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A reforma do governo Collor

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A reforma do governo Collor
Objetivo de reduzir a intervenção do Estado na vida social;
Não houve um balizamento conceitual;
“A rápida passagem de Collor pela presidência provocou, na administração pública, uma desagregação e um estágio cultural e psicológicos impressionantes. A administração Pública sentiu profundamente os golpes deferidos pelo governo Collor, com os servidores descendo aos degraus mais baixos de autoestima e valorização social(...)”
Sua reforma administrativa caminhou de forma errática e irresponsável no sentido da desestatização e da racionalização. As medidas de racionalização foram conduzidas de maneira perversa e equivocada. Algumas das extinções tiveram que ser logo revistas, como a da Capes, por exemplo. Muitas das fusões, principalmente de ministérios, não eram convenientes, pois criavam superestruturas (como os ministérios da Economia e da Infraestrutura) sujeitas a pressões de interesses poderosos, e dificultavam a supervisão que intentavam favorecer.
Os cortes de pessoal, desnecessários, se examinarmos a administração como um todo, não trouxeram expressiva redução de custos. A reforma administrativa desmantelou os aparelhos de promoção da cultura e contribuiu ou, pelo menos, serviu de pretexto para a paralisação de todos os programas sociais. Depois do início da crise de seu governo, Collor voltou ao velho sistema de concessões políticas para atrair apoios, desmembrando e criando ministérios.
A reforma Bresser
Os pilares do projeto de reforma do Estado:
Ajuste fiscal duradouro;
Reformas econômicas voltadas para o mercado;
Reforma da Previdência Social;
Inovação dos instrumentos de Políticas Sociais;
Aumento da “Governança”.
A reforma do Estado deve ser entendida dentro do contexto da redefinição do papel do Estado, que deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social, para se tornar seu promotor e regulador. O Estado assume um papel menos executor ou prestador direto de serviços mantendo-se, entretanto, no papel de regulador e provedor destes. Nesta nova perspectiva, busca-se o fortalecimento das suas funções de regulação e de coordenação, particularmente no nível federal, e a progressiva descentralização vertical, para os níveis estadual e municipal, das funções executivas no campo da prestação de serviços sociais e de infraestrutura.
O modelo conceitual
 Segundo o autor o modelo conceitual proposto no PDRAE se divide em três partes: 
Formas de propriedade;
Tipos de administração pública; 
Níveis de atuação do Estado.
As relações entre essas dimensões estabelecem o quadro referencial e a estratégia da reforma.
A reforma Bresser
FORMASDE PROPRIEDADE
PÚBLICA
ESTATAL
Designada como propriedade pública/ controle estatal
NÃO-ESTATAL
Bens deinteresse público
PRIVADA
Bens que pertencem a iniciativa privada
A reforma Bresser
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CARACTERÍSTICAS
PATRIMONIALISTA
Cargossão prebendas; o público não se diferencia do privado; o aparelho do Estado funciona como extensão do poder do soberano.
BUROCRÁTICA
Imperaa profissionalização, o mérito, a ideia de carreira, a impessoalidade, a formalidade, o poder racional- legal.
GERENCIAL
Orientadapelos valores da eficiência, eficácia e efetividade na prestação do serviço público; Controle social e cultura gerencial das instituições/organizações.
A reforma Bresser
NÍVEIS D EATUAÇÃO DO ESTADO
REPRESENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
CENTRAL OU ESTRATÉGICO
Administração direta dos entesfederativos: Secretarias/ministérios
Cabe a formulação,supervisão das políticas públicas. Composta pelos 3 poderes.
DESCENTRALIZADO
Administração Indireta:Autarquias, Fundações, SEM e EP.
Responsável por execução das políticas e atividades exclusivas:regulação, fiscalização, etc.
FUNÇÕES NÃO EXCLUSIVAS DO ESTADO
Terceirosetor: ONGs, OCIPs, empresas privadas
Bens que podem ser oferecidos em complementação sob supervisão do estado.
A reforma Bresser
A reforma preconizada pelo PDRAE pode ser interpretada com 5 diretrizes principais:
Institucionalização;
Racionalização;
Flexibilização;
Publicitação;
Desestatização.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reforça a ideia segundo a qual a organização governamental foi marcada por etapas bem distintas, ressaltando os marcos na administração no governo Getúlio Vargas a partir de 1930, no Governo militar com o decreto-lei 200 de 1967 e a reforma Gerencial dos anos de 1990.

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