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DIREITO CIVIL
LINDB
→ LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país QUARENTA E CINCO 
DIAS depois de oficialmente publicada.
- Vacatio Legis: é o período que medeia entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor. Existem
três espécies 
» Lei com “vacatio legis” expressa: é a lei de grande repercussão. Exemplo: o novo CPC geralmente
temos a expressão na lei determinando “entra em vigor um ano depois de publicada”.
» Lei com “vacatio legis” tácita: é aquela que continua em consonância com o artigo 1.º da Lei de
Introdução, ou seja, no silêncio da lei entra em vigor, no país, 45 dias depois de oficialmente publicada
ou, no estrangeiro, quando admitida, três meses após a publicação oficial.
» Lei sem “vacatio legis”: é aquela que, por ser de pequena repercussão, entra em vigor na data de
publicação, devendo esta estar expressa ao final do texto legal.
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia TRÊS
MESES depois de oficialmente publicada. 
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção,
o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
- Revogar é tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatoriedade e pode ser:
1) total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou
2) parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é revogada.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue.
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, NÃO revoga
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nem modifica a lei anterior.
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência. - 
- Repristinação: é a restauração da vigência de uma lei anteriormente revogada em razão da 
revogação da lei revogadora. A regra é não ocorrer a repristinação, entretanto, excepcionalmente, a lei 
revogada pode ser restaurada se houver disposição expressa.
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito.
- ATENÇÃO: Lembrar de ACP (Ação Civil Pública) Analogia Costumes Princ. Gerais do Direito.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada. 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se
efetuou. 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer,
como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a 
arbítrio de outrem. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
#APOSTACICLOS: A cobrança de dívida de jogo contraída por brasileiro em cassino que funciona 
legalmente no exterior é juridicamente possível e não ofende a ordem pública, os bons costumes 
e a soberania nacional. STJ. 3ª Turma. REsp 1628974-SP, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado 
em 13/6/2017 (Info 610).
#NOVIDADELEGISLATIVA
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores 
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. 
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou 
da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis 
alternativas. 
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação 
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de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas 
consequências jurídicas e administrativas. 
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar 
as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos 
interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das 
peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos. 
Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as 
dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos 
dos administrados.
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou
norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou 
condicionado a ação do agente. 
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes 
ou atenuantes e os antecedentes do agente. 
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais
sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato. 
Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação 
nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, 
deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento 
de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses 
gerais.
Parágrafo único. (VETADO). 
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, 
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em 
conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de 
orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas. 
Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas em 
atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as 
adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público. 
Art. 25. (VETADO). 
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Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação 
do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá, após 
oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes razões 
de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação 
aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial. 
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:
I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses gerais; 
II – (VETADO); 
III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito 
reconhecidos por orientação geral; 
IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as 
sanções aplicáveis em caso de descumprimento. 
§ 2º (VETADO).
 Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá 
impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do 
processoou da conduta dos envolvidos. 
§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes sobre seu
cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor. 
§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso processual entre
os envolvidos. 
Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em 
caso de dolo ou erro grosseiro.
Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade administrativa, 
salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação 
de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão
§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais condições da
consulta pública, observadas as normas legais e regulamentares específicas, se houver. 
Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação 
das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas. 
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Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em 
relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão. 
PESSOA NATURAL E DIREITO DA PERSONALIDADE
→ PESSOA NATURAL
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
- Pessoa natural é o ser humano capaz de direitos e obrigações na esfera civil.
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, 
desde a concepção, os direitos do nascituro. Parte inferior do formulário
- Início da personalidade civil: Nascer com vida.
- Basta nascer e respirar pela primeira vez para se tornar pessoa humana, para adquirir direitos e
contrair obrigações. Colocar a salvo seus direitos do nascituro significa impedir que situações que venham 
prejudicar os direitos que vão ser estabelecidos com seu nascimento possam ocorrer antes do mesmo. 
#TEORIAS 
a) Teoria Natalista:
A personalidade somente seria adquirida a partir do nascimento com vida, 
independentemente da forma humana e de um tempo mínimo de sobrevida. 
O nascituro não poderia ser considerado pessoa, tendo mera expectativa de 
direitos.
b) Teoria da
Personalidade 
Condicional 
(Condicionalista):
A personalidade jurídica somente seria adquirida sob a condição de nascer 
com vida, embora o nascituro já pudesse ser titular de determinados direitos 
extrapatrimoniais. 
c) Teoria
Concepcionista:
O nascituro seria considerado pessoa desde a concepção, inclusive, para certos 
efeitos ou direitos patrimoniais. Ex.: herança. Nascendo com vida, consolida-se 
esse efeito. 
OBS.: Embora não seja uniforme, vem ganhando força nos últimos anos. Ex.: 
indenização por dano moral ao nascituro (REsp 931556/RS), pagamento de 
seguro DPVAT pela morte de um nascituro. 
- CAPACIDADE JURÍDICA: A capacidade jurídica se desdobra em:
» Capacidade de direito (capacidade de gozo): Segundo Orlando Gomes, a capacidade de direito
confunde-se com o próprio conceito de personalidade, ou seja, é a capacidade jurídica genericamente
reconhecida a qualquer pessoa;
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» Capacidade de fato (capacidade de exercício): Significa a capacidade de, pessoalmente, exercer os
atos da vida civil. Nem todas as pessoas a possui.
- A soma dessas duas capacidades dá origem ao que chamamos de capacidade civil plena.
- Entes despersonalizados não têm direitos da personalidade, mas têm capacidade jurídica.
OBS: Não confundir capacidade com legitimidade. A falta de legitimidade significa que, mesmo sendo 
capaz, a pessoa está impedida por lei de praticar determinado ato (ou seja, trata-se de um impedimento 
específico para a prática de determinado ato). Já a falta da capacidade de fato gera a incapacidade civil, 
que pode ser absoluta ou relativa.
Art. 3º São ABSOLUTAMENTE incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos.
#ATENÇÃO: Atualmente só os menores de 16 anos são considerados absolutamente incapazes 
(vide Estatuto da Pessoa com Deficiência).
Art. 4º São incapazes, RELATIVAMENTE a certos atos ou à maneira de exercê-los: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV - os pródigos.
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática 
de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento PÚBLICO, 
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor 
tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, 
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
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Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos AUSENTES, 
nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, SEM decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos 
após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida 
depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
- EXTINÇÃO DA PESSOA FÍSICA: A morte marca o fim da pessoa natural (art. 6º do CC – “A
existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em 
que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”).
- Além da morte real (à vista do cadáver), existem as seguintes hipóteses de morte presumida: (a)
decorrente da ausência; (b) decorrente das situações do art. 7º do CC.
» (a) Morte presumida por ausência: A ausência é o procedimento em que se declara o estado de
desaparecimento de uma pessoa do seu domicílio sem deixar procurador. Foi tratada pelo codificador
como uma situação de morte presumida, a partir do momento em que é aberta a sucessão DEFINITIVA
dos bens do ausente.
» (b) Morte presumida do art. 7º do CC: Estas hipóteses não se confundem com a ausência.
- Note-se na morte presumida existem duas situações:
» A primeira trata da probabilidade extrema de morte daquele que se encontre em perigo de vida. (CC
art. 7º, I).
» A segunda hipótese trata dos desaparecidos em campanha de guerra ou feito prisioneiro, caso não
seja encontrado até 02 dois anos após o término da guerra (CC art. 7º, II).
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se 
algum dos COMORIENTES precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
- É um fenômeno jurídico que ocorre quando dois ou mais indivíduos falecem na mesma
ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumindo-se 
simultaneamente mortos. Ex.: avião da Chapecoense. Nota-se que não é necessário que a morte tenha 
ocorrido no mesmo local. A presunção da morte simultânea tem como principal efeito que, não havendo 
tempo ou oportunidade para a transferência de bens entre os comorientes, um não herda do outro. 
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#ATENÇÃOPARAASQUESTÕESDESUCESSÃO
→ DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, OS DIREITOS DA PERSONALIDADE SÃO 
INTRANSMISSÍVEIS E IRRENUNCIÁVEIS, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
INTRANSMISSIBILIDADE
Não se transmitem por atos entre vivos ou causa mortis. Mas 
podem ser protegidos os direitos da personalidade de pessoa 
morta.
INALIENABILIDADE E 
IRRENUNCIABILIDADE
Não podem ser objeto de renúncia ou alienação, no entanto, 
embora não possam sofrer limitação voluntária, esta é possível, 
se não for permanente nem geral (Enunciado 4 do CJF).
IMPRESCRITIBILIDADE
Não estão sujeitos à prescrição os direitos da personalidade 
em si. Mas suas projeções econômicas estão sujeitas a prazos 
prescricionais. #ATENÇÃO
VITALICIEDADE
Perduram durante toda a vida do titular e, em regra, adquirem-
se desde a concepção, salvo as exceções legais e decorrentes da 
sua própria natureza.
EXTRAPATRIMONIALIDADE Não podem ser objeto de penhora ou expropriação, muito embora isso seja possível quanto às consequências econômicas.
OPONIBILIDADE ERGA OMNES Opõem-se à observância de todos, como predicado da proteção da dignidade da pessoa humana.
- NOME
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
» Prenome: é o nome próprio de cada pessoa e tem como função a distinção de membros da própria
família, podendo ser simples (João, José) ou composto (Carlos Eduardo, Pedro Henrique). Pode ser
livremente escolhido pelos pais, devendo prevalecer o bom senso na escolha para não expor o filho
ao ridículo.
» Sobrenome ou Patronímico: o sobrenome, também conhecido como apelido de família, cognome
ou patronímico, é o sinal que define e identifica a origem da pessoa, de forma a indicar sua filiação
ou estirpe. É característico da família sendo, assim, transmissível por sucessão. Os apelidos de família
são adquiridos ipso iure, com o simples fato do nascimento.
» Agnome: tem a função de diferenciar pessoas da mesma família que possuem o mesmo prenome e
sobrenome. São nomes do tipo Filho, Neto, Sobrinho, ou ainda Segundo, Terceiro.
» Nome Vocatório: caracteriza-se por ser aquele pelo qual o indivíduo é comumente conhecido.
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Pode ser escolhido pela própria pessoa ou por terceiros, sendo certo que o sujeito poderá insurgir-se 
contra esse nome quando utilizado de forma indevida ou ofensiva. 
#APOSTACICLOS: 
Transgênero pode alterar seu prenome e gênero no registro civil mesmo sem fazer cirurgia 
de transgenitalização e mesmo sem autorização judicial. O transgênero tem direito fundamental 
subjetivo à alteração de seu prenome e de sua classificação de gênero no registro civil, não se exigindo, 
para tanto, nada além da manifestação de vontade do indivíduo, o qual poderá exercer tal faculdade 
tanto pela via judicial como diretamente pela via administrativa. Essa alteração deve ser averbada 
à margem do assento de nascimento, vedada a inclusão do termo “transgênero”. Nas certidões do 
registro não constará nenhuma observação sobre a origem do ato, vedada a expedição de certidão 
de inteiro teor, salvo a requerimento do próprio interessado ou por determinação judicial. Efetuando-
se o procedimento pela via judicial, caberá ao magistrado determinar de ofício ou a requerimento do 
interessado a expedição de mandados específicos para a alteração dos demais registros nos órgãos 
públicos ou privados pertinentes, os quais deverão preservar o sigilo sobre a origem dos atos. STF. 
Plenário. RE 670422/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/8/2018 (repercussão geral) (Info 911). Os 
transgêneros, que assim o desejarem, independentemente da cirurgia de transgenitalização, ou da 
realização de tratamentos hormonais ou patologizantes, possuem o direito à alteração do prenome 
e do gênero (sexo) diretamente no registro civil. STF. Plenário. ADI 4275/DF, rel. orig. Min. Marco 
Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 28/2 e 1º/3/2018 (Info 892).
→ ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
A Lei 13.146/15 foi influenciada pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, 
(subscrita pelo Brasil - Decreto 6.949/2009), e incorporou o ordenamento jurídico com status de emenda 
constitucional (seguiu o rito do art. 5º, §3º da CF/88). É muito importante ler os dispositivos dessa lei. 
- Aperfeiçoou o conceito de deficiência, antes limitado à pessoa incapaz para o trabalho e para
a vida independente. Incorporou uma noção aberta, flexível e preocupada com a dimensão social desse 
conceito.
#MUITOIMPORTANTE:
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
- Desvincula deficiência e incapacidade (a deficiência não afeta a plena capacidade civil da
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pessoa). A única hipótese de incapacidade absoluta é a dos menores de 16 anos.
- Introduz um instituto protetivo: tomada de decisão apoiada; dá novo significado ao antigo
instituto da curatela. 
• Com a tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência tem sua autonomia privada resguardada.
O instituto da tomada de decisão apoiada é preferencial em relação à curatela. Há dois conselheiros
que auxiliam a pessoa com deficiência na tomada de decisões.
• O objeto do processo é a eleição de duas pessoas para lhe prestarem apoio em suas decisões. O
pedido é de homologação do acordo em que duas pessoas prestam apoio à pessoa com deficiência,
possuindo, portanto, natureza jurídica de procedimento especial de jurisdição voluntária!
• A curatela passa a ser medida extraordinária, aplicável apenas para a prática de atos patrimoniais ou
negociais.
• Estão sujeitos à curatela (art. 1.767 CC): I- aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
puderem exprimir sua vontade; II- os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III- os pródigos.
ATENÇÃO para a avaliação biopsicossocial, lembrar que a deficiência não é mais considerada 
como algo biológico apenas, sendo necessária a análise da interação da pessoa com o meio onde vive. 
Assim, para a análise da deficiência é preciso que a perícia seja realizada sob o enfoque da perspectiva 
biopsicossocial, englobando os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; os fatores 
socioambientais, psicológicos e pessoais; a limitação no desempenho de atividades; e a restrição de 
participação. 
TOMADA DE DECISÃO APOIADA CURATELA
Visa à manutenção da autonomia do deficiente 
aliada ao seu melhor interesse. É preferencial em 
relação à curatela.
É medida extraordinária. Limitada a atos 
patrimoniais ou negociais.
Não pressupõe a incapacidade, mas mera 
necessidade de apoio. Pressupõe a incapacidade relativa do deficiente.
Somente pode ser promovida pelo próprio 
deficiente.
Pode ser promovida pelo próprio deficiente, bem 
como por outros legitimados no art. 747 do CPC.
- Há outros institutos no Estatuto da Pessoa com Deficiência que devem ser conhecidos para a
prova:
Acessibilidade: é a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, 
de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, 
inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de 
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uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência 
ou com mobilidade reduzida (Art. 3º, I, Estatuto da Pessoa Com Deficiência). 
São vedadas todasas formas de discriminação contra a pessoa com deficiência, inclusive por meio 
de cobrança de valores diferenciados por planos e seguros privados de saúde, em razão de sua condição. 
A fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência em todo o processo judicial, o poder público 
deve capacitar os membros e os servidores que atuam no Poder Judiciário, no Ministério Público, na 
Defensoria Pública, nos órgãos de segurança pública e no sistema penitenciário quanto aos direitos da 
pessoa com deficiência.
Benefício de prestação continuada: É assegurado à pessoa com deficiência que não possua 
meios para prover sua subsistência nem de tê-la provida por sua família o benefício mensal de 1 (um) 
salário-mínimo.
#APOSTACICLOS: São constitucionais o art. 28, § 1º e o art. 30 da Lei nº 13.146/2015, que determinam 
que as escolas privadas ofereçam atendimento educacional adequado e inclusivo às pessoas com 
deficiência sem que possam cobrar valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, 
anuidades e matrículas para cumprimento dessa obrigação. STF. Plenário. ADI 5357 MC-Referendo/
DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 9/6/2016 (Info 829).
#OLHAAJURISP #AJUDAMARCINHO
A regra no ordenamento jurídico é a imutabilidade do prenome (art. 58 da Lei nº 6.015/73). Todavia, 
sendo o nome civil um direito da personalidade, por se tratar de elemento que designa o indivíduo 
e o identifica perante a sociedade, revela-se possível, nas hipóteses previstas em lei, bem como 
em determinados casos admitidos pela jurisprudência, a modificação do prenome. Para que haja, 
contudo, a retificação de registro civil é necessário que exista uma circunstância excepcional apta 
a justificar a alteração do prenome. Ex: nome que gere constrangimento. Caso concreto: mulher 
ingressou com ação pedindo para trocar seu nome de Tatiane para Tatiana, sob a alegação de que 
é “popularmente” conhecida como Tatiana. O STJ não aceitou e disse que isso não é suficiente 
para afastar o princípio da imutabilidade do prenome, sob pena de se transformar a exceção 
em regra. STJ. 3ª Turma. REsp 1728039/SC, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 12/06/2018.
É admissível o restabelecimento do nome de solteiro na hipótese de dissolução do vínculo conjugal 
pelo falecimento do cônjuge. Vale ressaltar que não há previsão legal para a retomada do nome 
de solteira em caso de morte do marido. A lei somente prevê a possibilidade de o homem ou a 
mulher voltarem a usar o nome de solteiro (a) em caso de divórcio (art. 1.571, § 2º, do CC). Apesar 
disso, o STJ entende que isso deve ser permitido.A viuvez e o divórcio são hipóteses muito parecidas 
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e envolvem uma mesma razão de ser: a dissolução do vínculo conjugal. Logo, não há justificativa 
plausível para que se trate de modo diferenciado as referidas situações. STJ. 3ª Turma. REsp 1724718-
MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/05/2018 (Info 627).
São constitucionais o art. 28, § 1º e o art. 30 da Lei nº 13.146/2015, que determinam que as escolas 
privadas ofereçam atendimento educacional adequado e inclusivo às pessoas com deficiência sem 
que possam cobrar valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e 
matrículas para cumprimento dessa obrigação. STF. Plenário. ADI 5357 MC-Referendo/DF, Rel. Min. 
Edson Fachin, julgado em 9/6/2016 (Info 829).
NEGÓCIO JURÍDICO
Fato jurídico em 
sentido estrito: Ato-Fato: Ações Humanas: Ato Jurídico:
 1ª corrente:
Todo evento natural ou
humano que produz
efeitos jurídicos,
seja pela criação,
modificação, extinção
ou conservação de
direitos e deveres.
 2ª corrente:
Todo aquele que 
estabelece uma relação 
jurídica. Basta que seja 
apto/capaz a produção 
de efeitos.
 Comportamento
que embora derive
do homem, é
desprovido de
vontade consciente
em sua realização
e na projeção dos
resultados.
Pessoal, o ato-fato
pode ser:
• Ato-fato real;
• Ato-fato
indenizatório;
• Ato-fato
caduficicante.
a) Lícitas: “atos
jurídicos”.b) Ilícitas: “atos
ilícitos”.
Comportamento
humano que viola o
ordenamento jurídico.
Não se tem dúvida
de que o ato ilícito
é um fato jurídico. 
O problema é 
determinar se 
também é um ato 
jurídico. 
a) Ato jurídico
em sentido estrito:
trata-se do simples
comportamento
humano voluntário
e consciente, que
determina a produção
de efeitos jurídicos
legalmente previstos.
b) Negócio jurídico:
declaração de
vontade emitida
segundo autonomia
privada, nos limites
da função social e
da boa-fé objetiva,
pela qual as partes
pretendem atingir
efeitos juridicamente
possíveis e livremente
escolhidos.
-Planos de análise do negócio jurídico (Existência + Validade + Eficácia = Escada Ponteana).
1. PLANO DE EXISTÊNCIA: Trata-se do plano substantivo do negócio jurídico, em que se analisam
os elementos que compõem a sua existência e sem os quais o negócio é um nada jurídico (inexistente). 
Apesar de não haver sido regulado na parte geral do CC, é amplamente aceito pela doutrina e pela 
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jurisprudência. 
2. PLANO DE VALIDADE: Verifica se o negócio possui aptidão para produzir efeitos. Os pressupostos
de validade nada mais são que os pressupostos de existência qualificados.
3. PLANO DE EFICÁCIA: No plano da eficácia estudam-se os elementos que interferem na eficácia
jurídica do negócio jurídico. Esses elementos também são chamados de elementos acidentais do negócio 
jurídico (acidentais porque podem ou não ocorrer). São eles: Condição, Termo e Meio (ou Encargo).
→ DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
» Vício de consentimento: o defeito está na formação da vontade (vontade interna) e o prejudicado
é um dos contratantes. Ex.: Erro, Dolo, Coação, Lesão ou Estado de Perigo.
» Vício social: o defeito está na manifestação da vontade (vontade externa) e o prejudicado é sempre
um terceiro. Ex.: fraude contra credores e simulação.
1- ERRO:
-O erro é causa de anulabilidade do negócio jurídico.
-Espécies de erro (Roberto Ruggiero):
• Negócio: é o que incide sobre a natureza da declaração negocial da vontade.
• Objeto: é o que incide sobre as características do objeto do próprio negócio.
• Pessoa: é aquele que incide sobre os elementos de identificação do próprio declarante.
-Erro impróprio? Incide apenas na vontade declarada, e não em sua intenção. Não foi adotada
pelo sistema jurídico brasileiro.
2- DOLO:
- Causa de anulabilidade do negócio jurídico e consiste no artifício ou ardil empregado pela outra
parte ou por terceiro para prejudicar o declarante enganado. É um erro provocado.
- Nos termos do art. 145, somente terá efeito invalidante o dolo principal, ou seja, se atacar a causa
do negócio. O dolo acidental, previsto no art. 146, por atacar aspectos secundários do negócio, não o 
invalida, gerando apenas obrigação de pagar perdas e danos.
» Dolo negativo consiste em uma omissão dolosa de informação ou silêncio intencional que
prejudica a outra parte do negócio. Traduz quebra do dever de informação e violação à boa fé
objetiva (art. 147, CC). Gera a invalidade do negócio jurídico.
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» Dolo Bilateral: Já no dolo bilateral, previsto no art. 150, nenhuma parte pode alegar dolo da outra
para anular o negócio.
3- COAÇÃO. Art. 151.
- A coação traduz violência. Consiste em uma ameaça ou violência psicológica. Não se
confundem com a coação física (vis absoluta), causadora da inexistência do próprio negócio. 
4- ESTADO DE PERIGO:
- É causa de anulação do negócio jurídico, quando o agente, diante de uma situação de perigo
de dano conhecido pela outra parte, assume uma obrigação excessivamente onerosa, em franco 
desrespeito ao princípio da função social. 
CHEQUE CAUÇÃO: o chequecaução como condição para atendimento emergencial em hospitais 
é exemplo da teoria do estado de perigo para justificar a invalidade do ato praticado.
5- LESÃO:
- É inovação do CC/02. Requisitos: premente necessidade ou inexperiência (elemento subjetivo)
+ onerosidade excessiva (elemento objetivo). Ex.: compra de imóvel financiado no Brasil.
LESÃO ESTADO DE PERIGO
Somente acontece em contratos comutativos. Pode acontecer em negócio unilateral.
Iminência de dano patrimonial. Ocorrência de risco pessoal.
Elemento subjetivo: premente necessidade/
inexperiência.
Elemento subjetivo: situação de perigo conhecida 
da outra parte.
Não exige dolo de aproveitamento. Exige dolo de aproveitamento
6- SIMULAÇÃO. ART. 167, CC.
-Vício social do negócio jurídico. O negócio interno não é o mesmo do negócio manifestado.
-Enunciado 152, III, Jornada de Direito Civil: “toda simulação, inclusive, a inocente (que não causa
prejuízo), é invalidante”. 
7- FRAUDE CONTRA CREDORES:
-É um vício social do negócio jurídico. Para fins de prova objetiva, os negócios praticados em fraude
contra credores são anuláveis (art. 171, CC).
-A ação anulatória é chamada de pauliana (origem romana) ou ação revocatória.
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-Requisitos para Caracterização da Fraude Contra Credores
 Disposição onerosa: exige a colusão fraudulenta entre as partes (consilium fraudis – elemento
subjetivo) e o prejuízo ao credor (eventus damni – elemento objetivo). 
 Disposição gratuita: basta o prejuízo ao credor (eventus damni).
#FOCONASÚMULA: Súmula 195-STJ: Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude 
contra credores. 
Fraude contra credores Fraude à execução
Instituto de direito civil Instituto de direito processual civil
O devedor tem obrigações assumidas e aliena o 
patrimônio. 
O devedor tem ações executivas ou 
condenatórias contra si e aliena o patrimônio. 
Há necessidade para o seu reconhecimento de 
uma ação pauliana. 
Não há necessidade para o seu 
reconhecimento de uma ação específica. 
Os atos praticados são inválidos. Os atos praticados são ineficazes. 
Súmula 375 do STJ: o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do 
bem alienado ou da prova de má fé de terceiro adquirente.
NULIDADE ABSOLUTA (NULIDADE) NULIDADE RELATIVA (ANULABILIDADE)
Atinge interesse público Atinge interesse particular
Pode ser suscitada por qualquer interessado, e 
deve ser reconhecia de ofício pelo juiz (art. 168).
Só pode ser suscitada pelos interessados (art. 
177).
É irratificável (art. 169, 1ª parte), ou seja, é 
insuscetível de confirmação.
É ratificável (art. 172). Pode ser suprida, sanada, 
inclusive pelas partes.
Sentença produz efeitos EX TUNC, pois, regra 
geral, o ato nulo não produz efeitos. O tema se tornou controvertido.
Não convalesce pelo decurso do tempo (art. 
169, parte final). Isso significa que a nulidade é 
imprescritível.
Ação anulatória possui prazos decadenciais (4 ou 
2 anos – art. 178 e 179, CC);
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Art. 166. É NULO o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente 
incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o 
seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas 
as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei 
considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou 
proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 171. Além dos casos expressamente 
declarados na lei, é ANULÁVEL o negócio 
jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, 
estado de perigo, lesão ou fraude contra 
credores.
→ ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO
CONDIÇÃO TERMO ENCARGO/MODO
Evento futuro e INCERTO Evento futuro e CERTO Cláusula acessória à liberalidade
Quando suspensiva: suspende 
a aquisição e o exercício do 
direito
Quando suspensivo: NÃO 
impede a aquisição do direito, 
mas, apenas o seu exercício - 
gera direito adquirido.
NÃO impede a aquisição nem 
o exercício do direito - gera 
direito adquirido
Condição incertus an incertus: 
há absoluta incerteza em 
relação à ocorrência do evento 
futuro e incerto
Termo certus an certus: há 
certeza quanto ao evento futuro 
e quanto ao tempo de duração.
Condição incertus an certus: 
não se sabe se o evento 
ocorrerá, mas, se acontecer, 
será dentro de um determinado 
prazo
Termo certus an incertus: há 
certeza quanto ao evento 
futuro, mas incerteza quanto à 
sua duração.
→ PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
Põe fim à pretensão. Põe fim ao direito.
Relacionada aos direitos subjetivos (cunho 
prestacional. Aqueles que se opõem a um dever 
jurídico).
Relacionada aos direitos potestativos (aqueles 
que se opõem a um estado de sujeição).
Somente pode ser prevista em lei. Pode ser prevista em lei (decadência legal) ou através de contrato (decadência convencional).
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Prazo da prescrição pode ser impedido, 
suspenso ou interrompido.
Prazo de decadência não pode ser impedido, 
suspenso ou interrompido (em regra – art. 207 
do CC: “Salvo disposição legal em contrário, 
não se aplicam à decadência as normas 
que impedem, suspendem ou interrompem 
a prescrição”).Exceção (disposição legal em 
contrário): art. 26, § 2º, do CDC.
PRAZO HIPÓTESES
01 ANO (i) Segurado contra o segurador, ou deste contra aquele.
02 ANOS (i) Prestações alimentares.
03 ANOS (i) Aluguéis de prédios; (ii) enriquecimento sem causa; (iii) reparação civil.
04 ANOS (i) Pretensão relativa à tutela.
05 ANOS (i) Cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;(ii) pretensão de profissionais liberais.
OBRIGAÇÕES
→ OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS:
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de 
um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Na obrigação solidária ativa, qualquer um dos credores pode exigir a obrigação por inteiro. Já na 
obrigação solidária passiva, a dívida pode ser paga por qualquer um dos devedores.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
A solidariedade contratual não pode ser presumida, devendo resultar da lei (solidariedade legal) 
ou da vontade das partes (solidariedade convencional).
Da Solidariedade Ativa (arts. 267 a 274):
Na solidariedade ativa, cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o 
cumprimento da prestação por inteiro (art. 267, do CC). Em complemento, enquanto alguns dos 
credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar (art. 
268, do CC).
O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago (art. 
269, do CC).
Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e 
receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação 
for indivisível (art. 270, do CC).
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Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste (permanece), para todos os efeitos, a 
solidariedade (art. 271, do CC).
#OLHAOGANCHO: De acordo com o art. 263, do CC/2002, a obrigação indivisível perde esse 
caráter quando da sua conversão em perdas e danos, o que não ocorre com a obrigação solidária 
ativa, que permanece com o dever do sujeito passivo obrigacional de pagar a quem quer que seja.
O credor que tiver remitido (perdoado) a dívida ou recebidoo pagamento responderá aos outros pela 
parte que lhes caiba (art. 272, do CC).
Como novidade na atual codificação material, preceitua o art. 273 que “a um dos credores solidários 
não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros”. As exceções pessoais são defesas 
de mérito existentes somente contra determinados sujeitos, como aquelas relacionadas com os vícios 
da vontade (erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão) e as incapacidades em geral, como é o caso 
da falta de legitimação. Na obrigação solidária ativa, o devedor não poderá opor essas defesas 
contra os demais credores diante da sua natureza personalíssima.
Segundo o art. 274, do CC (redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015), “O julgamento contrário a um 
dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo 
de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles”.
Da Solidariedade Passiva (arts. 275 a 285):
Na obrigação solidária passiva, o credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos 
devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum. Se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais 
devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto (art. 275, caput, do CC). Não importará 
renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores (art. 
275, parágrafo único, do CC).
Como ocorre com a solidariedade ativa, o art. 276, do CC, traz regra específica envolvendo a morte de 
um dos devedores solidários. No caso de falecimento de um destes, cessa a solidariedade em relação 
aos sucessores do de cujus, eis que os herdeiros somente serão responsáveis até os limites da 
herança e de seus quinhões correspondentes. A regra não se aplica se a obrigação for indivisível. 
Outra exceção é feita pelo comando, eis que todos os herdeiros reunidos são considerados um único 
devedor em relação aos demais devedores 
Tanto o pagamento parcial realizado por um dos devedores como o perdão da dívida (remissão) por 
ele obtida não têm o efeito de atingir os demais devedores na integralidade da dívida (art. 277, do CC). 
No máximo, caso ocorra o pagamento direto ou indireto, os demais devedores serão beneficiados de 
forma reflexa, havendo desconto em relação à quota paga ou perdoada.
Dispõe o art. 278, do CC, que “qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre 
um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento 
destes”. Por regra, o que for pactuado entre o credor e um dos devedores solidários não poderá 
agravar a situação dos demais, seja por cláusula contratual, seja por condição inserida na obrigação, 
seja ainda por aditivo negocial. Deve ser respeitado o princípio da relatividade dos efeitos contratuais, 
eis que o negócio firmado gera efeitos inter partes, em regra.
Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o 
encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
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Na solidariedade passiva, o devedor demandado poderá opor contra o credor as defesas que lhe 
forem pessoais e aquelas comuns a todos, tais como pagamento parcial ou total e a prescrição da 
dívida (art. 281 do CC). Mas esse devedor demandado não poderá opor as exceções pessoais a que 
outro codevedor tem direito, eis que estas são personalíssimas, como se pode aduzir pelo próprio 
nome da defesa em questão. Exemplificando: qualquer um dos devedores poderá alegar a prescrição 
da dívida, ou o seu pagamento total ou parcial, direto ou indireto, pois as hipóteses são de exceções 
comuns. Por outra via, os vícios do consentimento (erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão), 
somente podem ser suscitados pelo devedor que os sofreu. 
O Código Civil de 2002 continua admitindo a renúncia à solidariedade, de forma parcial (a favor 
de um devedor) ou total (a favor de todos os codevedores), no seu art. 282, caput (“O credor pode 
renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores”). A expressão renúncia 
à solidariedade pode ser utilizada como sinônima de exoneração da solidariedade. Enuncia o parágrafo 
único do dispositivo que “Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a 
dos demais”.
O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos codevedores a sua 
quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no 
débito, as partes de todos os codevedores (art. 283, do CC). Entretanto, se a dívida solidária interessar 
exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que a pagar (art. 
285, do CC).
→ REGRAS SOBRE O PAGAMENTO:
LUGAR DO 
PAGAMENTO
REGRA - no domicílio do devedor
Exceção - salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário 
resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
Dois ou mais lugares: cabe ao credor escolher entre eles.
Tradição de imóvel ou Prestações relativas um imóvel: far-se-á no lugar onde 
situado o bem.
Motivo grave para mudança de lugar: poderá o devedor fazê-lo em outro, sem 
prejuízo para o credor.
Usos e costumes: O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir 
renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
OBJETO DO 
PAGAMENTO
Prestações diversas da combinada: O credor não é obrigado a receber, ainda que 
mais valiosa.
Prestações divisíveis: Não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor 
a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Onerosidade excessiva: Se, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção 
manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, 
poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, 
o valor real da prestação.
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TEMPO DO 
PAGAMENTO
Quando o credor pode exigir o pagamento: não tendo sido ajustada época para 
o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente, SALVO disposição legal em
contrário.
Obrigações condicionais: cumprem-se na data do implemento da condição,
cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor.
Cobrança da dívida antes de vencido o prazo estipulado:
I - No caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - Se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por
outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias,
ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
IV- Nos casos acima, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará
vencido quanto aos outros devedores solventes.
PROVAS DO 
PAGAMENTO
Retenção: O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o 
pagamento, enquanto não lhe seja dada.
Quitação: A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, 
designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por 
este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do 
seu representante. Ainda sem esses requisitos valerá a quitação, se de seus termos 
ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. Quando o pagamento for 
em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, 
a presunção de estarem solvidas as anteriores. Sendo a quitação do capital sem 
reserva dos juros, estes presumem-se pagos.
Declaração: Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido 
este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que 
inutilize o título desaparecido.
Presunção de pagamento: A entrega do título ao devedor firma a presunção do 
pagamento. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar,em 
sessenta dias, a falta do pagamento.
Despesas com o pagamento: Presumem-se a cargo do devedor as despesas com 
o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este
a despesa acrescida.
#NÃOCONFUNDA
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA CESSÃO DE CRÉDITO
Regra: consentimento EXPRESSO do credor Regra: não precisa de consentimento expresso
Exceção: é permitido o consentimento tácito 
apenas no caso do adquirente de imóvel 
hipotecado e se o credor, notificado, não 
impugnar em trinta dias a transferência do 
débito. (art. 303).
Eficácia: Apenas para que a cessão tenha 
EFICÁCIA perante o devedor, será necessária 
à sua NOTIFICAÇÃO. Repare: não pede o 
consentimento, mas apenas a notificação!
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Substitui o polo PASSIVO da obrigação Substitui o polo ATIVO da obrigação
- A quitação sempre poderá ser feita por instrumento particular.
- Vencimento antecipado de dívidas: no caso de falência do devedor, ou do concurso de credores;
se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; se cessarem, 
ou se tornarem insuficientes, as garantias de débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar 
a reforça-las. 
- PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO: opera-se de pleno direito em favor do credor que paga
a dívida do devedor comum; do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a o credor hipotecário; 
terceiro que efetiva o pagamento da hipoteca para não ser privado do direito sobre o imóvel; do terceiro 
juridicamente interessado que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. 
A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em 
relação à dívida, contra o devedor principal de os fiadores. 
- DAÇÃO EM PAGAMENTO: o credor consente em receber prestação diversa da que lhe é devida.
- NOVAÇÃO: ocorre quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir
a anterior; quando novo devedor sucede ao antigo, ficando quite com o credor; quando, em virtude de 
obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este. A novação por 
substituição do devedor pode ser efetuada independentemente do consentimento deste. Extingue os 
acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não podem ser objeto 
de novação as obrigações nulas ou extintas; as anuláveis podem. 
- Não cumprida a obrigação, responde o devedor por: perdas e danos; juros; atualização monetária
e honorários de advogado. 
- MORA: considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não
quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. Mora ex lege: ocorre de 
pleno direito quando do advento do termo; mora ex persona: não havendo termo, a mora se constitui 
mediante interpelação judicial ou extrajudicial. O devedor em mora responde pela impossibilidade da 
prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem 
durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação 
fosse oportunamente desempenhada.
- Incorre de pleno direito o devedor na CLÁUSULA PENAL, desde que, culposamente, deixe de
cumprir obrigação ou se constitua em mora. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode 
exceder o da obrigação principal. 
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- CLÁUSULA PENAL COMPENSATÓRIA x MORATÓRIA: Não se pode cumular multa compensatória 
prevista em cláusula penal com indenização por perdas e danos decorrentes do inadimplemento da 
obrigação. Enquanto a cláusula penal moratória manifesta com mais evidência a característica de reforço 
do vínculo obrigacional, a cláusula penal compensatória prevê indenização que serve não apenas como 
punição pelo inadimplemento, mas também como prefixação de perdas e danos. A finalidade da 
cláusula penal compensatória é recompor a parte pelos prejuízos que eventualmente decorram 
do inadimplemento total ou parcial da obrigação. Tanto assim que, eventualmente, sua execução 
poderá até mesmo substituir a execução do próprio contrato. Não é possível, pois, cumular 
cláusula penal compensatória com perdas e danos decorrentes de inadimplemento contratual. 
Com efeito, se as próprias partes já acordaram previamente o valor que entendem suficiente para 
recompor os prejuízos experimentados em caso de inadimplemento, não se pode admitir que, além desse 
valor, ainda seja acrescido outro, com fundamento na mesma justificativa – a recomposição de prejuízos. 
Ademais, nessas situações sobressaem direitos e interesses eminentemente disponíveis, de modo a não 
ter cabimento, em princípio, a majoração oblíqua da indenização prefixada pela condenação cumulativa 
em perdas e danos. REsp 1.335.617-SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 27/3/2014.
Cláusula penal Perdas e danos
- o valor é fixado antecipadamente pelos próprios
contratantes.
- por se tratar de uma estimativa feita pelos
contratantes, pode ficar aquém de seu montante
real.
- O credor não precisa comprovar o prejuízo.
- o valor é fixado pelo juiz, com base nos prejuízos
alegados e provados.
- por abrangerem o dano emergente e o lucro
cessante, possibilitam o completo ressarcimento
do prejuízo. Princípio da reparação INTEGRAL.
- deve ser comprovado, exaustivamente, o
prejuízo.
Semelhanças: destinam-se a ressarcir os prejuízos 
sofridos pelo credor em razão do inadimplemento 
do devedor.
Cláusula penal Multa simples ou cláusula penal pura
- constitui prefixação da responsabilidade pela
indenização decorrente da inexecução culposa da
obrigação.
- constituída de determinada importância, que
deve ser paga em caso de infração de certos
deveres, como a imposta pelo empregador ao
empregado, ao infrator das normas de trânsito,
etc. Não tem a finalidade de promover o
ressarcimento de danos, nem tem relação com o
inadimplemento contratual.
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Cláusula penal Multa penitencial
- instituída em benefício do CREDOR, a
quem compete escolher entre cobrar a multa
compensatória OU exigir o cumprimento da
prestação.
- instituída em benefício do DEVEDOR, a quem
compete escolher entre pagar a multa penitencial
ou cumprir a prestação.
Cláusula penal Arras penitenciais (dá direito de arrependimento)
- atua como elemento de coerção, para evitar o
inadimplemento contratual.
- por admitirem o arrependimento, facilitam
o descumprimento da avença, pois as partes
sabem que a pena é reduzida, consistindo na
perda do sinal dado ou em sua devolução +
equivalente (dobro), nada mais podendo ser
exigido a título de perdas e danos (art. 420).
- pode (deve) ser reduzida pelo juiz, em caso
de inadimplemento parcial da obrigação ou de
montante manifestamente excessivo. (art. 413)
- não podem ser reduzidas pelo juiz. (mas, a
doutrina diverge: Enunciado 165 do CJF: “Em
caso de penalidade, aplica-se a regra do art.
413 ao sinal, sejam as arras confirmatórias ou
penitenciais”).
- torna-se exigível apenas se ocorre o
inadimplemento do contrato.
- são pagas por antecipação no início do
contrato.
- aperfeiçoa-se com a simples estipulação no
instrumento (caráter convencional).
- aperfeiçoam-se com a entrega de dinheiro ou
outro bem móvel (caráter real).
Semelhanças: têm natureza acessória e visam 
a garantir o adimplemento da obrigação, 
constituindo seus valores prefixação das perdas 
e danos.
Arras confirmatórias Arras penitenciais
Confirmam o NJ Atuam como pena convencional
Mínimo de indenização Prefixação de perdas e danos
Não dá direito de arrependimento Dá direito de arrependimento(contrato é passível de resolução)
Como não cabe arrependimento, alei 
concede a suplementação de perdas e danos.
Como a lei concede o arrependimento, a lei 
não concede a suplementação de perdas e 
danos.
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#DEOLHONAJURIS:
A fixação da taxa dos juros moratórios, a partir da entrada em vigor do art. 406 do Código Civil 
de 2002, deve ser com base na taxa Selic, sem cumulação de correção monetária. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1403005/MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 06/04/2017.
No caso de dívida composta de capital e juros, a imputação de pagamento (art. 354 do CC) 
insuficiente para a quitação da totalidade dos juros vencidos não acarreta a capitalização do 
que restou desses juros. STJ. 3ª Turma. REsp 1518005-PR, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado 
em 13/10/2015 (Info 572).
Na hipótese de inexecução do contrato, revela-se inadmissível a cumulação das arras com a 
cláusula penal compensatória, sob pena de ofensa ao princípio do non bis in idem. Ex: João 
celebrou contrato de promessa de compra e venda com uma incorporadora imobiliária para aquisição 
de um apartamento. João comprometeu-se a pagar 80 parcelas de R$ 3 mil e, em troca, receberia 
um apartamento. No início do contrato, João foi obrigado a pagar R$ 20 mil a título de arras. No 
contrato, havia uma cláusula penal compensatória prevendo que, em caso de inadimplemento por 
parte de João, a incorporadora poderia reter 10% das prestações que foram pagas por ele. Trata-se 
de cláusula penal compensatória. Suponhamos que, após pagar 30 parcelas, João tenha parado 
de pagar as prestações. Neste caso, João perderá apenas as arras, mas não será obrigado a pagar 
também a cláusula penal compensatória. Não é possível a cumulação da perda das arras com 
a imposição da cláusula penal compensatória. Logo, decretada a rescisão do contrato, fica a 
incorporadora autorizada a apenas reter o valor das arras, sem direito à cláusula penal. STJ. 
3ª Turma.REsp 1617652-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 26/09/2017 (Info 613).
Em um contrato no qual foi estipulada uma CLÁUSULA PENAL, caso haja o inadimplemento, é 
possível que o credor exija o valor desta cláusula penal e mais as perdas e danos? 
• Se for cláusula penal MORATÓRIA: SIM.
• Se for cláusula penal COMPENSATÓRIA: NÃO.
STJ. 3ª Turma. REsp 1335617-SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 27/3/2014 (Info 540).
A cláusula penal moratória não é estipulada para compensar o inadimplemento nem para 
substituir o adimplemento. Assim, a cominação contratual de uma multa para o caso de mora 
não interfere com a responsabilidade civil. Logo, não há óbice a que se exija a cláusula penal 
moratória juntamente com o valor referente aos lucros cessantes. No caso de mora, existindo 
cláusula penal moratória, concede-se ao credor a faculdade de requerer, cumulativamente: a) o 
cumprimento da obrigação; b) a multa contratualmente estipulada; e ainda c) indenização 
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correspondente às perdas e danos decorrentes da mora. Exemplo: o promitente comprador, 
no caso de atraso na entrega do imóvel adquirido, tem direito a exigir, além do cumprimento da 
obrigação e do pagamento do valor da cláusula penal moratória prevista no contrato, a indenização 
correspondente aos lucros cessantes pela não fruição do imóvel durante o período da mora. STJ. 3ª 
Turma. REsp 1355554-RJ, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 6/12/2012 (Info 513).
CONTRATOS
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA
A autonomia da vontade está relacionada com o 
conteúdo do negócio jurídico. Já a liberdade de 
contratar relaciona-se com a escolha da pessoa.
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS 
CONTRATOS
Enunciado 23: A função social do contrato, prevista 
no art. 421 do novo Código Civil, não elimina o 
princípio da autonomia contratual, mas atenua ou 
reduz o alcance desse princípio quando presentes 
interesses metaindividuais ou interesse individual 
relativo à dignidade da pessoa humana.
PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS 
CONTRATOS (PACTA SUNT SERVANDA) O contrato tem força de lei.
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA
Enunciado 27: Na interpretação da cláusula geral 
da boa-fé, deve-se levar em conta o sistema do 
Código Civil e as conexões sistemáticas com outros 
estatutos normativos e fatores metajurídicos.
Enunciado 24. Em virtude do princípio da boa-fé, 
positivado no art. 422 do novo Código Civil, a 
violação dos deveres anexos constitui espécie de 
inadimplemento, independentemente de culpa.
PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS 
CONTRATUAIS
O contrato também gera efeitos perante terceiros 
de forma excepcional.
- Sob a ótica da função social do contrato, o contrato teria eficácia interna e externa:
EFICÁCIA APLICAÇÃO
Eficácia interna ou intersubjetiva: 
entre as partes. Enunciado 36 IV 
Jornada
- Proteção da dignidade da pessoa humana no contrato.
Enunciado 23, I Jornada A função social do contrato, prevista
no art. 421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da
autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse
princípio quando presentes interesses metaindividuais ou
interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana. Ex.
cláusula de celibato – proibição de casar (Canotilho).
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- Vedação da onerosidade excessiva (desequilíbrio contratual).
Efeito gangorra;
- Nulidade de cláusulas antissociais. Súmula 302 STJ É abusiva
a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a
internação hospitalar do segurado.
- Conservação contratual: a extinção do contrato é a última ratio.
Enunciado 22, I Jornada. A função social do contrato, prevista no
art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral que reforça
o princípio de conservação do contrato, assegurando trocas
úteis e justas. Ex. Teoria do adimplemento substancial (substantial
performance): quando o contrato for quase todo cumprido,
sendo a mora insignificante não caberá a sua extinção, mas
apenas outros efeitos como a cobrança. A análise é quantitativa
e qualitativa. O percentual dependerá do caso concreto.
- Proteção do vulnerável contratual. Protege o aderente.
Eficácia externa ou transobjetiva: 
além das partes. O contrato também 
gera efeitos perante terceiros. Trata-
se de uma extensão ao princípio da 
relatividade dos efeitos contratuais 
(que dá a ideia de que os contratos 
geram efeitos somente entre as 
partes). Enunciado 21, I Jornada.
- Tutela de direitos difusos e coletivos. Ex. função socioambiental
do contrato. Propriedade ribeirinha onde tiro areia e vendo para
loja de material de construção. É bom para duas as partes, mas
é prejudicial à sociedade por causar desequilíbrio ecológico.
- Tutela externa do crédito. Possibilidade de o contrato gerar
efeitos perante terceiros ou de condutas de terceiros repercutirem
no contrato. Ex. Teoria do terceiro cúmplice. Art. 608 CC Art. 608.
→ CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
- Unilaterais: apenas um dos contratantes assume obrigações;
- Bilaterais ou sinalagmáticos- direitos e obrigações para ambas as partes;
- Onerosos: ambas as partes assumem obrigações;
- Gratuitos: o contrato onera somente uma das partes; Regra dos contratos gratuitos: devem ser
interpretados de forma restritiva.
REGRA: os contratos bilaterais também onerosos. Os unilaterais são gratuitos. 
EXCEÇÃO: mútuo sujeito a juros. É contrato unilateral e oneroso.
- Comutativos: as prestações de ambas as partes são conhecidas e guardam relação de equivalência;
- Aleatórios: situação em que uma das prestações não é conhecida no momento da celebração do
contrato. Melhor exemplo na doutrina: convênio médico; 
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- Nominados: denominação prevista em lei;
- Inominados: contratos criados pelaspartes, sem tipificação legal;
- Paritários: os interessados podem discutir as cláusulas contratuais em pé de igualdade, com
“paridade”;
- Adesão: a parte apenas adere ao contrato, sem discutir suas cláusulas, que já foram estabelecidas
pela outra parte;
- Consensuais: simples acordo de vontades;
- Solenes: lei exige forma especial para sua celebração.
- Reais: perfazem-se com a entrega da coisa.
- Principais: independente de outro contrato. Melhor exemplo na doutrina: compra e venda,
locação.
- Acessórios: sua existência supõe a do principal. Ex.: fiança.
- Pessoais (intuitu personae): a pessoa do contratante é fundamental para a sua realização;
- Impessoais: a pessoa do contratante é indiferente para a conclusão dos negócios.
- EVICÇÃO: é a perda do bem ou a privação de alguma utilidade em virtude de circunstância
anterior à aquisição do domínio. Mediante cláusula expressa, as partes podem reforçar, diminuir ou excluir 
a responsabilidade pela evicção. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era 
alheia ou litigiosa. #ATENÇÃODOBRADA: mesmo a cláusula que exclui a responsabilidade do alienante 
dá ao evicto o direito de receber o preço que pagou, ressalvada a hipótese de, INFORMADO DO RISCO, 
expressamente assumi-lo.
- VÍCIOS REDIBITÓRIOS: a coisa recebida em virtude de contrato comutativo ou de doação
onerosa pode ser rejeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem impróprias para o uso a que é 
destinada, ou lhe diminuam o valor. PRAZOS: 30 dias, se a coisa móvel; 1 ano, se imóvel, ambos contados 
da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo contar-se-á da alienação, reduzido à metade; no caso 
de vício oculto, o adquirente tem os mesmos prazos (30 dias/ 1 ano), desde que os vícios se revelem no 
prazo máximo de 180 dias, se móvel, ou de 1 ano, se imóvel, fluindo do conhecimento do defeito. Para 
insurgir-se contra os vícios redibitórios: AÇÕES EDILÍCIAS – ação redibitória (rejeita a coisa defeituosa 
+ rescinde o contrato recebendo preço pago + despesas + perdas e danos); e ação estimatória/quanti
minoris (recebe a coisa + abatimento proporcional do preço).
-RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA: Nos contratos de execução continuada ou
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diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem 
para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a 
resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. A resolução 
poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato (TEORIA 
DA IMPREVISÃO). #pegadinha: a regra é que seja possível a aplicação apenas em contratos comutativos, 
entretanto, se em contratos aleatórios, o evento superveniente extraordinário e imprevisível não se 
relacionar com a álea assumida no contrato, será possível sua revisão ou resolução (enunciado da jornada 
de direito civil nº 440).
CONTRATO RESUMO GERAL
LOCAÇÃO
Natureza Jurídica: Contrato bilateral, oneroso, comutativo, consensual, informal e 
não solene. CC rege apenas as locações não tratadas pela Lei nº 8.245/91 (locação 
de imóveis destinados à residência, indústria, comércio ou prestação de serviços).
A referida lei exclui de sua abrangência 1. Imóveis que integram o patrimônio público 
(regidos pelo Decreto n. 9.760/46 e pela Lei n. 8.666/93); 2. Vagas autônomas de 
garagens ou espaços destinados a veículos (CC); 3. Espaços publicitários/outdoors 
(CC); 4. Apart-hotéis/flats ou equiparados (CC e, para alguns, CDC); 5. Arrendamento 
mercantil/leasing (Lei n. 6.099/74).
FIANÇA Natureza Jurídica: Contrato unilateral, gratuito, consensual, comutativo, exigindo forma escrita. Trata-se de um contrato acessório sui generis.
PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇO Natureza jurídica: Contrato bilateral, oneroso, consensual, comutativo e informal.
EMPREITADA
Conceito: O contrato de empreitada (locatio operis) é aquele pelo qual uma das 
partes (empreiteiro ou prestador) obriga-se a fazer ou a mandar fazer determinada 
obra, mediante uma determinada remuneração, a favor de outrem (dono de obra 
ou tomador). 
Natureza jurídica: Contrato bilateral oneroso, comutativo, consensual e informal.
MANDATO
Natureza jurídica: O contrato é, em regra, unilateral, podendo assumir também a 
forma bilateral (por isso é conceituado como sendo um contrato bilateral imperfeito). 
Assim sendo, o contrato pode ser gratuito ou oneroso. É também contrato consensual, 
comutativo e informal
TRANSPORTE
Natureza jurídica: Contrato bilateral, oneroso, consensual, comutativo e informal. Na 
grande maioria das vezes o transporte assume a forma de contrato de consumo (Lei 
8.078/1990) ou de adesão. Assim, é possível buscar diálogos entre o CC e o CDC no 
que se refere ao contrato em questão, aplicando-se os princípios sociais contratuais.
SEGURO
Natureza jurídica: Contrato bilateral, oneroso, consensual e aleatório, 
dependendo do fator risco. Na maioria das vezes, constitui contrato de adesão, 
pois o seu conteúdo é imposto por uma das partes, geralmente a seguradora. 
Também, muitas vezes, o contrato é de consumo, o que justifica a busca de 
diálogos de complementaridade entre o CC e o CDC (diálogo das fontes).
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MÚTUO E 
COMODATO
Natureza jurídica: Contrato unilateral, gratuito (regra), comutativo, informal, real 
(aperfeiçoa-se com a entrega).
Mútuo é o empréstimo de bem fungível (móvel) e consumível, em que coisa de mesma 
espécie, qualidade e quantidade deverá ser restituída ao final. Se for destinado a fins 
econômicos, presume-se oneroso (FENERATÍCIO).
Comodato é o empréstimo de bem infungível e inconsumível (móvel ou imóvel), 
o qual deverá ser restituído ao final. Não se transfere aos herdeiros nem pode ser
objeto de cessão sem anuência (intuitu personae)
#VAICAIR – CONTRATO DE COMPRA E VENDA
Para haver efetiva transferência da propriedade é necessário, além do contrato, uma solenidade de 
transferência (TRADIÇÃO para os bens móveis ou REGISTRO para os bens imóveis)
RETROVENDA: cláusula resolutiva expressa em favor do vendedor de coisa imóvel, com prazo 
máximo de decadência de três anos, mediante restituição do preço recebido + reembolso de 
despesas. Esse direito é cessível e transmissível a herdeiros e legatários.
PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA: cláusula expressa que impõe ao comprador de bem móvel ou 
imóvel a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que ele vai vender ou dar em pagamento, 
para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto. O PRAZO para exercer 
não pode exceder de cento e oitenta dias, se móvel, ou dois anos, se imóvel. CUIDADO: o prazo 
para dizer se vai exercer o direito depois de notificado é de três dias, para móvel, ou sessenta dias, 
se imóvel. Esse direito não se pode ceder nem passa aos herdeiros.
VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO: cláusula expressa em que o vendedor de bem móvel 
infungível reserva para si a propriedade até que o preço esteja integralmente pago (propriedade 
resolúvel). Em qualquer caso, depende de registro para valer contra terceiros.
VENDA A CONTENTO OU SUJEITA A PROVA: entende-se realizada sob condição suspensiva, só 
se reputa perfeita quando o adquirente manifestar seu agrado (a contento) ou se tiver as qualidades 
asseguradas e for idônea para o fim a que se destina (sujeita a prova).
- LOCAÇÃO: Lei 8.245/91
APLICA A LEI DE LOCAÇÕES APLICA O CÓDIGO CIVIL
Imóveis urbanos residenciais Imóveis Rurais
Imóveis urbanos comerciais Arrendamento mercantil
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Imóveis por temporada Vagas autônomas de garagem
Lojas de Shopping Center Espaços de publicidade
Hotéis e similares
Imóveis“públicos”
LEI Nº 8.245, - LOCAÇÕES
LOCAÇÃO RESIDENCIAL
LOCAÇÃO COM PRAZO IGUAL OU SUPERIOR A 30 MESES
A resolução do contrato ocorre automaticamente, findo o prazo, sem 
necessidade de notificação.
Se ninguém se opuser, o contrato prorroga-se, automaticamente, por 
prazo indeterminado, se passado 30 dias.
Após 30 meses, o locador e o locatário podem resilir o contrato a 
qualquer tempo.
Cabe “denúncia vazia”, isto é, imotivada, a qualquer tempo, devendo 
o locatário desocupar o imóvel em 30 dias.
LOCAÇÃO COM PRAZO INFERIOR A 30 MESES
A locação prorroga-se imediatamente por prazo indeterminado.
Não cabe resilir o contrato de forma imotivada.
Só cabe denúncia “cheia”, motivada, nos termos do art.47 da lei.
LOCAÇÃO POR TEMPORADA
Destinada à residência temporária do locatário, para prática de lazer, 
realização de cursos, tratamento de saúde, feitura de obras em seu 
imóvel, e outros fatos que decorrem tão-somente de determinado 
tempo, e contratada por envolver imóvel prazo não superior a 
noventa dias, esteja ou não mobiliado o imóvel. 
No caso de a locação envolver imóvel mobiliado, constará do 
contrato, obrigatoriamente, a descrição dos móveis e utensílios que 
o guarnecem, bem como o estado em que se encontram.
A temporada não pode ser superior a 90 dias, esteja ou não mobiliado 
o imóvel locado. Mas, na prática, esse prazo poderá ser estendido até
120 dias, pois o art. 50 da lei permite que o locatário desocupe o
imóvel em até 30 dias e, só após esse prazo, o contrato vigorará por
prazo indeterminado.
O art. 49 diz que o locador poderá receber de uma só vez e
antecipadamente os aluguéis e encargos, bem como exigir qualquer
das modalidades de garantia previstas no art. 37 para atender as
demais obrigações do contrato.
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LOCAÇÃO NÃO 
RESIDENCIAL
Sempre que a destinação de um imóvel não for a moradia de alguém, 
a locação será para fins não residenciais. Exceto se for uma residência 
alugada por uma empresa jurídica para os seus empregados. 
Os requisitos são:
-Contrato escrito
-Prazos mínimos: contratos ininterruptos de 5 anos e exploração no
comércio por pelo menos 3 anos.
-Ação renovatória no prazo decadencial de 1 anos a seis meses do
vencimento do contrato.
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário
terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que,
cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo
determinado;
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos
ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo
prazo mínimo e ininterrupto de três anos.
Súmula 481 do STF: Se a locação compreende, além do imóvel, fundo
de comércio, com instalações e pertences, como no caso de teatros,
cinemas e hotéis, não se aplicam ao retomante as restrições do art.
8°, e, parágrafo único, do Decreto n°. 24.150, de 20.4.34.
Súmula 482 do STF: O locatário, que não for sucessor ou cessionário
do que o precedeu na locação, não pode somar os prazos concedidos
a este, para pedir a renovação do contrato, nos termos do Decreto
24.150.
Súmula 485 do STF: Nas locações regidas pelo Decreto 24.150, de
20-4-1934, a presunção de sinceridade do retomante é relativa,
podendo ser ilidida pelo locatário.
LOCAÇÕES ESPECIAIS
São duas as espécies de locação especial previstas pela Lei de 
Locações: a locação de imóveis para fins religiosos, sanitários e 
educacionais e a locação em shopping.
No primeiro caso, o contrato terá a sua rescisão limitada, vejamos:
Art. 53 - Nas locações de imóveis utilizados por hospitais, unidades 
sanitárias oficiais, asilos, estabelecimentos de saúde e de ensino 
autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, bem como por 
entidades religiosas devidamente registradas, o contrato somente 
poderá ser rescindido. 
I - nas hipóteses do art. 9º;
II - se o proprietário, promissário comprador ou promissário 
cessionário, em caráter irrevogável e imitido na posse, com título 
registrado, que haja quitado o preço da promessa ou que, não o 
tendo feito, seja autorizado pelo proprietário, pedir o imóvel para 
demolição, edificação, licenciada ou reforma que venha a resultar em 
aumento mínimo de cinqüenta por cento da área útil.
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Art. 9º A locação também poderá ser desfeita:
I - por mútuo acordo;
II - em decorrência da prática de infração legal ou contratual;
III - em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais 
encargos;
IV - para a realização de reparações urgentes determinadas pelo 
Poder Público, que não possam ser normalmente executadas com 
a permanência do locatário no imóvel ou, podendo, ele se recuse a 
consenti - las.
Nos contratos de Shopping Center, prevalecem as condições 
livremente pactuadas, desde claro, observe o princípio da boa-fé e a 
vedação de cláusulas abusivas.
Art. 54. Nas relações entre lojistas e empreendedores de shopping 
center , prevalecerão as condições livremente pactuadas nos contratos 
de locação respectivos e as disposições procedimentais previstas 
nesta lei.
§ 1º O empreendedor não poderá cobrar do locatário em shopping
center :
a) as despesas referidas nas alíneas a , b e d do parágrafo único do
art. 22; e
b) as despesas com obras ou substituições de equipamentos, que
impliquem modificar o projeto ou o memorial descritivo da data do
habite - se e obras de paisagismo nas partes de uso comum.
§ 2º As despesas cobradas do locatário devem ser previstas em
orçamento, salvo casos de urgência ou força maior, devidamente
demonstradas, podendo o locatário, a cada sessenta dias, por si ou
entidade de classe exigir a comprovação das mesmas.
AÇÕES LOCATÍCIAS
AÇÃO DE DESPEJO
É a ação utilizada pelo locador para retomar o imóvel.
Em regra o despejo ocorrerá em 30 dias, mas é possível fazer pedido 
liminar para a desocupação ocorra em 15 dias, independentemente 
da audiência da parte contrária e desde que prestada a caução no 
valor equivalente a três meses de aluguel.
Se a ação de despejo for proposta com fundamento na falta de 
pagamento pontual do aluguel, não será necessário o ajuizamento 
da ação de cobrança, pois estes serão cobrados nessa ação. Nesses 
casos o locatário ou o fiador poderão impedir a resolução do 
contrato mediante a purgação da mora, com o depósito judicial do 
valor do débito, com todos os encargos, no prazo de 15 dias.
Se a ação for julgada procedente, o juiz determinará a expedição da 
ação de despejo, que conterá o prazo de 30 dias para a desocupação 
voluntária. Esse prazo poderá ser de 15 dias se entre a citação e a 
sentença houver decorrido mais de quatro meses.
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O despejo não poderá ser executado até o trigésimo dia seguinte 
ao falecimento do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão 
de qualquer das pessoas que habitem o imóvel, por questões de 
ordem moral e humanitária.
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO 
DE ALUGUEL E ACESSÓRIOS 
DA LOCAÇÃO
Essa ação deverá ser usada quando o locador se negar a receber 
os valores dos aluguéis e, então o locatário depositará tal valor em 
juízo para evitar a mora.
AÇÃO REVISIONAL DE 
ALUGUEL
Essa ação poderá ser usada em qualquer tipo de locação.
O que se busca é uma pericia judicial para que seja arbitrado o 
valor de mercado justo do imóvel, ajustando-se, desta forma, a 
retribuição a ser paga pelo locatário.
O valor pretendido deve ser fixado na inicial e, em audiência de 
conciliação, será determinado o aluguel provisório. Esse aluguel 
terá um teto e um piso, ou seja, ele não poderá exceder a 80% do 
pedido se a ação foi proposta pelo locador e não poderá ser inferior 
a 80% do aluguel vigente se a ação for proposta

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