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Artigo de Revisão 
 
Um estudo sobre mobilização precoce em pacientes na unidade de 
terapia intensiva 
A study on early mobilization in patients in the intensive care unit 
Virgínia Lelis Ribeiro1; Giulliano Gardenghi2 
Resumo 
Introdução: A imobilidade pode causar várias complicações que influenciam na 
recuperação de doenças, incluindo atrofia e fraqueza muscular esquelética, mas esse 
efeito pode ser reduzido com a técnica de mobilização precoce. A mobilização precoce 
vem sendo considerada uma intervenção capaz de modificar fatores de risco de 
mobilidade, com impacto na reabilitação funcional em doentes críticos. Objetivo: 
Analisar estudos relacionados à importância da mobilização precoce em pacientes na 
Unidade de terapia intensiva (UTI). Metodologia: Revisão de literatura pesquisada em 
redes eletrônicas cientifica obtida nas bases de dados do SCIELO, GOOGLE 
ACADÊMICO, PUBMED, LILACS, utilizando por referência publicações realizadas 
entre 2009 e 2015. Resultados/Considerações finais: A técnica de mobilização 
precoce tem evidenciado eficácia e segurança aos pacientes de UTI, pois confere 
menor tempo de ventilação mecânica e internação, melhor estado funcional e 
capacidade de deambulação na alta, redução de mortalidade e acentuada redução de 
custos. 
Descritores: Mobilização precoce; UTI; Imobilidade; Reabilitação funcional. 
 Abstract 
Introduction: Immobility can cause several complications that influence the recovery 
of diseases, including atrophy and skeletal muscle weakness, but this effect can be 
reduced with the early mobilization technique. Early mobilization has been considered 
an intervention capable of modifying risk factors for morbidity, with an impact on 
functional rehabilitation in critically ill patients. Objective: To analyze studies related to 
the importance of early mobilization in patients in the Intensive Care Unit (ICU). 
Methodology: Review of literature researched in scientific electronic networks 
obtained in the databases of SCIELO, GOOGLE ACADEMMICO, PUBMED, LILACS, 
using by reference publications carried out between 2009 and 2015. Results / Final 
considerations: The technique of early mobilization has shown efficacy and safety To 
ICU patients, since it confers a shorter time of mechanical ventilation and 
hospitalization, better functional status and ambulatory capacity at discharge, reduced 
mortality and marked reduction of costs. 
Keywords: Early mobilization; ICU; Immobility; Functional rehabilitation. 
1. Graduada em Fisioterapia pela UNIRV, Rio Verde/GO; Especialista em Fisioterapia 
Cardiopulmonar e Terapia Intensiva pelo CEAFI Pós-Graduação, Goiânia/GO – Brasil. 
2. Doutor em Ciências pela FMUSP; Coordenador do Serviço de Fisioterapia da UTI do Instituto 
Goiano de Pediatria (IGOPE); Coordenador Científico do Hospital ENCORE/GO, 
Coordenador Científico do CEAFI Pós-Graduação/GO, Coordenador do Curso de Pós-
Graduação em Fisioterapia Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva do NEA Cursos, 
Taubaté/SP – Brasil. 
__________________________________________________________________ 
 
Introdução 
Embora a evolução tecnológica e científica favoreça a sobrevida dos 
pacientes criticamente enfermos, a incidência de complicações decorrentes dos 
efeitos deletérios da imobilidade na unidade de terapia intensiva (UTI) contribui 
para o declínio funcional, aumento dos custos assistenciais, redução da 
qualidade de vida e sobrevida pós-alta1. 
Estimular o paciente a sair do leito o mais rápido possível é um 
importante papel do profissional de fisioterapia hospitalar, sendo a terapia de 
mobilização precoce um procedimento que evita os riscos da hospitalização 
prolongada, pois diminui a incidência de complicações pulmonares, acelera a 
recuperação e diminui a duração da ventilação mecânica (VM)2. 
A imobilidade por longo período pode influenciar o aparecimento de 
outras doenças críticas, como por exemplo, doença tromboembólica, 
atelectasias, úlceras de pressão, contraturas, alteração das fibras musculares 
de contração lenta para contração rápida, atrofia e fraqueza muscular e 
esquelética, e afetar os barorreceptores que contribuem para a hipotensão 
postural e taquicardia3. Contudo, a imobilidade também pode ocasionar sérios 
prejuízos na função muscular, variando de uma diminuição diária de força 
muscular4. 
Exercícios motores no leito, sedestação a beira do leito, transferência 
para a cadeira, ortostatismo e deambulação, são atividades terapêuticas 
progressivas que fazem parte da terapia de mobilização precoce e são muito 
fundamentais para diminuir o tempo de desmame da VM e auxiliar na 
recuperação funcional5,6. 
Seja minimizando a perda de mobilidade, maximizando a independência 
funcional e facilitando o desmame da VM, a atuação do profissional da 
fisioterapia como parte integrante da equipe multidisciplinar dentro da UTI, 
pode promover uma melhor qualidade de assistência ao doente crítico através 
da mobilização precoce5, 6,7. 
A mobilização precoce pode significar uma excelente possibilidade de 
interação do indivíduo com o ambiente, sendo considerada uma fonte de 
estimulação sensório-motora e de prevenção de complicações secundárias ao 
imobilismo2. Trata-se de uma técnica de grande relevância para melhorar a 
recuperação física e também psicológica do enfermo, pois proporciona conforto 
e bem-estar1. 
Sendo a imobilidade no leito durante a permanência em UTI um dos 
principais fatores que contribui para a perda da força muscular e prejuízo 
funcional, o estudo do presente tema justifica-se na importância da mobilização 
precoce na recuperação do paciente internado na UTI, enquanto procedimento 
favorável ao desmame da ventilação mecânica, melhora no estado funcional e 
capacidade de deambulação pós-alta, redução de mortalidade e redução de 
custos hospitalares. 
O objetivo deste trabalho foi analisar através da revisão da literatura 
cientifica estudos relacionados à mobilização precoce de pacientes na UTI, 
descrevendo o quanto o repouso prolongado no leito pode influenciar na 
recuperação de enfermidades graves devido às alterações sistêmicas. 
Metodologia 
Trata- se de uma revisão de literatura baseada em trabalhos escritos em 
português, através de um levantamento bibliográfico encontrado em materiais 
publicados em redes eletrônicas cientificas obtidas nas bases de dados do 
SCIELO, GOOGLE ACADÊMICO, PUBMED, LILACS, utilizando por referência 
publicações realizadas entre 2009 e 2015. Palavras-chaves utilizadas: 
mobilização precoce, imobilidade, fisioterapia, repouso prolongado. As buscas 
resultaram em um total de 22 artigos adequados ao objetivo do presente 
estudo, destes foram descartados 2 devido ao ano de publicação com mais de 
10 anos. A leitura analítica e interpretativa foi realizada nos 20 artigos, 
relacionando o seu conteúdo com o tema estudado. 
Resultados 
Os diversos estudos encontrados durante o levantamento estão 
relacionados na tabela a seguir. 
Resultado da busca de artigos relacionados à aplicação da técnica de mobilização precoce em 
pacientes na UTI. 
Referência Objetivos Métodos Conclusão 
Silva et al, 2014 Sistematizar o 
conhecimento sobre a 
mobilização precoce na 
UTI. 
Revisão sistemática, com 
inclusão de ensaios clínicos 
publicados entre 1998 e 2012. 
A mobilização precoce na Unidade de 
Terapia Intensiva apresentou um impacto 
significativamente positivo nos resultados 
funcionais dos pacientes. 
Felicianol et al, 
2012 
Avaliar a eficácia de um 
protocolo de mobilização 
precoce no tempo de 
estadia de UTI. 
Ensaio clínico, controlado e 
randomizado com 431 pacientes 
do sexo masculino e feminno em 
VM. 
Não houve redução no tempo de 
internação na UTI, mas os pacientes 
evoluíram com melhora naforça muscular 
inspiratória e com nível 5 de 
funcionalidade. 
Castro Jr., 2013 Verificar a importância 
da mobilização precoce 
em pacientes internados 
na UTI. 
Pesquisa bibliográfica. Novos estudos se fazem necessários para 
comprovar os benefícios e a redução da 
mortalidade, mas verificou-se que a 
mobilização precoce é um método seguro 
e viável, essencial na prevenção da 
fraqueza muscular respiratória e periférica 
adquirida pelo paciente crítico na UTI. 
Silva e Oliveira, 
2015 
Investigar os efeitos da 
mobilização precoce em 
pacientes críticos 
internados em UTI, 
identificando quais as 
técnicas de mobilização 
precoce mais utilizadas 
pelos fisioterapeutas 
nesta unidade. 
Pesquisa bibliográfica. A cinesioterapia, exercícios com 
cicloergômetro, posicionamento funcional 
e EENM foram às técnicas estudas e nas 
quais trouxeram muitos benefícios aos 
participantes dos ensaios, como aumento 
de força muscular periférica, menor 
número de dias de internação e melhor 
funcionalidade pós-alta. 
Rodrigues et al, 
2017 
Verificar nas bases de 
dados como é realizada 
a mobilização precoce 
nos pacientes atendidos 
na Unidade de Terapia 
Intensiva, bem como 
destacar os protocolos 
utilizados para 
mobilização precoce. 
Pesquisa bibliográfica e 
descritiva. 
 
Os protocolos de mobilização guardam 
características semelhantes entre si, mas 
novos estudos são necessários para que 
seja reforçada a utilização e consolidação 
de um protocolo uniforme em pacientes 
críticos, visto que são escassas as 
evidências acerca dos benefícios da 
terapia sobre o tempo de internamento na 
UTI, tempo de VM, ganho de força 
muscular e retorno as atividades de vida 
diária 
Moreira, 2012 Avaliar a aplicabilidade 
de um protocolo de 
mobilização precoce 
para favorecer a saída 
do leito de pacientes 
internados na unidade 
de terapia intensiva. 
Ensaio clínico aleatório. 
 
A mobilização precoce é segura, eficaz e 
favorece a saída precoce do leito, 
principalmente quando iniciadas após as 
24h de admissão na UTI. Mobilização 
precoce foi clinicamente relevante em 
todos os contextos, reduzindo o tempo de 
internação na UTI, bem como seus custos 
totais. 
Anderson et al., 
2013 
Avaliar os efeitos da 
fisioterapia no desmame 
da VM. 
Estudo transversal e controlado 
com pacientes adultos. Foram 
estudados 50 pacientes, 31 
fizeram fisioterapia e 19 não 
fizeram. 
A fisioterapia esteve associada ao 
aumento do sucesso no desmame, à 
redução do tempo de desmame, tempo de 
VM e de internação na UTI, mas não 
houve diferença no tempo de internação 
hospitalar e na mortalidade. 
Mota e Silva, 
2012 
Revisar a segurança da 
mobilização precoce em 
pacientes internados em 
uma UTI 
Revisão bibliográfica. Questões de segurança devem ser 
consideradas quando for mobilizar 
pacientes críticos, tais como critérios 
respiratórios, circulatórios e neurológicos, 
pois, isso proporciona uma atividade com 
menor índice de eventos adversos. 
Referência Objetivos Métodos Conclusão 
Martinez et al, 
2013 
Avaliar o impacto do 
internamento de 
pacientes em UTI na 
independência funcional 
da admissão até a alta 
da unidade 
Estudo prospectivo, 
observacional em UTI de 
hospital público em Salvador-
BA, com pacientes adultos, de 
ambos os sexos admitidos na 
UTI com permanência mínimo 
de 24 horas. 
O internamento na UTI impacta 
negativamente na independência 
funcional, comprometendo principalmente 
os domínios de transferências e 
locomoção. O tempo de internação é um 
fator associado ao declínio. 
Nozawa et al., 
2011 
Investigar os efeitos da 
posição sentada, nos 
parâmetros ventilatórios 
e hemodinâmicos, em 
pacientes com suporte 
ventilatório mecânico 
prolongado, estáveis 
hemodinamicamente.. 
40 pacientes que foram 
randomizados em grupo controle 
(n=17) e grupo intervenção 
(n=23). 
Pacientes em pós-operatório de cirurgia 
cardiovascular em ventilação mecânica 
podem se beneficiar da posição sentada 
durante o desmame do suporte 
ventilatório, observado pela melhora da 
PImáx. Não foram observadas alterações 
hemodinâmicas com a troca de postura, 
sendo considerado um procedimento 
seguro 
Piotto et al, 2011 Comparar o desmame 
da ventilação mecânica 
realizado segundo a 
aplicação de protocolo 
baseado no teste de 
respiração espontânea e 
o mesmo procedimento 
realizado sem 
padronização, em 
pacientes cardiopatas. 
Estudo prospectivo, aberto e 
randomizado com 36 pacientes 
em ventilação mecânica há mais 
de 24 horas. 
O uso de um protocolo específico, 
baseado no Teste de Respiração 
Espontânea para desmame de ventilação 
mecânica, em pacientes cardiopatas, teve 
resultados melhores do que o desmame 
realizado sem um protocolo padronizado, 
com menor tempo de desmame e 
menores taxas de reintubação. 
Dantas et al., 
2012 
Avaliar os efeitos de um 
protocolo de mobilização 
precoce na musculatura 
periférica e respiratória 
de pacientes críticos. 
Ensaio clínico, controlado e 
randomizado realizado em 59 
pacientes de ambos os gêneros, 
em ventilação mecânica. 
Houve ganho da força muscular 
inspiratória e periférica para a população 
estudada quando submetida a um 
protocolo de mobilização precoce e 
sistematizado. 
Borges et al., 
2009 
 
 
 
 
 
Realizar uma revisão da 
literatura abordando o 
tema fisioterapia motora 
para pacientes adultos 
em unidade de terapia 
intensiva. 
Pesquisa bibliográfica. 
 
Recentes estudos têm confirmado que a 
mobilização em pacientes ventilados 
mecanicamente é um procedimento 
seguro e viável, diminuindo o tempo de 
internação na unidade de terapia intensiva 
e hospitalar. Porém mais estudos se 
fazem necessário para se identificar o tipo 
de exercício, duração, intensidade e a 
repercussão da fisioterapia motora 
precoce em grupos específicos de 
pacientes. 
Chaves, 2014 Descrever os efeitos da 
mobilização precoce e 
quando deve iniciá-lo. 
Pesquisa bibliográfica. 
 
Os estudos mostraram que a mobilização 
precoce têm repercussões positivas no 
paciente crítico, pois reduz e previne 
atrofias musculares, contratura articular, 
úlceras de decúbito, melhora a função 
cardiorrespiratória, menor tempo na 
ventilação mecânica e alta mais rápida da 
UTI, contribuindo assim, para um melhor 
desempenho funcional e maior 
independência. 
 
 
Referência Objetivos Métodos Conclusão 
Oliveira e 
Xavier, 2015 
Verificar na literatura e 
descrever a importância 
do atendimento 
fisioterápico precoce no 
paciente em repouso 
prolongado na UTI. 
Pesquisa bibliográfica. mobilização precoce minimiza e/ou 
elimina os riscos de complicações 
ocasionadas pela inatividade do indivíduo 
acamado, além de favorecer o desmame 
da ventilação positiva. 
Carvalho et al., 
2013 
Avaliar a funcionalidade 
e independência de 
pacientes que realizaram 
a saída do leito 
precocemente na 
Unidade de Terapia 
Intensiva. 
Ensaio clínico controlado e 
randomizado, realizado com 
pacientes internados na Unidade 
de Terapia Intensiva. 
Houve menor perda e melhor recuperação 
da taxa de funcionalidade na amostra 
estudada quando submetida a um 
protocolo de mobilização precoce e 
sistematizado, bem como menor tempo de 
internação 
Santos et al., 
2015 
 
 
 
 
Identificar a relação de 
relevância dos 
procedimentos de 
Mobilização Precoce 
realizados por 
fisioterapeutas na UTI 
para o tempo de 
internação desses 
pacientes. 
Estudo descritivo, com extração 
de dados em checklists de 
prontuários de 756 pacientes 
que estiveram internados em um 
período de dois anos na UTI de 
um hospital em Santa Catarina. 
Constatou-se nos estudos desenvolvidos 
ganho no tônus muscular, confirmandoque quando aplicada de forma 
sistematizada a MP na UTI é viável e 
segura, considerando que amortiza os 
efeitos decorrentes da imobilidade, 
ampara a manutenção da capacidade 
funcional e dificulta a perda das fibras 
musculares. 
Sanfder’s et al., 
2012 
Verificar a importância 
da mobilização precoce 
na UTI, citando seus 
benefícios nos vários 
sistemas do corpo e 
mostrando as técnicas 
mais citadas nas 
publicações científicas 
Pesquisa bibliográfica. Embora sejam poucos os estudos 
publicados que utilizem um protocolo de 
exercícios para reabilitação, estudos mais 
uniformes devem ser realizados para 
melhor comparação dos resultados. 
Apesar da diversidade metodológica, a 
mobilização precoce foi descrita como 
recurso terapêutico importante na 
recuperação do doente crítico 
Silva, Maynard e 
Cruz, 2010 
 
 
 
Rever a literatura 
relacionada ao uso da 
cinesioterapia em 
pacientes internados em 
unidades de terapia 
intensiva. 
 
Pesquisa bibliográfica. 
 
 
 
Apesar da escassez de estudos e da 
diversidade metodológica dos estudos 
encontrados demonstrando o uso da 
cinesioterapia como recurso terapêutico, o 
seu uso, inclusive precocemente parece 
uma alternativa à prevenção e reversão 
da fraqueza muscular adquirida na 
unidade de terapia intensiva. 
Araújo, 2010 Realizar uma revisão da 
literatura sobre a 
fisioterapia motora nas 
Unidades de Terapia 
Intensiva 
Pesquisa bibliográfica A mobilização precoce é uma área sem 
muitas evidências científicas até o 
momento, entretanto estudos têm 
confirmado, porém de uma forma 
empírica, que a mobilização em pacientes 
ventilados mecanicamente é um 
procedimento seguro e viável, diminuindo 
o tempo de internação na UTI. 
UTI=unidade de Terapia intensiva; VM= ventilação mecânica; MP= Mobilização precoce; PImáx= Pressão muscular inspiratória; 
EENM= Estimulação elétrica neuromuscular 
 
 
Discussão 
Castro Jr8 descreve que a falta de mobilidade em pacientes na unidade 
de terapia intensiva apresenta comprometimento de diversos órgãos e 
sistemas do organismo, sendo que a imobilidade ocasiona maior tempo de 
internação e limitações funcionais que repercutem por maior período de tempo 
no pós a alta hospitalar comprometendo significativamente a qualidade de vida 
do indivíduo. Dantas et al9 demonstraram em um ensaio clínico que a 
imobilidade, descondicionamento físico e fraqueza muscular são problemas 
frequentemente encontrados em pacientes sob ventilação mecânica, e que 
essas complicações podem acarretar retardo no desmame da ventilação 
mecânica, desenvolvimento de úlceras de pressão e descondicionamento físico 
no pós alta hospitalar. Estes autores relatam que apenas cinco dias de repouso 
no leito em indivíduos saudáveis, podem ser suficientes para o 
desenvolvimento do aumento da resistência à insulina e à disfunção vascular. 
Visando a minimização de complicações referentes à internação e o 
tratamento das disfunções relacionadas aos longos períodos de repouso no 
leito. Moreira10 ao realizar um estudo clínico com pacientes de UTI demonstrou 
que a aplicação de um protocolo de mobilização precoce instituído logo após o 
primeiro dia de admissão na UTI é um método seguro, eficiente e benéfico aos 
pacientes. Este protocolo segundo descreve, além de favorecer precocemente 
a saída do leito, apresenta resultados clinicamente relevantes, a saber: 
redução do tempo de VM, redução do tempo de permanência na UTI e 
internação e diminuição de gastos hospitalares. 
Em estudo de pesquisa bibliográfica, Chaves11 identificou que a 
mobilização precoce tem repercussões positivas no paciente crítico, pois reduz 
e previne atrofias musculares, contratura articular, úlceras de decúbito, melhora 
na função cardiorrespiratória, menor tempo na ventilação mecânica e alta mais 
rápida da UTI. Neste sentido, a MP contribui para um melhor desempenho 
funcional e maior independência. Colaborando com Moreira10, mas 
considerando o estado hemodinâmico do paciente, a autora também considera 
importante que o programa de mobilização precoce deve ser iniciado o mais 
cedo possível. 
 
Carvalho et al12 realizaram um ensaio clinico com nove pacientes de UTI 
que foram separados em grupo controle (GC) e grupo intervenção (GI). Os dois 
grupos receberam fisioterapia composta de sessões com duração entre 30 a 45 
minutos, duas ou três vezes ao dia. Os procedimentos foram: trocas de 
decúbito a cada 2 horas, posicionamento com elevação da cabeceira a 30°, 
mobilização passiva, ativo-assistidas e resistidas de membros superiores e 
membros inferiores. GC e GI receberam as condutas da fisioterapia 
convencional, supracitadas, mas em GI acrescentou-se as condutas de 
mobilização precoce: transferência da posição deitada para sentada à beira do 
leito e da posição em pé para a posição sentada na cadeira, marcha com 
auxílio evoluindo para marcha sem auxílio. Concluíram que, no GI a 
intervenção de MP foi eficaz na diminuição do tempo de internação e 
hospitalização. O resultado deste ensaio veio de encontro ao estudo de Dantas 
et al9 que também encontraram no grupo intervenção de seus estudos, melhor 
retorno da funcionalidade na alta hospitalar. 
 De modo geral, a fisioterapia é uma ciência que melhora a capacidade 
funcional do paciente, restaurando a independência física e diminuindo os 
riscos do repouso. Após levantamento bibliográfico, em nossa opinião, 
enquanto técnica, a mobilização precoce mostra-se ainda mais eficaz que a 
fisioterapia convencional de rotina, pois em grande parte dos achados 
analisados foram demonstrados que os pacientes que saíram do leito da UTI 
obtiveram uma melhor recuperação funcional após alta hospitalar, sendo este 
um importante aspecto para a independência física do sujeito. 
Conclusão 
Estudos têm confirmado a eficácia da técnica de MP em pacientes de 
UTI, evidenciando um menor tempo de ventilação mecânica e internação, 
melhor estado funcional e capacidade de deambulação na alta, redução de 
mortalidade e acentuada redução de custos. Todavia, frente à complexidade do 
assunto, ainda mais estudos são necessários para determinar protocolos 
específicos relacionados ao emprego da técnica em questão, pois algumas 
publicações já evidenciaram que a implantação de protocolos de reabilitação 
precoce na UTI é custo-efetivo. Ressalta-se que mesmo considerando o gasto 
incremental com equipe de fisioterapia, tecnologias e treinamentos, a redução 
de custo é muito considerável devido à redução de tempo de internação e uso 
da ventilação mecânica, também a efetividade da MP está a médio e longo 
prazo, em virtude dos ganhos funcionais e na qualidade de vida. 
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Departamento de Fisioterapia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. 
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al. A influência da mobilização precoce no tempo de internamento na Unidade 
de Terapia Intensiva. ASSOBRAFIR Ciência. 2012;3(2):31-42. 
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Literatura, interFISIO, Rio de Janeiro, 2014. 
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Physical therapy utilization in intensive care units: Results from a national 
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care unit mobility therapy in the treatment of acute respiratory failure. Crit Care 
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ISSN:1984-4298 2016; 9(2):231-242. 
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11. Chaves, IMV. Efeitos da mobilização precoce em pacientes críticos adulto: 
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