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petição aula 7 - prática do trabalho

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AO JUÍZO DA 80ª VARA TRABALHISTA DE CUIABÁ/MT. 
 
 
 
 
PROCESSO Nº 1000/2018. 
 
 
 
 
TECELAGEM FIO DE OURO S.A., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº, endereço 
eletrônico, com sede na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, vem, por seu advogado infra 
assinado, endereço eletrônico, com endereço profissional na rua, nº, bairro, cidade, estado, 
CEP, apresentar 
 
CONTESTAÇÃO 
 
às alegações formuladas por JOANA DA SILVA, já qualificada nos autos da AÇÃO 1000/2018, 
pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 
 
1. DA PRELIMINAR DE INÉPCIA 
A reclamante fez pedido de adicional de periculosidade sem apresentar qualquer 
fundamentação para seu pedido. 
Prevê o art. 337, IV/CPC que pedido sem causa de pedir gera inépcia da petição inicial 
no que se refere àquele pedido, devendo tal fato ser alegado em preliminar. 
Desta forma, deve o processo, em relação ao pedido de adicional de periculosidade, 
ser extinto sem resolução de mérito, na forma do art. 485, I/CPC. 
2. DO MÉRITO 
2.1. DA PREJUDICIAL DE MÉRITO 
A reclamante foi contratada pela reclamada em 10.05.08 e pediu demissão em 
29.09.18. Ingressou no judiciário com reclamação trabalhista em 15.10.18. 
Apesar de a reclamante ter ingressado no judiciário no período de dois anos após 
o término do contrato de trabalho, o que não gera a prescrição total, ela apenas 
pode cobrar as verbas dos cinco últimos anos anteriores ao seu ingresso no 
judiciário, ou seja, a cobrança só atinge as verbas até 15.10.13. Todas as verbas 
anteriores a esta data estão prescritas, conforme art. 11/CLT. 
Sendo assim, deve o processo ser extinto com resolução de mérito, em relação a 
todos os direitos anteriores a 15.10.13, na forma do art. 487, II/CPC. 
 
2.2. DA DEFESA DIRETA DE MÉRITO 
 
DO NÃO CABIMENTO DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL 
A reclamante alega ter direito à indenização por dano moral, em virtude de ter 
adquirido doença profissional, porque o mobiliário da empresa não obedecia às 
normas de ergonometria. 
Cabe ressaltar que a própria reclamante juntou laudo de ressonância magnética da 
coluna vertebral, constando diagnóstico de doença degenerativa. O art. 20, §1º, a, 
da Lei 8213/90 dispõe que doença degenerativa não é considerada doença 
profissional. Sendo assim, não há que se falar na existência de qualquer doença 
profissional nem na indenização por dano moral. 
Consequentemente, o pedido da reclamante deve ser julgado improcedente e o 
processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/ CPC. 
 
DO NÃO CABIMENTO DA INTEGRAÇÃO DO PLANO ODONTOLÓGICO 
A reclamante disse, ainda, que a reclamada fornecia plano odontológico 
gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como 
salário utilidade. 
De acordo com o art.458, §2º/CLT, plano odontológico não pode ser considerado 
como salário utilidade. Logo, não há que se falar também em sua integração ao 
salário. 
Consequentemente, o pedido da reclamante deve ser julgado improcedente e o 
processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/ CPC. 
 
DO NÃO CABIMENTO DO PAGAMENTO DA CESTA BÁSICA 
Afirma a reclamante que, nos últimos dois anos, a reclamada fornecia, a todos os 
empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 
2018, violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de 
agosto e setembro de 2018. 
Juntou, ainda, a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2016 a julho 
de 2018, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma cesta 
básica aos seus colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova 
convenção desde então, advoga que a anterior prorrogou-se automaticamente. 
Não assiste razão à reclamante uma vez que o art. 614, §3º/CLT determina que o 
prazo de validade de uma convenção coletiva não pode ser superior a 2 anos, 
sendo vedada a ultratividade de seus efeitos. Sendo assim, não há que se falar em 
pagamento da cesta básica nos meses de agosto e setembro já que a validade da 
convenção foi até julho de 2018. 
Consequentemente, o pedido da reclamante deve ser julgado improcedente e o 
processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/ CPC. 
 
DO NÃO CABIMENTO DA HORA EXTRA (art. 4º, §2º, I/CLT) 
 
DO NÃO CABIMENTO DA TRANSFORMAÇÃO DO PEDIDO DE DEMISSÃO (art. 818, 
I/CLT) 
 
DO NÃO CABIMENTO DO ACÚMULO FUNCIONAL (art. 456, parágrafo único/CLT e 
não tem previsão legal para os 30%) 
 
DO NÃO CABIMENTO DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE (art. 193, I, II, §4º/CLT) 
 
3. DOS HONORÁRIOS 
Requer a condenação da reclamante ao pagamento de honorários advocatícios de 15% 
sobre o valor da causa, na forma do art. 791-A /CLT. 
 
4. DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
a. O acolhimento da preliminar de inépcia do pedido de periculosidade e a 
consequente extinção do processo sem resolução de mérito, na forma do art. 485, 
I/CPC; 
b. O acolhimento da prejudicial de prescrição parcial das verbas anteriores a 15.10.13 
e a consequente extinção do processo com resolução de mérito, na forma do art. 
487,II/CPC; 
c. A improcedência de todos os pedidos do reclamante e a consequente extinção do 
processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/CPC; 
d. A condenação em honorários advocatícios de 15% sobre o valor da causa. 
 
5. DAS PROVAS 
Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em Direito, especialmente a 
documental, documental superveniente, testemunhal e depoimento pessoal do 
reclamante. 
 
Termos em que 
Pede deferimento. 
 
 
Local e data 
Advogado/OAB

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