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CONTRARRAZÕES EM RECURSO ESPECIAL AURELIO MONTEIRO (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
PROCESSO N°: 201092556320
Cleber da Silva, já devidamente qualificada nos autos do RecursoHYPERLINK "https://www.peticoesonline.com.br/search/site/RECURSO%20ESPECIAL" Especial Cível em destaque, vem, com o devido respeito a Vossa Excelência, por intermédio de seu patrono que ora assina, alicerçada no art. 1.030, caput, do Código de Processo Civil, para apresentar, tempestivamente, na quinzena legal, as presentes
Após a juntada das presentes contrarrazões aos autos, requer-se sejam os autos conclusos ao Presidente / 1° Vice-Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça e seja negado seguimento ao Recurso Especial interposto, em razão da incidência da Súmula 7/STJ, conforme será a seguir demonstrado. 
Caso não se entenda pelo juízo negatico de admissibilidade do Recurso Especial, seja dado seguimento ao Recurso e encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça para que realiza novo juízo de admissibilidade e, se for o caso adentre ao mérito do recurso a fim de desprovê-lo.
Goiânia, 10 de maio de 2019
Aurélio Monteiro de Macêdo 
OAB/GO XXXX-XX
CONTRARRAZÕES EM RECURSO ESPECIAL
AUTOS N. º 255632-15.2010.8.09.0175
RECORRENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
RECORRIDO: CLEBER DA SILVA
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,
EGRÉGIA TURMA,
EMÉRITOS MINISTROS,
O r. acórdão prolatado no juízo ad quem deve ser mantido, pois a matéria foi fundamentada corretamente com as normas legais aplicáveis, não havendo que se falar em decisão proferida em contrariedade a tratado ou lei federal.
I – RESUMO DOS FATOS. ACORDÃO RECORRIDO.
O Recorrido foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás, pela prática de conduta descrita no art. 155, caput, do Código Penal, fato ocorrido no dia 11 de julho de 2010, por volta das 12h30, na Rua 2, esquina com a Rua Matutina, Qd. J, Lt. 22, St. Água Branca, nesta Capital.
A acusação narrou que no horário e data descrita, policiais militares se deslocaram até a construção de um sobrado, onde flagraram o denunciado furtando duas colunas de ferro, e colocando-as em um carrinho de coleta de papel.
A denúncia foi recebida, e a defesa apresentou resposta a acusação, onde pugnou pela absolvição do réu e, alternativamente, em caso de condenação, a aplicação da pena mínima e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
Procedeu-se com a instrução processual, ouviram-se as testemunhas de defesa e acusação.
Em sede de alegações finais, a acusação pugnou pela condenação do acusado pelo crime de furto.
A defesa, ao mesmo tempo, reiterou o pedido pela absolvição do réu e, alternativamente, em caso de condenação, a aplicação da pena mínima e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
Sequencialmente, em sentença, o Juízo julgou os pedidos parcialmente procedentes, condenou Cleber da Silva nas sanções do artigo 155, caput, c/c artigo 14, inciso II, do Código Penal, à pena base de 1 (um) ano e 3 (três) meses de reclusão, que foi aumentada em 3 (três) veses após o Juiz considerar a agravante da reincidência preponderante à atenuante da confissão, e reduzida pela metade em razão da tentativa, ficou fixada definitivamente em 9 (nove) meses de reclusão em regime semiaberto, e ao pagamento de 10 (dez) dias multa à razão de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo.
Intimado, o acusado, da sentença condenatória, irresignado recorreu, requerendo a reforma da sentença para diminuição da sanção aumentando o patamar de redução da tentativa no grau máximo; a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito e a alteração do regime fixado para o aberto.
Em contrarrazões (fls. 144/149) o representante ministerial em exercício no 1° grau refutou as argumentações expendidas pelo apelante, concluindo pelo improvimento do recurso.
O Tribunal de Justiça negou provimento, mas alterou de ofício a pena, resultado da compensação entre a agravante da reincidência e a atenuante da confissão espontânea. Desta virtude, recorreu o Ministério Público, em sede de Recurso Especial.
O Ministério Público do Estado de Goiás, irresignado, interpôs Recurso Especial pugnando pelo aumento da reprimenda em razão de que a "orientação da decisão recorrida acaba por sacramentar grave contrariedade ao artigo 59, caput do Código Penal, combinado com a pena prevista no art. 155, caput, do Código Penal, merece reforma". Os autos vieram a defesa para apresentação de Contrarrazões ao Recurso Especial. 
II- DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO. SÚMULA 7/STJ. NÃO CONHECIMENTO.
O recurso interposto é o cabível para atacar o acórdão proferido pelo Egrégio Tribunal do Estado de Goiás, nos termos do artigo 105, inciso III, alínea 'a' da Constituição, inciso que preceitua ser cabível Recurso Especial nos casos em qie p acórdão contrariar tratado ou de lei federal, ou negar-lhes vigência. 
Entretanto, verifica-se que no caso, não há negatica de vigência de Lei Federal, mas sim sua devida aplicação e afastamento de tese do Ministério Público do Estado de Goiás.
Verifica-se que, na verdade, o que pretende o Ministério Público é rediscutir questões probatórias e valorar tais provas novamente, algo que não é admitido em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 7/STJ.
As razões recursais fundamentaram-se o tempo na suposta gravidade do delito e em razão de que a pena-base não deveria ter sido reduzida pelo E. TJGO. Desse modo, verifica-se que a questão é meramente valorativa de proca, não sendo matéria de direito, razão pelo qual não deve ser debatida em sede de Recurso Especial. Assim sendo, considerando que há a incidência da Súmula 7/STJ no presente caso, requer a defesa que o recurso não seja conhecido, posto que se está buscando uma revaloração probatória de culpabilidade.
III- DO MÉRITO 
Caso se entenda por um juízo positivo de admissibilidade do Recurso Especial, bem como em respeito ao princípio da eventualidade, adentra-se ao mérito recursal. 
		No art. 59 do Código Penal traz os parâmetros que devem nortear o magistrado ao fixar o “quantum” de pena em sentença condenatória. Embora, em tese, a prática de conduta contra ascendente seja mais gravosa, o correto é o agravamento de pena, nos termos do art. 61, II, “e”, do Código Penal Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: (...) II - ter o agente cometido o crime: (...) e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;, e não a exasperação da pena-base, como ocorreu na sentença recorrida.

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