
22 - A. 
A ação penal pública é obrigatória, um a vez que, preenchidos os requisitos legais para o oferecimento da 
denúncia (prova da materialidade e indícios suficientes de autoria), a ação penal deverá ser iniciada. Portanto, 
obrigatoriedade. 
Por expressa disposição do art. 42 do CPP, tem-se que o MP não poderá desistir da ação penal. Indisponibilidade. 
Os órgãos responsáveis pela persecução penal, seja pela propositura da ação penal, que cabe ao MP (art. 129, I, 
CF), seja pelo prosseguimento da ação penal, atribuído ao Judiciário (art. 5º, LIII, CF), pertencem ao Estado e 
detêm parcela da Soberania. Eis a oficialidade. 
Ao MP não cabe escolher a quem processar. Deve, assim, iniciar a ação penal pública contra todos os envolvidos, 
segundo o princípio da indivisibilidade. 
A ação Penal, por expressa disposição constitucional (art. 5ª, XLC, CF), deverá ser proposta somente contra 
aquele que praticou o ilícito penal. Di-lo o princípio da intranscendência. 
Resposta correta: A 
 
http://www.direitonet.com.br/testes/exibir 
 
CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO 
A competência é definida pela lei, e por isto, sua fixação baseia-se em determinados critérios que são critérios 
determinativos da competência. Esses critérios determinam qual será o juízo competente para julgar a questão judicial. 
São cinco os critérios para fixação da competência: material, pessoal, funcional, territorial e econômico. 
- Critério Material (Ratione materiale) 
A competência é fixada em razão da natureza da causa, ou seja, em razão da matéria que está sendo discutida no 
processo. Em decorrência desse critério surgem varas especializadas como varas criminais, cíveis, de família, de 
acidente do trabalho, etc. Por esse critério temos também as justiças especializadas: justiça eleitoral, militar, do 
trabalho, etc. 
- Critério Pessoal (Ratione personae) 
A competência é fixada em razão da condição ou da qualidade das pessoas do processo, pois determinadas pessoas 
têm o privilégio de serem julgadas por juízes especializados. Este privilégio não se dá por uma característica pessoal 
da parte e sim pelo interesse público que os agentes representam. Aqui não interessa a matéria, importa quem seja 
parte. 
- Critério territorial (Ratione Loci) 
A competência é fixada em razão da circunscrição territorial ou do território. É o critério que indica em qual a 
comarca ou a seção judiciária deverá ser ajuizada a ação. O foro comum é o do domicílio do réu, conforme art. 94, 
CPC. Os artigos 95 a 101, CPC estabelecem os foros especiais. 
- Critério Funcional 
A competência é fixada em razão da atividade ou função do órgão julgador. 
- Critério econômico 
A competência é fixada em razão do valor da causa, valor este que é atribuído na petição inicial. 
 
 
 
 
 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
Existem situações em que a competência é modificada (competência relativa), dentre as maneiras de operar-
se este fenômeno temos a conexão e a continência. A primeira, prevista no artigo 103 do CPC, diz respeito à 
relação que se estabelece entre duas ou mais demandas. As ações têm três elementos identificadores: as 
partes, o pedido e a causa de pedir. Haverá conexão entre elas quanto tiverem o mesmo pedido ou causas de 
pedir (basta que as duas ações tenham em comum um dos dois elementos). Assim, para que não haja 
sentenças conflitantes reúnem-se as causas conexas, porém a reunião das causas é uma faculdade do juiz. O 
juiz pode de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, determiná-la para que a decisão seja proferida 
simultaneamente. 
A continência, prevista no artigo 104 do CPC, também diz respeito a uma relação entre duas ou mais 
demandas, contudo, exige dois elementos comuns: partes iguais e causas de pedir, onde os pedidos sejam 
diferentes (do contrário haveria litispendência) onde um é mais abrangente que o de outro. Tal como ocorre 
com a conexão, na continência pode o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, determinar a reunião das 
ações propostas separadamente; para que a decisão seja proferida simultaneamente. 
 
ÓRGÃO COMPETENTE PARA JULGAR CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
Quando a competência for absoluta, o juiz a examinará de ofício, naquilo que os alemães denominam 
“competência da competência”. Se ele verifica que não é competente para a demanda, determina a remessa 
dos autos ao foro ou juízo apropriados, sanando-se o vício. O mesmo não acontece com a incompetência 
relativa, porque o juiz não pode conhecê-la de ofício, mas apenas quando argüida pelo réu, em exceção, sobpena de prorrogação. 
Assim, o conflito de competência ocorre quando dois ou mais juízes dão-se por competentes ou consideram-
se incompetentes para uma determinada demanda. No primeiro caso haverá conflito positivo, e, no segundo, 
o negativo. De acordo com o artigo 116 do CPC, eles podem ser suscitados, por meio de petição instruída 
com os documentos pertinentes à prova do conflito em questão, por qualquer das partes, pelo MP ou pelo 
próprio juiz. O órgão competente para julgá-lo é o tribunal hierarquicamente superior aos dos juízes que se 
declararam competentes ou incompetentes para apreciação da lide. Se o conflito ocorrer entre o tribunal ou 
entre juízes de justiças diferentes ou entre juízes de grau inferior o Superior Tribunal de Justiça será o órgão 
competente para julgamento do conflito. 
Uma vez suscitado o conflito de competência o andamento do processo será suspenso e somente serão 
resolvidas as medidas urgentes. 
Após decisão do conflito, os autos do processo serão remetidos para o juízo declarado competente pelo 
Tribunal. 
http://jcmoraes.wordpress.com/2011/04/24/resumo-competencia-2/ 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
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CAPÍTULO II 
DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL 
Art. 158 - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, 
não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de 
curso superior 
§ 1o - na falta de perito oficial, o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso 
superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a 
natureza do exame. 
§ 2o - Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. 
§ 3o - serão facultadas ao ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado 
a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
§ 4o - O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração 
do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. 
§ 5o - Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: 
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado 
de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; 
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser 
inquiridos em audiência. 
§ 6o - Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado 
no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos 
assistentes, salvo se for impossível a sua conservação. 
§ 7o - Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-
se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico 
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e 
responderão aos quesitos formulados. 
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser 
prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. 
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver 
infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver 
necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante 
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora 
previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. 
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de 
desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar 
não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto. 
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida 
do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime. 
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do 
exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. 
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo 
Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se 
auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos os objetos encontrados, que possam 
ser úteis para a identificação do cadáver. 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova 
testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame 
complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério 
Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
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§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a 
deficiência ou retificá-lo. 
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser 
feito logo que decorra o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do crime. 
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal. 
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará 
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus 
laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. 
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as 
consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos. 
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova 
perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, 
desenhos ou esquemas. 
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio 
de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que 
época presumem ter sido o fato praticado. 
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que constituam 
produto do crime. 
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos elementos 
existentes nos autos e dos que resultarem de diligências. 
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que 
dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais 
circunstâncias que interessarem à elucidação do fato. 
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á o seguinte: 
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada; 
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido 
judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida; 
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem em arquivos ou 
estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados; 
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que 
a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência 
poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever. 
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de verificar a 
natureza e a eficiência. 
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. 
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém, no 
caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante. 
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória. 
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao 
processo o laudo assinado pelos peritos. (Art. 159. Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos 
por dois peritos oficiais…) 
Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado pelos peritos e, se 
presente ao exame, também pela autoridade. (§ 1o Não havendo peritos oficiais, o exame será realizado por ...) 
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado, será subscrito e 
rubricado em suas folhas por todos os peritos. (Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão 
minuciosamente...) 
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas 
de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; 
(Desempatador - Só 1) se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros 
peritos. 
Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a 
autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. 
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar 
conveniente. 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. 
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Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o disposto no art. 19. 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, 
onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o 
pedir, mediante traslado. 
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida 
pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. 
• Quem determina a perícia? 
“Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; ” 
• A palavra final é do perito? 
“Art. 157. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova. ” 
• Quando a perícia é necessária? 
“Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, 
não podendo supri-lo a confissão do acusado. ” 
• Quem e quantos serão os peritos? 
“Art. 159. Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por perito oficial, portador de diploma 
de curso superior. 
§ 1º Não havendo perito oficial, o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso 
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica relacionada à natureza do exame. 
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. ” 
• Qual é o prazo para elaboração do laudo? 
“Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e 
responderão aos quesitos formulados. 
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser 
prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. ” 
• Quando realizar o exame pericial? 
• Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. 
• Como procederem exumações? 
“Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora 
previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. ” 
• O que fazer no exame de local de cadáver? 
“Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida 
do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime. ” 
• Podemos ilustrar o laudo? 
“Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do 
exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. 
• Qual a exceção na qual pode faltar o exame de corpo de delito? 
“Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova 
testemunhal poderá suprir-lhe a falta. ” 
• Qual é a consequência da ausência do exame de corpo de delito? 
“Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no art. 167; ” 
• Qual é a importância da formalidade na perícia? 
“Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. 
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e contradição 
entre estas. ” 
• Como periciar fato cuja evolução não seja absolutamente previsível? 
“Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a 
exame complementar 
§ 2º Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1º, I, do Código Penal, deverá ser 
feito logo que decorra o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do crime. ” 
• Devemos discutir os achados da perícia? 
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“Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará 
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus 
laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. 
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as 
consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.” 
• O que é contraprova? 
“Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova 
perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, 
desenhos ou esquemas. ” 
• Quem designa os peritos? 
“Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao 
processo o laudo assinado pelos peritos. ” 
• É necessário rubricar toas as folhas do laudo? 
“Art. 179. No caso do § 1º do art. 159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado pelos peritos e, se 
presente ao exame, também pela autoridade. 
–. Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado, será subscrito e 
rubricado em suas folhas por todos os peritos. ” 
• O que ocorre quando não existe consenso entre os peritos? 
“Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas 
de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este 
divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos. ” 
• O que ocorre em caso de laudo insatisfatório? 
“Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a 
autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. 
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar 
conveniente. ” 
• O juiz sempre aceita o laudo? 
“Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. ” 
• Qual disciplina rege os peritos? 
“Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária. ” 
• Qual a relação entre o perito e as partes? 
“Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito. ” 
• Todo CD pode ser obrigado a aceitar um encargo pericial? 
“Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a 
quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível. ” 
“Art. 277. O perito nomeado ... 
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: 
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; 
b) não comparecer no dia e local designados para o exame; 
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos. ” 
• O que ocorre se o perito nomeado não atende ao chamado judicial? 
“Art. 278. No caso de não comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua 
condução. ” 
• A habilitação profissional é obrigatória para a função pericial? 
“Art. 279. Não poderão ser peritos: 
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal; 
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia; 
III - os analfabetos e os menores de 21 (vinte e um) anos. 
• Quando um perito é considerado em suspeição? 
“Art. 280. É extensivo aos peritos, no que lhes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes. ” 
• Podemos realizar uma perícia em um amigo? 
“Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: 
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo 
caráter criminoso haja controvérsia; ” 
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• Podemos realizar uma perícia em quem tenha sido por nós aconselhado? 
“Art. 254: 
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. ” 
• As partes podem questionar suspeição dos peritos? 
“Art. 105. As partes poderão também arguir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os serventuários ou 
funcionários da justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso,à vista da matéria alegada e prova imediata.” 
• O que é falsa perícia? 
“Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perito, tradutor ou intérprete em 
processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. ” 
• Qual a diferença advinda da presença de suborno em falsas perícias? 
“Art. 342. 
§ 1º Se o crime for cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 2º As penas aumentam-se de um terço, se o crime é praticado mediante suborno. ” 
• O que decorre da retratação ou da exposição da verdade em uma falsa perícia antes da sentença? 
“Art. 342. 
§ 3º O fato deixa de ser punível, se, antes da sentença, o agente se retrata ou declara a verdade. ” 
• O que ocorre se o perito confessar a falsa-perícia após a sentença? 
“Art. 65. São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; ” 
 
http://www.malthus.com.br/mg_total.asp?id=298 
 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, 
punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis Inscrição no INPI: 905146603 para 
Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
 
 
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PRISÃO EM FLAGRANTE 
(Art. 301 e seguintes do CPP) 
 
É uma prisão que consiste na restrição da liberdade de alguém, independente de ordem judicial, possuindo 
natureza cautelar, desde que esse alguém esteja cometendo ou tenha acabado de cometer uma infração penal 
ou esteja em situação semelhante prevista nos incisos III e IV, do Art. 302, do CPP. É uma forma de 
autodefesa da sociedade. 
A expressão flagrante vem da expressão FLAGARE, que significa queimar, arder. É o que está acontecendo 
ou acabou de acontecer. É o evidente. 
 
"Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer 
que seja encontrado em flagrante delito. 
 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal; 
II - acaba de cometê-la; 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça 
presumir ser autor da infração; 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele 
autor da infração." 
 
Natureza jurídica da prisão em flagrante é de um ato administrativo, pois independe de manifestação 
jurídica. 
No entanto, consoante o Art. 5º, LXV, da CF a prisão deverá ser comunicada imediatamente ao juiz, para 
que verifique a sua legalidade. E caso não seja, irá ocorrer o relaxamento da mesma. Com a comunicação ao 
juiz, o ato irá se aperfeiçoar. 
 
PRISÃO PREVENTIVA 
É a prisão provisória decretada pelo juiz em qualquer fase do inquérito ou da instrução criminal, para 
garantir a ordem jurídica social, quando presentes os seguintes requisitos: prova da existência do crime e 
indícios suficientes de autoria. A prisão preventiva pode ter como fundamento: a garantia da ordem pública, 
garantia da ordem econômica, conveniência da instrução criminal ou a segurança da aplicação da Lei Penal. 
 
 
PRISÃO TEMPORÁRIA 
Espécie de prisão provisória ou cautelar, que restringe a liberdade de locomoção de uma pessoa, por tempo 
determinado e durante o inquérito policial, a fim de investigar a ocorrência de crimes graves. 
 
PRISÃO DOMICILIAR 
Consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, podendo ausentar-se apenas com 
autorização judicial. 
A prisão preventiva pode ser substituída pela domiciliar, de acordo com decisão judicial, quando: - o agente 
for maior de 80 anos; 
- for extremamente debilitado em razão de doença grave; 
- sua presença for imprescindível para cuidar de menos de 6 anos ou pessoa com deficiência; 
- for gestante à partir do 7° mês de gestação ou a gravidez for de alto risco. 
 
 
 
 
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LEI Nº 12.403, DE 4 DE MAIO DE 2011. 
Altera dispositivos do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, relativos 
à prisão processual, fiança, liberdade provisória, demais medidas cautelares, e dá outras providências. 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
Art. 1o Os arts. 282, 283, 289, 299, 300, 306, 310, 311, 312, 313, 314, 315, 317, 318, 319, 320, 321, 322, 
323, 324, 325, 334, 335, 336, 337, 341, 343, 344, 345, 346, 350 e 439 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de 
outubro de 1941 - Código de Processo Penal, passam a vigorar com a seguinte redação: 
 
“TÍTULO IX 
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA” 
“Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos 
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; 
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou 
acusado. 
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 
§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no 
curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do 
Ministério Público. 
§ 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de 
medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das 
peças necessárias, permanecendo os autos em juízo. 
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante 
requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor 
outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). 
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que 
subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida 
cautelar (art. 319).” (NR) 
“Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da 
autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no 
curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada, 
cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade. 
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à 
inviolabilidade do domicílio.” (NR) 
“Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante, será 
deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado. 
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, do qual deverá 
constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada. 
§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para averiguar a 
autenticidade da comunicação. 
§ 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, 
contados da efetivação da medida.” (NR) 
“Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por qualquer meio de comunicação, 
tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as precauções necessárias para averiguar a 
autenticidade desta.” (NR) 
“Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente 
condenadas, nos termos da lei de execução penal. 
 
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Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será 
recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades 
competentes.” (NR) 
“Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o 
auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a 
Defensoria Pública. 
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, 
com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.” (NR) 
“Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 
deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas 
condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante 
termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.” (NR) 
“Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva 
decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.” (NR) 
“Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, 
por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova daexistência do crime e indício suficiente de autoria. 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer 
das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o).” (NR) 
“Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o 
disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo 
ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
IV - (revogado). 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil 
da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado 
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da 
medida.” (NR) 
“Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos 
autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.” (NR) 
“Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada.” (NR) 
 
“CAPÍTULO IV 
DA PRISÃO DOMICILIAR” 
“Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só 
podendo dela ausentar-se com autorização judicial.” (NR) 
“Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: 
I - maior de 80 (oitenta) anos; 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; 
IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. 
 
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Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.” 
(NR) 
 
“CAPÍTULO V 
DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES” 
“Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar 
atividades; 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao 
fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, 
deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a 
investigação ou instrução; 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha 
residência e trabalho fixos; 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando 
houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; 
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, 
quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de 
reiteração; 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a 
obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; 
IX - monitoração eletrônica. 
§ 1o (Revogado). 
§ 2o (Revogado). 
§ 3o (Revogado). 
§ 4o A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser 
cumulada com outras medidas cautelares.” (NR) 
“Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de 
fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no 
prazo de 24 (vinte e quatro) horas.” (NR) 
“Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder 
liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e 
observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. 
I - (revogado) 
II - (revogado).” (NR) 
“Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa 
de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) 
horas.” (NR) 
“Art. 323. Não será concedida fiança: 
I - nos crimes de racismo; 
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como 
crimes hediondos; 
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado 
Democrático; 
IV - (revogado); 
V - (revogado).” (NR) 
“Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: 
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo 
justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código; 
 
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II - em caso de prisão civil ou militar; 
III - (revogado); 
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312).” (NR) 
“Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites: 
a) (revogada); 
b) (revogada); 
c) (revogada). 
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no 
grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos; 
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade 
cominada for superior a 4 (quatro) anos. 
§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser: 
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; 
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou 
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. 
§ 2o (Revogado): 
I - (revogado); 
II - (revogado); 
III - (revogado).” (NR) 
“Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória.” (NR) 
“Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial a concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, 
poderá prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz competente,

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