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O controle da sobras de materiais na Construção 
Civil é uma forma de proteção ao meio ambiente e 
de estar em dia com a legislação.
 Confira neste ebook como fazer um ótimo 
plano de gerenciamento de resíduos para a sua 
construtora!
ÍNDICE
02
PRINCIPAIS NORMAS
 
CONCLUSÃO SOBRE O 
SIENGE
 
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
03
GERENCIAMENTO 
DE RESÍDUOS: 
COMO COLOCAR EM 
PRÁTICA?
01
GERENCIAMENTO 
DE RESÍDUOS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
4
A construção e a demolição de edificações implicam em uma quantidade 
significativa de resíduos. As sobras dos materiais geralmente são jogadas 
diretamente em um lixo comum ou em terrenos. Quando essas sobras 
não são gerenciadas, resultam em poluição ambiental grave. Os números 
indicam que 60% do lixo sólido das cidades vêm da Construção Civil e 70% 
desse total poderiam ser reutilizados!
Esses dados mostram a importância de ter o controle dos impactos 
ambientais no gerenciamento da obra. Neste caso, a implementação 
da gestão ambiental possibilita o uso de recursos para proteger o meio 
ambiente e medir os resultados ao final. 
A redução de resíduos na Construção Civil pode ser conseguida por meio 
de procedimentos organizacionais que atuam desde a projeção até a 
conclusão da obra. Dessa forma, é possível separá-los e destiná-los ao 
lugar apropriado, como indústrias ou reciclagem. Além do mais, a própria 
empresa pode se beneficiar com essa gestão, pois ela traz redução de 
custos, principalmente na compra de matérias-primas. 
Não há fórmula mágica, mas existem detalhes que fazem uma edificação, 
além de bem estruturada, parceira do meio ambiente. Nesse material 
você vai poder conferir dicas valiosas de como destinar os Resíduos da 
Construção Civil (RCC) de forma correta, e que irão auxiliá-lo na hora de 
gerenciar uma construção. Aproveite a leitura!
INTRODUÇÃO
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1. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
U
ma obra de Construção Civil gera muitos entulhos, como tijolo, 
concreto ou outros materiais utilizados no processo. Segundo o 
presidente da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos 
da Construção Civil e Demolição (Abrecon), Hewerton Bartoli os resíduos 
chegam a apresentar 50% do material desperdiçado no segmento, 
resultando em uma grande quantidade desperdiçada! 
Dessa forma, a geração de resíduos torna-se uma questão delicada, pois 
há uma responsabilidade de assegurar que a construção se adapte às boas 
práticas ambientais. Para isso, é necessário estabelecer uma metodologia 
para minimizar, com urgência, o desperdício na Construção Civil.
As alternativas conscientes que solucionam esse desafio são:
• Reutilização;
• Redução; 
• Reciclagem dos materiais. 
A prática da gestão de resíduo na Construção Civil foi promovida 
principalmente com dois objetivos: de proteger o meio ambiente 
e, consequentemente, tornar clara sua contribuição direta para o 
agravamento poluição. Todo o processo do gerenciamento de uma obra vai 
muito além da eliminação, ele é composto por fases de escolha, separação e 
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destinação do material. 
 
1.1 A Importância de administrar os resíduos na 
Construção Civil
Os resíduos de Construção Civil têm causado sérios problemas ambientais 
e o seu correto gerenciamento reduz o desperdício enquanto ajuda a 
proteger o ecossistema. De acordo com a Associação Brasileira para 
Reciclagem de Resíduos de Construção Civil e Demolição (Abrecon), o 
Brasil joga fora oito bilhões de reais ao ano por não reciclar os materiais!
A substância física de uma estrutura provém de um conjunto de materiais 
que se não forem destinados corretamente tornam-se exploradores 
de recursos ambientais, contribuindo para a degradação por meio do 
esgotamento de recursos e poluição do ar. Sendo assim, há duas razões 
fundamentais para a redução, reutilização e reciclagem desses materiais:
 
 1) Vantagens econômicas: redução dos custos do projeto e aumento 
 de negócios
 2) Vantagens ambientais: minimização da poluição do ambiente e 
 futuro e danos à saúde. 
Entretanto, para que essa divisão de materiais cause impactos positivos, é 
necessário estar atento às normas regidas tanto pelo governo, quanto pela 
construtora que auxiliam na hora de destinar os resíduos ao lugar correto.
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2. NORMAS E INSTRUÇÕES
A
o fazer a gestão de resíduos é preciso estar atento às normas e 
instruções, previstas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA), que torna a logística uma obrigação. A lei nº 12.305 
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com o objetivo de 
proteção da saúde pública e da qualidade ambiental.
Há, também a resolução 307 CONAMA, em que a responsabilidade da 
criação, implantação e acompanhamento das diretrizes especificadas 
nos decretos referentes à organização das sobras de materiais de uma 
obra, é direcionada ao município. Contudo, apesar de todas as normas, 
cabe à construtora a produção e gerenciamento, elaborando projetos 
que indiquem os procedimentos para triagem, acondicionamento, 
transporte e destinação dos resíduos. Para que a gestão de resíduos na 
Construção Civil seja feita de forma correta é importante:
• Estimar a quantidade de resíduos;
• Conscientizar a equipe;
• Fazer a triagem dos resíduos.
Para esse processo, a certificação é a garantia que comprova a realização 
de processos ambientalmente corretos. Ficar dentro da legislação e normas 
previstas é um dever de todas as empresas. Algumas normas estabelecidas 
devem ser levadas em consideração, tais como:
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Um dos pontos positivos de cumprir as normas estabelecidas é a 
contribuição para que a empresa atinja as normas de certificação, 
possibilitando maior organização interna, melhor desempenho no trabalho, 
economia de materiais e ainda leva a empresa à inovação. Essas normas 
contribuem efetivamente para que o gerenciamento dos resíduos na 
Construção Civil seja feito de forma prática e eficaz. 
3. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS: 
COMO COLOCAR EM PRÁTICA
O 
passo mais importante para a reciclagem no canteiro de 
obras é a separação no local. Inicialmente, isso vai levar algum 
esforço extra e treinamento para a equipe que precisa estar 
conscientizada da importância da valorização dos materiais.
Para a separação desses materiais o Plano Integrado de Gestão de 
Resíduos, que provém da Lei 12.305/2010 e determina as alternativas 
de produção das sobras, determina que parte da responsabilidade é do 
ISO 26000
ISO 9000
ISO 14001
RESPONSABILIDADE SOCIAL
GESTÃO DE QUALIDADE
GESTÃO AMBIENTAL
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município. Sendo assim, ele tem que fazer um plano integrado de gestão de 
RCC e, nesse plano, serão definidas as áreas para recebimento e trituração.
Nessas situações, também é possível investir em máquinas que possuem 
potencial para promover a triagem, a trituração e o desvio dos resíduos na 
Construção Civil. Além de reduzir o volume separando em pequenos peda-
ços, como a madeira, para a reutilização. Em alguns casos é possível execu-
tar várias funções com o mesmo material, como por exemplo, telhas e tijolos 
que podem ser utilizados em outras construções.
Para que a equipe seja conscientizada e auxilie no gerenciamento, utilize 
métodos de valorização de trabalho. Programe palestras de conscienti-
zação, aproprie-se de fórmulas que faça o time enxergar a importância da 
1. Reúna os responsáveis da obra, inclusive os fornecedores, para 
estruturar o projeto de forma sustentável, apresentando a impor-
tância da estruturação de recursos. 
2. Elabore o planejamento da obra visando o mínimo de materiais 
possíveis e já programando o destino das sobras. 
3. Observeo modo de produção do começo ao fim e faça o levanta-
mento dos resíduos que serão utilizados. 
4. Utilize métodos eficientes que gerem a reutilização ou reciclagem 
de matéria prima.
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redução de materiais.
A construção deve ser baseada em materiais que devem ser encomendados 
com precisão de acordo com o que será utilizado. Esse processo reduz a 
quantidade dos materiais e reforça a rentabilidade e economia para cons-
trutor e cliente. Os materiais devem ser classificados e mantidos em locais 
adequados. Por exemplo, os recicláveis devem ficar juntos em um ambiente 
separado dos tóxicos. Dessa forma, o gerenciamento dos resíduos na Cons-
trução Civil, é feito de forma mais fácil e ágil.
3.1 Classificando os resíduos - descarte e agentes 
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Como observado na iamgem acima os resíduos podem ser classificados em 
quatro classes: 
 > Classe A: resíduos minerais, resto de concreto, argamassa;
 > Classe B: recicláveis para outros processos: madeira, plástico, papel;
 > Classe C: não recicláveis por falta de tecnologias como gesso 
 e isopor;
 > Classe D: resíduos perigosos como tinta e verniz.
A organização do local da obra facilita no gerenciamento. Se os materiais 
estiverem ordenados conforme suas classes no ambiente, reduzirá a sujeira 
no local e manterá organizado. Para que seu canteiro de obra seja bem es-
truturado, atente-se as seguintes regras:
 > Classifique-os de acordo com cada classe da qual fazem parte;
 > Verifique quantas vezes ele será utilizado;
 > Separe por descarte e agentes: o que poderá ser reutilizado?
Eles podem ser transportados por carrinhos, elevadores de carga ou guin-
chos até o local de depósito escolhido. O destino final deve ser feito confor-
me classes. 
 > Classe A: áreas de reciclagem;
 > Classe B: indústrias; 
 > Classe C e D: retorno para os fornecedores que darão a destinação 
correta para os resíduos. 
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A separação deve ser feita no local de origem. Para manter a limpeza da 
obra é necessário que, ao término, seja novamente realizada a segregação 
dos RCC indicando o destino de reutilização ou reciclagem. De acordo com 
a resolução 307/2002 do CONAMA, o gerador é o responsável pela tria-
gem, visando os locais que serão destinados, mas, também, pela redução, 
procurando utilizar o que é necessário.
3.2 Entendendo a produção de resíduos na construtora - 
formas de redução
A redução é sinônimo de economia, por isso é sempre válido fazer pergun-
tas que direcionam da melhor forma a obra, tais como:
 > É necessária a compra de todos esses materiais?
 > Vou utilizá-los?
 > Se sim, de que forma? 
 > E se sobrar? 
Uma obra deve ser produzida com a ação de gerenciamento pronta. Se so-
brar cimento, por exemplo, é preciso estar ciente que ele pode ser reutiliza-
do e pode ser direcionado à indústria. É necessário ter noção de uso e orde-
nação. 
Neste caso, pode acontecer dos resíduos na Construção Civil terem a possi-
bilidade de ser reutilizados antes mesmo da obra acabar, basta ficar atento 
aos detalhes. Por isso é tão importante o monitoramento e a organização.
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É importante dar atenção ao condicionamento dos resíduos, descrever os 
procedimentos por classe e identificar as características. Esse processo fa-
cilita na hora da gestão que pode ser desenvolvida com alguns métodos de 
organização na hora de executar o plano de ação.
3.3 Desenvolvendo planos de ação - ciclo PDCA
Obras mal planejadas geram desperdícios e altos custos. Faça um cronogra-
ma de serviço, junto com seus fornecedores, que ajude a não causar gran-
des impactos ao meio ambiente. Utilize checklists e relatórios de acompa-
nhamento. 
O ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Adjust), cujo termo traduzido para o por-
tuguês significa planejar, fazer, verificar os resultados finais e corrigir as 
falhas, deve ser utilizado na execução. A melhor forma de prevenir o des-
perdício de materiais é o acompanhamento da obra. É indispensável uma 
avaliação antes, durante e depois do trabalho.
• Planejar: etapa mais importante do ciclo onde você define o objetivo que 
você quer alcançar;
• Agir: ao planejar sua proposta com os fornecedores, treine sua equipe 
para que ela tenha o mesmo norte de trabalho e a consciência de que 
precisa cumprir o objetivo;
• Verificar: meça os resultados daquilo que foi proposto. É importante que 
o conhecimento e os efeitos adquiridos durante o planejamento sejam 
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Para aplicação desse método, é possível utilizar tecnologias que auxiliem e 
resolvam de forma mais eficaz o controle dos materiais comprados, utiliza-
dos, que foram destinados à triagem ou outros meios e, além disso, contri-
buem para que ocorram melhorias neste processo.
3.4 Buscando a tecnologia certa para gestão de resíduos 
na Construção Civil 
Métodos tecnológicos podem contribuir para a organização dos resíduos na 
Construção Civil, possibilitando uma fórmula mais eficaz de identificação. 
A construtora pode investir em aplicação de sistemas que facilitem o pla-
nejamento de gestão. Aplicar métodos tecnológicos é atingir a otimização e 
maximização de resultados. 
estudados para que o próximo processo supere os resultados.
• Ajustar: caso seja verificado algum desvio na execução do que foi plane-
jado.
• Redução do tempo construtivo: o método tecnológico per-
mite um processo mais eficaz; 
• Organização da equipe: um sistema integrado que padronize 
o serviço; 
• Controle de materiais: verificar o estoque, o que está sendo 
utilizado e as sobras.
As vantagens de investir em tecnologia são:
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Um software de gestão especializado na Construção Civil pode auxiliar no 
fluxo de materiais, como a estocagem e a utilização. Nesse mesmo sistema 
é possível cadastrar todos os materiais recebidos e sua destinação final, 
até mesmo sinalizar os que foram reutilizados durante a construção. Assim, 
será possível padronizar os processos, antes, durante e após o serviço no 
canteiro de obras.
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CONCLUSÃO
É possível fazer o gerenciamento dos resíduos na Construção Civil evitando 
que sejam jogados em aterros sanitários. Basta aplicar métodos inovadores 
que possibilitem maior organização interna, melhor desempenho no 
trabalho e economia de materiais, como, por exemplo, a divisão e a 
capacitação da equipe, que deve ser conscientizada da importância desse 
procedimento. 
Todo esse processo deve estar de acordo com as normas estabelecidas 
pela legislação que auxilia no seguimento de cada Classe de Resíduos antes, 
durante e depois da obra. A divisão dos materiais reciclados, reutilizados e 
que devem voltar para os fornecedores nos casos C e D reduzirá a sujeira 
no local, manterá organizado e, principalmente, protegerá o meio ambiente.
Métodos tecnológicos podem auxiliar durante o trabalho. Um cronograma 
de serviço, por exemplo, pode ser realizado juntamente com a equipe de 
forma que assegure cada etapa da obra e ainda garanta cuidado ambiental. 
Uma boa programação da obra, baseada na estruturação, no processo e no 
resultado, permite uma construção segura, organizada e, ainda, protege o 
meio ambiente. 
 O sucesso de uma obra é conquistado por meio de uma gestão preparada, 
que identifica as necessidades, treina a equipe e investe em metodologias 
para a planificação dos resíduos. Utilizar um software de gestão 
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CONCLUSÃO
Gostou do nosso ebook? Tem sugestões? Conte pra gente, envie um 
e-mail para:
contatositesienge@softplan.com.br
especializado na Construção Civil proporciona a redução da produção de 
RCC e ainda resulta no menor consumo de recursos naturais e energia, 
tornando-se ambientalmente e socialmente mais ágil e responsável.
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SOBRE O SIENGE
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REFERÊNCIAS
• Sienge
• Ecycle
• Ministério do Meio Ambiente
• Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal 
• Terra Ambiental
• TecHoje

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