Bambuterapia: Massagem com Bambu

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
TRABALHO ACADÊMICO 
Elaborado por:
ANA CAROLINA MENDES SILVA
ANDREANA N. FRANÇA
LUCIANA DE O. A. DE FREITAS
PATRÍCIA DA SILVEIRA GONÇALVES
TATIANA COSTA DE ANDRADE RAMOS
BAMBUTERAPIA
Rio de Janeiro 
2019/	1
ANA CAROLINA MENDES SILVA- 17103656
ANDREANA N. FRANÇA- 17102135
LUCIANA DE O. A. DE FREITAS- 17103084
PATRÍCIA DA SILVEIRA GONÇALVES- 17102588
TATIANA COSTA DE ANDRADE RAMOS- 17100283
BAMBUTERAPIA
Trabalho acadêmico submetido ao curso de graduação em Estética e Cosmética do Centro Universitário Augusto Motta, pela disciplina de Terapia em SPA, orientado pela professora Martha Ribeiro.
	
Rio de Janeiro
2019/ 1
SUMÁRIO
O QUE É BAMBUTERAPIA? ----------------------------------------------------------------- 4
HISTÓRIA DO BAMBU --------------------------------------------------------------------------4
HISTÓRIA DA MASSAGEM COM BAMBU ----------------------------------------------- 5 
CROMOTERAPIA----------------------------------------------------------------------------------6
INDICAÇÕES -------------------------------------------------------------------------------------- 6
CONTRAINDICAÇÕES --------------------------------------------------------------------------7
PROCEDIMENTOS INICIAIS DA MASSAGEM COM BAMBU -----------------------7
INSTRUMENTAL E TÉCNICA DE APLICAÇÃO -----------------------------------------8
ASSEPSIA ------------------------------------------------------------------------------------------8
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA -------------------------------------------------------------9
I. O QUE É BAMBUTERAPIA?
	É uma massagem terapêutica com bambu, que faz parte de um conjunto de terapias alternativas utilizadas na área da saúde. Tem como objetivo proporcionar relaxamento muscular, tratamento de quadros álgicos, drenagem de líquidos corporais, modelagem de áreas com gordura localizada, quadros de FEG (fibroedemageloide), entre outros. Hoje, ainda há poucas publicações a respeito do assunto, entretanto, devemos sempre buscar novidades para sermos um diferencial em nossa profissão.
Cada vez mais profissionais da área da saúde têm usado terapias naturais holísticas de acordo com a necessidade do cliente, seja para minimizar o estresse do dia a dia, melhorar as funções orgânicas, equilibrar o sistema nervoso, seja na estética como coadjuvante em perdas de medidas, na diminuição do fibroedemageloide (celulite), na drenagem linfática e, desse modo, restaurar a saúde e o bem-estar do indivíduo.
	O termo terapia holística vem do grego, no qual terapia significa “harmonizar”, “equilibrar”, e holus, “totalidade”. É um somatório de técnicas milenares e modernas, realizadas de forma suave e natural, proporcionando harmonia e equilíbrio entre o corpo e sua globalidade.
	A massagem com bambu, também conhecida como bamboo-massage, ou ainda, massagem das sensações, define uma nova abordagem manual de massagem profunda do tecido com o uso de bambus de diferentes diâmetros e comprimentos, que “vão” aonde as mãos e os dedos do terapeuta encontram maior dificuldade de atingir para estimular a circulação tanto sanguínea quanto linfática, e também mobilizar o tecido gorduroso. 
	O terapeuta executa movimentos com diferentes velocidades, pressões e intensidades em regiões específicas do corpo, e os bambus agem como se fossem o “prolongamento dos dedos”, elemento de transmissão mecânica, possibilitando alcançar todas as regiões do corpo. Dessa maneira, minimizam-se os desconfortos e as complicações das articulações que acometem os profissionais que trabalham diretamente com a massagem convencional, como é o caso do DORT (distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho).
	Vale ressaltar que a aplicação da massagem com bambu deve ser executada por profissionais que tenham conhecimento de anatomia e fisiologia do corpo humano, dos processos patológicos das lesões correlatas, assim como dos efeitos da massagem e dos princípios e métodos de sua aplicação.
II. HISTÓRIA DO BAMBU
	Há indícios de que a palavra bambu tenha origem no forte barulho provocado pelo estouro dos colmos dessa planta quando submetidos ao fogo: “bam-boo”. No Brasil, para denominar a planta, os indígenas empregavam, entre outras, as palavras taboca e taquara. 
 O bambu é uma planta sagrada, símbolo da generosidade, da multiplicação e da resistência. Ele é tão durável e resistente quanto o concreto (dureza e resistência), e, em relação à tração, pode ser comparado ao aço (plasticidade). Por isso, é capaz de se recuperar de uma safra ou uma estação ruim. Por exemplo, após a destruição de Hiroshima pelas armas atômicas, os bambus resistiram. Foi a primeira planta a aparecer no árido cenário pós-guerra.
 O bambu para os chineses representa força, beleza, leveza e flexibilidade. As varas de bambu são de tamanhos e diâmetros diferentes. Agem como se fossem um prolongamento dos dedos e assim oferecem a possibilidade de alcançar todas as regiões corporais, proporcionando novas sensações para quem recebe a massagem.
	Segundo a tradição das dinastias chinesas, o bambu simboliza felicidade e tenacidade, por isso, era utilizado como decoração em cerimônias de nascimento, morte, casamento e iniciação de magos.
III. HISTÓRIA DA MASSAGEM COM BAMBU
	A técnica da massagem com bambu foi idealizada pelo fisioterapeuta e terapeuta corporal Gil Amsallem, na França, em 2003, e apresentada ao Brasil na cidade do Rio de Janeiro, no 14o Congresso Científico Internacional de Estética, em agosto de 2006. Segundo o terapeuta, os resultados da massagem com bambu podem ser resumidos na tríade drenagem, relaxamento e modelagem da silhueta. Ele revelou, ainda, que ao procurar acessórios para ampliar os efeitos das massagens que fazia, interessou-se intuitivamente pelos rolos ao observar como eles eram usados para nivelar a massa de pão. 
 A metodologia é aplicada com firmeza e suavidade onde a pressão utilizada provoca uma influência direta na dinâmica dos fluidos e das energias corporais.
 A Bambuterapia, ou “Bamboo Massage”, como também é conhecida, é uma técnica de massagem, feita com bambus estimula as glândulas proporcionando um efeito relaxante e redutor de gordura localizada, auxiliando na diminuição da celulite.
IV. CROMOTERAPIA 
 A cromoterapia, técnica que já foi reconhecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é uma ciência que utiliza a ação energética das cores como método terapêutico. Isso quer dizer, que as frequências luminosas das cores são utilizadas para que sejamos capazes de encontrar o equilíbrio e o bem-estar físico e emocional.
 Os efeitos poderosos das cores são estudadas há milhares de anos por civilizações tão antigas como as do Egipto, Índia, Grécia e China. Pensa-se que a Cromoterapia possa ter as suas raízes na Ayurveda, uma especialidade médica praticada na Índia há milhares de anos e que associava a cor aos “chakras” – os 7 pontos espirituais do corpo, localizados ao longo da coluna. Cada “chakra” corresponde a um órgão e cada órgão a uma cor. No caso de algum desequilíbrio ou doença, expor o “chakra” afectado à sua cor dominante seria o suficiente para devolver a saúde e bem-estar ao paciente.
Vermelho: Chakra da Raiz ou Básico: Rins, bexiga e espinal-medula.
Laranja: Chakra do Sacro ou Sexual: Órgãos sexuais, útero, ovários, próstata.
Amarelo: Chakra do Plexo Solar: Baço, fígado, estômago, vesícula biliar (sistema digestivo).
Verde: Chakra do Coração ou Cardíaco: Coração, pulmões, fígado e sistema circulatório.
Azul: Chakra da Garganta ou Laríngeo: Garganta e pulmões.
Índigo: Chakra do Terceiro Olho ou Frontal: Sistema nervoso autónomo/hipotálamo.
Violeta: Chakra da Coroa ou Coronal: Cérebro superior e olho direito. 
 A Cromoterapia esteve aindapresente na vida de várias outras civilizações antigas: os egípcios eram conhecidos pelos seus templos de luz e cor, uma espécie de solário, cujas janelas continham vidros coloridos. Com a ajuda do sol, os pacientes eram banhados com diferentes cores. Na China, as aplicações terapêuticas da Cromoterapia associavam cada órgão do corpo humano a uma cor específica.
 
V. INDICAÇÕES
	A massagem com bambu é indicada nas seguintes situações:
• Relaxamento muscular;
• Diminuição da dor (efeito analgésico);
• Drenagem dos líquidos corporais;
• Modelagem nas áreas de gordura localizada e celulite;
• Gestantes (a manobra deve ser lenta e suave, desde que a cliente esteja confortável);• Desintoxicação, oxigenação e nutrição do tecido;
• Bem-estar psicológico.
VI. CONTRAINDICAÇÕES
	As contraindicações da massagem com bambu são:
• Insuficiência cardíaca congestiva e edema agudo de pulmão
• Insuficiência renal
• Reumatismos inflamatórios em fase de desenvolvimento ou em fase
• Tromboflebite
• Doenças infecciosas em estado evolutivo
• Infecções cutâneas
• Estados febris
VII. PROCEDIMENTOS INICIAIS DA MASSAGEM COM BAMBU
	Antes de iniciar o tratamento, é necessário o cliente fazer uma identificação do profissional, na qual seja atestada sua capacitação profissional na execução dessa modalidade técnica.
	Para começar um programa ou tratamento, precisamos conhecer a queixa principal do cliente para, a partir dessa informação, aprofundar o exame, a fim de reunir condições para elaborar o programa de tratamento. Trata-se da avaliação inicial.
	Na ficha de anamnese, devem ser apontados todos os itens pertinentes ao objetivo do atendimento proposto pelo profissional e esperado pelo cliente. É importante que seja levantado tudo aquilo que é relevante para a consulta e o atendimento de qualidade elitizada, como, por exemplo, afecção estética a tratar (tipo, localização, classificação, evolução etc.), os hábitos de vida diários, as moléstias (atuais ou pregressas) etc.
	Após o preenchimento da ficha de anamnese, o terapeuta e o cliente deverão assiná-la, concordando e consentindo com o que está informado e escrito para fins jurídicos e que será realizado no tratamento de forma contratual.
VII. INSTRUMENTAL E TÉCNICA DE APLICAÇÃO
	Para a realização da massagem, devemos estar atentos a alguns detalhes, como criar um ambiente agradável, com cores claras e iluminação adequada, pouco estimulante, com música ambiente e relaxante.
 A sala deve ter poucas informações visuais e espaço confortável ao redor da maca. Deve haver um local de fácil acesso para acondicionar materiais como toalhas, cremes, óleos, extratos e aromatizantes que serão utilizados na realização da massagem. 
	Para cada atendimento, recomendamos dispor de um rolo de papel descartável para ser utilizado na higiene da pele se houver uso de cosméticos, bem como lençóis (descartáveis ou não), e um pano com álcool 70% para realizar a higiene dos bambus entre um atendimento e outro. 
	Para a realização da técnica, recomendamos o uso de um kit com bambus de diferentes tamanhos. A escolha correta de cada instrumento específico dependerá das características da área a ser tratada (membros inferiores, glúteos, costas, face etc.).
 Massagem Facial: com bambus promove nutrição e oxigenação celular, revitaliza o tecido, atenua olheiras e tem grande efeito lifting. Seu resultado é excelente, sobretudo nos tratamentos de revitalização e rejuvenescimento.
 Massagem Modeladora: sua aplicação acelera consideravelmente o processo de hiperemia local e tonificação muscular, auxiliando na melhora do aspecto da celulite.
 Massagem Relaxante: tem um grande efeito, pois conseguimos trabalhar de forma mais eficiente sobre a musculatura tensionada. Quando aquecidos, os bambus promovem um relaxamento muscular mais rápido, e grande relaxamento mental e poupando as energias do profissional.
IX. ASSEPSIA
	Como mencionado anteriormente, sugerimos o uso de álcool 70% para realizar a assepsia dos bambus antes e após sua utilização e, assim, prevenir a propagação ou a transmissão de doenças de pele. Após o uso e a assepsia, devemos guardar os bambus numa bolsa de transporte e acondicioná-la em local arejado (é necessário evitar locais úmidos e escuros). 
	Recomendamos, ainda, aplicar vaselina nos bambus para mantê-los sempre hidratados e protegidos contra rachaduras, o que garante maior durabilidade para o instrumental.
X. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
 BORGES, F.S. SCORZA, F.A. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas/ organização 1. ed. – São Paulo: Phorte, 2016.