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Nome: Natan Soares Júlio Matrícula: 201808169841 AV2 – PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO AO JUÍZO DA ...... VARA TRABALHISTA DE DUQUE DE CAXIAS/UF. PROCESSO Nº BB Ltda, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº, endereço eletrônico, com sede na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, vem, por seu advogado infra assinado, endereço eletrônico, com endereço profissional na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, apresentar CONTESTAÇÃO às alegações formuladas por CARLOS GOMES, já qualificada nos autos da AÇÃO XXX, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 1. DA PRELIMINAR DE INÉPCIA A reclamante fez pedido de adicional de indenização por danos morais sem apresentar qualquer fundamentação para seu pedido. Prevê o art. 337, IV/CPC que pedido sem causa de pedir gera inépcia da petição inicial no que se refere àquele pedido, devendo tal fato ser alegado em preliminar. Desta forma, deve o processo, em relação ao pedido de adicional de periculosidade, ser extinto sem resolução de mérito, na forma do art. 485, I/CPC. 2. DO MÉRITO 2.1. DA PREJUDICIAL DE MÉRITO O reclamante foi contratado pela reclamada em 08.02.11 e foi dispensado em 19.08.20. Ingressou no judiciário com reclamação trabalhista em 10.02.21. Apesar de o reclamante ter ingressado no judiciário no período de dois anos após o término do contrato de trabalho, o que não gera a prescrição total, ela apenas pode cobrar as verbas dos cinco últimos anos anteriores ao seu ingresso no judiciário, ou seja, a cobrança só atinge as verbas até 10.02.16. Todas as verbas anteriores a esta data estão prescritas, conforme art. 11/CLT. Sendo assim, deve o processo ser extinto com resolução de mérito, em relação a todos os direitos anteriores a 10.02.16, na forma do art. 487, II/CPC. 2.2 DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL A prescrição quinquenal refere-se ao prazo em que o empregado pode reclamar as verbas trabalhistas, ou seja, reclamar os últimos cinco anos trabalhados. Esta prescrição extintiva de direitos e obrigações, está consubstanciada no art. 11 da CLT e no art. 7º, inciso XXIX, alínea a da Constituição Federal, sobre os pedidos constantes na inicial encontra consonância pois a Reclamatória foi protocolada em 10.02.21, ocorrendo que os pedidos do período anterior a 10.02.16 encontram-se irremediavelmente prescritos. Assim, requer seja admitida a presente prefacial de mérito, para julgar extintos todos os pleitos anteriores a 10.02.16. 2.3. DA DEFESA DIRETA DE MÉRITO DO NÃO CABIMENTO DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL O reclamante alega ter direito à indenização por dano moral, sem apresentar qualquer fundamentação para seu pedido. Consequentemente, o pedido do reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/ CPC. DO NÃO CABIMENTO DA INTEGRAÇÃO DO CURSO O reclamante disse, ainda, que a reclamada pagava a mensalidade do seu curso de Gestão de RH, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade. De acordo com o art.458, §2º/CLT, educação em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático não pode ser considerado como salário utilidade. Logo, não há que se falar também em sua integração ao salário. Consequentemente, o pedido da reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/ CPC. DO NÃO CABIMENTO DA HORA EXTRA (art. 4º, §2º, I/CLT) O Reclamante alega que trabalhava 8 horas extras por mês por excesso de jornada, já que durante dois sábados por mês trabalhava mais 4 horas por dia. O mesmo cumpriu jornada de trabalho de segunda à sexta-feira, nos horários das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 17h (em escala alternada) com 1 hora para intervalo e descanso conforme comprovam os cartões de pontos acostados. Consequentemente, o pedido do reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/ CPC. DO NÃO CABIMENTO DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE (art. 193, I, II, §4º/CLT) Alega o reclamante que durante o período de prestação de serviço colocou sua vida em risco ao rotineiramente guardar produtos em uma sala próxima a casa de energia da empresa. Cumpre ressaltar que durante o contrato de trabalho do Reclamante, o mesmo não estava exposto a agentes perigosos, nem de forma habitual e tampouco intermitente, pois sua função era de almoxarife, ambiente totalmente adequado e seguro para o desempenho das atividades dos empregados da Reclamada. Consequentemente, o pedido do reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/ CPC. 3. DOS HONORÁRIOS Requer a condenação do reclamante ao pagamento de honorários advocatícios de 15% sobre o valor da causa, na forma do art. 791-A /CLT. 4. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a. O acolhimento da preliminar de inépcia do pedido de danos morais e a consequente extinção do processo sem resolução de mérito, na forma do art. 485, I/CPC; b. O acolhimento da prejudicial de prescrição parcial das verbas anteriores a 10.02.16 e a consequente extinção do processo com resolução de mérito, na forma do art. 487,II/CPC; c. A improcedência de todos os pedidos do reclamante e a consequente extinção do processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/CPC; d. A condenação em honorários advocatícios de 15% sobre o valor da causa. 5. DAS PROVAS Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em Direito, especialmente a documental, documental superveniente, testemunhal e depoimento pessoal do reclamante. Termos em que Pede deferimento. Local e data Advogado/OAB
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