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Contabilidade Geral 3°Sem Uniaselvi

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Prévia do material em texto

2013
Contabilidade Geral
 Prof. Osir Afonso Tessari
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
 Prof. Osir Afonso Tessari
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
657
T338c Tessari, Osir Afonso
 Contabilidade geral / Osir Afonso Tessari, Indaial : Uniasselvi, 
2013.
 
 187 p. : il
 
 ISBN 978-85-7830-802-5
 1. Contabilidade.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
III
apresentação
A partir de agora, estudar contabilidade geral torna-se um desafio. 
Esse desafio será estimulante dentro de uma sistemática diferente de estudar 
e aprender. Certamente, com a sistemática de educação a distância, estaremos 
construindo conhecimentos de maneira empreendedora e, ao mesmo tempo, 
contribuindo para transformar nossa localidade, nossa cidade, nosso estado e 
nosso país num lugar bom para se viver.
A contabilidade é um instrumento fundamental para auxiliar a 
administração moderna e tem como objetivo principal gerar informações para 
embasar as decisões a serem tomadas. Para isso, a contabilidade dispõe de 
recursos que permitem a identificação, o registro, a mensuração e possibilita 
a análise dos eventos econômicos que alteram o patrimônio de uma entidade. 
Uma organização, que não possui um sistema contábil que seja eficaz na 
evidenciação das reais oscilações de sua riqueza, não estará apta a garantir 
sua continuidade no mundo empresarial.
Da mesma forma, a contabilidade é importante não apenas no 
ambiente empresarial, mas também é útil para as pessoas que dirigem 
qualquer empreendimento, ou tomam decisões importantes no dia a dia, 
pois a contabilidade dispõe de recursos que permitem analisar relatórios com 
informações que irão auxiliar no processo decisório.
A Contabilidade é a ciência que avalia e mensura a riqueza das 
empresas ou das pessoas, proporcionando informações corretas e confiáveis 
para a tomada de decisões. A contabilidade geral, como disciplina, é 
importante para a formação de gestores que futuramente irão tomar decisões 
e dar novos rumos às empresas as quais irão dirigir.
Para que o desafio de estudar contabilidade geral se torne prazeroso, 
iremos utilizar neste caderno uma linguagem simples e lógica, com uma 
metodologia diferenciada, em que cada tópico estudado seja comparado à 
construção de um degrau de uma grande escada. Assim, no final do Caderno, 
cada acadêmico(a) terá construído a sua grande escada do conhecimento 
contábil. 
Então, vamos ao desafio e desde já desejo bons estudos contábeis a 
todos.
Prof. Osir Afonso Tessari
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1: A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS ...................................... 1
TÓPICO 1 – NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE ............................................................. 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 A ORIGEM DA CONTABILIDADE ................................................................................................ 3
3 CONCEITO ........................................................................................................................................... 4
4 CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL ..................................................................................... 6
5 OBJETO E FINALIDADE DA CONTABILIDADE ....................................................................... 8
6 OS INTERESSADOS NAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS ....................................................... 11
7 A ENTIDADE CONTÁBIL ................................................................................................................ 13
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 16
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 17
TÓPICO 2: PATRIMÔNIO .................................................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 19
2 CONCEITO DE PATRIMÔNIO ........................................................................................................ 20
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 25
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 26
TÓPICO 3: O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................. 27
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 27
2 ATIVO .................................................................................................................................................... 27
3 PASSIVO ............................................................................................................................................... 29
4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................. 31
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 35
5 OS DIVERSOS ESTADOS PATRIMONIAIS ................................................................................ 36
5.1 SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA ................................................................................................ 36
5.2 SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA ..............................................................................................37
5.3 SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA ....................................................................................................... 38
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 39
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 43
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 44
TÓPICO 4: CONTABILIZANDO COM BALANÇOS SUCESSIVOS .......................................... 45
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 45
2 A CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA ...................................................................................... 45
3 CONTABILIZANDO AS OPERAÇÕES DE UMA EMPRESA ................................................... 46
3.1 CONTABILIZANDO A CRIAÇÃO DA EMPRESA ................................................................... 46
3.2 CONTABILIZANDO A AQUISIÇÃO DE IMÓVEL .................................................................. 47
3.3 CONTABILIZANDO A AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS ........................................................... 48
3.4 CONTABILIZANDO A AQUISIÇÃO DE MÓVEIS E UTENSÍLIOS ...................................... 49
3.5 CONTABILIZANDO A VENDA DE UM BEM .......................................................................... 50
3.6 CONTABILIZANDO O PAGAMENTO DE UMA DÍVIDA ..................................................... 51
3.7 CONTABILIZANDO O RECEBIMENTO DE UM DIREITO ................................................... 52
sumário
VIII
4 CONCEITO DE CAPITAL ................................................................................................................. 53
4.1 CAPITAL SOCIAL .......................................................................................................................... 53
4.2 CAPITAL PRÓPRIO ....................................................................................................................... 53
4.3 CAPITAL DE TERCEIROS ............................................................................................................ 53
4.4 CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA ................................................................... 54
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 56
UNIDADE 2 – A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ........... 61
TÓPICO 1: A ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL ...................................................... 63
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 63
2 O BALANÇO PATRIMONIAL E SUA ESTRUTURA .................................................................. 64
3 AS CONTAS .......................................................................................................................................... 68
4 O PLANO DE CONTAS ..................................................................................................................... 69
5 A ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTAS ................................................................................ 70
6 CONTAS SINTÉTICAS E ANALÍTICAS ....................................................................................... 78
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 79
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 80
TÓPICO 2: RAZONETES E AS PARTIDAS DOBRADAS ............................................................. 81
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 81
2 RAZONETES ........................................................................................................................................ 81
3 PARTIDAS DOBRADAS ................................................................................................................... 82
3.1 REGRA PARA AS CONTAS DO ATIVO ..................................................................................... 82
3.2 REGRA PARA AS CONTAS DO PASSIVO ................................................................................. 83
3.3 REGRA PARA AS CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................................................... 83
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 87
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 88
TÓPICO 3: AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E A APURAÇÃO DOS 
RESULTADOS ......................................................................................................................................... 91
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 91
2 RECEITAS E DESPESAS .................................................................................................................... 91
3 ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO ................................................................. 97
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 104
TÓPICO 4: ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS ......................................................................... 107
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 107
2 ATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................................. 107
3 FATOS ADMINISTRATIVOS ........................................................................................................... 108
3.1 FATOS PERMUTATIVOS ............................................................................................................... 109
3.2 FATOS MODIFICATIVOS ............................................................................................................. 111
3.3 FATOS MISTOS ............................................................................................................................... 113
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 115
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 119
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 120
UNIDADE 3 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E 
VENDA DE MERCADORIAS .............................................................................................................. 123
TÓPICO 1: ESCRITURAÇÃO .............................................................................................................. 125
IX
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................125
2 LIVROS UTILIZADOS NA ESCRITURAÇÃO ............................................................................. 125
2.1 LIVRO DIÁRIO ............................................................................................................................... 126
2.2 LIVRO RAZÃO ............................................................................................................................... 127
3 MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO ..................................................................................................... 128
4 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ....................................................................................................... 128
4.1 FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ..................................................................... 130
4.1.1 Primeira fórmula .................................................................................................................... 131
4.1.2 Segunda fórmula .................................................................................................................... 131
4.1.3 Terceira fórmula ..................................................................................................................... 132
4.1.4 Quarta fórmula ....................................................................................................................... 133
5 CONTABILIZAÇÃO DE JUROS E DESCONTOS ........................................................................ 133
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 138
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 139
TÓPICO 2: INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE .......................................................... 145
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 145
2 INVENTÁRIO PERIÓDICO .............................................................................................................. 145
2.1 APLICAÇÃO DA FÓRMULA DO CMV ..................................................................................... 146
2.2 CONTABILIZAÇÃO PELO INVENTÁRIO PERIÓDICO ........................................................ 148
2.3 CONTABILIZAÇÃO DO CMV, RCM E RESULTADO: PASSO A PASSO ............................. 149
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 152
3 INVENTÁRIO PERMANENTE ........................................................................................................ 156
3.1 PEPS .................................................................................................................................................. 156
3.2 UEPS ................................................................................................................................................. 161
3.3 MÉDIA PONDERADA MÓVEL ................................................................................................... 165
4 COMPARAÇÃO ENTRE OS TRÊS MÉTODOS ........................................................................... 169
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 172
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 174
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 175
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 185
X
1
UNIDADE 1
A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E 
AS CONTAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade você estará apto(a) a:
• compreender o conceito de Contabilidade, bem como a sua aplicabilidade;
• conhecer, compreender e identificar o patrimônio das entidades;
• interpretar as mutações ocorridas no patrimônio das entidades por diver-
sas operações contábeis.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e neles você encontrará os 
conceitos básicos da contabilidade, bem como exercícios de fixação que serão 
desenvolvidos em cada tópico.
TÓPICO 1 – NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
TÓPICO 2 – PATRIMÔNIO
TÓPICO 3 – O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
TÓPICO 4 – CONTABILIZANDO COM BALANÇOS SUCESSIVOS
Assista ao vídeo 
desta unidade.
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 
NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico daremos os primeiros passos no aprendizado da 
contabilidade. Para isso se faz necessário conhecermos os conceitos básicos desta 
ciência, desde a sua origem, sua finalidade, seus objetivos e quem são os maiores 
beneficiados pelo seu uso.
Vamos notar que a contabilidade está presente em todos os momentos 
de nossa vida, acima de tudo quando necessitamos tomar decisões importantes, 
dando rumos diferentes a questões em que são necessárias tais decisões.
2 A ORIGEM DA CONTABILIDADE
A origem da contabilidade é muito antiga. Costuma-se dizer que a 
contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem. A contabilidade, na sua 
forma rudimentar, era utilizada pelo homem pré-histórico. Naquele tempo, o 
registro das coisas que possuía – como, por exemplo, seu rebanho de ovelhas – 
era feito pela associação da quantidade de animais possuídos pela quantidade de 
pedras. O homem possuía em suas mãos uma pedra para cada animal que havia 
sido levado ao pasto. Ao retornar, verificava se a quantidade de pedras conferia 
com a quantidade de animais, podendo então checar se algum animal havia se 
perdido. Assim o homem pré-histórico conseguia quantificar e controlar a sua 
riqueza, o seu patrimônio.
A contabilidade moderna nasceu no norte da Itália, provavelmente 
durante os séculos XII e XIV. Datam dessa época diversos registros semelhantes 
aos verificados na contabilidade moderna. 
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
4
Consolidou-se pelo trabalho elaborado pelo frade franciscano, 
matemático, teólogo e contabilista Frei Luca Pacioli, que publicou na Itália, em 
1494, um tratado sobre contabilidade que ainda hoje é de grande utilidade no 
meio contábil. Trata-se do método das partidas dobradas. Sabe-se que frei Luca 
não foi o inventor do método, ele apenas descreveu uma metodologia já em uso 
na Itália, pelo menos um século antes. 
A grande importância da obra de Frei Luca está em reconhecer o método 
como o ideal para a escrituração, além do que, em sua obra há toda uma preocupação 
em sistematizar os conceitos e instrumental contábil para o registro e controle do 
patrimônio. 
Assim, dessa época até o século XX a Europa foi o centro dos estudos 
contábeis. Nessa fase, a contabilidade buscava melhorar a forma de representar 
a situação das empresas, embora não houvesse muita preocupação com o 
usuário externo da informação, pois a informação era restrita ao proprietário do 
empreendimento.
O desenvolvimento da contabilidade foi notório com a ascensão econômica 
norte-americana num período recente, principalmente após a grande crise 
econômica de 1929, onde muitas empresas vieram a sucumbir. Após esse período, 
com a ascensão cultural e econômica, o crescimento do mercado de capitais, da 
auditoria, houve a preocupação de tornar a contabilidade um mecanismo útil 
para a tomada de decisões, devido à necessidade de trazer informações às pessoas 
que investiam nesse mercado. Assim, a contabilidade evoluiu muito, com o 
desenvolvimento de pesquisas, com a busca de maior quantidade de aplicações 
das teorias desenvolvidas e de um sistema de regulamentação que dita normas 
com as quais a contabilidadese alicerça.
Hoje a contabilidade é utilizada largamente no meio empresarial, sendo 
enfatizada como elemento gerador de subsídios essenciais aos gestores no processo 
de tomada de decisões.
3 CONCEITO
Várias são as formas utilizadas por escritores e professores para conceituar 
ou explicar a importância da contabilidade, ressaltando seu conceito. Ribeiro 
(2009, p. 2) compila alguns conceitos de diversos autores, como segue: 
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 
5
a) A ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de 
registro relativas à administração econômica (conceito oficial formulado no 
primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado no Rio de Janeiro, 
em 1924).
b) Sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com 
demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de 
produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização (estudo 
sobre a estrutura conceitual básica da contabilidade, elaborado pelo Instituto 
Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras – IPECAFI, e 
aprovado pelo Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON).
c) Ciência (ou técnica, segundo alguns) que estuda, controla e interpreta os fatos 
ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração 
expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações 
sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico 
decorrente da gestão da riqueza patrimonial (Hilário Franco, Contabilidade 
Geral, Editora Atlas).
d) É a arte de registrar todas as transações de uma companhia que possam ser 
expressas em termos monetários. E é também a arte de informar os reflexos 
dessas transações na situação econômico-financeira dessa companhia (Nelson 
Gouveia, Contabilidade, Editora McGraw-Hill do Brasil).
Para Marion (2004, p. 26), “[...] a contabilidade é o instrumento que fornece o 
máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. 
Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões.”
Note que a palavra decisão é enfatizada no conceito de contabilidade. Sempre 
estamos tomando decisões no nosso cotidiano: qual esporte praticar, qual comida ideal para 
nos alimentarmos, qual livro ler, que curso é melhor para nos aprimorarmos, qual roupa para 
vestirmos etc. Essas são decisões comuns que devemos tomar em nossas vidas. Decisões 
com menor e/ou maior grau de importância. No âmbito empresarial isso não é diferente. 
A todo o momento os gestores estão tomando decisões. Decisões como: a que preço 
devemos vender nossos produtos, que quantidade de mercadorias estocar, o que fazer com 
o dinheiro que está sobrando no caixa, construir ou alugar as instalações para a empresa, 
comprar um veículo ou contratar uma transportadora para entregar as vendas realizadas etc.
IMPORTANT
E
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
6
FONTE: MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2004. p. 25.
FIGURA 1 – O PROCESSO CONTÁBIL
4 CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL 
A profissão de contador foi regulamentada pelo Decreto-Lei nº 9.295/1946, 
com alterações introduzidas pela Lei nº 12.249, de 12 de junho de 2010, que criou 
o Conselho Federal de Contabilidade – CFC e definiu as atribuições do contador 
e do técnico de contabilidade. A referida regulamentação traz em seu texto legal 
que somente poderão exercer a profissão aqueles que estiverem devidamente 
registrados nos órgãos competentes do Ministério da Educação e nos Conselhos 
Regionais de Contabilidade – CRC a que estiverem sujeitos.
Cabe destacar que outras resoluções posteriores emanadas pelo CFC 
objetivaram delinear e regulamentar a atuação do profissional contábil, com 
destaque para a Resolução CFC nº 560/1983, que delimitou a atuação em comum 
do contador e do técnico, bem como as atribuições privativas dos contadores.
A contabilidade tem esse poder de auxiliar a gestão a tomar decisões, 
coletando os acontecimentos econômicos que ocorrem em uma entidade, 
registrando e transformando-os em informações em forma de relatórios contábeis.
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 
7
FONTE: O autor (adaptado de Marion, 2004)
FIGURA 2 – CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL EM CONTABILIDADE
Uma das grandes áreas de atuação do profissional contábil é a prestação de 
serviços contábeis, seja em forma de contabilidade terceirizada, assessoria contábil, 
consultoria contábil que inclui, além da contabilidade tradicional, a contabilidade 
tributária e a contabilidade gerencial.
Como podemos observar no quadro anterior, a Contabilidade é uma das 
Ciências com um campo de atuação bastante amplo. Sua atuação está inserida 
da microempresa à empresa de grande porte, porém, a realização profissional 
depende da atuação de cada um dentro da área escolhida.
Para tanto, o profissional deve possuir diversas habilidades. No cenário 
atual, a modernização do conhecimento é uma necessidade. Como exemplo, 
observa-se uma demanda crescente de profissionais para o terceiro setor; outro 
exemplo é a demanda por contadores com conhecimentos em contabilidade 
ambiental.
Como fato recente, destaca-se a alteração na legislação das sociedades 
anônimas com o advento da Lei nº 11.638/2007, que exige dos profissionais 
conhecimentos em contabilidade internacional, principalmente das práticas 
adotadas pelo International Accounting Standards Board – IASB.
O campo de atuação do profissional em contabilidade é muito grande, 
permitindo uma condição abrangente de empregabilidade. O atual estágio de 
desenvolvimento da contabilidade, aliado ao crescimento econômico, que, além da 
contabilidade tradicional, denominada contabilidade financeira, congrega também 
a contabilidade gerencial, inclui também o conceito de contabilidade estratégica, 
ampliando muito o leque de funções para o profissional contábil.
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
8
O Brasil é um país de muitas empresas. E essas empresas, para obterem 
sucesso em sua trajetória, necessitam de instrumentos que a contabilidade pode 
oferecer com eficiência. Muitas empresas nascem a cada ano e sabemos também 
que muitas delas, por diversas razões, morrem até mesmo antes de completar o 
primeiro ano de vida. 
De acordo com informações divulgadas pelo SEBRAE/SP publicadas no 
caderno de economia do jornal “A Tarde – on-line.” Disponível em: <http://www.
atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=5612132>, informa que: 
SEBRAE: 27% das empresas de SP fecham no 1º ano
 Agência Estado
De cada 100 empresas abertas no Estado de São Paulo, 27 fecham as 
portas ainda no primeiro ano de atividade. Essa é uma das conclusões do estudo 
sobre a sobrevivência e a mortalidade das empresas paulistas, divulgado hoje 
(25/08/2010) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de 
São Paulo (SEBRAE-SP). No levantamento, a taxa de mortalidade das empresas 
no primeiro ano de funcionamento atingiu 27%. Há 12 anos, quando o indicador 
passou a ser calculado, a taxa era ainda maior, de 35%.
Os dados divulgados hoje levaram em conta uma mostra de 3 mil 
empresas abertas entre os anos de 2003 e 2007. Os números sobre a mortalidade 
no primeiro ano de atividade referem-se às empresas abertas em 2007. Na 
avaliação dos dois primeiros anos de atividade (empresas abertas em 2006), 37% 
fecharam as portas. Em três anos (empresas fundadas em 2005), 46% encerraram 
as atividades.
De acordo com a pesquisa, no período de quatro anos (negócios abertos 
em 2004), 50% das empresas do Estado de São Paulo fecharam as portas. Em 
cinco anos (empresas abertas em 2003), as atividades foram encerradas em 58% 
das empresas. Segundo o SEBRAE, em 2000, quando o indicador dos primeiros 
cinco anos passou a ser monitorado, a taxa de mortalidade das empresas era 
ainda pior, de 71%. Para a entidade, apesar das reduções nos índicesdesde 
então, as taxas de mortalidade das empresas ainda são altas no Estado.
Dificuldades
Entre os motivos alegados para as falências, 18% dos empresários citaram 
a falta de clientes e 10% a falta de capital. Os problemas de planejamento e de 
5 OBJETO E FINALIDADE DA CONTABILIDADE
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 
9
administração também foram citados por 10% dos empreendedores. Outros 9% 
alegaram a perda do único cliente da empresa e 8% destacaram problemas com 
sócios.
No primeiro ano de atividade, de acordo com a pesquisa do SEBRAE-
SP, a principal dificuldade enfrentada foi a falta de clientes, conforme 29% dos 
empresários. Outros 21% citaram a falta de capital e 11% destacaram a falta 
de planejamento. A burocracia e os impostos foram lembrados por 7% dos 
empreendedores.
Apesar das dificuldades, o estudo revela uma melhora do perfil do gestor 
ao longo dos anos. Segundo o SEBRAE-SP, 83% dos que abriram um negócio 
formal em 2007 possuem pelo menos o ensino médio completo - em 2000 eram 
70%. 
Além disso, 78% abriram a empresa porque enxergaram uma 
oportunidade de negócio, e não apenas uma chance de sobrevivência. Em 2000, 
a porcentagem era de 60%. “Precisamos continuar mobilizados, ampliando 
esforços de capacitação em gestão empresarial”, afirma Ricardo Tortorella, 
diretor-superintendente do SEBRAE-SP. “O que conseguimos até agora foi um 
avanço, mas ainda está aquém das necessidades do País e dos empreendedores.” 
De 1990 a 2008
Dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP), citados 
pelo SEBRAE-SP, mostram que entre 1990 e 2008 foram abertas no Estado 
2.603.233 empresas. Nestes 18 anos, 1.650.953 empresas foram fechadas antes de 
completar o quinto ano de atividade.
Em muitos casos pode-se atribuir o insucesso dos empreendimentos à má 
administração, ocasionada pelo uso inadequado ou pelo desconhecimento das 
informações geradas pela contabilidade. Ninguém pode administrar corretamente 
se não tomar decisões corretas. Isso pode ser evitado com o uso eficiente da 
contabilidade, pois a contabilidade é um sistema que possibilita a geração de 
inúmeras informações. 
De acordo com Crepaldi (1995, p. 22), “a contabilidade é uma ciência 
concebida para coletar, registrar, resumir e interpretar dados e fenômenos que 
afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade.”
Dentro dessa definição estão embutidos conceitos de gestão que interessam 
a quem usa esta ciência. São os conceitos de planejamento e controle
Assim, podemos dizer que planejamento é o conjunto de linhas de ação e a 
maneira de executá-las para alcance dos objetivos.
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
10
O planejamento é uma das funções que mais utilizam os dados contábeis. 
Para que se possa planejar o futuro, a organização necessita de informações relativas 
ao processo produtivo, como os custos, aos gastos com despesas administrativas, 
como telefonia, treinamento de funcionários, despesas legais, como o alvará de 
funcionamento, salários, encargos sobre salários, média de horas-extras nos 
períodos anteriores, consultoria, auditoria, tecnologia de informação, inventário, 
fluxo de materiais, entre outras.
 As informações relacionadas ao fluxo de caixa também são de fundamental 
importância no momento de executar o planejamento organizacional.
Já o controle é o acompanhamento das atividades da organização. Através 
dele, o gestor observa se o comportamento da organização está de acordo com os 
planos traçados.
Segundo Chiavenato (1999), O controle representa o acompanhamento, 
monitoração e avaliação do desempenho organizacional para verificar se as coisas 
estão acontecendo de acordo com o que foi planejado, organizado e dirigido. 
Controle é a função administrativa relacionada com a monitoração 
das atividades a fim de manter a organização no caminho adequado para o 
alcance dos objetivos e permitir a correção necessária para atenuar os desvios 
(CHIAVENATO, 1999).
 A contabilidade, como guardiã dos dados, pode contribuir muito para esse 
processo.
Em uma empresa é possível determinar qual o caminho a seguir e, através 
do controle, observar se a política traçada está sendo cumprida. A contabilidade, 
como um sistema de geração de informações, auxilia verdadeiramente na 
disposição de informações para planejamento e controle das atividades 
empresariais.
O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-
administrativas. Seu objetivo é permitir o estudo, o controle e a apuração de resultados diante 
dos fatos decorrentes da gestão do Patrimônio das entidades econômico-administrativas. 
A principal finalidade da contabilidade é fornecer informações de ordem econômica e 
financeira sobre o patrimônio, para facilitar a tomada de decisões por parte dos usuários. 
IMPORTANT
E
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 
11
6 OS INTERESSADOS NAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Os interessados nas informações contábeis são chamados de usuários 
da contabilidade. Os usuários são as pessoas que se utilizam da contabilidade, 
demonstram interesse pela situação da empresa e buscam na contabilidade suas 
respostas. Uma empresa não é algo isolado em um determinado meio. 
A partir do momento em que uma empresa nasce, ela começa a interagir 
com o meio que a cerca. Para sobreviver ela precisa ganhar dinheiro, conquistar 
clientes, relacionar-se com fornecedores e bancos, ter um bom relacionamento com 
os seus colaboradores, estar em dia com suas obrigações com o governo, ter uma 
boa relação com a comunidade onde está inserida. 
Como exemplo, podemos verificar a figura a seguir:
FONTE: O autor
FIGURA 3 – USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
Empresa
(Contabilidade)
Investidores
Investidores
Fornecedores
Bancos
Clientes
Outros...
Empregados
Governo
De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 01, que 
trata do Pronunciamento Conceitual Básico.
NBC-T1 ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E 
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Usuários e suas necessidades de informação
9. Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais 
e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros 
credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles 
usam as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas 
necessidades de informação. Essas necessidades incluem: 
 
(a) Investidores: os provedores de capital de risco e seus analistas, que se 
preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. 
Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, 
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
12
manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados 
em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de 
pagar dividendos.
(b) Empregados: os empregados e seus representantes estão interessados em 
informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. 
Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a 
capacidade que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios 
de aposentadoria e suas oportunidades de emprego. 
(c) Credores por empréstimos: estes estão interessados em informações que lhes 
permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos 
e os correspondentes juros no vencimento. 
(d) Fornecedores e outros credores comerciais: os fornecedores e outros 
credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar se as 
importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. 
Os credores comerciais, provavelmente, estarão interessados em uma 
entidade por um período menor do que os credores por empréstimos, a não 
ser que dependam da continuidade da entidade como um cliente importante. 
(e) Clientes: Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade 
operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a 
longo prazo com ela,ou dela dependem como fornecedor importante. 
(f) Governo e suas agências: os governos e suas agências estão interessados na 
destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam 
também de informações, a fim de regulamentar as atividades das entidades, 
estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda nacional 
e estatísticas semelhantes. 
(g) Público: as entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, 
por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários 
modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As 
demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo informações 
sobre a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos 
recentes. 
10. Embora nem todas as necessidades de informações desses usuários possam 
ser satisfeitas pelas demonstrações contábeis, há necessidades que são 
comuns a todos os usuários. Como os investidores contribuem com o 
capital de risco para a entidade, o fornecimento de demonstrações contábeis 
que atendam às suas necessidades também atenderá à maior parte das 
necessidades de informação de outros usuários.
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 
13
7 A ENTIDADE CONTÁBIL
O texto seguinte foi transcrito do livro de Contabilidade Básica de autoria de José 
Carlos Marion (2004, p. 28) e nele teremos condições de entender e aprofundar o conceito 
de entidade contábil.
A contabilidade pode ser feita para Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. 
Considera-se pessoa, juridicamente falando, todo o ser capaz de direitos e 
obrigações.
Pessoa Física é a pessoa natural, é todo o ser humano, é todo o indivíduo 
(sem qualquer exceção). A existência da pessoa física termina com a morte.
Pessoa Jurídica é a união de indivíduos que, através de um contrato 
reconhecido por lei, formam uma nova pessoa, com personalidade distinta da 
de seus membros. As pessoas jurídicas podem ter fins lucrativos (empresas 
industriais, comerciais etc.) ou não (cooperativas, associações culturais, religiosas 
etc.). Normalmente as pessoas jurídicas denominam-se empresas.
11. A Administração da entidade tem a responsabilidade primária pela preparação 
e apresentação das suas demonstrações contábeis. A Administração também 
está interessada nas informações contidas nas demonstrações contábeis, 
embora tenha acesso a informações adicionais que contribuem para o 
desempenho das suas responsabilidades de planejamento, tomada de 
decisões e controle. Ela tem o poder de estabelecer a forma e o conteúdo de 
tais informações adicionais a fim de atender às suas próprias necessidades. 
A forma de divulgação de tais informações, entretanto, está fora do alcance 
desta Estrutura Conceitual. Não obstante, as demonstrações contábeis 
divulgadas são baseadas em informações utilizadas pela Administração 
sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na 
posição financeira a entidade. 
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 
10 nov. 2010.
NOTA
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
14
FONTE: O autor
FIGURA 4 – ENTIDADES CONTÁBEIS
Acima de tudo, entidade contábil é uma regra que deve ser observada com 
muito critério, para que haja a existência de uma boa contabilidade.
A contabilidade, portanto, pode ser feita para um indivíduo – pessoa 
física (desde que haja necessidade em virtude do volume de negócios) – ou para 
uma empresa com ou sem fins lucrativos – pessoa jurídica.
Quando se faz contabilidade para pessoa física (embora não seja comum) 
ou pessoa jurídica, essa pessoa é denominada entidade contábil. Dessa forma, 
qualquer pessoa que tenha necessidade de contabilidade (e a contabilidade é 
mantida para essa pessoa) é chamada entidade contábil.
[...] assim, em primeiro lugar há a necessidade da existência da entidade 
contábil, ou seja, uma pessoa para quem é mantida a contabilidade. Não havendo 
entidade contábil, não há, evidentemente, a contabilidade aplicada.
[...] deduz-se que a contabilidade é mantida para a entidade como pessoa 
distinta dos sócios. A contabilidade é realizada para a entidade, devendo o 
contador fazer esforço para não misturar as movimentações da entidade com as 
dos proprietários. Pessoas físicas e jurídicas não devem ser confundidas.
15
Também o Conselho Federal de Contabilidade - CFC assim se manifesta, 
de acordo com o art. 4º da Resolução nº 750/1993, a respeito do princípio contábil 
da entidade: “Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como 
objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.”
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Muito bem. Aprendemos neste tópico que a contabilidade tem uma 
importante função na geração de informações para o processo de tomada de 
decisão. Para isso, coleta e registra os dados gerados pelas operações das entidades 
e fornece aos usuários interessados essas informações. Informações advindas do 
objeto de estudo da contabilidade, que é o patrimônio. Notamos também que, 
para haver a existência de uma boa contabilidade é necessário observar uma regra 
importante, chamada de entidade contábil.
17
AUTOATIVIDADE
1 Cite três usuários da informação contábil.
2 O que é contabilidade? 
3 O Sr. Gil Gastatudo é um próspero empresário e ficou aborrecido com 
os relatórios contábeis apresentados pelo seu contador, pois, em um 
determinado período, sua empresa apresentou resultados negativos e 
começava a apresentar falta de dinheiro em caixa. 
 O Sr. Gil chamou o contador para que lhe explicasse os motivos da falta de 
recursos.
 Então o contador alegou que esses resultados negativos e falta de recursos 
se devem principalmente a uma operação realizada pela empresa do Sr. Gil, 
que foi a aquisição de um veículo Mercedes Benz, zero km, o qual foi dado 
de presente à sua querida esposa.
 Diante disso, aponte o que deixou de ser observado pelo Sr. Gil e como o 
contador deverá observar a contabilidade de agora em diante.
18
19
TÓPICO 2
PATRIMÔNIO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a)!
Você já conhece a definição de contabilidade. Porém, quem pode me 
afirmar que sabe fazer contabilidade?
Alguém poderia dizer: Professor, é claro que não, contabilidade é difícil, 
muito complicada, além do que, existem muitos números... a economia brasileira 
está complicada... a carga tributária é alta demais... as nossas leis estão sempre 
alterando... é isso e é aquilo.
Pois bem. Eu digo que não. 
A contabilidade é fácil demais!
Está enganado quem pensa que a matemática, a economia, a carga tributária, 
a legislação e outras coisas mais dificultam o entendimento da contabilidade. As 
variáveis citadas não interferem na estrutura conceitual da contabilidade, que é 
definitiva e não muda a todo momento. 
Digo ainda que o ato de fazer contabilidade faz parte do cotidiano de todas 
as pessoas. 
Você não acredita nisso? 
Pois é a mais pura verdade, nós fazemos indiretamente contabilidade todos 
os dias e não percebemos. Faz parte do cotidiano de todas as pessoas. 
Como assim, professor?
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
20
Caro(a) acadêmico(a), nós trabalhamos, portanto, temos salários a receber, é 
um direito que temos de no final do mês recebermos nosso rico dinheiro. Quando 
não trabalhamos, eventualmente ganhamos alguma “mesada” de nossos pais, tios, 
irmãos... etc. Quando nós recebemos o nosso dinheiro, pagamos as nossas dívidas, 
tais como: a mensalidade da universidade, plano de saúde, escolas das crianças, 
impostos, consórcios, prestações em lojas, fatura do cartão de crédito,e temos 
ainda as despesas com as contas de luz, água, telefone, internet e outros gastos com 
farmácias, açougues, supermercados, postos de combustíveis etc.
Temos também nossas propriedades: casas, terrenos, motocicleta, bicicleta, 
automóvel etc.
Temos ainda, em eventuais sobras de dinheiro, investimentos como: 
aplicações financeiras, caderneta de poupança, ações de empresas etc.
Eventualmente, quando não temos dinheiro suficiente, buscamos recursos 
com terceiros, como, por exemplo, financiamentos em bancos, saldo devedor do 
cheque especial, empréstimos de dinheiro com os pais, tios, primos, amigos etc. 
Pare um pouco, professor! Que tribulação! Estou ficando maluco!
Percebeu o nosso corre-corre de todo mês? Temos que ter um controle sobre 
tudo isso, certo? Precisamos, também, ter um planejamento de nossas atividades 
para que tudo corra bem, certo?
Sim, e esse controle e planejamento nada mais é do que efetuarmos a nossa 
contabilidade, e todos fazem isso sempre da melhor forma possível.
O planejamento adequado e controle levam a informações confiáveis e 
precisas para uma tomada de decisão eficiente. 
2 CONCEITO DE PATRIMÔNIO
A contabilidade nada mais é do que um instrumento que tem a finalidade 
de planejar e controlar o patrimônio das entidades (pessoas físicas e jurídicas), 
com o objetivo de gerar informações para subsidiar a tomada de decisões.
Falamos antes em planejamento e controle do patrimônio. Mas o que vem 
a ser patrimônio?
Para entendermos o patrimônio, inicialmente iremos estudá-lo através de 
uma representação gráfica, apresentada a seguir, chamada de Balanço Patrimonial:
TÓPICO 2 | PATRIMÔNIO 
21
Balanço Patrimonial
(lado esquerdo) (lado direito)
O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações 
contábeis, e por meio dela podemos identificar/apurar a situação patrimonial e 
financeira de uma entidade em determinado momento. 
Poderemos montar até o nosso balanço, onde veremos que realmente a 
gente sabe fazer contabilidade. Vamos nessa?
Como a nossa contabilidade é pessoal, vamos demonstrá-la o mais 
pessoalmente possível, portanto, precisamos conhecer algumas definições:
Patrimônio – é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a 
uma entidade (pessoa física ou jurídica). São elementos que convencionalmente 
chamamos de riquezas, por serem raros, úteis, fungíveis (característica de troca), 
tangíveis (possuem forma física), desejáveis, avaliados em moeda.
Bens – é tudo o que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça 
necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Do ponto de vista 
contábil, bens são todos os objetos que uma empresa possui, seja para uso, troca 
ou consumo.
 
Os bens podem ser classificados em tangíveis e intangíveis. 
Os bens tangíveis são aqueles que possuem forma física, são corpóreos, são 
palpáveis. Por sua vez, dividem-se em bens móveis, os que podem ser removidos 
de seu lugar, como, por exemplo: mesas, veículos, mercadorias, dinheiro, 
computadores, etc., e bens imóveis, que são os que não podem ser deslocados de 
seu lugar natural, por exemplo, edifícios e construções, terrenos etc. 
Os bens intangíveis são aqueles que embora são considerados bens, não 
possuem existência física, não são palpáveis, não são constituídos de matéria, 
porém, representam um bem significativo para as empresas. São determinados 
gastos que a empresa faz, os quais, pela sua natureza, devem ser considerados 
parte integrante e, por esse motivo, são registrados pela contabilidade como bens.
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
22
Direitos – constituem direitos para as entidades todos os valores a 
receber de terceiros. Esses direitos geralmente aparecem seguidos da expressão 
“a receber”. Como exemplo: duplicatas a receber, promissórias a receber etc. No 
âmbito empresarial esses direitos surgem na maioria das vezes após a realização 
de uma venda a prazo aos clientes. No âmbito pessoal passamos a ter um direito 
no final do mês, após um mês de trabalho. Temos direito de receber nosso salário, 
normalmente, no quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado.
Os bens e direitos irão figurar no lado esquerdo do balanço. Sendo assim, 
nosso patrimônio, representado graficamente pelo balanço patrimonial, ficará 
expresso assim:
Balanço Patrimonial
Bens 
 Dinheiro em caixa
 Marcas
 Máquinas
 Veículos
 Imóvel 
 Mercadorias no estoque
Direitos
 Duplicatas a receber
 Aluguéis a receber
 Promissórias a receber
(lado direito)
Obrigações – são dívidas ou compromissos assumidos perante terceiros, 
ou bens de terceiros que se encontram em nossa posse, e deverão ser pagos ou 
liquidados em data futura preestabelecida. 
É comum, nas empresas, a ocorrência de compras a prazo. Quando isso 
ocorre, a empresa não paga a compra no ato. Nesse caso, a empresa fica com a 
obrigação de pagar a compra no prazo determinado. Essas obrigações geralmente 
aparecem com nomes dos elementos seguidos da expressão “a pagar”.
São intangíveis as marcas, e como exemplo temos algumas bastante conhecidas, 
como a Coca-cola, Perdigão, Nestlé e Sadia. As marcas possuem um grande poder de 
geração de recursos/riqueza a quem as explora. São intangíveis também as patentes de 
invenção (direito de explorar uma invenção), os direitos autorais, o ponto comercial ou 
fundo de comércio etc. 
IMPORTANT
E
TÓPICO 2 | PATRIMÔNIO 
23
Como exemplo de obrigações, temos: duplicatas a pagar, impostos a pagar, 
empréstimos a pagar, salários a pagar, promissórias a pagar etc.
As obrigações, por sua vez, serão relacionadas no lado direito do balanço. 
Assim ficará representado no balanço patrimonial:
Balanço Patrimonial
Bens 
 Dinheiro em caixa
 Marcas
 Máquinas
 Veículos
 Imóvel 
 Mercadorias no estoque
Direitos
 Duplicatas a receber
 Aluguéis a receber
 Promissórias a receber 
Obrigações 
 Duplicatas a pagar a fornecedores
 Empréstimos bancários a pagar
 Salários a pagar
 Impostos a pagar
 Encargos sociais a pagar
 Promissórias a pagar
 Contas a pagar
Muito bem. Vamos fazer nossa contabilidade? 
Com os conhecimentos obtidos até o momento, podemos então estruturar 
nosso balanço. Vamos imaginar, agora, que um de nós possua a seguinte situação 
em 01/03/2010:
Financiamento da casa a pagar 15.550,00 
Dinheiro no bolso 370,00
Salário de fevereiro/2010 a receber 2.500,00
Um automóvel Fiat Uno 12.000,00
Uma casa residencial 70.000,00
Conta a pagar na boutique “chique no último” 500,00
Plano de Saúde a pagar 130,00
Mensalidade da escola a pagar 325,00
Dinheiro no banco em conta de poupança 4.500,00
Cartão de crédito a pagar 455,00
IMPORTANT
E
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
24
Balanço Patrimonial – 01/03/2010
Bens e Direitos Obrigações
Caixa 370,00 Financiamento a pagar 15.550,00
Bancos 4.500,00 Plano de saúde a pagar 130,00
Salários a receber 2.500,00 Mensalidades a pagar 325,00
Automóvel 12.000,00 Contas a pagar 500,00
Imóvel residencial 70.000,00 Cartão de crédito a pagar 455,00
Total 89.370,00 Total 16.960,00
Notamos em nosso balanço que o lado esquerdo é maior que o lado direito 
(89.370,00 > 16.960,00), ou seja, as coisas boas superam as ruins, não é mesmo? 
Então vimos que o nosso patrimônio é o conjunto de bens, direitos e 
obrigações. A contabilidade se preocupa e estuda o patrimônio em seus aspectos 
qualitativos e quantitativos. O aspecto qualitativo consiste em especificar, segundo 
a natureza de cada um, os bens, os direitos e as obrigações que foram devidamente 
qualificados, isto é, especificados segundo a natureza de cada um. O aspecto 
quantitativo consiste em dar a esses bens, direitos e obrigações, seus respectivos 
valores, levando a conhecer o valor do patrimônio da entidade. 
Tais aspectos permitem uma informação mais precisa do tamanho do 
patrimônio da empresa, pois assim podemos responder quanto de dinheiro 
possuímos, qual o valor dos imóveis, quais são os valores que temos a receber, 
qual é o valor dasdívidas, e assim por diante. Assim fica mais fácil avaliar qual é o 
tamanho do nosso patrimônio.
Assim teremos nosso patrimônio apresentado no balanço patrimonial 
a seguir e com a observância dos aspectos qualitativos (consiste em qualificar/
denominar os bens, direitos e obrigações) e quantitativos (consiste em dar aos 
bens, direitos e obrigações seus respectivos valores) do patrimônio:
25
RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico estudamos e aprendemos que:
● O patrimônio é o conjunto de bens, mais direitos e obrigações.
● Os bens são as coisas boas do patrimônio e são divididos em tangíveis e 
intangíveis.
● Os direitos são as coisas que temos a receber dos outros.
● As obrigações são as coisas negativas do patrimônio e em um determinado 
momento temos que pagá-las.
26
1 Conceitue patrimônio.
2 Elabore o seu balanço relacionando seu bens, seus valores a receber e suas 
contas a pagar. Faça a totalização e responda às questões a seguir:
AUTOATIVIDADE
Balanço Patrimonial – Em: ___/___/200_
Bens e Direitos Obrigações
Total dos Bens e Direitos Total das Obrigações
a) Quanto é o total dos seus bens? __________
b) Você possui bens intangíveis: ( ) não ( ) sim. Se sim, qual é o valor? ________
c) Quanto é o total de seus bens tangíveis? _____________
d) Quanto é o total de seus direitos? ______________
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
27
TÓPICO 3
O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A partir de agora, dando continuidade ao estudo do patrimônio, iremos 
analisar, com mais profundidade, que o balanço possui algumas configurações 
resultantes do confronto entre os bens, direitos e obrigações, as quais irão 
resultar em alguns estados patrimoniais favoráveis e desfavoráveis às entidades. 
Estudaremos também como é medida a riqueza de uma entidade, através do 
balanço patrimonial.
2 ATIVO
Você já ouviu alguém falar: aquela pessoa é muito inteligente, trabalhadora, 
ativa, esperta. Claro que já. São qualidades positivas, de coisa boa, certo? Então 
vamos chamar o lado esquerdo do balanço patrimonial de Ativo (sinônimo de 
coisa boa, positiva). Se o Ativo é coisa boa e positiva, nós vamos colocar no lado 
esquerdo os nossos bens e direitos, certo? Assim, então, o ativo, em um primeiro 
momento, compreende o conjunto de bens e direitos de uma entidade. 
Avançando um pouco mais no conceito de ativo, relatamos a seguir, de 
acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC n. 1, que trata da 
estrutura conceitual básica para elaboração das demonstrações contábeis.
 Exporemos como segue: Ativo é um recurso controlado pela entidade 
como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros 
benefícios econômicos para a entidade.
Segue ainda:
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
28
Elementos das Demonstrações Contábeis
Ativos
53. O benefício econômico futuro embutido em um ativo é o seu potencial em 
contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes 
de caixa para a entidade. Tal potencial poderá ser produtivo, quando o 
recurso for parte integrante das atividades operacionais da entidade. Poderá 
também ter a forma de conversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa 
ou poderá, ainda, ser capaz de reduzir as saídas de caixa, como no caso de 
um processo industrial alternativo que reduza os custos de produção. 
54. A entidade geralmente usa os seus ativos na produção de mercadorias ou 
prestação de serviços capazes de satisfazer os desejos e necessidades dos 
clientes. Tendo em vista que essas mercadorias ou serviços podem atender 
aos seus desejos ou necessidades, os clientes se dispõem a pagar por eles e 
contribuir assim para o fluxo de caixa da entidade. 
55. Os benefícios econômicos futuros de um ativo podem fluir para a entidade 
de diversas maneiras. Por exemplo, um ativo pode ser: 
a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de 
mercadorias e serviços a serem vendidos pela entidade; 
b) trocado por outros ativos; 
c) usado para liquidar um passivo; ou 
d) distribuído aos proprietários da entidade. 
56. Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais, têm uma 
substância física. Entretanto, substância física não é essencial à existência 
de um ativo; dessa forma, as patentes e direitos autorais, por exemplo, são 
ativos, desde que deles sejam esperados benefícios econômicos futuros para 
a entidade e que eles sejam por ela controlados. 
57. Muitos ativos, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão ligados a direitos 
legais, inclusive o direito de propriedade. Ao determinar a existência de um 
ativo, o direito de propriedade não é essencial; assim, por exemplo, um imóvel 
objeto de arrendamento é um ativo, desde que a entidade controle os benefícios 
econômicos provenientes da propriedade. Embora a capacidade de uma 
entidade controlar os benefícios econômicos normalmente seja proveniente 
da existência de direitos legais, um item pode satisfazer a definição de um 
ativo mesmo quando não há controle legal. Por exemplo, o know-how obtido 
por meio de uma atividade de desenvolvimento de produto pode satisfazer 
a definição de ativo quando, mantendo o know-how em segredo, a entidade 
controla os benefícios econômicos provenientes desse ativo.
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
29
58. Os ativos de uma entidade resultam de transações passadas ou outros 
eventos passados. As entidades normalmente obtêm ativos comprando-os 
ou produzindo-os, mas outras transações ou eventos podem gerar ativos; 
por exemplo: um imóvel recebido do governo como parte de um programa 
para fomentar o crescimento econômico da região onde se localiza a entidade 
ou a descoberta de jazidas minerais. Transações ou eventos previstos para 
ocorrer no futuro não podem resultar, por si mesmos, no reconhecimento 
de ativos; por isso, por exemplo, a intenção de adquirir estoques não atende, 
por si só, à definição de um ativo. 
59. Há uma forte associação entre incorrer em gastos e gerar ativos, mas ambas 
as atividades não necessariamente coincidem entre si. Assim, o fato de uma 
entidade ter incorrido num gasto pode fornecer evidência da sua busca 
por futuros benefícios econômicos, mas não é prova conclusiva de que a 
definição de ativo tenha sido obtida. Da mesma forma, a ausência de um 
gasto não impede que um item satisfaça a definição de ativo e se qualifique 
para reconhecimento no balanço patrimonial; por exemplo, itens que foram 
doados à entidade podem satisfazer a definição de ativo.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 
10 nov. 2010.
3 PASSIVO
E quando você ouve alguém falar: aquela pessoa é preguiçosa, passiva, 
lenta, sem vontade de nada. São qualidades negativas, de coisa ruim, então 
chamaremos o lado direito do balanço patrimonial de Passivo (sinônimo de coisa 
ruim, negativa). Se o Passivo é coisa ruim e negativa, nós sempre iremos colocar 
deste lado as nossas obrigações (dívidas), certo?
Balanço Patrimonial – 01/03/2007
ATIVO PASSIVO
 Caixa 370,00 Financiamento a pagar 15.550,00
 Bancos 4.500,00 Plano de saúde a pagar 130,00
 Salários a receber 2.500,00 Mensalidades a pagar 325,00
 Automóvel 12.000,00 Contas a pagar 500,00
 Imóvel residencial 70.000,00 Cartão de crédito a pagar 455,00
Total 89.370,00 Total 16.960,00
30
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Indo um pouco mais além no conceito de passivo, relatamos a seguir, de 
acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC n. 1, que trata da 
Estrutura Conceitual Básica para Elaboração das Demonstrações Contábeis, 
relatamos como segue: “Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada 
de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos 
capazes de gerar benefícios econômicos.”
Segue ainda o pronunciamento sobre o passivo:
Elementos de Demonstrações Contábeis
Passivos
60. Uma característica essencial para a existênciade um passivo é que a 
entidade tenha uma obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou 
responsabilidade de agir ou fazer de certa maneira. As obrigações podem 
ser legalmente exigíveis em consequência de um contrato ou de requisitos 
estatutários. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por 
mercadorias e serviços recebidos. Obrigações surgem também de práticas 
usuais de negócios, usos e costumes e o desejo de manter boas relações 
comerciais ou agir de maneira equitativa. Se, por exemplo, uma entidade 
decide, por uma questão de política mercadológica ou de imagem, retificar 
defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado 
conhecidos depois que expirou o período da garantia, as importâncias que 
espera gastar com os produtos já vendidos constituem-se passivos.
 
61. Deve-se fazer uma distinção entre uma obrigação presente e um compromisso 
futuro. A decisão da Administração de uma entidade de adquirir ativos 
no futuro não constitui, por si só, uma obrigação presente. A obrigação 
normalmente surge somente quando o ativo é recebido ou a entidade 
assina um acordo irrevogável de aquisição do ativo. Neste último caso, a 
natureza irrevogável do acordo significa que as consequências econômicas 
de deixar de cumprir a obrigação, por exemplo, por causa da existência de 
uma penalidade significativa, deixem a entidade com pouca ou nenhuma 
alternativa para evitar o desembolso de recursos em favor da outra parte. 
Assim será representado nosso balanço patrimonial: no lado esquerdo o 
ATIVO, composto pelos bens e direitos, e no lado direito o PASSIVO, representado 
pelas obrigações.
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
31
62. A liquidação de uma obrigação presente geralmente implica na utilização, 
pela entidade, de recursos capazes de gerar benefícios econômicos a fim de 
satisfazer o direito da outra parte. A extinção de uma obrigação presente 
pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, por meio de: 
a) pagamento em dinheiro;
 
b) transferência de outros ativos;
 
c) prestação de serviços; 
d) substituição da obrigação por outra; ou 
e) conversão da obrigação em capital. 
Uma obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como 
pela renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos creditícios.
63. Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. Assim, por 
exemplo, a aquisição de mercadorias e o uso de serviços resultam em contas 
a pagar (a não ser que pagos adiantadamente ou na entrega) e o recebimento 
de um empréstimo resulta na obrigação de liquidá-lo. Ou uma entidade 
pode ter a necessidade de reconhecer como passivo futuros abatimentos 
baseados no volume das compras anuais dos clientes; nesse caso, a venda 
das mercadorias no passado é a transação da qual deriva o passivo. 
64. Alguns passivos somente podem ser mensurados com o emprego de um 
elevado grau de estimativa. No Brasil esses passivos são descritos como 
provisões. A definição de passivo, constante do item 49, tem um enfoque 
amplo e, assim, se a provisão envolve uma obrigação presente e satisfaz os 
demais critérios da definição, ela é um passivo, ainda que seu valor tenha 
que ser estimado. Exemplos incluem provisões por pagamentos a serem 
feitos para satisfazer acordos com garantias em vigor e provisões para fazer 
face a obrigações de aposentadoria.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 
10 nov. 2010.
4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em nosso balanço patrimonial “pessoal” elaborado anteriormente, 
notamos claramente a situação patrimonial no dia 01/03/2007. A pessoa em 
questão tem bens e direitos (ativo = coisas boas) no valor de R$ 89.370,00 e tem 
dívidas (passivo = coisas ruins) no valor de R$ 16.960,00. Podemos dizer que a 
situação desta pessoa é bem confortável, pois ela tem muito mais coisas boas 
(ativo) do que coisas ruins (passivo).
32
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
Se a gente observar bem esse “Balanço”, perceberemos que o mesmo ainda 
não está completo, pois tem um detalhe tão claro nele que não poderíamos deixar 
de registrá-lo.
O que será que é?
Como já vimos anteriormente, o total das coisas boas (ativo) é bem maior do 
que o total das coisas ruins (passivo), dando uma diferença positiva de R$ 72.410,00 
(89.370,00 – 16.960,00). Certo? Sim, e isso quer dizer que poderemos transformar 
essa diferença em “dinheiro vivo”, isso mesmo, “grana limpa” na nossa mão, que 
poderíamos chamar de superávit, ou lucro, ou ainda de patrimônio líquido.
Portanto, o patrimônio líquido é igual aos bens mais direitos, menos as 
obrigações. 
Esta diferença, já implícita no lado direito do nosso balanço, nós a tornaremos 
explicita para estabelecer uma igualdade com o lado esquerdo, portanto, o Ativo 
será sempre igual ao Passivo mais o Patrimônio Líquido, pois as nossas “coisas 
boas” serão sempre iguais à somatória das “coisas ruins” com o nosso “patrimônio 
líquido”. Assim, temos:
Balanço Patrimonial – 01/03/2007
ATIVO PASSIVO
 Caixa 370,00 Financiamento a pagar 15.550,00
 Bancos 4.500,00 Plano de saúde a pagar 130,00
 Salários a receber 2.500,00 Mensalidades a pagar 325,00
 Automóvel 12.000,00 Contas a pagar 500,00
 Imóvel residencial 70.000,00 Cartão de crédito a pagar 455,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 72.410,00
Total 89.370,00 Total 89.370,00
Sacou por que o lado direito do balanço será sempre igual ao lado esquerdo? 
Sim. Pois para que haja o equilíbrio entre os lados, surge o Patrimônio Líquido 
ou situação líquida, que demonstra, por sua vez, qual é a verdadeira riqueza do 
patrimônio em questão. 
Pois bem. Assim poderemos apresentar a você a equação básica do 
Patrimônio Líquido (PL):
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
33
PL = Bens + Direitos - Obrigações
PL = 86.870,00 + 2.500 - 16.960,00
PL = 72.410,00
Ou ainda...
PL = ATIVOS - PASSIVOS
PL = 89.370,00 - 16.960,00
PL = 72.410,00
Cabe lembrar que tudo o que vimos anteriormente, aplicado a uma situação 
particular, cada um de nós, as pessoas físicas em geral, vale também para as empresas ou 
pessoas jurídicas.
Da mesma forma, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC nº. 01, 
que trata da Estrutura Conceitual Básica para Elaboração das Demonstrações 
Contábeis (NBC-T-1), conceitua o Patrimônio Líquido da seguinte forma: 
“Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos 
todos os seus passivos.”
Segue ainda o pronunciamento sobre o Patrimônio Líquido:
65. Embora o patrimônio líquido seja definido no item 49 como um valor 
residual, ele pode ter subclassificações no balanço patrimonial. Por 
exemplo, recursos aportados pelos sócios, reservas resultantes de 
apropriações de lucros e reservas para manutenção do capital podem 
ser demonstrados separadamente. Tais classificações podem ser 
IMPORTANT
E
34
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
importantes para a tomada de decisão dos usuários das demonstrações 
contábeis quando indicarem restrições legais ou de outra natureza sobre 
a capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma 
os seus recursos patrimoniais. Podem também refletir o fato de que 
acionistas de uma entidade tenham direitos diferentes em relação ao 
recebimento de dividendos ou reembolso de capital.
 
66. A constituição de reservas é, às vezes, exigida pelo estatuto ou por lei 
para dar à entidade e seus credores uma margem maior de proteção 
contra os efeitos de prejuízos. Outras reservas podem ser constituídas 
em atendimento a leis que concedem isenções ou reduções nos impostos 
a pagar quando são feitas transferências para tais reservas. A existência 
e o valor de tais reservas legais, estatutárias e fiscais representam 
informações que podem ser importantes para a tomada de decisão dos 
usuários. As transferências para tais reservas são apropriações de lucros 
acumulados, portanto, não constituem despesas.
67. O valor pelo qual o patrimônio líquido éapresentado no balanço patrimonial 
depende da mensuração dos ativos e passivos. Normalmente, o valor do 
patrimônio líquido somente por coincidência é igual ao valor de mercado 
das ações da entidade ou da soma que poderia ser obtida pela venda dos 
seus ativos e liquidação de seus passivos numa base de item por item, ou da 
entidade como um todo, numa base de continuidade operacional. 
68. Atividades comerciais e industriais, bem como outros negócios são 
frequentemente exercidos por meio de firmas individuais, sociedades 
limitadas, entidades estatais e outras organizações cuja estrutura legal e 
regulamentar pode ser diferente daquela aplicável às sociedades por ações. Por 
exemplo, pode haver poucas restrições, ou nenhuma, sobre a distribuição aos 
proprietários ou outros beneficiários de importâncias incluídas no patrimônio 
líquido. Independentemente desses fatos, a definição de patrimônio líquido 
e os outros aspectos desta Estrutura Conceitual que tratam do patrimônio 
líquido são igualmente aplicáveis a tais entidades.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 
10 nov. 2010.
Prezado(a) acadêmico(a), você viu que aquilo que considera muito 
difícil, executa diariamente com maestria e, digo-lhe ainda, que a contabilidade 
individual em nada difere da estrutura básica da contabilidade de uma empresa. A 
diferença está que na contabilidade de uma empresa as transações efetuadas têm 
que ser formais, ou seja, têm que ter os lançamentos contábeis, as contas, os livros 
contábeis para registrar tais operações. 
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
35
O importante é você ter a ideia da estrutura contábil na cabeça, daí a 
formalização da movimentação fica muito fácil. Por isso, visualize sempre o 
patrimônio das entidades (pessoas físicas e jurídicas), no balanço patrimonial, 
tendo do seu lado esquerdo (ATIVO) os seus bens e direitos (coisas boas) e do 
seu lado direito (PASSIVO) as suas dívidas (coisas ruins) e a sua riqueza líquida 
(PATRIMÔNIO LÍQUIDO). 
AUTOATIVIDADE
1 O que é Patrimônio Líquido? 
2 Considere a autoatividade de número 2 do tópico anterior, aplique em seu 
patrimônio a equação básica do Patrimônio Líquido e descubra-o:
PL = Bens + Direitos - Obrigações
PL = 
3 Classifique os elementos patrimoniais no quadro a seguir, de acordo com:
1 – Bens, Direitos ou Obrigações.
2 – Ativo ou Passivo.
3 – Positivo ou Negativo.
Elementos 1 2 3
Salários a pagar Obrigações Passivo Negativo
Dinheiro no banco
Duplicatas a receber
FGTS a recolher
Estoque de mercadorias
Microcomputadores
36
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
5 OS DIVERSOS ESTADOS PATRIMONIAIS
Pois bem. Esse novo elemento chamado de patrimônio líquido, juntamente 
com os bens, com os direitos e com as obrigações, completará a nossa representação 
gráfica do patrimônio, permitindo que o total do lado esquerdo seja igual ao total 
do lado direito, dando-lhe forma de equação. Falando nisso, uma já é conhecida 
(PL = Ativo – Passivo). Porém, existem outras possibilidades em que o patrimônio 
pode ser encontrado. Vamos ver?
5.1 SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA
Esta situação ocorre quando a soma dos bens mais os direitos se sobrepõe 
às obrigações, ou seja, quando o ativo é maior que o passivo. 
ATIVO
Bens + Direitos
> PASSIVO
Obrigações 
SITUAÇÃO LÍQUIDA
POSITIVA
50.000,00 + 3.000,00 10.000,00 43.000,00
No Balanço teremos:
Balanço Patrimonial – 31/01/2007
Cia. UNI
ATIVO PASSIVO
 Bens 50.000,00 Obrigações 10.000,00
 Direitos 3.000,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43.000,00
Total 53.000,00 Total 53.000,00
Mesa e cadeiras Bens Ativo Positivo
Empréstimos a pagar
Máquinas e equipamentos
Promissórias a pagar
Dinheiro em caixa
Terrenos
Veículos
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
37
Suponhamos que o dono dessa empresa, a Cia UNI, resolvesse neste 
momento liquidá-la, vendendo todos os bens ao preço que custam; conseguirá obter 
o valor de 50.000,00; vendendo os direitos conseguirá mais 3.000,00, acumulará 
assim 53.000,00. Pagará todas as suas obrigações no valor de 10.000,00, restará para 
ele a importância de 43.000,00.
5.2 SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA
A situação líquida negativa ocorre quando o total das dívidas é superior à 
soma dos bens e direitos. Pode ser chamada de situação líquida negativa, situação 
líquida passiva, situação líquida deficitária, ou ainda, passivo a descoberto. 
Vejamos a seguir:
ATIVO
Bens + Direitos <
PASSIVO
Obrigações 
SITUAÇÃO LÍQUIDA
NEGATIVA
40.000,00 + 2.000,00 60.000,00 18.000,00
No Balanço teremos:
Balanço Patrimonial – 31/01/2007
Cia. UNI
ATIVO PASSIVO
 Bens 40.000,00 Obrigações 60.000,00
 Direitos 2.000,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (18.000,00)
Total 42.000,00 Total 42.000,00
Neste caso, se o proprietário dessa empresa resolvesse liquidá-la, conseguirá 
apurar 42.000,00. Para saldar as dívidas precisará de 60.000,00, tendo em mãos 
apenas 42.000,00, faltarão 18.000,00. Portanto, a situação líquida é deficitária, ou 
seja, o total dos elementos positivos é insuficiente para saldar os compromissos 
assumidos pela empresa. A expressão passivo a descoberto representa a 
insuficiência do ativo para cobrir o passivo. 
38
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
ATIVO
Bens + Direitos
= PASSIVO
Obrigações 
SITUAÇÃO 
LÍQUIDA
NULA
38.000,00 + 7.000,00 45.000,00 0,00
No Balanço teremos:
Balanço Patrimonial – 31/01/2007
Cia. UNI
ATIVO PASSIVO
 Bens 38.000,00 Obrigações 45.000,00
 Direitos 7.000,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 0,00
Total 45.000,00 Total 45.000,00
Se houvesse a liquidação da Cia UNI, teríamos exatamente o suficiente 
para quitar todas as dívidas, não restando nada para o proprietário.
5.3 SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA
A situação líquida nula ocorre quando o ativo corresponde ao mesmo valor 
que o passivo, inexistindo situação líquida. Vejamos a seguir:
Esta situação é pouco comum, porém ocorre com algumas empresas. 
Poderíamos dizer que a empresa acima, a Cia UNI, está quebrada? Não. Ela 
poderá apresentar uma situação desfavorável e assim mesmo poderá desenvolver 
suas atividades normalmente. Cabe destacar que se ela permanecer por muito 
tempo nesta situação, poderá ter sérios problemas e ser uma séria candidata a 
“fechar suas portas”.
TÓPICO 3 | O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
39
LEITURA COMPLEMENTAR
ALFABETIZAÇÃO FINANCEIRA
Robert T. Kiyosaki 
Sharon L. Lechter
O QUE REALMENTE É UM ATIVO?
O que nos ensinam, de geração em geração, é que o Amor ao dinheiro é a 
raiz de todo o Mal. Mas pensemos melhor, “é o Amor ao Dinheiro, não o Dinheiro 
propriamente falando”.
Uma das razões pelas quais os ricos ficam mais ricos, os pobres mais pobres 
e a classe média luta com dívidas, é que o assunto dinheiro não é ensinado nem 
em casa, nem na escola. As escolas se concentram nas habilidades acadêmicas e 
profissionais, mas não em habilidades financeiras. 
Estude arduamente, sim, mas não para trabalhar numa boa empresa. 
Tenha competência financeira. Aprenda a administrar o Risco na Vida e o Enfrente. 
Nunca pare! As pessoas moldam suas vidas por meio de seus pensamentos. Pense 
diferente!
Há uma diferença entre ser pobre e estar quebrado. Estar quebrado é algo 
temporário, ser pobre é algo eterno. Quer ganhar dinheiro? Precisa aprender! 
Aprender a gerar dinheiro; a conservá-lo, e não somente ganhá-lo!
O dinheiro vem e vai, mas se você tiver sido educado quanto ao 
funcionamento do dinheiro, você adquire poder sobre ele e pode começar a 
construir riqueza.
O que eu sou? Um marco! Eu faço a diferença. Eu sou importante. Pense 
assim! Tudo começa em Você!
Se você não puder se decidir logo, não vai aprender nunca a ganhar 
dinheiro. 
O Tempo é um dos melhores mestres, só que ele termina matando todos 
os seus discípulos. A maioria das pessoas quer que todos no mundo mudem, 
menos elas próprias. Se perceber que você é o problema, então poderá modificar 
a si mesmo, aprender alguma coisa e tornar-se mais sábio. É mais

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