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AO JUÍZO DA 100ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL. Processo/Reclamação Trabalhista nº SOCIEDADE EMPRESÁRIA ÔMEGA, já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende com FABIANO, vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, tempestivamente , com fundamento no artigo 895 da CLT (no art. 893, II/CLT), e inconformado com a sentença proferida, interpor RECURSO ORDINÁRIO para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, de acordo com as razões anexas. Junta, neste ato, as guias de recolhimento das custas processuais e o comprovante do depósito recursal. Após as formalidades de praxe/legais, requer sejam os autos remetidos ao Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, para apreciação das anexas Razões. Termos em que pede deferimento. Local, data Advogado/OAB AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO. Recorrente: SOCIEDADE EMPRESÁRIA ÔMEGA Recorrido: FABIANO Processo/Reclamação trabalhista nº Origem: 100ª Vara do Trabalho de Maceió/AL RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO Eméritos Julgadores, Douto Relator, Não merece prosperar a decisão proferida pelo juízo a quo, na qual a recorrente foi condenada a realizar o recolhimento do INSS do período trabalhado assim como a pagar o prêmio de assiduidade e as diárias de viagem. Também merece reforma a decisão de não reconhecimento da prescrição e de reintegração do empregado, como também a condenação ao pagamento de dano moral, de entrega de carta de referência, de pagamento de participação nos lucros e de diferença de férias, pelas razões abaixo apresentadas. 1. DO RECOLHIMENTO DO INSS O juiz de primeiro grau rejeitou a preliminar de incompetência absoluta em relação ao recolhimento do INSS, condenando a recorrente a recolher os valores de todo o período laborado, já que realizava os descontos. Não tem razão o magistrado, uma vez que neste aspecto a sentença não tem cunho condenatório, de modo que a Justiça do Trabalho não tem competência material para discutir essa questão, conforme a Súmula Vinculante 53 do STF, a Súmula 368, inciso I, do TST e o artigo 876, parágrafo único, da CLT. Logo, a decisão do magistrado de 1º grau deve ser modificada. 2. DO PRÊMIO DE ASSIDUIDADE preliminar de coisa julgada, porque o prêmio assiduidade foi objeto de acordo devidamente homologado em outro processo, pelo que tem a força de decisão irrecorrível, conforme o Art. 831, parágrafo único, da CLT, 337, VII e §§ 1º e 4º do CPC, art. 502 do CPC e art. 485, V, do CPC. Sendo assim, deve ser reformada a decisão do magistrado da vara trabalhista. 3. DAS DIÁRIAS DE VIAGEM preliminar de litispendência quanto às diárias porque este pedido já está sendo apreciado pelo Poder Judiciário em outro processo, pelo que não pode ser novamente julgado, conforme o Art. 337, inciso VI, do CPC, 337, § 1º, do CPC e 337, § 3º do CPC e art. 485, V, do CPC. Desta forma, a decisão de primeira instância deve ser modificada. 4. DA PRESCRIÇÂO deverá ser sustentado que o instituto pode ser alegado, com sucesso, em razões finais, já que o processo ainda se encontra em instância ordinária, conforme preconiza a Súmula 153 do TST e o artigo 193 do CCB. Consequentemente, a recorrente arguiu a prescrição no momento oportuno permitido por lei, devendo, portanto, ser acolhida. Logo, também merece reforma esta parte da decisão. 5. DA REINTEGRAÇÂO deve ser sustentado que ela é indevida porque o autor não foi eleito dirigente de sindicato, mas de associação interna da empresa, o que não lhe assegura estabilidade, conforme o Art. 543, § 3º, da CLT e Art. 8º, VIII, da CF/88. Portanto, a decisão do juízo a quo deve ser alterada. 6. DO DANO MORAL deve ser sustentado que ele é indevido. A análise do período, que vai do atraso salarial até a inserção do nome no cadastro, mostra que a negativação é muito anterior, não havendo então o nexo causal a justificar a responsabilidade desejada, na forma do Art. 186 e do Art. 927, ambos do Código Civil. No tocante a este aspecto, deve também ser alterada a decisão de 1º grau. 7. DA CARTA DE REFERÊNCIA deve ser sustentado que é indevida a sua entrega porque isso não é obrigação prevista em Lei, daí porque o empregador não se vincula ao desejo do empregado, conforme o Art. 5º, inciso II, da CRFB/88. Também não julgou acertadamente o magistrado neste aspecto. 8. DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS a participação nos lucros é indevida, porque o contrato de trabalho, no período que gerou o direito à PL (2012 e 2013), estava suspenso por doença, de modo que o empregado não colaborou com a lucratividade, conforme Art. 476 da CLT, Art. 1º da Lei nº 10.101/00 e Súmula 451 do TST. Equivocou-se mais uma vez o juízo de 1º grau no tocante à decisão de condenação ao pagamento da PL. 9. DAS FÉRIAS por Lei elas não são contadas em dias úteis, mas corridos, conforme o Art. 130, I, da CLT. Sendo assim, não cabe pagamento de diferença alguma, devendo a sentença ser modificada. 10. DO PEDIDO Diante de todo o exposto, requer a reforma do julgado para determinar o não recolhimento do INSS, o não pagamento do prêmio de assiduidade e das diárias de viagem, a não reintegração do recorrido, o não pagamento de indenização por danos morais, a não entrega da carta de referência, o não pagamento de participação nos lucros e também da diferença de férias. Também deve ser modificada a decisão para reconhecer a prescrição parcial. Termos em que pede deferimento. Local e data Advogado/OAB
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