Buscar

TCC - João Marcos - R A 2853

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

JOÃO MARCOS BRINHOLE DE CASTRO
GERÊNCIAMENTO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL, ETAPAS DO GERÊNCIAMENTO
Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Civil da Faculdade Católica Paulista, como requisito parcial para a obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Esp. Jonas Sepulveda Ortolan
Marília 2021
Artigo de autoria de João Marcos Brinhole de Castro, intitulado Gerênciamento dos resíduos da construção civil: etapas do gerênciamento, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil da Faculdade Católica Paulista, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:
Prof. Esp. Jonas Ortolan Sepulveda Orientador
Curso de Engenharia Civil
Prof. Me. Caio Prestupa Rolim Examinador
Curso de Engenharia Civil
Prof. Me. Lucas Pauli Simoes Examinador
Curso de Engenharia Civil
Marília 2021
 (
2
)
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho as pessoas que mais amamos, nossos pais e irmãos.
AGRADECIMENTO
Agradeço em primeiro lugar a Deus que nos iluminou durante toda caminhada desse artigo. Agradecemos aos nossos pais, irmãos e a toda família que sempre nos apoiou. Ao orientador, Prof. Esp. Jonas Sepulveda Ortolan, pelas orientações, atenção e disponibilidade de tempo.
GERÊNCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL: ETAPAS DO GERÊNCIAMENTO
João Marcos Brinhole de Castro1 Faculdade Católica Paulista
Orientador: Profº Esp. Jonas Sepulveda Ortolan2
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho discutiremos sobre as etapas do gerenciamento de resíduos da construção civil, tendo como objetivo demonstrar todos os parâmetros voltados para este assunto mostrando as regulamentações que demonstram a importância do mesmo, demonstrando vantagens e desvantagens até incitando demonstrações desse gerenciamento dentro de uma obra juntamente com a importância deste serviço para o meio ambiente e também ao ambiente de trabalho.
Muitos empreendedores de pequenas empresas no caso construtores indiretos, as vezes até mesmo sem empresas abertas ainda, não se adaptaram a estas soluções, mas estão se enganando, até as grandes empresas se adptaram somente a ter esse gerenciamento no papel, ou seja, dentro da obra ainda continua não realizando o gerenciamento e somente mantendo documentos em dia.
A indústria da construção civil é uma das mais importantes atividades socioeconômicas do Brasil, Segundo a revista SEGS (2020) abrangendo desde a extração de insumos até a construção propriamente dita.
O principal problema dos resíduos de construção civil, do ponto de vista ambiental, é o seu descarte irregular, incentivando a criação de locais de descarte inadequados, o descarte irregular dos resíduos pode trazer uma série de problemas ao ambiente, como a contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas, oferecendo abrigo e condições favoráveis ao desenvolvimento de agentes patogênicos e animais peçonhentos, além do visual desagradável que proporciona, influenciando diretamente de modo negativo na qualidade de vida da população.
1 Graduando em Engenharia Civil pela Faculdade Católica Pauista (UCA). E-mail: jmarcoscastro1998@outlook.com
2 Docente da Faculdade Catolica Paulista (UCA). Graduado em Engenharia de produção mecânica na Universidade de Marília e especialista em Gestão de processos industriais na Universidade de Marília.
 (
10
)
Tem-se necessária, também, a potencialização do uso dos resíduos na geração de matérias-primas secundárias através da reciclagem, com vistas a redução da exploração dos recursos naturais não-renováveis, de maneira que contribuam nas condições ambientais dos espaços urbanos (FRIGO, SILVEIRA, 2012). Em seu estudo, Pinto (1999) observou uma média da geração per capita de resíduos da construção civil no país de 510 kg (hab. ano), com uma variação de 230 até 760 kg (hab. ano) De fato, as estimativas internacionais sobre a geração per capita desse resíduo variam entre 130 e 3.000 kg (hab. ano), (AZEVEDO, KIPERSTOK, MORAES, 2006).
Em geral, em muitos canteiros de obras, observa-se o negacionismo da questão ambiental, quase sempre acompanhado de uma postura relativa das empresas às obrigações ambientais.
O principal instrumento da legislação referente aos resíduos sólidos no Brasil é dado pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), Lei Federal n° 12.305, de 2 de agosto de 2010, que dispõe sobre a adequada gestão dos resíduos sólidos, sendo regulamentada pelo Decreto n° 7.404, de 23 de dezembro de 2010, que estabelece normas para execução de que trata a PNRS. A Resolução n° 307 do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, alterada pelas Resoluções n° 348, n° 431 e n° 448. A Resolução CONAMA N° 307, estabelece a gestão dos RCC no país, com critérios, diretrizes, procedimentos e dá responsabilidades e deveres a serem seguidos pelos municípios quanto ao gerenciamento destes resíduos. Assim, o Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil constitui-se como um instrumento para minimização dos danos ambientais advindos do setor em questão.
Deste modo, este trabalho tem como objetivo apresentar as principais etapas no que concerne ao gerenciamento de resíduos da construção civil no âmbito da legislação vigente juntamente com a importância da fiscalização dos governos dos estados brasileiros, apresentando também as importâncias sobre a educação ambiental perante todas as empresas no dever de ensinar não somente os funcionários de escritório mas também no âmbito de ensinar os funcionários de obra como , pedreiros, carpinteiros, armadores etc... Dentro desse meio demonstrarei exemplos de situações de diversas formas adquiridas por mim mesmo no meu local de trabalho onde está situado na cidade de Marília – SP, mas também demonstrarei exemplos buscando por meios de pesquisa, objetivamente mostrando a importância de saber as etapas do gerenciamento de resíduos da construção civil.
2 DESENVOLVIMENTO
Os resíduos da construção civil podem ser fragmentos de tijolos, blocos cerâmicos, concretos, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, argamassas, gessos, entre outros.
Com a Resolução 307 da Comissão de Meio Ambiente – CONAMA, tais resíduos foram classificados conforme classes, demonstrando resíduos que podem ser reutilizáveis ou reciclados para serem utilizados como agregados.
Assim, os resíduos da construção civil são classificados de acordo com a resolução Conama 307 em:
1. Classe A (resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados).
2. Classe B (resíduos recicláveis para outras destinações).
3. Classe C (resíduos nos quais ainda não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis).
4. Classe D (resíduos perigosos oriundos do processo de produção). Assim como demonstrado na figura 1.
Para entendermos melhor como funciona esse gerenciamento dentro de uma obra pode mos demonstrar o mesmo com um plano, conhecido como Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC.
Este plano deve atender as diretrizes para obtenção de resultados eficientes e eficazes no processo de gestão de resíduos sólidos da construção civil.
Figura 1 – Diferciações de classes de resíduos
Fonte: Prefeitura de são josé dos pinhais (2021)
Tendo em vista esse plano, para melhor atendermos a obra podemos demonstrar também uma tabela com os segmentos a serem cumpridos pelos autores de seus resíduos, ou seja, trabalhadores do setor da construção, na figura 2 será demonstrado uma tabela utilizada pela empresa Construtora 01
Figura 2 – Gerênciamento de resíduo da Construtora 01
Autoria própria, 2021
Isso tudo sabendo que em cada empresa este gerenciamento pode ser feito por uma pessoa responsável escolhida pelo engenheiro responsável da obra, no caso, cada empresas o engenheiro responsável pode ter um meio de realizar este PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção.
Neste caso comparei os planos de gerenciamento de 2 empresas em que pratico meu estágio para conclusão do curso, onde os dois utilizamde métodos variados para realizar o plano, logicamente seguindo todas as normas estabelecidas pelo plano do governo do estado para descarte desses materiais, de acordo com as normas estabelecidas pelo CONAMA, onde um fato muito importante é a empresa que pratica o transporte e descarte dos resíduos gerados no local.
Diversas empresas optam por terceirizar esse gerenciamento por conta de tempo e locação de transportes, onde é muito importe todas as empresas que trabalham nesse ramo ter todos os laudos em dia e demonstrações onde seguem os planos de governo para descarte de materiais, esses planos podem também serem encontrados na CETESB (Companhia Ambiental
do São Paulo) no caso das empresas em exemplo citado acima ambas utilizam a empresa 01 localizada na cidade de marília.
A empresa pode dividir esses descartes de acordo com o seu próprio gerenciamento, no caso, o resíduo coletado ou recebido passa pelo processo de trituração que reduz os materiais para reaproveitamento em obras e cascalhamento de estradas rurais, transformando em areia, brita, pedrisco e bica corrida reciclada sendo revendidas como matéria-prima com uso diversos na área da construção civil, obtendo um certificado que comprove todos esses descartes e onde pode ser utilizado executando um serviço de coleta, recebimento, triagem, tratamento e aterro de resíduos inertes da Construção Civil, fazendo a destinação correta destes resíduos, emitindo para o CTR – Controle de transporte de resíduos e o Certificado de Correta Destinação Ambiental.
A diferenciação dessas etapas está como citado na Figura 1, sendo utilizada pra todos os meios de descarte corretos para seus devidos fins, sendo muito importante essa definição para não ocorrer o descarte incorreto de seu devido material que pode gerar multas a empresa e até pode gerar o bloqueio da empresa a executar a construção civil, pela legislação ambiental, os geradores são obrigados a cuidar do gerenciamento, transporte, tratamento e destinação final de seus resíduos, e essa responsabilidade é contínua e interrupta.
A esperança é que as empresas invistam em tecnologia e instalações para tratamento e disposição de resíduos.
O descarte de resíduos em locais inapropriados é caracterizado como crimes ambientais. Além das punições ambientais as empresas podem perder as certificações ambientais.
As principais leis que tratam sobre o correto gerenciamento de resíduos são:
· Lei 12.305/2010 – Política Nacional dos Resíduos Sólidos;
· Lei 11.445/2007 – Política Nacional de Saneamento Básico;
· Lei 6.938/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente. Esta política define que o poluidor é obrigado a indenizar pelos danos ambientais que causar.
É importante lembrar que as leis enumeradas são apenas parte do Direito Ambiental do País, que ainda possui inúmeras outras matérias, como decretos, resoluções e atos normativos.
Há também regulamentações de órgãos comprometidos para que as leis sejam cumpridas, como é o caso do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e do Ministério do Meio Ambiente.
A contaminação dos resíduos influencia na rotina do ser humano, podendo causar doenças e, em casos mais graves, até a morte.
2.1 Etapas do gerenciamento e suas explicações.
Nesta seção vou demonstrar as etapas a serem seguidas para realizar o seu gerenciamento correto do descarte de materiais na construção civil.
ETAPA 01:
Identificar e estudar sobre os tipos de materiais que você vai utilizar na sua obra, obtendo informações em sites que o seu munícipio oferece para realização do descarte correto no local correto, tendo em vista sempre deixar o seu material no local correto, tanto na obra, quanto na onde você ira descarta-lo seguindo todas as normas que são passadas sobre o mesmo.
Como já demonstrado na figura 1 os tipos de materiais e suas classes podemos ver na figura 3,4 e 5 um exemplo para um local apropriado para escarte do material dentro da obra.
Figura 3 – Gerênciamento de resíduo da Construtora Construtora 01
Fonte: Autoria própria, (2021)
Figura 4 – Gerênciamento de resíduo da Construtora 01
Fonte: Autoria própria, (2021)
Figura 5 – Gerênciamento de resíduo da Construtora 01
Fonte: Autoria própria, (2021)
Já na figura 6 é demonstrado um local inapropriado para descarte de materiais, colocando-se em vista que diferentes matérias são descartadas todos juntos e misturados podendo gerar diversas situações de riscos tantos ambientais quanto riscos a própria saúde de qualquer pessoa, observando-se que o descarte inapropriado de qualquer tipo de material é considerado crime ambiental.
Figura 6 – Material descartado inapropriadamente.
Autoria própria, 2021
ETAPA 02:
Após ter realizado e disponibilizado este ambiente correto para o material de descarte é sempre necessário ter uma pessoa para a fiscalização de que o material seja descartado de forma correta como por exemplo verificar se os pedaços grandes de aço/metal não venham junto com concreto ou com qualquer outro tipo de material e assim para cada recipiente devido de sua destinação, com a fiscalização em cima disso baseando-se de acordo com as normas estabelecidas para que não haja erros, como exemplo mostrado na figura 7, onde os mateiais estão empilhados de maneira incorreta e sem um local ou recipiente para o descarte correto.
Onde também na figura 8 vemos o exemplo de fiscalização onde o autor do crime ambiental de descarte incorreto de material está sendo autuado e obrigado a retirar o material que está causando danos.
Figura 7 – Gerênciamento de resíduo incorreto encontrado em uma obra pela rua.
Autoria própria, 2021
Figura 8. Fiscalização autuando pessoa que descartou materiais que prejudicam o ambiente em local irregular. (Rostos tampados para não expor pessoas)
Autoria própria, 2021
Para esse controle ser feito, você utiliza uma parceria de terceiros para o descarte dos materiais, também é sempre bom você ter o controle de saídas e entradas do mesmo no local da obra, figura 9, para que você não possa sofrer com futuras multas e nem pare de produzir na obra por conta de erros tomados pela empresa contratada.
Figura 9 – Exemplo de romaneio de empresa terceirizada para descarte correto do material
Autoria própria, 2021
Juntamente com a fiscalização da empresa contratada para descarte de material ou gestão de resíduos da sua contrução, vem o controle de resíduos de cada etapa da sua contrução, desde a fundação escolhida até o acabamento do material escolhido, esse controle pode ser feito pelo engenheiro da obra com alguma tabela específica identificando o tanto calculado, o tanto que foi solicitado e o tanto que o construtor gastou para executar esse serviço.
A seguir demonstração de uma tabela de autoria própria:
	LEVANTAMENTO DE RESÍDUOS - CASAS MODELO EM ALVENARIA CERÂMICA ESTRUTURAL
	MATERIAL PARA MEDIÇÃO: CARRIOLA (OU CARRINHO DE MÃO)
	QUANTIDADE: 28
	UNIDADE DE MEDIDA:
UN
	
	MEDIDA DE UMA CARRIOLA (OU CARRINHO DE MÃO):
60 LITROS
	TOTAL (EM LITROS)
1680 L
	
TOTAL (EM M³)
1,68 m³
	LEVANTAMENTO DE RESÍDUOS - CASAS MODELO EM ALVENARIA CONCRETO ESTRUTURAL
	MATERIAL PARA MEDIÇÃO CARRIOLA (OU CARRINHO DE MÃO)
	QUANTIDADE 54
	UNIDADE DE MEDIDA
UN
	
	MEDIDA POR MATERIAL DE MEDIÇÃO
60 LITROS
	TOTAL (EM LITROS)
3.240 L
	
TOTAL (EM M³)
3,24 m³
Na tabela acima vemos um exemplo de controle de resíduo gerado em uma casa de alvenaria em bloco cerâmico estrutural e bloco de cimento estrutural, este controle foi realizado para melhor gerenciar os gastos obtidos com os diferentes materiais, mas podendo ser utilizado para qualquer outro material, obtendo-se a metragem cubica de resíduo gerado por tal material, isto serve também para obtermos o controle de gastos pelo descarte de materiais.
ETAPA 03:
A etapa do transporte define-se pela remoção dos resíduos dos locais de origem para estações de transferências, centros de tratamento ou, então, diretamente para o destino final, por diferentes meios de transporte, como caminhões, caminhonetes ou até mesmo navios, como demonstrados na figura 9 e 10.
Figura 8. Caminhãoque são apropriados para carregamento de entulhos
Autoria própria, 2021
Figura 10 – Embarcação que são apropriados para carregamento de entulhos
Autoria própria, 2021 Figura 11. Exemplo de transporte incorreto de entulho.
Autoria própria, 2021
É importante implantar uma logística para o transporte, provendo acessos adequados, horários e controle de entrada e saída dos veículos que irão retirar os resíduos devidamente acondicionados, de modo a combater o acúmulo excessivo de resíduos, melhorando a organização local e também uma das importâncias em se contratar empresas licenciadas para o transporte correto desses entulhos e materiais descartáveis fica onde se tem por ai várias pessoas que utilizam da famosa “gambiarra” para carregar esses tipos de materiais podendo causar acidentes que podem ser até fatais, um exemplo demosntrado na figura 11.
As empresas transportadoras devem possuir licença ambiental para esta atividade específica, a ser emitida pelo órgão competente. Também, é necessário estabelecer para o transporte interno, a indicação de colaborador para a realização da atividade de transporte, principalmente quanto aos resíduos com características domésticas, que podem ser enviados a cooperativas de reciclagem ou para o serviço público de coleta, sendo altamente desejável a segregação e o acondicionamento adequados destes resíduos.
ETAPA 04:
Tratamento e destinação final O tratamento dos resíduos são ações corretivas que podem trazer benefícios, conforme estabelecido na PNRS, como a valorização dos resíduos e os inserindo novamente na cadeia produtiva, ganhos ambientais com a redução do uso dos recursos naturais, pela minimização da poluição, pelo aumento da vida útil de operação dos locais de disposição final e a geração de emprego e renda.
A etapa de tratamento dos resíduos envolve as ações destinadas a reduzir a quantidade ou o potencial poluidor dos resíduos sólidos, seja impedindo descarte de rejeito em local inadequado, seja transformando-o em material inerte ou biologicamente estável.
Dadas as prioridades, quando verificadas as alternativas de tratamento para a reutilização e reciclagem, e por fim resultar nos rejeitos, estes devem ser dispostos da disposição ambientalmente correta dos resíduos, a PNRS define como a distribuição ordenada em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais.
Os resíduos possuem tratamentos e destinações ou disposições finais de acordo com a classe a que pertencem classe A Resíduos de cimento, argamassas e de componentes cerâmicos, para que possam ser reaproveitados, devem ser enviados até áreas de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, como prevê a resolução CONAMA n° 307 de 2002. Nestes locais ocorre a 46 triagem, o armazenamento temporário dos materiais segregados, a transformação ou remoção para destinação adequada, sempre se levando em conta a garantia da saúde e segurança das pessoas. Também podem ser enviados a aterros de resíduos
Classe A: Reservação de material para usos futuros. Segundo CONAMA art. 307, quando houver remoção de solos, deve-se dar preferência à utilização na própria obra.
Não sendo possível, pode-se reutilizar na recuperação de solos contaminados, aterros e terraplanagem de jazidas abandonadas, utilizar em obras que necessitem de material para aterro (mediante autorização do órgão competente), ou, ainda, encaminhar o solo para aterros de resíduos Classe A.
Classe B: Resíduos como metal, plástico, papel, papelão e vidro devem ser encaminhados a usinas de reciclagem.
Quanto às madeiras, de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (SINDUSCON-MG), deve-se verificar a possibilidade da reutilização das peças mesmo que tenham sido danificadas, recortando-as adequadamente de modo a utilizá-las em outros locais.
Caso não seja possível a utilização na própria obra, as madeiras, sem contaminantes como tintas e vernizes, podem ser destinadas para cogeração de energia ou matéria-prima para empresas e entidades (SINDUSCON-MG, 2008).
Classe C: Os resíduos da Classe C não possuem possibilidade de reciclagem ou recuperação viáveis até o momento.
Podem ser encaminhados a aterros industriais para resíduos não perigosos e não inertes.
Classe D: Os resíduos perigosos devem ser encaminhados para aterros industriais, que têm tecnologia para minimizar os danos ambientais do passivo.
De acordo com Cunha Júnior, tintas e vernizes podem ser enviados para empresas que reciclam esses materiais, contudo, quando a quantidade gerada não for significativa, essa destinação pode não ser viável na prática.
Veja como o exemplo na figura 12, onde demonstra toda uma organização referente a descarte de material apropriado e regulamentado.
Figura 12. Empresa trabalhando com o gerenciamento de resíduos da construção civil.
Autoria própria, 2021
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que a gestão de resíduos da construção civil seja eficiente, o entendimento dos colaboradores quanto aos motivos que levaram à execução de determinadas práticas na obra é fundamental.
A Educação Ambiental tem como seu principal objetivo o fomento à participação e mobilização comunitárias, através da difusão e incorporação de conceitos e práticas, de forma de induzir dinâmicas sociais, promovendo abordagem colaborativa e crítica das realidades socioambientais e uma compreensão autônoma e criativa dos problemas que se apresentam e das soluções possíveis para eles.
Por meio da educação ambiental pode-se sensibilizá-los conforme sejam fornecidas informações de como sua atuação tem influência sobre o meio.
A sensibilização dos envolvidos deve ser realizada em palestras, treinamentos, dinâmicas e outras abordagens educativas que facilitem o ajuste do comportamento das pessoas aos objetivos propostos.
Essas práticas educacionais devem ser aplicadas durante todo o processo de construção. 47 Com a sensibilização, mobilização e educação ambiental dos trabalhadores no canteiro de obras, há maior prevenção de falhas no planejamento das etapas de segregação, acondicionamento e transporte dos
resíduos. De fato, há também o ganho social, já que o emprego do conhecimento adquirido não se restringe ao ambiente de trabalho, podendo ser aplicável no dia-a-dia das pessoas.
O gerenciamento de resíduos da construção civil é instrumento definido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos e pela Resolução CONAMA n° 307 de 2002 e que objetiva a correta gestão dos resíduos gerados nos canteiros de obras.
É do conhecimento prévio dos resíduos gerados que se definem as etapas de acondicionamento, transporte e tratamento e destinação final, levando-se em conta os critérios e diretrizes da legislação pertinente.
Destaca-se também a importância da educação ambiental nos canteiros de obras, de forma a contribui para a correta execução do que foi planejado, além do desenvolvimento social que proporciona às pessoas envolvidas.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO AF. A aplicação da metodologia de produção mais limpa: estudo em uma empresa do setor de construção civil [dissertation]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2002. 120 p. Arquivo em PDF. Azevedo GOD, Kiperstok A, Moraes LRS.
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. NBR 10004: Resíduos Sólidos
– Classificação. Rio de Janeiro, 2004.
CÂMARA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Guia de Sustentabilidade na Construção. Belo Horizonte: FIEMG, 2008. 60p. Disponível em: https://www.sinduscon- mg.org.br/site/arquivos/up/comunicacao/guia_sustentabilidade.pdf. Acesso em: 05 abr. 2020
EVANGELISTA, NEUZA; TENÓRIO, JORGE ABERTO; OLIVEIRA, JOSÉ ROBERTO.
Pozolanicidade dos resíduos industriais, lã de vidro cerâmica. REM: Revista da escola de Minas, Ouro Preto, MG v. 65, n 1, p. 79-85, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rem/v65n1/a11v65n1.pdf
Monografias Ambientais. 2012; 9(9): 1938-1952. Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM. Manual de gerenciamentointegrado de resíduos sólidos. 1 st ed. Rio de Janeiro: IBAM. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reget/article/view/20558
(FERREIRA et al., 2014). A resolução CONAMA Nº 307, de 5 de julho de 2002,(Prefeitura de S. J. dos pinhais 2021): Disponível em:http://www.sjp.pr.gov.br/secretarias/secretaria-meio- ambiente/servicos/empresas-transportadoras-de-residuos-de-construcao-civil.
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) através da resolução n° 307 de 05/07/02 – DOU de 17/07/02; Disponível em: http://www.maceio.al.gov.br/wp- content/uploads/admin/documento/2014/10/Res%C3%ADduos-de- Constru%C3%A7%C3%A3o-Civil-Resolu%C3%A7%C3%A3o-N%C2%BA-307.pdf
Ministério do meio ambiente, Brasil, 2000: Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/
Barbosa,MarleneHenriques,15/12/2016,publicadoem: https://www.teraambiental.com.br/blog-da-terra-ambiental/4-leis-sobre-tratamento-de- resíduos-que-grandes-empresas-precisam-saber
Yoshiya, nakagawara ferreira nakagawara, 27/11/2015, publicado em: https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/as-principais-leis-ambientais- brasileiras
Brasil, Lei nº 714/2017: Reaproveitamento de resíduos na construção civil, 27/10/2017 https://www.vgresiduos.com.br/blog/lei-no-7142017-reaproveitamento-de-residuos-na- construcao-civil/
Gardênia Oliveira David de Azevedo,Asher Kiperstok,Luiz Roberto Santos Moraes, 03/2016, publicado em:
https://www.scielo.br/j/esa/a/LB9mqGzbdskdNMFr6BjhzWS/abstract/?lang=pt&format=html
Mayer, Luciana, 07/07/2021, publicado em:
https://www.segs.com.br/mais/economia/298873-mercado-de-construcao-civil-registra- crescimento-acima-do-pib-brasileiro
Reis, joao conrado de oliveira, Resvista do CEDS (ISSN 2447-0112), Nº 9, AGO/DEZ – 2018, publicado em:
http://sou.undb.edu.br/ceds/revista?utm_source=direto
Marcos Vinicius Oliveira de Sá, Alexandre José de Andrade Malheiros, Dr. Claudemir Gomes de Santana, 08/2018, publicado em:
http://sou.undb.edu.br/public/publicacoes/a-importancia-da-resolucao-conama-307-para-a- gestao-dos-residuos-solidos-da-construcao-civil-marcos-vinicius-alexandre-jose-e-claudemir- gomes.pdf
Jhon, vanderley Moacir, FIEMG, MINASCON, 2008, publicado em: https://www.sinduscon-mg.org.br/site/arquivos/up/comunicacao/guia_sustentabilidade.pdf

Outros materiais