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3º ESTUDO DIRIGIDO DE PSICOPATOLOGIA I 2019 1

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ESTUDO DIRIGIDO DE PSICOPATOLOGIA I
Dentre as alterações da psicomotricidade, as mais comuns são agitação e lentificação psicomotora. Defina cada uma delas.
R- AGITAÇÃO - Implica a aceleração e exaltação de toda a atividade motora do indivíduo, em geral secundária a taquipsiquismo acentuado. Comumente se associa à hostilidade e à heteroagressividade. A agitação psicomotora é um sinal psicopatológico muito freqüente e relativamente inespecífico, sendo vista todos os dias nos serviços de emergência e internação. Está associada a quadros maníacos, episódios esquizofrênicos agudos, quadros psico-orgânicos agudos (por intoxicação com substâncias, síndromes de abstinência, traumas cranioencefálicos, encefalopatias metabólicas, etc.), quadros paranoides em deficientes mentais e em indivíduos com síndromes demenciais.
LENTIFICAÇÃO - reflete a lentificação de toda a atividade psíquica (bradipsiquismo). Toda a movimentação voluntária torna-se lenta, difícil, “pesada”, podendo haver período de latência entre uma solicitação ambiental e a resposta motora do paciente. O que se denomina classicamente em psicopatologia de inibição psicomotora é um estado acentuado e profundo de lentificação psicomotora, com ausência de respostas motoras adequadas, sem que haja paralisias ou déficit motor primário.
A abulia é uma alteração da vontade. Quais são suas características e em que transtornos mentais podemos encontrar essa alteração?
R - O indivíduo refere que não tem vontade para nada, sente-se muito desanimado, sem
forças, sem “pique”. Podemos encontrar nos seguintes transtornos, como a depressão, a esquizofrenia, o transtorno bipolar e a distimia
3.Descreva as principais diferenças entre atos impulsivos (impulsos) e atos compulsivos (compulsão).
R – Atos impulsivos - O ato impulsivo abole abruptamente as fases de intenção, deliberação e decisão, em função tanto da intensidade dos desejos ou temores inconscientes como da fragilidade das instâncias psíquicas implicadas na reflexão, na análise, na ponderação e na contenção dos impulsos e dos desejos.
Atos compulsivos - O ato compulsivo, ou compulsão, difere do ato impulsivo por ser reconhecido pelo indivíduo como indesejável e inadequado, assim como pela tentativa de refreá-lo ou adiá-lo. A compulsão é geralmente uma ação
 motora complexa que pode envolver desde atos compulsivos relativamente simples, como coçar-se, picar-se, arranhar-se, até rituais compulsivos complexos, como tomar banho de forma repetida e muito ritualizada, lavar as mãos e secar-se de modo estereotipado, por inúmeras vezes seguidas, etc.
4. A Afetividade consiste em estados psíquicos subjetivos que se caracterizam pela propriedade de serem agradáveis, desagradáveis ou neutros. Discorra sobre os componentes da afetividade abaixo:
Estado de ânimo (humor) - é definido como o tônus afetivo do indivíduo, o estado emocional basal e difuso em que se encontra a pessoa em determinado momento.
Sentimentos – são estados e configurações afetivas estáveis; em relação às emoções, são mais atenuados em sua intensidade e menos reativos a estímulos passageiros. Os sentimentos estão comumente associados a conteúdos intelectuais, valores, representações e, em geral, não implicam concomitantes somáticos. Constituem fenômeno muito mais mental que somático.
Emoções – podem ser definidas como reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos significativos. Assim, a emoção é um estado afetivo intenso, de curta duração, originado geralmente como a reação do indivíduo a certas excitações internas ou externas, conscientes ou inconscientes.
Paixões - um estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade psíquica como um todo, captando e dirigindo a atenção e o interesse do indivíduo em uma só direção, inibindo os demais interesses.
5. Conceitue distimia e disforia.
Distimia - é o termo que designa a alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição como no sentido da exaltação.
Disforia - diz respeito à distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva desagradável, mal-humorada.
6. Estabeleça a diferença entre ansiedade, angústia e medo.
Ansiedade - é definida como estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao
futuro, inquietação interna desagradável. Inclui manifestações somáticas e fisiológicas.
Angústia - relaciona-se diretamente à sensação de aperto no peito e na garganta, de compressão, sufocamento. Assemelha-se muito à ansiedade, mas tem conotação mais corporal e mais relacionada ao passado. Do ponto de vista existencial, a angústia tem significado mais marcante, é algo que define a condição humana, é um tipo de vivência mais “pesada”, mais fundamental que a experiência da ansiedade.
Medo – caracterizado por referir-se a um objeto mais ou menos preciso. O medo, é quase sempre medo de algo.
7. Com relação às alterações das emoções e dos sentimentos, diferencie a apatia e a anedonia, pontuando em que transtornos mentais elas podem ocorrer.
Apatia - É a diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. Trata-se de um estado afetivo próprio dos quadros depressivos, apesar de poder ocorrer de forma inespecífica em um grande número de transtornos mentais.
Anedonia - É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências da vida. A anedonia é um sintoma central das síndromes depressivas, podendo ocorrer também nos quadros esquizofrênicos crônicos, em transtornos da personalidade e em formas graves de neuroses.
8. Descreva as características do “sentimento de falta de sentimento” e do embotamento afetivo.
Sentimento de falta de sentimento - É a vivência de incapacidade para sentir emoções, experimentada de forma muito penosa pelo paciente.
Embotamento afetivo - Perda profunda de todo tipo de vivência afetiva.
9. Caracterize medo e fobia, diferenciando um do outro.
Medo - o medo não é uma emoção patológica, mas uma característica universal dos animais superiores e do homem. Trata-se do estado de progressiva insegurança e angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a impressão iminente de que sucederá algo que o indivíduo quer evitar, o que progressivamente se considera menos capaz de fazer.
Fobia - São medos determinados psicopatologicamente, desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real oferecidas pelos desencadeantes, chamados de objetos ou situações fobígenas.
10. Segundo Dalgalarrondo (p. 61), a avaliação do paciente, em psicopatologia, é feita principalmente através da entrevista. Discorra a respeito da importância da entrevista, e como ela pode auxiliar na elaboração de uma intervenção e planejamento terapêutico mais adequados.
R - Por meio de uma entrevista realizada com arte e técnica, o profissional pode obter informações valiosas para o diagnóstico clínico, para o conhecimento da dinâmica afetiva do paciente e, o que pragmaticamente é mais importante, para a intervenção e o planejamento terapêuticos mais adequados.
11. A avaliação do paciente apresenta dois principais aspectos: anamnese e exame psíquico. Discorra sobre ambos.
R - A anamnese, ou seja, o histórico dos sinais e dos sintomas que o paciente apresenta ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social. 
O exame psíquico, também chamado exame do estado mental atual.
12. Dalgalarrondo (p.67) pontua que algumas atitudes por parte do entrevistador podem ser prejudiciais e improdutivas. Descreva que atitudes o entrevistador deve evitar. E discorra sobre as “regras de ouro” descritas pelo autor.
Deve-se evitar:
1. Posturas rígidas, estereotipadas, fórmulas que o profissional acha que funcionaram bem com alguns pacientes e, portanto, devem funcionar com todos. Assim, ele deve buscar uma atitude flexível, que seja adequada à personalidade do doente, aos sintomas que apresenta no momento, à sua bagagem cultural, aos seus valores e à sua linguagem.
2. Atitude excessivamente neutra ou fria, que, muito frequentemente em
nossa cultura, transmite ao paciente sensação de distância e desprezo.
3. Reações exageradamente emotivas ou artificialmente calorosas, que produzem, na maioria das vezes, uma falsa intimidade. Uma atitude receptiva e calorosa, mas discreta, de respeito e consideração pelo paciente, é o ideal para a primeira entrevista. Criar um clima de confiança para que a história do doente surja em sua plenitude tem grande utilidade tanto diagnóstica como terapêutica.
4. Comentários valorativos ou emitir julgamentos sobre o que o paciente relata ou apresenta.
5. Reações emocionais intensas de pena ou compaixão. O paciente desesperadamente transtornado,
aos prantos, em uma situação existencial dramática, beneficiasse mais de um profissional que acolhe tal sofrimento de forma empática, mas discreta, que de um profissional que se desespera junto com ele.
6. Responder com hostilidade ou agressão às investidas hostis ou agressivas de alguns pacientes. O profissional deve se esforçar por demonstrar serenidade e firmeza diante de um doente agressivo ou muito hostil. Também deve ficar claro que, na entrevista, há limites. O profissional procura responder, ao paciente que eleva a voz e se exalta, sempre em voz mais baixa que ele. Em algumas situações, apesar de não revidar às agressões, o profissional deve mostrar ao paciente que ele está sendo inadequadamente hostil e que não aceita agressão física ou verbal exagerada. Querelas e discussões acirradas costumam ser inúteis no contato com os pacientes.
7. Entrevistas excessivamente prolixas, nas quais o paciente fala, fala, fala, mas, no fundo, não diz nada de substancial sobre seu sofrimento. Fala, às vezes, para se esconder, para dissuadir a si mesmo e ao entrevistador. Nesse sentido, o profissional deve ter a habilidade de conduzir a entrevista para termos e pontos mais significativos, interrompendo a fala do paciente quando julgar necessário.
8. Fazer muitas anotações durante a entrevista, pois, em alguns casos, isso pode transmitir ao paciente que as anotações são mais importantes que a própria entrevista (o profissional precisa observar se o paciente se sente incomodado enquanto anota).
13. Ao realizar o exame do estado mental, é fundamental avaliar o aspecto geral do paciente (Dalgalarrondo, p.70). De acordo com o texto, como o profissional pode fazer essa avaliação?
R – O profissional pode fazer essa avaliação, notando e descrevendo o aspecto global do paciente, expresso pelo corpo e pela postura corporal, pela indumentária (roupas, sapatos, etc.), pelos acessórios (colares, brincos, piercing, etc.), por detalhes como maquiagem, perfumes, odores, marcas corporais (tatuagens, queimaduras, etc.), porte e atitudes psicológicas específicas e globais do paciente. A aparência do paciente, suas vestes, seu olhar, sua postura, revela muito de seu estado mental interior e é recurso fundamental para o diagnóstico.

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