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VIROLOGIA ICB-USP 2002 Fábia A. Salvador e-mail: fasalvador2011@gmail.com CONCEITO Os vírus são microrganismos de grande simplicidade: - pequenos, de 20 a 300 nm de diâmetro - possuem apenas um tipo de ácido nucléico (RNA ou DNA) - desprovidos de estrutura celular - não crescem, não metabolizam - não sofrem divisão - inertes fora de células vivas - são parasitas intracelulares obrigatórios. Estrutura Básica dos vírus Vírion = partícula viral completa e infecciosa Envelope Capsídeo Ácido Nucléico Matriz Protéica Nucleocapsídeo Por um cerne interno contendo GENOMA de RNA ou DNA Do que são compostos? Envoltório lipídico ENVELOPE (nem sempre). • Recoberto por uma cobertura proteica protetora, chamada de CAPSÍDEO. TAMANHO Os vírus variam de 20 a 300 nm de diâmetro similar à variação de tamanho das maiores proteínas das menores células. FORMA Suas formas são freqüentemente referidas pelos termos coloquiais de : Esferas, Bastonetes, Projeteis, Tijolos, Mas na realidade são estruturas complexas de simetria geométrica precisa. A forma das partículas virais é determinada pelo arranjo das subunidades repetidas que formam a proteção (capsídeo) do vírus. O Genoma Viral Envelope Capsídeo Ácido Nucléico Matriz Protéica Nucleocapsídeo Informação contida nos genomas virais Replicação do genoma viral; Montagem da partícula e empacotamento do genoma viral; Regulação e tempo do ciclo reprodutivo viral (persistência e lítico; Evasão das defesas do hospedeiro; Transmissão para outras células e hospedeiros; Informação não contida Ausência de genes relacionados à síntese de maquinaria de produção protéica; Ausência de metabolismo ou de informação para síntese de membranas; Genoma Viral Genomas RNA podem ser: MONOPARTITE (única molécula de RNA) ou SEGMENTADOS (compostos por diferentes moléculas de RNA). Genomas virais são compostos de DNA ou RNA: COMPOSIÇÃO QUÍMICA Ácidos nucléicos – genoma •fita dupla (ds) •fita simples (ss) •linear •Circular •molécula única •fita dupla (ds) •fita simples (ss) •linear •circular •fita única •segmentado DNA RNA Quase todos os vírus contém somente uma cópia de seu genoma - haplóides. A exceção é a família dos retrovírus, cujos membros têm duas cópias de seu genoma RNA – diplóides. Exemplos de genomas virais VIRUS GENOME ENVELOPE Picornavirus (+)ssRNA monopartite no Rabies (-)ssRNA monopartite yes Influenza (-)ssRNA segmented yes Rotavirus dsRNA segmented no Parvovirus ssDNA monopartite no Herpesvirus dsDNA monopartite yes Capsídeo Viral Envelope Capsídeo Ácido Nucléico Matriz Protéica Nucleocapsídeo O ácido nucléico é recoberto por um invólucro formado por proteínas denominado capísideo, compostos por subunidades chamadas capsômeros. Cada capsômero consiste em uma ou mais proteínas que são visualizadas ao microscópio eletrônico como partículas esféricas. Capsídeo Viral Proteínas codificadas pelo genoma viral; Proteção e rigidez; Simetria: O arranjo dos capsomeros fornecem ao vírus a sua simetria geométrica. Icosaédrica Helicoidal Complexa Quais as funções do capsídeo viral? PROTEGER o ácido nucleico viral da degradação. Funciona como local de FIXAÇÃO à célula hospedeira (vírus não envelopados). Proporciona ANTIGENOS reconhecidos pelo sistema imune do hospedeiro . Capsídeo icosahédrico Os capsômeros são arranjados em 20 triângulos que formam uma figura simétrica (um icosaedro) com a forma aproximada de uma esfera. Modelo do adenovírusEnergia livre mínima Arranjo molecular espontâneo de uma mesma subunidade (menor utilização do genoma) Máximo de espaço em volume Vírus com simetria icosaédrica poliovírus rotavírus adenovírus papilomavírus vírus herpes vírus HIV ADENOVIRUS Simetria icosaédrica Simetria helicoidal. As subunidades protéicas estão ligadas de forma periódica ao ácido nucléico viral, girando até formar uma hélice. O complexo proteína-ácido nucléico (nucleocapsídeo) é enrolado no interior de um envoltório lipídico em vírus envelopados. Não é possível a formação de partículas helicoidais vazias. Os vírus conhecidos com simetria helicoidal contêm genoma de RNA. Comprimento controlado pelo ácido nucleico. A hélice pode ser rígida ou flexível com formato de cilindro ou tubo. Capsídeo helicoidal Ex: VIRUS DO MOSAICO DO TABACO adapted from: Klug and Caspar Adv. Virus Res. 7:225 SIMETRIA HELICOIDAL Vírus com simetria helicoidal vírus do mosaico do tabaco vírus Ebola SIMETRIA COMPLEXA Ex: FAMÍLIA POXVÍRUS Bacteriófago T4 Bacteriófago T4Poxvirus Vírus – formas BACTERIÓFAGOS Capsídeo (cabeça) DNA Pescoço Colar Bainha Fibra da cauda Placa basal O Envelope Viral Envelope Glicoproteína Capsídeo ENVELOPE Obtidos pelo brotamento através da membrana celular ou nuclear. Natureza lipoprotéica. Possibilidade de deixar a célula sem matá-la (brotamento). Contém pelo menos uma proteína codificada pelo vírus. A perda do envelope resulta em perda da infectividade. Além disso, exixtem glicoproteínas de superfície na forma de espículas (ligantes de receptores das células do hospedeiro - penetração). Matriz protéica, medeia a interação entre as proteínas do capsídeo e o envelope. Envelope viral Porque os vírus são classificados? A classificação dos vírus permite entendermos os principais mecanismos relacionados ao estabelecimento da infecção e da patogênese. Classificação Viral A Classficação basea-se em critérios químicos e morfológico. Os dois principais componentes virais usados na classificação são: (1) tipo de ácido nucleico (DNA ou RNA). (2) capsídeo (tamanho, sua simetria e a presença do envelope). 6 famílias 15 famílias Virus Classifications Família Viral: Agrupamentos de gêneros virais que compartilham características comuns e distintas de outros membros de outras famílias. Sufixo – viridae. Gênero Viral: Agrupamento de espécies que compartilham características comuns e que são distintas de outros membros de outros gêneros. Sufixo – virus. Espécie Viral: Classe constituída de uma linhagem de replicação com um nicho ecológico particular. É a mais importante na classificação hierárquica. O nome é acompanhado pelo termo virus. Exemplo: Família Herpesviridae, subfamília Alphaherpesviridae, gênero Simplexvirus, herpesvirus humano 2. Classificação dos Vírus Replicação viral Termo usado por virologistas para descrever a propagação dos vírus em células alvo. Em termos estritos refere-se especificamente à replicação de genoma viral. Replicação de Bacteriófagos 4-Vírus bacterianos (Bacteriófagos ou fagos) Fago temperado: insere-se no cromossomo bacteriano, mantendo-se de modo ~ estável> (estado de profago) - ciclo lisogênico - Bactérias contendo profagos são denominadas lisogeneizadas Fago virulento (ou lítico): lisa bactérias infectadas - ciclo lítico Conversão fágica (ou conversão lisogênica): Fenômeno onde uma propriedade bacteriana é codificada pelo profago. Ex. Corynebacterium diphtheriae (difteria) Genes que codificam toxina diftérica são do vírus somente as bactérias lisogeneizadas da espécie são virulentas. Promove a morte e lise da célula hospedeira → ciclo lítico Estágios do ciclo lítico 1. Adsorção 2. Penetração Direta – injeção do material genético 3. Síntese 4. Montagem 5. LiberaçãoReplicação viral Ciclo lítico de um bacteriófago Ciclo lisogênico Ciclo de replicação viral em célula hospedeira permissível 1 Adsorção (Ligação) 2 Penetração do vírion parental 3 Desnudamento do genoma viral 4 Expressão de genes virais/Replicação da informação genética (Síntese do mRNA viral precoce; Síntese das proteínas virais precoces; Replicação do genoma viral; Sí tese do mRNA viral tardio; Síntese das proteínas virais tardias) 5 Montagem da progênie do vírus 6 Maturação 7 Liberação Cann, Principles of Molecular Virology, 2nd Edition, 1997 How do Viruses Produce New Viruses? NucleusATTACHMENT PENETRATION UNCOATING REPLICATION ASSEMBLY EGRESS 1. Adsorção Fixação ou ligação específica entre a partícula viral e molécula “receptora”presente na superfície da célula alvo. Vários “receptores” identificados como: Ex. CD4 e beta-quimiocinas para o HIV; Ácido siálico para os vírus Influenza; ICAM-1 (molécula de adesão intracelular 1) para os Rinovírus. A presença ou ausência dos “receptores” na superfície celular é determinante para que ocorra ou não a infecção viral. 2) Penetração Ocorre logo após a adsorção, processo dependente de energia. A)Vírus envelopados Endocitose (pinocitose) da partícula viral em vacúolos intracelulares. Fusão entre proteínas do envelope viral e membrana plasmática celular. B)Vírus não envelopados Translocação da partícula viral ou ácido nucléico viral através das membranas plasmática ou endossomal. A -1) Endocitose da partícula viral (pH ácido) A)Vírus envelopados Flint, S.J. Enquist, L.W. et al. (2004). Principles of Virology. Os complexos vírus-receptor internalizados em endossomas. Ambiente interno dos endossomas é acidificado. Rupitura da vesícula ou a mudanças conformacionais das proteínas do envelope viral ativam o processo de fusão entre as membranas do envelope viral e endossoma. Modelo clássico: porção HA2 da hemaglutinina do vírus Influenza. A-2) Fusão entre proteínas do envelope viral e membrana plasmática celular (pH fisiológico) Alguns vírus envelopados são capazes de fundir seus envelopes diretamente com a membrana plasmática celular em pH fisiológico. Modelos clássicos: HIV, Herpesvírus. Flint, S.J. Enquist, L.W. et al. (2004). Principles of Virology. A)Vírus envelopados Vírus não envelopados Formação de poros nas membranas celulares Perturbação da integridade da membrana endossomal após endocitose. Translocação da partícula viral ou ácido nucléico viral Painel C - Poliovírus Ligação do vírus ao “receptor” Mudança conformacional na partícula. Exposição de porção hidrofóbica de proteína do capsídeo capaz de formar um poro. Genoma viral no citoplasma Molecular Biology of the Cell 4th ed., 2002 B)Vírus não envelopados Painel D Adenovírus Endocitose mediada por internalização de receptor. Acidificação endossomal . Protease viral ativa remove proteínas do capsídeo . Proteína do capsídeo lisa a membrana endossomal. Sub-capsídeo no citoplasma. Genoma viral atravessa o poro nuclear e começa a transcrição dos genes virais Molecular Biology of the Cell 4th ed., 2002 3) Desnudamento Ocorre logo após/simultâneamente a penetração. Permite que o genoma viral comece a expressar suas funções. Desagregação total ou parcial das subunidades protéicas do capsídio.- Espontaneamente ou Ação de enzimas digestivas dos endossomos celulares. A)Vírus que se replicam no citoplasma Genoma e nucleoproteinas são liberados no citoplasma B) Vírus que se replicam no núcleo Complexo genoma- nucleoproteínas é transportado através da membrana nuclear. 4) Expressão gênica/Replicação do genoma viral Como todo o programa genético viral está otimizado para a produção de uma progênie viral é difícil distinguir expressão gênica de replicação do genoma principalmente em vírus de genoma RNA. Vírus RNA Replicam no citoplasma Exc: Rotavírus, Vírus do sarampo (paramixovírus) e da raiva (rabdovírus) OK Vírus DNA Replicam no núcleo Exc: HBV (hepadnavírus),Herpisvírus OK 5) Montagem A estrutura básica da partícula viral é formada. Interação da subunidades protéicas do capsídeo obedecendo leis de simetria. - capsídeo é montado. Os genomas virais recém-sintetizados e os polipeptídeos do capsídeo unem-se para formar a progênie de vírus. Os capsídeos icosaédricos podem condensar-se na ausência de ácido nucléico. Os nucleocapsídeos dos vírus com simetria helicoidal não podem se formar na ausência de RNA viral. Nos níveis intracelulares de proteínas virais No número de genomas virais recém formados 5) Montagem Desencadeiam o processo de montagem da partícula viral Encapsidação dos genomas virais Precoce Montagem de vírus de simetria helical Capsídeo formado em torno do ácido nucléico. Ex: Paramixovírus Tardio Ácido nucleico é introduzido na concha protéica recém formada Ex: vírus de simetria icosaédrica como Adenovírus. 6) Maturação Formação de partículas completas e infecciosas. Associação entre o ácido nucléico viral e as proteínas dos capsídeos. Clivagem específica de proteínas do capsídeo para formar produtos maduros. Para alguns vírus a montagem e a maturação são eventos inseparáveis, enquanto que, para outros a maturação pode ocorrer após a partícula ter deixado a célula. 7)Liberação - Lise da célula (vírus não envelopados) - Brotamento (vírus envelopados) 7) Liberação McGraw-Hill Companies, Inc Aquisição do envelope viral: brotamento As proteínas do envelope viral são colhidas à medida que o vírion é liberado. A interação física das proteínas do capsídeo (matrix) com a superfície interna de membranas celulares contendo porções citoplasmáticas das proteínas virais de superfície força a partícula viral a atravessar a membrana. O envelope lipídico é adquirido quando o nucleocapsídeo brota da membrana celular durante o processo de maturação. O brotamento só ocorre em locais onde proteínas específicas do vírus foram inseridas na membrana celular do hospedeiro. Glicoproteínas virais Pertencem ao envelope e são codificadas pelo vírus. As localizadas na superfície fixam a partícula viral a uma célula-alvo ao interagirem com um receptor celular. Estão envolvidas na etapa da infecção em que ocorre fusão da membrana. São importantes antígenos virais. PATOGÊNESE A capacidade dos vírus de causar doenças pode ser estudada em dois níveis distintos: 1) As mudanças que ocorrem na células. 2) Os processos nos pacientes infectados. 1) As mudanças que ocorrem na células Há 4 efeitos principais das infecções virais na célula. 1- MORTE – devido à inibição da síntese de proteínas. 2-FUSÃO DAS CÉLULAS PARA FORMAR CÉLULAS MULTINUCLEADAS – Células gigantes multinucleadas – Resultado da mudanças na membrana celular, devido à inserção das proteínas virais na membrana. Ex. Herpesvírus – efeito citopático 3 – TRANSFORMAÇÃO MALIGNA- Caracterizada por crescimento incontrolável, sobrevivência prolongada e mudanças morfológicas. 4- MUDANÇAS MORFOLÓGICAS E FUNCIONAIS NÃO- APARENTES - A CÉLULA INFECTADA 2) Os processos nos pacientes infectado A patogênese no paciente infectado envolve: 1- A transmissão do vírus e sua entrada no hospedeiro; 2- A replicação do vírus e dano celular;. 3 – a disseminação do vírus para outras células e órgãos; 4 - A resposta imune, tanto a de defesa do hospedeiro quanto a que causa certa doença; 5- A persistencia do virus em alguns casos. Estágios de uma infecção viral típica Período de incubação (tempo ente a aquisição do organismo e o início dos sintomas - assintomático) Períodoprodrômico (durante o qual sintomas não específicos como febre, tremores e perda de apetite podem ocorrer) Período específico da doença (os sintomas e sinais característicos ocorrem) Período de recuperação (doença regride e o paciente retorna ao seu estágio saudável) Portadores crônicos infecção latente (espalhá-los - indivíduo clinicamente sadio) (pode ocorrer da mesma forma - infecção primária ou manifestar sinais e sintomas diferentes) Infecção persistente INFECÇÕES VIRAIS PERSISTENTES Existem três tipos de infecções virais persistentes de importância clínica: - Distinguem-se de acordo com a produção do vírus e dos sintomas da doença. 1) Infecções crônicas; 2) Infecções Latentes; 3) Infecções por vírus lento. Tipo de Infecção 1) CRÔNICA Continua a produzir quantidades significativas de vírus por um longo período. – estado de portador sadio – Infecção assintomática doença crónica (E a própria doença pode ser assintomática) Duração: Variável. Resposta imune: Não é capaz de erradicar o vírus. Exemplo: Hepatite B 2) LATENTE Duração: Infecção aguda e recorrente. Resposta Imune: Sim, mas ineficaz no controle durante as recaídas. Exemplo: Herpes simplex. Tipo de Infecção 3)LENTA (Não é o víus que se replica lentamente, mas o período de incubação e o progresso da doença são longos) Duração: Meses e anos Resposta imune: A doença avança sem interrupção pela resposta. Curso fatal. Exemplo: HIV Como os vírus entram no corpo? Aerosols Injection Bite Sexual Contact Ingestion 1- A transmissão do vírus e sua entrada no hospedeiro; Aspectos clínicos da Infecção viral? SUBCLÍNICO DOENÇA Resulta de: Destruição tecidual e celular pelos vírus perda de função de orgão e célula reação inflamatória imunopatologia Consequências: AUTO-LIMITADA (virus eliminado) PERSISTENTE /LATÊNCIA LETAL Infecções localizadas ou Disseminadas LOCALIZADA : Replicação viral restrita à porta de entrada Curto período de incubação. Examples: influenza - gripe DISSEMINADA: Virus se propagam em tecidos além da porta de entrada. Períodos de incubação mais longos. Examples: poliomielite, sarampo, raiva Como os vírus se espalham pelo organismo? HEMATOGÊNICA: VIREMIA = virus no sangue (virus são distribuidos para sítios de replicação secundários - Virus distribuidos como: FREE PARTICLES or CELL-ASSOCIATED. NEURAL Virus penetram pelos terminais nervosos Movem da periferia até o SNC (ou visa versa) LINFÁTICA: Atingem capilares linfáticos, transportados até o gânglios, espalham-se da circulação linfática ao sangue. Blood-Brain Barrier Disseminação viral para o CNS Regional Lymph Node Bloodstream Skin Replication Replication in other organs VIREMIA Sistemas afetados por infecção viral. Como os vírus se replicam e causam doenças? Replicação dos vírus nas células Interação do vírus com a superfície da célula e introdução do seu material genômico. Expressão de genes virais usando a maquinaria celular. Modificações nas células para replicar o vírus. Formação de novas partículas virais. Liberação dos vírus. Doença Estágios iniciais da infecção. Incubação e disseminação. Multiplicação do vírus (SINTOMAS). Resposta imune. Transmissão. Morte x Cura x Latência. FIM
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