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PEÇA_PROFISSIONAL_Trabalho[1]

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PEÇA PROFISSIONAL:
Aldair procurou assistência profissional da advocacia, reclamando que fora contratado, em 1/10/2008, para trabalhar como frentista no Posto Regis e Irmãos, com Camboriu - SC, e imotivadamente demitido, em 26/2/2010 sem aviso prévio. Afirmou estar desempregado desde então. Relatou que recebia remuneração mensal no valor de 650,00, equivalente ao piso da categoria, acrescido do adicional de periculosidade, legalmente previsto. Afirmou ter usufruido ferias pelo 1° período aquisitivo e acusou o recebimento de décimos terceiros salários relativos a 2008 e 2009. Salientou o empregado que laborava de segunda a sexta feira, das 22 horas as 7 horas, com uma hora de intervalo intrajornada. Informou, ainda, o trabalhador que, no dia do seu desligamento o representante legal da empresa chamara-o de "moleque", sem qualquer motivo, na presença de diversos colegas e clientes. Relatou Aldair que tal conduta patronal o constrangera sobremaneira, alegando que ate então nunca havia passado por tamanha vergonha e humilhação. Pontuou que as verbas rescisórias não foram pagas, apesar da CTPS ter sido devidamente anotada no ato de admissão e demissão. Informou que o posto fora fechado em 1/3/2010, estando seus proprietários em local incerto e não sabido.
RESPOSTA: No caso em tela deveria o trabalhador ingressar com uma RECLAMAÇÃO TRABALHISTA (embora não concorde, em prova anterior, o CESPE indicou como resposta RECLAMAÇÃO TRABALHISTA CUMULADA COM AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS) onde seria requerido o pagamento das parcelas rescisórias provenientes da dispensa imotivada, quais sejam:
a) Aviso-prévio com sua integração ao salário para todos os efeitos legais, inclusive com retificação da data de baixa de CTPS; b) Férias proporcionais 2009/2010 (6/12), acrescidas do terço constitucional; c) 13º salário proporcional de 2010 (3/12); d) Liberação das guias do FGTS e seguro-desemprego; e) Pagamento da multa do art. 477 § 8º da CLT; f) Pagamento da multa do art. 467 da CLT; g) Multa de 40% do FGTS; h) Saldo de salário de 26 dias do mês de fevereiro; i) Indenização pelos danos morais sofridos provenientes da ofensa;
OBS:
A – NO POLO PASSIVO DEVERIA CONSTAR A EMPRESA E OS SÓCIOS, CONSIDERANDO QUE O POSTO ESTÁ FECHADO. DEVERIA O CANDIDATO REQUERER A CITAÇÃO POR EDITAL DOS SÓCIOS, JÁ QUE OS MESMOS ESTÃO EM LOCAL INCERTO E NÃO SABIDO (O QUE JÁ AFASTA QUALQUER POSSIBILIDADE DE PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO);
B – PELOS DADOS DO PROBLEMA, CONSIDERANDO A JORNADA INFORMADA (22 HORAS ÀS 07 HORAS, COM 01 HORA DE INTERVALO), EM TESE, CABERIA O PEDIDO DE HORAS EXTRAS (calculadas sobre a hora noturna). ENTRETANTO A QUESTÃO NÃO ABORDA SE AS HORAS EXTRAS FORAM OU NÃO PAGAS. FICA A DÚVIDA SE A BANCA COBRARÁ O PEDIDO DE HORAS EXTRAS E REFLEXOS;
C - Outro pedido possível (embora a questão tenha abordado superficialmente) seria o de diferença do adicional de periculosidade, tendo em vista que o piso salarial da categoria não pode ser inferior ao salário mínimo, o qual, atualmente, é de R$510,00 (quinhentos e dez reais). Logo, com os 30% do adicional de periculosidade, teríamos um salário de, no mínimo, R$663,00;
Trata-se de reclamação trabalhista sob o rito ordinário visto que a empresa foi fechada e seus representantes
se encontram em local incerto e não sabido, à medida que o art. 825-B, II, da CLT assevera que no procedimento
sumaríssimo não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do
reclamado.
Levando-se em consideração que a jornada de trabalho do trabalhador era compreendida entre as 22 h e as 7
h, de segundas às sextas-feiras, com uma hora de intervalo, deverá postular-se o pagamento de horas extras pelo fato
de a hora noturna ser equivalente a cinquenta e dois minutos e trinta segundos (art.7.º, XIII, da Constituição Federal e
art. 73, § 1.º, da CLT), além do adicional noturno por toda a jornada em questão, inclusive sobre a prorrogação além
das 5 h, baseada no § 5.º do art. 73 da CLT. Uma vez recebido o adicional de periculosidade, deverá requerer-se que
os cálculos, tanto das horas extras quanto do adicional noturno, sejam efetivados sobre o adicional de periculosidade
recebido.
As verbas rescisórias também deverão ser postuladas nos seguintes parâmetros: aviso prévio indenizado,
saldo de salário equivalente a vinte e seis dias trabalhados no mês de fevereiro de 2010, férias proporcionais no
importe de seis doze avos, acrescidos do terço constitucional, décimo terceiro salário relativo ao ano de 2010 no
importe de três doze avos, liberação dos depósitos do FGTS acrescidos da indenização rescisória no importe de 40% e
liberação dos formulários do seguro-desemprego.
Pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias (art. 477, § 6.º da CLT), deverá postular-se a multa do § 8.º
do art. 477 da CLT no importe de um salário do trabalhador.
Pela humilhação sofrida, deverá requerer-se a condenação da empresa ao pagamento de indenização por
danos morais.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DUTOR JUIZ DA ____ VARA DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO – RIO DE JANEIRO.
TÍCIO (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, auxiliar administrativo, portador da CTPS nº, portador da carteira de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, cadastrado no PIS sob o nº, filho de (nome da mãe), nascido em (data de nascimento), residente e domiciliado no município de São Gonçalo, na (endereço completo com CEP), vem por seu advogado (nome do advogado), inscrito na OAB sob o nº, com endereço profissional (endereço completo com CEP), onde a partir de então recebe intimação e notificação, propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo procedimento sumaríssimo, em face de ALFA LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº, com sede na (endereço completo com CEP), pelos fatos e fundamentos adiante expostos:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Declara o reclamante não ter condições de custear as despesas processuais sem prejuízo do seu próprio sustento e de sua família.
DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Deixou a Reclamante de submeter sua lide à Comissão de Conciliação Prévia visto que em decisão liminar das ADIns 2139 e 2160 suspendeu a obrigatoriedade da mesma. 
DOS FATOS
O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 04/01/2016 para exercer a função de auxiliar administrativo, recebendo mensalmente a quantia de R$2.000,00 (dois mil reais), sendo demitido de forma imotivada no dia 26/01/2017.
Laborava o Reclamante de segunda a sexta das 08:00 as 17:00 h, sempre com uma hora de intervalo intrajornada.
Ocorre que, apesar de ter sido dispensado imotivadamente em 26/01/2017, até a presente data não recebeu suas verbas rescisórias.
Cumpre esclarecer que não houve aviso prévio de sua demissão, e ainda que durante o pacto laboral o Reclamante não gozou férias, bem como não teve o FGTS depositado durante o mesmo período.
DOS FUNDAMENTOS
 - Das verbas rescisórias:
O reclamante foi demitido sem receber as verbas rescisórias tais como: saldo de salário, aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, FGTS e multa de 40%, o que se requer desde já.
Sendo assim faz jus o reclamante a receber tais verbas.
- Do aviso prévio indenizado:
Os contratos por tempo indeterminado necessitam da comunicação antecipada à parte inocente para evitar a surpresa da ruptura abrupta, em cumprimento ao preceito do art. 7º, XXI da CRFB.
E, ante a Lei nº 12.506/2011, que instituiu o aviso prévio proporcional, faz jus o reclamante ao aviso prévio equivalente a 33 dias.
Cabendo ressaltar que o aviso prévio deverá integrar o tempo de serviço do reclamante para todos os efeitos legais, de acordo com o art. 487, §1º da CLT, devendo incidir sob as férias proporcionais, do 13º salário proporcional e a parcela do FGTS.
- Do saldo de salário não pago:
Faz jus o reclamante receber os 26 dias trabalhados no mês de janeiro de 2017, devendo a reclamada proceder com o pagamento na audiência inaugural, sob pena de pagamento do valor acrescido de multa de 50%, conforme o art. 467 daCLT.
- Da gratificação natalina:
Trata-se daquela correspondente a 1/12 da remuneração devida em dezembro por mês de serviço ou fração de 15 dias trabalhados a ser paga até o dia 20 de dezembro, de acordo com o art. 7º, VIII da CRFB.
Sendo assim, faz jus o reclamante à gratificação natalina proporcional de 2017, na proporção de 2/12, devido a projeção do aviso prévio.
- Das férias:
O descanso anual remunerado é consagrado em todas as legislações por razões médicas, familiares e sociais, prevista na CRFB no seu art. 7º, XVII e na CLT em seu art. 129.
Ocorre que ao longo de todo seu pacto laboral o reclamante não gozou de férias. Sendo assim faz jus do pagamento de 2016/2017 de forma simples acrescida do terço constitucional e ainda a receber as férias proporcionais de 2017/2018, na proporção de 2/12, ante a projeção do aviso prévio, devidamente acrescida do terço constitucional.
- Do FGTS e multa de 40%:
Aduz desde já o reclamante que a reclamada ao longo de todo o pacto laboral deixou de depositar o FGTS, bem como deixou de quitar a multa de 40% estabelecida no art. 18, §1º da Lei nº 8.036/90, o que desde já se requer.
A reclamada deverá fornecer ao reclamante os documentos necessários para a percepção do FGTS. Sendo impossibilitada de realizar o saque deverá a reclamada satisfazer ao reclamante, através de indenização substitutiva, em valores a serem apurados em liquidação de sentença.
- Do seguro desemprego:
A reclamada deverá ainda fornecer os documentos necessários a percepção do seguro desemprego (comunicado de dispensa), sob pena de ser condenada a satisfazer o reclamante, através de indenização substitutiva, em valores a serem apurados em liquidação de sentença.
- Do art. 477, §6º e §8º da CLT:
O reclamante também é credor da multa estabelecida nos parágrafos 6º e 8º do art. 477 da CLT eis que não foi efetuado o pagamento das verbas rescisórias dentro do prazo legal.
- Do art. 467 da CLT:
Cabe ainda ressaltar que as verbas rescisórias deverão ser quitadas na audiência inaugural, na forma do art. 467 da CLT, sob pena de serem acrescidos de 50% do valor na hipótese do não pagamento.
-Dos honorários advocatícios:
Por ser o advogado indispensável à Administração da Justiça, deve a Reclamada ser condenada ao pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais, na forma do art. 133 da Constituição Federal c/c art. 20 do Código de Processo Civil e a Lei nº 8.906/1990.
DO PEDIDO
Face ao exposto, requer a V. Exª a condenação da reclamada nos pedidos elencados:
A concessão do benefício da gratuidade de justiça;
Seja procedida a baixa na CTPS do reclamante com data de 28/02/2017, devido a projeção de 33 dias de aviso prévio;
O pagamento das verbas rescisórias em primeira audiência, sob pena estabelecida no art. 467 da CLT;
O pagamento do aviso prévio de 33 dias no valor de R$2.200,00;
O pagamento do saldo salarial dos 26 dias trabalhados no mês de janeiro/2017, no valor de R$1.733,33;
O pagamento do 13º salário proporcional de 2017, na proporção de 2/12 devido a projeção do aviso prévio, no total de R$333,33;
O pagamento da férias simples de 2016/2017 acrescido do terço constitucional, no total de R$2.666,67;
O pagamento de férias proporcionais de 2017/2018, na proporção de 2/12 devido a projeção do aviso prévio acrescidas do terço constitucional, no total de R$444,44.
Multa do art. 477, §8º face a inadimplência do pagamento da verbas rescisórias no importe de R$2.000,00;
O depósito integral do FGTS devido ao longo de todo o pacto laboral, no total de R$1.920,00;
O depósito do FGTS sobre aviso prévio no importe de R$160,00;
Entrega das guias do FGTS devido ao longo de todo pacto laboral ou pagamento diretamente ao reclamante;
Multa de 40% sobre o FGTS no importe de R$832,00;
Entrega das guias para obtenção do seguro desemprego ou o pagamento da indenização substitutiva pelo não fornecimento das guias na época própria;
Multa do art. 467 da CLT, sobre as verbas incontroversas, no importe de R$6.144,88;
Honorários advocatícios na razão de 20% do valor da condenação, com base no art.133 da CRFB c/c art. 85 do CPC, no importe de R$3.686,93;
Isto posto, requer o reclamante que se digne V. Exª determinar a notificação da reclamada para contestar a presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes pedidos.
DAS PROVAS
Requer a produção de provas na amplitude do art. 369 do CPC, em especial as testemunhais, documentais, periciais e depoimento pessoal do representante legal da reclamada.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$22.121,58 (vinte e dois mil, cento e vinte e um reais e cinquenta e oito centavos).
Pede Deferimento.
DATA
_________________
ADVOGADO
OAB/(sigla do estado)
 Saldo de salário (26/30): R$1.733,33 [INSS: R$156,00] 
 
 Total de descontos sobre férias: R$0,00

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