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DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL

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Dissolução da Sociedade e Vínculo conjugal
 Introdução: 
Sociedade Conjugal x Vínculo Matrimonial (art. 1.571 CC – causas terminativas da sociedade conjugal)
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
I - pela morte de um dos cônjuges;
II - pela nulidade ou anulação do casamento;
III - pela separação judicial;
IV - pelo divórcio.
§ 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
§ 2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.
a) Morte (inciso I): é lógico , tanto faz a “real” ou “presumida”, e que dá ao direito ao viúvo ou a viúva (evitar causas suspensivas, faz logo a partilha de bens) o direito de escolher alguém pra casar;
b) Nulidade ou Anulação do Casamento (inciso II): a invalidade absoluta acarreta a nulidade (NULO, o que é nulo não convalesce (recupera, fica valido) com o tempo, sendo imprescritível); já a invalidade relativa há a anulabilidade, Já as anulabilidades elas tem determinados prazos para anular um ato você segue um prazo previsto em lei;como exemplo de nulo: não podemos imaginar que um casamento entre dois irmão jamais poderia ser declarado nulo em razão da passagem do tempo. 
c) Separação Judicial (inciso III): dissolve a sociedade conjugal;
d) Divorcio (inciso IV): dissolve a sociedade conjugal e o vinculo matrimonial;
 Evolução Histórica
Decreto 181/1890 – somente separação de corpos
CC/16 – previa o desquite que rompia a sociedade conjugal mas mantinha o vinculo matrimonial.
Lei n° 6515/77 (Lei do Divórcio): o divorcio surgiu com essa lei;
CF/88 (art. 226, parágrafo 6°) – o casamento civil pode ser dissolvido pelo divorcio , após previa separação judicial (indireto) por mais de 1 ano nos casos expressos em lei, ou comprovada a separação de fato por mais de 2 anos (justificação desse intervalo de tempo, era na possibilidade do casal reatar o casamento);
A CF criou duas modalidades de divorcio, o divórcio indireto em que a pessoa primeira era obrigada a entrar com uma ação de separação judicial pra depois dela pedir divórcio, para se divorciar de forma indireta a separação era indispensável (sine qua non). Outra forma é o divorcio direto que é quando comprovassem que estavam separados de fato por mais de 2 anos.
Mas essas modalidades foram pro espaço, não existe mais, não há mais necessidade de tempo.
OBS.: No contexto histórico o que se discutia na Separação Judicial... no ato da separação vinha resolvendo questões patrimoniais, em relação aos filhos, como ficariam certos bens administrados durante esse tempo, quem ia ficar com o que provisoriamente, como ficaria empresa do casal, isso se resolveria provisoriamente pela Separação Judicial;
NOTA: Em termo de Petição Inicial, Processualmente falando, é licito cumular ações de Anulação de Casamento e Divórcio, pois apesar de ser mais vantajoso a anulação, por não contar após o divorcio o estado civil de “divorciado”, não é garantido que o Juiz defira essa anulação, então a fim de agilizar a dissolução poderá cumular tanto a Anulação quanto de Divórcio; 
NOTA: Na Petição Inicial de uma Ação de Anulação de Casamento, o autor alegando que não sabia que a sua esposa era uma fugitiva, como toda Ação existe uma Contestação, a esposa vem e diz que o esposo sabia, e prova pelas mensagens pelo Whatsapp, diante da contestação o Juiz não julgará procedente o pedido. Mas como o advogado entrou com cumulação de pedido de anulação e divórcio, sendo indeferido o pedido de anulação, ele pedirá o divórcio, aqui esta a importância da cumulação de pedido, pela não garantia de ser deferido o primeiro pedido; Doravante apesar de não deferir a anulação, o Juiz julgará PARCIALMENTE PROCEDENTE, pelo fato de deferir o divórcio, que não exige culpa o tempo; 
IMPORTANTE!!! Depois de declarado válido ou inválido o pedido, a sequência é se existiu boa-fé ou má-fé no ato, e a boa-fé faz diferença na questão patrimonial, por isso se pede primeiro a anulabilidade, pois PROVADO A MÁ-FÉ DA RÉ, no caso a esposa, ELA NÃO SE BENEFICIARÁ PATRIMONIALMENTE DURANTE A SOC. CONJUGAL COM OS BENS QUE O AUTOR JÁ POSSUI ANTES DO CASAMENTO; 
EC 66/10 (PEC DO DIVÓRCIO) – o casamento civil pode ser dissolvido pelo divorcio. (Aqui é respeitado o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana)
No texto original vinha, “na forma da lei”, com a sua retirada, está dizendo literalmente, que a sua aplicação é imediata; Não precisa de nenhuma Lei para disciplinar o assunto;
Enunciado 514 CJF: A Emenda Constitucional n. 66/2010 não extinguiu o instituto da separação judicial e extrajudicial.
Art. 731.  A homologação do divórcio ou da separação consensuais...
O CPC 2015 traz a separação provando que ainda deve ser observado;
NOTA: Pelo Princípio da Vedação da Decisão Surpresa, o Juiz deve intimar as partes para perguntar se elas têm interesse desistir da Separação ou se querem Converter em Divórcio; 
 Situações decorrentes da EC 66/10:
a) Extinção das causas subjetivas e objetivas da dissolução do casamento : a culpa e o tempo, respectivamente, saíram de contexto.
b) Preservação do estado civil das pessoas que já estão separadas em “juízo ou em cartório” (art. 5 , inciso XXXVI da CF) : ato jurídico perfeito tem que se respeitar.
Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
 Separação Judicial/Divórcio Judicial por mútuo consentimento (resolução de forma amigável; consensual) 
- negócio jurídico bilateral: é um acordo entre as partes, é a vontade dos dois.
- art. 1574 CC: Dar-se-á a separação judicial por mútuo consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de um ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente homologada a convenção.(esse artigo foi MITIGADO, valido parcialmente, porque a questão do tempo não existe mais)
 Enunciado 515 do CJF: Pela interpretação teleológica da Emenda Constitucional n. 66/2010, não há prazo mínimo de casamento para a separação consensual.
- art. 34 da lei n° 6515/77: A separação judicial consensual se fará pelo procedimento previsto nos arts. 1.120 e 1.124 do Código de Processo Civil (adaptando pro NCPC são os artigos 731 e seguintes ), e as demais pelo procedimento ordinário.
§ 1º - A petição será também assinada pelos advogados das partes ou pelo advogado escolhido de comum acordo.
§ 2º - O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação judicial, se comprovar que a convenção não preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cônjuges. PARA SEPARA-SE JUDICIALMENTE OU ADMINISTRATIVAMENTE, NÃO BASTA APENAS O MÚTUO CONSENTIMENTO, TAMBÉM É PRECISO A CHANCELA DO ESTADO, POIS COM A PETIÇÃO ENVIADA AO JUIZ, NÃO É GARANTIDO O DEFERIMENTO, POIS DEVE-SE OBSERVA O INTERESSE DOS FILHOS; 
§ 3º - Se os cônjuges não puderem ou não souberem assinar, é lícito que outrem o faça a rogo deles.
§ 4º - Às assinaturas, quando não lançadas na presença do juiz, serão, obrigatoriamente, reconhecidas por tabelião.
- Enunciado 516 CJF : Na separação judicial por mútuo consentimento, o juiz só poderá intervir no limite da preservação do interesse dos incapazes ou de um dos cônjuges, permitida a cindibilidade (divisão) dos pedidos com a concordância das partes, aplicando-se esse entendimento também ao divórcio.
O judiciário possui limites para intervir na vida comum; 
- arts. 731 e 732 do CPC
Art. 731.  A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão: (ROL EXEMPLIFICATIVO, exemplo, discussão sobre o sobrenome)
I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;
II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;
III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e
IV - o valor da contribuição para
criar e educar os filhos.
Parágrafo único.  Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658.
Art. 732.  As disposições relativas ao processo de homologação judicial de divórcio ou de separação consensuais aplicam-se, no que couber, ao processo de homologação da extinção consensual de união estável.
 a) rol do art. 731 é taxativo? É exemplificativo.
 b) vicio no acordo celebrado pelas partes (erro, dolo e coação): se houver vicio de consentimento é anulável. 
 c) arrependimento unilateral? Arrependeu-se de ter entregue ao cônjuge caso seja realizado antes da homologação judicial pode ocorrer o arrependimento;
IMPORTANTE!!!
Súmula 116 do STF: Em desquite ou inventário, é legítima a cobrança do chamado imposto de reposição, quando houver desigualdade nos valores partilhados. (Caso de Repartição Desigual [exemplo 70% do nossos bens para ex-cônjuge, e 30% para mim], quem recebeu mais bens na partilha, paga mais imposto);
 Separação administrativa ( extrajudicial) – lei n° 11.441/2007
 	 - art. 733 CPC:  O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731.
NOTA: Casos em que na separação/divórcio consensual haja filhos incapazes ou um dos cônjuges seja incapaz, a ação de dissolução vai para a VIA JUDICIAL;
 - resolução n° 35 CNJ: 
Art. 1º Para a lavratura dos atos notariais de que trata a Lei nº 11.441/07, é livre a escolha do tabelião de notas, não se aplicando as regras de competência do Código de Processo Civil.
Art. 2° É facultada aos interessados a opção pela via judicial ou extrajudicial; podendo ser solicitada, a qualquer momento, a suspensão, pelo prazo de 30 dias, ou a desistência da via judicial, para promoção da via extrajudicial.
Art. 3º As escrituras públicas de inventário e partilha, separação e divórcio consensuais não dependem de homologação judicial e são títulos hábeis para o registro civil e o registro imobiliário, para a transferência de bens e direitos, bem como para promoção de todos os atos necessários à materialização das transferências de bens e levantamento de valores (DETRAN, Junta Comercial, Registro Civil de Pessoas Jurídicas, instituições financeiras, companhias telefônicas, etc.)
Art. 6º A gratuidade prevista na Lei n° 11.441/07 compreende as escrituras de inventário, partilha, separação e divórcio consensuais.
Art. 7º Para a obtenção da gratuidade de que trata a Lei nº 11.441/07, basta a simples declaração dos interessados de que não possuem condições de arcar com os emolumentos, ainda que as partes estejam assistidas por advogado constituído.
Art. 8º É necessária a presença do advogado, dispensada a procuração, ou do defensor público, na lavratura das escrituras decorrentes da Lei 11.441/07, nelas constando seu nome e registro na OAB.
Art. 9º É vedada ao tabelião a indicação de advogado às partes, que deverão comparecer para o ato notarial acompanhadas de profissional de sua confiança. Se as partes não dispuserem de condições econômicas para contratar advogado, o tabelião deverá recomendar-lhes a Defensoria Pública, onde houver, ou, na sua falta, a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 33. Para a lavratura da escritura pública de separação e de divórcio consensuais, deverão ser apresentados: a) certidão de casamento; b) documento de identidade oficial e CPF/MF; c) pacto antenupcial, se houver; d) certidão de nascimento ou outro documento de identidade oficial dos filhos absolutamente capazes, se houver; e) certidão de propriedade de bens imóveis e direitos a eles relativos; e f) documentos necessários à comprovação da titularidade dos bens móveis e direitos, se houver.
Art. 34. As partes devem declarar ao tabelião, no ato da lavratura da escritura, que não têm filhos comuns ou, havendo, que são absolutamente capazes, (CASO NÃO SEJA, VAI PARA VIA JUDICIAl) indicando seus nomes e as datas de nascimento.
Art. 35. Da escritura, deve constar declaração das partes de que estão cientes das consequências da separação e do divórcio, firmes no propósito de pôr fim à sociedade conjugal ou ao vínculo matrimonial, respectivamente, sem hesitação, com recusa de reconciliação.
Art. 36. O comparecimento pessoal das partes é dispensável à lavratura de escritura pública de separação e divórcio consensuais, sendo admissível ao(s) separando(s) ou ao(s) divorciando(s) se fazer representar por mandatário constituído, desde que por instrumento público com poderes especiais, descrição das cláusulas essenciais e prazo de validade de trinta dias.
Art. 37. Havendo bens a serem partilhados na escritura, distinguir-se-á o que é do patrimônio individual de cada cônjuge, se houver, do que é do patrimônio comum do casal, conforme o regime de bens, constando isso do corpo da escritura.
Art. 38. Na partilha em que houver transmissão de propriedade do patrimônio individual de um cônjuge ao outro, ou a partilha desigual do patrimônio comum, deverá ser comprovado o recolhimento do tributo devido sobre a fração transferida.
Art. 40. O traslado da escritura pública de separação e divórcio consensuais será apresentado ao Oficial de Registro Civil do respectivo assento de casamento, para a averbação necessária, independente de autorização judicial e de audiência do Ministério Público.
Art. 41. Havendo alteração do nome de algum cônjuge em razão de escritura de separação, restabelecimento da sociedade conjugal ou divórcio consensuais, o Oficial de Registro Civil que averbar o ato no assento de casamento também anotará a alteração no respectivo assento de nascimento, se de sua unidade, ou, se de outra, comunicará ao Oficial competente para a necessária anotação. 
Art. 42. Não há sigilo nas escrituras públicas de separação e divórcio consensuais.
Art. 43. Na escritura pública deve constar que as partes foram orientadas sobre a necessidade de apresentação de seu traslado no registro civil do assento de casamento, para a averbação devida.
Art. 44. É admissível, por consenso das partes, escritura pública de retificação das cláusulas de obrigações alimentares ajustadas na separação e no divórcio consensuais.
Art. 45. A escritura pública de separação ou divórcio consensuais, quanto ao ajuste do uso do nome de casado, pode ser retificada mediante declaração unilateral do interessado na volta ao uso do nome de solteiro, em nova escritura pública, com assistência de advogado.
Art. 46. O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de separação ou divórcio se houver fundados indícios de prejuízo a um dos cônjuges ou em caso de dúvidas sobre a declaração de vontade, fundamentando a recusa por escrito.
Art. 48. O restabelecimento de sociedade conjugal pode ser feito por escritura pública, ainda que a separação tenha sido judicial. Neste caso, é necessária e suficiente a apresentação de certidão da sentença de separação ou da averbação da separação no assento de casamento.
Art. 49. Em escritura pública de restabelecimento de sociedade conjugal, o tabelião deve: a) fazer constar que as partes foram orientadas sobre a necessidade de apresentação de seu traslado no registro civil do assento de casamento, para a averbação devida; b) anotar o restabelecimento à margem da escritura pública de separação consensual, quando esta for de sua serventia, ou, quando de outra, comunicar o restabelecimento, para a anotação necessária na serventia competente; e c) comunicar o restabelecimento ao juízo da separação judicial, se for o caso.
Art. 50. A sociedade conjugal não pode ser restabelecida com modificações.
“ALGUNS DOUTRINADORES” ALEGAM QUE PODE SER REALIZADO A AÇÃO DE SEPRAÇÃO CONSENSUAL HAVENDO FILHOS INCAPAZES, JUSTIFICAM DESDE QUE OS INTERESSES DOS FILHOS NÃO ESTEJAM NO ACORDO,QUE SERAM JUDICIALMENTE, MAS APENAS A QUESTÃO PATRIMONIAL DO
CASAL; 
 Manutenção da separação de corpos como medida jurídica possível e possibilidade de mandado de distanciamento (art. 1562 CC Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.; art. 22, alínea “a” da Lei n 11340/2006: Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: a) aproximação da ofendida [mando de distanciamento], de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;)
 Permanência da separação de fato como instrumento idôneo para cessar efeitos jurídicos do casamento 
Efeitos: art. 1723 CC; art. 12 da lei n° 8245/91; rompimento do regime de bens; direito à sucessão, deveres conjugais.
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
(Lei 8.245) Art. 12. Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel.
 Divórcio litigioso: procedimento comum (art. 40, parágrafo 3° da lei n° 6515/77: 
Art. 40. No caso de separação de fato, e desde que completados 2 (dois) anos consecutivos, poderá ser promovida ação de divórcio, na qual deverá ser comprovado decurso do tempo da separação.
§ 3º - Nos demais casos, adotar-se-á o procedimento ordinário.
OBS.: Não é o Divórcio que é litigioso, pois não pressupõe de requisitos, mas sim as matérias que estão agarradas a esse instituto; 
Objeto cognitivo da ação de divórcio e a possibilidade de resolução parcial do mérito da causa (art. 356, inciso I CPC): 
Pedido de Divórcio cumulado com partilha, sobrenome, e outros, o juiz pode resolver parcialmente o mérito, no caso, deferindo logo o divórcio para que as partes não fiquem presas na espera do resultado do julgamento dos outros processos. 
O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; 
Obs.: reconvenção? Não é saudável em termos processuais que se permita a reconvenção, porque podem marcar quantas audiências forem necessárias.
 Características do Divórcio: 
a) Natureza personalíssima: o interesse pra divorciar é exclusivo dos divorciandos, processo extinto sem resolução de mérito; 
b) Inadmissibilidade de terceiros interferirem no divórcio
c) Possibilidade de não divisão do patrimônio comum no divórcio ( manutenção dos bens em condomínio) quer dizer que as pessoas podem se divorciar sem partilhar; Caso venha querer casaR sem ter antes feito a partilha de bens, não poderá escolher o regime de bens com o novo cônjuge, no caso, será obrigatoriamente, o de separação absoluta; 
Sumula 197 do STJ: O divórcio direto pode ser concedido sem que haja prévia partilha dos bens. Se divorcia sem ter fito antes a partilha quando for casar novamente deve ser feito antes a partilha, e caso não faça, não poderá escolher o regime no novo casamento;
 Art. 1.575. A sentença de separação judicial importa a separação de corpos e a partilha de bens.
Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens.
d) Uso do sobrenome de casado: tem que se discutir logo se vai manter ou não.
e) Tratamento jurídico da revelia nas ações de divorcio : não cabe revelia integralmente aqui . Por que o atos não vão se presumir como verdadeiros pois tratam-se de direitos indisponíveis (REVEL PRESUMIRSIÃO OS FATOS ALEGADOS COMO VERDADEIROS); 
f) Guarda compartilhada como regra geral do divórcio : é a regra do CC.
Obs.: 1240- A CC : Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

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