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História da saúde pública no Brasil


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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE 
PÚBLICA NO BRASIL
Profa. Alecsandra F Tomaz
UEPB/DF
 A “priori” o Brasil dava ilusão de paraíso terreno. A
beleza e a grandiosidade das paisagens, a riqueza
da alimentação, a pureza das águas e o clima ameno
combinavam, aos olhos do europeu, com a saúde
dos habitantes do Novo Mundo.
 Essa visão durou pouco, no séc. XVII a colônia
portuguesa era identificada como o “inferno”, onde os
colonizadores brancos e os escravos tinham poucas
chances de sobrevivência.
HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
 1500 ATÉ O PRIMEIRO REINADO 
 Não havia modelo de atenção à saúde 
 Conhecimentos empíricos: plantas e ervas 
 Vinda da família real – necessidade de organização 
sanitária mínima 
 Delegação das atribuições sanitárias às juntas 
municipais; 
 Controle de navios e saúde dos portos. 
HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL 
 1500 ATÉ O PRIMEIRO REINADO 
 Gestão unitária e centralizadora 
 Carência de profissionais médicos – proliferação de 
boticários. 
 Poucos médicos (europeus), tratamento feito pelos 
curandeiros e/ou padres. Não existia saneamento 
básico
HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL 
 INÍCIO DA REPÚBLICA 1889 ATÉ 1930 
 Organização jurídica-política do país: tendência 
capitalista;
 Quadro sanitário caótico: varíola, malária, febre 
amarela e peste; 
 Osvaldo Cruz e o Departamento Federal de Saúde 
Pública;
Brasil República 1889
 Principal idéia: Modernizar o Brasil: “Ordem e
Progresso” sob o lema do positivismo (sistema
filosófico que afirma que o conhecimento científico se
limita à descrição dos fatos observados e
experimentados. Pretendia reformar o Estado e a
sociedade sob o domínio da Ciência).
A Medicina Moderna
 Louis Pasteur (1882 - 1878): Bacteriologia
 Claude Bernard (1813 – 1878): Fisiologia
 No Brasil cria-se um novo campo do conhecimento,
voltado para o estudo e a prevenção das doenças e
para o desenvolvimento de formas de atuação nos
surtos epidêmicos: A Saúde Pública.
Saúde Pública
 Entre 1800 e 1900, o Rio de Janeiro e as principais
cidades brasileiras continuaram a ser assaltadas por
varíola e febre amarela e ainda por peste bubônica,
Febre tifóide e cólera, que mataram milhares de
pessoas;
 Onda Higienista: financiada pelo Estado, esse
movimento é conhecido como o nascimento da
Política de Saúde Brasileira que foi descrita com as
Políticas Sociais.
Processo Civilatório:
 Os lucros produzidos pelo café foram parcialmente
aplicados nas cidades. Isso favoreceu a
industrialização, a expansão das atividades
comerciais e o aumento acelerado da população
urbana, engrossada pela chegada dos imigrantes
desde o final do século XIX.
 Característica das idéias da medicina européia
imposta ao Brasil (oligarquia).
Continuação:
 Interesses e financiamento pelos grandes
latifundiários, com o foco nas capitais.
 Fiscalização mais efetiva para evitar doenças infecto
contagiosas.
 Construção do processo de hegemonização ao trato
da doença e cura (médicos institucionalizados).
A Era dos Institutos
 1892 – Criação de laboratórios: Bacteriológico
Vacinogênico e de Análises Clínicas e Farmacêuticas.
Ampliados logo depois, transformaram-se,
respectivamente, nos institutos Butantã, biológico e
bacteriológico (Adolfo Lutz).
 1899 – Instituto Soroterápico de Manguinnhos
 1903 – Contratação de pesquisadores estrangeiros.
 1908 – Instituo Oswaldo Cruz.
A Doença de Chagas
 1909 - Descoberta do agente causador da doença de
chagas (Tripanosoma Cruzi);
 “Jeca Tatu” representava o caboclo brasileiro. Era um
homem fraco e desanimado, cujas as enfermidades o
impediam de participar no esforço de fazer o Brasil
progredir;
 Situação muito grave no Brasil em consequência da
grande migração e pobreza no país.
Princípios da Eugenia
 Ciência que estuda as características raciais dos
grupos humanos. No início do século, afirmava que
os brancos eram os mais perfeitos representantes da
espécie humana; as demais raças teriam alguma
dose de inferioridade biológica;
 1904 – revolta da Vacina (contra o modelo
campanhista);
 Uso da força e da autoridade
 Arbitrariedades (queima de colchões e roupas)
 Gripe espanhola (1918) - Ricos e pobres foram
envolvidos na mesma calamidade.
HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
 1920 - Carlos Chagas substitui Oswaldo Cruz –
reestruturação do Departamento Nacional de Saúde
 Introdução da propaganda e a educação sanitária
na técnica rotineira de ação;
 Criação de órgãos especializados na luta contra a
tuberculose, a lepra e as doenças venéreas;
 Assistência hospitalar, infantil e a higiene industrial
se destacaram como problemas individualizados;
 Expansão das atividades de saneamento para
outros estados;
 Criação da Escola de Enfermagem Anna Nery.
O NASCIMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
 Processo de industrialização do país: urbanização e 
migração 
 Péssimas condições de trabalho:
Duas greves gerais: 1917 e 1919 
Em 1923 com a Lei Eloy chaves instituiu-se
os o sistema de CAP’s (Caixas de
Aposentadorias e Pensões)
 Somente aplicada ao operariado urbano
 Financiamento tripartite (empregado,
empresa e governo), organizado por
empresas e categorias profissionais
 Crescimento rápido, brusco
impossibilitando a fiscalização destas
organizações.
 Recolhimento mensal das contribuições
OBSERVAÇÃO: Além das aposentadorias e pensões, os
fundos proviam os serviços funerários e médicos:
 socorros médicos em caso de doença em sua pessoa
ou pessoa de sua família , que habite sob o mesmo teto
e sob a mesma economia;
 medicamentos obtidos por preço especial determinado
pelo Conselho de Administração;
 aposentadoria;
 pensão para seus herdeiros em caso de morte;
 assistência aos acidentados no trabalho.
A crise dos anos 30 a revolução liderada
por Getúlio Vargas e a criação das IAP’s
(Institutos de Aposentadorias e Pensões
Financiamento tripartide, centralizado pelo
governo e supervisionado pelo Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio)
Institutos de marítimos (IAPM); comerciários
(IAPC); bancários (IAPB); estiva e transportes
de cargas (IAPEC) e industriários (IAPI) e
somente em 1940 o último instituto foi criado
(SERVIDORES DO ESTADO)
 Organizados por categoria profissional 
 Crescimento de um complexo médico hospitalar 
para atender os previdenciários 
 SAMDU – Serviços de Assistência Médica 
Domiciliar de Urgência 
A crise dos anos 30 a revolução liderada por
Getúlio Vargas e a criação das IAP’s (Institutos
de Aposentadorias e Pensões)
Saúde Pública no Período de 1930 a 1960
 Ministério da Educação e Saúde Pública
 Reforma Barros Barreto;
 Instituição de órgãos normativos e supletivos
destinados a orientar a assistência sanitária e
hospitalar;
 Criação de órgãos executivos de ação direta contra
as endemias mais importantes;
 Fortalecimento do Instituto Oswaldo Cruz;
Saúde Pública no Período de 1930 a 1960
 Descentralização das atividades normativas e
executivas por 8 regiões sanitárias;
 Programas de abastecimento de água e construção
de esgotos, no âmbito da saúde pública;
 Atenção aos problemas das doenças degenerativas
e mentais com a criação de serviços especializados
de âmbito nacional.
1953- Criação do Ministério da Saúde
Em 1960 é consumada a Lei Orgânica da
Previdência Social
 Unificação da IAP’s passa a ser discutida
 Unificação dificultada pelos compromissos
dos presidentes Getúlio Vargas, Juscelino
Kubitschek e João Goulart
O Golpe Militar de 1964 e as reformas de
1967
 Unificação da IAP’s
 Unificação de cinco dos seis institutos,juntamente com a reforma administrativa,
fiscal e financeira
 Carteira assinada-contribuinte automático
A Saúde No Regime Militar de 1964
 31 de março de 1964 fim a democracia populista.
 Combater o avanço comunista, corrupção e
garantir a segurança.
 Regime tecnocrata (Econômico e técnico);
 Milagre brasileiro (PIB);
 Evolução da Medicina: Esporte e rendimento.
Continuação:
 Tempo do Brasil Grande e das frases de efeito
patriótico como: Brasil, ame-o ou deixe-o e Ninguém
segura este país.
 É também os tempos duros da repressão política e
policial, do desrespeito aos direitos humanos e do
aviltamentos dos direitos de cidadania.
Saúde na Ditadura Militar
 Receita diminuída para o ministério da Saúde;
 A individualização da saúde pública;
 Epidemias silenciosas (meningite e Dengue);
 Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
(Unificação privatista e corrupção);
 Ministério da Previdência e Assistência social
(MPAS). ( Nova promessa).
Instituto Nacional de Previdência Social -
INPS
O INPS atende a todos os trabalhadores
formais que contribuíam com 8% de seus
salários, adicionados a 8% da folha de
salários da empresa, independente de ramo,
atividade ou categoria, além dos autônomos
ou empregadores.
Ainda na “Ditadura”
 1974 Dataprev;
 PPA – Plano de Pronta Ação, casos de
urgência;
 1975 – Sistema Nacional de saúde, mais uma
tentativa;
 1976 – Salário a insalubridade para as
atividades arriscadas;
 Problemas estruturais do modelo social.
Saúde um Bom Negócio para o 
Estrangeiro
 Entrada do capital estrangeiro;
 As classes médias privilegiadas com o “milagre
econômico”, encontraram nas companhias de
seguro-saúde o caminho de acesso ao
atendimento rápido e eficiente;
 Indústria Farmacêutica.
 Ampliação das instalações de assistência
da previdência e contrato com instituições
privadas com compra e venda de serviços.
 Instituições públicas sem estrutura
Recursos Públicos vindos do fundo de 
apoio social e dos recursos das loterias 
federal e esportiva
Em 1974 é criado o Ministério da
Previdência Social
Desdobramento em três institutos:
1. Administração da Previdência Social (Iapas) –
recolhia recursos
2. INPS – administração, cálculos, concessão e
pagamento de benefícios;
3. Instituto Nacional de Assistência Médica da
Previdência Social (Inamps) – administrar o sistema
de saúde
Consolidação em 1976 com a criação do
Sistema Nacional de Previdência Social
(Sinpas)
 Iapas – Instituto de Administração da Previdência e Assistência
Social
 Inamps – Instituto Nacional de Assistência
Médica da Previdência social
 LBA – Legião Brasileira de Assistência
 Funabem – Fundação Nacional para o Bem Estar do Menor
 Dataprev – Empresa de Processamento de dados da Previdência
Social
 Ceme – Central de Medicamentos
Assistência Médica da Previdência Social é
finalmente formada com a união do Inamps
e CEME
 Estrutura somente alterada na década de
80
 Adesão do MS, Estados e Municípios
A saúde nos anos 80 e 90
 Falência do regime militar (inflação);
 Crise econômica;
 Surtos de cólera e Dengue e altos índices de
pessoas atingidas por tuberculose, doença de
Chagas e doenças mentais, confirmando a
permanência histórica do trágico estado da saúde
popular.
Continuação:
 Na década de 80, os projetos identificados pelas siglas
PREV-SAÚDE, CONASP e AIS mantiveram sempre a
mesma proposta: reorganizar de forma racional as
atividades de proteção e tratamento da saúde individual
e coletiva, evitar as fraudes e lutar contra o monopólio
das empresas particulares de saúde.
SUDS/SUS
 Movimento sanitarista (ABRASCO, CEBES);
 Direito Universal à Saúde;
 Acesso à assistência médico-sanitária é direito do
cidadão e dever do Estado;
 Constituição de 1988.
 SUDS – Integração de todos os serviços de saúde,
públicos particulares, deveria constituir uma rede
hierarquiza e regionalizada, com a participação da
comunidade na administração das unidades locais.
Em 1988 aconteceu o que?
“O SUS incorpora hospitais universitários do
Ministério da Educação e as redes públicas e
privadas conveniadas de saúde nos Estados e
Municípios, formando um sistema que,
teoricamente tem abrangência nacional”.
Mas os Problemas Permanecem...
 Desigualdade social;
 Desigualdade regional;
 Subnutrição e falta de saneamento;
 Ainda assistimos a um processo que se perpetua
pela falta de efetividade e não de ideias. No Brasil,
enquanto perpetuar o modelo de apropriação do
“homem pelo homem” o acesso a saúde ainda é
uma utopia.
Cenas dos próximos 
capítulos...

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