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Economia Analítica: Tendências e Aplicações da Tecnologia da Informação nos Negócios

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INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE 
 
 
 
 
YAN VIEIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA ANALÍTICA: TENDÊNCIAS E APLICAÇÕES DA 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NOS NEGÓCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPRIÁ/SE 
2019 
YAN VIEIRA DOS SANTOS 
 
 
 
ECONOMIA ANALÍTICA: TENDÊNCIAS E APLICAÇÕES DA 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NOS NEGÓCIOS 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Instituto 
Federal de Sergipe como elemento 
de avaliação da disciplina 
Fundamentos da Gestão da 
Tecnologia da Informação. 
 
 
 
 
 
 
Orientador: CLEBERTON CARVALHO SOARES 
 
 
 
 
 
 
PROPRIÁ/SE 
2019 
RESUMO 
 
O seguinte exposto tem o objetivo de analisar o novo cenário da economia, alinhando 
as suas mudanças de momentos anteriores às novas tendências de mercado e 
tecnologias. A chamada era da informação exigiu tal remodelagem em modelos de 
negócios, a fim de garantir que os mesmos acompanhem a onda tecnológica, presente 
em qualquer organização que ambicione sucesso e lucros. A partir dessa premissa, a 
seguinte pesquisa expõe, de forma sucinta, diferentes tipos de tecnologias que são 
vitais para a Economia Analítica. 
 
Palavras-chaves: [Tecnologias; Negócios; Mercado; Dados.] 
 
INTRODUÇÃO 
 
Com o avançar da globalização, a Internet e tecnologias atreladas à mesma 
começaram a fazer-se mais presente em organizações em todo o mundo, a fim de 
acelerar processos, captar dados e, principalmente, garantir a tão desejada vantagem 
competitiva, tornando tais aplicações lucrativas ao negócio. 
A Tecnologia da Informação é um dos fatores, através de seus dispositivos e 
ferramentas, que propiciam uma gama de dados, elemento de grande valor e busca 
por organizações, para posteriormente serem transformados em informação, através 
de sistemas de informação, tornando-se vitais na ânsia de sobressair-se num mercado 
tão competitivo e abrangente como o que vem se apresentando nos dias atuais. 
Para Meireles, “a Tecnologia da Informação tornou-se um fator de custo relevante, 
seus gastos representam em média 7,6% da receita anual e podem ultrapassar aos 
10% dependendo da atividade da organização”. 
Considerando esse cenário de mudanças, práticas de mercado tornaram-se 
obsoletas, surgindo um novo conceito na economia: a Economia Analítica. Essa nova 
maneira de observar os negócios tem ganhado cada vez mais destaque no mercado 
em face à grande quantidade, velocidade e variedade de dados, sendo de obrigação 
da empresa o manuseio correto desses dados, utilizando-os da melhor forma. 
DESENVOLVIMENTO 
 
1. A Tecnologia da Informação e Comunicação na empresa moderna 
 
Para Foina, A TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) é um conjunto de 
métodos e ferramentas, mecanizadas ou não, que se propõe a garantir o fluxo, a 
qualidade e pontualidade das informações dentro da cultura organizacional. 
Dentro do negócio, a TIC propicia os mais diversos fatores para que se atinjam 
objetivos, municiando a empresa das suas ferramentas para, dentre outras coisas, 
compreender de forma completa o negócio, determinar informações estratégicas e 
necessárias para a gestão da organização e estruturar o trânsito de informações para 
o apoio às decisões e para o controle das operações da empresa. 
Para que se alcancem essas metas, a TIC provê-se de desktops, bancos de dados, 
sistemas de informação e comunicação, intranets, dentre outras tecnologias advindas 
dos eixos de hardware, software, redes de computadores e banco de dados, 
componentes de um sistema de TI. 
Entretanto, faz-se necessário salientar que a TIC, por si só, não é garantia absoluta 
de sucesso, nem irá contribuir de forma positiva no negócio, se não estiverem 
suportando sistemas corporativos integrados e coerentes com os objetivos 
estratégicos, por exemplo, além do relacionamento com as outras áreas da 
organização. A sinergia entre as demais áreas, como marketing, recursos humanos, 
sistema financeiro etc., deve acontecer para sejam impulsionados serviços, produtos, 
agregação de valor a partir de novas práticas tecnológicas, seja a adoção de uma 
ferramenta tecnológica, uma nova aplicação metódica etc. 
Um dos aparatos para o crescimento da empresa e acesso ao mercado é a 
governança de TI. Podemos sumarizar o conceito de governança corporativa como 
sendo a regulamentação do arcabouço administrativo da empresa através da 
explicitação dos direitos e deveres dos vários stackholders, da dinâmica da empresa 
e da organização dos poderes (PRAHALAD, 2005). A governança atua e explora 
dentro da área de TI na empresa, por exemplo, sobre dados digitalizados, informações 
sobre os clientes, sistemas de informação etc. 
 
2. A Economia Analítica – o que é? 
Antes de compreender todo o entorno que cerca a nova economia, tendo como 
denominação de Economia Analítica por diversas literaturas, é necessário assimilar 
que a Economia Analítica não é um termo ou conceito, é um contexto de mercado que 
transpassa todas as áreas de negócio. Sendo assim, ela alcança empresas dos mais 
variados segmentos. 
O especialista em Business Analytics, Douglas Scheibler afirma que "a Economia 
Analítica é uma consequência da evolução das tecnologias disruptivas, como IoT, Big 
Data, machine learning, soluções cognitivas, integradas e transformadas em objetos 
de negócio por meio das ferramentas de Analytics". Tais ferramentas permitem que a 
economia realmente se transforme, visto que ajusta e integra os dados e a detecção 
de oportunidades em tempo hábil. 
É importante perceber que com a grande gama de dados dispostos às organizações, 
a Economia Analítica é realidade no fato de sua exigência em que se tenha a 
capacidade de interpretar e utilizar dados em prol do seu negócio, apoiando as 
tomadas de decisões. Além disso, transparece de imediato que o manejo desses 
dados deve ser trabalhado de forma eficiente, tornando esse trabalho mais desafiador 
do que já é, pois circunstâncias como o grande volume de dados e a repetição de 
várias informações de fontes diversas estão certamente presentes. 
 
2.1 Tipos de Negócios da Economia Analítica 
 
De acordo com artigo publicado pelo SEBRAE, onde analisa a nova economia, seus 
impactos e transformações no atual cenário de mercado, existem quatro tipos de 
negócios na nova economia, são eles: os criativos, os sociais ou de impacto, 
os escaláveis e os inovadores corporativos. 
Os negócios criativos, como o próprio nome já induz, atuam com bens intangíveis, ou 
seja, que são as propriedades imateriais de uma empresa, e ganham dinheiro com o 
que gostam. Um exemplo de negócio criativo, entre tantos existentes, é a ENbox, que 
é uma startup que organiza leilões online de energia livre, onde participam 
consumidores, agentes de vendas, geradores e distribuidores. 
Já os negócios sociais ou de impacto têm foco no impacto social, e não propriamente 
no lucro. Uma característica vital nesse modelo de negócio é a boa gestão para 
impulsionar e impactar o negócio. Outro ponto importante é que negócios que seguem 
nesse segmento não dependem de doações ou captação de recursos para a 
realização de suas operações, os serviços e/ou produtos são capazes de sustentar 
financeiramente a empresa. 
Por sua vez, os negócios de caráter escalável visam à multiplicação de renda sem 
aumentar os custos na mesma proporção. Este tipo de negócio não se preocupa tanto 
com seu impacto na sociedade e nem em criatividade, e sim na velocidade de 
escalabilidade e venda, para que se materializem os lucros. Um modelo de negócio 
escalável é a Dauper, fábrica gaúchade cookies americanos no Brasil. Em entrevista 
ao site Endeavor, Raul, um dos sócios da empresa conta como se deu o crescimento 
escalável da empresa, onde conta que “no fim dos anos 80, o Marcio, teve a ideia de 
trazer cookies americanos para o Brasil. Anos depois, entrei para ser seu sócio 
na Dauper e se dedicar a torná-la cada vez mais escalável”. Além de fornecer para 
empresas enormes e ter duas marcas próprias, a Dauper está agora abrindo 
suas biscoiterias pelo Brasil. 
E por fim, existem os negócios inovadores corporativos, que são os chamados 
empregadores com crachá. Estes devem empreender com o dinheiro de acionistas, 
porém não são caracterizados como “empreendedores da nova economia”, contudo 
são de suma importância para a organização, visto que não são meros replicadores 
de modelos que deram certo. 
 
2.2 As Tecnologias Auxiliando nos Negócios da Economia Analítica 
 
Torna-se desnecessário repetir que a Tecnologia da Informação e suas ferramentas 
são realidade e indispensáveis a qualquer negócio que objetive lucro, sucesso e 
reconhecimento perante a sociedade. Encarando a larga escala de dados disponíveis, 
o grande desafio é saber conciliar tecnologias como BI, Big Date, Internet das Coisas 
(IoT), serviços em nuvem e ERP, tendências tecnológicas que tiveram monstruosa 
evolução no meio empresarial. 
 
2.2.1 Business Intelligence (BI) 
 
Este termo, que traduzido ao pé da letra, significa Inteligência Empresarial ou 
Inteligência de Negócios, auxilia nas tomadas de decisões de todo gestor. O BI se 
baseia na coleta de dados brutos, estes, posteriormente, serão trabalhados para que 
se tornem informações úteis. 
 
Figura 1: Processo de transformação do dado em informação 
 
Como já citado, o BI beneficia a empresa embasando as tomadas de decisões. Com 
isso, há a redução de riscos, dos quais a empresa pode estar exposta. Com o 
resultado da coleta de dados e a posterior análise dos mesmos, a organização pode 
atuar de maneira mais estratégica, visto que os movimentos organizacionais terão 
fundamentos lógicos de existência. 
Outro bônus do BI é a diminuição dos custos, possibilitado por conta da agilidade em 
otimização de processos e a redução de tempo em análises frívolas. 
As funções básicas de um profissional que ouse em trabalhar com BI, seja um analista 
de RH ou um gerente financeiro, são: avaliar as necessidades da empresa, coleta de 
dados, tratamento das informações, análise de dados, pesquisa de tendências, 
análise de investimentos, análise da concorrência, análise preditiva e mensuração e 
monitoramento de resultados. 
 
2.2.2 Big Data 
 
O termo Big Data faz alusão a uma enorme quantidade de dados, em conjuntos, que 
necessitam processamento e armazenamento. Esta tecnologia tem por base os 
conceitos de velocidade, volume e variedade. 
 
Figura 2: Pilares do Big Data 
 
Pesquisas apontam o grande interesse do público no Big Data face a outras grandes 
tecnologias no Brasil, principalmente a partir de 2012, em pesquisa realizada pelo 
Google Trends. 
 
 
Figura 3: Pesquisa de interesse por tecnologias para fins empresariais 
 
O Big Data utiliza-se de uma técnica denominada Data Mining, que é a mineração dos 
dados, e combina duas áreas distintas da computação: banco de dados e inteligência 
artificial. Dessa forma, o Big Data busca informações na internet e proporciona o 
reconhecimento de milhões de variáveis, apontando tendências, hábitos e 
predileções. Com a IA, a organização pode ser beneficiada com a previsão do seu 
futuro de forma mais concisa e concreta, melhorando suas tomadas de decisões. 
O Grupo Aberdeen atestou que “as organizações com Big Data têm 70% mais 
probabilidade de ter projetos de BI orientados principalmente pelos funcionários da 
empresa, do que pelo grupo de TI”. 
 
2.2.3 Internet das Coisas (IoT) 
 
Este conceito é a grande sensação do mercado, pois ter relógios, geladeiras, óculos, 
casas, praticamente tudo, conectado certamente gera um grandioso impacto na 
sociedade. O seu conceito consiste em uma enorme rede de dispositivos conectados 
e o foco da IoT está nos equipamentos do cotidiano de um indivíduo, organização 
institucional, empresa ou até cidade. 
O uso da IoT nos negócios vem sendo notado no processo de impulsionar vendas e 
consolidar-se no varejo, como também na área automotiva, de manufatura e negócios 
de poderio criativo e impactante do ponto de vista social, e podendo integrar jornadas 
de venda online e offline, acabando com as filas, por exemplo. As tecnologias 
da IoT refletem na maior possibilidade de conquistar consumidores devido ao seu 
atrativo. 
A tendência das empresas que adotem IoT como serviço a ser levado ao consumidor 
é visar atender todas as demandas do seu público-alvo por completas. É esperado 
que tudo, ou praticamente tudo, tenha a existência de sensores. Pode-se citar a 
empresa americana John Deere, a qual produz maquinários agrícolas e está 
buscando constituir parcerias e aquisições de empresas que provêm serviços 
complementares, desde previsão do tempo até questões de Inteligência Artificial, 
perpassando pela IoT. 
Em estudo, a consultoria McKinsey estima que em 2025 a IoT irá gerar, mundialmente 
falando, receitas entre US$ 3,9 trilhões e US$ 11,1 trilhões, podendo contribuir com 
até 11% do PIB Mundial. 
Visando um longo prazo, a Nova Economia possibilita a formação de ecossistemas 
de empresas, que serão fundamentados em corporações de fornecedores e clientes 
sobre uma vasta plataforma de produtos e serviços conectados, que objetivam a 
resolução de problemas com resultados completos. Empresas de grande renome 
como Amazon, Apple, Panasonic, Facebook e Microsoft GE vêm buscando 
intensamente acumular dados dos seus clientes e/ou usuários como também 
padronizar suas plataformas, a fim de tornarem-se proprietários dos seus 
ecossistemas. 
 
CONCLUSÃO 
Lançando mão de uma abordagem qualitativa através do método de análise de 
literaturas referentes à temática base do conteúdo deste artigo, depreende-se a 
importância da Tecnologia da Informação, através de mecanismos próprios, para o 
crescimento, atualização e acompanhamento de metodologias de negócio atuais, 
provenientes da Economia Analítica. Percebe-se que a estruturação de negócios 
atuais necessita desse apoio advindo de suporte a banco de dados, BI, IoT etc, a fim 
de agregação de valor, reconhecimento social e lucros (a depender da categoria que 
se insira), para se sobressair num mercado caracterizado por grandes inovações e 
uma enorme quantidade de dados, a grande fonte de ouro das organizações de hoje, 
prontos para serem transformados em informações para a empresa. Neste artigo, a 
concatenação das ideias de negócio aliado à tecnologia dentro do novo cenário 
econômico expõe essa nova maneira de empreender, gerir e obter lucros através da 
boa administração e eficiência de trabalho das tecnologias atuais. 
REFERÊNCIAS 
FOINA, Paulo Rogerio. Tecnologia de Informação: Planejamento e Gestão. 3. ed. 
São Paulo: Atlas, 2013. 464 p. ISBN 978-85-2247-953-5. 
https://fia.com.br/blog/business-intelligence/. Acesso em 20 de maio de 2019. 
https://transformacaodigital.com/empreendedorismo-e-inovacao-para-a-nova-
economia-digital/. Acesso em 20 de maio de 2019. 
https://www.terra.com.br/noticias/dino/especialista-alerta-como-ser-um-competidor-e-
nao-uma-vitima-da-economia-
analitica,b027229294ab9cf123e7351f4ac7015bkp7w6q7j.html. Acesso em 22 de 
maio de 2019. 
https://cio.com.br/bem-vindo-a-nova-economia-analitica/. Acesso em 22 de maio de 
2019. 
https://www.cetax.com.br/blog/big-data/. Acesso em 27 de maio de 2019.https://monitordigital.com.br/como-o-big-data-impulsiona-a-economia. Acesso em 27 
de maio de 2019. 
https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/impactos-da-iot-nos-negocios/. Acesso 
de 27 de maio de 2019. 
https://ecommercenews.com.br/artigos/tendencias-artigos/internet-das-coisas-a-
tecnologia-que-vai-transformar-o-varejo/. Acesso em 27 de maio de 2019. 
https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/conhecimento/noticias/noticia/internet
-coisas-iot. Acesso em 29 de maio de 2019. 
http://cenadigital.co/article/internet-das-coisas-iot-a-nova-nova-economia/. Acesso 
em 29 de maio de 2019.

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