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PROGRAMA DE REABILITACAO EM UTI

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PROGRAMA DE 
REABILITAÇÃO EM UTI 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
 
 
 
 
2 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------- 03 
1 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)------------------------------------ 05 
2 CUIDADO EM UTI---------------------------------------------------------------------06 
3 ATUAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR---------
08 
4 REABILITAÇÃO PULMONAR-----------------------------------------------------12 
5 FISIOPATOLOGIA DA FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UTI--------- 
14 
6 DIAGNÓSTICO DA FRAQUEZA ADQUIRIDA NA UTI-------------------------16 
7 EXERCÍCIO PRECOCE NA UTI ------------------------------------------------------ 18 
8 SEGURANÇA------------------------------------------------------------------------------- 19 
9 CUSTO-EFETIVIDADE -------------------------------------------------------------------19 
10 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA PREVENÇÃO E 
RECUPERAÇÃO DO DECLÍNIO FUNCIONAL EM PACIENTES 
CRÍTICOS-------------------------------------------------------------------------------20 
11 CINESIOTERAPIA--------------------------------------------------- 22 
12 EFEITOS DA IMOBILIDADE NO LEITO-------------------------------------24 
13 BENEFÍCIOS CLÍNICOS--------------------------------------------------------26 
14 A ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA PRECOCE-------------------------28 
15 REFERÊNCIAS------------------------------------------------------------------------31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Prezados alunos, 
 
Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a 
graduação daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando 
referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são 
indispensáveis ao curso. 
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são 
neutras, afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos 
diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de 
fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo 
conhecimento científico, testado e provado pelos pesquisadores. 
Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, 
nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência 
que nada está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão 
acrescentar e melhorar nosso trabalho. 
Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, 
vocês são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, 
lembrando que: aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se 
somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, 
por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos. 
Nesta apostila introduzimos conceitos pertinentes ao programa de 
reabilitação em UTI e discorreremos sobre o conhecimento a respeito dos 
fundamentos, objetivos, métodos e áreas da fisioterapia, com foco na 
otimização da capacidade funcional e no desenvolvimento de programas de 
prevenção e reabilitação, fornecendo embasamento para capacitar 
fisioterapeutas. 
 
Trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que 
 
 
 
 
4 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
entendemos serem os mais importantes para a disciplina. 
Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras 
de redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. 
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, 
ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas 
aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
1. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) 
 
 
Fonte: www.shutterstock.com 
 
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é destinada ao acolhimento de 
pacientes em estado grave com chances de sobrevida, que requerem 
monitoramento constante e cuidados muito mais complexos que o de outros 
pacientes. 
O percentual de leitos de UTI nos hospitais varia de 7% a 15% 
dependendo das características de cada hospital (por exemplo, hospitais de 
grandes centros costumam ter mais leitos de UTI por receberem pacientes de 
diversos lugares) e a necessidade por mais leitos tende a crescer conforme 
aumenta a expectativa de vida da população expondo-a a maiores chances de 
complicações e traumas relacionados a doenças degenerativas e acidentes, 
além do aumento de índices como a criminalidade. 
A história do surgimento das UTI`s remete ao início do século XX 
quando foram criadas as chamadas “salas de recuperação” para onde os 
pacientes eram levados após alguma neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins 
http://www.shutterstock.com/
https://www.infoescola.com/demografia/expectativa-de-vida/
https://www.infoescola.com/doencas/doencas-degenerativas/
https://www.infoescola.com/medicina/neurocirurgia/
 
 
 
 
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(EUA). Já no Brasil elas só começaram a ser implantadas na década de 70, 
primeiramente no hospital Sírio Libanês em São Paulo com apenas dez leitos 
(1971). 
O objetivo básico das UTI`s é recuperar ou dar suporte às funções vitais 
dos pacientes enquanto eles se recuperam. Assim, as unidades de terapia 
intensiva são equipadas com aparelhos capazes de reproduzir as funções vitais 
dos internados como respiradores artificiais, aparelhos de hemodiálise que 
substituem a função dos rins e diversos outros. A criação das UTI`s 
representou um grande marco na história da medicina uma vez que possibilitou 
o atendimento adequado dos pacientes garantindo-lhes melhores condições de 
recuperação e reduzindo os óbitos em cerca de 70%. 
O profissional que trabalha nas UTI`s é chamado de intensivista e a 
equipe é sempre formada por diversos profissionais como fisioterapeutas, 
psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e outros, além dos médicos. 
Outra função dos intensivistas, principalmente dos enfermeiros e assistentes 
sociais, é dar conforto e suporte aos familiares dos pacientes uma vez que a 
situação de internação de algum parente em UTI é sempre delicada para estes. 
Alguns dos equipamentos encontrados nas unidades de terapia 
intensiva: termômetro, oxímetro de pulso (mede a oxigenação nos tecidos do 
paciente), eletrocardiográfico (mede a frequência cardíaca e a pressão arterial), 
monitor de pressão arterial, monitor cardíaco, sonda naso-enteral (para 
alimentar o paciente), sonda vesical (para coletar a urina); máscara e cateter 
de oxigênio (auxiliam a respiração), cateter (dispositivo que auxilia a circulação 
sanguínea), tubo orotraqueal (auxilia a respiração do paciente), ventilador 
mecânico (injeta e retira ar dos pulmões do paciente quando este não 
consegue respirar sozinho). 
 
2. CUIDADO EM UTI 
 
A UTI nasceu da necessidade de se oferecer suporte avançado de vida a 
pacientes agudamente doentes, que porventura possuam chances de 
sobreviver. Assim, destina-se à internação de pacientes com instabilidade 
 
 
 
 
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clínica e com potencial de gravidade (Carvalho et al., 2006). 
Trata-se de um ambiente de alta complexidade, reservado e único no 
ambiente hospitalar, pois se propõe a estabelecer monitorização completa e 
vigilância em tempo integral (Freire et al., 1998). 
O cuidado em UTI é orientado pelo médico biologicista, cuja atenção 
está voltada principalmente para o órgão doente, para a doença, para os 
procedimentos técnicos(Nascimento & Trentini, 2004) e para os aspectos 
f́ısicos e de controle das funções vitais do paciente (Leite & Vila, 2005). 
O paciente internado em UTI necessita de cuidados de excelência 
não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as 
questões psicossociais, ambientais e familiares, que se tornam intimamente 
interligadas à doença f́ısica (Vila & Rossi, 2002). 
Além de uma concentração de pacientes cŕıticos e de tecnologia 
avançada, nas últimas décadas a UTI se tornou um local de prática da 
equipe multiprofissional experiente e que possui competências e formações 
espećıficas (Nozawa et al., 2008). 
A complexidade deste serviço, em termos de equipamentos, de 
recurso humano e da maior quantidade de casos com indicação de internação, 
fez com que os cuidados ao paciente cŕıtico envolvessem profissionais médicos 
das diversas especialidades, enfermeiros, fisi- oterapeutas, nutricionistas, 
psicólogos e terapeutas ocupacionais (Pereira et al., 1999). 
A necessidade de uma equipe multidisciplinar dentro da UTI favorece e 
influencia a qualidade da assistência prestada aos pacientes (Zorzi et al., 2008). 
De acordo com a portaria no 3432, de 12 de agosto de 1998 do 
Ministério da Saúde, a UTI deve contar uma equipe básica composta por: 
um responsável técnico com t́ıtulo de especialista em medicina intensiva ou com 
habilitação em medicina intensiva pediátrica, um médico diarista com t́ıtulo 
de especialista em medicina intensiva ou com habilitação em medicina intensiva 
pediátrica para cada dez leitos ou fração nos turnos da manhã e da tarde, um 
médico plantonista exclusivo para até dez pacientes ou fração, um enfermeiro 
coordenador exclusivo da unidade e responsável pela área de enfermagem, 
um enfermeiro exclusivo da unidade para cada dez leitos ou fração por turno 
 
 
 
 
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de trabalho, um fisioterapeuta para cada dez leitos ou fração no turno da 
manhã e da tarde, um auxiliar ou técnico de enfermagem para cada dois 
leitos ou fração por turno de trabalho, um funcionário exclusivo responsável 
pelo serviço de limpeza, acesso a cirurgião geral (ou pediátrico), torácico, 
cardiovascular, neurocirurgião e ortopedista. 
O esforç o de todos estes profissionais deve ser concentrado para 
melhorar o cuidado com o paciente cŕıtico. O sucesso da assistência na 
UTI depende das atividades desenvolvidas por esta equipe multidisciplinar. 
É necessário que se tenha objetivos comuns, treinamento adequado, 
capacitação para oferecer suporte avançado de vida por meio de 
conhecimentos atualizados, equipamentos e habilidades técnicas e humanas, e 
um processo de educação continuada (Pereira et al., 1999). 
A comunicação entre a equipe multiprofissional da UTI Pediátrica e 
Neonatal e a família deve ser frequente e em intervalos preestabelecidos. As 
terminologias utilizadas devem ser consistentes e de fácil entendimento, com 
oportunidade para a formulação de questionamentos e a expressão de 
sentimentos. Se necessário deve-se oferecer a assistência de profissionais de 
suporte como assistente social e psicólogo (Molina et al., 2007; Carvalho et 
al., 2004). 
 
3. ATUAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR 
 
 
 
 
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 Fonte: www.fisioterapia.com 
 
A dedicação da fisioterapia ao paciente crítico teve seu início entre as 
décadas de 40 e 50 devido à crise da poliomielite (BRAZ; MARTINS; JUNIOR, 
2009; MOREIRAet al., 2005), desde então sua afirmação como parte da 
assistência intensiva tem sido progressiva (NOZAWA et al., 2008), e sua 
atuação como profissional integrante da equipe multiprofissional no tratamento 
de pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTI) é reconhecida em 
diversos países desenvolvidos (BORGES et al., 2009; GODOY et al., 2011). 
No Brasil, embora os fisioterapeutas estejam cada vez mais presentes 
nas UTIs, sua atuação difere em cada instituição não estando seu papel bem 
definido (NOZAWA et al., 2008). Entre 1973 e 1979, reconheceu-se a 
importância da fisioterapia nos hospitais, especialmente com a fisioterapia 
respiratória, o que leva essa época a ser a mais importante para a inserção da 
fisioterapia respiratória brasileira que, com seu rápido crescimento na década 
seguinte, consolidou-se como indispensável em todos os hospitais, quando 
então essa especialidade passou definitivamente a compor também as equipes 
de terapia intensiva. 
Sem dúvida a nova atuação da fisioterapia respiratória brasileira 
possibilitou uma importante integração multiprofissional e interdisciplinar, a qual 
passou a exigir ainda mais estudos e aprimoramento dos fisioterapeutas para 
que estes pudessem atuar com maior respeito dos demais profissionais da 
equipe (SARMENTO, 2007). 
No atendimento multidisciplinar oferecido aos pacientes em UTIs, o 
fisioterapeuta se faz presente em vários segmentos do tratamento intensivo, 
tais como o atendimento a pacientes críticos que não necessitam de suporte 
ventilatório; assistência durante a recuperação pós cirúrgica, com o objetivo de 
evitar complicações respiratórias e motoras; assistência a pacientes graves que 
necessitam de suporte ventilatório (JEREE et al., 2007; SABETZKI; 
CICOTOSTE, 2008). 
No suporte ventilatório o fisioterapeuta tem importante participação, 
auxiliando na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do 
 
 
 
 
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ventilador artificial à intubação, evolução do paciente durante a ventilação 
mecânica, interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação (JERRE 
et al., 2007). 
A fisioterapia respiratória pode atuar na prevenção e no tratamento das 
doenças respiratórias utilizando-se de diversas técnicas e procedimentos 
terapêuticos tanto em nível ambulatorial, hospitalar ou de terapia intensiva 
(ABREU et al., 2007), com o objetivo de melhorar a função pulmonar, através 
da desobstrução brônquica, da expansão das áreas pulmonares colapsadas e 
no equilíbrio da relação ventilação/perfusão (SANTOS et al., 2009), diminuindo 
assim o tempo de hospitalização, pois inicia precocemente sua reabilitação 
proporcionando qualidade na internação de cada paciente (SABETZKI; 
CICOTOSTE, 2008). 
Pacientes em ventilação mecânica invasiva (VMI) normalmente evoluem 
com retenção de secreção pulmonar, porque ambos os mecanismos 
necessários para um processo de depuração normal das vias aéreas, transporte 
mucociliar e tosse, se encontram prejudicados. O acúmulo de secreção 
pulmonar pode provocar aumento da resistência das vias aéreas, obstrução 
parcial ou total das mesmas com consequente, hipoventilação alveolar e 
desenvolvimento de atelectasias, hipoxemia e aumento do trabalho respiratório. 
A presença de estase de secreção e atelectasias constituem um meio 
favorável para o desenvolvimento de colonização bacteriana e infecção do 
parênquima pulmonar o que constitui um fator complicador grave que pode 
prolongar o tempo de VMI e, consequentemente, afetar negativamente o 
prognóstico do paciente (DIAS et al., 2011). 
As técnicas fisioterapêuticas mais comuns utilizadas para promover 
higiene brônquica são: drenagem postural, compressão torácica manual, 
hiperinsuflação manual, aspiração traqueal, dentre outras (SANTOS et al., 
2009) como a ventilação mecânica não invasiva (VMNI) com pressão positiva 
que é considerada um dos maiores avanços da ventilação mecânica 
(SCHETTINO et al., 2007). Principal terapia de escolha para pacientes com 
exacerbaçãode doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mas também tem 
sido usada com sucesso em pacientes com insuficiência respiratória 
 
 
 
 
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hipoxêmica de várias origens, incluindo pós operatório de cirurgias abdominais 
(PESSOA et al., 2010) e de tórax reduzindo o risco de reintubação, tempo de 
permanência em UTI e, consequentemente, a mortalidade, pois melhora a 
ventilação alveolar e as trocas gasosas, diminui o trabalho ventilatório e 
aumenta os volumes pulmonares (FILHO; BONFIM; AQUIM, 2010). 
Por sua vez os cuidados à criança e ao recém-nascido de alto risco tem 
se tornado uma especialidade estabelecida na maioria dos países 
desenvolvidos. No Brasil, as iniciativas para o trabalho de fisioterapia nas 
unidades de terapia intensiva neonatal (UTINs), tiveram início na década de 
1980. No primeiro momento após a criação das UTINs, a maior preocupação 
era a de melhorar a sobrevida dos recém-nascidos (RNs), sem aumentar o 
número de complicações e partindo desse preceito pode-se afirmar que a 
fisioterapia vem progredindo por meio de profissionais que têm como proposta 
um atendimento diferenciado para os RNs de alto risco. Como a fisioterapia é 
uma modalidade nova dentro das UTINs, encontra-se em expansão, 
principalmente nos grandes centros (VASCONCELOS; ALMEIDA; BEZERRA, 
2011). 
Com isso, a assistência fisioterapêutica na equipe multidisciplinar aos 
recém-nascidos pré-termos (RNPT) sob cuidados intensivos tem como objetivo 
prevenir e minimizar as complicações respiratórias decorrentes da própria 
prematuridade e da ventilação mecânica, otimizar a função pulmonar de modo 
a facilitar as trocas gasosas, e assim, promover uma evolução clínica favorável. 
Para tanto, utiliza procedimentos fisioterapêuticos específicos como as 
posturas de drenagem, a vibração torácica e os exercícios respiratórios 
passivos (NICOLAU et al., 2008). 
A portaria do Ministério da Saúde n. 3432, em vigor desde 12/8/1998, diz 
que as UTIs com nível terciário devem contar com assistência fisioterapêutica 
em período integral (manhã e tarde), por diminuírem as complicações e o 
período de hospitalização, reduzindo, consequentemente, os custos 
hospitalares (NICOLAU; LAHOZ, 2007; VASONCELOS; ALMEIDA; BEZERRA, 
2011). 
Em 24 de Fevereiro de 2010 a Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva 
 
 
 
 
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(SOBRATI) através da Resolução nº 7 – RDC, que dispõe sobre os requisitos 
mínimos para o funcionamento das UTIs, deu novas disposições sobre a 
fisioterapia, aprovando a designação de um fisioterapeuta coordenador da 
equipe de fisioterapia que deve ser especialista em terapia intensiva ou em outra 
especialidade relacionada à assistência ao paciente grave e aumenta a carga 
horária para os turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 
18 horas diárias de atuação, com no mínimo 01 (um) profissional para cada 10 
(dez) leitos. 
 
4. REABILITAÇÃO PULMONAR 
 
 Fonte: www.santevie.com.br 
 
O desenvolvimento e os avanços das unidades de terapia intensiva (UTI), 
aliados aos da ventilação mecânica (VM) e dos cuidados intensivos, propiciam 
o aumento da sobrevida de pacientes criticamente enfermos. Essa sobrevida é 
frequentemente associada à VM prolongada e a período extenso de internação, 
com consequente imobilidade no leito. 
A inatividade prolongada pode desencadear limitações e disfunções de 
 
 
 
 
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órgãos e sistemas. A restrição da atividade física tem sido associada a diferentes 
prejuízos aos sistemas corporais. 
No sistema muscular, a imobilidade prolongada reduz o potencial e a 
eficácia para realizar exercícios, particularmente os aeróbicos. No sistema 
esquelético o repouso prolongado leva à desmineralização, diminuição da 
densidade óssea e fraturas decorrentes de pequenos impactos. No sistema 
respiratório, a imobilidade pode diminuir a capacidade residual funcional e a 
complacência pulmonar, ocasionando atelectasias, retenção de secreções e, 
em alguns casos, a pneumonia e morte. 
As adaptações cardiovasculares à atividade reduzida são consideradas 
prejudiciais para a saúde do indivíduo e a inatividade crônica é identificada 
como um fator de risco para doença cardiovascular. 
Em relação ao sistema nervoso central, o repouso prolongado induz ao 
déficit de equilíbrio e redução da capacidade de manutenção em ortostatismo e 
desempenho em testes da função intelectual. Os prejuízos determinados pela 
imobilização durante a hospitalização prolongada podem potencialmente 
agravar o curso clínico da doença de base. 
Entretanto, esse declínio da capacidade funcional pode ser atenuado por 
um programa de reabilitação pulmonar na UTI, que tem sido associado a um 
menor déficit funcional após a alta hospitalar. 
A reabilitação pulmonar é um programa multidisciplinar de cuidado para 
pacientes com doença respiratória crônica, individualmente planejado para 
otimizar o desempenho físico, social e autonomia do paciente. A reabilitação 
pulmonar na UTI objetiva aplicar modalidades terapêuticas que restaurem a 
funcionalidade anterior ao episódio que determinou a necessidade da VM. Essa 
modalidade da reabilitação reduz a dependência do paciente em relação às 
atividades de vida diária, previne novas internações e melhora a qualidade de 
vida do paciente. 
O treinamento físico é um componente essencial do programa de 
reabilitação na UTI, associado a incremento da força muscular e otimização do 
tempo fora da VM. Tais benefícios favorecem a restauração precoce dos sistemas 
corporais, evitam complicações associadas à imobilidade prolongada e 
 
 
 
 
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contribuem para a melhora da qualidade de vida após VM prolongada. 
Entretanto, observa-se resistência na aplicação do treinamento físico, 
determinada pelo receio das equipes de UTI diante da gravidade do quadro 
clínico dos pacientes em VM. Outros fatores que contribuem para a resistência 
na aplicação desse treinamento são a intensidade de trabalho das UTI e a 
necessidade de pessoal treinado para efetuar o treinamento físico. 
 
5. FISIOPATOLOGIA DA FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UTI 
 
Fonte: www.atualizarevista.com.br 
 
A disfunção muscular é um achado comum em pacientes internados em 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido à inatividade (repouso prolongado 
no leito), inflamação, utilização de agentes farmacológicos (corticosteroides, 
relaxantes musculares, bloqueadores neuromusculares, antibióticos), e a 
presença de síndromes neuromusculares associadas ao estado crítico do 
paciente. 
 
 
 
 
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Devido à dificuldade da definição e classificação dessas desordens, o 
termo fraqueza muscular adquirida na UTI determina quadro de fraqueza 
clinicamente detectável em pacientes críticos na qual nenhuma etiologia 
plausível pode ser levantada além da própria condição crítica. 
A fraqueza muscular periférica clínica acomete de 25% à 33% dos 
pacientes ventilados mecanicamente durante 4 a 7 dias, 60% dos pacientes com 
síndrome do desconforto respiratório agudo, e 35% a 76% dos doentes 
sépticos, colaborando para o aumento da mortalidade. 
A fase aguda da sepse ou da doença crítica prolongada pode causar 
perda da contratilidade muscular, esta alteração pode ser explicada em parte 
pela toxidade das endotoxinas e citocinas, abundantes nestas condições, que 
marcam um aumento intramuscular nas concentrações de sódio e cloro e uma 
redução na concentração de potássio (por um mecanismo ainda não 
esclarecido), fatores que acabam por reduzir o potencialde repouso da 
membrana muscular. 
Essa diminuição do potencial de repouso reduz o transporte de 
aminoácidos para o interior da fibra muscular, provocando um desequilíbrio na 
relação síntese-degradação de proteínas. Além disso, o aumento do cálcio 
intracelular pode ativar proteases, fosfolipases e endonucleases, fatores que 
evidentemente contribuem para a atrofia e morte celular. 
Outro ponto relevante da fisiopatologia da sepse ou da doença crítica é 
a rápida e acentuada redução da atividade das enzimas mitocondriais. A 
capacidade oxidativa reduz drasticamente e em poucos dias após a internação, 
o que implica na dependência do paciente em relação ao metabolismo 
anaeróbio. Outra alteração que acomete pacientes criticamente internados e 
contribui para a atrofia muscular é o efeito metabólico da denervação funcional, 
consequente da redução na frequência e intensidade de impulsos nervosos 
chegando à membrana muscular, associados à polineuropatias, desuso ou 
bloqueadores neuromusculares (BNM). 
A informação nervosa que chega à junção neuromotora, pela ação da 
contração muscular, controla a expressão e determina o tipo de fibra (tipo I ou 
II) e as reservas enzimáticas nas fibras musculares, além de modular a 
 
 
 
 
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concentração de mitocôndrias e influenciar no equilíbrio entre a síntese e a 
degradação protéica. Dessa forma, a ausência desses estímulos reduz a rede 
de anabolismo e prejudica a recuperação muscular nos pacientes críticos. 
A perda da massa muscular em função do tempo depende de inúmeras 
condições como: inflamação, inatividade e/ou imobilismo e a resistência 
anabólica, fatores que aceleram esse quadro. O impacto desses fatores 
depende da sua intensidade, duração e do tipo de paciente, tornando-se 
exacerbado em pacientes com doenças crônicas e extremamente agravado 
em pacientes oncológicos ou sépticos. 
 
6. DIAGNÓSTICO DA FRAQUEZA ADQUIRIDA NA UTI 
 Fonte: www.interfisio.com.br 
 
É fundamental entender que o processo de avaliação e reabilitação 
precoce do doente crítico, depende, de implementações de evidências 
adicionais, como, os protocolos de sedação e analgesia, não obstante os 
protocolos de despertar diário, as UTI‘s mais experientes para a reabilitação 
precoce, experimentam com mais frequência a interrupção de sedação do que 
em UTI‘s menos experientes. Os protocolos de desmame e condutas 
padronizadas para reduzir ou controlar o delirium adquirido na UTI são 
 
 
 
 
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fundamentais para o sucesso. 
Na possibilidade da avaliação clínica, deve-se considerar que o paciente 
seja capaz de atender a comandos verbais, mesmo com os olhos fechados, na 
vigência de intubação orotraqueal, traqueostomia e ventilação mecânica, 
respondendo com a cabeça ou olhar. Nessa fase, dois importantes exames à 
beira leito devem ser utilizados para a triagem de pacientes em risco de 
fraqueza adquirida na UTI: a avaliação de força muscular utilizando a escala de 
força do Medical Research Council ou a utilização da avaliação de força de 
preensão palmar. 
O primeiro utiliza a simples escala de avaliação de força manual. Os 
grupos musculares avaliados devem ser: abdução do braço; flexão do 
antebraço; extensão do punho; flexão da coxa; extensão da perna e dorsiflexão 
plantar. A avaliação deve ser bilateral e a graduação de todos os grupos deve 
ser somada, quando a soma total for inferior a 48 pontos, na ausência de outra 
etiologia plausível, a fraqueza adquirida na UTI deve ser considerada. 
A avaliação clínica subestima de forma considerável a incidência de 
fraqueza muscular adquirida na UTI, devido à necessidade de colaboração do 
paciente, portanto, não é necessária a identificação de fraqueza adquirida por 
meio de escalas ou exames complementares para a implementação de 
protocolos de reabilitação precoce, as evidências mais recentes apontam que 
todos os doentes internados na UTI com mais de 48 horas, devem ser 
diariamente triados para o melhor nível de mobilização possível. Embora, 
quando diagnosticado, todos os recursos devem ser direcionados à estes 
pacientes. 
O diagnóstico diferencial para as fraquezas adquiridas na UTI 
compreende a presença da diminuição da força muscular de etiologias 
diferentes, com evidência clínica do uso de bloqueadores neuromusculares 
por tempo prolongado, provocado pelo efeito acumulativo e pelo efeito dose 
resposta do uso dessas drogas. 
O diagnóstico dessa condição pode ser realizado observando-se a 
redução ou ausência da amplitude do potencial de ação (Train of 4) na 
eletromiografia, e a observação de uma reversão completa da fraqueza 
 
 
 
 
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muscular no prazo de duas semanas, na maioria dos casos. 
Os fatores de risco relacionados ao desenvolvimento da fraqueza 
muscular adquirida na UTI (FMAUTI) com maior poder na literatura científica 
são: disfunção de múltiplos órgãos, sepse, hiperglicemia, imobilismo, 
permanência prolongada no ventilador mecânico e o uso de elevadas doses de 
corticosteroides e bloqueadores neuromusculares. 
 
7. EXERCÍCIO PRECOCE NA UTI 
 
 
Fonte: www.facafisioterapia 
 
Estudos publicados pela Força tarefa de fisioterapeutas do European 
Respiratory Society e pela Sociedade Europeia de Medicina Intensiva 
aconselham o início precoce do exercício passivo e ativo em pacientes críticos 
internados, demonstrando que a reabilitação precoce é segura e possível de ser 
realizada tão logo o paciente seja admitido na UTI. 
Dentre as modalidades de exercício são considerados o movimento 
passivo contínuo, já demonstrando sucesso na prevenção ou atenuação de 
http://www.facafisioterapia/
 
 
 
 
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aspectos de atrofia muscular, bem como o uso de cicloergômetro acoplado ao 
leito, pesos livres, ortostatismo assistido e ativo, deambulação precoce, 
eletroestimulação neuromuscular, leg press (Moveo XP), theraband, entre 
outros. 
 
8. SEGURANÇA 
 
Inúmeros estudos direcionados à investigar a segurança e viabilidade de 
implementar protocolos de fisioterapia precoce têm sido publicados, as 
evidências demonstram segurança não somente no doente séptico, em 
ventilação mecânica por Insuficiência Respiratória ou no paciente cirúrgico, 
mas também, nos doentes com hemorragia subaracnóidea por aneurisma, 
assistência ventricular mecânica, circulação extra-córporea, politraumas e 
queimados, com segurança na pressão de perfusão cerebral e pressão 
intracraniana. 
 
9. CUSTO-EFETIVIDADE 
 
Algumas publicações expressivas já evidenciam que a implementação 
de protocolos de reabilitação precoce na UTI, são custo-efetivas, mesmo 
considerando o gasto incremental de equipes de fisioterapia, tecnologias e 
treinamento, a redução de custo é muito considerável, devido à redução de 
tempo de internação e uso da ventilação mecânica, a efetividade se dá também, 
por ganhos funcionais e na qualidade de vida. 
Uma publicação recente demonstra que em um bom cenário de 
modelagem para redução de custo, sem considerar ganhos adicionais com o 
aumento da rotatividade de leitos, uma equipe de fisioterapia na UTI realizando 
reabilitação precoce pode economizar, USD 3.763.000,00 para cada 2000 
internações. Traduzindo para uma UTI de 30 leitos de alta complexidade e em 
valores Reais presentes, este cenário demonstra uma economia de 
aproximadamente R$7.000.000,00 a cada 24 meses, ou quase R$300.000,00 por 
mês de economia com uma qualificada equipe para executar estas terapias. 
 
 
 
 
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Estes custos justificam aquisição de tecnologias e salários 
consideravelmente maiores do queo mercado atual para as equipes de 
fisioterapia que atuarem em alto nível nos protocolos de mobilização precoce. 
 
10. ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA PREVENÇÃO E 
RECUPERAÇÃO DO DECLÍNIO FUNCIONAL EM PACIENTES 
CRÍTICOS 
Fonte: www. interfisio.com.br 
 
A Fisioterapia Motora tem sido uma grande aliada na 
recuperação clínica de pacientes internados em UTI, restaurando a 
perda funcional, reduzindo incapacidades e aprimorando a 
funcionalidade do paciente. Como alternativa de prevenção e 
tratamento de comorbidades associadas ao imobilismo, a fisioterapia 
tem sido defendida através de programas de mobilização precoce no 
paciente crítico. 
Declínio funcional pode ser definido como a perda de 
habilidades na realização de atividades de vida diária entre o 
 
 
 
 
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período pré-morbidade, classificado como estado funcional prévio 
ao internamento, e o desempenho atual durante a estadia 
hospitalar, e até três meses após a alta. A presença de declínio 
funcional é preditor de resultados insatisfatórios na alta hospitalar 
e há forte correlação com prolongados períodos de internação, 
aumento de mortalidade, maior necessidade de reabilitação 
domiciliar e dos custos hospitalares. 
Os prejuízos funcionais comumente relatados na literatura em 
pacientes críticos estão relacionados diretamente ao tempo de 
permanência na UTI e a ventilação mecânica (VM) prolongada. São 
necessários apenas sete dias de repouso no leito para reduzir a 
força muscular em 30%, com uma perda adicional de 20% da força 
restante a cada semana. 
A incidência de fraqueza generalizada relacionada ao paciente 
critico internados, ocorre em 30% a 60% dos casos, particularmente 
os submetidos à VM por mais de 7 dias. Ocorre de forma difusa e 
simétrica, acometendo a musculatura estriada esquelética 
apendicular e axial, variando desde tetraparesia leve a tetraplegia 
grave. 
Diversos estudos atualmente têm sido voltados aos 
benefícios de um programa de reabilitação precoce em pacientes 
críticos, obtendo resultados satisfatórios quanto à prática, 
cabendo ao Fisioterapeuta determinar ou eleger a intervenção 
adequada a cada paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. CINESIOTERAPIA 
 
Fonte: www.kostenblick 
 
A Cinesioterapia é a terapia ou tratamento através do 
movimento visando a reabilitação funcional. Tem como objetivo 
prevenir, eliminar ou diminuir os distúrbios do movimento e 
função. Segundo Gardiner (1995) os objetivos da Cinesioterapia 
ou as metas de tratamento pelo exercício são: promover a 
atividade quando e onde seja possível minimizar os efeitos da 
inatividade, corrigir a ineficiência de músculos específicos ou 
grupo musculares e reconquistar a amplitude normal do 
movimento da articulação. 
O sistema musculoesquelético é projetado para se manter 
em movimento. São necessários apenas sete dias de repouso no 
leito para reduzir a força muscular em 30%, com uma perda 
adicional de 20% da força restante a cada semana. A síndrome do 
imobilismo define-se como redução da capacidade funcional dos 
sistemas osteomusculares, tecido conjuntivo e articular, sistema 
 
 
 
 
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respiratório, metabólico, gastrointestinais e outros, podendo levar 
a diversas desordens. 
O declínio funcional relacionado ao paciente crítico é uma 
complicação significante e comum em muitos indivíduos admitidos 
em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), incidindo em 30 a 
60% dos pacientes internados, principalmente os submetidos à 
Ventilação Mecânica prolongada, que são frequentemente 
descondicionados e limitados do ponto de vista cinético-funcional. 
Em pacientes com sepsis esta incidência aumenta de 70% a 
100%. 
Além das condições prévias, múltiplos fatores podem contribuir 
para ocorrência desta condição, dentre eles destacam-se: a 
gravidade e duração da falência de órgãos; inflamações sistêmicas, 
uso de alguns medicamentos, como corticóides, sedativos e 
bloqueadores neuromusculares, descontrole glicêmico, desnutrição, 
hiperosmolaridade, nutrição parenteral, duração da ventilação 
mecânica e principalmente, a imobilização prolongada. 
Além do imobilismo, que causa atrofia muscular por desuso, 
a fraqueza muscular adquirida na UTI pode ser causada pela 
miopatia ou polineuropatia do doente crítico. Trata-se de uma 
doença que ocorre por uso prolongado de bloqueadores 
neuromusculares e corticóides, associado ao tempo prolongado 
no leito (BASS, 2011). Manifesta-se por uma reação intensa 
inflamatória do organismo no sistema nervoso periférico 
proveniente da doença aguda que o levou à internação 
(BERCKER, et al., 2005). 
Com o objetivo de identificar precocemente disfunções 
cinético-funcionais, prevenir e minimizar a perda funcional, além de 
preservar a capacidade de realização de atividades por parte do 
indivíduo, principalmente nos domínios transferências e locomoção, 
a fisioterapia motora a tem sido defendida através de programas de 
mobilização precoce no paciente crítico, sendo este recomendado 
 
 
 
 
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como prática crucial e segura para recuperação destes pacientes. 
A mobilização precoce na UTI pretende manter ou aumentar 
a força muscular e a função física do paciente. Ela inclui 
atividades terapêuticas progressivas, tais como exercícios de 
mobilidade no leito, sentado na beira do leito, em ortostase, 
transferência para uma poltrona e deambulação. 
Morris et. al. (2008) demonstrou uma comparação entre 
mobilização precoce na UTI com cuidados usuais, composta por 
grupo controle e grupo protocolo, e observou que os pacientes que 
receberam mais sessões de fisioterapia tiveram menor tempo de 
permanência hospitalar. 
Neste contexto, fica evidente a importância da fisioterapia nas 
unidades de tratamento intensivo, contribuindo de forma valiosa no 
tratamento global do paciente, minimizando os efeitos da imobilidade 
no leito além de tratar e prevenir complicações respiratórias. 
 
12. EFEITOS DA IMOBILIDADE NO LEITO 
 
 
 
 
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Fonte: www.integracaobrasil.blogspot.com.br 
 
As consequências negativas do imobilismo são 
incontestáveis e comprovadas. Fisiopatologicamente, 
mecanismos importantes como imobilidade, inflamação local e 
sistêmica, utilização de fármacos como corticoides, relaxantes 
musculares e antibióticos, desnutrição e situações catabólicas, 
agem sinergicamente para promover a perda de massa 
muscular significativa no doente criticamente enfermo. 
O desuso, como no repouso, inatividade ou imobilização de 
membros ou corpo e a perda de inervação nas doenças ou 
injúrias, afetam diretamente o sistema osteomuscular promovendo 
um declínio na massa muscular, força e atrofia articular. Além 
disso, a imobilidade pode influenciar na recuperação de doenças 
críticas, devido às alterações sistêmicas associadas a ela, como 
doença tromboembólica, atelectasias, úlceras de pressão, entre 
outras. 
Aproveitar-se avultar as alterações pulmonares que resultam 
no movimento restrito do tórax em decúbito dorsal e do movimento 
diafragmático reduzindo volumes e capacidades pulmonares, 
além do tromboembolismo, que com a perda da bomba muscular, 
produz estase venosa nos membros inferiores levando à formação 
de trombos. Pacientes com trombos venosos têm 50% de chance 
de desenvolver embolia pulmonar. 
Consequentemente, a capacidade física e a qualidade de 
vida desses pacientes ficam comprometidas, sendo que essas 
alterações podem durar alguns anos após a alta hospitalar. Os 
efeitos adversos na funcionalidade e no declínio funcional podemresultar em um pior prognóstico para esses pacientes. 
Covinsky et al., em 2003, demonstraram em um estudo 
descritivo, a relação da perda de independência nas atividades da 
vida diária em idosos hospitalizados com doenças médicas e 
http://www.integracaobrasil.blogspot.com.br/
 
 
 
 
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contatou que o declínio funcional durante a internação para 
tratamento de processos agudos foi de 35% para realização de 
atividades de vida diária quando comparados a dados pré- 
internação. A frequência de declínio funcional variava 
significativamente com a idade, em pacientes com mais de 85 
anos a taxa de declínio excedeu a 50% e todos tiveram desfecho 
desfavorável na alta. 
Clavet et al., (2008), observaram trinta e nove por cento dos 
pacientes internados por tempo prolongado numa UTI (por duas 
semanas ou mais) apresentaram contraturas articulares com 
limitação da amplitude completa de movimento e em mais de uma 
articulação, que perdurou mesmo após duas semanas de alta 
hospitalar. Uma estadia maior que oito semanas foi identificada 
como fator de risco para contratura articular. A compreensão da 
fisiopatologia, implicações prognósticas e métodos diagnósticos 
das alterações neuromusculares adquiridas na UTI, 
especialmente em pacientes submetidos à VM, auxiliam no 
direcionamento e perspectivas terapêuticas. 
 
13. BENEFÍCIOS CLÍNICOS 
 
 
 
 
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Fonte: www.utivisitas.com.br 
 
Os benefícios clínicos de um programa de reabilitação 
precoce em pacientes criticamente enfermos tem sido cada vez 
mais comprovado cientificamente. Fica evidente neste contexto 
que a atividade física e a retirada precoce do leito assumem 
papéis fundamentais na restauração da função perdida. 
Intervir precocemente é fundamental para melhora da 
função respiratória, melhora do nível de consciência, aumento da 
independência funcional, ganho de força e resistência muscular, 
melhora da flexibilidade articular, melhora da aptidão 
cardiovascular e aumento do bem-estar psicológico. Além disso, 
pode acelerar a recuperação do paciente, diminuir a duração da 
ventilação mecânica e o tempo de internamento hospitalar 
(STILLER, 2007). É considerada uma terapia que otimiza a 
recuperação funcional, particularmente durante os primeiros dias 
de internação hospitalar. 
Atualmente diversos estudos comprovam que a mobilização 
precoce é uma forma segura e efetiva para obtenção de melhora 
nos resultados funcionais, promovendo redução do tempo de 
internação hospitalar, sem elevação dos custos da unidade, além 
de reduzir as mudanças fisiológicas desfavoráveis e as 
complicações da imobilidade prolongada. 
Feliciano et al.; (2012) em um ensaio clínico, controlado e 
randomizado, analisou a eficácia de um protocolo de mobilização 
precoce no tempo de estadia na UTI, considerando dois grupos. Os 
pacientes submetidos a um protocolo de mobilização precoce 
evoluíram com um ganho da força muscular inspiratória e periférica e 
com nível cinco de funcionalidade, demonstrando assim a 
importância da utilização desses protocolos. 
Em um ensaio clínico controlado e randomizado, Dantas et 
al.; (2012), através de um protocolo de mobilização precoce 
http://www.utivisitas.com.br/
 
 
 
 
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sistematizado duas vezes ao dia, todos os dias da semana, 
verificou ao término do estudo um ganho da força muscular 
inspiratória e periférica nos indivíduos submetidos ao protocolo de 
mobilização precoce e sistematizado, o que não aconteceu aos 
indivíduos do grupo padrão de mobilização. 
De acordo com Van Der Schaff et. al.; (2009), através de um 
estudo sobre os fatores prognósticos para o estado funcional em 
pacientes um ano após a alta da unidade de terapia intensiva, 
verificou que a medicina de reabilitação pode interferir nas 
restrições a longo prazo desses pacientes. 
Apesar dos efeitos benéficos relacionados à mobilização 
precoce em pacientes internados em UTI, e ainda que venham 
mostrando em seus protocolos específicos segurança e eficácia, 
sem relatos de intercorrências durante o método, vale ressaltar a 
importância de alguns fatores de segurança antes da realização 
dessas atividades, principalmente em indivíduos com instabilidade 
hemodinâmica e respiratória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14. ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA PRECOCE 
 
Fonte: www.blogfisioterapia.com.br 
 
A identificação dos distúrbios cinético-funcionais através de 
avaliação funcional e a elaboração do diagnóstico cinesiológico 
funcional são fundamentais para um rigoroso planejamento 
terapêutico. A cinesioterapia motora em pacientes críticos 
internados na UTI tem como objetivo principal prevenir e reduzir 
os efeitos deletérios do decúbito prolongado. 
Segundo Gardiner (1995) os objetivos da Cinesioterapia ou 
as metas de tratamento pelo exercício são: promover a atividade 
quando e onde seja possível minimizar os efeitos da inatividade, 
corrigir a ineficiência de músculos específicos ou grupo 
musculares e reconquistar a amplitude normal do movimento da 
articulação, além de encorajar o paciente a usar a habilidade que 
ele reconquistou no desempenho de atividades funcionais 
normais, e assim acelerar sua reabilitação. 
http://www.blogfisioterapia.com.br/
 
 
 
 
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A fisioterapia motora precoce deve ser aplicada diariamente 
nos pacientes críticos internados em UTI, tanto naqueles estáveis, 
que se encontram acamados, inconscientes e sob VM, quanto 
naqueles conscientes capazes de realizar a marcha independente. 
Deve ser iniciada assim que as alterações fisiológicas se estabilizem, 
daí o conceito de “precoce”. Tais atividades consistem em práticas 
terapêuticas progressivas. 
A progreção de atividades de mobilização na UTI , 
estimulando a inicialização o mais precoce possível, logo após 
estabilização da desarmonia fisiológica, foi estabelecida 
recentemente pela força tarefa da European Respiratory Society 
and European Society of Intensive Care Medicine, onde a 
mobilização precoce foi baseada em uma seqüência de 
intensidade: mudança de decúbitos e posicionamento funcional, 
mobilização passiva, eletroestimulaçao, exercícios motores na 
cama como controle de tronco, exercícios ativos e resistidos, 
sedestação à beira leito, cicloergômetro, , ortostatismo, 
caminhada estática, transferência da cama para cadeira e 
deambulação. 
No que tange aos critérios para mobilização, recomenda-se 
a avaliação das variáveis cardiovasculares e respiratórias, 
saturação periférica de oxigênio, além de observar o nível de 
consciência e a dosagens de sedativos e de drogas vasoativas. 
Pacientes com instabilidade hemodinâmica, que necessitam de 
altas frações inspiradas de oxigênio (FiO2) e altos níveis de 
suporte ventilatório não são recomendados para atividades de 
mobilização mais agressivas. 
Embora existam poucos estudos a respeito, os benefícios 
terapêuticos vem comprovando a real necessidade de uma 
intervenção cinesioterapeutica precoce, a fim de evitar 
deficiências e abreviar a alta hospitalar. Além disso, os autores 
salientam a escassez de publicações com protocolos uniformes 
 
 
 
 
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de mobilização precoce, bem como seus efeitos sobre a função 
pulmonar, desmame da ventilação mecânica, qualidade de vida e 
tempo de estadia na UTI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Outros materiais