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Influência do E-commerce no Custo Total

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
IPUC – Instituto Politécnico
Departamento de Engenharia de Produção
Curso de Engenharia de Produção
Unidade Barreiro
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIA DO E-COMMERCE NA CURVA DO CUSTO TOTAL DA PERSPECTIVA DO FORNECEDOR
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Belo Horizonte 
1º sem/2019 
 
 
INFLUÊNCIA DO E-COMMERCE NA CURVA DO CUSTO TOTAL DA PERSPECTIVA DO FORNECEDOR
 
 
 
 
Trabalho apresentado na disciplina Logística I – Suprimentos pelo curso de Engenharia de Produção da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Unidade Barreiro
 
 
 
Belo Horizonte
1º sem/2019
INTRODUÇÃO
Com um mercado muito competitivo no dia a dia, pequenas, medias e grandes empresas tendem a buscar maneiras de aumentar seus ganhos de produtividade reduzindo os custos para conseguirem alcançar ou superar os seus concorrentes. Com a globalização da economia, um dos fenômenos tecnológicos que saiu na frente foi o comercio eletrônico – e-commerce. O que fez com que pequenas e medias empresas crescessem o seu faturamento com essa ferramenta. 
Com isso, o e-commerce vem conquistando cada vez mais espaço, propiciando uma gama de novos negócios, modificando o comportamento, gerando uma economia digitalizada e procura melhorias para fidelizar os clientes e transformá-los em consumidores.
Para McGee e Lautence Prusak, (apud GIULIANI, 2004), nos últimos anos, o mundo dos negócios vem sofrendo uma transição da era industrial para a era da informação, na qual está será a força motriz na criação de riquezas e prosperidade. Essa transição para mundo virtual é inevitável, na qual a grande dificuldade das empresas é decidir de que forma passar de um mercado a outro de modo harmonizado e coerente, sob os olhos atentos do consumidor. (KARSAKLIAN, 2001).
DEFINIÇÃO DE E-COMMERCE
O termo e-commerce (ou “comércio eletrônico” em português) é uma modalidade de comércio onde os negócios e transações financeiras são realizadas via dispositivos e plataformas eletrônicas, como computadores, tablets e smartphones. É válido frisar que a expressão e-commerce se diferencia do termo “loja virtual”, uma vez que o segundo conceito se refere ao website (ou plataforma de e-commerce) em que os clientes adquirem os produtos, ou seja, é um dos canais do e-commerce.
Segundo Fernandes et al. (2011), a definição de e-commerce está relacionada com o computador e a internet, porém, há 30 anos atrás, uma transação comercial realizada com auxílio de um equipamento eletrônico já era considerado e-commerce, fazendo com que o significado de se modifique com o passar do tempo.
Esse tipo de comércio pode contar com diversos canais de vendas, o mais conhecido é a loja virtual. Porém, também temos outros, como marketplaces, vendas nas redes sociais e até vendas por e-mail marketing.
O e–commerce subtrai operações existentes em uma transação comercial tradicional e tem como grande benefício a rápida circulação de dinheiro, uma vez que há recusa de moeda nas transações e não existe limite geográfico que não possa ser rompido (FERNANDES et al., 2011).
O e-commerce é o processo de toda a cadeia de valor dos processos de negócio em um ambiente eletrônico, através da aplicação de tecnologias de comunicação e de informação, atendendo os objetivos de compra e venda de informações, produtos e serviços. Integra toda a cadeia logística, desde a indústria, passando pelos atacadistas e distribuidores, e chegando ao consumidor final. 
INFLUÊNCIA DO E-COMMERCE NO CUSTO TOTA
Alguns aspectos do e-commerce devem ser considerados nos seguintes tópicos:
Mercado
Diante das dificuldades de empresas do e-commerce, algumas saídas têm sido adotadas também pelas companhias de distribuição e logística, como comenta o docente de Logística Integrada do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Edson Dias. “Há empresas oferecendo gratuidade nos contratos em caso de troca”, aponta. 
Entre as estratégias do setor, está a reutilização dos veículos que realizam as entregas para também fazerem a retirada de produtos em trocas ou devoluções, evitando, assim, o custo de mais um carro a serviço na rua. “Nesse caso, a coleta é integrada ao roteiro em janelas de horários entre as entregas”, explica o professor.
Por outro lado, a medida requer rigorosa gestão dos pedidos, bem como o preparo dos profissionais que irão retirar os produtos com os clientes, para que os itens adquiridos sejam adequadamente inspecionados e haja a verificação de eventuais empecilhos para a troca.
Pontos de venda
Há ainda a alternativa de instalação de departamentos para trocas nos pontos de venda, quando a corporação também possui lojas físicas, exigindo-se, contudo, que o consumidor leve a mercadoria até o local.
Para varejos que só operam online, existe a possibilidade de implementar um ponto de troca junto à transportadora. “A indicação é para o caso de alto volume de demanda. Do contrário, não representa uma economia, já que vai implicar em custo para a prestadora de serviço”, afirma o professor do Senac.
Para Guasti e Dias, cada e-commerce deve avaliar os reais impactos da logística reversa em seus orçamentos em conjunto com as características do negócio, para então encontrar à medida que efetivamente reduzirá os custos para a realização de trocas e devoluções.
Objetivo
Tal trabalho se baseia em explicitar a influência do e-commerce na curva do custo total na perspectiva do fornecedor, tendo em vista que o custo total é o somatório de todos os custos que você tem na elaboração e/ou comercialização de um produto, o gasto total da empresa com os fatores de produção. 
Compõe-se de custos variáveis e custos fixos, ou seja, CT=CF+CV. Representa a menor despesa total necessária para atingir um determinado nível de produção, são gastos com máquinas, equipamentos e outros capitais produtivos, como também os custos de mão de obra e insumos necessários para produzir bens. Eles aumentam à medida que as unidades são produzidas. 
FORNECEDORES NO E-COMMERCE
O desafio hoje é maximizar o desempenho dos seus fornecedores melhor que os seus concorrentes, pois os compradores estão aumentando suas exigências para poder concentrar seus esforços nas suas competências principais, por isso, várias organizações estão buscando fornecedores que viabilizam a aquisição de uma posição competitiva mais forte. Com isso as dimensões competitivas das empresas, como qualidade, custo, serviço e outras, estão relacionadas com a operação dos fornecedores. 
Na perspectiva do fornecedor e-coomerce terá uma influência grande afetando a curva do custo total, pois traz consigo uma praticidade enorme, já que não é preciso de tanta burocracia para realizar um pedido e o tempo que se gasta para fazê-lo é mínimo. Minimizando o custo em relação a locomoção até o estabelecimento para realização do pedido. Já que são adotadas normas e etapas padronizados, o que agiliza todo o processo.
O crescimento da confiança por parte dos usuários aumenta além dos ambientes coorporativos estar mais ligado ao ambiente digital, aliado ao investimento em segurança, propiciou um lugar ainda mais favorável para os usuários do e-coomerce, que quanto mais utilizam os serviços, mais à vontade se sentem.
Por meio das ferramentas adequadas, as lojas têm como iniciar o relacionamento com o cliente antes mesmo do fechamento da venda, acompanhando de perto todo o processo de consumo daquele produto ou serviço. O pós-venda, que tem sido cada vez mais trabalhoso, é um aditivo importante para o e-commerce na perspectiva do fornecedor, já que as empresas estão cada vez mais buscando vantagem competitiva, e para isso precisam de qualidade nos serviços, comunicação, preço que são advindas dos fornecedores.
Projetos nessa área permitem que as abordagens feitas pelas lojas sejam mais personalizadas, o que tende a melhorar os resultados. Uma pesquisa em empresas industriais nos Estados Unidos indica que na médiao valor gasto em compras de materiais corresponde 55% dos custos totais de produção. Com isso comprova-se que “o valor gasto em compras por uma empresa industrial é superior a todas as suas outras despesas em conjunto” Contudo, não há uma área do e-commerce que não seja beneficiada pelos avanços tecnológicos, desde a configuração da loja até o pós-venda. 
Critérios exigidos pelos fornecedores
Um fornecedor com alto padrão de qualidade não e aquele que simplesmente atende às especificações, mas o que satisfaz às expectativas do cliente, sendo que as especificações são estáticas enquanto as expectativas são dinâmicas (Pang,1992).
A complexidade técnica do produto e as dificuldades de suprimento são os aspectos devem ser considerados. Os fornecedores estão tendo que assumir maior responsabilidade quanto ao desenvolvimento de um produto ou serviço.
Quanto a classificação dos critérios tradicionais, estão, o preço, a qualidade, a velocidade de entrega. Já os novos critérios é considerado o custo total (cujos benefícios são medidas de desempenho, tomada de decisão, comunicação, Insight/Compreensão, incentiva a melhoria contínua), qualidade total, serviço, critérios financeiros, critérios tecnológicos, critérios quando à cultura e estratégia organizacional, critérios ecológicos, critérios aplicados ao fornecimento internacional, outros critérios ( alguns compradores por exemplo, sentem-se mais seguros e confortáveis após terem feito uma análise do desempenho passado do fornecedor e de suas referências. E isso tudo o e-commerce consegue atingir com mais facilidade. Aumentando as vendas do fornecedor para o comércio.
Sendo assim. Cada vez mais, as dimensões competitivas das empresas, como qualidade, custo, serviço e outras, estão relacionadas com a operação dos fornecedores. 
Estudos comprovam que, diante dessa nova condição, as empresas devem valorizar cada vez mais os “micros momentos”, levando em conta todas as interações que os clientes estabelecem com o negócio. Nesse contexto, mais que uma adaptação de canais, o que interessa é a capacidade da marca para complementar suas estratégias, deixando o poder de escolha na mão de consumidores que têm uma postura mais ativa.
Com o desenvolvimento da filosofia de adminstração da qualidade total, as organizações começaram a adotar sistemas de controle gerencial que facilitassem melhorias de qualidade. O conjunto mais universal destes sitemas e procedimentos relacionados à qualidade é aquele influencido pelos padrões ISO 9000.
Em sites os fornecedores conseguem expor seu histórico no mercado, suas parcerias comprovando assim sua seriedade e como estão estáveis. Também é possível expor a qualidade do produto e controle estatístico
CONCLUSÃO
A adoção de práticas inspiradas nas operações de empresas industriais japonesas, com rótulo geral de produção enxuta, é algo que modificou as estratégias de manufatura, já que tem como principal objetivo a redução de insumos ao longo da cadeia de valor. Como as empresas vem cada vez mais tentando trabalhar em um sistema o mais próximo possível do JIT, com estoques cada vez menores, é muito importante ter uma relação próxima do seu fornecedor, no sentido de confiar em seus serviços.
O e-commerce ajuda a estreitar as relações entre fornecedor e cliente pela agilidade de prestação de serviço comparado com o que ocorria anteriormente, já que vários fornecedores entregavam vários lotes por dia e, portanto, este critério impactava diretamente no planejamento de produção, além de afetar o planejamento financeiro devido ao sistema de pagamento “nota fiscal - fatura” em vigor no país, que obrigava ao pagamento no momento da entrega. 
Portanto, uma entrega antes da data prevista gerava um desembolso não previsto naquela data e ainda mais por uma mercadoria que não era necessária naquele momento.
REFERENCIAS 
ALVES, C. S., CHAVES, R. P., Penteado, I. M., COSTA, S. A. A importância da logística para o e-commerce: o exemplo da Amazon.com. I Congresso USP – Iniciação Científica em Contabilidade. São Paulo, 2009.
ANGELI, Juliano Santiago, MONTEIRO, Thel Augusto. E-commerce – comércio eletrônico: uma análise das tendências futuras. In: GIULIANI, Antônio Carlos (Coord.). Gestão de marketing no varejo 2. São Paulo: O.L.M., 2005. p.151-160.
FERNANDES, F. J. M., SIMÕES, J. S. P., PÁDUA T. P. M., BARROS, E. S. Compras Virtuais: Como a Logística tem se firmado como Componente Essencial para o Ecommerce? VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração, 2011.
JANSEN, Leila; LAURINDO, Fernando. Planejamento para o e-commerce em pequenas e médias empresas: uma abordagem via Dinâmica de Sistemas. Disponível em <httHYPERLINK "http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2005_Enegep0802_0310.pdf"pHYPERLINK "http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2005_Enegep0802_0310.pdf"://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2005_Enegep0802_0310.pdf>. Acesso em: 23 de maio de 2019.
KARSAKLIAN, Eliane. Cyber marketing. São Paulo: Atlas, 2001. p.11-15.

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