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COMPORTAMENTO ANIMAL

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA ETOLOGIA B
COMPORTAMENTO ANIMAL
 					
		Nomes: Giann Pietro Rugery Cardoso;
Letícia da Silva;
Milena Roesner Silva;
Palloma Talita de Brito Pereira;
Vinícius Zanette Ghellere;
Victor Hugo Moss B;
Turma U
Noturno
Curitiba
2017
Etograma​ da​ ​onça-pintada​ ​ ​(Panthera​ ​onca),​ ​em​ ​Cativeiro. 
Resumo​:A onça-pintada que também pode ser conhecida como onça-preta, é uma espécie de mamífero carnívoro do reino Animalia, da família felidae de subordem feliformia é encontrada principalmente nas Américas.(Terborgh, 1988, 1990). Foi realizada uma observação de 180 minutos (3 horas) no zoológico municipal de Curitiba, onde foi possível observar diversos comportamentos próprios da espécie e comportamentos onde ela é submetida a passar por se encontrar em cativeiro. A onça é batizada pelos seus cuidadores como Aires.
Palavras chave:​Onça-pintada; cativeiro; habitat; comportamento. �
É o terceiro maior felino do mundo, ficando apenas atrás do tigre e do leão, sendo o maior do continente americano. Ela faz parte do gênero Panthera .Podemos encontrar ela desde o Sul dos Estados Unidos até o Norte da Argentina (Seymour, 1989), mas já se encontra extinta desde o início do século XX, as principais causas dessas ocorrências da extinção da espécie são caça e destruição de habitat (Thornback & Jenkins, 1982; Mondolfi & Hoogesteijn, 1986; Swank & Teer, 1989; Quigley & Crawshaw, 1992; Nowell & Jackson, 1996; 2 Perovic & Herrán, 1998), além da depredação de suas presas (Emmons, 1987). O impacto destas atividades sobre as populações de onça-pintada varia regionalmente devido à diferença de habitat. A Amazônia tem a maior população de onça-pintada do mundo (Thornback & Jenkins, 1982) e atualmente, a Amazônia e o Pantanal, são as únicas áreas onde existem populações viáveis no Brasil (Fonseca et al., 1994). Além disso, a região amazônica é considerada a área mais importante da América tropical para a preservação de felinos neotropicais (Oliveira, 1994), e uma área com alta probabilidade de sobrevivência da onça-pintada a longo prazo (Sanderson et al., 2002). É um felino de porte grande, com peso variando de 56 a 92 kg, podendo chegar a 158 kg, e comprimento variando de 1,12 a 1,85 m sem a cauda, que é relativamente curta. Fisicamente semelhante ao leopardo, a diferença está no padrão de manchas na pele e o tamanho. Existem indivíduos totalmente pretos. Caça formando emboscadas. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros grandes felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos, uma mordida fatal no cérebro. É um animal vespertino e solitário. É um importante predador no topo da cadeia alimentar e pode comer qualquer animal que seja capaz de capturar, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Porém, tem preferência por grandes herbívoros, podendo atacar o gado doméstico. A onça-pintada é capaz de rugir e usa esse tipo de vocalização em contextos de territorialidade. Alcança a maturidade sexual com cerca de 2 anos de idade, e as fêmeas dão à luz geralmente a dois filhotes por vez, pesando entre 700 e 900 gramas. Em cativeiro, a onça-pintada pode viver até 23 anos, mais do que em estado selvagem, na natureza fica entre 12 á 15 anos. Como contribuição para o conhecimento do comportamento da
 onça-pintada, o presente trabalho traz uma descrição de categorias comportamentais que surgem em cativeiro. Trata-se de um estudo de caráter exploratório, onde foram analisados comportamentos simples que ela é exposta no zoológico, procuramos compreender o que muda no comportamento do animal quando ele é submetido a situações de estresse é como ele chegou até o cativeiro. 
Observação:Como citado acima o trabalho foi realizado no Zoológico Municipal de Curitiba na Rua João Miqueletto,s/n-Alto Boqueirão, Curitiba-PR,81860270(25°33'38.78"S49°14'7.64"W).O Zoológico está situado dentro do Parque Regional do Iguaçu, o maior parque urbano do país, com 8 milhões de metros quadrados, um santuário ecológico para muitas espécies. O Parque é cortado pelo rio Iguaçu que forma campos inundados e matas ciliares em suas margens. Bosques naturais completam a paisagem..(Figura 1 e 2) 
Foi observado apenas um animal na nossa analise de comportamento a onça-pintada Aires nasceu no dia 24 de março de 2007, os pais, Apolo e Angélica, foram aprendidos pelo IBAMA em Manaus (AM), e transferidos para Curitiba em 2004. Quando desembarcaram na capital paranaense, o Departamento de Zoológico realizou um trabalho diferenciado, com alimentação equilibrada e um recinto maior para as onças. Para Marcos Traad, esses foram os principais motivos do acasalamento dos animais.
"Nós tínhamos a informação de que o casal nunca tinha acasalado lá em Manaus. Além disso, eles eram mantidos em um local inapropriado. Diante do conforto e cuidados especiais que promovemos aqui, as onças estão reproduzindo", 
Os animais fazem parte de um projeto nacional de conservação das espécies.
Alimentação. Aires veio mundo junto com um irmãzinha Maya até o terceiro mês ambos só se alimentaram do leite da mãe, nasceram com 800 a 900 gramas. Para dar conta da amamentação, além dos dois quilos e meio de carne habituais por dia, Angélica recebeu suplementos alimentares. Apolo, o pai, foi separado para evitar estresse da fêmea e dos filhotes, mas ficou em um recinto ao lado.
Ao completar 3 meses os filhotes foram colocados em jaulas separadas onde começaram a ser desamamentados e receber a alimentação padrão do zoológico. Conforme tabelas:
As duas tabelas mostram como é organizado a alimentação dos animais, no momento da nossa observação não foi feita alimentação para as onças, pois as mesmas não recebem esse tratamento aos domingos. O responsável pelos cuidados com a onça e chamado  José Francisco de Jesus, de 65 anos, tratador de animais desde 1982, quando o local foi fundado, ele é considerado o “Tarzan”do zoológico, possui ótima relação com os animais e sempre foi o responsável por cuidado com felinos ele observa o comportamento das especies e caso repare que tem algo diferente tanto na alimentação, fezes ou comportamento diário passa a situação para os veterinários que vão fazer os animais passarem por uma bateria de exames. O veterinário responsável pelos felinos do zoológico é Manoel Javorouski.
Recinto. Os animais são isolados por duas barreiras. Uma que mantém o animal restrito em seu espaço e outra que mantém o público afastado do recinto – o guarda-corpo, que é normatizado pelo Ibama e exigência para que o zoo obtenha autorização de funcionamento. Instalado a uma distância de aproximadamente 1,30 metro da tela ou grade que cerca o recinto do animal, é o guarda-corpo que mantém os visitantes a uma distância segura. A altura do guarda-corpo varia conforme o animal: no entorno das jaulas dos felinos, por exemplo, o guarda-corpo tem mais de 2 metros de altura; já ao redor do recinto de algumas aves, a estrutura é mais baixa. As estruturas que abrigam onças, que conseguem escalar, ainda são fechadas na parte de cima. 
 O acesso aos felinos, não é permitido nem mesmo aos técnicos e veterinários
As jaulas possuem cerca de 12m² cada, eram 6 jaulas onde ficavam 4 tigres e 2 plumas cada um em uma. O layout da parte das onças contem um corredor onde os animais são alimentados em uma pequena jaula(Figura 7) interna pela qual o funcionário isola o animal, fornece a alimentação, tranca a porta com cadeado e só então libera o animal para se alimentar. Nesse mesmo corredor é colocado a água e é dado banho no animal, um corredor com portões reforçados.
Todas as jaulas tem cerca de proteção, o chão é metadeem cerâmica e outra em cimento com pouca grama, sendo assim o animal não tem contato com o que seria o seu habitat natural. As paredes também são em cerâmica e a outra metade grade de proteção (Figura 8).
Possuem uma parte elevada em cerâmica de aproximadamente 0.60m (tanto do lado esquerdo como direito) do chão que é onde os animais costumam dormir e ir para ficar isolado dos visitantes do zoológico já que essa parte não gera a disponibilidade de visão para quem esta do lado, eles também não conseguem ver outras especies que estão do seu lado pois todas as jaulas além do guarda-corpo metálico possui um jardim que tampa a visão dos animais,a não ser o que esta atrás, ele consegue visualizar por causa do portão de alimentação.
Todas as jaulas também possuem troncos de arvores (Figura 8)para que os animais possam se locomover assim praticando salto. Também tem uma estrutura um pouco menos elevada que forma poças de água que a onça costuma ficar deitada.
A limpeza da área onde os animais se encontram é feita diariamente pela equipe do zoológico durante a manhã e depois do fechamento dos portões.
Comportamentos analisados: Foi utilizado o método ad libitum em todo o período de observação. As observações foram registradas manualmente. Foram selecionadas todos os comportamento analisados como necessários para confecção de um etograma (representações da qualificação e quantificação dos comportamentos exibidos por uma espécie MOTTA et al., 2003), analisando assim:
Movimentos próprios do corpo;
Os primeiros movimentos que foram analisados são os de locomoção na jaula, ele andava por minutos de um lado para o outro repetidamente através de forma curta e invariável, esse movimento repetitivo é conhecido como pacing (andar de um lado para o outro seguindo um padrão), ele fazia esses movimentos quando o fluxo de pessoas se tornava maior. Foram registrados nos seguintes horários esses movimentos na parte da frente da jaula onde ele chegava mais próximo dos humanos
Horários registrados de quando ele ficava na parte de trás da jaula fazendo os mesmo movimentos:
Além dos movimentos de locomoção foi possível observar como ela explorava o espaço ofertado pela jaula quando ela subia no tronco da arvore, elas costumam fazer esse movimento como um ato de exibição. Foram registrados nos seguintes horários:
Movimentos de manutenção;
O ato de bocejar abrindo involuntariamente a boca, primeiro inspirando e depois expirando prolongadamente o ar. Foram registrados nos seguintes horários:
Ato de se coçar ou se friccionar parte do corpo utilizando as garras, dentes ou estruturas do recinto como por exemplo a parede ou o “semi lago” que tem na jaula, junto estão os movimentos de se espreguiçar alongando o corpo ou parte dele estirando os músculos. Foram registrados nos seguintes horários:
 
O de autolimpeza realizando a manutenção do pelo através da remoção de sujeira, água ou fluídos corporais deste, com o auxílio direto da língua ou em conjunto com os membros torácicos Foram registrados nos seguintes horários:
 
Permanecer parado ofegando com a boca aberta Foram registrados nos seguintes horários:
Movimentos de repouso;
Deitar ficando estendido horizontalmente no substrato, com membros torácicos e pélvicos relaxados e/ou flexionados, mas, mantendo os olhos abertos sem estar vigilante. Acomodar a e alterar a postura sem se deslocar. 
Dormir ficando estendido horizontalmente no substrato, com os membros torácicos e pélvicos relaxados e/ou flexionados com os olhos fechados, foi registrado no seguinte horário:
Ao todo foram registrados 33 comportamentos da onça Aires.
A tabela abaixo vão mostrar as variações que ocorreram na observação.
Conclusão:
Referencias:
ONÇAS E HUMANOS EM REGIMES DE ECOLOGIA COMPARTILHADA Felipe Süssekind* Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – Brasil;
SÜSSEKIND, F. O rastro da onça: relações entre humanos e animais no Pantanal. Rio de Janeiro: 7Letras, 2014 
MOTTA, M. C.; MARQUES, M. L; FERREIRA, S. P. Elaboração de etograma para Panthera leo (Carnivora: felidae), no Zoológico Municipal de São Vicente, SP. Anais 2003, Sociedade Paulista de zoológicos, 2003 
EFEITO DO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL NAS RESPOSTAS ADRENOCORTICAL E COMPORTAMENTAL DE ONÇAS-PINTADAS (PANTHERA ONCA) EM CATIVEIRO 
Carlstead, K. (1996). Effects of captivity on the behavior of wild mammals. In D. G. Kleiman, M. E. Allen, K. V. Thompson & S. Lumpkin (Ed.), Wild mammals in captivity (pp. 317-333). Chicago: University of Chicago 
Carlstead, K. (1996). Effects of captivity on the behavior of wild mammals. In D. G. Kleiman, M. E. Allen, K. V. Thompson & S. Lumpkin (Ed.), Wild mammals in captivity (pp. 317-333). Chicago: University of Chicago 
https://www.flickr.com/photos/vitoriaimoveiscuritiba/12875050845
Acesso:01/11/2017 (Imagem 2)
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/dois-filhotes-de-onca-pintada-nascem-no-zoologico-de-curitiba-aft7zeo0rdfne81mpjqvzvw3y
Acesso:01/11/2017
https://abrampa.jusbrasil.com.br/noticias/2400164/pela-2-vez-filhotes-de-onca-pintada-nascem-no-zoologico-de-curitiba
http://www.bandab.com.br/geral/ja-podia-ter-parado-mas-o-amor-impede-diz-tratador-de-animais-que-nasceu-zoologico/
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/zoologico-nao-e-parque-de-diversoes-ebk8zmuynuy5ud87g2k9i8l72
Referencias imagens:(https://www.google.com.br/maps/place/Zool%C3%B3gico+Municipal+de+Curitiba/@-25.5595508,-49.2332876,644m/data=!3m2!1e3!4b1!4m5!3m4!1s0x94dcf98f2f7c9d91:0xe0dd64805a0c7bab!8m2!3d-25.5595508!4d-49.2310989)
https://www.anda.jor.br/ajude-a-anda-a-continuar-dando-voz-aos-direitos-e-protecao-aos-animais
��Figura � SEQ "Figura" \* ARABIC �2�: Fachada zoológico.
���Figura � SEQ "Figura" \* ARABIC �1�: Localização zoológico.
��Figura � SEQ "Figura" \* ARABIC �3�:Grade de alimentação
��Figura � SEQ "Figura" \* ARABIC �4�:Grade alimentação das onças.
��Figura � SEQ "Figura" \* ARABIC �5�: Alimentação das onças em uma terça-feira
��Figura � SEQ "Figura" \* ARABIC �6�: Planta baixa da jaula das onças e plumas.
��Figura 8
��Figura � SEQ "Figura" \* ARABIC �7�
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��Figura 9: Movimentos na frente da jaula
��Figura 10: Movimentos atrás da jaula
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��Figura 11: Movimentos no tronco
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										Inicio		Fim
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										15:07		15:09
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												Inicio		Fim
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																				1		A		voltas na parte da frente da jaula
																				2		B		Bocejo
																				5		E		tronco
																				3		C		voltas na parte de trás da jaula
																				4		D		parte da água
																				7		G		parte superior da jaula
																				6		F		dormiu
																				8		H		lamber o próprio pelo
																				9		I		poça de água

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