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UNIDADE 1
A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS 
CONTAS
OBjETIvOS DE APRENDIzAgEM
 A partir do estudo desta unidade você estará apto(a) a:
● compreender o conceito de Contabilidade, bem como a sua 
aplicabilidade;
● conhecer, compreender e identificar o patrimônio das entidades;
● interpretar as mutações ocorridas no patrimônio das entidades por 
diversas operações contábeis.
TÓPICO 1 – NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
TÓPICO 2 – PATRIMÔNIO
TÓPICO 3 – O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
TÓPICO 4 – CONTABILIZANDO COM BALANÇOS 
SUCESSIVOS
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e neles você 
encontrará os conceitos básicos da contabilidade, bem como 
exercícios de fixação que serão desenvolvidos em cada tópico.
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NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
1 INTRODUÇÃO
2 A ORIGEM DA CONTABILIDADE
TÓPICO 1
UNIDADE 1
Neste primeiro tópico daremos os primeiros passos no aprendizado da contabilidade. 
Para isso se faz necessário conhecermos os conceitos básicos desta ciência, desde a sua 
origem, sua finalidade, seus objetivos e quem são os maiores beneficiados pelo seu uso.
Vamos notar que a contabilidade está presente em todos os momentos de nossa vida, 
acima de tudo quando necessitamos tomar decisões importantes, dando rumos diferentes a 
questões em que são necessárias tais decisões.
A origem da contabilidade é muito antiga. Costuma-se dizer que a contabilidade é tão 
antiga quanto a origem do homem. A contabilidade, na sua forma rudimentar, era utilizada pelo 
homem pré-histórico. Naquele tempo, o registro das coisas que possuía – como, por exemplo, 
seu rebanho de ovelhas – era feito pela associação da quantidade de animais possuídos pela 
quantidade de pedras. O homem possuía em suas mãos uma pedra para cada animal que 
havia sido levado ao pasto. Ao retornar, verificava se a quantidade de pedras conferia com 
a quantidade de animais, podendo então checar se algum animal havia se perdido. Assim o 
homem pré-histórico conseguia quantificar e controlar a sua riqueza, o seu patrimônio.
A contabilidade moderna nasceu no norte da Itália, provavelmente durante os séculos 
XII e XIV. Datam dessa época diversos registros semelhantes aos verificados na contabilidade 
moderna. 
Consolidou-se pelo trabalho elaborado pelo frade franciscano, matemático, teólogo e 
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contabilista Frei Luca Pacioli, que publicou na Itália, em 1494, um tratado sobre contabilidade que 
ainda hoje é de grande utilidade no meio contábil. Trata-se do método das partidas dobradas. 
Sabe-se que frei Luca não foi o inventor do método, ele apenas descreveu uma metodologia 
já em uso na Itália, pelo menos um século antes. 
A grande importância da obra de Frei Luca está em reconhecer o método como o ideal 
para a escrituração, além do que, em sua obra há toda uma preocupação em sistematizar os 
conceitos e instrumental contábil para o registro e controle do patrimônio. 
Assim, dessa época até o século XX a Europa foi o centro dos estudos contábeis. Nessa 
fase, a contabilidade buscava melhorar a forma de representar a situação das empresas, embora 
não houvesse muita preocupação com o usuário externo da informação, pois a informação era 
restrita ao proprietário do empreendimento.
O desenvolvimento da contabilidade foi notório com a ascensão econômica norte-
americana num período recente, principalmente após a grande crise econômica de 1929, 
onde muitas empresas vieram a sucumbir. Após esse período, com a ascensão cultural e 
econômica, o crescimento do mercado de capitais, da auditoria, houve a preocupação de tornar 
a contabilidade um mecanismo útil para a tomada de decisões, devido à necessidade de trazer 
informações às pessoas que investiam nesse mercado. Assim, a contabilidade evoluiu muito, 
com o desenvolvimento de pesquisas, com a busca de maior quantidade de aplicações das 
teorias desenvolvidas e de um sistema de regulamentação que dita normas com as quais a 
contabilidade se alicerça.
Hoje a contabilidade é utilizada largamente no meio empresarial, sendo enfatizada como 
elemento gerador de subsídios essenciais aos gestores no processo de tomada de decisões.
3 CONCEITO
Várias são as formas utilizadas por escritores e professores para conceituar ou explicar 
a importância da contabilidade, ressaltando seu conceito. Ribeiro (2009, p. 2) compila alguns 
conceitos de diversos autores, como segue: 
a) A ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas 
à administração econômica (conceito oficial formulado no primeiro Congresso Brasileiro 
de Contabilidade, realizado no Rio de Janeiro, em 1924).
b) Sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações 
e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação 
à entidade objeto de contabilização (estudo sobre a estrutura conceitual básica da 
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contabilidade, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e 
Financeiras – IPECAFI, e aprovado pelo Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON).
c) Ciência (ou técnica, segundo alguns) que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos 
no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação 
desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas 
variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial (Hilário 
Franco, Contabilidade Geral, Editora Atlas).
d) É a arte de registrar todas as transações de uma companhia que possam ser expressas 
em termos monetários. E é também a arte de informar os reflexos dessas transações na 
situação econômico-financeira dessa companhia (Nelson Gouveia, Contabilidade, Editora 
McGraw-Hill do Brasil).
Para Marion (2004, p. 26), “[...] a contabilidade é o instrumento que fornece o máximo 
de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga 
e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões.”
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Note que a palavra decisão é enfatizada no conceito de contabilidade. 
Sempre estamos tomando decisões no nosso cotidiano: qual esporte 
praticar, qual comida ideal para nos alimentarmos, qual livro ler, que 
curso é melhor para nos aprimorarmos, qual roupa para vestirmos 
etc. Essas são decisões comuns que devemos tomar em nossas 
vidas. Decisões com menor e/ou maior grau de importância. No 
âmbito empresarial isso não é diferente. A todo o momento os 
gestores estão tomando decisões. Decisões como: a que preço 
devemos vender nossos produtos, que quantidade de mercadorias 
estocar, o que fazer com o dinheiro que está sobrando no caixa, 
construir ou alugar as instalações para a empresa, comprar um 
veículo ou contratar uma transportadora para entregar as vendas 
realizadas etc.
A contabilidade tem esse poder de auxiliar a gestão a tomar decisões, coletando os 
acontecimentos econômicos que ocorrem em uma entidade, registrando e transformando-os 
em informações em forma de relatórios contábeis.
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FONTE: MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 
2004. p. 25.
4 CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL 
A profissãode contador foi regulamentada pelo Decreto-Lei nº 9.295/1946, com 
alterações introduzidas pela Lei nº 12.249, de 12 de junho de 2010, que criou o Conselho Federal 
de Contabilidade – CFC e definiu as atribuições do contador e do técnico de contabilidade. 
A referida regulamentação traz em seu texto legal que somente poderão exercer a profissão 
aqueles que estiverem devidamente registrados nos órgãos competentes do Ministério da 
Educação e nos Conselhos Regionais de Contabilidade – CRC a que estiverem sujeitos.
Cabe destacar que outras resoluções posteriores emanadas pelo CFC objetivaram 
delinear e regulamentar a atuação do profissional contábil, com destaque para a Resolução 
CFC nº 560/1983, que delimitou a atuação em comum do contador e do técnico, bem como as 
atribuições privativas dos contadores.
O campo de atuação do profissional em contabilidade é muito grande, permitindo 
uma condição abrangente de empregabilidade. O atual estágio de desenvolvimento da 
contabilidade, aliado ao crescimento econômico, que, além da contabilidade tradicional, 
denominada contabilidade financeira, congrega também a contabilidade gerencial, inclui 
também o conceito de contabilidade estratégica, ampliando muito o leque de funções para o 
profissional contábil.
FIGURA 1 – O PROCESSO CONTÁBIL
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5 OBJETO E FINALIDADE DA CONTABILIDADE
FONTE: O autor (adaptado de Marion, 2004)
Uma das grandes áreas de atuação do profissional contábil é a prestação de serviços 
contábeis, seja em forma de contabilidade terceirizada, assessoria contábil, consultoria contábil que 
inclui, além da contabilidade tradicional, a contabilidade tributária e a contabilidade gerencial.
Como podemos observar no quadro anterior, a Contabilidade é uma das Ciências com 
um campo de atuação bastante amplo. Sua atuação está inserida da microempresa à empresa 
de grande porte, porém, a realização profissional depende da atuação de cada um dentro da 
área escolhida.
Para tanto, o profissional deve possuir diversas habilidades. No cenário atual, a 
modernização do conhecimento é uma necessidade. Como exemplo, observa-se uma demanda 
crescente de profissionais para o terceiro setor; outro exemplo é a demanda por contadores 
com conhecimentos em contabilidade ambiental.
Como fato recente, destaca-se a alteração na legislação das sociedades anônimas com 
o advento da Lei nº 11.638/2007, que exige dos profissionais conhecimentos em contabilidade 
internacional, principalmente das práticas adotadas pelo International Accounting Standards 
Board – IASB.
O Brasil é um país de muitas empresas. E essas empresas, para obterem sucesso em 
sua trajetória, necessitam de instrumentos que a contabilidade pode oferecer com eficiência. 
Muitas empresas nascem a cada ano e sabemos também que muitas delas, por diversas 
razões, morrem até mesmo antes de completar o primeiro ano de vida. 
FIGURA 2 – CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL EM CONTABILIDADE
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De acordo com informações divulgadas pelo SEBRAE/SP publicadas no caderno de 
economia do jornal “A Tarde – on-line.” Disponível em: <http://www.atarde.com.br/economia/
noticia.jsf?id=5612132>, informa que: 
SEBRAE: 27% das empresas de SP fecham no 1º ano
 Agência Estado
De cada 100 empresas abertas no Estado de São Paulo, 27 fecham as portas ainda 
no primeiro ano de atividade. Essa é uma das conclusões do estudo sobre a sobrevivência 
e a mortalidade das empresas paulistas, divulgado hoje (25/08/2010) pelo Serviço Brasileiro 
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (SEBRAE-SP). No levantamento, 
a taxa de mortalidade das empresas no primeiro ano de funcionamento atingiu 27%. Há 12 
anos, quando o indicador passou a ser calculado, a taxa era ainda maior, de 35%.
Os dados divulgados hoje levaram em conta uma mostra de 3 mil empresas abertas 
entre os anos de 2003 e 2007. Os números sobre a mortalidade no primeiro ano de atividade 
referem-se às empresas abertas em 2007. Na avaliação dos dois primeiros anos de atividade 
(empresas abertas em 2006), 37% fecharam as portas. Em três anos (empresas fundadas 
em 2005), 46% encerraram as atividades.
De acordo com a pesquisa, no período de quatro anos (negócios abertos em 2004), 
50% das empresas do Estado de São Paulo fecharam as portas. Em cinco anos (empresas 
abertas em 2003), as atividades foram encerradas em 58% das empresas. Segundo o 
SEBRAE, em 2000, quando o indicador dos primeiros cinco anos passou a ser monitorado, 
a taxa de mortalidade das empresas era ainda pior, de 71%. Para a entidade, apesar das 
reduções nos índices desde então, as taxas de mortalidade das empresas ainda são altas 
no Estado.
Dificuldades
Entre os motivos alegados para as falências, 18% dos empresários citaram a falta de 
clientes e 10% a falta de capital. Os problemas de planejamento e de administração também 
foram citados por 10% dos empreendedores. Outros 9% alegaram a perda do único cliente 
da empresa e 8% destacaram problemas com sócios.
No primeiro ano de atividade, de acordo com a pesquisa do SEBRAE-SP, a principal 
dificuldade enfrentada foi a falta de clientes, conforme 29% dos empresários. Outros 21% 
citaram a falta de capital e 11% destacaram a falta de planejamento. A burocracia e os 
impostos foram lembrados por 7% dos empreendedores.
Apesar das dificuldades, o estudo revela uma melhora do perfil do gestor ao longo dos 
anos. Segundo o SEBRAE-SP, 83% dos que abriram um negócio formal em 2007 possuem 
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pelo menos o ensino médio completo - em 2000 eram 70%. 
Além disso, 78% abriram a empresa porque enxergaram uma oportunidade de 
negócio, e não apenas uma chance de sobrevivência. Em 2000, a porcentagem era de 
60%. “Precisamos continuar mobilizados, ampliando esforços de capacitação em gestão 
empresarial”, afirma Ricardo Tortorella, diretor-superintendente do SEBRAE-SP. “O que 
conseguimos até agora foi um avanço, mas ainda está aquém das necessidades do País e 
dos empreendedores.” 
De 1990 a 2008
Dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP), citados pelo SEBRAE-
SP, mostram que entre 1990 e 2008 foram abertas no Estado 2.603.233 empresas. Nestes 18 
anos, 1.650.953 empresas foram fechadas antes de completar o quinto ano de atividade.
Em muitos casos pode-se atribuir o insucesso dos empreendimentos à má administração, 
ocasionada pelo uso inadequado ou pelo desconhecimento das informações geradas pela 
contabilidade. Ninguém pode administrar corretamente se não tomar decisões corretas. Isso 
pode ser evitado com o uso eficiente da contabilidade, pois a contabilidade é um sistema que 
possibilita a geração de inúmeras informações. 
De acordo com Crepaldi (1995, p. 22), “a contabilidade é uma ciência concebida para 
coletar, registrar, resumir e interpretar dados e fenômenos que afetam as situações patrimoniais, 
financeiras e econômicas de qualquer entidade.”
Dentro dessa definição estão embutidos conceitos de gestão que interessam a quem 
usa esta ciência. São os conceitos de planejamento e controle
Assim, podemos dizer que planejamento é o conjunto de linhas de ação e a maneira 
de executá-las para alcance dos objetivos.
O planejamento é uma das funções que mais utilizam os dados contábeis. Para que se 
possa planejar o futuro, a organização necessita de informações relativas ao processo produtivo, 
como os custos, aos gastos com despesas administrativas,como telefonia, treinamento de 
funcionários, despesas legais, como o alvará de funcionamento, salários, encargos sobre 
salários, média de horas-extras nos períodos anteriores, consultoria, auditoria, tecnologia de 
informação, inventário, fluxo de materiais, entre outras.
 As informações relacionadas ao fluxo de caixa também são de fundamental importância 
no momento de executar o planejamento organizacional.
Já o controle é o acompanhamento das atividades da organização. Através dele, o gestor 
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observa se o comportamento da organização está de acordo com os planos traçados.
Segundo Chiavenato (1999), O controle representa o acompanhamento, monitoração 
e avaliação do desempenho organizacional para verificar se as coisas estão acontecendo de 
acordo com o que foi planejado, organizado e dirigido. 
Controle é a função administrativa relacionada com a monitoração das atividades a 
fim de manter a organização no caminho adequado para o alcance dos objetivos e permitir a 
correção necessária para atenuar os desvios (CHIAVENATO, 1999).
 A contabilidade, como guardiã dos dados, pode contribuir muito para esse processo.
Em uma empresa é possível determinar qual o caminho a seguir e, através do controle, 
observar se a política traçada está sendo cumprida. A contabilidade, como um sistema de geração 
de informações, auxilia verdadeiramente na disposição de informações para planejamento e 
controle das atividades empresariais.
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O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades 
econômico-administrativas. Seu objetivo é permitir o estudo, 
o controle e a apuração de resultados diante dos fatos 
decorrentes da gestão do Patrimônio das entidades econômico-
administrativas. A principal finalidade da contabilidade é 
fornecer informações de ordem econômica e financeira sobre 
o patrimônio, para facilitar a tomada de decisões por parte 
dos usuários. 
6 OS INTERESSADOS NAS 
 INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Os interessados nas informações contábeis são chamados de usuários da contabilidade. 
Os usuários são as pessoas que se utilizam da contabilidade, demonstram interesse pela 
situação da empresa e buscam na contabilidade suas respostas. Uma empresa não é algo 
isolado em um determinado meio. 
A partir do momento em que uma empresa nasce, ela começa a interagir com o meio 
que a cerca. Para sobreviver ela precisa ganhar dinheiro, conquistar clientes, relacionar-se 
com fornecedores e bancos, ter um bom relacionamento com os seus colaboradores, estar 
em dia com suas obrigações com o governo, ter uma boa relação com a comunidade onde 
está inserida. 
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Como exemplo, podemos verificar a figura a seguir:
FONTE: O autor
De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 01, que trata do 
Pronunciamento Conceitual Básico.
NBC-T1 ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Usuários e suas necessidades de informação
9. Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais e potenciais, 
empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, 
clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam as demonstrações contábeis para 
satisfazer algumas das suas diversas necessidades de informação. Essas necessidades 
incluem: 
(a) Investidores: os provedores de capital de risco e seus analistas, que se preocupam com o 
risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. Eles necessitam de informações 
para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter ou vender investimentos. Os acionistas 
também estão interessados em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem 
capacidade de pagar dividendos.
(b) Empregados: os empregados e seus representantes estão interessados em informações 
sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Também se interessam por 
informações que lhes permitam avaliar a capacidade que tem a entidade de prover sua 
remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas oportunidades de emprego. 
(c) Credores por empréstimos: estes estão interessados em informações que lhes permitam 
determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos e os correspondentes 
juros no vencimento. 
FIGURA 3 – USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
Empresa
(Contabilidade)
Investidores
Investidores
Fornecedores
Bancos
Clientes
Outros...
Empregados
Governo
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(d) Fornecedores e outros credores comerciais: os fornecedores e outros credores estão 
interessados em informações que lhes permitam avaliar se as importâncias que lhes são 
devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. Os credores comerciais, provavelmente, 
estarão interessados em uma entidade por um período menor do que os credores por 
empréstimos, a não ser que dependam da continuidade da entidade como um cliente 
importante. 
(e) Clientes: Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade operacional da 
entidade, especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com ela, ou dela 
dependem como fornecedor importante. 
(f) Governo e suas agências: os governos e suas agências estão interessados na destinação 
de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam também de informações, 
a fim de regulamentar as atividades das entidades, estabelecer políticas fiscais e servir 
de base para determinar a renda nacional e estatísticas semelhantes. 
(g) Público: as entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, por exemplo, 
fazer contribuição substancial à economia local de vários modos, inclusive empregando 
pessoas e utilizando fornecedores locais. As demonstrações contábeis podem ajudar 
o público fornecendo informações sobre a evolução do desempenho da entidade e os 
desenvolvimentos recentes. 
10. Embora nem todas as necessidades de informações desses usuários possam ser 
satisfeitas pelas demonstrações contábeis, há necessidades que são comuns a todos 
os usuários. Como os investidores contribuem com o capital de risco para a entidade, o 
fornecimento de demonstrações contábeis que atendam às suas necessidades também 
atenderá à maior parte das necessidades de informação de outros usuários.
11. A Administração da entidade tem a responsabilidade primária pela preparação e 
apresentação das suas demonstrações contábeis. A Administração também está 
interessada nas informações contidas nas demonstrações contábeis, embora tenha acesso 
a informações adicionais que contribuem para o desempenho das suas responsabilidades 
de planejamento, tomada de decisões e controle. Ela tem o poder de estabelecer a forma e 
o conteúdo de tais informações adicionais a fim de atender às suas próprias necessidades. 
A forma de divulgação de tais informações, entretanto, está fora do alcance desta Estrutura 
Conceitual. Não obstante, as demonstrações contábeis divulgadas são baseadas em 
informações utilizadas pela Administração sobre a posição patrimonial e financeira, o 
desempenho e as mutações na posição financeira a entidade. 
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 10 
nov. 2010.
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7 A ENTIDADE CONTÁBIL
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O texto seguinte foi transcrito do livro de Contabilidade Básica 
de autoria de José Carlos Marion (2004, p. 28) e nele teremos 
condições de entender e aprofundar o conceitode entidade 
contábil.
A contabilidade pode ser feita para Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. Considera-se 
pessoa, juridicamente falando, todo o ser capaz de direitos e obrigações.
Pessoa Física é a pessoa natural, é todo o ser humano, é todo o indivíduo (sem 
qualquer exceção). A existência da pessoa física termina com a morte.
Pessoa Jurídica é a união de indivíduos que, através de um contrato reconhecido 
por lei, formam uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus membros. As 
pessoas jurídicas podem ter fins lucrativos (empresas industriais, comerciais etc.) ou não 
(cooperativas, associações culturais, religiosas etc.). Normalmente as pessoas jurídicas 
denominam-se empresas.
A contabilidade, portanto, pode ser feita para um indivíduo – pessoa física (desde 
que haja necessidade em virtude do volume de negócios) – ou para uma empresa com ou 
sem fins lucrativos – pessoa jurídica.
Quando se faz contabilidade para pessoa física (embora não seja comum) ou pessoa 
jurídica, essa pessoa é denominada entidade contábil. Dessa forma, qualquer pessoa que 
tenha necessidade de contabilidade (e a contabilidade é mantida para essa pessoa) é 
chamada entidade contábil.
[...] assim, em primeiro lugar há a necessidade da existência da entidade contábil, 
ou seja, uma pessoa para quem é mantida a contabilidade. Não havendo entidade contábil, 
não há, evidentemente, a contabilidade aplicada.
[...] deduz-se que a contabilidade é mantida para a entidade como pessoa distinta 
dos sócios. A contabilidade é realizada para a entidade, devendo o contador fazer esforço 
para não misturar as movimentações da entidade com as dos proprietários. Pessoas físicas 
e jurídicas não devem ser confundidas.
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FONTE: O autor
Acima de tudo, entidade contábil é uma regra que deve ser observada com muito critério, 
para que haja a existência de uma boa contabilidade.
Também o Conselho Federal de Contabilidade - CFC assim se manifesta, de acordo 
com o art. 4º da Resolução nº 750/1993, a respeito do princípio contábil da entidade: “Art. 4° 
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a 
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo 
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos 
seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.”
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RESUMO DO TÓPICO 1
Muito bem. Aprendemos neste tópico que a contabilidade tem uma importante função 
na geração de informações para o processo de tomada de decisão. Para isso, coleta e registra 
os dados gerados pelas operações das entidades e fornece aos usuários interessados essas 
informações. Informações advindas do objeto de estudo da contabilidade, que é o patrimônio. 
Notamos também que, para haver a existência de uma boa contabilidade é necessário observar 
uma regra importante, chamada de entidade contábil.
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1 Cite três usuários da informação contábil.
2 O que é contabilidade? 
3 O Sr. Gil Gastatudo é um próspero empresário e ficou aborrecido com os relatórios 
contábeis apresentados pelo seu contador, pois, em um determinado período, sua 
empresa apresentou resultados negativos e começava a apresentar falta de dinheiro 
em caixa. 
O Sr. Gil chamou o contador para que lhe explicasse os motivos da falta de 
recursos.
Então o contador alegou que esses resultados negativos e falta de recursos 
se devem principalmente a uma operação realizada pela empresa do Sr. Gil, que foi a 
aquisição de um veículo Mercedes Benz, zero km, o qual foi dado de presente à sua 
querida esposa.
Diante disso, aponte o que deixou de ser observado pelo Sr. Gil e como o contador 
deverá observar a contabilidade de agora em diante.
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PATRIMÔNIO
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 2
UNIDADE 1
Prezado(a) acadêmico(a)!
Você já conhece a definição de contabilidade. Porém, quem pode me afirmar que sabe 
fazer contabilidade?
Alguém poderia dizer: Professor, é claro que não, contabilidade é difícil, muito 
complicada, além do que, existem muitos números... a economia brasileira está complicada... 
a carga tributária é alta demais... as nossas leis estão sempre alterando... é isso e é aquilo.
Pois bem. Eu digo que não. 
A contabilidade é fácil demais!
Está enganado quem pensa que a matemática, a economia, a carga tributária, a 
legislação e outras coisas mais dificultam o entendimento da contabilidade. As variáveis citadas 
não interferem na estrutura conceitual da contabilidade, que é definitiva e não muda a todo 
momento. 
Digo ainda que o ato de fazer contabilidade faz parte do cotidiano de todas as 
pessoas. 
Você não acredita nisso? 
Pois é a mais pura verdade, nós fazemos indiretamente contabilidade todos os dias e 
não percebemos. Faz parte do cotidiano de todas as pessoas. 
Como assim, professor?
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Car(a) acadêmico(a), nós trabalhamos, portanto, temos salários a receber, é um direito que 
temos de no final do mês recebermos nosso rico dinheiro. Quando não trabalhamos, eventualmente 
ganhamos alguma “mesada” de nossos pais, tios, irmãos... etc. Quando nós recebemos o nosso 
dinheiro, pagamos as nossas dívidas, tais como: a mensalidade da universidade, plano de saúde, 
escolas das crianças, impostos, consórcios, prestações em lojas, fatura do cartão de crédito, 
e temos ainda as despesas com as contas de luz, água, telefone, internet e outros gastos com 
farmácias, açougues, supermercados, postos de combustíveis etc.
Temos também nossas propriedades: casas, terrenos, motocicleta, bicicleta, automóvel 
etc.
Temos ainda, em eventuais sobras de dinheiro, investimentos como: aplicações 
financeiras, caderneta de poupança, ações de empresas etc.
Eventualmente, quando não temos dinheiro suficiente, buscamos recursos com terceiros, 
como, por exemplo, financiamentos em bancos, saldo devedor do cheque especial, empréstimos 
de dinheiro com os pais, tios, primos, amigos etc. 
Pare um pouco, professor! Que tribulação! Estou ficando maluco!
Percebeu o nosso corre-corre de todo mês? Temos que ter um controle sobre tudo 
isso, certo? Precisamos, também, ter um planejamento de nossas atividades para que tudo 
corra bem, certo?
Sim, e esse controle e planejamento nada mais é do que efetuarmos a nossa 
contabilidade, e todos fazem isso sempre da melhor forma possível.
O planejamento adequado e controle levam a informações confiáveis e precisas para 
uma tomada de decisão eficiente. 
2 CONCEITO DE PATRIMÔNIO
A contabilidade nada mais é do que um instrumento que tem a finalidade de planejar 
e controlar o patrimônio das entidades (pessoas físicas e jurídicas), com o objetivo de gerar 
informações para subsidiar a tomada de decisões.
Falamos antes em planejamento e controle do patrimônio. Mas o que vem a ser 
patrimônio?
Para entendermos o patrimônio, inicialmente iremos estudá-lo através de uma 
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representação gráfica, apresentada a seguir, chamada de Balanço Patrimonial:
O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, e por 
meio dela podemos identificar/apurar a situação patrimonial e financeira de uma entidade em 
determinado momento. 
Poderemos montar até o nosso balanço, onde veremos que realmente a gente sabe 
fazer contabilidade. Vamos nessa?
Como a nossa contabilidade é pessoal, vamos demonstrá-la o mais pessoalmente 
possível, portanto, precisamos conhecer algumas definições:
Patrimônio – é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma entidade 
(pessoa física ou jurídica). São elementos que convencionalmente chamamos de riquezas, 
por serem raros, úteis, fungíveis (característica de troca), tangíveis (possuem forma física), 
desejáveis, avaliados em moeda.
Bens – é tudo o que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça necessidades 
humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Do ponto de vista contábil, bens são todos os 
objetos que uma empresa possui, seja para uso, troca ou consumo.
 
Os bens podem ser classificados em tangíveis e intangíveis. 
Os bens tangíveis são aqueles que possuem forma física, são corpóreos, são palpáveis. 
Por sua vez, dividem-se em bens móveis, os que podem ser removidos de seu lugar, como, 
por exemplo: mesas, veículos, mercadorias, dinheiro, computadores, etc., e bens imóveis, 
que são os que não podem ser deslocados de seu lugar natural, por exemplo, edifícios e 
construções, terrenos etc. 
Os bens intangíveis são aqueles que embora são considerados bens, não possuem 
existência física, não são palpáveis, não são constituídos de matéria, porém, representam um 
bem significativo para as empresas. São determinados gastos que a empresa faz, os quais, 
pela sua natureza, devem ser considerados parte integrante e, por esse motivo, são registrados 
pela contabilidade como bens.
Balanço Patrimonial
(lado esquerdo) (lado direito)
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São intangíveis as marcas, e como exemplo temos algumas 
bastante conhecidas, como a Coca-cola, Perdigão, Nestlé e Sadia. 
As marcas possuem um grande poder de geração de recursos/
riqueza a quem as explora. São intangíveis também as patentes de 
invenção (direito de explorar uma invenção), os direitos autorais, 
o ponto comercial ou fundo de comércio etc.
Direitos – constituem direitos para as entidades todos os valores a receber de terceiros. 
Esses direitos geralmente aparecem seguidos da expressão “a receber”. Como exemplo: 
duplicatas a receber, promissórias a receber etc. No âmbito empresarial esses direitos surgem 
na maioria das vezes após a realização de uma venda a prazo aos clientes. No âmbito pessoal 
passamos a ter um direito no final do mês, após um mês de trabalho. Temos direito de receber 
nosso salário, normalmente, no quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado.
Os bens e direitos irão figurar no lado esquerdo do balanço. Sendo assim, nosso 
patrimônio, representado graficamente pelo balanço patrimonial, ficará expresso assim:
Obrigações – são dívidas ou compromissos assumidos perante terceiros, ou bens de 
terceiros que se encontram em nossa posse, e deverão ser pagos ou liquidados em data futura 
preestabelecida. 
É comum, nas empresas, a ocorrência de compras a prazo. Quando isso ocorre, a 
empresa não paga a compra no ato. Nesse caso, a empresa fica com a obrigação de pagar 
a compra no prazo determinado. Essas obrigações geralmente aparecem com nomes dos 
elementos seguidos da expressão “a pagar”.
Balanço Patrimonial
Bens 
 Dinheiro em caixa
 Marcas
 Máquinas
 Veículos
 Imóvel 
 Mercadorias no estoque
Direitos
 Duplicatas a receber
 Aluguéis a receber
 Promissórias a receber
(lado direito)
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Como exemplo de obrigações, temos: duplicatas a pagar, impostos 
a pagar, empréstimos a pagar, salários a pagar, promissórias a 
pagar etc.
As obrigações, por sua vez, serão relacionadas no lado direito do balanço. Assim ficará 
representado no balanço patrimonial:
Muito bem. Vamos fazer nossa contabilidade? 
Com os conhecimentos obtidos até o momento, podemos então estruturar nosso balanço. 
Vamos imaginar, agora, que um de nós possua a seguinte situação em 01/03/2010:
Financiamento da casa a pagar 15.550,00 
Dinheiro no bolso 370,00
Salário de fevereiro/2010 a receber 2.500,00
Um automóvel Fiat Uno 12.000,00
Uma casa residencial 70.000,00
Conta a pagar na boutique “chique no último” 500,00
Plano de Saúde a pagar 130,00
Mensalidade da escola a pagar 325,00
Dinheiro no banco em conta de poupança 4.500,00
Cartão de crédito a pagar 455,00
Balanço Patrimonial
Bens 
 Dinheiro em caixa
 Marcas
 Máquinas
 Veículos
 Imóvel 
 Mercadorias no estoque
Direitos
 Duplicatas a receber
 Aluguéis a receber
 Promissórias a receber 
Obrigações 
 Duplicatas a pagar a fornecedores
 Empréstimos bancários a pagar
 Salários a pagar
 Impostos a pagar
 Encargos sociais a pagar
 Promissórias a pagar
 Contas a pagar
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Assim teremos nosso patrimônio apresentado no balanço patrimonial a seguir e com a 
observância dos aspectos qualitativos (consiste em qualificar/denominar os bens, direitos e 
obrigações) e quantitativos (consiste em dar aos bens, direitos e obrigações seus respectivos 
valores) do patrimônio:
Notamos em nosso balanço que o lado esquerdo é maior que o lado direito (89.370,00 
> 16.960,00), ou seja, as coisas boas superam as ruins, não é mesmo? 
Então vimos que o nosso patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações. A 
contabilidade se preocupa e estuda o patrimônio em seus aspectos qualitativos e quantitativos. 
O aspecto qualitativo consiste em especificar, segundo a natureza de cada um, os bens, os 
direitos e as obrigações que foram devidamente qualificados, isto é, especificados segundo 
a natureza de cada um. O aspecto quantitativo consiste em dar a esses bens, direitos e 
obrigações, seus respectivos valores, levando a conhecer o valor do patrimônio da entidade. 
Tais aspectos permitem uma informação mais precisa do tamanho do patrimônio da 
empresa, pois assim podemos responder quanto de dinheiro possuímos, qual o valor dos 
imóveis, quais são os valores que temos a receber, qual é o valor das dívidas, e assim por 
diante. Assim fica mais fácil avaliar qual é o tamanho do nosso patrimônio.
Balanço Patrimonial – 01/03/2010
Bens e Direitos Obrigações
Caixa 370,00 Financiamento a pagar 15.550,00
Bancos 4.500,00 Plano de saúde a pagar 130,00
Salários a receber 2.500,00 Mensalidades a pagar 325,00
Automóvel 12.000,00 Contas a pagar 500,00
Imóvel residencial 70.000,00 Cartão de crédito a pagar 455,00
Total 89.370,00 Total 16.960,00
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico estudamos e aprendemos que:
● O patrimônio é o conjunto de bens, mais direitos e obrigações.
● Os bens são as coisas boas do patrimônio e são divididos em tangíveis e intangíveis.
● Os direitos são as coisas que temos a receber dos outros.
● As obrigações são as coisas negativas do patrimônio e em um determinado momento temos 
que pagá-las.
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1 Conceitue patrimônio.
2 Elabore o seu balanço relacionandoseu bens, seus valores a receber e suas contas 
a pagar. Faça a totalização e responda às questões a seguir:
a) Quanto é o total dos seus bens? __________
b) Você possui bens intangíveis: ( ) não ( ) sim. Se sim, qual é o valor? ________
c) Quanto é o total de seus bens tangíveis? _____________
d) Quanto é o total de seus direitos? ______________
Balanço Patrimonial – Em: ___/___/200_
Bens e Direitos Obrigações
Total dos Bens e Direitos Total das Obrigações
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O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO
1 INTRODUÇÃO
2 ATIVO
TÓPICO 3
UNIDADE 1
A partir de agora, dando continuidade ao estudo do patrimônio, iremos analisar, com 
mais profundidade, que o balanço possui algumas configurações resultantes do confronto 
entre os bens, direitos e obrigações, as quais irão resultar em alguns estados patrimoniais 
favoráveis e desfavoráveis às entidades. Estudaremos também como é medida a riqueza de 
uma entidade, através do balanço patrimonial.
Você já ouviu alguém falar: aquela pessoa é muito inteligente, trabalhadora, ativa, 
esperta. Claro que já. São qualidades positivas, de coisa boa, certo? Então vamos chamar o 
lado esquerdo do balanço patrimonial de Ativo (sinônimo de coisa boa, positiva). Se o Ativo 
é coisa boa e positiva, nós vamos colocar no lado esquerdo os nossos bens e direitos, certo? 
Assim, então, o ativo, em um primeiro momento, compreende o conjunto de bens e direitos 
de uma entidade. 
Avançando um pouco mais no conceito de ativo, relatamos a seguir, de acordo com o 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC n. 1, que trata da estrutura conceitual básica 
para elaboração das demonstrações contábeis.
 Exporemos como segue: Ativo é um recurso controlado pela entidade como 
resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios 
econômicos para a entidade.
Segue ainda:
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Elementos das Demonstrações Contábeis
Ativos
53. O benefício econômico futuro embutido em um ativo é o seu potencial em contribuir, direta 
ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal potencial 
poderá ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades operacionais da 
entidade. Poderá também ter a forma de conversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa 
ou poderá, ainda, ser capaz de reduzir as saídas de caixa, como no caso de um processo 
industrial alternativo que reduza os custos de produção. 
54. A entidade geralmente usa os seus ativos na produção de mercadorias ou prestação 
de serviços capazes de satisfazer os desejos e necessidades dos clientes. Tendo em vista 
que essas mercadorias ou serviços podem atender aos seus desejos ou necessidades, os 
clientes se dispõem a pagar por eles e contribuir assim para o fluxo de caixa da entidade. 
55. Os benefícios econômicos futuros de um ativo podem fluir para a entidade de diversas 
maneiras. Por exemplo, um ativo pode ser: 
a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de mercadorias e serviços 
a serem vendidos pela entidade; 
b) trocado por outros ativos; 
c) usado para liquidar um passivo; ou 
d) distribuído aos proprietários da entidade. 
56. Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais, têm uma substância 
física. Entretanto, substância física não é essencial à existência de um ativo; dessa forma, 
as patentes e direitos autorais, por exemplo, são ativos, desde que deles sejam esperados 
benefícios econômicos futuros para a entidade e que eles sejam por ela controlados. 
57. Muitos ativos, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão ligados a direitos legais, 
inclusive o direito de propriedade. Ao determinar a existência de um ativo, o direito de 
propriedade não é essencial; assim, por exemplo, um imóvel objeto de arrendamento é um 
ativo, desde que a entidade controle os benefícios econômicos provenientes da propriedade. 
Embora a capacidade de uma entidade controlar os benefícios econômicos normalmente 
seja proveniente da existência de direitos legais, um item pode satisfazer a definição de 
um ativo mesmo quando não há controle legal. Por exemplo, o know-how obtido por meio 
de uma atividade de desenvolvimento de produto pode satisfazer a definição de ativo 
quando, mantendo o know-how em segredo, a entidade controla os benefícios econômicos 
provenientes desse ativo.
58. Os ativos de uma entidade resultam de transações passadas ou outros eventos passados. 
As entidades normalmente obtêm ativos comprando-os ou produzindo-os, mas outras 
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transações ou eventos podem gerar ativos; por exemplo: um imóvel recebido do governo como 
parte de um programa para fomentar o crescimento econômico da região onde se localiza a 
entidade ou a descoberta de jazidas minerais. Transações ou eventos previstos para ocorrer 
no futuro não podem resultar, por si mesmos, no reconhecimento de ativos; por isso, por 
exemplo, a intenção de adquirir estoques não atende, por si só, à definição de um ativo. 
59. Há uma forte associação entre incorrer em gastos e gerar ativos, mas ambas as atividades 
não necessariamente coincidem entre si. Assim, o fato de uma entidade ter incorrido num 
gasto pode fornecer evidência da sua busca por futuros benefícios econômicos, mas não é 
prova conclusiva de que a definição de ativo tenha sido obtida. Da mesma forma, a ausência 
de um gasto não impede que um item satisfaça a definição de ativo e se qualifique para 
reconhecimento no balanço patrimonial; por exemplo, itens que foram doados à entidade 
podem satisfazer a definição de ativo.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 10 
nov. 2010.
3 PASSIVO
E quando você ouve alguém falar: aquela pessoa é preguiçosa, passiva, lenta, sem 
vontade de nada. São qualidades negativas, de coisa ruim, então chamaremos o lado direito 
do balanço patrimonial de Passivo (sinônimo de coisa ruim, negativa). Se o Passivo é coisa 
ruim e negativa, nós sempre iremos colocar deste lado as nossas obrigações (dívidas), certo?
Assim será representado nosso balanço patrimonial: no lado esquerdo o ATIVO, composto 
pelos bens e direitos, e no lado direito o PASSIVO, representado pelas obrigações.
Indo um pouco mais além no conceito de passivo, relatamos a seguir, de acordo com o 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC n. 1, que trata da Estrutura Conceitual Básica 
Balanço Patrimonial – 01/03/2007
ATIVO PASSIVO
 Caixa 370,00 Financiamento a pagar 15.550,00
 Bancos 4.500,00 Plano de saúde a pagar 130,00
 Salários a receber 2.500,00 Mensalidades a pagar 325,00
 Automóvel 12.000,00 Contas a pagar 500,00
 Imóvel residencial 70.000,00 Cartão de crédito a pagar 455,00
Total 89.370,00 Total 16.960,00
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para Elaboração das Demonstrações Contábeis, relatamos como segue: “Passivo é uma 
obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera 
que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.”
Segue ainda o pronunciamento sobre o passivo:
Elementos de Demonstrações Contábeis
Passivos
60. Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha 
uma obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer 
de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de um 
contrato ou de requisitosestatutários. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas 
a pagar por mercadorias e serviços recebidos. Obrigações surgem também de práticas 
usuais de negócios, usos e costumes e o desejo de manter boas relações comerciais ou agir 
de maneira equitativa. Se, por exemplo, uma entidade decide, por uma questão de política 
mercadológica ou de imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos 
tenham se tornado conhecidos depois que expirou o período da garantia, as importâncias 
que espera gastar com os produtos já vendidos constituem-se passivos.
 
61. Deve-se fazer uma distinção entre uma obrigação presente e um compromisso futuro. 
A decisão da Administração de uma entidade de adquirir ativos no futuro não constitui, por 
si só, uma obrigação presente. A obrigação normalmente surge somente quando o ativo é 
recebido ou a entidade assina um acordo irrevogável de aquisição do ativo. Neste último caso, 
a natureza irrevogável do acordo significa que as consequências econômicas de deixar de 
cumprir a obrigação, por exemplo, por causa da existência de uma penalidade significativa, 
deixem a entidade com pouca ou nenhuma alternativa para evitar o desembolso de recursos 
em favor da outra parte. 
62. A liquidação de uma obrigação presente geralmente implica na utilização, pela entidade, 
de recursos capazes de gerar benefícios econômicos a fim de satisfazer o direito da outra 
parte. A extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, 
por meio de: 
a) pagamento em dinheiro; 
b) transferência de outros ativos; 
c) prestação de serviços; 
d) substituição da obrigação por outra; ou 
e) conversão da obrigação em capital. 
Uma obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia 
do credor ou pela perda dos seus direitos creditícios.
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63. Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a 
aquisição de mercadorias e o uso de serviços resultam em contas a pagar (a não ser que 
pagos adiantadamente ou na entrega) e o recebimento de um empréstimo resulta na obrigação 
de liquidá-lo. Ou uma entidade pode ter a necessidade de reconhecer como passivo futuros 
abatimentos baseados no volume das compras anuais dos clientes; nesse caso, a venda 
das mercadorias no passado é a transação da qual deriva o passivo. 
64. Alguns passivos somente podem ser mensurados com o emprego de um elevado grau de 
estimativa. No Brasil esses passivos são descritos como provisões. A definição de passivo, 
constante do item 49, tem um enfoque amplo e, assim, se a provisão envolve uma obrigação 
presente e satisfaz os demais critérios da definição, ela é um passivo, ainda que seu valor 
tenha que ser estimado. Exemplos incluem provisões por pagamentos a serem feitos para 
satisfazer acordos com garantias em vigor e provisões para fazer face a obrigações de 
aposentadoria.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 10 
nov. 2010.
4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em nosso balanço patrimonial “pessoal” elaborado anteriormente, notamos claramente 
a situação patrimonial no dia 01/03/2007. A pessoa em questão tem bens e direitos (ativo = 
coisas boas) no valor de R$ 89.370,00 e tem dívidas (passivo = coisas ruins) no valor de R$ 
16.960,00. Podemos dizer que a situação desta pessoa é bem confortável, pois ela tem muito 
mais coisas boas (ativo) do que coisas ruins (passivo).
Se a gente observar bem esse “Balanço”, perceberemos que o mesmo ainda não está 
completo, pois tem um detalhe tão claro nele que não poderíamos deixar de registrá-lo.
O que será que é?
Como já vimos anteriormente, o total das coisas boas (ativo) é bem maior do que o 
total das coisas ruins (passivo), dando uma diferença positiva de R$ 72.410,00 (89.370,00 
– 16.960,00). Certo? Sim, e isso quer dizer que poderemos transformar essa diferença em 
“dinheiro vivo”, isso mesmo, “grana limpa” na nossa mão, que poderíamos chamar de superávit, 
ou lucro, ou ainda de patrimônio líquido.
Portanto, o patrimônio líquido é igual aos bens mais direitos, menos as obrigações. 
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Esta diferença, já implícita no lado direito do nosso balanço, nós a tornaremos explicita 
para estabelecer uma igualdade com o lado esquerdo, portanto, o Ativo será sempre igual 
ao Passivo mais o Patrimônio Líquido, pois as nossas “coisas boas” serão sempre iguais à 
somatória das “coisas ruins” com o nosso “patrimônio líquido”. Assim, temos:
Sacou por que o lado direito do balanço será sempre igual ao lado esquerdo? Sim. Pois 
para que haja o equilíbrio entre os lados, surge o Patrimônio Líquido ou situação líquida, que 
demonstra, por sua vez, qual é a verdadeira riqueza do patrimônio em questão. 
Pois bem. Assim poderemos apresentar a você a equação básica do Patrimônio Líquido 
(PL):
PL = Bens + Direitos - Obrigações
PL = 86.870,00 + 2.500 - 16.960,00
PL = 72.410,00
PL = ATIVOS - PASSIVOS
PL = 89.370,00 - 16.960,00
PL = 72.410,00
Ou ainda...
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Cabe lembrar que tudo o que vimos anteriormente, aplicado a 
uma situação particular, cada um de nós, as pessoas físicas em 
geral, vale também para as empresas ou pessoas jurídicas.
Balanço Patrimonial – 01/03/2007
ATIVO PASSIVO
 Caixa 370,00 Financiamento a pagar 15.550,00
 Bancos 4.500,00 Plano de saúde a pagar 130,00
 Salários a receber 2.500,00 Mensalidades a pagar 325,00
 Automóvel 12.000,00 Contas a pagar 500,00
 Imóvel residencial 70.000,00 Cartão de crédito a pagar 455,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 72.410,00
Total 89.370,00 Total 89.370,00
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Da mesma forma, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC nº. 01, que trata 
da Estrutura Conceitual Básica para Elaboração das Demonstrações Contábeis (NBC-T-1), 
conceitua o Patrimônio Líquido da seguinte forma: “Patrimônio Líquido é o valor residual dos 
ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.”
Segue ainda o pronunciamento sobre o Patrimônio Líquido:
65. Embora o patrimônio líquido seja definido no item 49 como um valor residual, ele pode 
ter subclassificações no balanço patrimonial. Por exemplo, recursos aportados pelos sócios, 
reservas resultantes de apropriações de lucros e reservas para manutenção do capital podem 
ser demonstrados separadamente. Tais classificações podem ser importantes para a tomada 
de decisão dos usuários das demonstrações contábeis quando indicarem restrições legais 
ou de outra natureza sobre a capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de 
outra forma os seus recursos patrimoniais. Podem também refletir o fato de que acionistas 
de uma entidade tenham direitos diferentes em relação ao recebimento de dividendos ou 
reembolso de capital.
 
66. A constituição de reservas é, às vezes, exigida pelo estatuto ou por lei para dar à entidade 
e seus credores uma margem maior de proteção contra os efeitos de prejuízos. Outras 
reservas podem ser constituídas em atendimento a leis que concedem isenções ou reduções 
nos impostos a pagar quando são feitas transferências para tais reservas. A existência e o 
valor de tais reservas legais, estatutárias e fiscais representam informações que podem ser 
importantes para a tomada de decisão dos usuários. As transferências para tais reservas 
são apropriações de lucros acumulados, portanto, não constituem despesas.
67. O valor pelo qual o patrimônio líquido é apresentado no balanço patrimonialdepende da 
mensuração dos ativos e passivos. Normalmente, o valor do patrimônio líquido somente por 
coincidência é igual ao valor de mercado das ações da entidade ou da soma que poderia 
ser obtida pela venda dos seus ativos e liquidação de seus passivos numa base de item por 
item, ou da entidade como um todo, numa base de continuidade operacional. 
68. Atividades comerciais e industriais, bem como outros negócios são frequentemente 
exercidos por meio de firmas individuais, sociedades limitadas, entidades estatais e outras 
organizações cuja estrutura legal e regulamentar pode ser diferente daquela aplicável às 
sociedades por ações. Por exemplo, pode haver poucas restrições, ou nenhuma, sobre a 
distribuição aos proprietários ou outros beneficiários de importâncias incluídas no patrimônio 
líquido. Independentemente desses fatos, a definição de patrimônio líquido e os outros 
aspectos desta Estrutura Conceitual que tratam do patrimônio líquido são igualmente 
aplicáveis a tais entidades.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 10 
nov. 2010.
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Prezado(a) acadêmico(a), você viu que aquilo que considera muito difícil, executa 
diariamente com maestria e, digo-lhe ainda, que a contabilidade individual em nada difere da 
estrutura básica da contabilidade de uma empresa. A diferença está que na contabilidade de 
uma empresa as transações efetuadas têm que ser formais, ou seja, têm que ter os lançamentos 
contábeis, as contas, os livros contábeis para registrar tais operações. 
O importante é você ter a ideia da estrutura contábil na cabeça, daí a formalização da 
movimentação fica muito fácil. Por isso, visualize sempre o patrimônio das entidades (pessoas 
físicas e jurídicas), no balanço patrimonial, tendo do seu lado esquerdo (ATIVO) os seus bens 
e direitos (coisas boas) e do seu lado direito (PASSIVO) as suas dívidas (coisas ruins) e a sua 
riqueza líquida (PATRIMÔNIO LÍQUIDO). 
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1 O que é Patrimônio Líquido? 
2 Considere a autoatividade de número 2 do tópico anterior, aplique em seu patrimônio 
a equação básica do Patrimônio Líquido e descubra-o:
3 Classifique os elementos patrimoniais no quadro a seguir, de acordo com:
1 – Bens, Direitos ou Obrigações.
2 – Ativo ou Passivo.
3 – Positivo ou Negativo.
PL = Bens + Direitos - Obrigações
PL = 
Elementos 1 2 3
Salários a pagar Obrigações Passivo Negativo
Dinheiro no banco
Duplicatas a receber
FGTS a recolher
Estoque de mercadorias
Microcomputadores
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Mesa e cadeiras Bens Ativo Positivo
Empréstimos a pagar
Máquinas e equipamentos
Promissórias a pagar
Dinheiro em caixa
Terrenos
Veículos
5 OS DIVERSOS ESTADOS PATRIMONIAIS
5.1 SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA
Pois bem. Esse novo elemento chamado de patrimônio líquido, juntamente com os bens, 
com os direitos e com as obrigações, completará a nossa representação gráfica do patrimônio, 
permitindo que o total do lado esquerdo seja igual ao total do lado direito, dando-lhe forma de 
equação. Falando nisso, uma já é conhecida (PL = Ativo – Passivo). Porém, existem outras 
possibilidades em que o patrimônio pode ser encontrado. Vamos ver?
Esta situação ocorre quando a soma dos bens mais os direitos se sobrepõe às 
obrigações, ou seja, quando o ativo é maior que o passivo. 
ATIVO
Bens + Direitos
> PASSIVO
Obrigações 
SITUAÇÃO 
LÍQUIDA
POSITIVA
50.000,00 + 3.000,00 10.000,00 43.000,00
No Balanço teremos:
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Suponhamos que o dono dessa empresa, a Cia UNI, resolvesse neste momento liquidá-
la, vendendo todos os bens ao preço que custam; conseguirá obter o valor de 50.000,00; 
vendendo os direitos conseguirá mais 3.000,00, acumulará assim 53.000,00. Pagará todas as 
suas obrigações no valor de 10.000,00, restará para ele a importância de 43.000,00.
5.2 SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA
A situação líquida negativa ocorre quando o total das dívidas é superior à soma dos bens 
e direitos. Pode ser chamada de situação líquida negativa, situação líquida passiva, situação 
líquida deficitária, ou ainda, passivo a descoberto. Vejamos a seguir:
ATIVO
Bens + Direitos
<
PASSIVO
Obrigações 
SITUAÇÃO 
LÍQUIDA
NEGATIVA
40.000,00 + 2.000,00 60.000,00 18.000,00
No Balanço teremos:
Neste caso, se o proprietário dessa empresa resolvesse liquidá-la, conseguirá apurar 
42.000,00. Para saldar as dívidas precisará de 60.000,00, tendo em mãos apenas 42.000,00, 
Balanço Patrimonial – 31/01/2007
Cia. UNI
ATIVO PASSIVO
 Bens 50.000,00 Obrigações 10.000,00
 Direitos 3.000,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43.000,00
Total 53.000,00 Total 53.000,00
Balanço Patrimonial – 31/01/2007
Cia. UNI
ATIVO PASSIVO
 Bens 40.000,00 Obrigações 60.000,00
 Direitos 2.000,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (18.000,00)
Total 42.000,00 Total 42.000,00
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5.3 SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA
faltarão 18.000,00. Portanto, a situação líquida é deficitária, ou seja, o total dos elementos 
positivos é insuficiente para saldar os compromissos assumidos pela empresa. A expressão 
passivo a descoberto representa a insuficiência do ativo para cobrir o passivo. 
Esta situação é pouco comum, porém ocorre com algumas empresas. Poderíamos dizer 
que a empresa acima, a Cia UNI, está quebrada? Não. Ela poderá apresentar uma situação 
desfavorável e assim mesmo poderá desenvolver suas atividades normalmente. Cabe destacar 
que se ela permanecer por muito tempo nesta situação, poderá ter sérios problemas e ser uma 
séria candidata a “fechar suas portas”.
A situação líquida nula ocorre quando o ativo corresponde ao mesmo valor que o passivo, 
inexistindo situação líquida. Vejamos a seguir:
ATIVO
Bens + Direitos
= PASSIVO
Obrigações 
SITUAÇÃO 
LÍQUIDA
NULA
38.000,00 + 7.000,00 45.000,00 0,00
No Balanço teremos:
Se houvesse a liquidação da Cia UNI, teríamos exatamente o suficiente para quitar 
todas as dívidas, não restando nada para o proprietário.
Balanço Patrimonial – 31/01/2007
Cia. UNI
ATIVO PASSIVO
 Bens 38.000,00 Obrigações 45.000,00
 Direitos 7.000,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 0,00
Total 45.000,00 Total 45.000,00
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ALFABETIZAÇÃO FINANCEIRA
Robert T. Kiyosaki 
Sharon L. Lechter
O QUE REALMENTE É UM ATIVO?
O que nos ensinam, de geração em geração, é que o Amor ao dinheiro é a raiz de todo 
o Mal. Mas pensemos melhor, “é o Amor ao Dinheiro, não o Dinheiro propriamente falando”.
Uma das razões pelas quais os ricos ficam mais ricos, os pobres mais pobres e a 
classe média luta com dívidas, é que o assunto dinheiro não é ensinado nem em casa, nem 
na escola. As escolas se concentram nas habilidades acadêmicas e profissionais, mas não 
em habilidades financeiras. 
Estude arduamente, sim, mas não para trabalhar numa boa empresa. Tenha competência 
financeira. Aprenda a administrar o Risco na Vida e o Enfrente. Nunca pare! As pessoas moldam 
suas vidas por meio de seus pensamentos. Pense diferente!
Há uma diferença entre ser pobre e estar quebrado. Estar quebrado é algo temporário, 
ser pobre é algo eterno. Quer ganhar dinheiro? Precisa aprender! Aprender a gerar dinheiro; 
a conservá-lo, e não somente ganhá-lo!
O dinheiro vem e vai, mas se você tiver sido educado quantoao funcionamento do 
dinheiro, você adquire poder sobre ele e pode começar a construir riqueza.
O que eu sou? Um marco! Eu faço a diferença. Eu sou importante. Pense assim! Tudo 
começa em Você!
Se você não puder se decidir logo, não vai aprender nunca a ganhar dinheiro. 
O Tempo é um dos melhores mestres, só que ele termina matando todos os seus 
discípulos. A maioria das pessoas quer que todos no mundo mudem, menos elas próprias. Se 
perceber que você é o problema, então poderá modificar a si mesmo, aprender alguma coisa 
e tornar-se mais sábio. É mais fácil mudar a si próprio que a todos os demais. Se você não 
aprender, passará a vida culpando um emprego, um baixo salário ou o seu chefe pelos seus 
problemas. Passará sua vida esperando por um golpe de sorte que resolva seus problemas 
de dinheiro.
Segurança é Ilusão, a única certeza no mundo é que tudo está mudando, e este processo 
LEITURA COMPLEMENTAR
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não para NUNCA. Todos, em algum momento na Vida, teremos que arriscar. O medo do que 
virá, do desconhecido, é inerente ao ser humano, porém precisamos arriscar! E arriscar - É 
tomar decisões!
Acredito que nossa Vida é construída nos momentos em que resolvemos DECIDIR.
Pai Rico. Pai Pobre
O autor coloca esse título, visto que ele obteve ao longo de sua vida duas visões como 
administrar o seu dinheiro. Uma do Pai “Rico” de seu amigo (pai que estava lutando para 
construir algo); e a visão do seu Pai “Pobre” (seguro num emprego e que sempre lutava para 
melhorar de vida substituindo o emprego por outro em que se ganha mais). 
No livro ele narra e cita muitos exemplos, de como, desde os nove anos, ele se interessou 
por dinheiro e como pediu ao Pai Rico, juntamente com o seu melhor amigo (o filho do pai rico) 
para lhe ensinar a ganhar dinheiro. E o Pai Rico aguçou neles a instrução financeira; instigou 
neles a procura do saber.
Deixando sempre bem claro que o investimento que eles tinham de mais importante é 
o que estava entre suas orelhas: sua mente!
Lição Nº 1: Os Ricos não Trabalham por Dinheiro.
Os pobres e a classe média trabalham por dinheiro. Os ricos fazem o dinheiro trabalhar 
para eles.
É o medo que faz a maioria das pessoas trabalhar num emprego. O medo de não pagar 
as contas. O medo de ser mandado embora. O medo de não ter dinheiro suficiente. O medo 
de começar de novo.
Esse é o preço de aprender uma profissão ou habilidade e então trabalhar pelo dinheiro. 
A maioria das pessoas se torna escrava do dinheiro... e fica zangada com o patrão.
Passar a vida com medo, não explorando jamais seus sonhos, é cruel. Trabalhar 
arduamente por dinheiro, pensando que este comprará aquilo que lhes trará felicidade, é 
também cruel.
Veja como o dinheiro conduz a vida das pessoas. Não deixe o dinheiro dominar suas 
vidas. Acordar no meio da noite, apavorado com as contas a pagar, é uma forma de vida horrível. 
Viver uma vida determinada pelo montante de seu contracheque não é realmente viver. 
Pensar que um emprego o fará sentir-se seguro é mentir para você mesmo.
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As escolas estão preocupadas em ensinar as pessoas a trabalhar pelo dinheiro e não 
a controlar o poder do dinheiro. O emprego é uma solução a curto prazo para um problema 
de longo prazo. Você precisará de dinheiro a sua vida inteira, por isso longo prazo. E você 
precisa se decidir sobre isso.
Há o medo e a ignorância em relação ao dinheiro. Da mesma forma que faziam seus 
pais, eles acordam toda manhã e vão trabalhar por dinheiro. Não têm tempo de se perguntar 
se há outra maneira. Suas emoções estão no controle de seu pensamento, não suas cabeças. 
Ouvimos coisas como: “Bem, todo o mundo tem que trabalhar”. Ou: “Os ricos são desonestos”. 
Ou: “Vou procurar outro emprego”. Ou: “Eles não vão me passar para trás”. Ou: “Gosto deste 
emprego porque é seguro”. Em lugar de perguntar com “O que é que estou perdendo aqui?”, 
o que interromperia o Pensamento Irracional e daria tempo de pensar com clareza.
O dinheiro é uma ilusão, como a cenoura para o burro puxar a carroça. O dinheiro é 
uma ficção. É em virtude do medo e da ambição que milhões de pessoas aceitam a ilusão de 
que o dinheiro é real. 
Use a cabeça; um imóvel é dinheiro! Seu carro é dinheiro! Ações são dinheiro! Sua 
mente é dinheiro! O que você quiser que seja dinheiro, será!
Quero chegar a um ponto em que a minha riqueza continuará aumentando 
automaticamente, ficando bem à frente da inflação. Acho que isso representa LIBERDADE. 
Os ativos (mais à frente entenderá o conceito de ATIVOS, caso você não tenha noção) são 
suficientemente grandes para crescerem por si próprios. É como plantar uma árvore. Você a 
rega durante anos e, então, um dia, ela não precisa mais disso. Suas raízes são suficientemente 
profundas. Então, a árvore lhe proporciona sombra para seu prazer.
Lição Nº 2: Para que Alfabetização Financeira?
As pessoas se preocupam excessivamente com dinheiro e não com sua maior riqueza, a 
educação. Se as pessoas estiverem preparadas para serem flexivas, mantiverem suas mentes 
abertas e aprenderem, elas se tornarão cada vez mais ricas ao longo dessas mudanças. 
Se elas pensarem que o dinheiro resolverá seus problemas, receio que terão dias difíceis. 
A inteligência resolve problemas e gera dinheiro. O dinheiro sem a inteligência financeira é 
dinheiro que desaparece depressa.
O que importa na vida não é quanto dinheiro você ganha, mas quanto dinheiro você 
conserva.
A contabilidade é possivelmente um dos assuntos mais áridos do mundo. E pode também 
ser o mais confuso. Mas se você quiser ser rico, pode ser o assunto mais importante. Apesar 
de que o contador olha para os números, demite gente e aniquila o negócio. Tudo o que eles 
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pensam é cortar custos e aumentar os preços, o que causa mais problemas; ainda assim você 
precisa dominar a contabilidade!
Regra número um é a única regra. Você tem que conhecer a diferença entre um Ativo e 
um Passivo e comprar Ativos. Se você quer ficar rico, você tem que ler e entender os números. 
Os Ricos adquirem Ativos e os Pobres e a Classe Média adquirirem obrigações.
Padrão do Fluxo de Caixa de Ativo (Pai Rico):
● Compram Ativos  Gerando Receitas.
● Evitam Passivos  Economizando Despesas.
Padrão de Fluxo de Caixa de um Passivo (Pai Pobre):
● Compram Passivos  Gerando Despesas.
● Evitam os Ativos  Não Geram Receitas.
ATIVO É TUDO AQUILO QUE COLOCA DINHEIRO NO SEU BOLSO, PASSIVO É 
TUDO AQUILO QUE TIRA!
FONTE: Adaptado de: Kiyosaki e Lechter (2004, p. 40)
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Neste tópico estudamos e aprendemos que:
● Os bens e direitos formam um conjunto de elementos chamado de ATIVO.
● As obrigações formam o PASSIVO.
● O Patrimônio Líquido (PL) é soma dos Bens + Direitos (-) Obrigações ou Ativo (-) Passivo.
● O Patrimônio Líquido representa a riqueza da entidade.
● O Patrimônio possui diversos estados, os quais, em determinados momentos, podem ser: 
positivos, negativos e nulos.
RESUMO DO TÓPICO 3
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1 Quando ocorre Situação Líquida Nula?
2 Quando ocorre Situação Líquida Superavitária?
3 Quando ocorre Situação Líquida Deficitária?
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CONTABILIZANDO COM 
BALANÇOS SUCESSIVOS
1 INTRODUÇÃO
2 A CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA
TÓPICO 4
UNIDADE 1
Neste tópico vamos estudar contabilidade através de uma metodologia chamada de 
“balanços sucessivos”. Por essa metodologia teremos condições de entender todo o processo 
das modificações do patrimônio das entidades. A metodologia leva em conta que a cada 
operação realizada pela entidade se faz a alteração e a elaboração de um novo balanço. 
No final do tópico vamos estudar, ainda, alguns conceitos de “capital”, fundamental para 
o entendimento da estrutura patrimonial das entidades.
Prezado(a) acadêmico(a), a partir de agora vamos vivenciar algumas questões que 
ocorrem no dia a dia de uma empresa. Para isso, iremos simular algumas operações comuns 
que ocorrem nas empresas. Porém, primeiramente, precisamos entender como nasce, como 
surge uma empresa.
As empresas não surgem do nada. Antes de tudo, é necessário que haja uma ideia 
genial de negócio a ser explorado. 
Num segundo momento é necessário um estudo adequado para verificar se o negócio 
a ser explorado é viável economicamente. Isso se faz com um projeto de viabilidade, onde se 
estuda todas as variáveis favoráveis e desfavoráveis ao sucesso do empreendimento, como, 
por exemplo: análise dos concorrentes da região, análise dos possíveis clientes da região, 
análise dos fornecedores de materiais ou produtos, análise do ponto comercial etc. Um estudo 
minucioso também deve ser feito para avaliar o valor do dinheiro (capital) necessário para 
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implantar e iniciar as atividades empresariais.
Falamos na palavra capital. E o que vem a ser capital? 
A palavra capital possui diversos conceitos, os quais serão estudados mais adiante. 
Porém, o investimento inicial feito para constituir ou criar uma empresa, e registrado pela 
contabilidade, é denominado de capital nominal ou capital social, que corresponde ao patrimônio 
líquido inicial. 
Lembro que esse capital social é colocado à disposição da nova entidade (empresa), 
criada pelos sócios (donos) da empresa, e esse capital só sofrerá alterações quando os donos 
realizarem investimentos adicionais (aumentos de capital) ou quando retirarem o dinheiro 
investido (diminuições de capital).
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ÇÃO!
3 CONTABILIZANDO AS OPERAÇÕES 
 DE UMA EMPRESA
3.1 CONTABILIZANDO A CRIAÇÃO DA EMPRESA
Para iniciarmos, vamos imaginar que em 01/02/2010 os colegas Fulano X e Fulano 
Y uniram-se para constituir uma empresa no ramo de prestação de serviços de conserto de 
calçados, a qual denominaram de Cia. UNI – Consertos de Calçados. Cada sócio disponibilizou 
30.000 de capital em dinheiro, que ao todo totalizou 60.000,00.
Diante dessa situação, vamos observar como ficará 
representado o primeiro balanço patrimonial da nossa empresa 
após a sua constituição:
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Sabemos que o primeiro investimento que os sócios fazem é denominado capital social. 
O capital social é originado dos próprios sócios. Esse capital que tem essa origem deve ser 
classificado/contabilizado no patrimônio líquido e, ao mesmo tempo, deve ser aplicado ou 
investido na nova empresa recém-criada. 
Essa aplicação vai aparecer no ativo, em bens e/ou direitos. Portanto, nesse caso temos 
uma origem de 60.000,00 proveniente dos sócios e uma aplicação de 60.000,00 colocada à 
disposição da empresa em forma de dinheiro em caixa. Assim:
BALANÇO PATRIMONIAL – Cia. UNI – 01/02/2010
ATIVO PASSIVO 
 Caixa 60.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital Social 60.000
Total 60.000 Total 60.000
BALANÇO PATRIMONIAL – Cia. UNI – 01/02/2010
ATIVO PASSIVO
 Caixa 60.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital Social 60.000
Total 60.000 Total 60.000
Aplicações dos Recursos Origens dos recursos
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3.2 CONTABILIZANDO A AQUISIÇÃO DE IMÓVEL
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A empresa, no dia 03/02/2010, resolve adquirir uma sala comercial para a instalação 
de sua loja com a finalidade de dar um bom atendimento a seus clientes. A aquisição da sala 
foi com recursos próprios e se deu pelo valor de 23.000,00 pagos à vista.
Vejamos então como ficará nosso balanço patrimonial após 
essa operação:
Veja que, com o pagamento à vista, nossos recursos que estavam à disposição no caixa 
(60.000,00) diminuíram no valor do desembolso e ao mesmo tempo passamos a ter um novo 
bem (imóvel – sala comercial), no valor de 23.000. Note que o valor total do ativo permanece 
o mesmo (60.000), pois esse é o recurso que está à disposição da empresa.
A partir deste momento, a nova empresa passa a ter autonomia para movimentar seus 
recursos, logicamente com a gerência dos sócios. Cabe destacar que os recursos que estão 
à disposição da nova empresa ficam desvinculados dos sócios, pois a propriedade do dinheiro 
é da empresa.
BALANÇO PATRIMONIAL – Cia. UNI – 03/02/2010
ATIVO PASSIVO
 Caixa 37.000
 Imóveis 23.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital Social 60.000
Total 60.000 Total 60.000
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3.3 CONTABILIZANDO A AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS
3.4 CONTABILIZANDO A AQUISIÇÃO 
 DE MÓVEIS E UTENSÍLIOS
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Note também que há uma origem (caixa) e uma aplicação 
(imóvel) de recursos no valor de 23.000,00.
No dia 05/02/2010 a empresa adquiriu algumas máquinas e equipamentos para serem 
utilizados nos trabalhos. Essas máquinas custaram 32.000,00 e também foram pagas à vista. 
Veja como ficará a situação patrimonial da Cia. UNI:
Da mesma forma que a situação anterior, passamos a ter um novo bem nos investimento 
da Cia UNI. As máquinas (aplicações de recursos) no valor de 32.000,00 e nosso caixa (origens 
dos recursos) em menos 32.000,00. 
Pergunto a você: O “patrimônio” da Cia. UNI sofreu modificações desde a sua 
constituição? O “patrimônio líquido” da Cia UNI sofreu modificações desde a sua constituição? 
Mais adiante discutiremos essas questões.
BALANÇO PATRIMONIAL – Cia. UNI – 05/02/2010
ATIVO PASSIVO
 Caixa 5.000
 Imóveis 23.000
 Máquinas 32.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital Social 60.000
Total 60.000 Total 60.000
Seguindo suas atividades, a Cia. UNI adquiriu, no dia 08/02/2010, móveis e utensílios 
(mesas, cadeiras e escrivaninhas) para melhor desenvolver suas atividades. O valor da compra 
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Nesta operação também houve o ingresso de mais um bem no patrimônio da empresa 
(aplicação de recursos). Quem proporcionou a entrada desse bem foi o fornecedor de móveis, 
que, na verdade, representa a origem desses novos recursos. Notamos que o ativo aumentou 
em 7.000,00. Até então os recursos usados pela empresa eram os 60.000,00 investidos pelos 
sócios no início das atividades.
Voltando à pergunta feita anteriormente. O patrimônio da Cia. UNI sofreu alterações 
desde a sua criação?
Sim. O patrimônio é como se fosse uma célula que constantemente 
sofre mutações. Veja quantas mudanças ele sofreu desde o 
dia 01/02 até o dia 08/02. Ele é representado pelo balanço 
patrimonial que, no momento de sua elaboração, representa 
uma posição estática. É como se tirássemos uma fotografia e 
congelássemos a imagem em um determinado momento, porém, 
as mutações/modificações continuam a acontecer.
E o patrimônio líquido, sofreu alterações?

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